Questão 16 UNICAMP 2ª Fase 2º dia 11/01/15 Curso e Colégio Com a partida de D. João VI, permaneceu como regente do reino do Brasil o príncipe herdeiro. Contrário à ideia de submissão do monarca a uma assembleia, que ele considerava despótica, mas incapaz de deter o rumo dos acontecimentos, D. Pedro habilmente se aproximou de uma facção da elite brasileira, a dos luso-brasileiros. (Adaptado de Guilherme Pereira das Neves, “Del Imperio lusobrasileño al imperio del Brasil (1789-1822)”, em François-Xavier Guerra (org.), Inventando la nación. México: FCE, 2003, p. 249.) Considerando os processos de independência no continente americano, a) apresente duas diferenças importantes entre o processo de independência no mundo colonial espanhol e o processo de independência do Brasil. b) explique a importância dos luso-brasileiros no governo de D. Pedro I e por que eles foram a causa de diversos conflitos no período. Curso e Colégio a) Podemos apontar como diferenças entre os dois processos de independência: a fragmentação territorial e política da América Espanhola e a instauração de repúblicas, em oposição à manutenção da unidade territorial e permanência da monarquia no Brasil. b) Após o processo de independência, os luso-brasileiros formaram a base de sustentação do novo governo, apoiando o projeto centralizador de D. Pedro I, exemplificado pela Constituição de 1824 e pela instauração do poder moderador. Em torno do projeto político luso-brasileiro, podemos identificar oposições feitas principalmente por brasileiros que não compactuavam com as posturas e convicções do monarca. Dividiramse, assim, dois projetos distintos: o defendido pelo Partido Português (apoiador de D. Pedro) e o do Partido Brasileiro (defensor da soberania do país partilhada entre cidadãos-proprietários e imperador). Podemos citar como conflitos do período que envolveram ambos os grupos: A Noite das Garrafadas e o Ministério dos Marqueses. RESPOSTA