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| COOPERATIVISMO SÁBADO, 4 DE JULHO DE 2015
Uma corrente
que traz novos
rumos sociais
Modelo cooperativista se baseia na ajuda mútua para promover o
fortalecimento do mercado e o desenvolvimento de pessoas
PAULA GAMA
cooperativismo é o modelo
econômico que mais cresce ao
redor do mundo. Ele está presente em mais de 100 países e
em diversos segmentos. Só no Espírito
Santo, o segmento emprega mais de 60
mil colaboradores diretos e indiretos.
Além disso, é sinônimo de expressividade na participação do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, como em
2012, quando atingiu os 3,8%.
O sistema cooperativista pode ser definido por um modelo capaz de unir
desenvolvimento econômico e bem-estar social, que visa às necessidades e à
prosperidade de um grupo de pessoas,
além de trazer benefícios para o mercado, como mais mão de obra qualificada e preços competitivos. As cooperativas funcionam de maneira democrática, na qual cada participante é sócio e possui direito a voto.
“Organizar-se em cooperativa dá ao
trabalhador individual a chance de prosperar junto com outros na mesma situação. Associado, esse grupo tem mais
chance de mostrar seu trabalho e captar
novos clientes com um custo de investimento dividido entre várias pessoas”,
afirma o analista técnico da Gerência de
Desenvolvimento Cooperativista da
OCB/ES, David Ribeiro.
Isso significa colocar na prática o que
propõe o cooperativismo, ou seja, trabalhar conjuntamente para ganhar
maior poder de escala e, consequentemente, mais espaço no mercado, resultando em geração de renda e mais
qualidade de vida para cooperados, colaboradores e familiares. Por isso, é fundamental ter como norte os princípios e
valores do movimento, evitando, assim, qualquer forma de distanciamento
do legítimo cooperativismo.
Diferente do que ocorre com as empresas mercantis, os produtos e serviços
de uma cooperativa são pensados sempre
com o propósito de atender aos anseios
do cooperado. Então, dependendo do ramo, o cooperado é beneficiado sob me-
O
“Organizar-se
em cooperativa
dá ao
trabalhador
individual a
chance de
prosperar
junto com
outros na
mesma
situação. Esse
grupo tem
mais chance
de mostrar seu
trabalho e
captar novos
clientes”
DAVID RIBEIRO, ANALISTA
TÉCNICO DE GERÊNCIA DE
DESENVOLVIMENTO
COOPERATIVISTA DA OCB/ES
dida em suas demandas. Além disso, uma
sociedade cooperativa não possui fins lucrativos, o foco está na prestação de serviços. Ou seja, as sobras são divididas
entre todos os associados de forma proporcional às suas operações. “Dessa maneira, o cooperado é incentivado a participar cada vez mais ativamente da as-
sociação. Além disso, parte das sobras é
encaminhada para um fortalecimento da
própria cooperativa”, explica Orly Campos, presidente da Credestiva.
FORMAÇÃO
As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos
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