Eletricidade e Magnetismo II – Licenciatura: 13ª Aula (17/09/2012) Prof. Alvaro Vannucci Na última aula vimos: Diamagnetismo: Este efeito surge em materiais que não possuem momento de dipolo magnético resultante, e se deve pelo aumento/diminuição da velocidade angular eletrônica quando um campo magnético externo é aplicado, ocorrendo repulsão 0 Lei de Faraday: ~ eB 2me d M dt Lei de Lenz Ou então: d d E dl dtM dt B nˆ dA Exemplo 1: Um fio de comprimento l desloca-se com velocidade v constante, formando uma espira retangular. Havendo um campo Bext uniforme e perpendicular ao plano da espira, determine a f.e.m. induzida. z É fácil observar que o fio, deslocando-se, aumenta a área (por ele formada) atravessada pelo Bext → fluxo B I y l x v no sentido do eixo z aumenta → para haver contra-fluxo, uma corrente I é induzida no sentido horário (ver figura). Agora, como dM , M B nˆ dA B dA B dA B dxdy dt dx B dy dt l v ( cte) Bvl Exemplo 2: Faz-se girar com frequência f uma bobina constituída por N espiras retangulares, cada uma com comprimento a e largura b, na presença de um campo magnético B uniforme, entrando na página. B R b a) calcule a f.e.m. induzida na bobina; b) projete uma bobina para a qual a amplitude da f.e.m. seja igual a 220V quando girada a 60 revoluções por segundo, com B = 0,5T. d a) M dt olhando a bobina de frente: a n̂ B b f Temos então que: N espiras 1esp. B nˆ dA B cos dA M NB cos dA e B cte. Note: trata-se de uma integral sobre a área e θ varia com o tempo [θ = θ(t)]; ou seja: θ = θ0 + ωt, onde podemos escolher θ0 = 0 em t = 0, e ω = 2πf. Então: M NBab cos 2 f t . Finalmente: dM NBab sin 2 ft 2 f dt 2 fNabB sin 2 ft 0 sin 2 ft cte, que chamarei 0 b) Para 0 220 V 220 V= 2 60 0, 5 Nab Nab 1,17 m2 Aefetiva Exemplo 3. Uma espira retangular de resistência R e lados a e b atravessa, com velocidade v constante, uma região quadrada de lados L (L > b) na qual existe um campo magnético uniforme e constante B0 entrando na página. a) Calcule a corrente induzida na bobina; ela é constante? a v R B b L>b b) Qual é a potência dissipada na resistência R enquanto a espira está sendo introduzida na região de campo magnético uniforme? c) Qual a força F que a espira sente quando (i) está entrando, (ii) está totalmente imersa e (iii) está saindo da região de campo. d) Faça um gráfico de F em função do tempo. Resolução: a) Quero corrente, lembrando: Ri ; d e B nˆ dA B dA B dxdy dt dx Bva Então B dy Bva (constante), e i R R dt v b) P i 2 R 1 P B 2v 2 a 2 R c) dF Idl B ; I i corrente induzida i) Espira entrando: i tem sentido anti-horário (para se opor ao aumento do fluxo de campo magnético através da espira). Conforme a figura acima, a força resultante surge no sentido contrário ao movimento Ou seja, Fres iB dl iBa B 2 a 2v (sentido contrário ao movimento da espira). R ii) Espira totalmente imersa: d i 0 e Fres 0 dt iii) Espira saindo: agora a corrente induzida circula no sentido horário (opondo-se a diminuição do fluxo de B) Note que a força resultante surge novamente no sentido contrário ao movimento: Fres B 2 a 2v . R d) F B 2 a 2v R t B 2 a 2v R Exemplo 4. Os condutores da figura são finos e estão no mesmo plano. O fio da esquerda tem comprimento infinito e conduz corrente I1 = 15A, enquanto o fio da espira quadrada conduz corrente I2 = 8A. Considere que a = b = c = 1m. a) qual é a força que age sobre a espira quadrada? b) Supondo agora que I2 = 0 e I1 = I0 cos ωt, calcule a f.e.m. induzida na espira. a) I2 I1 F4 y x c B F1 a F2 b F3 I dF Idl B ; sendo que B B fio 0 1 (pela Lei de Ampère) 2 x I dF dF I 2 dx B fio I 2 dx 0 1 2 x c b II dx 0 I1 I 2 b c ln Calculando as forças F3 e F4: F3 0 1 2 F4 2 x 2 c c Força F1: F1 IIa 0 I1I 2 a dy F1 0 1 2 ( xˆ ) 2 c 0 2 c IIa Igualmente, pelo mesmo raciocínio: F2 0 1 2 xˆ 2 c b I I a1 1 0 I1 I 2 a c b c FR F1 F2 0 1 2 2 c c b 2 c c b FR 120 107 N b) 4 10 158 1 2 1 1 1 7 FR 1, 2 105 xˆ N d d d 0 I1 B nˆ dA dxdy; I1 I 0 cos t dt dt dt 2 x c b d 0 I1a dx d a c b 0 I 0 cos t ln dt 2 x dt 2 c c aI c b 0 0 ln sin t 2 c 2 4 107 1 I 0 2 2 107 ln 2 I 0 sin t 11 ln sin t 1