SUZANO ANO 4 ISSN: 2176-5227 Nº 3 ABR. 2012 REVISTA INTERFACES 21 Interação social e o ensino da leitura: uma perspectiva pedagógica transformadora Quésia Alves de Souza Sanches Domingues Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ ([email protected]) Paula Barbosa Pudo Faculdade Unida de Suzano - UNISUZ Fatec de Itaquaquecetuba ([email protected]) Resumo Este trabalho busca investigar de que maneira a interação social pode contribuir para o ensino da leitura a partir de uma perspectiva que contribua para uma prática pedagógica transformadora, bem como averiguar de que modo a metodologia do professor pode resultar no desestímulo dos alunos numa prática produtiva da leitura. Pesquisou-se a concepção socio-interacionista a fim de conhecer de que maneira a relação entre aprendizado e desenvolvimento pode, por meio da interação social, favorecer o processo de aprendizagem da leitura. Foram também apresentadas estratégias que favorecem o ensino da leitura, a partir do conhecimento sobre determinadas necessidades cognitivas. Tratou-se ainda sobre a questão da leitura na esfera social para desenvolvimento do cidadão crítico pertencente a uma sociedade cuja comunicação é imprescindível. Palavras-chave: Sócio-interacionismo; ensino e leitura. Introdução Possivelmente a utilização de uma metodologia baseada na abordagem socialmente contextualizada pode estimular a absorção do conteúdo pedagógico e a participação dos alunos nas aulas leitura. A relevância social desse estudo se dá à medida que caso seja constatado que a metodologia do professor adepto da teoria sócio-interacionista realmente interfira no interesse e participação dos alunos em sala de aula, acredita-se ser possível melhorar a auto-estima dos mesmos por meio da concepção de interação para transformação dessa realidade. A pesquisa realizada procurou conhecer o resultado sobre a apropriação do conhecimento pela perspectiva da abordagem sócio-interacionista na motivação e interesse do aluno pela leitura. Buscou respostas sobre a eficácia dos resultados efetivos que podem ser obtidos com uma abordagem sócio-interacionista no desenvolvimento da competência leitora e consequentemente, na formação do aluno como cidadão ativo, pensante e crítico na sociedade. O sócio-interacionismo Segundo Rego (1995) o contexto das atividades educativas desenvolvidas na escola, uma vez impregnadas de intencionalidade para tornar acessível à criança o conhecimento organizado formal e historicamente, requer a tomada de consciência pela criança de seus próprios processos mentais para a construção do conhecimento sobre compreensão e domínio dos sistemas de aprendizagem da leitura, escrita, cálculos, e outros. Porém, assegura não ser possível contar apenas com a freqüência na escola para alcançar esses objetivos, uma vez que isso depende muito da qualidade do ensino oferecido, e justamente nesse ponto, o pensamento de Vygostky remete à indagação sobre a concepção em que se tem baseado a educação atual e a necessidade de uma avaliação minuciosa acerca do desempenho das funções da escola. Ainda segundo Rego (1995), Vygotsky após um trabalho de intensas pesquisas defendia a teoria de que “esses processos não são inatos, eles se originam nas relações entre indivíduos humanos e se desenvolvem ao longo do processo de internalização de formas culturais de comportamento”, (p. 39), diferente do que acontece com os animais e com crianças muito pequenas, cujas reações são automáticas e associações não envolvem complexidade, se limitando a sua origem biológica. As características e funções psicológicas humanas não estão impregnadas no homem desde o seu nascimento, mas vão se moldando à medida que se relaciona com a sociedade a qual pertence, a partir daí internaliza comportamentos, conceitos, e capacidade de operar com informações, pois o relacionamento social constitui o processo de desenvolvimento. A autora apresenta então, a abordagem defendida por Vygostky (1981), denominada como sócio-interacionista, e que se baseia na apropriação do conhecimento e experiência histórico-cultural do homem por meio de uma perspectiva que privilegie as relações 22 REVISTA INTERFACES produzidas em uma determinada cultura, na qual por meio da interação social o homem transforme e seja transformado. A autora reafirma o pensamento vygostkyano de que só haverá amadurecimento se houver aprendizagem, o ensino de qualidade é aquele conduzido às funções psicológicas que estão por se completar, pois ao contrário, não seria possível justificar a aprendizagem da leitura e escrita, já que, para tanto, a criança precisa ter acesso a material, informações e situações planejadas de leitura e escrita, para que desenvolva essa competência, ou seja, primeiro trabalha-se em direção ao aprendizado, e consecutivamente acontece o desenvolvimento. Aprendizagem e Desenvolvimento Vygostky (1981) aborda a questão da relação efetiva entre aprendizado e desenvolvimento do ponto de vista metodológico no processo de assimilação do conhecimento pelo aluno. De acordo com os resultados de suas pesquisas, apesar de aprendizado e desenvolvimento não serem a mesma coisa, estão interligados, sendo que o primeiro tem seu papel estabelecido “no curso do desenvolvimento ou maturação daquelas funções ativadas durante o próprio processo de aprendizado” (p. 89), ou seja, o aprendizado de uma matéria específica precede o desenvolvimento mental e, se trabalhado de acordo com o conceito de internalização do conhecimento a partir de uma perspectiva de socialização, realizada por meio da interação entre os sujeitos de linguagem, pode influenciá-lo a atingir funções superiores, inclusive além dos limites pretendidos. Para o autor, a relação entre aprendizado e desenvolvimento se estabelece em dois níveis, denominados como: zona de desenvolvimento real (ZDR), que compreende aquelas habilidades já dominadas pela criança como funções já amadurecidas e que permitem a solução de problemas que é capaz de realizar sozinha – lugar esse que, para o ensino tradicionalista é onde o professor e o sistema de ensino devem trabalhar – e a zona de desenvolvimento proximal (ZDP), onde está localizado o conjunto de habilidades ainda em fase de desenvolvimento, cujo processo de assimilação pode ser acelerado com o advento da interação, em que o subsídio de um adulto ou um colega que já seja detentor daquele tipo de conhecimento, se estabeleça como papel fundamental para o processo de desenvolvimento mental, que é para Vygostski, exatamente o espaço a ser trabalhado pelo professor. Mediação Segundo Daniels (2003) a abordagem cultural- SUZANO ANO 4 Nº 3 ABR. 2012 ISSN: 2176-5227 histórica está permeada mediação dentro de um determinado contexto, e pressupõe que a mente seja co-construída e distribuída na atividade mediada entre indivíduos. Trabalha com a suposição de que cada pessoa é sujeito de seu próprio desenvolvimento, mas não necessariamente age em contextos de sua escolha. Essa perspectiva de mediação enxerga a interação entre sujeito e objeto passada pelo filtro das ferramentas e signos, que podem ser ferramentas materiais, como no caso de um nó feito em uma bolsa para agir como lembrete, ferramentas psicológicas, como a linguagem, e outros seres humanos, que agem como auxiliares, ajudando a estabelecer essa relação. Segundo o autor, não é possível exercer influência direta na educação alheia, apenas o sujeito de aprendizagem é capaz de regular as reações do seu organismo a partir da própria experiência, pois “o saber que não passa pela experiência pessoal não é saber” (VYGOSTKY, 2003, p.76), portanto, a bagagem do aluno em todas as esferas é fator determinante para fundamentação do trabalho pedagógico. Essa afirmação remete à reflexão a respeito do papel do aluno no processo educativo, não como passivo, seguindo determinações de um professor que “sabe tudo”, que ignora a vivência do aluno, pois do ponto de vista científico, segundo Vygostky “o critério psicológico exige que se reconheça que, no processo educativo, a experiência pessoal do aluno é tudo” (VYGOSTKY, 2003, p.75), então a educação deve ser mediada pelo professor, oferecendo caminhos que culminem na prática para individuo que eduque a si mesmo. Para o autor (2003), o ponto de partida rumo do processo educativo deve se valer da atividade pessoal, e o papel do educador é nortear e adequar essa atividade, estruturada em três fases, estímulo, processamento e resposta em busca do objetivo buscado. Relação entre pensamento e linguagem A tese básica defendida por Vygotsky, (1998) sobre as relações entre fala e pensamento é de que não estão interligados, inicialmente se originam conectados, mas ao longo da progressão de ambos, se modificam e se desenvolvem. O sentido da palavra é imprescindível para seu significante, já que é apenas um som oco a palavra sem significado, e levando em conta que para psicologia a significação nada mais é do que um conceito, uma generalização, que por sua vez, são atos de pensamento, “podemos considerar o significado como um fenômeno do pensamento” (VYGOSTKY, 1998, p. 151). Essa afirmação é possível a partir da afirmação de que o pensamento se materializa por meio da fala, que só é um “fenômeno da fala na medida em que esta é ligada ao SUZANO ANO 4 ISSN: 2176-5227 Nº 3 ABR. 2012 pensamento, sendo iluminada por ele” (p. 151). Portanto, o autor se faz claro na afirmação de que os significados das palavras realmente não estão engessados, mas são formações ativas, que se modificam de acordo com o desenvolvimento da criança, também levando em consideração os caminhos pelos quais funciona o pensamento. O pensamento não é reduzido à simples expressão de palavras, mas a partir delas que passa a existir, estabelecendo uma relação entre as coisas, e passando por muitas mutações até que efetivamente se transforme em fala. Estratégias para o ensino da leitura A partir do olhar do professor pautado nas concepções sócio-interacionistas, podemos dizer que apresentar o aluno ao universo da leitura é um desafio permeado pela habilidade do docente sobre a conscientização da necessidade em utilizar-se de táticas que o estimulem a compreender qual a importância da realização de tal prática e os objetivos para os quais é proposta, para que consequentemente seja possível realizá-la por prazer e vontade própria. Segundo Kleiman (1999), a leitura é um ato individual de construção de significado num determinado contexto, que pressupõe interação entre autor e leitor. Para a autora, o ensino da leitura deve ser compreendido como ensino de estratégias que levem em conta o desenvolvimento de habilidades linguísticas, consideradas como atributos de um leitor competente As estratégias do leitor são classificadas em cognitiva e metacognitiva, a primeira caracterizada pela leitura operada por inconsciência do leitor, cujo processamento é definido pela autora como consistindo: grande parte, em procedimentos para os quais utilizamos conhecimento sobre o qual não temos reflexão, nem controle consciente (esses procedimentos são de fato chamados de também de automatismos da leitura) [...] (KLEIMAN, 1999, p. 50) E a segunda pelas “operações realizadas com algum objetivo em mente, controle de consciência, isto é, no sentido de sermos capazes de dizer e explicar a nossa ação”. (KLEIMAN, 1999, p. 50) Para Kleiman (1999), o funcionamento dessa segunda estratégia depende do questionamento do leitor sobre a consciência, sobre a produtividade de sua leitura, a fim de que possa colocar em prática a releitura, o resumo, palavras- chave, conforme citado acima, para que seu objetivo seja efetivamente alcançado. De acordo com Kleiman, o leitor experiente detém habilidades fundamentais que permitem que a prática da leitura seja consciente, reflexiva e permeada pela intencionalidade. Primeiro lê com determinado objetivo, sabendo aonde quer chegar, depois busca a REVISTA INTERFACES 23 compreensão do objeto da leitura por meio da seleção que seus olhos fazem, recorrendo a diferentes procedimentos para recuperar o sentido do texto quando há bloqueios no caminho. A autora afirma ainda que construir o significado do texto também depende de predições baseadas do conhecimento prévio do leitor sobre determinado assunto, bem como do conhecimento a respeito do contexto de produção do material alvo da leitura, a realidade sócio-histórico-cultural da época em que foi produzido o texto, dados sobre o autor, a relevância desse tipo de conhecimento, informações que facilitam a leitura e permitem que, a partir da delineação clara dos objetivos a que se presta essa leitura, possa ser realizada de maneira satisfatória. Leitura e Cognição Soares (2001) afirma que a leitura do texto não é um processo acabado, mas o princípio de uma construção funcional num processo de interação baseado nas condições de produção do texto, que levam em consideração as intenções do autor para reconhecimento e identificação ideológica a ser realizada ou não pelo leitor. A autora conclui que o leitor não deve restringir a leitura apenas a textos que correspondem às convicções do leitor em todos os aspectos, mas no decorrer da leitura buscar a reconstrução de uma intenção argumentativa, buscando um posicionamento crítico diante do texto e da ideologia nele contido. Simplesmente passar os olhos pelo texto não pode ser considerado leitura, afirma Kleiman (2002), pois a mesma depende de um processo inconsciente, por parte do leitor, de procura por determinado conhecimento ou informação já assimilado por ele em algum momento da vida, que propiciará a descoberta das pistas presentes no texto que levam à apreensão de sentido. Esclarece ainda que o ensino da leitura necessita que mediador proponha objetivos claros ao leitor para que o mesmo seja capaz de formular hipóteses e estratégias de natureza metacognitiva, que irão ativar o controle consciente e a reflexão sobre o próprio conhecimento e capacidade, instigando então uma leitura produtiva, delineada de caminhos bem diferentes da leitura mecânica e automatizada, muitas vezes realizada na escola. Castro Sá (2000) apresenta uma estratégia de leitura pautada numa perspectiva mais técnica, baseada na extração da ideias mais importantes, devidamente contextualizadas e dispostas em esquemas que permitam o relacionamento dessas ideias de forma que se complementem. Após a leitura, a autora aconselha uma releitura que deve ser feita de 24 REVISTA INTERFACES modo mais minucioso, com destaque das palavraschave, das palavras que requerem o uso de dicionário e ideias principais. A leitura e sua perspectiva social O homem é indiscutivelmente um ser de comunicação e interação com os demais de sua própria espécie em todos os contextos, seja no trabalho, escola, com a família, amigos e com o mundo que o rodeia. Partindo do princípio de que estamos na era da tecnologia e informação, não é possível conceber que o ser humano de forma geral não tenha acesso à leitura como instrumento de conhecimento da sua e de outras culturas, de confronto de ideologias e produção de argumentos que construirá um cidadão reflexivo e atuante na sociedade. Para Lerner (2002) questionamentos devem ser feitos no sentido de obter respostas para saber o objetivo a que se propõe o aprendizado da leitura. O ensino de apenas uma maneira de ler, linear, palavra por palavra, enfatizando a leitura oral, demonstra a leitura desvinculada de suas práticas sociais, usada para criar essa versão ilusória da leitura por meio de uma teoria comportamentalista da aprendizagem “e um conjunto de regras, pressões e exigências fortemente arraigadas na instituição escolar” (p.76), logo a construção do significado não é vista como fator crucial e pré-requisito para aprendizagem, o que torna a atividade sem sentido. Considera ainda o resultado de pesquisas que atestam a visão da classe dominante a respeito da leitura como sendo fonte de prazer, diversão, possibilidades de ampliação e modificação de sua própria visão de mundo, enquanto as classes dominadas “a vêem pragmaticamente como instrumento necessário à sobrevivência, ao acesso ao mundo do trabalho, à luta contra suas condições de vida” (p. 21). Com base nesses dados, Soares (2001, p. 25) esclarece que as camadas mais elevadas da sociedade se apropriam da ideologia da classe dominante, desprezando as camadas menos favorecidas economicamente, que não têm acesso à prática da leitura pelo prazer, fruição ou enriquecimento cultural, mas seu acesso a ela se restringe apenas a utilização de um instrumento para melhores condições de vida, o que apenas reproduz “as condições discriminativas de produção, distribuição e consumo de bens materiais”. As posições desses autores nos levam à conclusão de que o homem é sujeito de sua própria história, portanto o ápice da recuperação dos sentidos do texto proposto para leitura está absolutamente ligada aos fatores contextuais de repertório linguístico, conhecimento de mundo, valores, experiências e vivências do leitor. SUZANO ANO 4 Nº 3 ABR. 2012 ISSN: 2176-5227 Considerações finais Os motivos que levam à falta de produtividade da leitura no ambiente escolar estão pautada numa proposta com objetivos ineficazes por meio de atividades descontextualizadas que não permitem ao aluno o desenvolvimento de fruição estética, mas a realização da leitura por obrigação, o que revela uma defasagem presente em pontos estratégicos, considerados essenciais para que a leitura possa efetivamente atingir o objetivo a que se propõe, e o aluno possa usufruir e interagir com a leitura de diferentes gêneros que fazem parte do cotidiano do homem que vive em sociedade. A partir dessa realidade, chegamos então à conclusão de que a interação social pode contribuir de maneira relevante nesse processo de aprendizado em diferentes perspectivas que a leitura de uma maneira geral pode oferecer, na medida em que, propicia por meio da contextualização e do conhecimento sobre as condições de produção dos textos sejam eles literários ou de diferentes gêneros, tornando possível apresentar ao educando novas possibilidades de fazer da leitura um ato prazeroso e com propósitos bem definidos. Consideramos como ponto relevante que deve ser alvo de empenho objetivando um avanço significativo na incumbência de obter sucesso com os resultados provenientes da escolha pela prática docente, a necessidade de reflexão por parte do educador sobre a responsabilidade que lhe é atribuída e as devidas implicações por conseqüência contidas em sua abordagem pedagógica, para que a formação escolar do indivíduo, da qual a leitura é imprescindível, lhe dê condições de ser capaz de desempenhar um papel como cidadão ativo, crítico e questionador, que consequentemente agregue valores à sociedade da qual faz parte. Referências bibliográficas CASTRO SÁ, Léa Silvia Braga. Os degraus da leitura. Bauru, São Paulo: Edusc, 2000. DANIELS, Harry. Vygotsky e a pedagogia. São Paulo: Loyola, 2003. KATO, Mary A. Como a criança aprende a ler: uma questão platoniana In: ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel Theodoro. Leitura: perspectivas interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2001. KLEIMAN, Ângela. 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Quésia Alves de Souza Sanches Domingues Formada em Letras pela Faculdade Unida de Suzano. Professora de Lingua Portuguesa da Prefeitura Municipal de São Paulo. Professora do Colégio Pueri Domus (Ensino Médio) e pós-graduanda em Psicopedagogia. Paula Barbosa Pudo Graduada em Letras/Tradutor pela Universidade de Mogi das Cruzes , mestrado em Lingüística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2003) e Especialização em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco - RJ (2005. Docente da Faculdade Unida de Suzano- UNISUZ e da FATEC de Itaquaquecetuba. REVISTA INTERFACES 25