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1. Fatores predisponentes - Desde a
clássica descrição de Horder (1909)26 da
endocardite infecciosa, o emprego de antibiótico e a substituição da válvula cardíaca têm transformado o então desenganado prognóstico. Por mais de 50 anos,
médicos e dentistas têm acreditado que
os procedimentos dental realizados em
pacientes com enfermidade cardíaca reumática ou congênita são a causa mais
comum de endocardite infecciosa (tabela
1). A bacteremia pode ser induzida por
raspagem,35 gengivectomia, irrigação
dental,7;29 escovação dos dentes e mesmo
mastigação.13;20
Lewis & Grant34 sugeriram que uma
bacteremia transitória poderia causar
endocardite em pacientes com válvula
cardíaca anormal, tendo Rushton50 descrito a endocardite após extração dental.
Okell & Elliot44 reportaram alta incidência
de bacteremia estreptocócica após extração dental. Burket & Burn9 confirmaram
○
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REVISTA DA LITERATURA
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A endocardite é uma das poucas
complicações potencialmente letais do
tratamento dental e, embora incomum,
tem sido relatado um nível de mortalidade de 20%.3;55 Isso torna a prevenção
dessa enfermidade de interesse preponderante para o cirurgião-dentista.12 A
bacteremia é um pré-requisito necessário
na patogênese da endocardite e o
Streptococcus oral é o agente etiológico
mais comum dessa infecção.4;23 Alguns
procedimentos clínicos, como a raspagem e pequenas cirurgias, são conhecidos como causadores de significante
bacteremia e origem da patologia infecciosa.3;41;42
Até 1982, existia muita confusão nas
áreas médica e odontológica em relação
ao tipo de antibiótico e o regime profilático
usado em pacientes susceptíveis à infecção do endocárdio (tabela 1). Essa situação foi esclarecida por meio de recomendações, originadas na reunião de trabalho
convocada pela Sociedade Britânica de
Quimioterapia Antimicrobiana,62 que têm
sido revisadas quando novas práticas clínicas ou evidências experimentais são
publicadas.63;64 Na prática, essas diretrizes
são usadas na disputa legal para julgar
negligência, quando procedimentos
odontológicos são suspeitos de ser o fator
desencadeante da endocardite. Também
a Associação Americana do Coração preconiza a antibioticoterapia profilática na
prevenção da endocardite.14;15;53
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INTRODUÇÃO
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Professor doutor de Fisiologia, FORP/USP e Unaerp
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CINCINATO R. SILVA-NETTO
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Cirurgião-dentista
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FABIANO B.R. SILVA
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Acadênico do Curso de Odontologia da Unaerp
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EDERALDO LUIZ VERONESE
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PROPHYLAXIS AND OCCURRENCE OF BACTERIAL
ENDOCARDITIS DUE TO DENTAL PROCEDURES.
A REVIEW OF THE LITERATURE
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PROFILAXIA E OCORRÊNCIA DE
ENDOCARDITE BACTERIANA POR
PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS:
UMA REVISTA DA LITERATURA
RESUMO
A endocardite bacteriana é
ocasionada pela disseminação de
bactérias na corrente circulatória
que se alojam no endocárdio,
membrana que reveste internamente o coração. Vários procedimentos
odontológicos podem levar a uma
endocardite, tais como: extração
dental, raspagem radicular,
implante dental, cirurgias
ortognáticas, instrumentação
endodôntica, apicectomia, colocação
de tiras ou fibras de antibiótico no
sulco, colocação de banda
ortodôntica (mas não bracket),
anestesia interligamentar,
profilaxia com jato de bicarbonato
onde haja sangramento gengival e
outras manobras cruentas. A
bacteremia causada por microrganismos encontrados na cavidade
bucal é potencialmente letal às
pessoas com problemas cardíacos.
Assim, faz-se mister um
tratamento profilático em
indivíduos considerados de alto
risco, isto é, cuja estória médica
demonstra a existência de fatores
predisponentes à endocardite.
Atualmente, o antibiótico de
eleição é a amoxicilina, ministrado
2 g em dose única, até uma hora
antes do procedimento. Essa dose
promove um adequado nível
sangüíneo e causa menor efeito
adverso gastrointestinal.
Unitermos: endocardite bacteriana
– tratamento profilático.
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Metodista de Piracicaba
TABELA 1. Fatores predisponentes da endocardite*.
ça de periodontite, que, por si só, não causa
bacteremia.32 Uma profilaxia dental ou uma
mínima raspagem dental pode originar
endocardite.5;42
Romans & App49 comprovaram a
possibilidade, em havendo sangramento
gengival, da endocardite ser provocada
pelo simples uso de jato de água para
higienização. Também fizeram referência à crescente porcentagem de outros
agentes etiológicos, como os estafilococcus
e bastonetes gram positivos. Stephen et al.56
contra-indicaram essa técnica em pessoas de alto risco. Pogrel & Welsby47
identificaram que, em 83 pacientes, somente 5% tinham tido extração dental
anterior à endocardite; no entanto, 10%
deles haviam tido problemas periodontal, periapical ou outras assepsia
dental, que poderiam ter sido responsáveis pela bacteremia. Welton et al.61 registraram que, entre 117 pacientes, a
periodontite foi significantemente mais
comum entre aqueles que tiveram mais
do que um ataque de endocardite.
Cawsom12 relatou que de 6 a 10% dos
casos de endocardite bacteriana eram
devido a procedimentos odontológicos
e que o pico de incidência atingia os
pacientes na faixa etária entre 60 a 70
anos de idade.
Bayliss et al.3 fizeram um levantamento por meio de questionário e con-
TABELA 2 - Pacientes que desenvolveram endocardite*
CAUSA
PROVÁVEL
PROCEDIMENTO
ODONTOLÓGICO
REGISTRO
Estória
Dental
Estória
Médica
Nenhuma profilaxia
Exodontia (21)
Incompleta (43)
Nenhuma (10)
antibiótica (48)
Endodontia (7)
Completa (5)
Incompleta (38)
Completa (2)
Completa (2)
Completa (2)
Completa (1)
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essa afirmativa. Taran58 reportou que quatro crianças,
Prótese valvular cardíaca
com cultura de sangue negaOutras cirurgias cardíacas
Infecções prévias do endocárdio
tiva anterior à extração denInjeção de droga
tal, faleceram, logo após, por
Diabetes
endocardite estreptocócica.
Dependência alcoólica
Cates & Christie10 em seus
Imunossupressão
estudos de 442 casos, enconProblemas renais
*Dajani et al., (1997)16.
traram como causas a extração dental, a assepsia dental ou cárie.
Em um estudo de 1.164 casos, foi
observado que a via de entrada da
bactéria estava relacionada a: extração
dental (144), origem na boca (172),
outras origens (por exemplo: amigdalectomia, cirurgia retal ou prostática,
cateterização: (130) e origem desconhecida (718). 8;10;19;21;24;43;46;51;59 Entrando
na circulação, por qualquer via, a bactéria passa através do coração, possiNa circulação,
bilitando a infecção imediata do
por qualquer via,
endocárdio57 (tabela 2).
Bender & Pressman6 declararam que
a bactéria passa
50% de todos os casos de endocardite
através do
bacteriana podiam ter origem na manipucoração,
lação gengival. Muitos dos microrganismos
possibilitando a
envolvidos na endocardite bacteriana1;48
infecção imediata
seriam habitantes comuns do fluído gengival
do endocárdio.
em pessoas com gengivite.36;38 Felix22 observou que 50% de pacientes com periodontite
generalizada desenvolveram bacteremia
transitória após o uso de um aparelho para
irrigação oral. Porém, foi relatada a presen-
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Raspagem (18)
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Cirurgia oral
Profilaxia antibiótica
Exodontia (1)
em tempo incorreto (2)
Raspagem (1)
Antibiótico
Exodontia (1)
impróprio (2)
Raspagem (1)
Falha profilaxia
antibiótica (1)
Raspagem (1)
Incompleta (1)
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menor (2)
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*Sumário de 53 pacientes; Martin et al. (1997)39.
Completa (1)
Completa(1)
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19%
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staphylococci
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63%
4%
14%
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É compreensível,
eticamente, o
porquê de não se
testar a eficácia
do regime
recomendado com
a utilização de
seres humanos
para os
experimentos.
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ventricular, tendo prescrito 1 g de amoxicilina intravenosa anterior à indução
anestésica e 500 mg oral, seis horas após
a cirurgia. Decorrido uma semana, ela
desenvolveu pirexia associada a letargia, cujo prolongamento do quadro e
também a presença de severa regurgitação aórtica originou a substituição
da válvula aórtica. Os mesmos autores
relataram que um garoto de cinco anos
de idade com complexa enfermidade
cardíaca congênita foi submetido a
anestesia geral para extração dental. Ele
recebeu, anteriormente ao procedimento, l,5 g de amoxicilina oral; a dose foi
repetida uma hora após a intervenção.
Assim mesmo desenvolveu pirexia e letargia após oito semanas, porém não foi
submetido à cirurgia, pois respondeu
bem à infusão endovenosa de antibiótico. A cultura sangüínea demonstrou no
primeiro caso a presença de Streptococcus
mitis e, no segundo, de Streptococcus
sanguis.
Em 1982, a Sociedade Britânica de
Quimioterapia Antibiótica62 publicou em
seus anais a recomendação para uso de 1 g
de amoxicilina intramuscular e posterior
administração, via oral, de 0,5 g do mesmo
antibiótico nos casos de tratamento
odontológicos em que o paciente de risco é
submetido à anestesia geral.
Cannon et al. (1984)11 propuseram
uma dose profilática de 3 g de amoxicilina, via oral, quatro horas antes do
procedimento odontológico e 3 g tão
rápido quanto possível após a intervenção. Shanson et al.52 sugeriram 3 g
de amoxicilina, via oral, juntamente
com probemicide 1 g via oral, quatro
horas antes da intervenção.
Kaye31 propôs mudanças na maneira
de prescrever a antibioticoterapia profilática
para pacientes de risco, passando a adminis-
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Obs.:19% dos quais por procedimentos odontológicos*Bayliss et al. (1983b)4
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Culturas negativas
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viridans
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streptococci
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TABELA 3. Agentes etiológicos mais freqüentes na
endocardite. *
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cluíram que o número de casos, por ano
registrados, de endocardite não se alterou depois da descoberta da penicilina.
Referiram-se ao Streptococcus viridans
como o agente etiológico presente na
cavidade bucal e sugeriram uma terapia
profilática antes de extrações dentais (tabela 3).
2. Prevenção: profilaxia antibiótica ––
Antes da terapia com a penicilina (1931 a
1944), cerca 1.000 casos de endocardites
ocorriam a cada ano na Inglaterra. Mesmo
com as práticas da antibioticoterapia
profilática, a incidência de endocardite
permaneceu quase a mesma. 3 Indubitavelmente, o perfil da população de
alto risco teve uma mudança, o que torna
a comparação difícil em razão do aumento do número de pacientes com válvulas
cardíacas. É claro que desse modo a
profilaxia não tem tido um maior impacto
em diminuir a ocorrência de endocardite.30
A maior razão da não efetividade
profilática é a falta de reconhecimento ou
a falta de presença da predisposição de
lesões cardíacas em muitos pacientes de
alto risco, e, provavelmente o mais importante, o fato de que a bacteremia transitória ser comum no dia-a-dia.25;37;54 Relatos
anteriores demonstraram que, em alguns
casos, a endocardite ocorreu a despeito da
profilaxia antibiótica.2;17;18;28 Assim, a eficácia protetora é incerta,27;60 no que concordam a American Heart Association31 e a
Working Party of the British Society for
Antimicrobial Chemotherapy62 (tabela 4).
A eficácia da profilaxia antibiótica
na infecção do endocárdio não foi provada em humanos. É compreensível, eticamente, o porquê de não se testar a
eficácia do regime recomendado com a
utilização de seres humanos para os
experimentos. Como relatado anteriormente, se não for recomendada a
profilaxia ocorrerá algum malefício. No
entanto, mesmo com a prescrição correta de amoxicilina pode ocorrer endocardite, o que foi demonstrado em crianças.45 O’Sullivan et al. atenderam uma
menina de 12 anos de idade para extração dental, sob anestesia local, que apresentava um pequeno defeito septal
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Ainda não está claro na literatura
se é necessário a prescrição de
profilaxia antibiótica para pacientes
de alto risco à endocardite se submetidos à terapia endodôntica. No entanto, para esse procedimento há um
extenso estudo anterior. 40 A instrumentação extra-canal, principalmente
através do forame apical, seguramente pode causar bacteremia 5 (tabela 5).
Atualmente, a recomendação profilática para endocardite bacteriana é a
prescrição de amoxicilina 2- g/oral,
uma hora antes do procedimento dental16 (tabelas 4 e 5).
TABELA 4. Procedimentos dentais e antibioticoterapia profilática*
RECOMENDADA
NÃO RECOMENDADA
Extração dental
Anestesia local
Periodontia
Dentística restauradora
(sondagem, raspagem, alisamento, cirurgias)
Implante dental.
Retirada de pontos pós-cirurgicos
Instrumentação endodôntica
Moldagem
Cirurgias periapicais
Colocação de próteses removíveis
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trar 3 g de amoxicilina uma hora antes do ato
operatório, não mais 48 horas antes. Como
margem de segurança, preconizou novas 3 g
de amoxicilina seis horas depois. Ainda que
a desinfecção da boca com anti-sépticos não
seja considerada método profilático, ressaltou o valor dessa prática que ajuda a diminuir o risco de contaminação.
Leviner et al.33 estudaram o desenvolvimento de resistência após o uso de
antibióticos. Preconizaram que nessa situação a terapia profilática não devesse
ser interrompida, e, sim, reiniciada em
intervalos menores de 10 dias, com acompanhamento de antibiograma.
Colocação de bandas ortodônticas
Aplicação de fluor
Anestesia intraligamentar
Raio X
Profilaxia
Colocação de borracha ortodôntica
(quando há sangramento gengival)
* Dajani et al. (1997)16
TABELA 5. Recomendação antibiótica para pacientes predisponentes à endocardite *
ANTIBIÓTICO
POSOLOGIA
AUTORES
ANO
Amoxicilina
1g I.M. + 5g 6h depois
BSAC
1982
Amoxicilina
3g 4h antes + 3g depois
Cannon et al.
1984
Amoxicilina
3g 4h antes
Shanon et al.
1984
Penicilina V
2g 1h antes + 1g 6h depois
Kaye
1986
Amoxicilina
3g 1h antes + 5g 6h depois
AHA
1990
Amoxicilina
3g 1h antes
BSAC
1990
Amoxicilina
3g 1h antes + 1,5g 6h depois
Dajani et al
1990
Amoxicilina
2g 1h antes
Dajani et al.
1994
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Não está claro
na literatura
se é necessário
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antibiótica para
pacientes
de alto risco à
endocardite
se submetidos
à terapia
endodôntica.
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Eritromicina
1g 1 a 2h antes
Dajani et al
1986
Clindamicina
600mg/ IV
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1mg/ IM
Dajani et al.
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Cefazolina
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Para indivíduo alérgico ou incapaz de ingestão oral da droga.
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○
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
O cirurgiãodentista deve
estar sempre
atualizado
em relação
às mudanças
na terapêutica
profilática,
em benefício
da saúde
de seu paciente.
○
No passado, a extração dentária era o
procedimento clínico mais comum em
Odontologia, e nenhuma medida profilática
era disponível para o tratamento dental de
pacientes de risco.
Dos relatos acima referidos fica claro que a febre reumática era consideravelmente mais comum, tendo em vista
que as bacteremias não eram tratadas
nem prevenidas.
Quando a endocardite infecciosa se
desenvolvia, não havia tratamento específico ou efetivo. Hoje, além da prevenção antibiótica, a válvula cardíaca pode
ser substituída, através de ato cirúrgico,
na tentativa de salvar a vida do paciente.
Assim, é imperioso que seja realizada rigorosa história médica, não somente
na descoberta das enfermidades atuais
mas também pelo desenvolvimento da
resistência a antibióticos. O cirurgiãodentista deve estar sempre atualizado
em relação às mudanças na terapêutica
profilática, em benefício da saúde de seu
paciente.
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CONCLUSÃO
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UNIMEP - Universidade
Metodista de Piracicaba
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vol. 11 nº. 2
jan/jun
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UNIMEP - Universidade
Metodista de Piracicaba
SUMMARY
Bacterial endocarditis (BE) is
caused by the dissemination of
bacteria in the blood stream that
subsequently lodge in
endocardium, the membrane that
lines the heart internally. Some
dental procedures that may lead to
BE are: tooth extraction, root
planning, tooth implants,
orthognathic surgery, root canal
instrumentation, apicectomy,
placement of antibiotic strips or
fibers in the gingival sulcus,
placement of orthodontics bands
(not including brackets),
intraligamental anesthesia and
dental prophylaxis in the presence
of bleeding. The bacteraemia
caused by the micoorganisms
detected in the oral cavity are
potentially lethal for people with
some heart conditions. Thus,
prophylactic treatment is necessary
for high risk individuals, i.e., those
whose medical history
demonstrates the existence of
predisposing factors to EB.
Current main recommendations
include as first choice the use of
amoxicillin, which is administered
in a single dose of 2g up to one
hour before the procedure. This
dose promotes an adequate blood
level of the drug and has fewer
gastrointestinal adverse effects.
Uniterms: bacterial endocarditis –
prophylatic treatment.
vol. 11 nº. 2
jan/jun
1999
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profilaxia e ocorrência de endocardite bacteriana