Como transformar
Grupos em
Equipes
Caminhos para somar esforços e dividir
benefícios
Introdução
Assim, sempre que necessário, pare a
leitura e visualize seu grupo de trabalho.
Gestores de diversos segmentos, em algum
momento de suas carreiras, deparam-se
com desafios que, à primeira vista,
parecem maiores do que a capacidade que
possui para resolvê-los.
Compare o que está escrito aqui e o que
você pratica. Espero que este texto lhe
ajude a descobrir os caminhos para chegar
aos resultados que deseja.
São nesses momentos em que a soma dos
conhecimentos, das habilidades e das
atitudes ajudam a empresa a empresa a
conquistar seus objetivos.
Equipes X Grupos
Mas, como realizar essa soma? Como
transformar um grupo de funcionários em
uma equipe de colaboradores efetivos,
comprometidos?
Nas linhas a seguir, meu objetivo será lhe
ajudar a refletir sobre alguns aspectos que
diferem os tipos de grupos, as ferramentas
que podem ser utilizadas para melhorar o
desempenho do trabalho compartilhado e
instrumentos úteis para a manutenção de
um time coeso.
Obviamente, a partir dessa reflexão sobre
o perfil de sua equipe, novos horizontes,
insights surgirão para dar sequência ao que
proponho neste trabalho.
Pensemos em uma definição sobre o que
vem a ser uma empresa.
Ao focar em um conceito que nos faça
pensar mais nas pessoas que nela
trabalham, podemos dizer que uma
empresa é a união de alguns trabalhadores
com um objetivo comum. Certo? Óbvio
demais?
Pode ser.
Para ensinar seus funcionários
a trabalhar em equipe,
primeiro certifique-se de que
pode ser o exemplo.
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No entanto, uma das principais ameaças
que podemos oferecer a algum assunto
importante, é a negligência de fatos que
julgamos simples demais.
Voltemos ao significado do que vem a ser
uma empresa.
Se a empresa pode ser compreendida
como sugeri, também podemos concluir
que a competitividade e a competência
dessa organização são proporcionais à
qualidade da “soma de esforços” das
pessoas que a compõe.
criar. Aliás, tais divergências geram
conflitos de ideias e conceitos de uma
maneira positiva, levando à uma
convergência de raciocínios, interesses e
disposições. Nesse momento, a síntese
resultante da colaboração de várias
pessoas gera o verdadeiro potencial de
uma empresa.
Nossa família e nossos amigos
podem ser excelentes
referências sobre como nos
comportamos em equipe.
Nesse ponto começa a nossa oportunidade
de iniciar a estruturação de uma equipe de
excelência.
A primeira etapa é a definição e a
diferenciação do que é um grupo e o que
vem a ser uma equipe.
Apesar de parecerem sinônimos, vamos
utilizar essas duas palavras (grupos X
equipes) para pensar em dois tipos
diferentes de conjuntos de pessoas.
Um grupo pode ser entendido como a
congregação de pessoas trabalhando em
um mesmo local, mas que, não
necessariamente,
trabalham
compartilhando conhecimento e somando
os esforços de maneira proativa,
construtiva no que diz respeito aos
relacionamentos.
No grupo, nota-se muito mais o “Deus por
mim e cada um por si” (ou algo do tipo).
Já em uma equipe, o caminhar para se
chegar aos objetivos ocorre de forma
diferente.
Percebe-se a integração das pessoas, a
geração de um ambiente em que as
divergências são bem vindas, pois
representam a liberdade e a vontade para
Como integrar?
Para responder a uma pergunta como
essas, o gestor deve estar disposto a
conhecer a fundo sua equipe. Quais os
objetivos, visões de mundo, quais as razões
que as fazem agir da forma atual, entre
outros aspectos importantes no perfil da
equipe.
Conhecer os valores desses funcionários é
o ponto de partida.
Quais são os valores que os fazem agir
desta ou daquela forma?
Apelar para os valores nos faz lembrar
coisas fundamentais, aprendidas na mais
tenra idade.
Qual a mãe e pai que nunca ensinou a
compartilhar
algo?
Emprestar
um
brinquedo, dividir o lanche, ajudar a avó,
enfim, coisas que nos serviram como
laboratório para sermos mais humanos.
A partir do momento em que se
compreendem quais os valores que
norteiam sua equipe, o gerente tem muito
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mais facilidade de selecionar os membros
mais adequados àquilo que a empresa
necessita para a construção de um corpo
coeso e coerente. Na seleção, muitos
problemas podem ser evitados.
adiantará os cursos que fizemos ao longo
da vida.
Outro aspecto que alicerça a importância
de se atentar para os valores é a
necessidade de se ter um conjunto de
pessoas disciplinadas.
Compreender o perfil, os
valores que norteiam as ações
das pessoas possibilitam a
integração e a soma de
esforços.
Ao dizer aos funcionários o que eles devem
e como devem fazer suas tarefas, o
gerente pode aproveitar a oportunidade
para fortalecer sua conexão com os
subordinados da mesma forma como as
professoras, pais e os mentores que
trabalham em algumas empresas fazem.
Dito de outra forma: as pessoas que
marcaram sua vida e que lhe comandaram,
ensinaram algo, são aquelas que
conseguiram criar um vínculo afetivo e
produtivo com você.
Por mais que a professora tenha sido
brava, os pais severos, sempre há algum
momento que justifica a saudade das
atividades que realizamos juntos.
Comece a pensar na forma como tem
investido na criação desses vínculos. Sua
comunicação com os funcionários é, de
fato, eficiente? Enquanto conversa com
eles, responde e-mails?
Conhece alguma pessoa que é pósgraduada, mas parece não ter educação?
Ação para gerar integração
Como defini anteriormente, uma empresa
é algo formado por um conjunto de
pessoas em busca de um objetivo.
Escrevi também que a qualidade e a
competência de uma empresa estão
relacionadas com a união entre os
membros dessa organização.
Um dos caminhos para se chegar à união é
a Reunião. Unir novamente.
Reuniões ajudam a realinhar expectativas,
anseios, processos e sonhos.
Servem também como instrumento para
gerar aprendizagem.
Lembro-me sempre da forma como inicio
algumas palestras ou treinamentos.
Gosto de provocar a plateia sobre como se
deve dizer bom dia.
Depois de uns 5 minutos de brincadeira,
chegamos à conclusão de que, se não
conseguimos aprender a dizer bom dia, se
ainda não aprendemos a olhar nos olhos e
inspirar confiança, pouco ou nada
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Se bem conduzidas, as reuniões alavancam
o desenvolvimento empresarial.
Para ser produtiva, uma reunião deve ter
pauta, ser anunciada com antecedência
para que os participantes se preparem e,
ao término, deve deixar claras as ações que
serão realizadas a fim de solucionar
determinado problema ou desenvolver um
projeto.
Além das reuniões, palestras pontuais
sobre o tema “trabalho em equipe” podem
influenciar positivamente a cultura da
empresa.
Estas palestras devem ser agendadas em
períodos não tão distantes um dos outros.
os vendedores devem possuir. Da mesma
forma, gerentes devem usar suas
habilidades de liderança para despertar o
desejo em sua equipe de trabalhar de
forma unida, harmoniosa e em busca
constante pela excelência.
Muitas vezes, o problema não
são as pessoas. Você pode
trocar os funcionários e, um
belo dia, descobrir que os
problemas continuam. Mude o
foco e o problema mudará de
lugar.
Logo após as palestras, o gerente pode
conversar com sua equipe para
compreender o que absorveram e o que
podem inserir na criação de uma nova e
melhor rotina de trabalho.
Foco em resultados positivos
Nesse ponto é importante lembrar que, em
alguns casos, as pessoas podem querer se
manter isoladas por não concordarem com
o comportamento, as crenças ou quaisquer
outros aspectos no perfil de seus colegas.
Na prática, podemos sentir os efeitos que
“a guerra dos egos” ou a “fogueira das
vaidades” podem causar.
Além
da
visão,
torna-se
quase
desnecessário dizer de tão óbvio, mas o
farei: a comunicação constante desses
resultados mantém viva a chama que
acende a luz no fim do túnel.
O gerente deve estar atento aos sinais
apresentados nas reuniões ou até mesmo
nas “rádios-peões”. Deve ser hábil em
mostrar aos que desejam se manter
afastados que a empresa precisa de união
para se tornar mais forte e que, em um
ambiente com essas características, pode
suportar com muito mais facilidade as
turbulências que surgem de tempos em
tempos no mercado.
Despertar o desejo de compra por parte do
cliente é uma habilidade fundamental que
Ter uma visão clara sobre os resultados
que todos devem buscar é algo que não
pode ser ignorado.
É por meio da definição correta dos
objetivos e da importância de cada
membro da equipe que as pessoas terão
condição de se sentir, de fato, responsáveis
pelo sucesso que todos buscam.
Ao perceber os esforços conjuntos rumo
aos resultados estipulados, o gestor deve
se lembrar de reconhecer cada avanço.
Fazendo isso, certamente reforçará o
comportamento que levou a equipe ou
apenas um indivíduo a merecer a atenção
do superior.
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Aliás, para que não se apague as fogueiras
das vaidades com gasolina, o gerente
precisa estar atento ao esforço que todos
fizeram para conquistar os objetivos. Caso
prefira elogiar apenas um membro da
equipe em detrimento de todos quantos
trabalharam, a desmotivação certamente
será o resultado do feedback.
Para finalizar, sugiro que estimule sua
equipe a aprender com os erros que todos
estamos passíveis de cometer, ao invés de
promover a caça aos culpados. Em
ambientes onde o medo de errar é maior
do que a vontade de tentar, dificilmente se
encontra motivos para a soma de esforços.
Reuniões são oportunidades
para compartilhar
conhecimento e, dessa forma,
fortalecer a equipe.
Roberto Balbino
Coach certificado pela Sociedade Euro Americana de Coaching. Foi
aluno do criador do Coaching Sistêmico, Bernd Isert, em 2013.
Practitioner em Programação Neuro Linguística. Formado em
Administração, Especialista em Marketing, lecionou em cursos
superiores e de pós-graduação. Em Sertãozinho e em Franca,
coordenou a regional do Centro das Indústrias do Estado de São
Paulo, onde teve a oportunidade de conhecer os principais desafios
encontrados pelos gestores e funcionários das indústrias. Nessa
época, criou o PDG – Programa de Desenvolvimento Gerencial.
Autor do livro Gerenciamento Eficaz e instrutor de treinamentos.
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Como transformar Grupos em Equipes