Análise do lavado traqueobrônquico de ovelhas e cabras
Mariana Yumi Takahashi Kamoi
CNPQ
Ivan roque de Barros Filho, Alexander Welker Biondo, Thais Gislon da Silva, Peterson
Triches Dornbusch, Ivan Deconto
Introdução/Objetivos
Afecções respiratórias são causas importantes na
queda da produção e mortalidade em ovinos e caprinos.
A realização do lavado traqueobrônquico é uma opção
interessante, por fornecer um diagnóstico confiável
quanto a presença de patógenos no trato respiratório. O
presente estudo tem como objetivo avaliar a influência
da época do ano, nas afecções respiratórias de
ovelhas.Além disso, correlacionar os sinais clínicos e
fatores externos com o lavado traqueobrônquico
Método
Foram usados 17 ovelhas meio sangue da raça Texel,
com idade entre 1 e 3 anos. As cabras foram
excluídas do estudo pela dificuldade de encontrar
valores de referencia para o lavado. Os animais foram
submetidos a exame clínico e colheita de lavado
traqueobrônquico em nos meses de Julho de 2012,
Setembro de 2012 e Fevereiro de 2013, meses que
abrangem três estações do ano diferentes. Uma
sonda nasogástrica estéril foi passada.Introduziu-se
20 ml de solução fisiológica estéril aquecida , duas
vezes e retirou-sei mediatamente. Esse procedimento
foi feito até obter volume e turbidez satisfatório.
Principal Referência Bibliográfica
BERTAGNON, H.G.; ESPER, G.V.Z; EMANUELLI, M.P. et
al. Influência meteorológica no leucograma e na população
citológica do trato respiratório de bezerros. Pesquisa
Veterinária Brasileira. v. 31, n.3, p.244-246, 2011.
Resultados/Discussão
Na contagem total e células encontradas, houve uma variação
de 52.750 a 59.435 cel/mL nas três estações, sem diferença
estatística (p>0,05), semelhante à média encontrada em outros
estudos. Na contagem diferencial, os macrófagos foram os
mais encontrados variando de 79% a 90% nos meses de Julho
e Setembro com diferença estatística (p<0,05). Os neutrófilos
tiveram a maior média no mês de Julho estatisticamente
diferente (p<0,05) da menor média no mês de Setembro, e
foram médias mais baixas do que as encontradas por outros
autores. Os linfócitos não apresentaram significância estatística
em suas médias nos três meses. Percebe-se um aumento
significativo (p<0,05 ) na média de neutrófilos em Julho com
relação a Setembro, podendo ser causado pela diminuição do
número de macrófagos nesses animais resultante do estresse
causado pela baixa temperatura e alta umidade.
Observou –se que a baixa temperatura ambiental aliada à alta
umidade provocaram alterações na população de células do
lavado traqueobrônquico corroborando o achado por Bertagnon
et al. (2011).
Conclusões
Conclui-se que altas temperaturas com baixa umidade
podem ser capazes de interferir na celularidade pulmonar,
verificada por meio do lavado traqueobrônquico. A principal
alteração celular refere-se à quantidade de macrófagos, cuja
diminuição dos mesmos pode tornar os animais mais
susceptíveis a enfermidades respiratórias.
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