O uso do biofeedback e eletroestimulação na reabilitação da Incontinência Urinária Divisão de Enfermagem Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Fisiopatologia da Incontinência Urinária Incontinência Urinária por Esforço (IUE): Queixa de perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, espirro ou tosse Incontinência Urinária por Urgência (IUU): Queixa de perda involuntária de urina associada ou imediatamente precedida por urgência miccional Incontinência Urinária Mista ( IUM): Queixa de perda involuntária de urina associada com urgência e também com esforço ( Abrams P, et al 2002) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Bexiga Hiperativa (BH) - Síndrome baseada na sintomatologia caracterizada por urgência miccional, com ou sem urgeincontinência, usualmente acompanhada de frequência e noctúria. - Diagnóstico Clínico Hiperatividade Detrusora (HD) -Ocorrência de contrações vesicais involuntárias na fase de enchimento vesical - Observação urodinâmica ( Abrams P, et al 2002) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Tratamento Conservador da Incontinência Urinária IUE = Uretra IUU = BH Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Deficiência esfincteriana Estrógeno Farmacológico Antidepressivos Oxibutinina Relaxantes vesicais Tolterodina Darifenacina Estratégias de urge-inibição Treinamento vesical Micções programadas Ajuste hídrico Comportamental TMSP Biofeedback Eletroestimulação Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Soalho da Pelve (SP) Diafragma Pélvico: puborretal Levantador do ânus pubococcígeo ileococcígeo Coccígeo Diafragma Urogenital Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Fibras Musculares Proporção de fibras musculares do pubococcígeo: 70% tipo l e 30% tipo ll • Tipo l: tônicas, baixa capacidade de produção de força, grande resistência à fadiga • Tipo ll: fásicas, alta capacidade de produção de força, resistência à fadiga pouca Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Avaliação de Enfermagem Avaliação e quantificação dos sintomas miccionais e da IU Adoção de medidas higiênico-dietéticas -Treinamento vesical (estratégias de urge-inibição, micções programadas) - Ajuste alimentar e hídrico Correção de fatores agravantes - Obesidade - Constipação intestinal - Tabagismo Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Avaliação de Enfermagem Orientação quanto ao preenchimento do : - Diário miccional - “King´s Health Questionnaire” ( KHQ) - Realização do Pad Test Tratamento Conservador para Incontinência Urinária Diário miccional Documenta hábitos e padrões de incontinência (volume e qualidade dos líquidos ingeridos, horário das micções “normais” e das perdas urinárias,das atividades relacionadas aos episódios de incontinência e do número de absorventes higiênicos nas 24 horas) Tratamento Conservador para Incontinência Urinária King´s Health Questionnaire 8 domínios: Percepção geral de saúde; impacto da IU;limitações de atividades diárias,físicas, sociais; relacionamento pessoal; emoções; sono/disposição KHQ 2 escalas : Gravidade da incontinência urinária e intensidade dos sintomas urinários (Fonseca ESM, et al 2005) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Pad Test Consiste em pesar o absorvente higiênico ou fralda antes e após o uso, quantificando o volume da perda urinária Pode ser de curta duração (20 minutos) ou longa duração (24 - 48 horas) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Pad Test com 1 hora de duração (ICS) Pesar o absorvente higiênico Nos primeiros 15’ ingerir 500 ml de água Dos 30’ aos 45’ realizar caminhadas, subir e descer degraus Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Pad Test com 1 hora de duração Dos 45’ aos 60’ sentar e levantar-se da cadeira por 10 x, tossir em forte intensidade por 10 x, pular sem sair do lugar por 1’, agachar-se para levantar objeto do solo por 5 x e lavar as mãos sob água corrente por 1’ Ao final do teste, pesar o absorvente: Pad Test + perda urinária 1 grama Pad Test perda urinária 1 grama Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Biofeedback (BFB) Técnica que permite que a informação de um processo fisiológico inconsciente seja apresentada ao paciente / terapeuta como sinal visual, auditivo ou tátil. (Abrams P, et al 2002) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Modalidades de BFB Manometria Eletromiografia(EMG) - Sinal de EMG é a somatória de todos os potenciais de ação que produzem a contração da fibra muscular, captado por eletrodos Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Tipos de EMG Intramuscular – Eletroneuromiografia (ENMG) De superfície – Surface Electromyography (SEMG) - anal - vaginal - transcutânea Tratamento Conservador da Incontinência Urinária BFB Uso da eletromiografia na reabilitação Ferramenta para ensinar o exercício corretamente, modificando uma resposta inadaptada e proporcionando um treinamento cognitivo da musculatura do Soalho da Pelve (SP) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Feedback visual ou auditivo ao paciente à medida em que contrai o SP Tratamento Conservador para Incontinência Urinária Indicações do BFB na Reabilitação do SP Relaxamento de músculos hiperativos – anismo Aumento de força de contração muscular – BH, IUE Incontinência Fecal Dissinergia vésico-esfincteriana Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Contra-Indicações do BFB Denervação Alteração de funções corticais compreensão ou apraxia motora superiores – afasia de Outros déficits cognitivos –alteração da concentração ou deficiência mental Déficit visual importante Falta de colaboração do paciente Tratamento Conservador da Incontinência Urinária “ Rompendo Paradigmas” Dois ou mais canais EMG do levantador ânus EMG de músculos ”parasitas” Isolar contração de musculatura abdominal Abdômen relaxado: 25% da capacidade máxima de contração do SP (Neumann P et al, 2002) “EMG anal e vaginal aumentam com contração da musculatura abdominal” (Sapsford RR, Hodges PW, 2001) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Contração máxima do SP ativa musculatura abdominal Levantador x Oblíquo Interno (Neumann P et al, 2002) Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Co-contração dos adutores aumenta o recrutamento do levantador do ânus EMG: eletrodo posição 15 p. 3 inferior – Pubococcígeo - perna estendida Contração Voluntária Adução Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Resultados do BFB Fortalecimento muscular Inibição detrusora Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Eletroestimulação (EE) Saxtorph( 1878): EE para retenção urinária Caldwell (1963): EE c/ eletrodos implantados no SP melhora e cura de 50% Erlandson, Fall & Carlsson (1977): EE intravaginal em gatos na freq. de 50Hz (fechamento uretral) e na freq. 10 Hz (inibição detrusora) Neuromodulador sacral - InterStim Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Eletroestimulação intravesical da bexiga Neuroestimulação nervo pélvico dos nervos pudendos sacral – InterStim Neuromodulação nervo tibial posterior intravaginal peniana clitoriana anal transcutânea Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Eletroestimulação Intravaginal Transcutânea Tratamento Conservador para Incontinência Urinária Indicações da EE Inibição detrusora – 10 Hz - diminuição do número de micções - aumento do primeiro desejo miccional - aumento da capacidade vesical Fortalecimento muscular - fibra tipo I - 20 Hz - fibra tipo II - 50,60 Hz Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Contra-indicações da EE Uso de marcapasso cardíaco Gravidez Cirurgia pélvica ou abdominal nos últimos seis meses Vaginite atrófica Irradiação da região pélvica Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Efeitos colaterais da EE Dor Irritação vaginal Hipermotilidade intestinal Tratamento Conservador da Incontinência Urinária Referências 1. Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, et al. The standardisation of terminology of lower urinary tract function: report from the Standardisation sub-committee of the International Continence Society. Neurourol Urodyn. 2002; 21:167-78. 2. Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005; 27(5): 235-42. 3. Neumann P, Gill V. Pelvic floor and abdominal muscle interaction: EMG activity and intraabdominal pressure. Int Urogynecol J. 2002;13:125-32. 4. Sapsford RR, Hodges PW. Contraction of the pelvic floor muscles during abdominal maneuvers. Arch Phis Med Rehabil. 2001;82 (8):1081-8. OBRIGADA !!! [email protected]