INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA DE MOÇAMBIQUE Ministério da Agricultura Edição Trimestral Nota de abertura Estimado leitor do Boletim do IIAM, Julho - Outubro de 2009 Nº 12 Em Maputo IIAM e DNEA Discutem os Principais Constrangimentos no Processo de Transferência e Adopção de Tecnologias Apraz-nos apresentar-lhe a nossa 12ª edição trimestral. Olhamos para esta publicação de forma especial, porque foi também especial o nosso principal enfoque assente no encontro entre o IIAM e a DNEA visando definir plataformas para ultrapassar os principais constrangimentos na transferência e adopção de tecnologias. Destaca-se de igual modo o plano de criação de base de dados para a cultura do arroz por parte do IIAM e do IRRI. Igualmente: o recinto do IIAM acolheu a assinatura do acordo triangular envolvendo Moçambique, Brasil e Japão. E toma-se nota que o nosso país já conta, efectivamente, com um programa de maneio integrado de fertilidade de solos. O IIAM participou do fórum sobre inclusão digital no nosso pais. Na componente de investigação trazemos-lhe informação sobre o processo de descasque moderno do arroz (concedida pelo IRRI). Em reportagens: Associações de Boane e Namaacha beneficiaram de formação na produção de horticolas. IIAM na 45 edição da FACIM. Em divulgação: o roteiro das actividades que caracterizaram o segundo grande encontro internacional de especialistas de comunicação e informação agrária do mundo em Accra. Por fim a noticia de que o MCT organizou a VII mostra de ciência e tecnologia, tendo contado com a participação do IIAM. Gratos pela atenção dispensada. Até a próxima! O Editor: Feliciano Mazuze / DFDTT Vista parcial da sala que acolheu o debate. Depois de um longo período de recessão, a Revisão Periódica de Tecnologias (REPETE) teve lugar nas instalações sede do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) entre os dias 17 e 18 de Setembro, na sequência de um esforço conjunto entre esta instituição pública de pesquisa agrária e a Direcção Nacional de Extensão Agrária (DNEA). O encontro aglutinou investigadores, extensionistas, produtores e parceiros. “Com esta iniciativa, pretendemos reactivar a REPETE, que não tem sido realizada há já algum tempo e, garantir que seja replicada ao nível provincial e distrital”, disse Eng.º José António Gaspar, Director Nacional da DNEA. A avaliação de algumas tecnologias agrárias e os principais constrangimentos no processo de transferência e a sua adopção, são alguns dos principais objectivos do encontro da REPETE. De referir que a REPETE foi iniciada nos primeiros anos da década 90 pela DNEA (na altura Direcção Nacional de Desenvolvimento Rural). Trata-se de um evento nacional, regional, provincial ou distrital, em que vários actores, quer individuais quer institucionais, sobretudo das áreas de investigação e extensão, se reúnem numa base regular para em conjunto reflectirem sobre as tecnologias no campo, sobre os constrangimentos de produção agrária e finalmente propôr soluções concretas, atribuindo responsabilidades nas acções de seguimento. O encontro foi bastante concorrido tendo trazido à plenária, representantes dos produtores, Directores e técnicos da Boletim do IIAM DESTAQUES extensão e da ivestigação, provedores de insumos, compradores de excedentes agrícolas, empresas fomentadoras de culturas de rendimento, doadores e ONGs em geral. das principais tecnologias que estão sendo geradas para responder aos desafios da Revolução Verde. Numa das suas intervenções, o Eng.º Gaspar apresentou a situação geral dos serviços de extensão, contemplando aspectos como a cobertura, o quinquénio e as mensagens disseminadas. À direita, Dr. Calisto Bias Foi um encontro catalogado como produtivo pela maioria dos presentes, tendo abrangido grande parte dos aspectos que preocupam a extensão e a investigação. Eng. Gaspar apresentado a situação geral da Extensão no pais. Por seu turno, o Dr. Calisto Bias, Director Geral do IIAM, , procedeu à apresentação De destacar que, dentre as várias actividades realizadas, o evento conseguiu trazer à plenária, uma análise SWOT sobre a ligação Investigação — Extensão, uma apresentação das tecnologias disseminadas o presente momento. As instituições convidadas e os produtores (parceiros) partilharam as suas experiências relativas ao acesso às tecnologias agrárias por via dos serviços de extensão. O segundo e último dia da REPETE foi reservado para o dia de campo. Os participantes foram divididos em dois grupos entre os quais, um escalou a Estação Agrária de Umbelúzi (EAU), numa iniciativa organizada pelo IIAM, com o propósito de partilhar in loco, o processo de geração de tecnologias. O outro grupo teve a oportunidade de visitar os Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) em Marracuene, onde averiguou no terreno, o processo de transferência de tecnologias aos produtores, num esforço dos Serviços Provinciais de Extensão Rural (SPER). (Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/ DDIC). IIAM e IRRI Vão Criar uma Base de Dados sobre a Cultura do Arroz em Moçambique Apresentação da proposta da estrutura da base de dados. O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) e o Instituto Internacional para a Pesquisa no Arroz (IRRI) projectam instalar até Dezembro de 2009, uma base de dados sobre a cultura do arroz em Moçambique. Esta foi pretensão confirmada a 17 de Setembro de 2009, no decurso de um encontro na sede desta instituição pública de pesquisa, reunindo técnicos e especialistas de ambas instituições. Este 2 encontro acontece na sequência de um curso que teve lugar no IIAM que, a par desta instituição de pesquisa, envolveu representantes de instituições que directa ou indirectamente participam no incremento da produção e difusão da cultura do arroz, tal é o caso das Direcções Nacional de Extensão Agrária e de Serviços Agrários, do Fundo de Desenvolvimento Agrário, do Centro de Promoção da Agricultura e do IRRI. Refira-se que na perspectiva do IRRI, estas instituições serão o alicerce para o funcionamento pleno da base de dados, uma vez que têm contacto directo com todas as fases que constituem a cadeia de produção da cultura do arroz. A ideia fundamental da referida base de dados é fornecer informação actualizada sobre a cultura do arroz à instituições e/ou organizações que pretendem ou já se encontram a trabalhar nesta área. Em geral, a base de dados irá conter informação sobre a cultura do arroz considerando a seca, a colheita, a medição, a nutrição, a qualidade, o armazenamento, a lavoura, o plantio, a semente e a água, o que será de grande relevância para os investigadores, os produtores, os financiadores e os extensionistas. Na hierarquia dos produtos alimentares dos moçambicanos, o arroz ocupa um lugar de destaque, sobretudo, nas cidades. Entretanto, o arros consumido é maioritariamente de produto de origem estrangeira. Dada a necessidade de estancar o crescente fenómeno de importação do arroz, o IRRI em parceria com o IIAM lideram iniciativas que visam incrementar a produção e produtividade desta cultura. DESTAQUES Em Moçambique, o distrito de Chókwè, na província de Gaza, encontra-se numa fase avançada de ensaios sobre diversas variedades da cultura de arroz, internacionalmente reconhecidas, de modo a identificar as que mais se adequam às condições agro-ecológicas do nosso país. Muitos desses ensaios, já começam a apresentar resultados que vão de encontro aos objectivos e/ou motivações que levaram à efectivação dessas pesquisas. Deste modo, as variedades seleccionadas serão transferidas para os produtores por via dos serviços provinciais de extensão agrária. O produtor, por sua vez, que após a colheita irá colocar o produto no mercado onde, o consumidor final, poderá adquiri-lo Boletim do IIAM para a alimentação, contribuindo, deste modo, para a redução da fome em Moçambique. Com a base de dados pretendese partilhar toda a informação sobre o arroz com todos os actores que directa ou indirectamente, participam na cadeia de produção da cultura do arroz. (Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/DDIC). IIAM Participa no Fórum sobre o Desafio de Inclusão Digital em Moçambique mação de forma eficiente e eficaz. Entretanto, Moçambique a par de vários países em vias de desenvolvimento encontra-se numa fase de adopção e uso dessas tecnologias aquém da demanda de informação produzida a todos os níveis. Deste modo, instituições como CIUEM e SANGONet uniram esforços no sentido de diagnosticar a actual situação do uso de TICs no nosso país. Vista parcial do Laboratório para Sociedade Civil O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) participou no Fórum sobre o Desafio de Inclusão Digital em Moçambique, realizado a 30 de Julho de 2009, no Hotel VIP, Maputo, numa iniciativa liderada pelo Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM). Este fórum realiza-se na sequência de encontros semelhantes em Angola, Botswana, Lesotho, Namíbia e Suazilândia realizados em 2007, e faz parte de uma série que este ano abrange também a Tanzânia, a Zâmbia e o Zimbabwe, numa iniciativa financiada pela Open Society Initiative for Southern Africa (OSISA) e pela Embaixada da Finlândia na África do Sul. Refira-se que o fórum reuniu instituições públicas e privadas, ONGs nacionais e internacionais e ainda, a sociedade civil, que directa ou indirectamente recorrem às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no seu quotidiano. O CIUEM é parceiro no projecto “Fórum Regional de Discussão sobre Tecnologias de Informação e Comunicação”, coordenado pela SANGONet da África do Sul e com enfoque nas TICs para Desenvolvimento (ICT4D). As TICs assumem um lugar de destaque no dia-a-dia dos indivíduos e instituições do mundo, confirmando a era da informação que se atravessa. A agricultura, particularmente, a Pesquisa Agrária actualmente, com recurso às TICs, caracterizado por um dinamismo significativo no que tange à troca e partilha de infor- O trabalho iniciou com a criação de uma equipa de autores, juntando pesquisadores do próprio CIUEM e da Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), para realizar o estudo de base. Ao analisar os tópicos e prioridades, a equipa optou por uma abordagem destacando “O DESAFIO DE INCLUSÃO DIGITAL EM MOÇAMBIQUE”. Assim sendo, foram levadas à plenária as constatações e conclusões do estudo para uma discussão mais alargada, envolvendo grande parte dos principais actores no que concerne ao uso das TICs em Moçambique. Nessa ordem de ideias, os objectivos que nortearam o fórum foram os seguintes: juntar actores na área de TICs e da Sociedade Civil para promover debates e colher contribuições sobre os desafios identificados no relatório e respectivas recomendações; consciencializar e advogar para a colaboração em torno de inclusão digital; e identificar prioridades e produzir recomendações para a acção. (Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT) 3 Boletim do IIAM DESTAQUES IIAM foi Palco da Assinatura do Acordo Triangular para o Desenvolvimento da Agricultura das Savanas Tropicais em Moçambique de cooperação triangular entre Moçambique, Japão e Brasil, promover-se-á o desenvolvimento agrícola, rural e regional competitivo, levando em conta a preservação do meio ambiente e orientado ao mercado. O programa de Cooperação BrasilJapão para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados Brasileiros, iniciado na década de 1970, implementou durante 20 anos, projectos de Cooperação Técnica e de Cooperação Financeira, contribuindo enormemente não só para o desenvolvimento do interior do Brasil, mas, também, para equilibrar a oferta e procura de alimentos ao nível global através do desenvolvimento agrícola sustentável em zonas de savanas tropicais. Da esquerda para a direita, os representantes do Brasil, de Moçambique e do Japão. Foi assinado um Memorando de Entendimento sobre a Cooperação Triangular para o Desenvolvimento da Agricultura das Savanas Tropicais no nosso país, no dia 17 de Setembro de 2009, na sala Zambeze do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM). Esta cerimónia bastante concorrida, envolveu o Governo de Moçambique, representado pelo Ministro da Agricultura, V. Excia. Soares B. Nhaca; a missão japonesa; liderada pelo Vice-presidente Sénior da JICA, Sr. Kenzo Oshima e; a Missão brasileira, liderada pelo Director da Agência Brasileira de Cooperação-ABC, Ministro Marco Ferani. A par de altos quadros dos ministérios da Agricultura dos três países, a cerimónia foi assistida pelo Dr. Calisto Bias, Director Geral do IIAM, pelo Dr. Pedro António Arraes Pereira, Presidente da EMBRAPA e pelo Sr. Wilmar Luis da Silva, Secretário da Agricultura do Distrito Federal do Brasil, o Embaixador António J.M. Souza e Silva da 4 Embaixada do Brasil e o Embaixador Susumu Segawa da Embaixada do Japão. “O objectivo desta Cooperação é criar novos modelos de desenvolvimento agrícola sustentável na região da savana tropical de Moçambique”, assim afirmaram as partes envolvidas de forma unânime quando prestavam depoimentos à imprensa que afluiu em massa ao evento. As três parte prestaram depoimentos a imprensa. Em Moçambique existe uma extensa área de terras cultiváveis não utilizadas, com uma taxa de aproveitamento estagnada em cerca de 4%. A aplicação do conhecimento adquirido no desenvolvimento do cerrado contribuirá para a melhoria da produtividade agrícola da savana tropical em Moçambique. Momento da assinatura. A área específica da actividade é o Corredor de Nacala, norte de Moçambique, que por meio Aperto de mão em celebração o acordo. DESTAQUES Os três lados do acordo triangular administrarão conjuntamente as seguintes actividades: melhoramento da capacidade de pesquisa em Moçambique por meio do programa de Cooperação Técnica no desenvolvimento de técnicas de correcção de solo e selecção de variedades de diferentes culturas introduzidas pelo IIAM; plano director integrado de desenvolvimento agrícola da região Boletim do IIAM do corredor de Nacala (master plan), e; criação de novos modelos de desenvolvimento ao nível de comunidades rurais (projecto demonstrativo). (Sostino Mocumbe/ IIAM/DFDTT/DDIC). Lançamento do Programa de Maneio Integrado de Fertilidade de Solos para as Províncias da Zambézia e Nampula do laboratório de solos em termos de equipamento adequado, treinamento dos investigadores e extensionistas, e ainda, o financiamento de actividades directamente relacionadas com o maneio de solos. De acordo com o Director Geral, os produtores terão a oportunidade de aprender boas técnicas de maneio dos solos, particularmente para reduzir a crónica dependência pelos fertilizantes inorgânicos e incrementar o seu conhecimento sobre rotação de culturas. Participantes do evento posando para à prosperidade. Foi lançado oficialmente o programa de maneio integrado de solos entre os dias 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2009, em Maputo, a ser implementado nas províncias da Zambézia e Nampula pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) e Direcção Nacional de Extensão Agrária (DNEA). O projecto será financiado pela Aliança para a Revolução Verde em Africa (AGRA), uma iniciativa do ex dirigente das Nações Unidas, o Dr. Kofi Annan. O projecto tem 4 componentes nomeadamente, (i) capacitação institucional que inclui apetrechamento dos laboratórios de solos do IIAM; (ii) Pesquisa aplicada e disseminação das técnicas de maneio integrado de fertilidade de solos; (iii) melhoria de acesso a mercado de insumos e de produtos e (iv) aperfeçoamento das ligações entre os diferentes provedores de serviços de apoio aos camponeses. O “Programa para o Maneio Integrado de Solos” tem o objectivo de melhorar a produção no seio de 20. 000 produtores nas províncias férteis de Nampula e Zambézia. A AGRA foi criada em 2007 com o propósito de apoiar a luta contra a fome e mal nutrição em África e, é suportada pelo financiamento das Fundações Bill e Melinda Gates e Rockefeller. Esta organização pretende investir cerca de 800, 000 dólares norte americanos num período de 3 anos de projecto, cobrindo os distritos de Murrupula, Malema, Ribáuè e Monapo em Nampula, e Alto Molócue, na Zambézia. “Com este projecto nós pretendemos criar condições para que os produtores tenham acesso a sementes de grande qualidade, fertilizantes e assistência técnica ao ponto de serem capazes de usar esses insumos de forma adequada”, disse Ricardo Maria, Coordenador do Projecto no IIAM. Noutro turno, Ricardo Maria informou que estes três anos previstos para o projecto já iniciaram e os primeiros resultados são esperados na campanha agrícola 2009/2010. Na sequência, o Director Geral do IIAM, Calisto Bias, explicou que o projecto inclui também o fortalecimento “Pretendemos duplicar ou triplicar a produção dos nossos produtores. Agora, de certa forma, eles têm produzido cerca de 0.7 toneladas de milho por hectare, mas existe potencial para produzir quatro, ou até cinco toneladas por hectare”, disse Ricardo Maria. Por sua vez, o Director de Sanidade dos Solos da AGRA, Bashir Jama afirmou que a AGRA tem financiado desde 2007 outro projecto que visa desenvolver variedades diferentes de milho e batata doce. Com o projecto de maneio de solos a decorrer em Moçambique, os dois projectos vão custar cerca de dois milhões de dólares norte americanos. A AGRA seleccionou quatro países como pontos focais da sua intervenção, nomeadamente: Moçambique, Tanzânia, Mali, e Gana, considerando o seu bom ambiente de governação e de políticas agrárias atractivas. “Os africanos vão ter que realizar a sua própria Revolução Verde, obviamente, com o suporte dos seus parceiros actuais. Isso não significa excluir todos os outros que pretendam contribuir. Parcerias são e serão sempre bem vindas”, disse Ricardo Maria. (Sostino Mocumbe/ IIAM/DFDTT/DDIC). 5 Boletim do IIAM INVESTIGAÇÃO Descasque Moderno de Arroz GUMMERT, M.1; RICKMAN, J.2; ZANDAMELA, C.3 1Co-autor/IRRI-Filipinas; 2Co-autor/IRRI-Moçambique; 3Tradução/IRRI-Moçambique Email: [email protected] ou [email protected] website: www.knowledgebank.irri.org/tropRice gravidade específica e diferença de tamanhos entre o arroz em casca e o descascado. 4. Branqueamento e polimento O arroz branco é produzido pela remoção da camada de farelo e do embrião do arroz em casca. A quantidade de farelo removida é geralmente entre 8-10% do peso total do arroz em casca. Para reduzir o número de grãos partidos durante o branqueamento, o arroz normalmente deve passar por quatro máquinas de branqueamento ligadas em série. Descascadoras de passagens múltiplas INTRODUÇÃO O processo de descasque de escala comercial faz uma combinação de operações que resultam em melhor qualidade e rendimento industrial de arroz branco depois do descasque. I. O PROCESSO DE DESCASQUE MODERNO grãos passam por superfícies abrasivas que se movem a velocidades diferentes. Depois do descasque, a casca é removida por sucção e transportada para um local fora da fábrica. A casca contribui com 20% do peso do grão e um descacador eficiente deveria remover 90% da casca numa única passagem. 5. Separação do arroz branco 1. Pré-limpeza Quando o arroz chega a fábrica contém material estranho tal como: palha, semente de ervas daninhas, torrões e outro material inerente. Se este material não for removido antes do descasque, a eficiência do descasque e o rendiemnto industrial são reduzidos. A capacidade de um pré-limpador é normalmente de 1.5 vezes a do descascador. 2. Remoção da casca (descasque) Com a remoção da casca produz-se arroz castanho. A casca é removida através da fricção á medida que os 6 Uma das quatro máquinas de branqueanto e polimento do arroz Componente de remoção da casca 3. Separação do arroz O separador “separa” o arroz em casca do arroz castanho. A quantidade de arroz em casca depende da eficiência da descascadora e não deve ser superior a 10%. Os separadores de arroz funcionam na base de diferenças de Depois por um crivo oscilatório do polimento, o arroz branco é separado em arroz inteiro, partido-grande, partido-pequeno e trinca. O arroz inteiro é normalmente classificado como grãos com 75-80% ou mais de arroz inteiro. Para um alto grau de precisão de classificação também são usados calibradores específicos. 6. Mistura de arroz Uma boa máquina de descasque deve produzir 50-60% de arroz inteiro, 5-10% de grão partido-grande e 1015% de grão partido-pequeno. Dependendo do padrão de cada país, os INVESTIGAÇÃO Boletim do IIAM padrões de classificação no mercado devem conter 5-25% de grãos partidos. Se pretender fazer uma mistura correctamente é necessário usar um misturador volumétrico. arroz passa por um número de diferentes operações do arroz em casca até ao arroz branco. DESCASQUE EM DUAS ETAPAS DESCASQUE DE UMA ETAPA 7. Polimento Descasque manual A mistura de uma pequena quantidade de água com o pó retido no grão após polimento ajuda a polir sem reduzir significativamente o rendimento industrial. Uma máquina de fricçãobranqueamento é usada para fazer o último branqueamento antes de levar o arroz ao mercado. O processo de pilar num pilão ainda é praticado em algumas áreas. O processo de pilar induz forças para cima e para baixo que removem a casca e algumas camadas de farelo. O processo de pilar também resulta em altas percentagens de grãos partidos. A limpeza final é feita através da peneiração manual e separação por gravidade. As descascadoras de duas etapas são muitas vezes compactas e, em muitos países substituiram as descascadoras Engleberg. A descascadora de duas etapas tem duas operações, sendo uma para o descasque e outra para o polimento. Os rolos de borracha removem a casca e o arroz castanho resultante é polido por um branqueador de fricção metálico. Estas descascadoras têm a capacidade de 0.5 a 1 tonelada por hora de arroz em casca e são geralmente usadas para servir clientes nas zonas rurais. O desempenho das descascadoras compactas é superior ao das de passagem única sendo o seu rendimento industrial acima de 60%. 8. Pesagem do arroz O arroz é normalmente vendido em sacos de 50 kg devidamente pesados e etiquetados. Embora muitas fábricas usem sistemas mecânico-manuais existem também sistemas electrónicos rápidos. A pesagem constitui uma das fases mais importantes no descasque moderno do arroz II. SISTEMAS DE DESCASQUE O descasque de arroz é o processo de remoção da casca e da membrana para a produção de arroz branco. O processo pode ser feito como: • Processo com uma etapa onde a casca e o farelo são removidos numa passagem e o arroz branco é produzido directamente. • Processo de duas etapas onde a casca e o farelo são removidos separadamente para a produção de arroz castanho como um produto intermédio. • Processo de etapas múltiplas onde o Descascadora compacta Prototipo de uma descascadora compacta. O recurso ao pilão ainda é prática comum no seio de muitas comunidades Passagem metálica com uma única passagem A descascadora de uma única passagem é uma adaptação da descascadora de café “Engleberg”. Este tipo de descascadora ainda é muito popular em muitos países pobres onde se cultiva arroz para consumo doméstico. É uma descascadora que usa fricção metálica para remover a casca e polir o grão. Resulta em muitos grãos partidos e baixo teor de arroz branco de cerca de 50-55% e os grãos inteiros resultantes são menos de 30% do total de arroz descascado. As trincas são misturadas com o farelo para a alimentação animal. DESCASCADORAS DE PASSAGENS MÚLTIPLAS Descacasdoras comerciais O processo de descasque em grandes fábricas comerciais faz uma combinação de várias operações resultando numa melhor qualidade e alto rendimento industrial. O processo inclui: • Pré-limpeza do grão antes do descasque. • Remoção da casca ou a parte exterior do grão de arroz. • Polimento ou branqueamento. • Separação de grãos partidos dos inteiros. • Embalagem do arroz descascado. • Tratamento dos sub produtos. 7 Boletim do IIAM REPORTAGEM 25 de Setembro, Manguisa, Massaca e Mafuiane Beneficiam de Formação na Produção de Hortícolas (iii) não haver muita participação por parte dos formandos; (iv) não se alcançar as expectativas levantadas; (v) e não haver acompanhamento pósformação por parte da DFDTT. Para garantir que todos possam participar activamente nas sessões de formação, recorreu-se ao trabalho em grupos e apresentações em plenárias, uma metodologia que na perspectiva do grupo dos formadores, reduz ao mínimo a técnica clássica do apontamento individual e privilegia a visualização das sessões permitindo uma melhor assimilação, possibilidade de auto-correcção e memória colectiva da discussão. O curso pretendia dotar os produtores de capacidades técnicas para produzir melhor. Decorreu um curso de Formação em Produção de Hortícolas, de 12 à 23 de Outubro de 2009, na Estação Agrária de Umbelúzi, para os produtores das Associações 25 de Setembro, Manguisa e Massaca do Distrito de Boane e o mesmo curso, de 05 a 06 de Novembro, na associação dos produtores de Mafuiane no distrito de Namaacha. Esta iniciativa surge no âmbito das actividades de impacto planificadas pela Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias (DFDTT) para este ano. Pretendia-se que no final do curso os participantes fossem capazes de descrever as técnicas de produção das hortícolas, aplicar correctamente as técnicas de produção desde a instalação da horta até a colheita das hortícolas, e, fazer o controlo integrado de pragas e doenças nas hortícolas. Para alcançar os objectivos desta formação foram leccionados temas como: aspectos económicos na produção e comercialização, técnicas para a produção de plântulas, maneio de água e fertilidade de solos, maneio 8 de pragas, doenças e trabalho de campo. Beneficiaram deste curso de formação, 74 formandos (21 homens e 53 mulheres) sendo a maior parte com formação básica e média. No início do curso, a equipa de formação fez avaliação geral que revelou que os participantes tinham como expectativas: (i) aprender a elaborar um plano de produção; (ii) conhecer os métodos de controlo de pragas e doenças; (iii) conhecer as formas de conservação dos produtos pós colheita; (iv) ganhar conhecimento de como produzir hortícolas durante a época quente; (v) obter mais experiência no sistema de rega e drenagem; (vi) e aumentar os níveis de produção pelo uso correcto dos conhecimentos adquiridos. Ainda dentro do mesmo exercício foi diagnosticado que os participantes tinham receio de: (i) o tempo não ser suficiente para abordar com profundidade todos os temas planificados; (ii) abandonar o curso por coincidir com época da colheita de batata reno e da campanha eleitoral; A aula expositiva e elaboração conjunta (mediante o método participativo) serviram também de suporte metodológico que veio assegurar uma formação sem sobressaltos. Por fim, o trabalho de campo onde os participantes tiveram oportunidade para compartilhar as experiências que traziam das suas associações. O primeiro dia do curso iniciou com um levantamento de como os participantes procediam ou então as etapas efectuadas por eles do início até ao produto final. Verificou-se que os participantes conheciam e possuíam conhecimento das etapas e estimação dos custos e lucros envolvidos numa determinada produção. Igualmente foi notado que estavam preocupados com a minimização das despesas para produzir um certo rendimento ou maximizar o rendimento com um certo nível de despesas. Foram discutidos aspectos ligados às técnicas de produção de plântulas que englobavam os diferentes tipos de viveiros, seu maneio e o modo do transplante. O segundo dia da formação foi REPORTAGEM dedicado à discussão dos aspectos ligados ao maneio de água e fertilidade de solo, onde foi apresentado o conceito de adubo, diferenciados os dois tipos de adubos, explicado onde e quando se deve utilizar, e as diferentes formas de aplicação de adubos. Falou-se ainda dos factores que influenciam na quantidade de água necessária para as culturas tais como: clima, tipo de cultura e seu desenvolvimento, sistema de rega, preparação do solo, tipo de solo, habilidade do agricultor no maneio da água e as pr áticas culturais. Igualmente, foram explicadas as sobre as principais causas do excesso Boletim do IIAM de água e da salinização dos solos. No fim foi discutida a calendarização das regas. que identificar o tipo de doença e ou praga encontrada e que métodos de controlo e ou prevenção empregar. Abordaram-se aspectos ligados ao maneio de pragas e doenças, pelo que foram ilustradas várias imagens de culturas atacadas por principais doenças e pragas, dos vários métodos de controlo, nível de dano e métodos de prevenção dos mesmos. De acordo com o sentimento expresso pelos participantes na avaliação oral, as expectativas dos participantes e os objectivos do curso traçados foram alcançados. O terceiro dia foi dedicado à prática de campo. Esta sessão começou com a identificação e o levantamento de culturas atacadas e com sintomas de doença, seguindo-se aos exercícios práticos em que os formandos tinham A metodologia de facilitação adoptada permitiu um maior envolvimento dos participantes nas sessões de formação e consequentemente a compreensão dos temas abordados. (Sostino Mocumbe/ IIAM/DFDTT/DDIC e Ricardina Mujongo/IIAM/DFDTT/DF). IIAM Marca Presença na 45ª Edição da FACIM Nesta feira, o IIAM esteve sob coordenação da Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias, representado pelas Direcções Técnicas de Agronomia e Recursos Naturais (DARN) e Ciências Animais (DCA) e ainda, pela Estação Agrária de Umbelúzi (EAU) do Centro Zonal Sul (CZSul). O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) evidenciou os seus produtos e serviços, de 31 de Agosto à 06 de Setembro de 2009, em mais uma participação na Feira Internacional de Maputo (FACIM), um evento anual que já soma 45 edições na história da sua existência. Seguindo a prática dos últimos anos, a organização da FACIM ao nível do Ministério da Agricultura (MINAG), esteve a cargo do Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI) que ostenta como suas atribuições, a promoção de programas e serviços de apoio aos agentes económicos que actuam no sector comercial agrário e agro-industrial assim como de outras instituições que apoiam o desenvolvimento da agricultura no país. No dia da abertura da FACIM o pavilhão da Agricultura foi visitado pela sua Excia. o Presidente da República Armando Emílio Guebuza, acompanhado pela Vice-Ministra da Agricultura, outros ministros e membros do governo. No stand do IIAM foi recebido pelas técnicas do IIAM, que explicaram sobre o que estava exposto e foi oferecido um livro “Nlhuvuku”. A participação cada vez mais regular do IIAM na FACIM afigura-se como de grande importância para aproximar o público em geral à realidade da pesquisa agrária. O IIAM participou nesta feira expondo tecnologias, produtos e serviços prestados e, resultados de investigação tais como: posters, material bibliográfico, kit de laboratório para análise de solo e amostras de diferentes estruturas de solos, fruteiras enxertadas, produtos processados de frutas, hortícolas e mandioca e produtos de plantas de uso medicinal. A presença massiva do público no stand do IIAM durante a feira demonstrou o valor e um interesse acrescido sobre as actividades desenvolvidas por esta instituição na medida em que, a agricultura é fonte incontornável de renda de grande parte da população moçambicana e a pesquisa no sector tem contribuído oferecendo alternativas para produção agrária. (Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/ DDIC e Isabel Lavo/IIAM/DFDTT/ DTT). 9 Boletim do IIAM DIVULGAÇÃO Gana Acolheu a 2a Conferência da IAALD Africa Chapter keynote address do Dr. Monty Jones, Director Executivo do FARA e a intervenção de S. Excia a Ministra de Ciência e Tecnologia do Gana, Dra Sherry Ayitey. Participaram na Conferência 100 participantes oriundos de 33 Países, na sua maioria africanos. Entretanto, participaram no evento representantes das várias iniciativas em gestão de informação, comunicação e partilha de conhecimento, ao nível mundial (CIARD, CABI, ITOCA, FAO) ou para Africa, Caraíbas e Pacifico (Países ACP) como seja o CTA. Técnicos do IIAM posando ao lado de representantes da Africa Chapter (à esquerda) e da IAALD (à direita). Teve lugar em Gana, Accra, a segunda Conferência da Associação Internacional dos Especialistas de Informação Agrária (IAALD) Africa Chapter, de 15 a 17 de Julho de 2009. A IAALD é uma associação de especialistas de informação agrária a nível mundial e foi estabelecida com o propósito de criar oportunidades para a produção, captação, acesso e disseminação de informação entre os seus membros, com o objectivo de promover o uso mais produtivo e sustentável dos recursos naturais renováveis, incluindo o uso sustentável da terra e água. A IAALD Africa Chapter foi estabelecida a 26 de Maio de 2006, em Nairobi, Quénia, na sequência da decisão tomada por participantes africanos na 11ª Conferência Mundial do IAALD/USAIN em Lexington, Kentucky, EUA, em Maio de 2005. Inspirado pela experiência das outras regiões como USAIN, Eastern Europe, China e Japão, o grupo africano na conferência, sentiu que já era tempo de lançar um Africa Chapter. De referir que na conferência 10 principal, o ICART pagou a inscrição e anuidade para dois anos como membros associados da IAALD com todos os direitos associados, em benefício de todos os seus focal points ao nível da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), sendo que para Moçambique o beneficiário foi o técnico de Comunicação do IIAM, o Sr. Sostino Mocumbe, afecto ao DDIC/DFTT A participação na 2a Conferência do IAALD – Africa Chapter deu aos participantes do IIAM a oportunidade para assistir à apresentação de diversos papers e a discussão de diversos temas por vários Painéis constituídos por especialistas em gestão de informação aos diferentes níveis. Os temas da Conferência bem como a descrição dos principais resultados e conclusões são elucidativos da importante experiência que constituiu a participação neste encontro. A cerimónia de abertura foi orientada pelo Presidente do Conselho para a Investigação Cientifica e Industrial (CSIR) do Gana. Várias intervenções foram feitas (CTA, FAO, IAALD – Africa) sendo contudo de realçar o Roll Up gigante do CIARD na sala de conferências, mostrando ao centro uma foto da EAU durante o dia de Campo CGIAR e o Dr. Manuel Amane, do IIAM. A maioria dos participantes estão profissionalmente ligados a área de informação, comunicação, documentação e transferência de conhecimento / tecnologias. Muitos dos participantes foram experientes bibliotecários dos Institutos de Investigação Agrária (NARS), IARCs (CGIAR) ou Universidades. A participação nesta Conferência permitiu interagir com um grande número de especialistas de informação de diferentes instituições agrárias, na sua maioria de investigação, extensão e ensino (Universidades). Igualmente, permitiu familiarização com a diversidade de meios de disseminação de informação DIVULGAÇÃO disponíveis, na sua maioria sem custos adicionais mas exigindo o uso de sistemas de conectividade (Internet) alargados e eficientes. A disseminação e acesso de informação é um dos principais instrumentos de desenvolvimento e de visibilidade da investigação. A Conferência da IAALD foi antecedida por vários eventos, denominados “Pre-Conference Events”, sobre diferentes matérias e iniciativas no que diz respeito à promoção da disseminação de conhecimento e informação agrária, nomeadamente: FARA Regional Agricultural Information and Learning System (RAILS) Meeting; e Coherence in Information for Agricultural Research for Development (CIARD) Africa Advocacy Consultation. último dia do evento tendo procedido ao lançamento oficial da plataforma e-Rails. De referir que, em cada uma das sessões do evento, o assunto que norteava o debate foi sendo subsidiado por apresentações ilustrando as experiências vividas em seus países ou regiões de origem. O tecnico de Comunicação e Marketing do IIAM, Sostino Mocumbe, apresentou o paper entitulado “Iniciativas para o Desenvolvimento da Gestão de Informação Agrária para Tomadores de Decisão — estudo de caso de Moçambique”. Boletim do IIAM mais compreensiva. Com o presente workshop o CIARD pretendeu sensibilizar os participantes oriundos de vários países africanos ( na sua maioria pontos focais e activos especialistas na área de comunicação e gestão de informação), sobre a necessidade de partilha de valores e princípios, recursos e tecnologias por forma a promover uma maior divulgação de informação e conhecimento relevante aos vários níveis de stakeholders que compõem o sistema agrário. RAILS O IIAM participou do workshop realizado pelo Fórum Africano para a Pesquisa Agrária (FARA), como um evento preparatório da 2ª Conferência da Associação Internacional dos Especialistas de Informação Agrária (IAALD) Africa Chapter, realizado de 12 a 17 de Julho de 2009, em Accra, Gana. O evento que estava previsto para ser oficialmente aberto pelo Doutor Monty Jones, Presidente em exercício do FARA, assim o foi pela Sra. Myra Wopereis-Pura, Directora do Programa do FARA denominado “Acesso de Conhecimento e Tecnologias”. Deste modo, a Sra. Myra procedeu à conceptualização do programa Regional Agricultural Information and Learning Systems (Rails), da criação e desenvolvimento da página web e-Rails e, da ideia de partilha de experiências dos sistemas nacionais de pesquisa agrária (NARS) que, na verdade, era o foco das pretensões do FARA ao organizar um side-event. Entretanto, o Doutor Jones, esteve no CIARD pretende trazer novas aboragens de comunicação e informação agrária. Apresentação do técnico do IIAM no encontro. CIARD O Projecto ICART, da Food, Agriculture and Natural Resources (FANR) Directorate da SADC juntamente com o Programa RAILS do FARA, e a FAO, co-organizaram, no âmbito da Conferencia da IAALD em Accra, no Gana, a Pré-Conferência Workshop para a apresentação do Coherence Information for Agricultural Research and Development (CIARD), a 14 de Julho de 2009. O objectivo do CIARD consiste em assistir as Instituições e organizações nacionais e internacionais a alinharem e complementarem os esforços em curso para o desenvolvimento de sistemas de disseminação e partilha de informação, comunicação e conhecimento agrários de uma forma O CIARD não deverá sobreporse às iniciativas regionais em curso de alinhamento da disponibilidade de informação agrária, levando a esforços adicionais dos profissionais de comunicação e informação. Assim sendo é importante que com os recursos disponíveis sejam fortalecidas todas as iniciativas e o ajuste «compreensivo» comece mesmo a esse nível. Os programas RAILS e ICART podem prover importantes plataformas de implementação da iniciativa do CIARD na região e os caminhos neste sentido deverão ser potenciados. O CIARD deve agregar valor a estas iniciativas e não parecer um outro sistema de informação. O CIARD deve ser visto como uma plataforma mais global na disponibilidade de informação nacional e regional. (Paula Pimentel/IIAM/DFDTT/DTT e Sostino Mocumbe/IIAM/DFDTT/ DDIC). 11 Boletim do IIAM ÚLTIMAS IIAM Esteve na VII Mostra Moçambicana de Ciência e Tecnologia A mostra procura responder a problemática dos jovens estudantes em Moçambique tais como: (i) a fraca orientação face às diferentes opções em Moçambique; (ii) falta de informação sobre vários cursos técnicos profissionais, superiores e tecnologias novas existentes no mercado; (iii) e a tímida intervenção da comunidade académica jovem nas questões politico-sociais do país. Vista parcial do stand do IIAM. Motivado pela ideia de promover e divulgar a ciência, tecnologia, inovação e conhecimento local, o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) liderou a organização e realização da VII mostra moçambicana de ciência e tecnologia de 17 à 22 de Setembro de 2009, no Pavilhão nº 2 nas instalações da Feira Internacional de Maputo (FACIM). O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) participou com exposição dos seus produtos e serviços. Um evento que teve o patrocínio das Telecomunicações de Moçambique (TDM), Asdi SAREC, Petromoc, TELEDATA, SASOL, Tiger Center e Águas de Moçambique, participaram no evento escolas, institutos, ONGs, Universidades, Ministérios, empresas privadas e públicas. O IIAM foi convidado a participar na exposição da VII Mostra de Ci- ência e Tecnologia sob a coordenação da Direcção de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias (DFDTT) e representado pela Direcção de Agronomia e Recursos Naturais (DARN), Direcção de Ciências Animais (DCA), Departamento de Documentação, Informação e Comunicação (DDIC) e Laboratório de Biotecnologia. Para além da exposição dos produtos e serviços dos diferentes organismos representados, o evento acolheu palestras e mesas redondas sobre diversos temas de ciência, tecnologia e inovação e também relacionadas com o ensino. Nesta mostra, o IIAM contribuiu expondo: posters, material bibliográfico (manuais, brochuras, revistas, panfletos), kit de análise de solos e amostras de diferentes tipos de solos, plantas in vitro, vacina para bovinos e newcastle, maquetes de boi e fardo, sementes do banco de germoplasma de (milho, trigo, arroz, feijão vulgar), produtos de plantas nativas para uso medicinal e alimentar, e ainda, frutos de plantas silvestres para uso alimentar. A VII mostra foi bastante concorrida, na medida em que, o Ministério da Educação (MINED) criou condições de trazer para o evento mais estudantes de várias escolas, incluindo os que se encontram ao redor da cidade. Os estudantes tiveram a oportunidade de usufruir os conhecimentos expostos e de perto ver as inovações e tecnologias existentes. (Sostino Mocumbe/IIAM/ DFDTT/DDIC). Director: Doutor Calisto Bias. Editor: Feliciano Mazuze (DFDTT). Coordenação de Produção: Américo Humulane. Revisão: Roseiro M. Moreira. Redacção: Sostino Mocumbe, Marta Francisco, Paula Pimentel, Isabel Lavo, Ricardina Mujongo e IRRI. Colaboração nesta Edição: Feliciano Mazuze, Américo Humulane, Marta Celeste, Roseiro Moreira e João Bias. Maquetização: Alberto Zandamela. Fotografia: Jonas Malapende e Sostino Mocumbe. Impressão: Reprografia do IIAM. Tiragem: 500 exemplares. Sede: Av. das FPLM, 2698. Internet: http//www.iiam.gov.mz. Email: [email protected]. Telefone: 21 460219. Fax: 21 460220. Propriedade: Instituto de Investigação Agrária de Moçambique. Distribuição Gratuíta: DISP.REG/GABINFO-DEC/2006. 12