INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA DE MOÇAMBIQUE
Ministério da Agricultura
Edição Trimestral
Nota de abertura
Estimado leitor do Boletim do IIAM,
Julho - Outubro de 2009
Nº 12
Em Maputo
IIAM e DNEA Discutem os Principais Constrangimentos
no Processo de Transferência e Adopção de Tecnologias
Apraz-nos apresentar-lhe a nossa 12ª
edição trimestral.
Olhamos para esta publicação de forma
especial, porque foi também especial
o nosso principal enfoque assente no
encontro entre o IIAM e a DNEA visando
definir plataformas para ultrapassar
os principais constrangimentos na
transferência e adopção de tecnologias.
Destaca-se de igual modo o plano de
criação de base de dados para a cultura
do arroz por parte do IIAM e do IRRI.
Igualmente: o recinto do IIAM acolheu
a assinatura do acordo triangular
envolvendo Moçambique, Brasil e
Japão. E toma-se nota que o nosso
país já conta, efectivamente, com um
programa de maneio integrado de
fertilidade de solos.
O IIAM participou do fórum sobre
inclusão digital no nosso pais.
Na componente de investigação
trazemos-lhe informação sobre o
processo de descasque moderno
do
arroz (concedida pelo IRRI).
Em reportagens: Associações de Boane
e Namaacha beneficiaram de formação
na produção de horticolas.
IIAM na 45 edição da FACIM.
Em divulgação: o roteiro das actividades
que caracterizaram o segundo grande
encontro internacional de especialistas
de comunicação e informação agrária
do mundo em Accra.
Por fim a noticia de que o MCT
organizou a VII mostra de ciência
e tecnologia, tendo contado com a
participação do IIAM.
Gratos pela atenção dispensada.
Até a próxima!
O Editor:
Feliciano Mazuze / DFDTT
Vista parcial da sala que acolheu o debate.
Depois de um longo período de
recessão, a Revisão Periódica de
Tecnologias (REPETE) teve lugar
nas instalações sede do Instituto de
Investigação Agrária de Moçambique
(IIAM) entre os dias 17 e 18 de Setembro,
na sequência de um esforço conjunto
entre esta instituição pública de pesquisa
agrária e a Direcção Nacional de Extensão
Agrária (DNEA). O encontro aglutinou
investigadores, extensionistas, produtores
e parceiros.
“Com esta iniciativa, pretendemos
reactivar a REPETE, que não tem sido
realizada há já algum tempo e, garantir
que seja replicada ao nível provincial e
distrital”, disse Eng.º José António Gaspar,
Director Nacional da DNEA.
A avaliação de algumas tecnologias
agrárias e os principais constrangimentos
no processo de transferência e a sua
adopção, são alguns dos principais
objectivos do encontro da REPETE.
De referir que a REPETE foi iniciada
nos primeiros anos da década 90 pela
DNEA (na altura Direcção Nacional de
Desenvolvimento Rural). Trata-se de
um evento nacional, regional, provincial
ou distrital, em que vários actores,
quer individuais quer institucionais,
sobretudo das áreas de investigação e
extensão, se reúnem numa base regular
para em conjunto reflectirem sobre
as tecnologias no campo, sobre os
constrangimentos de produção agrária
e finalmente propôr soluções concretas,
atribuindo responsabilidades nas acções
de seguimento.
O encontro foi bastante concorrido
tendo trazido à plenária, representantes
dos produtores, Directores e técnicos da
Boletim do IIAM
DESTAQUES
extensão e da ivestigação, provedores
de insumos, compradores de excedentes
agrícolas, empresas fomentadoras de
culturas de rendimento, doadores e ONGs
em geral.
das principais tecnologias que estão sendo
geradas para responder aos desafios da
Revolução Verde.
Numa das suas intervenções, o Eng.º
Gaspar apresentou a situação geral dos
serviços de extensão, contemplando
aspectos como a cobertura, o quinquénio
e as mensagens disseminadas.
À direita, Dr. Calisto Bias
Foi um encontro catalogado como
produtivo pela maioria dos presentes,
tendo abrangido grande parte dos
aspectos que preocupam a extensão e a
investigação.
Eng. Gaspar apresentado a situação geral da
Extensão no pais.
Por seu turno, o Dr. Calisto Bias, Director
Geral do IIAM, , procedeu à apresentação
De destacar que, dentre as várias
actividades realizadas, o evento conseguiu
trazer à plenária, uma análise SWOT sobre
a ligação Investigação — Extensão, uma
apresentação das tecnologias disseminadas
o presente momento. As instituições
convidadas e os produtores (parceiros)
partilharam as suas experiências relativas
ao acesso às tecnologias agrárias por via
dos serviços de extensão.
O segundo e último dia da REPETE
foi reservado para o dia de campo. Os
participantes foram divididos em dois
grupos entre os quais, um escalou a
Estação Agrária de Umbelúzi (EAU),
numa iniciativa organizada pelo IIAM,
com o propósito de partilhar in loco, o
processo de geração de tecnologias.
O outro grupo teve a oportunidade
de visitar os Serviços Distritais de
Actividades Económicas (SDAE) em
Marracuene, onde averiguou no terreno,
o processo de transferência de tecnologias
aos produtores, num esforço dos Serviços
Provinciais de Extensão Rural (SPER).
(Sostino
Mocumbe/IIAM/DFDTT/
DDIC).
IIAM e IRRI Vão Criar uma Base de Dados sobre a Cultura do Arroz
em Moçambique
Apresentação da proposta da estrutura da base
de dados.
O
Instituto de Investigação
Agrária de Moçambique (IIAM)
e o Instituto Internacional para
a Pesquisa no Arroz (IRRI)
projectam instalar até Dezembro
de 2009, uma base de dados sobre
a cultura do arroz em Moçambique.
Esta foi pretensão confirmada a 17
de Setembro de 2009, no decurso
de um encontro na sede desta
instituição pública de pesquisa,
reunindo técnicos e especialistas
de ambas instituições.
Este
2
encontro
acontece
na
sequência de um curso que teve
lugar no IIAM que, a par desta
instituição de pesquisa, envolveu
representantes
de
instituições
que directa ou indirectamente
participam no incremento da
produção e difusão da cultura do
arroz, tal é o caso das Direcções
Nacional de Extensão Agrária e
de Serviços Agrários, do Fundo
de Desenvolvimento Agrário, do
Centro de Promoção da Agricultura
e do IRRI.
Refira-se que na perspectiva do
IRRI, estas instituições serão o
alicerce para o funcionamento
pleno da base de dados, uma vez
que têm contacto directo com todas
as fases que constituem a cadeia de
produção da cultura do arroz.
A ideia fundamental da referida
base de dados é fornecer informação
actualizada sobre a cultura do arroz
à instituições e/ou organizações
que pretendem ou já se encontram
a trabalhar nesta área.
Em geral, a base de dados irá conter
informação sobre a cultura do arroz
considerando a seca, a colheita, a
medição, a nutrição, a qualidade,
o armazenamento, a lavoura, o
plantio, a semente e a água, o que
será de grande relevância para os
investigadores, os produtores, os
financiadores e os extensionistas.
Na hierarquia dos produtos
alimentares dos moçambicanos,
o arroz ocupa um lugar de
destaque, sobretudo, nas cidades.
Entretanto, o arros consumido é
maioritariamente de produto de
origem estrangeira.
Dada a necessidade de estancar o
crescente fenómeno de importação
do arroz, o IRRI em parceria com
o IIAM lideram iniciativas que
visam incrementar a produção e
produtividade desta cultura.
DESTAQUES
Em Moçambique, o distrito de
Chókwè, na província de Gaza,
encontra-se numa fase avançada de
ensaios sobre diversas variedades da
cultura de arroz, internacionalmente
reconhecidas, de modo a identificar
as que mais se adequam às
condições
agro-ecológicas
do
nosso país. Muitos desses ensaios,
já começam a apresentar resultados
que vão de encontro aos objectivos
e/ou motivações que levaram à
efectivação dessas pesquisas.
Deste modo, as variedades
seleccionadas serão transferidas
para os produtores por via dos
serviços provinciais de extensão
agrária. O produtor, por sua vez,
que após a colheita irá colocar
o produto no mercado onde, o
consumidor final, poderá adquiri-lo
Boletim do IIAM
para a alimentação, contribuindo,
deste modo, para a redução da fome
em Moçambique.
Com a base de dados pretendese partilhar toda a informação
sobre o arroz com todos os actores
que directa ou indirectamente,
participam na cadeia de produção
da cultura do arroz. (Sostino
Mocumbe/IIAM/DFDTT/DDIC).
IIAM Participa no Fórum sobre o Desafio de Inclusão Digital em
Moçambique
mação de forma eficiente e eficaz.
Entretanto, Moçambique a par de vários países em vias de desenvolvimento
encontra-se numa fase de adopção e uso
dessas tecnologias aquém da demanda de informação produzida a todos os
níveis. Deste modo, instituições como
CIUEM e SANGONet uniram esforços
no sentido de diagnosticar a actual situação do uso de TICs no nosso país.
Vista parcial do Laboratório para Sociedade Civil
O Instituto de Investigação Agrária de
Moçambique (IIAM) participou no Fórum sobre o Desafio de Inclusão Digital em Moçambique, realizado a 30 de
Julho de 2009, no Hotel VIP, Maputo,
numa iniciativa liderada pelo Centro de
Informática da Universidade Eduardo
Mondlane (CIUEM).
Este fórum realiza-se na sequência de
encontros semelhantes em Angola,
Botswana, Lesotho, Namíbia e Suazilândia realizados em 2007, e faz parte de
uma série que este ano abrange também
a Tanzânia, a Zâmbia e o Zimbabwe,
numa iniciativa financiada pela Open
Society Initiative for Southern Africa
(OSISA) e pela Embaixada da Finlândia
na África do Sul.
Refira-se que o fórum reuniu instituições
públicas e privadas, ONGs nacionais e
internacionais e ainda, a sociedade civil,
que directa ou indirectamente recorrem
às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no seu quotidiano.
O CIUEM é parceiro no projecto “Fórum Regional de Discussão sobre Tecnologias de Informação e Comunicação”, coordenado pela SANGONet da
África do Sul e com enfoque nas TICs
para Desenvolvimento (ICT4D).
As TICs assumem um lugar de destaque
no dia-a-dia dos indivíduos e instituições
do mundo, confirmando a era da informação que se atravessa. A agricultura,
particularmente, a Pesquisa Agrária actualmente, com recurso às TICs, caracterizado por um dinamismo significativo
no que tange à troca e partilha de infor-
O trabalho iniciou com a criação de uma
equipa de autores, juntando pesquisadores do próprio CIUEM e da Faculdade
de Ciências da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM), para realizar o estudo de base. Ao analisar os tópicos e
prioridades, a equipa optou por uma
abordagem destacando “O DESAFIO
DE INCLUSÃO DIGITAL EM MOÇAMBIQUE”.
Assim sendo, foram levadas à plenária
as constatações e conclusões do estudo
para uma discussão mais alargada, envolvendo grande parte dos principais
actores no que concerne ao uso das TICs
em Moçambique.
Nessa ordem de ideias, os objectivos
que nortearam o fórum foram os seguintes: juntar actores na área de TICs e da
Sociedade Civil para promover debates
e colher contribuições sobre os desafios
identificados no relatório e respectivas
recomendações; consciencializar e advogar para a colaboração em torno de
inclusão digital; e identificar prioridades
e produzir recomendações para a acção.
(Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT)
3
Boletim do IIAM
DESTAQUES
IIAM foi Palco da Assinatura do Acordo Triangular para o Desenvolvimento
da Agricultura das Savanas Tropicais em Moçambique
de cooperação triangular entre
Moçambique, Japão e Brasil,
promover-se-á o desenvolvimento
agrícola, rural e regional competitivo,
levando em conta a preservação
do meio ambiente e orientado ao
mercado.
O programa de Cooperação BrasilJapão para o Desenvolvimento
Agrícola dos Cerrados Brasileiros,
iniciado na década de 1970,
implementou durante 20 anos,
projectos de Cooperação Técnica
e de Cooperação Financeira,
contribuindo enormemente não
só para o desenvolvimento do
interior do Brasil, mas, também,
para equilibrar a oferta e procura de
alimentos ao nível global através do
desenvolvimento agrícola sustentável
em zonas de savanas tropicais.
Da esquerda para a direita, os representantes do Brasil, de Moçambique e do Japão.
Foi assinado um Memorando de
Entendimento sobre a Cooperação
Triangular para o Desenvolvimento da
Agricultura das Savanas Tropicais no
nosso país, no dia 17 de Setembro de
2009, na sala Zambeze do Instituto de
Investigação Agrária de Moçambique
(IIAM). Esta cerimónia bastante
concorrida, envolveu o Governo
de Moçambique, representado pelo
Ministro da Agricultura, V. Excia.
Soares B. Nhaca; a missão japonesa;
liderada pelo Vice-presidente Sénior
da JICA, Sr. Kenzo Oshima e; a
Missão brasileira, liderada pelo
Director da Agência Brasileira de
Cooperação-ABC, Ministro Marco
Ferani.
A par de altos quadros dos
ministérios da Agricultura dos três
países, a cerimónia foi assistida pelo
Dr. Calisto Bias, Director Geral do
IIAM, pelo Dr. Pedro António Arraes
Pereira, Presidente da EMBRAPA
e pelo Sr. Wilmar Luis da Silva,
Secretário da Agricultura do Distrito
Federal do Brasil, o Embaixador
António J.M. Souza e Silva da
4
Embaixada do Brasil e o Embaixador
Susumu Segawa da Embaixada do
Japão.
“O objectivo desta Cooperação é criar
novos modelos de desenvolvimento
agrícola sustentável na região da
savana tropical de Moçambique”,
assim afirmaram as partes envolvidas
de forma unânime quando prestavam
depoimentos à imprensa que afluiu
em massa ao evento.
As três parte prestaram depoimentos a
imprensa.
Em Moçambique existe uma
extensa área de terras cultiváveis
não utilizadas, com uma taxa de
aproveitamento estagnada em cerca
de 4%. A aplicação do conhecimento
adquirido no desenvolvimento do
cerrado contribuirá para a melhoria
da produtividade agrícola da savana
tropical em Moçambique.
Momento da assinatura.
A área específica da actividade
é o Corredor de Nacala, norte
de Moçambique, que por meio
Aperto de mão em celebração o acordo.
DESTAQUES
Os três lados do acordo triangular
administrarão conjuntamente as
seguintes actividades: melhoramento
da
capacidade
de
pesquisa
em Moçambique por meio do
programa de Cooperação Técnica
no desenvolvimento de técnicas
de correcção de solo e selecção
de
variedades
de
diferentes
culturas introduzidas pelo IIAM;
plano
director
integrado
de
desenvolvimento agrícola da região
Boletim do IIAM
do corredor de Nacala (master
plan), e; criação de novos modelos
de desenvolvimento ao nível de
comunidades
rurais
(projecto
demonstrativo). (Sostino Mocumbe/
IIAM/DFDTT/DDIC).
Lançamento do Programa de Maneio Integrado de Fertilidade de Solos
para as Províncias da Zambézia e Nampula
do laboratório de solos em termos de
equipamento adequado, treinamento
dos investigadores e extensionistas, e
ainda, o financiamento de actividades
directamente relacionadas com o maneio
de solos.
De acordo com o Director Geral, os
produtores terão a oportunidade de
aprender boas técnicas de maneio dos
solos, particularmente para reduzir a
crónica dependência pelos fertilizantes
inorgânicos e incrementar o seu
conhecimento sobre rotação de culturas.
Participantes do evento posando para à prosperidade.
Foi lançado oficialmente o programa
de maneio integrado de solos entre os
dias 30 de Setembro e 01 de Outubro de
2009, em Maputo, a ser implementado
nas províncias da Zambézia e Nampula
pelo Instituto de Investigação Agrária
de Moçambique (IIAM) e Direcção
Nacional de Extensão Agrária (DNEA).
O projecto será financiado pela Aliança
para a Revolução Verde em Africa
(AGRA), uma iniciativa do ex dirigente
das Nações Unidas, o Dr. Kofi Annan.
O projecto tem 4 componentes
nomeadamente,
(i)
capacitação
institucional que inclui apetrechamento
dos laboratórios de solos do IIAM;
(ii) Pesquisa aplicada e disseminação
das técnicas de maneio integrado de
fertilidade de solos; (iii) melhoria de
acesso a mercado de insumos e de
produtos e (iv) aperfeçoamento das
ligações entre os diferentes provedores
de serviços de apoio aos camponeses.
O “Programa para o Maneio Integrado
de Solos” tem o objectivo de melhorar a
produção no seio de 20. 000 produtores
nas províncias férteis de Nampula e
Zambézia.
A AGRA foi criada em 2007 com o
propósito de apoiar a luta contra a fome
e mal nutrição em África e, é suportada
pelo financiamento das Fundações Bill e
Melinda Gates e Rockefeller.
Esta organização pretende investir cerca
de 800, 000 dólares norte americanos num
período de 3 anos de projecto, cobrindo
os distritos de Murrupula, Malema,
Ribáuè e Monapo em Nampula, e Alto
Molócue, na Zambézia.
“Com este projecto nós pretendemos
criar condições para que os produtores
tenham acesso a sementes de grande
qualidade, fertilizantes e assistência
técnica ao ponto de serem capazes de
usar esses insumos de forma adequada”,
disse Ricardo Maria, Coordenador do
Projecto no IIAM.
Noutro turno, Ricardo Maria informou
que estes três anos previstos para o
projecto já iniciaram e os primeiros
resultados são esperados na campanha
agrícola 2009/2010.
Na sequência, o Director Geral do
IIAM, Calisto Bias, explicou que o
projecto inclui também o fortalecimento
“Pretendemos duplicar ou triplicar a
produção dos nossos produtores. Agora,
de certa forma, eles têm produzido cerca
de 0.7 toneladas de milho por hectare,
mas existe potencial para produzir quatro,
ou até cinco toneladas por hectare”, disse
Ricardo Maria.
Por sua vez, o Director de Sanidade dos
Solos da AGRA, Bashir Jama afirmou
que a AGRA tem financiado desde 2007
outro projecto que visa desenvolver
variedades diferentes de milho e batata
doce. Com o projecto de maneio de
solos a decorrer em Moçambique, os
dois projectos vão custar cerca de dois
milhões de dólares norte americanos.
A AGRA seleccionou quatro países
como pontos focais da sua intervenção,
nomeadamente: Moçambique, Tanzânia,
Mali, e Gana, considerando o seu bom
ambiente de governação e de políticas
agrárias atractivas.
“Os africanos vão ter que realizar a sua
própria Revolução Verde, obviamente,
com o suporte dos seus parceiros actuais.
Isso não significa excluir todos os outros
que pretendam contribuir. Parcerias
são e serão sempre bem vindas”, disse
Ricardo Maria. (Sostino Mocumbe/
IIAM/DFDTT/DDIC).
5
Boletim do IIAM
INVESTIGAÇÃO
Descasque Moderno de Arroz
GUMMERT, M.1; RICKMAN, J.2; ZANDAMELA, C.3
1Co-autor/IRRI-Filipinas; 2Co-autor/IRRI-Moçambique; 3Tradução/IRRI-Moçambique
Email: [email protected] ou [email protected]
website: www.knowledgebank.irri.org/tropRice
gravidade específica e diferença de
tamanhos entre o arroz em casca e o
descascado.
4. Branqueamento e polimento
O arroz branco é produzido pela remoção da camada de farelo e do embrião do arroz em casca. A quantidade
de farelo removida é geralmente entre 8-10% do peso total do arroz em
casca. Para reduzir o número de grãos
partidos durante o branqueamento, o
arroz normalmente deve passar por
quatro máquinas de branqueamento
ligadas em série.
Descascadoras de passagens múltiplas
INTRODUÇÃO
O processo de descasque de escala
comercial faz uma combinação de
operações que resultam em melhor
qualidade e rendimento industrial de
arroz branco depois do descasque.
I. O PROCESSO DE DESCASQUE
MODERNO
grãos passam por superfícies abrasivas que se movem a velocidades diferentes. Depois do descasque, a casca
é removida por sucção e transportada
para um local fora da fábrica. A casca
contribui com 20% do peso do grão
e um descacador eficiente deveria remover 90% da casca numa única passagem.
5. Separação do arroz branco
1. Pré-limpeza
Quando o arroz chega a fábrica
contém material estranho tal como:
palha, semente de ervas daninhas, torrões e outro material inerente. Se este
material não for removido antes do
descasque, a eficiência do descasque e
o rendiemnto industrial são reduzidos.
A capacidade de um pré-limpador é
normalmente de 1.5 vezes a do descascador.
2. Remoção da casca (descasque)
Com a remoção da casca produz-se
arroz castanho. A casca é removida
através da fricção á medida que os
6
Uma das quatro máquinas de branqueanto e
polimento do arroz
Componente de remoção da casca
3. Separação do arroz
O separador “separa” o arroz em casca do arroz castanho. A quantidade de
arroz em casca depende da eficiência
da descascadora e não deve ser superior a 10%. Os separadores de arroz
funcionam na base de diferenças de
Depois por um crivo oscilatório do
polimento, o arroz branco é separado
em arroz inteiro, partido-grande, partido-pequeno e trinca. O arroz inteiro
é normalmente classificado como
grãos com 75-80% ou mais de arroz
inteiro. Para um alto grau de precisão
de classificação também são usados
calibradores específicos.
6. Mistura de arroz
Uma boa máquina de descasque deve
produzir 50-60% de arroz inteiro,
5-10% de grão partido-grande e 1015% de grão partido-pequeno. Dependendo do padrão de cada país, os
INVESTIGAÇÃO
Boletim do IIAM
padrões de classificação no mercado
devem conter 5-25% de grãos partidos. Se pretender fazer uma mistura
correctamente é necessário usar um
misturador volumétrico.
arroz passa por um número de diferentes operações do arroz em casca até
ao arroz branco.
DESCASQUE EM DUAS ETAPAS
DESCASQUE DE UMA ETAPA
7. Polimento
Descasque manual
A mistura de uma pequena quantidade
de água com o pó retido no grão após
polimento ajuda a polir sem reduzir
significativamente o rendimento industrial. Uma máquina de fricçãobranqueamento é usada para fazer o
último branqueamento antes de levar
o arroz ao mercado.
O processo de pilar num pilão ainda é
praticado em algumas áreas. O processo de pilar induz forças para cima
e para baixo que removem a casca e
algumas camadas de farelo. O processo de pilar também resulta em altas
percentagens de grãos partidos. A limpeza final é feita através da peneiração
manual e separação por gravidade.
As descascadoras de duas etapas são
muitas vezes compactas e, em muitos
países substituiram as descascadoras
Engleberg. A descascadora de duas
etapas tem duas operações, sendo uma
para o descasque e outra para o polimento. Os rolos de borracha removem
a casca e o arroz castanho resultante é
polido por um branqueador de fricção
metálico. Estas descascadoras têm
a capacidade de 0.5 a 1 tonelada por
hora de arroz em casca e são geralmente usadas para servir clientes nas
zonas rurais. O desempenho das descascadoras compactas é superior ao
das de passagem única sendo o seu
rendimento industrial acima de 60%.
8. Pesagem do arroz
O arroz é normalmente vendido em
sacos de 50 kg devidamente pesados
e etiquetados. Embora muitas fábricas
usem sistemas mecânico-manuais existem também sistemas electrónicos
rápidos.
A pesagem constitui uma das fases mais
importantes no descasque moderno do arroz
II. SISTEMAS DE DESCASQUE
O descasque de arroz é o processo de
remoção da casca e da membrana para
a produção de arroz branco.
O processo pode ser feito como:
• Processo com uma etapa onde a casca e o farelo são removidos numa passagem e o arroz branco é produzido
directamente.
• Processo de duas etapas onde a
casca e o farelo são removidos separadamente para a produção de arroz
castanho como um produto intermédio.
• Processo de etapas múltiplas onde o
Descascadora compacta
Prototipo de uma descascadora compacta.
O recurso ao pilão ainda é prática comum no
seio de muitas comunidades
Passagem metálica com uma única
passagem
A descascadora de uma única passagem é uma adaptação da descascadora de café “Engleberg”. Este tipo
de descascadora ainda é muito popular em muitos países pobres onde se
cultiva arroz para consumo doméstico. É uma descascadora que usa fricção metálica para remover a casca e
polir o grão. Resulta em muitos grãos
partidos e baixo teor de arroz branco
de cerca de 50-55% e os grãos inteiros resultantes são menos de 30% do
total de arroz descascado. As trincas
são misturadas com o farelo para a alimentação animal.
DESCASCADORAS DE PASSAGENS MÚLTIPLAS
Descacasdoras comerciais
O processo de descasque em grandes
fábricas comerciais faz uma combinação de várias operações resultando numa melhor qualidade e alto
rendimento industrial. O processo
inclui:
• Pré-limpeza do grão antes do descasque.
• Remoção da casca ou a parte exterior do grão de arroz.
• Polimento ou branqueamento.
• Separação de grãos partidos dos inteiros.
• Embalagem do arroz descascado.
• Tratamento dos sub produtos.
7
Boletim do IIAM
REPORTAGEM
25 de Setembro, Manguisa, Massaca e Mafuiane Beneficiam
de Formação na Produção de Hortícolas
(iii) não haver muita participação
por parte dos formandos; (iv) não se
alcançar as expectativas levantadas;
(v) e não haver acompanhamento pósformação por parte da DFDTT.
Para garantir que todos possam
participar activamente nas sessões de
formação, recorreu-se ao trabalho em
grupos e apresentações em plenárias,
uma metodologia que na perspectiva
do grupo dos formadores, reduz
ao mínimo a técnica clássica do
apontamento individual e privilegia
a visualização das sessões permitindo
uma melhor assimilação, possibilidade
de auto-correcção e memória colectiva
da discussão.
O curso pretendia dotar os produtores de capacidades técnicas para produzir melhor.
Decorreu um curso de Formação em
Produção de Hortícolas, de 12 à 23 de
Outubro de 2009, na Estação Agrária
de Umbelúzi, para os produtores
das Associações 25 de Setembro,
Manguisa e Massaca do Distrito de
Boane e o mesmo curso, de 05 a 06
de Novembro, na associação dos
produtores de Mafuiane no distrito de
Namaacha.
Esta iniciativa surge no âmbito das
actividades de impacto planificadas
pela
Direcção
de
Formação,
Documentação e Transferência de
Tecnologias (DFDTT) para este ano.
Pretendia-se que no final do curso
os participantes fossem capazes de
descrever as técnicas de produção das
hortícolas, aplicar correctamente as
técnicas de produção desde a instalação
da horta até a colheita das hortícolas,
e, fazer o controlo integrado de pragas
e doenças nas hortícolas.
Para alcançar os objectivos desta
formação foram leccionados temas
como: aspectos económicos na
produção e comercialização, técnicas
para a produção de plântulas, maneio
de água e fertilidade de solos, maneio
8
de pragas, doenças e trabalho de
campo.
Beneficiaram deste curso de
formação, 74 formandos (21 homens
e 53 mulheres) sendo a maior parte
com formação básica e média.
No início do curso, a equipa de
formação fez avaliação geral que
revelou que os participantes tinham
como expectativas: (i) aprender a
elaborar um plano de produção; (ii)
conhecer os métodos de controlo
de pragas e doenças; (iii) conhecer
as formas de conservação dos
produtos pós colheita; (iv) ganhar
conhecimento de como produzir
hortícolas durante a época quente; (v)
obter mais experiência no sistema de
rega e drenagem; (vi) e aumentar os
níveis de produção pelo uso correcto
dos conhecimentos adquiridos.
Ainda dentro do mesmo exercício
foi diagnosticado que os participantes
tinham receio de: (i) o tempo
não ser suficiente para abordar
com profundidade todos os temas
planificados; (ii) abandonar o curso
por coincidir com época da colheita de
batata reno e da campanha eleitoral;
A aula expositiva e elaboração
conjunta (mediante o método
participativo)
serviram
também
de suporte metodológico que veio
assegurar uma formação sem
sobressaltos.
Por fim, o trabalho de campo onde
os participantes tiveram oportunidade
para compartilhar as experiências que
traziam das suas associações.
O primeiro dia do curso iniciou
com um levantamento de como os
participantes procediam ou então as
etapas efectuadas por eles do início até
ao produto final. Verificou-se que os
participantes conheciam e possuíam
conhecimento das etapas e estimação
dos custos e lucros envolvidos numa
determinada produção. Igualmente
foi notado que estavam preocupados
com a minimização das despesas
para produzir um certo rendimento
ou maximizar o rendimento com um
certo nível de despesas.
Foram discutidos aspectos ligados
às técnicas de produção de plântulas
que englobavam os diferentes tipos
de viveiros, seu maneio e o modo do
transplante.
O segundo dia da formação foi
REPORTAGEM
dedicado à discussão dos aspectos
ligados ao maneio de água e fertilidade
de solo, onde foi apresentado o
conceito de adubo, diferenciados os
dois tipos de adubos, explicado onde e
quando se deve utilizar, e as diferentes
formas de aplicação de adubos.
Falou-se ainda dos factores que
influenciam na quantidade de água
necessária para as culturas tais
como: clima, tipo de cultura e seu
desenvolvimento, sistema de rega,
preparação do solo, tipo de solo,
habilidade do agricultor no maneio
da água e as pr áticas culturais.
Igualmente, foram explicadas as
sobre as principais causas do excesso
Boletim do IIAM
de água e da salinização dos solos. No
fim foi discutida a calendarização das
regas.
que identificar o tipo de doença e ou
praga encontrada e que métodos de
controlo e ou prevenção empregar.
Abordaram-se aspectos ligados ao
maneio de pragas e doenças, pelo
que foram ilustradas várias imagens
de culturas atacadas por principais
doenças e pragas, dos vários métodos
de controlo, nível de dano e métodos
de prevenção dos mesmos.
De acordo com o sentimento expresso
pelos participantes na avaliação oral,
as expectativas dos participantes e os
objectivos do curso traçados foram
alcançados.
O terceiro dia foi dedicado à prática
de campo. Esta sessão começou com
a identificação e o levantamento de
culturas atacadas e com sintomas de
doença, seguindo-se aos exercícios
práticos em que os formandos tinham
A metodologia de facilitação
adoptada permitiu um maior
envolvimento dos participantes
nas sessões de formação e
consequentemente a compreensão dos
temas abordados. (Sostino Mocumbe/
IIAM/DFDTT/DDIC e Ricardina
Mujongo/IIAM/DFDTT/DF).
IIAM Marca Presença na 45ª Edição da FACIM
Nesta feira, o IIAM esteve sob
coordenação da Direcção de
Formação,
Documentação
e
Transferência
de
Tecnologias,
representado
pelas
Direcções
Técnicas de Agronomia e Recursos
Naturais (DARN) e Ciências Animais
(DCA) e ainda, pela Estação Agrária
de Umbelúzi (EAU) do Centro Zonal
Sul (CZSul).
O Instituto de Investigação Agrária
de Moçambique (IIAM) evidenciou
os seus produtos e serviços, de 31
de Agosto à 06 de Setembro de
2009, em mais uma participação
na Feira Internacional de Maputo
(FACIM), um evento anual que já
soma 45 edições na história da sua
existência.
Seguindo a prática dos últimos anos,
a organização da FACIM ao nível do
Ministério da Agricultura (MINAG),
esteve a cargo do Centro de Promoção
da Agricultura (CEPAGRI) que
ostenta como suas atribuições, a
promoção de programas e serviços
de apoio aos agentes económicos
que actuam no sector comercial
agrário e agro-industrial assim como
de outras instituições que apoiam o
desenvolvimento da agricultura no
país.
No dia da abertura da FACIM o
pavilhão da Agricultura foi visitado
pela sua Excia. o Presidente da
República Armando Emílio Guebuza,
acompanhado pela Vice-Ministra
da Agricultura, outros ministros e
membros do governo. No stand do
IIAM foi recebido pelas técnicas do
IIAM, que explicaram sobre o que
estava exposto e foi oferecido um
livro “Nlhuvuku”.
A participação cada vez mais
regular do IIAM na FACIM
afigura-se como de grande
importância para aproximar o
público em geral à realidade da
pesquisa agrária.
O IIAM participou nesta feira
expondo tecnologias, produtos e
serviços prestados e, resultados de
investigação tais como: posters,
material bibliográfico, kit de
laboratório para análise de solo e
amostras de diferentes estruturas de
solos, fruteiras enxertadas, produtos
processados de frutas, hortícolas e
mandioca e produtos de plantas de
uso medicinal.
A presença massiva do público
no stand do IIAM durante a feira
demonstrou o valor e um interesse
acrescido sobre as actividades
desenvolvidas por esta instituição
na medida em que, a agricultura
é fonte incontornável de renda
de grande parte da população
moçambicana e a pesquisa no
sector tem contribuído oferecendo
alternativas para produção agrária.
(Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/
DDIC e Isabel Lavo/IIAM/DFDTT/
DTT).
9
Boletim do IIAM
DIVULGAÇÃO
Gana Acolheu a 2a Conferência da IAALD Africa Chapter
keynote address do Dr. Monty Jones,
Director Executivo do FARA e a
intervenção de S. Excia a Ministra de
Ciência e Tecnologia do Gana, Dra
Sherry Ayitey.
Participaram na Conferência 100
participantes oriundos de 33 Países,
na sua maioria africanos. Entretanto,
participaram no evento representantes
das várias iniciativas em gestão de
informação, comunicação e partilha
de conhecimento, ao nível mundial
(CIARD, CABI, ITOCA, FAO) ou
para Africa, Caraíbas e Pacifico
(Países ACP) como seja o CTA. Técnicos do IIAM posando ao lado de representantes da Africa Chapter (à esquerda) e da IAALD
(à direita).
Teve lugar em Gana, Accra, a
segunda Conferência da Associação
Internacional dos Especialistas de
Informação Agrária (IAALD) Africa
Chapter, de 15 a 17 de Julho de 2009.
A IAALD é uma associação de
especialistas de informação agrária a
nível mundial e foi estabelecida com
o propósito de criar oportunidades
para a produção, captação, acesso e
disseminação de informação entre
os seus membros, com o objectivo
de promover o uso mais produtivo
e sustentável dos recursos naturais
renováveis, incluindo o uso sustentável
da terra e água.
A IAALD Africa Chapter foi
estabelecida a 26 de Maio de 2006,
em Nairobi, Quénia, na sequência
da decisão tomada por participantes
africanos na 11ª Conferência Mundial
do IAALD/USAIN em Lexington,
Kentucky, EUA, em Maio de 2005.
Inspirado pela experiência das outras
regiões como USAIN, Eastern Europe,
China e Japão, o grupo africano na
conferência, sentiu que já era tempo
de lançar um Africa Chapter.
De referir que na conferência
10
principal, o ICART pagou a inscrição
e anuidade para dois anos como
membros associados da IAALD
com todos os direitos associados,
em benefício de todos os seus focal
points ao nível da Comunidade para
o Desenvolvimento da Africa Austral
(SADC), sendo que para Moçambique
o beneficiário foi o técnico de
Comunicação do IIAM, o Sr. Sostino
Mocumbe, afecto ao DDIC/DFTT
A participação na 2a Conferência
do IAALD – Africa Chapter deu aos
participantes do IIAM a oportunidade
para assistir à apresentação de diversos
papers e a discussão de diversos
temas por vários Painéis constituídos
por especialistas em gestão de
informação aos diferentes níveis. Os
temas da Conferência bem como a
descrição dos principais resultados
e conclusões são elucidativos da
importante experiência que constituiu
a participação neste encontro.
A cerimónia de abertura foi orientada
pelo Presidente do Conselho para a
Investigação Cientifica e Industrial
(CSIR) do Gana. Várias intervenções
foram feitas (CTA, FAO, IAALD –
Africa) sendo contudo de realçar o
Roll Up gigante do CIARD na sala de
conferências, mostrando ao centro uma foto da
EAU durante o dia de Campo CGIAR e o Dr.
Manuel Amane, do IIAM.
A maioria dos participantes estão
profissionalmente ligados a área
de
informação,
comunicação,
documentação e transferência de
conhecimento / tecnologias. Muitos
dos participantes foram experientes
bibliotecários dos Institutos de
Investigação Agrária (NARS), IARCs
(CGIAR) ou Universidades.
A participação nesta Conferência
permitiu interagir com um grande
número de especialistas de informação
de diferentes instituições agrárias, na
sua maioria de investigação, extensão
e ensino (Universidades).
Igualmente, permitiu familiarização
com a diversidade de meios de
disseminação
de
informação
DIVULGAÇÃO
disponíveis, na sua maioria sem custos
adicionais mas exigindo o uso de
sistemas de conectividade (Internet)
alargados e eficientes.
A disseminação e acesso de
informação é um dos principais
instrumentos de desenvolvimento e
de visibilidade da investigação.
A Conferência da IAALD foi
antecedida por vários eventos,
denominados
“Pre-Conference
Events”, sobre diferentes matérias
e iniciativas no que diz respeito
à promoção da disseminação de
conhecimento e informação agrária,
nomeadamente: FARA Regional
Agricultural Information and Learning
System (RAILS) Meeting; e Coherence
in Information for Agricultural
Research for Development (CIARD)
Africa Advocacy Consultation.
último dia do evento tendo procedido
ao lançamento oficial da plataforma
e-Rails.
De referir que, em cada uma das
sessões do evento, o assunto que
norteava o debate foi sendo subsidiado
por apresentações ilustrando as
experiências vividas em seus países
ou regiões de origem.
O tecnico de Comunicação e
Marketing do IIAM, Sostino Mocumbe,
apresentou o paper entitulado
“Iniciativas para o Desenvolvimento
da Gestão de Informação Agrária para
Tomadores de Decisão — estudo de
caso de Moçambique”.
Boletim do IIAM
mais compreensiva.
Com o presente workshop o CIARD
pretendeu sensibilizar os participantes
oriundos de vários países africanos (
na sua maioria pontos focais e activos
especialistas na área de comunicação
e gestão de informação), sobre a
necessidade de partilha de valores
e princípios, recursos e tecnologias
por forma a promover uma maior
divulgação
de
informação
e
conhecimento relevante aos vários
níveis de stakeholders que compõem
o sistema agrário. RAILS
O IIAM participou do workshop
realizado pelo Fórum Africano para a
Pesquisa Agrária (FARA), como um
evento preparatório da 2ª Conferência
da Associação Internacional dos
Especialistas de Informação Agrária
(IAALD) Africa Chapter, realizado
de 12 a 17 de Julho de 2009, em
Accra, Gana.
O evento que estava previsto para
ser oficialmente aberto pelo Doutor
Monty Jones, Presidente em exercício
do FARA, assim o foi pela Sra. Myra
Wopereis-Pura, Directora do Programa
do FARA denominado “Acesso de
Conhecimento e Tecnologias”.
Deste modo, a Sra. Myra procedeu
à conceptualização do programa
Regional Agricultural Information
and Learning Systems (Rails), da
criação e desenvolvimento da página
web e-Rails e, da ideia de partilha de
experiências dos sistemas nacionais
de pesquisa agrária (NARS) que, na
verdade, era o foco das pretensões do
FARA ao organizar um side-event.
Entretanto, o Doutor Jones, esteve no
CIARD pretende trazer novas aboragens de
comunicação e informação agrária.
Apresentação do técnico do IIAM no encontro.
CIARD
O Projecto ICART, da Food,
Agriculture and Natural Resources
(FANR) Directorate da SADC
juntamente com o Programa RAILS
do FARA, e a FAO, co-organizaram,
no âmbito da Conferencia da IAALD
em Accra, no Gana, a Pré-Conferência
Workshop para a apresentação
do Coherence Information for
Agricultural
Research
and
Development (CIARD), a 14 de Julho
de 2009.
O objectivo do CIARD consiste em
assistir as Instituições e organizações
nacionais e internacionais a alinharem
e complementarem os esforços em
curso para o desenvolvimento de
sistemas de disseminação e partilha
de informação, comunicação e
conhecimento agrários de uma forma
O CIARD não deverá sobreporse às iniciativas regionais em curso
de alinhamento da disponibilidade
de informação agrária, levando a
esforços adicionais dos profissionais
de comunicação e informação.
Assim sendo é importante que
com os recursos disponíveis sejam
fortalecidas todas as iniciativas e
o ajuste «compreensivo» comece
mesmo a esse nível.
Os programas RAILS e ICART
podem
prover
importantes
plataformas de implementação da
iniciativa do CIARD na região e
os caminhos neste sentido deverão
ser potenciados. O CIARD deve
agregar valor a estas iniciativas
e não parecer um outro sistema
de informação. O CIARD deve
ser visto como uma plataforma
mais global na disponibilidade de
informação nacional e regional.
(Paula Pimentel/IIAM/DFDTT/DTT
e Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/
DDIC).
11
Boletim do IIAM
ÚLTIMAS
IIAM Esteve na VII Mostra Moçambicana de Ciência e Tecnologia
A mostra procura responder a problemática dos jovens estudantes em
Moçambique tais como: (i) a fraca
orientação face às diferentes opções
em Moçambique; (ii) falta de informação sobre vários cursos técnicos
profissionais, superiores e tecnologias novas existentes no mercado; (iii) e a tímida intervenção da
comunidade académica jovem nas
questões politico-sociais do país.
Vista parcial do stand do IIAM.
Motivado pela ideia de promover
e divulgar a ciência, tecnologia,
inovação e conhecimento local, o
Ministério de Ciência e Tecnologia
(MCT) liderou a organização e realização da VII mostra moçambicana
de ciência e tecnologia de 17 à 22
de Setembro de 2009, no Pavilhão
nº 2 nas instalações da Feira Internacional de Maputo (FACIM). O
Instituto de Investigação Agrária
de Moçambique (IIAM) participou
com exposição dos seus produtos e
serviços.
Um evento que teve o patrocínio das
Telecomunicações de Moçambique
(TDM), Asdi SAREC, Petromoc,
TELEDATA, SASOL, Tiger Center
e Águas de Moçambique, participaram no evento escolas, institutos,
ONGs, Universidades, Ministérios,
empresas privadas e públicas.
O IIAM foi convidado a participar
na exposição da VII Mostra de Ci-
ência e Tecnologia sob a coordenação da Direcção de Formação,
Documentação e Transferência de
Tecnologias (DFDTT) e representado pela Direcção de Agronomia
e Recursos Naturais (DARN), Direcção de Ciências Animais (DCA),
Departamento de Documentação,
Informação e Comunicação (DDIC)
e Laboratório de Biotecnologia.
Para além da exposição dos produtos e serviços dos diferentes organismos representados, o evento
acolheu palestras e mesas redondas
sobre diversos temas de ciência,
tecnologia e inovação e também relacionadas com o ensino.
Nesta mostra, o IIAM contribuiu
expondo: posters, material bibliográfico (manuais, brochuras, revistas, panfletos), kit de análise de
solos e amostras de diferentes tipos
de solos, plantas in vitro, vacina
para bovinos e newcastle, maquetes
de boi e fardo, sementes do banco
de germoplasma de (milho, trigo,
arroz, feijão vulgar), produtos de
plantas nativas para uso medicinal e
alimentar, e ainda, frutos de plantas
silvestres para uso alimentar.
A VII mostra foi bastante concorrida, na medida em que, o Ministério da Educação (MINED) criou
condições de trazer para o evento
mais estudantes de várias escolas,
incluindo os que se encontram ao
redor da cidade. Os estudantes tiveram a oportunidade de usufruir os
conhecimentos expostos e de perto
ver as inovações e tecnologias existentes. (Sostino Mocumbe/IIAM/
DFDTT/DDIC).
Director: Doutor Calisto Bias. Editor: Feliciano Mazuze (DFDTT). Coordenação de Produção: Américo Humulane. Revisão: Roseiro M. Moreira.
Redacção: Sostino Mocumbe, Marta Francisco, Paula Pimentel, Isabel Lavo, Ricardina Mujongo e IRRI. Colaboração nesta Edição: Feliciano Mazuze,
Américo Humulane, Marta Celeste, Roseiro Moreira e João Bias.
Maquetização: Alberto Zandamela. Fotografia: Jonas Malapende e Sostino Mocumbe. Impressão: Reprografia do IIAM.
Tiragem: 500 exemplares.
Sede: Av. das FPLM, 2698.
Internet: http//www.iiam.gov.mz. Email: [email protected]. Telefone: 21 460219. Fax: 21 460220.
Propriedade: Instituto de Investigação Agrária de Moçambique. Distribuição Gratuíta: DISP.REG/GABINFO-DEC/2006.
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