Preparação para a 14ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral
Constituamo-nos em “estado permanente de
missão”, em todas as regiões da Terra.
Papa Francisco
Irmãos,
Com essas palavras, o Papa Francisco retoma, em Evangelii Gaudium (n.25), o texto da 5ª
Conferência do CELAM, em Aparecida. Texto em que, a partir da experiência da Igreja na América
Latina e do Caribe, são traçados tanto um panorama do Catolicismo quanto um projeto de
evangelização que contemple os homens e as mulheres destas terras que, como afirma, são sempre
Terras de missão.
Assim, nos colocamos aqui à escuta da Palavra; procurando auscultar o projeto de Deus que,
pelo seu Sopro, nos vem pelos “sinais dos tempos”: novas tecnologias, novas formas de organização
social e familiar; em suma, um mundo que, almejando ser mais humano, esbarra nos nossos limites:
estreiteza de pensamento, intolerância, falta de acolhida do diferente que, a tomarmos na sua acepção
mais antiga, se refere a cada um em relação ao outro.
Que Deus nos ilumine em nossos projetos de uma Igreja Viva e em Missão.
1. O que é uma Assembleia Pastoral?
A palavra “assembleia” significa reunião com o propósito de chegar a decisões, sendo
um sinal visível da Igreja.
A palavra “pastoral” se origina na palavra pastor. Quando falamos em pastor,
lembramos de rebanho, campo, e do cuidado dispensado pelo pastor para com seu rebanho.
Logo, pastoral da Igreja significa um olhar especial da nossa Igreja em relação às respostas
para as questões que o mundo nos apresenta, respostas que seguem os princípios do
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Podemos dizer, também, que pastoral é uma ação
transformadora voltada para o trabalho da Igreja missionária, tais como atividades
comunitárias e sociais, ensinando e aprendendo os valores cristãos.
Ressaltamos que é uma ação evangelizadora aquela que se realiza na comunidade, a
partir de mútua cooperação entre fiéis e pastores. Todos têm uma função, um carisma, um
jeito de viver, e, desse modo, todos são importantes para que o Reino de Deus aconteça.
Com essa acepção, compreendemos que a Assembleia Pastoral, tendo como ponto de
partida a preparação que envolve clero e leigos, objetiva conhecer a realidade e os desafios, os
“sinais dos tempos”, e traçar projetos e metas pastorais de ação visível.
2. Para que serve uma Assembleia Pastoral?
Para responder a essa questão, recorremos a “Normas e Orientações Pastorais e
Administrativas Arquidiocesanas” n.3 e n.4 (pag.1): “No final de cada uma de nossas
Assembleias Arquidiocesanas de Pastoral surge um Documento Final, verdadeira carta magna
para nossos trabalhos pastorais, instrumento de nossa unidade. O Documento Final é sempre o
resultado de uma grande participação de toda a Arquidiocese, tornando-se um instrumento
muito valioso para nossa Comunhão e Participação.
As necessidades de cada momento pedem sempre uma palavra de orientação, que
precisa ser acolhida com um verdadeiro compromisso”.
Com isso, podemos afirmar que a finalidade da Assembleia, além de promover a
participação de toda a Arquidiocese, é alicerçar a comunhão de todos os seus membros num
projeto comum que propõe atuação e compromisso de acolhida dinâmica para sua efetivação.
3. O que é Plano de Pastoral?
O Plano de Pastoral é um dos projetos que resultam da Assembleia. Propõe, sobretudo,
diretrizes pastorais de ordem geral que, acolhidas dinamicamente, deverão ser implantadas
conforme a realidade de cada comunidade.
Para aprofundar nossa compreensão, lemos:
n. 02“Os planos de pastoral das Igrejas Particulares percorrem um roteiro específico,
contendo estudo e iluminação da realidade à luz da fé, objetivos, critérios e meios para sua
concretização na própria realidade.” Documento 94 da CNBB: Diretrizes gerais da ação
evangelizadora da Igreja no Brasil. 2011-215
n. 296 “O plano diocesano de pastoral permite novas inspirações para a ação e possibilita que
cada comunidade mantenha a unidade na diversidade de realidade.” Documento 100 da
CNBB: Comunidade de comunidades: uma nova paróquia – A conversão pastoral da
paróquia.
4. Sobre as Normas e Diretrizes Pastorais para os Sacramentos.
Definir normas ou orientações sobre os Sacramentos é uma função que compete
somente ao arcebispo, e não à Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
5. Quais textos guiarão a 14ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral?
Acolhendo as motivações do Documento de Aparecida, teremos como textos-guia: o
Documento 94 da CNBB: Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-
2015, a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: sobre o anúncio do Evangelho no mundo
atual, do Papa Francisco, e o Documento 100 da CNBB: Comunidade de comunidades: uma
nova paróquia – A conversão pastoral da paróquia.
Oração preparatória da 14ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral
Senhor Deus, estamos preparando, neste tempo de mudança de época, a 14ª
Assembleia de Pastoral.
Movidos pelo desejo de uma profunda conversão pastoral, queremos transformar as
estruturas presentes em nossas comunidades, assumindo o desafio de construir, uma Igreja
Missionária e de Comunhão.
Favorecei-nos, Senhor, com a luz do vosso Santo Espírito, para que nossa grande
família arquidiocesana – formada por presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, leigos e
leigas, reunidos com nosso arcebispo – tenha o dom do discernimento, fazendo com que todas
as nossas decisões se orientem para a realização da vossa santa vontade; e assim possamos,
por meio delas, trilhar o caminho da Nova Evangelização.
Que Maria Santíssima, Mãe e estrela da Nova Evangelização e São Sebastião, nosso
padroeiro, intercedam por nós, a fim de obtermos a graça e a proteção divina para
realizarmos, com serenidade e alegria, os nossos trabalhos.
Amém.
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