Saúde do Homem O penis visto por dentro Em estado de flacidez, o corpo cavernoso esta vazio e êle fica calminho Em estado de ereção, o sangue flui para o corpo cavernoso e ele fica ligadão Modelos em flacidez e ereção - Aqui podemos ver e comprovar que os menores em estado de flacidez se igualam aos maiores em estado de ereção. Portanto um penis maior quando flácido não significa que ficará maior que um outro menor em estado de flacidez. Os menores se igualam aos maiores na hora H No pênis, órgão genital externo, se distinguem anatomicamente uma raiz e uma parte livre terminal, cuja estremidade anterior é o glande, revestido de uma cobertura cutânea chamado prepúcio. Pelo interior do pênis desliza a porção terminal da uretra, conduto pelo qual se expulsa a urina e o esperma. O pênis é constituído internamente por duas estruturas cilíndricas, ou corpos cavernosos situados de cada lado. E uma estrutura por baixo que é o corpo esponjoso que alberga a uretra. Dentro de cada corpo cavernoso há uma artéria cavernosa que, mediante suas ramificações, enche de sangue as ditas estruturas no momento da ereção. Ereção A ereção ocorre quando os corpos cavernosos são inundados por uma grande quantidade de sangue. Ela pode ser provocada de forma reflexa, psicogênica ou ambas. Ereção Reflexa EREÇÃO REFLEXA A EREÇÃO REFLEXA SERÁ GERADA POR ESTÍMULOS NOS ÓRGÃOS GENITAIS OU REGIÕES PRÓXIMAS. TAIS ESTÍMULOS CHEGARÃO ATÉ A MEDULA, QUE RESPONDERÁ COM COMANDOS QUE LEVARÃO À EREÇÃO, CARACTERIZANDO UM ARCO REFLEXO, INDEPENDENTE DE ESTÍMULOS DO CÉREBRO. ELA É COMANDADA PELO CENTRO MEDULAR SACRAL SITUADO NOS NÍVEIS S2,S3 E S4. Ereção Psicogênica Ereção Psicogênica NA EREÇÃO PSICOGÊNICA, OS ESTÍMULOS PARTIRÃO DO CÉREBRO, DESCERÃO PELA MEDULA E CHEGARÃO ATRAVÉS DE NERVOS ATÉ OS ÓRGÃOS GENITAIS, LEVANDO ASSIM, OS COMANDOS DE EREÇÃO. ESTE TIPO DE EREÇÃO OCORRE FRENTE A UM ESTÍMULO QUE CAUSE EXCITAÇÃO OU DESEJO SEXUAL, SEJA ELE VISUAL, TÁTIL, POR CHEIRO, SONS, PENSAMENTOS, ETC. ELA É COMANDADA PELO CENTRO MEDULAR TORACOLOMBAR NÍVEIS T11-L2. EMISSÃO A EMISSÃO CONSISTE NA FORMAÇÃO DO ESPERMA. ESTE É COMPOSTO POR ESPERMATOZÓIDES E POR LÍQUIDOS PRODUZIDOS PELAS VESÍCULAS SEMINAIS E PRÓSTATA. TAIS LÍQUIDOS CONSTITUEM O MEIO PARA A SOBREVIVÊNCIA DOS ESPERMATOZÓIDES . É comandada pelo centro situado em T11-L2. Ejaculação Ejaculação A EJACULAÇÃO É A EXPULSÃO DO ESPERMA ATRAVÉS DA URETRA. PARA QUE ISTO OCORRA, SÃO NECESSÁRIAS CONTRAÇÕES DE GRUPOS MÚSCULARES DA REGIÃO PÉLVICA. NESTE MOMENTO, O ESFINCTER SE FECHA OU PERMANECE FECHADO, PARA QUE O ESPERMA SIGA PARA FORA DO CORPO E NÃO ENTRE EM CONTATO COM A URINA. TAIS COMANDOS SE DÃO PELOS CENTROS MEDULARES T11-L2 E S2, S3 E S4. Ereção - Lesão Medular Ausência da Ereção Psicogênica CASO OCORRA UMA LESÃO ACIMA DA CAUDA EQUINA E DO CONE MEDULAR, NÃO HAVERÁ A EREÇÃO PSICOGÊNICA, POIS OS COMANDOS QUE PARTIREM DO CÉREBRO EM DIREÇÃO AOS ÓRGÃOS GENITAIS SERÃO BLOQUEADOS NO PONTO ONDE EXISTE A LESÃO. PORÉM, A EREÇÃO REFLEXA ESTARÁ PRESENTE, POIS O ARCO-REFLEXO FICA PRESERVADO. Ausência da Ereção Reflexa CASO A LESÃO OCORRA NO CONE MEDULAR OU NA CAUDA EQUINA OU EM AMBOS, NÃO HAVERÁ A PRESENÇA DA EREÇÃO REFLEXA, POIS O ARCO REFLEXO NÃO EXISTIRÁ. ENTRETANTO, A EREÇÃO PSICOGÊNICA ESTARÁ PRESENTE, POIS OS ESTÍMULOS QUE PARTEM DO CÉREBRO CHEGARÃO ATÉ OS ÓRGÃOS GENITAIS. Ausência de Ambas EM UMA LESÃO EXTENSA, QUE ATINJA DESDE O CONE MEDULAR ATÉ O NÍVEL T11 OU SUPERIOR, NÃO HAVERÁ A PRESENÇA, POR MEIOS NATURAIS(ORIUNDOS DO PRÓPRIO CORPO) DE NENHUM DOS DOIS TIPOS DE EREÇÃO, POIS TANTO O CENTRO DA EREÇÃO REFLEXA COMO O PONTO DE ONDE PARTE DA MEDULA OS COMANDOS PARA EREÇÃO PSICOGÊNICA, ESTARÃO LESADOS. PARA ESTES CASOS, FORAM DESENVOLVIDOS ALGUNS ARTIFÍCIOS PARA A OBTENÇÃO DA EREÇÃO. NO PRÓXIMO TÓPICO, ESTES MÉTODOS SERÃO ABORDADOS. O termo mais correto para designar “impotência” é disfunção erétil. A causa mais freqüente é a ansiedade . A impotência define-se como a incapacidade do homem alcançar e manter uma ereção. Esta incapacidade inviabiliza uma atividade sexual satisfatória. É freqüente um homem experimentar episódios de disfunção erétil ao longo da sua vida. O risco de um homem se tornar impotente aumenta com a idade, sendo este risco mais significativo depois dos 65 anos. Existem várias possibilidades terapêuticas disponíveis para lidar com o problema: medicamentos, aconselhamento sexual, métodos mecânicos e tratamentos cirúrgicos. A disfunção erétil pode ser uma manifestação secundária de outra doença, que necessita ser diagnosticada e tratada. Causas : O mecanismo subjacente à ereção resulta da ação integrada do sistema nervoso, aparelho vascular, fatores hormonais e fatores psicológicos. Por este motivo, as causas de disfunção erétil podem ser múltiplas e atuar em conjunto. Infertilidade: causas masculinas Dentre as causas de infertilidade 40% são femininas, 40% são masculinas e 20% envolvem o casal. Infecção e infertilidade masculina – O homem em idade fértil apresenta grande incidência de infecções do trato genital sem apresentar os sintomas. No caso de suspeita, pode-se realizar a cultura do sêmen para identificar a infecção principalmente para clamídia, micoplasma, gonococos e outros microrganismos. As bactérias afetam adversamente os espermatozóides: 1) estimulam a formação de anticorpos que prejudicam a motilidade e a vitalidade das células espermáticas 2) imobilização dos espermatozóides por aderência bacteriana 3) alteração da função secretora da próstata e vesícula seminal podendo alterar o pH do sêmen prejudicando os espermatozóides. Varicocele – Define-se como uma dilatação do plexo venoso pampuliforme que irriga o testículo. Essa dilatação prejudica a nutrição do tecido alterando consideravelmente a produção e a qualidade dos espermatozóides. Relata-se que a correção cirúrgica da varicocele melhora a espermatogênese (produção de espermatozóides) em 50 a 80% dos pacientes. Homens com varicocele podem apresentar alterações na qualidade do sêmen como diminuição da concentração, da motilidade e morfologia. Alguns estudos demonstram que o tratamento cirúrgico da varicocele tem melhores resultados quando a concentração inicial é maior que 10 milhões de spz/ml de sêmen. Causas mais comuns da infertilidade masculina Produção ou excreção inadequada do espermatozóide Infecção espermática Anticorpos anti-espermatozóides Varicocele Obstrução do trato genital Criptorquidia (falha na descida dos testículos) Distúrbios do canal da ejaculação Alterações hormonais Anomalias genéticas Conceitos 1.Aspermia: ausência de sêmen. 2.Hipospermia: menos de 2 ml de ejaculado. 3.Hiperespermia: mais de 5 ml de ejaculado. 4.Azoospermia: ausência de espermatozóides. 5.Oligozoospermia: moderada (entre 10 e 20 milhões/ml). Severa (<10 milhões/ml). 6.Polizoospermia: mais de 250 milhões de espermatozóides/ml 7.Astenospermia: menos de 30% de espermatozóides progressivos rápidos 8.Teratozoospermia: mais de 50% de espermatozóide anormais. 9.Necrospermia: todos os espermatozóides mortos. Fator imunológico – Os espermatozóides são células antigênicas, isto é, sua presença no sangue estimulam a produção de células de defesa, os anticorpos. Para isso no testículo existe uma barreira que evita o contato dos espermatozóides com a corrente sanguínea para evitar a ação do sistema imunológico na produção de anticorpos antiespermatozóides. Quando esta barreira é comprometida, por trauma físico, pancada, infecção, medicações etc. Ocasiona a formação de anticorpos que irão se ligar nos espermatozóides imobilizando-os. Os anticorpos antiespermatozóides diminuem a fertilidade através de inibição da penetração dos espermatozóides no muco cervical presente na entrada do útero. Reduzem a capacidade do espermatozóide de se ligar ao óvulo impedindo a fecundação, a divisão do embrião e até sua implantação. Os fatores imunológicos são causas bem comuns de infertilidade devendo ser investigados e tratados. Análise do sêmen –O espermograma é o primeiro exame laboratorial a ser solicitado sendo necessário pelo menos duas amostras para uma conclusão diagnóstica. Alterações nos parâmetros seminais podem ser causadas por traumas, infecções, febre, medicamentos, drogas, hormônios, fatores ambientais como a exposição ao calor, roupas apertadas, etc. Para a realização do exame é recomendada uma abstinência sexual de 2 a 3 dias antes da coleta que deve ser feita por masturbação. FORMAS DE TRATAMENTO Em primeiro lugar, deve-se tratar a causa orgânica subjacente, se existir. Se a origem do problema radica em causas psicológicas, a orientação para um psicólogo/psiquiatra, com recurso a psicoterapia será a abordagem indicada. Todavia, a disfunção erétil é um problema complexo. Por vezes, não há possibilidade de identificar uma causa específica, orgânica ou psicológica. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - sildenafil (Viagra) - revela-se eficaz em cerca de 80% dos doentes (em doentes diabéticos a taxa de sucesso ronda os 50%) e necessita de ser tomado uma hora antes da relação sexual. Não provoca uma ereção se o homem não se encontrar sexualmente estimulado. Existem indicações bem definidas no que se refere à prescrição deste fármaco. Trata-se de um medicamento que não deve ser utilizado para fins recreativos e que não deve ser obtido sem receita médica. A sua utilização implica uma vigilância rigorosa do doente por parte do médico. MÉTODOS MECÂNICOS – Anéis púbicos - consiste em colocar um anel de borracha na base do pênis. É particularmente eficaz em homens que não conseguem manter uma ereção duradoura. - Bomba de vacuum - trata-se de um cilindro que cria baixas pressões e que se coloca sobre o pênis permitindo assim uma ereção. Depois colocase um anel púbico para manter a ereção. TRATAMENTO CIRÚRGICO - Prótese/implante peniano - consiste na introdução de um material flexível, sintético ou metálico, no interior do pênis, permitindo uma ereção mecânica. Este tratamento não é reversível sem uma segunda cirurgia, pelo que só está indicado quando os outros métodos falharam. Qualquer que seja a forma de tratamento, o aconselhamento psico-sexual é indispensável. Pode ser por si só suficiente na disfunção com origem em causas psicológicas, ou um complemento nas disfunções com outras causas. Ainda que um indivíduo possa freqüentar as sessões de aconselhamento sozinho, está demonstrado que o acompanhamento conjunto dos parceiros está associado a maiores taxas de sucesso. Como proteger a fertilidade masculina Muitos homens não sabem que fumar, beber ou usar drogas, podem afetar sua fertilidade. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) acaba de lançar uma campanha de educação sobre o tema que explica como proteger suas possibilidades de ser pai. Além dos danos que causam ao seu corpo e mente em geral com o uso de Esteróides (Anabolizantes), cigarro, maconha ou álcool, talvez você não saiba que sua capacidade para ter filhos pode ser seriamente afetada se esses hábitos não forem abandonados. Eles podem afetar de maneira considerável sua função testicular, fazendo com que você produza espermatozóides com formas anormais, com menos mobilidade que o normal e inclusive podem fazer com que você tenha baixa produção de esperma. Outra dica importante é que se você mantém relações sexuais sem prevenção pode estar “hipotecando” seu futuro. As doenças sexualmente transmissíveis como a gonorréia, muitas vezes não apresentam sintomas e se não forem tratadas, podem deixar estéril. As recomendações são que nunca deixe de usar preservativos para prevenir o contágio destas doenças. Um fator importante na fertilidade masculina é a temperatura. Se você tem o hábito de tomar banhos muito quentes, fazer hidromassagem com água bem quente, pode estar prejudicando sua capacidade reprodutiva, já que a exposição a altas temperaturas na área escrotal diminui a quantidade de espermatozóides. Se usar roupas interiores apertadas, também poderá afetar a quantidade de esperma. Os espertos em medicina reprodutiva aconselham pensar em sua fertilidade não só quando desejem ser pais, mas muito antes disso. As coisas que faz ou deixa de fazer hoje podem afetar suas possibilidades de ser pai no futuro. A prevenção ainda é o melhor a fazer. Antes de prosseguirmos, uma breve explicação da função reprodutora masculina: hormônios produzidos por uma região do cérebro (hipotálamo), estimulam uma glândula na base cerebral (hipófise), que por sua vez, estimula os testículos a produzirem o hormônio masculino testosterona que estimula e regula as células germinativas a produzirem espermatozóides. Estes são armazenados e amadurecidos nos epidídimos (estruturas contíguas, anexas aos testículos). Dos epidídimos, os espermatozóides são conduzidos por dois longos e delgados condutos, os ductos deferentes (um de cada lado) até as vesículas seminais, onde são misturados com sua secreção e desembocam na próstata, onde também se misturam com sua secreção. Neste ponto, os espermatozóides mais a secreção das vesículas seminais mais a secreção prostática formam o sêmen que, antes de se exteriorizar com a ejaculação, ainda recebe uma pequena contribuição das secreções da uretra. 1- Enfermidades do hipotálamo e hipófise Quaisquer enfermidades ou condições clínicas, tanto congênitas quanto adquiridas, que atinjam o hipotálamo e/ou a hipófise, poderão comprometer a secreção normal dos seus hormônios, que, consequentemente, afetarão adversamente a função testicular. Portanto, no âmbito do hipotálamo/hipófise, doenças de origem genética, tumores, mal formações, inflamações, degenerações, traumatismos externos ou cirúrgicos, aneurismas, infartos, excesso de androgênios (hormônios masculinos) por uso de anabolizantes ou administrados terapêuticamente, doenças sistêmicas como diabetes, hipotiroidismo ou obesidade severa, desencadearão uma condição clínica chamada hipogonadismo, ou seja, função testicular diminuída ou abolida. 2- Enfermidades primárias dos testículos Enfermidades primárias dos testículos são responsáveis por cerca de 35% das causas de ausência de espermatozóides no ejaculado ou alteração importante da qualidade do sêmen. Vários são os fatores responsáveis: A) Síndrome de Klinefelter, uma anomalia congênita, com repercussões na esfera testicular, em que o cromossomo sexual é defeituoso. B) Criptorquidia, outra anomalia congênita, em que um ou ambos os testículos não migram para a bolsa escrotal, permanecem aprisionados em algum lugar da cavidade abdominal, durante o desenvolvimento fetal. Os testículos não-descidos possuem alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas, os espermatozóides. C) Varicocele, uma enfermidade das veias do escroto. Nada mais que varizes escrotais, ou seja, dilatações venosas que dificultam o retorno do sangue, fazendo com que este fique acumulado nas veias escrotais, dificultando o resfriamento testicular, já que as veias varicosas, ao permitirem o acúmulo sangüíneo, aumentam a temperatura testicular, o que é prejudicial à formação dos espermatozóides. Varicoceles costumam ocorrer na puberdade e são muito mais comuns do lado esquerdo. Nem todos que possuem varicoceles são inférteis, embora a varicocele seja a causa tratável mais comum de infertilidade. D) Defeitos do cromossomo Y, ou seja, alterações da forma e constituição deste cromossomo sexual. Enfermidade detectada apenas em sofisticados testes de laboratório, acomete cerca de 20% dos homens inférteis. O defeitos do cromossomo Y provocam alterações que dificultam ou impedem a produção adequada das células germinativas. E) Orquites virais, são infecções secundárias dos testículos, geralmente após um foco à distância. Um dos mais comuns é a parotidite (caxumba). Dos homens acometidos de caxumba, cerca de 20% desenvolvem orquite, de um ou ambos os lados. Destes, alguns terão como conseqüência a destruição das células germinativas, incapacitando a produção futura de espermatozóides. F) Orquiepididimites, infecções dos testículos e epidídimos, em conseqüência de doenças sexualmente transmissíveis, geralmente causadas por bactérias, dentre elas, a Chlamydia e o gonococo (gonorréia). Estas infecções poderão destruir as células germinativas ou obstruir os epidídimos G) Intoxicação ou uso crônico de algumas substâncias como maconha, cetoconazol, cimetidina, antiandrogênicos, drogas antineoplásicas (quimioterapia para tumores malignos) podem ser responsáveis pela produção anormal tanto de espermatozóides quanto de testosterona pelos testículos. Exposição a agentes de contaminação ambiental como pesticidas, metais pesados etc., causam efeito semelhante. H) Radiações ionizantes, das quais os raios X são o representante mais conhecido, podem comprometer ou impedir a produção de espermatozóides, dependendo da dose a que o paciente se expôs. I) Hipertermia, ou seja, exposição prolongada dos testículos a altas temperaturas, como o que ocorre com os freqüentadores de saunas ou apreciadores de banhos quentes de imersão, bem como nas varicoceles, afeta adversamente a produção dos espermatozóide J) Anticorpos anti-espematozóides, ou seja, anticorpos que atacam e destroem as próprias células reprodutivas, podem ocorrer espontaneamente ou como conseqüência de alguma agressão testicular. L) Traumatismos diretos, acidentais ou cirúrgicos sobre os testículos ou epidídimos, poderão comprometer a produção dos espermatozóides, por destruição da massa testicular ou afetar a permeabilidade ou função dos epidídimos. M) Torção do cordão espermático, ou seja uma urgência urológica de início súbito, ocorre quando o cordão espermático dá voltas sobre seu próprio eixo, estrangulando a circulação sangüínea testicular, o que provoca, se não for reparada a tempo, morte das células germinativas. N) Enfermidades crônicas debilitantes, ou seja, uma série de doenças que afetam o organismo como um todo, podem comprometer a função testicular. Como exemplos, podemos citar a desnutrição, anemia falciforme, cirrose hepática e insuficiência renal. 3- Alterações do transporte do espermatozóide Os epidídimos desempenham importante papel no amadurecimento e transporte dos espermatozóides. Os condutos deferentes dão prosseguimento a este transporte e conduzem os espermatozóides desde os epidídimos até a uretra, de onde são ejaculados. É obvio que qualquer alteração nesta cadeia de eventos comprometerá a fertilidade. Vejamos: A) Anormalidades dos epidídimos Distúrbios da função epididimária de concentrar, amadurecer e transportar os espermatozóides, podem ocorrer devido a ausência congênita ou adquirida dos epidídimos, alterações do funcionamento normal destes ou obstrução, ocasião em que mesmo que haja produção normal de espermatozóides pelos testículos, estes ficariam retidos nos epidídimos ou não amadureceriam adequadamente, comprometendo a fertilidade. B) Anormalidades dos ductos deferentes A ausência congênita ou adquirida dos ductos deferentes, alterações da sua capacidade de impulsionar os espermatozóides ou sua obstrução, inclusive após vasectomia, impedirão o correto transporte dos espermatozóides até a uretra. A ejaculação resultante é pobre em ou não contém espermatozóides, apenas os fluidos da próstata e vesículas seminais. C) Disfunções ejaculatórias Distúrbios hormonais, diabetes, lesões dos nervos da medula ou pélvicos, cirurgias pélvicas, distúrbios da próstata, são causas conhecidas que poderão fazer com que o paciente não ejacule ou o faça em direção contrária, para dentro da bexiga, não conseguindo, portanto, depositar o esperma na vagina da parceira. Disfunção erétil peniana, ejaculação precoce, uso de diafragmas e preservativos também são fatores contribuintes para infertilidade masculina. 4- Fatores desconhecidos Em um número razoável de homens inférteis que apresentam baixa qualidade do sêmen, apesar de exaustiva investigação, não se consegue descobrir uma causa que justifique tal condição. Além disso, existem homens que apesar de várias análises seminais normais, não conseguem engravidar uma parceira aparentemente fértil. Portanto, como vimos, o assunto é extenso e complexo, o que requer estudos multidisciplinares para que se possa atuar com certeza, decisão e segurança para investigar e tratar adequada e satisfatoriamente uma condição que gera muita ansiedade além de ser muito frustrante para seu portador. O primeiro passo para um tratamento bem sucedido e a conseqüente gravidez da parceira, é o correto diagnóstico da situação. Muitas causas de infertilidade masculina podem ser corrigidas; outras, apesar da impossibilidade, poderão ser contornadas com diversos métodos disponíveis de fertilização em laboratório. Texto: Enfermagem na Reprodução Humana Leitura em grupo O câncer Tem influência negativa na fertilidade devido a um efeito direto nos testículos, por meio de substâncias circulantes ou por alterações endócrinas. Muitos pacientes com câncer partem de uma qualidade seminal inicial inferior, mas os espermatozóides resistem igualmente ao processo de criopreservação/descongelamento. Os tipos de câncer que mais comumente afetam pacientes do sexo masculino em idade reprodutiva são: câncer de testículo, Doença de Hodgkin e leucemias. Um número entre 30.000 a 40.000 entre jovens são diagnosticados anualmente com doenças malignas e, graças a novos métodos de tratamento e à abordagem multidisciplinar, têm-se observado taxas de sobrevida e de cura cada vez mais significativas para qualquer tipo de câncer, especialmente para adolescentes e crianças. Preocupação expressa em mais de 80% dos homens que superaram o câncer é em relação à função sexual e reprodutiva.