FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 1 FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO * MANDIBULAR CONDYLE FRACTURES CONSERVATIVE AND SURGICAL TREATMENT LITERATURE REVIEW AND SURGICAL CLINIC CASE PRESENTATION Patrícia Zagoto FIGUEIREDO ** Daniel Luiz Gaertner ZORZETTO *** Clóvis MARZOLA **** João Lopes TOLEDO-FILHO ***** Cláudio Maldonado PASTORI ****** Marcos Maurício CAPELARI ******* __________________________________________ * Monografia apresentada para conclusão do Curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial em 2007. ** Aluna que concluiu o Curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD- Bauru, 2007 *** Professor do Curso de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD – Bauru. Membro efetivo do Hospital de Base de Bauru. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. **** Professor Titular aposentado de Cirurgia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – USP. Professor do Curso de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD – Bauru. Membro efetivo do Hospital de Base de Bauru. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. ***** Professor Titular de Anatomia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – USP. Professor do Curso de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD – Bauru. Membro efetivo do Hospital de Base de Bauru. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. ****** Professor do Curso de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD – Bauru. Membro efetivo do Hospital de Base de Bauru. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial. ****** Professor do Curso de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial, APCD – Bauru. Membro efetivo do Hospital de Base de Bauru. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 2 RESUMO Fraturas do côndilo mandibular, dentre as fraturas faciais, são aquelas que apresentam as maiores controvérsias quanto ao seu tratamento e dificuldade de diagnóstico. A escolha do tratamento conservador ou cirúrgico está diretamente ligada ao tipo de fratura, à idade do paciente e, ao grau de alteração funcional em decorrência da fratura. Realizou-se uma revista da literatura sobre as formas de tratamento das fraturas condilares, além da apresentação de um caso clínicocirúrgico. ABSTRACT Mandibular condyle fractures, amongst facial fractures, are the most controversial ones, as for their treatment and greater diagnosis difficulty. The choice of the conservative or surgical treatment is directly associated with the sort of fracture, the age of the patient and of functional alteration degree deriving from the fracture. The literature review on the forms of treating condylar fractures and presenting a surgical clinical case was carried out. Unitermos: Côndilo mandibular; Fratura do côndilo; Fratura da mandíbula. Uniterms: Mandibular condyle; Condyle fracture; Mandibular fracture. INTRODUÇÃO As fraturas de côndilo correspondem 25 a 35% das fraturas mandibulares. O objetivo principal do tratamento das fraturas de côndilo mandibular é aquele da restauração funcional da articulação temporomandibular, da oclusão, além do contorno facial (MOREIRA; MAZZONETTO; MORAES et al., 2000). Diversos fatores influenciam quanto à decisão do tratamento conservador ou cirúrgico, entre eles a idade do paciente, a localização da fratura, o grau de deslocamento do segmento fraturado, outras fraturas faciais associadas, presença de dentes, além da facilidade em estabelecer a oclusão (HAYWARD; SCOTT, 1993). A grande maioria dos cirurgiões prefere o acesso extra-oral, para o tratamento cirúrgico das fraturas do côndilo. A fixação interna rígida tem sido mais empregada em relação à osteossíntese a fio de aço, visto que a mesma promove a consolidação óssea primária sem a necessidade de bloqueio maxilo-mandibular no pós-operatório resultando em maior benefício para o paciente (ELLIS; DEAN, 1993). Dentre as fraturas faciais, as de mandíbula apresentam grande prevalência, tanto em adulto quanto em crianças. Dessas fraturas mandibulares, as do côndilo, merecem atenção especial, não somente pela freqüência com que são encontradas, como pela dificuldade e controvérsia do tratamento, assim como as sérias seqüelas que poderão advir, quando mal conduzido (CRIVELLO JÚNIOR, 1990; LOBO; MARZOLA; TOLEDO FILHO et al., 1998 e REIS; MARZOLA; TOLEDO FILHO, 2001). Uma das grandes dificuldades têm sido a classificação e o desenvolvimento de critérios para o diagnóstico e tratamento. A escolha do tipo de FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 3 tratamento, cirúrgico ou conservador, baseia-se nas alterações condilares e oclusais, estabelecidas a partir do diagnóstico clínico e dos exames radiográficos (ZIDE; KENT, 1983 e HAYWARD; SCOTT, 1993). As seqüelas e complicações resultantes da fratura condilar são relacionadas à má oclusão, limitação de função, adesão do disco articular, perfuração do disco, osteoartrite, dor crônica, má união do traço de fratura, alterações do crescimento mandibular e anquilose (SULLIVAN; BANGHART; ANDERSON, 1995 e ELLIS III, 1998). Nas fraturas do côndilo com deslocamento em relação à fossa mandibular associado a disfunção mandibular e oclusal a indicação é o tratamento cirúrgico com fixação do côndilo para o restabelecimento da dimensão vertical. Na maioria dos casos, não é necessário o tratamento cirúrgico em crianças, devido a capacidade de remodelação óssea e crescimento ósseo mandibular, permitindo um tratamento conservador (MANGANELLO-SOUZA; SILVA, 2002). A escolha do acesso cirúrgico depende do sistema de fixação selecionado e o tipo da fratura. Sabe-se, no entanto, que a estrutura responsável pela hesitação na escolha do acesso cirúrgico é o nervo facial. As duas vias mais freqüentemente utilizadas, a pré-auricular e submandibular, possuem uma relação anatômica direta com seus ramos temporal e marginal da mandíbula, respectivamente (ELLIS; DEAN, 1993 e MOREIRA; MAZZONETTO; MORAES et al., 2000). Apesar do grande número de trabalhos que abordam o assunto, na literatura mundial não existe consenso na indicação do tratamento conservador ou cirúrgico das fraturas condilares em todas as situações. Devido à grande quantidade fatores capazes de alterar o resultado do tratamento, a escolha do plano de tratamento deve sempre respeitar as características específicas de cada caso (LOBO; MARZOLA; TOLEDO FILHO et al., 1998 e LEIVAS; PAGNONCELLI, 2002). Isso tudo vem destacar a importância da apresentação deste trabalho, justificando-se perfeitamente sua apresentação. CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO Fig. 1 - Pré-operatório com desvio na abertura bucal. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 4 Paciente M. W. M., com 19 anos de idade, do gênero masculino, leucoderma, compareceu ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial do Hospital de Base da Associação Hospitalar de Bauru (CTBMF-HB). O paciente foi levado após ter sofrido acidente automobilístico com trauma no terço inferior de face. Apresentando assimetria facial, escorições e hematomas na região bucal, sínfise e para-sínfise da hemiface direita, queixando-se de alteração oclusal, limitação de abertura bucal e dor na região pré-auricular esquerda (Fig. 1). No exame físico, observou-se dor exacerbada e edema na região préauricular esquerda, além da ausência de crepitação óssea na região do corpo mandibular. No exame intra-bucal, observou-se dor durante abertura bucal com desvio da mandíbula para lado esquerdo, além de contato prematuro na região posterior esquerda. Ao exame radiográfico, com a projeção de Towne modificada para côndilos, notou-se perda do contorno anatômico na região do côndilo mandibular esquerdo, com deslocamento medial, confirmando-se o diagnóstico da fratura do côndilo mandibular esquerdo (Fig. 2). Fig. 2 - Aspecto radiográfico pré-operatório. O plano de tratamento proposto foi a redução cirúrgica do côndilo mandibular esquerdo com fixação rígida. O preparo pré-operatório do paciente foi realizado com a solicitação de hemograma e coagulograma completos, seguidos da avaliação pré-anestésica. A intervenção cirúrgica ocorreu seis dias após seu encaminhamento ao serviço de CTBMF-HB. Em ambiente hospitalar, o paciente foi submetido à anestesia geral, com entubação nasotraqueal e, após correta anti-sepsia iniciou-se o procedimento cirúrgico. Realizou-se a incisão da pele na região da prega préauricular esquerda, utilizando-se de lâmina nº. 15 (Fig. 3) para o acesso ao côndilo mandibular. Em seguida, realizou-se dissecção com tesoura de ponta romba com cuidadosa localização e proteção dos vasos temporais superficiais e, do nervo aurículotemporal, podendo ser retraídos anteriormente ao retalho. A dissecção continuou até exposição da camada superficial da fascia do músculo temporal. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 5 Seguiu-se com a incisão e dissecção romba abaixo da camada superficial da fascia temporal, com o descolamento subperiostal ao longo da superfície lateral do arco zigomático. Na seqüência, deu-se a exposição da cápsula articular e, realizada a incisão da cápsula articular, localizou-se o côndilo fraturado, que apresentava deslocamento medial, anterior e inferior (Fig. 4). Fig. 3 - Incisão na região pré-auricular. Fig. 4 - Localização da fratura do côndilo esquerdo. Fig. 5 - Fixação da fratura do côndilo mandibular com parafuso de titânio 10 mm/2 mm, com travamento bi-cortical. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 6 Após correto reposicionamento do côndilo em relação a fossa mandilbular com o restabelecimento da oclusão com amarrias de Ivy e, bloqueio maxilo-mandibular, realizou-se a fixação dos traços de fratura com parafusos de titânio bi-corticais de 10 mm / 2 mm (Fig. 5). A sutura foi realizada com vicryl 4.0, fechando-se a cápsula articular e camada superficial da fascia temporal, sendo que na pele foi usado fio de nylon 6.0 com pontos simples (Figs. 6 e 7). Figs. 6 e 7 – Aspectos da sutura final. A terapêutica medicamentosa realizada no pré-operatório foi de 1g de cefalotina de 6/6 horas. No pós-operatório manteve-se a antibioticoterapia, acrescida de 75 mg de profenid de 12/12 horas e a analgesia foi garantida com dipirona 40 gotas de 6/6 horas, todas por via oral, além de bochechos com digluconato de clorexidina a 0,12% duas vezes ao dia. O paciente foi orientado a fazer dieta líquida e pastosa por 90 dias. Em pós-operatório de sete dias, observou-se boa abertura bucal, ausência de desvio mandibular (Fig. 8) e oclusão estável. As amarrias de Ivy foram mantidas para utilização de elásticos e, o paciente relatou melhoria da sintomatologia dolorosa, ausência de paralisia, além de parestesia facial. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 7 Fig. 8 - Aspecto facial em pó-operatório de sete dias. Aos 120 dias, notou-se simetria facial, ausência de edema e dor em região pré-auricular, com significativa estabilidade da cicatriz cirúrgica. Em exame intra-bucal, a oclusão manteve-se estável com razoável abertura bucal (40 mm) e, sem desvio mandibular. No exame radiográfico confirmou-se a fixação do côndilo mandibular esquerdo com parafuso em posição correta e, a consolidação da fratura (Fig. 9). FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 8 Fig. 9 - Radiografia panorâmica em pós-operatório de 120 dias. DISCUSSÃO Existe uma concordância entre os autores de que o tratamento a ser indicado nas fraturas do côndilo mandibular, depende basicamente da idade do paciente, das funções da articulação e desvios em abertura bucal, visando o bem estar do paciente através do menor trauma possível aliado a uma recuperação satisfatória (ZIDE; KENT, 1983; CRIVELLO JÚNIOR, 1991 e HAYWARD; SCOTT, 1993). Concordam ainda que as fraturas altas sejam tratadas de modo mais conservador, independente da idade, através de terapia medicamentosa e fisioterapia, bem como as fraturas baixas que não venham a apresentar deslocamento do côndilo em relação à cavidade articular. Justifica-se assim que o côndilo quase sempre será capaz de manter sua função, ou pelo menos ser induzido a uma remodelação que permita função adequada (CRIVELLO JÚNIOR, 1991; LOBO; MARZOLA; TOLEDO FILHO et al., 1998; REIS; MARZOLA; TOLEDO FILHO et al., 2001 e MANGANELLO-SOUZA; SILVA, 2002). Em relação ao restabelecimento oclusal, há concordância entre os autores de que os melhores resultados sejam obtidos nos tratamentos cirúrgicos comparados com o tratamento não cirúrgicos das fraturas condilares. Apesar de os pacientes tratados com redução cirúrgica apresentarem baixa incidência de má oclusão esta poderia estar relacionada a problemas com redução insuficiente da fratura ou perda prematura de fixação, seja por fratura da placa ou por afrouxamento de parafusos (ELLIS; DEAN, 1993 e LEIVAS; PAGNONCELLI, 2002). Pode-se assim observar o restabelecimento oclusal e, ausência de afrouxamento do parafuso de fixação no caso clínico apresentado. Autores estão de acordo com o desvio lateral para o lado fraturado, mesmo nos tratamentos mais cuidadosos. A restrição na abertura bucal (20-35 mm) pode ocorrer em alguns casos, FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 9 sendo raras as pseudoartroses e as anquiloses, sendo a porcentagem de artrose insignificante (SULLIVAN; BANGHART; ANDERSON, 1995; ELLIS III, 1998; LEIVAS; PAGNONCELLI, 2002 e MANGANELLO-SOUZA; SILVA, 2002). Tais complicações não foram observadas no caso clínico exposto. Autores ainda concordam que a vantagem do tratamento cirúrgico ao tratamento não cirúrgico, possa ser devido à redução anatômica dos fragmentos, estabilidade oclusal, restauração precoce da função, além de proporcionar melhor simetria facial, restabelecendo a dimensão facial posterior nos casos onde ocorre encurtamento mandibular (MANGANELLO-SOUZA; SILVA, 2002 e MOREIRA; MAZZONETTO; MORAES et al., 2000). Tais vantagens foram encontradas no caso clínico apresentado. Há concordância também entre os autores que os resultados obtidos com bloqueio maxilo-mandibular em crianças e adolescentes, são mais favoráveis, devido à presença de um centro ativo de crescimento e desenvolvimento, permitindo uma consolidação e remodelação condilar mais rápida quando comparada com adultos (CRIVELLO JÚNIOR, 1991; HAYWARD; SCOTT, 1993 e MANGANELLO-SOUZA; SILVA, 2002). Diversos autores concordam que a redução cirúrgica nas fraturas subcondilares altas é mais bem executada por uma incisão pré-auricular, pois proporciona exposição apropriada com menor possibilidade de lesão ao nervo facial, visto que os ramos principais dessa estrutura anatômica ficam na extremidade inferior da incisão. O acesso de Risdon é o mais indicado pelos autores para as fraturas da região condilar baixa em direção ao ramo, sendo útil na redução de fraturas longas da apófise condilar, não sendo indicada nos casos de fragmentos curtos das fraturas subcondilares altas (ELLIS III, 1998; MOREIRA; MAZZONETTO; MORAIS, 2000 e LEIVAS; PAGNONCELLI, 2002). De acordo com estes autores, o acesso pré-auricular foi escolhido para redução da fratura condilar alta no caso clínico apresentado. CONCLUSÕES Com base na revista da literatura e no caso clínico cirúrgico apresentado pode-se concluir que: 1. O tipo de fratura, a idade do paciente, o grau de alteração funcional, além da presença de outras fraturas faciais associadas devem ser avaliados na escolha do tratamento das fraturas do côndilo mandibular. 2. O tratamento de fraturas condilares, em crianças e adultos, deve ser o mais conservador possível para casos de fraturas sem luxação. 3. O tratamento cirúrgico é recomendado para fraturas com deslocamento do côndilo fraturado, assim como nos casos de má oclusão e limitação de abertura bucal. 4. A oclusão deverá ser restabelecida corretamente para que o paciente não fique sujeito a problemas de desarmonia funcional e estéticas. 5. A anquilose, a limitação de abertura bucal, a alteração oclusal e a lesão de nervos são possíveis complicações da não intervenção ou do tratamento inadequado. 6. A escolha do tratamento conservador ou cirúrgico deve-se basear no diagnóstico e avaliação clínica corretos, aliados ao bom senso do profissional e individualização de cada caso. FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR – TRATAMENTO CONSERVADOR E CIRÚRGICO – REVISTA DA LITERATURA E APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO-CIRÚRGICO 10 REFERÊNCIAS * CRIVELLO JÚNIOR, O. Tratamento funcional das fraturas do côndilo mandibular. Rev. gaúcha Odontol., v. 39, n. 5, p. 388-90, 1991. ELLIS III, E.; DEAN, J. Rigid fixation of mandibular condyle fractures. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol., v. 76, p. 6-15, 1993. ELLIS III, E. Complications of mandibular condyle fractures. Int. J. oral Maxillofac. Surg., v. 27, p. 255-7, 1998. HAYWARD, J.; SCOTT, R. A. Fractures of mandibular condyle. J. oral Maxillofac. Surg., v. 1, p. 57-61, 1993. LEIVAS, L. G.; PAGNONCELLI, R. M. Fraturas de côndilo mandibular: Alternativas cirúrgicas e não-cirúrgicas para o tratamento. Rev. Odonto ciênc., v. 17, n. 35, p. 81-9, 2002. LOBO, S. E.; MARZOLA, C.; TOLEDO FILHO, J. L. et al., Incidência e tratamento de fraturas do côndilo da mandíbula no Serviço de Cirurgia e traumatologia BMF da FOB-USP e AH de Bauru de 91-95. 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