Neoplasia Maligna do Esôfago Orlando Santos Neoplasia Maligna do Esôfago Considerações gerais 1863 - Kussmaul 1º Esofagoscópio. 1877 - Czerny 1ª Cirurgia p/ carcinoma de esôfago. 1907 - Chevalier Jackson Ressecção de lesão benigna por esofagoscópio. 1913 - Torek 1ª ressecção do esôfago intratorácico 1933 - Seo e Oshawa ( Japão ) Ressecção intratorácico. reconstituição esofagogástrica. 1938 - Adams e Phemister ( EUA ) 1ª Esofagogastrostomia. Neoplasia Maligna do Esôfago Prevalência Alta Baixa Irã ( Província de Fars ) Noruega África Ocidental (Transkei) Áustria China (Província de Honan) Suécia Quênia (Região central e ocidental) Dinamarca Normandia e Bretanha Holanda Japão Porto Rico Rússia Brasil 3000 casos novos / ano Neoplasia Maligna do Esôfago Incidência China (Lei-Shin) 240 casos/100.000 hab/ano EUA 4,8 a 13 casos /100.000 hab/ano Brasil 7 casos/100.000 hab/ano Região Sul 19 casos/100.000 hab/ano Neoplasia Maligna do Esôfago Epidemiologia 3º mais freqüente do TD Sexo Masc ( 3:1) Idade > 40 anos / 7ª década Raça Negra Década 70 Últimos anos Esôfago torácico 90%-95% Carcinoma epidermóide ( Esc ) Adenocarcinoma Esôfago distal Neoplasia Maligna do Esôfago Epidemiologia East (leste)- oriente West (oeste)- ocidente Tipo celular Células escamosas Adenocarcinoma Localização Esôfago médio e distal Esôfago inferior e cardia Risco Álcool, fumo, Cânc. GI DRGE / Obesidade Socioeconômico Média-baixa Média-alta Comorbidades Pulmonar / Cirrose D. cardíaca isquêmica Lesões pré-malignas Displasia Esôfago de Barret Abordagem cirúrgica Transtorácica Transhiatal Prognóstico Pior Melhor Law S, Wong J - J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago 16,9% Localização 46,6% 36,5% Neoplasia Maligna do Esôfago Neoplasias mais freqüentes do Esôfago Benignas Malignas Leiomioma Epidermóide (escamoso) Papiloma Adenocarcinoma Hemangioma Sarcoma Adenoma Carcinoma de pequenas cél. Mixofibroma Melanoma Neurofibroma Neoplasia Maligna do Esôfago Etiopatogenia Fatores de riscos Fumo e Álcool Bebidas extremamente quentes ( Chá- Sul e Irã ) Obesidade Nitrosaminas Asbestose Deficiências de vitaminas e minerais Radiação Enzinger P, Mayer R – N Engl J Med 349:2241-2252, 2003 Neoplasia Maligna do Esôfago Etiopatogenia Doenças intrínsecas Síndrome Plummer-Vinson (Patterson-Kelly) Esôfago de Barrett Lesões cáusticas Fatores genéticos Acalásia (megaesôfago) Divertículo de esôfago Tilose palmo-plantar Câncer de cabeça e pescoço Enzinger P, Mayer R – N Engl J Med 349:2241-2252, 2003 Neoplasia Maligna do Esôfago Disseminação Continuídade ( Faringe e estômago ) Contigüidade (favorecida pela inexistência de serosa – Traquéia, brônquios, Aorta) Hematogênica (Pulmões, Fígado, Arcos costais, Vértebras e Supra-renais) Linfática (Linfonodos cervicais, mediastinais, paraesofágicos, celíacos e esplênicos) Enzinger P, Mayer R – N Engl J Med 349:2241-2252, 2003 Neoplasia Maligna do Esôfago Quadro clínico Inicialmente as queixas são inespecíficas Disfagia progressiva (74%) / Odinofagia (17%) Emagrecimento / queda do estado geral ( 57%) Regurgitação / Vômitos / Sialorréia / Halitose Hemorragia ( lenta e oculta ) / Anemia Hepatomegalia / Dor lombar e Epigástrica Gânglios palpáveis Troisier-Virchow (Fossa supraclavicular) Ireland (Axilar ) Enzinger P, Mayer R – N Engl J Med 349:2241-2252, 2003 Neoplasia Maligna do Esôfago Diagnóstico complementar Radiologia ( Esofagografia ) Localização Extensão Grau de obstrução Retrações Fístulas “ Apple Core” Neoplasia Maligna do Esôfago No momento do diagnóstico: Mais que 50% dos pacientes tem tumor irresecável ou metástase visível radiologicamente Neoplasia Maligna do Esôfago Diagnóstico complementar Endoscopia / Biopsia Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago CT ( Infiltração, Linfonodos e Metástases ) Presença de linfonodo subcarinal Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago Ultrassonografia Endoscópica Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago Broncoscopia / Mediastinoscopia Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago Estadiamento T3 T4 Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 ______________________________________________________________ Tumor primário T ______________________________________________________________ TX Tumor primário não pode ser avaliado T0 Sem evidência de tumor primário Tis Carcinoma in situ T1 Tumor invade lâmina própria ou submucosa T2 Tumor invade muscular própria T3 Tumor invade adventícia T3 T4 Tumor invade estruturas adjacentes T4 ______________________________________________________________ Linfonodos regionais N ______________________________________________ NX Linfonodo regional não pode ser avaliado N0 Não há metástase para linfonodo regional N1 Metástase para linfonodo regional ______________________________________________________________ Metástase distante M ______________________________________________________________ M0 Não há metástase distante M1 Metástase distante ______________________________________________________________ UICC – Union Internationale Contre le Cancer, 2002 Estadiamento TNM _______________________________________________ TNM Estadio Sobrevida 5a (%) ______________________________________________ Tis N0 M0 0 > 95 T1 N0 M0 I 50 a 80 T2 N0 M0 IIA 30 a 40 T3 N0 M0 T1 N1 M0 IIB 10 a 30 T2 N1 M0 T3 N1 M0 III 10 a 15 T4 QqN M0 QqT QqN M1 IV <1 _____________________________________________ Headrick JR et al – Ann Thorac Surg 73:1697-1702, 2002 Estadio I Lesão infiltrando a lámina própria ou submucosa Estadio II Lesão infiltrando a muscular própria Estadio III Lesão infiltrando a adventícia T3 Estadio IV Lesão infiltrando parede do brônquio principal E e a artéria pulmonar T3 T4 Estadio IV Linfonodo ao longo do ligamento gastro-hepático Linfonodo adjacente ao tronco celíaco Linfonodo adjacente à cauda do pâncreas Linfonodos Estadio IV Metástase hepática Ascite Neoplasia Maligna do Esôfago Tratamento Nasoentérica Gastrostomia Jejunostomia Avaliação nutricional com suporte ( Enteral / Parenteral) Cirurgia ( curativa e ou paliativa ) Prótese ( Souttar, Celestin, Mousseau- Barbin, Malafaia ) Quimioterapia / Radioterapia Neoadjuvante / Adjuvante Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago Esofagectomia Fatores de risco para mortalidade Estado geral comprometido Função cardíaca (adenocarcinoma) Função hepática (células escamosas) Função pulmonar (células escamosas) Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Tratamento Curativo Esofagectomia Paliativo Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Esofagectomia Acesso transhiatal Acesso transtorácico Cirurgia de acesso mínimo Toracoscopia Laparoscopia Mediastinoscopia Combinações De Paula AL et al – Surg Laparosc Endosc 5:1-5, 1995 Neoplasia Maligna do Esôfago Cirurgias – Órgãos substitutos Posições Subcutânea Estômago ( Tubo gástrico ) Subesternal Cólon ( Direito ou Esquerdo ) Transpleural Jejuno Mediastino posterior Law S, Wong J – J Gastrointest Surg 9:291-310, 2005 Paliação da disfagia Antes Depois Colocação de próteses Metálica auto-expansiva Plástica (Malafaia) LASER terapia Malafaia O, et al Rev Col Bras Cir 13:211-215, 1986 LASER Nd- YAG Terapia fotodinâmica Radioterapia Radioterapia externa Radioterapia interna (Braqui) Homs M, et al - J Surg Oncol 92:246-256, 2005 Neoplasia Maligna do Esôfago Linfadenectomia em 3 campos Abdome Mediastino Cervical bilateral Taxa total de metástase nodal cervical é de 30% Nível do tumor primário – linfonodo cervical envolvido Tumor de terço superior Tumor de terço médio Tumor de terço inferior 60% 20% 12,5% Akiyama H et al – Ann Surg 220:364-372, 1994 “ A sabedoria de um homem não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem consciência de que não sabe. ” Augusto Cury Obrigado