Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA
Faculdade Sete de Setembro – FASETE
Bacharelado em Administração
Mislania Barros dos Santos
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE:
Uma análise no município de Santa Brígida-BA
Paulo Afonso – BA
Dezembro / 2011
Mislania Barros dos Santos
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE:
Uma análise no município de Santa Brígida-BA
Trabalho de conclusão apresentado ao curso
de Bacharelado em Administração, da
Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como
requisito para avaliação conclusiva.
Orientadora: Profª. Msc. Renata Cristine de
Sá Pedrosa
Paulo Afonso – BA
Dezembro/ 2011
Mislania Barros dos Santos
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE:
Uma análise no município de Santa Brígida-BA
Trabalho de conclusão apresentado ao curso
de Bacharelado em Administração, da
Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como
requisito para avaliação conclusiva.
Orientadora: Profª. Msc. Renata Cristine de
Sá Pedrosa
Data de aprovação
/
/
BANCA EXAMINADORA
Paulo Afonso – BA
Dezembro / 2011
Dedico este trabalho aos meus pais Neta e
Ailton, meu irmão Mauricio, minha tia Macia e
ao meu namorado Jean. Vocês são
extremamente tudo pra mim, sem vocês eu
nada seria. Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS que nunca me abandou em momento alguém,
mesmo que o caminho seja longo e doloroso tenho plena convicção que estará
sempre mim apoiando.
Aos meus pais Neta e Ailton que foram e sempre será meu alicerce, pois cada
passo que dou sempre estão ali torcendo por mim. Obrigado por vocês serem pais
tão maravilhosos e compreensivos, sempre estão mim ajudando sem nenhuma
dificuldade, saibam hoje e sempre que meu amor por vocês é ETERNO. Amo vocês!
A meu irmão, minha tia Macia que são pessoas especiais em minha vida. Quando
precisarem contem sempre comigo, obrigado por me fazer uma pessoa feliz e por ter
ao mesmo tempo amigos de verdade.
Ao meu namorado que mesmo distante, viajando tanto pelo Brasil, nunca esqueceu
de mim. Mesmos nas horas de dor e angustia você sempre estar mim dando apoio,
abrigado por existir na minha vida. AMO-TE!
Ao meu avô que partiu deixando boas lembranças e MUITAS SAUDADES, obrigado
pai David pela pessoa que você foi e sempre será, que o senhor Jesus te acolha em
um lugar lindo porque é o que você merece.
A todos os meus amigos da faculdade “Jaqueline Aguiar, Igrasiela Dantas, Ligia
Magalhães e Rosivania” onde enfrentamos tantos obstáculos e superamos cada um
juntas. Adoro vocês!
A minha orientadora Renata Pedrosa que sempre mim auxiliou na confecção deste
trabalho e por estar sempre disponível para me orientar quando precisei Mesmo com
tantos desafios sempre estava ali persistindo pra tudo dar certo. Muito obrigada
RENATA!
A todos os profissionais das unidades de saúde que sempre estavam disponíveis
mesmo com todos os desafios diários. Obrigado por me ajudarem na conclusão da
minha monografia. Meus agradecimentos a todos!
Meu muito obrigado aos meus pais que me estimularam sempre a cada etapa.
Mostrando que desafios existem para serem vencidos e sejamos sempre o mesmo,
independente do amanhã e ao meu bebê que veio fechar o ano com esse presente
desde já seja bem vindo. AMO VOCÊS INCONDICIONALMENTE!
SANTOS, Mislania Barros dos. Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de
Saúde: Uma análise no município de Santa Brígida-BA. 2011, 104f. Monografia
(Bacharelado em Administração), Faculdade Sete de Setembro, FASETE, Paulo
Afonso-BA.
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade analisar a gestão dos resíduos sólidos de
serviços de saúde no município de Santa Brígida-Bahia. Para a realização da
pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos: levantamento bibliográfico,
pesquisa exploratório-descritiva e pesquisa de campo, além de tratar-se de um
estudo quali-quantitativo, tendo como intuito delinear o tratamento especifico para
manejo dos resíduos de serviços de saúde que são gerados nos PSF’s, clínicas e
casa de parto do município estudado. O procedimento de coleta de dados foi
realizado através de questionários aplicados aos gestores das instituições de saúde,
mediante os resultados, foi à diferenciação do gerenciamento dos resíduos diante de
todas as etapas, desde a segregação até a destinação final. Como o gerenciamento
é um processo de extrema importância na preservação do meio ambiente, este
requer destinação adequada para todos os resíduos de serviços de saúde, evitando
assim impactos negativos para os recursos naturais e o ser humano. Assim, foi
percebida a grande necessidade de incentivo às instituições de saúde no
entendimento do benefício do gerenciamento dos resíduos visando à conservação
do meio ambiente e efetividade na gestão das instituições.
Palavras chave: Gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde; Conservação
do meio ambiente; Analisar a gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde.
SANTOS, Mislania Barros dos. Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de
Saúde: Uma análise no município de Santa Brígida-BA. 2011, 104f. Monografia
(Bacharelado em Administração), Faculdade Sete de Setembro, FASETE, Paulo
Afonso-BA.
ABSTRACT
The present work has the objective to analyze the solid waste management of health
services in Santa Brígida Municipal District, Bahia. For carrying out the research it
was used the following instruments: bibliographic research, exploratory-descriptive
research and field research, besides to deal with a qualitative and quantitative study,
having the purpose to address the specific treatment for the handling of the health
service residues that are generated in the PSF's, clinics and birth clinics in the above
mentioned District. The data collect procedure was conducted through
questionnaires applied to the managers of the health institutions, by means of the
results; it was the differentiation of the residues management before all stages, from
the segregation to the final destination. Since the handling process is of an extreme
importance in preserving the environment, it requires adequate destination for the
whole residues of health services, therefore, avoiding negative impacts for the
natural resources and human beings. Thus, it was noticed the great need to
encourage the health institutions in the understanding of the benefit of residues
management aiming at the conservation of the environment and effectiveness in the
management of the institutions.
Keywords: Solid waste management of health services, Conservation of the
environment, Analyze the solid residues management of health services
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Símbolos de identificação para cada tipo de recipiente ........................... 60
Figura 2 - Aterro Sanitário ........................................................................................ 68
Figura 3 - Lixão......................................................................................................... 68
Figura 4 - Esquemática de um Lixão ........................................................................ 70
Figura 5 - Esquema de um aterro sanitário .............................................................. 74
Figura 6 - Esquema de geração de energia através do aterro sanitário ................... 75
Figura 7 - Esquema contendo Aterro Sanitário, Cooperativa, Reciclagem e
Incineração ............................................................................................. 82
Quadro 1 - Instituições pesquisadas ........................................................................ 50
Quadro 2 - Símbolos de identificação dos resíduos de serviços de saúde. ............. 77
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Os recipientes existentes para segregar os lixos gerados no
ambiente................................................................................................. 53
Gráfico 2 - Treinamentos específicos para os funcionários ...................................... 54
Gráfico 3 - equipamentos necessários para todos os funcionários .......................... 55
Gráfico 4 - sala especifica para acondicionar os resíduos ....................................... 56
Gráfico 5 - Resíduos acondicionados em sacos plásticos ...................................... 57
Gráfico 6 - Tratamento específico para os resíduos perfuro- cortantes ................... 58
Gráfico 7 - Recipientes com especificações para cada tipo de resíduos ................ 59
Gráfico 8 - Símbolos em recipientes e locais de armazenamento dos resíduos ...... 60
Gráfico 9 - Local específico para a higienização dos equipamentos de serviços
de saúde ................................................................................................ 61
Gráfico 10 - O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto ao meio
ambiente................................................................................................. 64
Gráfico 11 - Os resíduos hospitalares e os resíduos comuns .................................. 65
Gráfico 12 - tratamentos específicos para cada tipo de resíduos............................. 66
Gráfico 13 - Destinação final dos resíduos .............................................................. 69
Gráfico 14 - Aterro do lixo hospitalar ........................................................................ 71
Gráfico 15 - Informação sobre o destino final do lixo hospitalar ............................... 72
Gráfico 16 - Aterro sanitário controlado .................................................................... 73
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
PGRSSS- Programa de Gerenciamento de resíduos sólidos de Serviços de Saúde.
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária
PGRP- Programa de Gestão de Resíduos Perigosos
EPI- Equipamento de proteção individual
RSSS- Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
RSS- Resíduos de serviços de Saúde
RSSS- Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Problema de Pesquisa.................................................................................. 15
1.2 Objetivos ....................................................................................................... 17
1.2.1
Objetivo Geral ........................................................................................ 17
1.2.2
Específicos ............................................................................................. 17
1.3 Justificativa ................................................................................................... 18
2 Temática: Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde ...................... 21
2.1 Gestão............................................................................................................ 21
2.2 Gestão Hospitalar ......................................................................................... 22
2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos ..................................................................... 22
2.4 Gestão de Resíduos dos Serviços de Saúde ............................................. 24
2.5 Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) .................... 27
2.6 O Objetivo do Programa de Gerenciamento de Resíduos dos
Serviços de Saúde (PGRSSS) ...................................................................... 30
2.7 Fases do Manejo dos RSS ........................................................................... 31
2.7.1
Segregação ............................................................................................ 31
2.7.2
Acondicionamento dos RSS ................................................................... 32
2.7.3
Identificação ........................................................................................... 33
2.7.4
Coleta e Transporte Interno.................................................................... 34
2.7.5
Armazenamento Provisório dos RSS ..................................................... 35
2.7.6
Tratamento ............................................................................................. 36
2.7.7
Armazenamento Externo ........................................................................ 37
2.7.8
Coleta e Transporte Externo .................................................................. 38
2.7.9
Conservação e Desinfecção para os Equipamentos e Utensílios .......... 39
2.7.10 Destinação Final dos RSSS ................................................................... 39
2.8 Medidas de Segurança da Gestão de Resíduos Hospitalares .................. 40
2.9 Conclusões do Capítulo ............................................................................... 40
3 METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................................... 43
3.1 Objetivos da Pesquisa.................................................................................. 43
3.2 Tipos de Pesquisa ........................................................................................ 44
3.2.1
Pesquisa Bibliográfica ............................................................................ 44
3.2.2
Pesquisa de Campo ............................................................................... 45
3.2.3
Pesquisa quali-quantitativa..................................................................... 46
3.2.4
Pesquisa Exploratória ............................................................................ 47
3.2.5
Pesquisa Descritiva ................................................................................ 47
3.3 Instrumentos de Pesquisa ........................................................................... 48
3.3.1
Questionário ........................................................................................... 48
3.3.2
Questionário Aberto ............................................................................... 49
3.3.3
Universo ................................................................................................. 50
3.3.4
Análise e tabulação dos dados............................................................... 51
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 53
4.1 Segregação ................................................................................................... 53
4.1.1
Recipientes suficientes ........................................................................... 53
4.1.2
Treinamentos dos funcionários .............................................................. 54
4.1.3
Equipamentos necessários .................................................................... 55
4.2 Acondicionamento........................................................................................ 56
4.2.1
Sala de acondicionamento ..................................................................... 56
4.2.2
Acondicionamentos de resíduos em sacos plásticos ............................. 57
4.2.3
Tratamentos para resíduos perfuro- cortantes ....................................... 58
4.3 Identificação .................................................................................................. 59
4.3.1
Identificação especifica em recipientes .................................................. 59
4.3.2
Símbolos identificando recipientes e locais de armazenamento ............ 60
4.3.3
Higienização de equipamentos após sua utilização ............................... 61
4.4 Coleta e Transporte Externo ........................................................................ 62
4.4.1
Especificações em transportes externos ................................................ 62
4.4.2
O transporte externo realizado pela prefeitura ....................................... 63
4.5 Tratamento Final ........................................................................................... 64
4.5.1
Efetivação do tratamento final ................................................................ 64
4.5.2
Tratamentos dos resíduos hospitalares e comuns ................................. 65
4.5.3
Tratamento para cada tipo de resíduo ................................................... 66
4.6 Disposição Final ........................................................................................... 67
4.6.1
Local específico para descarte final ..................................................... 67
4.6.2
Destinação em Lixões ............................................................................ 69
4.6.3
Ambiente de descarte do lixo hospitalar ................................................. 70
4.6.4
Aterro dos resíduos hospitalares ............................................................ 71
4.6.5
Informações do lixo hospitalar ................................................................ 72
4.6.6
Aterro sanitário controlado ..................................................................... 73
4.7 Resultados do questionário aplicado aos gestores .................................. 75
4.7.1
Sobre Lixo hospitalar .............................................................................. 75
4.7.2
Etapas do manejo dos resíduos hospitalares ......................................... 76
4.7.3
Controle do manejo dos resíduos hospitalares ...................................... 77
4.7.4
Como deve ser tratado o lixo hospitalar ................................................. 78
4.7.5
Importância do tratamento dos resíduos hospitalares antes de serem
descartados ............................................................................................ 79
4.7.6
Quando é executada a coleta dos resíduos hospitalares ....................... 79
4.7.7
Transporte dos resíduos de serviços de saúde ...................................... 80
4.7.8
Local de descarte dos resíduos hospitalares do município .................... 80
4.7.9
No município há tratamentos específicos para os resíduos de serviços
de saúde ................................................................................................ 81
4.7.10 Alternativas de eliminação de resíduos hospitalares .............................. 82
4.8 Conclusões da Pesquisa.............................................................................. 83
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 86
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89
APÊNDICE ................................................................................................................ 95
Apêndice A ........................................................................................................... 95
Apêndice B ........................................................................................................... 97
ANEXOS ................................................................................................................. 100
INTRODUÇÃO
Introdução
14
1 INTRODUÇÃO
O gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos pelas ações humanas, sejam
industrial, residencial, comercial, público ou de serviços de saúde, é um dos maiores
desafios no que diz respeito a conscientização de como tratá-los adequadamente no
município em estudo. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB),
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2000), afirma que
são coletadas no Brasil aproximadamente 230 mil toneladas de lixo urbano por dia e,
desse lixo, 22,49% tem destinação sanitariamente incorreta em lixões, áreas
alagadas e locais não fixos; 37,03% são destinados a aterro controlado. Nas regiões
Norte e Nordeste, que concentram aproximadamente 37% da população brasileira,
cerca de 50% dos resíduos coletados são depositados diretamente em lixões,
causando impacto no meio ambiente (LIMA e DIAS 2011).
O descarte inadequado dos resíduos sólidos gera impacto negativo no ambiente,
podendo ocasionar a disseminação de doenças, visto que grande parte desses
resíduos são depositados em lixões sem qualquer tratamento, expostos diretamente
ao meio ambiente e ao ser humano.
O respeito às condições ambientais deve ser pensado e repensado de forma mais
ampla, não contemplando apenas um ecossistema local ou regional, mas a terra
como um todo. As agressões à natureza decorrente da aplicação indiscriminada de
tecnologia e diversas práticas, nem sempre trazem efeitos imediatos ao ambiente
onde a atividade se realiza (LIPPEL, 2003).
Deste modo, as pessoas devem se conscientizar em relação à responsabilidade
ecológica não só local, mais global, pois as agressões à natureza estão diretamente
ligada às atividades executadas pelos indivíduos.
Logo, os resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS) constituem um desafio com
interfaces, uma vez que, além das questões ambientais inerentes a qualquer
resíduo, os RSSS incorporam uma preocupação maior no que tange ao controle de
infecções nos ambientes prestadores de serviços nos aspectos da saúde
individual/ocupacional (LIPPEL, 2003).
Introdução
15
O gerenciamento dos resíduos sólidos permitirá melhor controle das condições
ambientais, seja social ou ecológica, a responsabilidade do tratamento adequado do
tema pode garantir melhor condições de qualidade de vida à população, assim, este
trabalho vem com o intuito de demonstrar como se dá a gestão de resíduos sólidos
dos serviços de saúde, ou seja, o lixo hospitalar no município de Santa Brígida,
visando contribuir com o processo descrito, proporcionando melhores condições à
população local.
1.1 Problema de Pesquisa
A Resolução CONAMA no 005/1993 define resíduos sólidos como: resíduos nos
estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição (ANVISA, 2006).
Logo, estes resíduos são gerados mediante atividades rotineiras, mas que devido o
produto ser de finalidade solida tem uma maior durabilidade para ser destruído
provocando assim imensos danos ao meio ambiente e o ser humano
Através dos novos padrões de consumo da sociedade industrial, a produção de
resíduos vem crescendo continuamente em ritmo superior à capacidade de
absorção da natureza. Nos últimos 10 anos, a população brasileira cresceu 16,8%,
enquanto que a geração de resíduos cresceu 48% (IBGE, 1989/2000 citada por
ANVISA, 2006).
Esse resultado pode ser observado através da produção e concepção de produtos,
portanto o ser humano está consumindo uma produção elevada, fato que a natureza
não tem a capacidade de destruir, logo que a produção de lixo cresceu mais que a
população brasileira, assim há um aumento gradativo de toxidade e choque no meio
ambiente.
A Gestão de Resíduos Perigosos (PGRP) prevê a classificação segundo a NBR
10.004/04, segregação, pré-tratamento, rotulagem, transporte e destinação ao aterro
industrial dos resíduos perigosos, assim, o PGRP visa minimizar o impacto
ambiental causado pelo descarte de resíduos perigosos, minimizando os riscos e
evitando o acúmulo de produtos perigosos (FURB 2009).
Introdução
16
No entanto, esses resíduos devem sofrer todas essas etapas, tendo como finalidade
minimizar os impactos ambientais, ou seja, esses resíduos ficam sobrepostos
liberando gases infectantes que causa perigo constante para o ser humano e os
recursos naturais.
Com relação aos resíduos de serviço de saúde (RRS) é de extrema importância
identificar os tipos de riscos que há nesses resíduos e o tratamento específico para
cada um deles. Das 149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais
gerados diariamente em todo o Brasil, há uma fração baixa de 2% composta por
RRS, através destes, somente 10 a 25% são necessários cuidados especiais. Nos
resíduos onde há riscos biológicos, deve-se analisar cadeia de transmissibilidade,
onde submerge características do agente agressor, tais como: a capacidade de
sobrevivência e resistência, da passagem do agente às condições de defesas
naturais do receptor (ANVISA, 2006).
Diante da disposição inadequada desses resíduos, surgem riscos a saúde humana e
ao meio ambiente, através de agentes físicos, químicos ou biológicos, que criam
condições ambientais perigosas. É a contradição do desenvolvimento sábio e
tecnológico que geram esses embates, aos quais se deparam os homens pósmoderno, diante dos graves problemas sanitários e ambientais gerados de suas
próprias inovações.
Os impactos são gerados através das ações e reações causadas na teia que
fomenta a sustentabilidade, onde tudo e todos são interligados e se inter-relacionam,
conforme (CAPRA, 1999 citado pela FUNDAÇÃO SOCIAL E HOSPITALAR DE
IÇARA 2005).
Contudo, o meio ambiente é um conjunto de elementos físico-químicos,
ecossistemas naturais e sociais em que se insere o Homem, individual e
socialmente, num processo de interação que atenda ao desenvolvimento das
atividades humanas, à preservação dos recursos naturais e das características
essenciais do entorno (COIMBRA citado por CUNHA 2005)
Partindo de uma reflexão nessa direção, é necessário entender o conjunto de
restrições culturais, físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se
insere a comunidade e o meio ambiente. A ausência da preservação causa
Introdução
17
condições ambientais perigosas, que acarreta imensos riscos a saúde humana e ao
meio ambiente.
Esses resíduos de serviços de saúde possuem uma alta amplitude de autores
infectantes provocando explosões de riscos que podem ocorrer antes e durante a
destinação. No entanto, este resultado de contaminação ocorre em imensas
prestadoras de saúde por não estarem providas de todos os equipamentos
necessários para evitar riscos e infecções, conseqüentemente o município também
não possui uma destinação final adequada deixando estes expostos na atmosfera,
criando assim, uma maior possibilidade de acidentes e contaminações.
Partindo desse pressuposto, surge a seguinte indagação: De que forma é realizado
o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa
Brígida-BA, apresentando a gestão desses resíduos ?
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de
Santa Brígida, apresentando o processo de gestão de resíduos sólidos deste tipo de
serviço.
1.2.2 Específicos
 Demonstrar o manejo dos resíduos de serviços de saúde que são gerados
nos PSF’s clínicas e casa de parto de Santa Brígida;
 Identificar o tratamento específico para cada categoria de resíduos sólidos;
 Apresentar o descarte dos resíduos de serviços de saúde no município de
Santa Brígida;
Introdução
18
1.3 Justificativa
No Brasil, há alguns anos atrás, os Resíduos de serviços de saúde eram movidos da
mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos, contudo, sua coleta,
transporte, tratamento e local de destinação final possuíam o mesmo fim. No
entanto, nos dias de hoje estes possuem tratamento e destinação diferente, de
acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária/ANVISA, n° 306, onde estão definidas as classificações dos RSS e qual o
devido gerenciamento a ser dado para cada grupo (INFOESCOLA 2010).
A coleta seletiva é exercida em pouco mais de 80 municípios brasileiros. A
população mundial cresceu 18% entre 1970 e 1990, porém, a produção de lixo
aumentou 25%. Cada pessoa produz em média de 800 gramas a um quilo de lixo
por dia, ou de quatro a seis litros (BARBOSA, 2007).
Estes resultados podem ser observados através do aumento considerável e
preocupante da produção desses resíduos, com isso, ocorre uma maior
descartabilidade provocando uma variedade de produtos com menor ou maior nível
de degradação, pois estes resíduos hospitalares possuem um maior nível de
toxidade.
A gestão dos resíduos em hospitais e centros de saúde cresceu em quantidade e
composição, no circuito interno, armazenamento, transporte, tratamento e destino
final dos resíduos, enquanto que para as unidades de saúde, como: centros de
hemodiálise, consultórios médicos, centros de enfermagem, laboratórios de análises
clínicas e postos médicos de empresas se procuraram apenas fazer uma estimativa
dos resíduos produzidos (BARBOSA, 2007).
É dessa forma que as quantidades de resíduos crescem, pois as unidades de saúde
estão procurando estimativas para calcular a produção de lixo gerados nos
estabelecimentos, estas devem analisar o que essa produção elevada pode vir a
ocasionar para o meio ambiente e o ser humano, logo a natureza responde o que
vem sofrendo ao longo do tempo.
A atual crise ambiental que se permeia através da escala, magnitude e incertezas,
que demonstra como as atividades humanas vêm produzindo drásticas mudanças
Introdução
19
ambientais, nos níveis locais e globais, resultando em muitos e sérios problemas de
saúde. Por sua própria natureza complexa, esses problemas requerem a busca de
enfoques alternativos que integrem os aspectos socioeconômicos com os biofísicos
na compreensão e busca de soluções dos mesmos (FREITAS, 2006).
Estes problemas ambientais foram causados através de um enorme crescimento das
atividades produzidas pelo ser humano, gerando uma drástica mudança ambiental,
que afeta tanto ao meio ambiente quanto o ser humano, onde estes necessitam de
vínculos com a natureza para sua sobrevivência.
A escolha do tema parte do princípio de avaliar como é realizado o descarte dos
resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa Brígida, para verificar
qual a importância da conservação e proteção do meio ambiente e seus recursos
naturais, através do gerenciamento dos resíduos executados pelo município e os
impactos causados pelas mudanças no meio ambiente e dos descartes de resíduos
sólidos inadequados, visto que, o tema ainda não é muito debatido nos dias atuais,
assim surge à oportunidade de poder debater mais sobre o assunto e
conseqüentemente motivar os alunos a aprofundarem-se cada vez mais sobre o
mesmo, tendo como finalidade a contribuição para futuras pesquisas de estudantes
da FASETE e demais estudantes interessados na área da saúde, além do acervo de
benefícios que será proporcionado ao município e conseqüentemente ao meio
ambiente.
REFERENCIAL TEÓRICO
Referencial Teórico
21
2 Temática: Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
A temática gestão de resíduos sólidos de serviços de saúde tem sido um constante
desafio, principalmente, em conseqüência das questões ambientais, pois sua
execução pode garantir a precaução da saúde ocupacional e da população, além de
minimizar os impactos ao meio ambiente.
2.1 Gestão
Gestão, ou gerenciamento, pode ser definido como um conjunto de habilidades,
técnicas e de relacionamento interpessoal necessárias para alcançar os objetivos
definidos pela empresa. (SCHOENACHER, FREITAS e COSTA 2011).
De acordo com Chiavenatto (citado por SILAS 2003):
A tecnologia, por exemplo, está funcionando como um verdadeiro
desestabilizador das instituições, face ao seu forte impacto inovador,
desequilibrando as estruturas vigentes, solucionando muitos
problemas e criando situações inteiramente novas, que, por sua vez,
trazem problemas novos e diferentes.
Esta relação de tecnologia e problemas são situações distintas, que complementam
de acordo com os produtos, serviços utilizada para se obter qualidade na gestão,
logo que estão desequilibrados, por meio da propagação, tecnologia e do
conhecimento que vem a gerando uma grande possibilidade dos produtos e serviços
oferecidos ficarem mais parecidos e saturados.
Segundo Matos (citado por VENDEMIATTI 2007), as instituições de saúde, no
ambiente de competitividade cada vez maior, assumem trajetórias empresariais,
necessitando, em tal contexto, de uma gestão profissional.
Alguns autores mais reservados, ainda relutam em assumir que o hospital faz parte
integrante das empresas nos moldes mais capitalistas; no entanto, estes novos
centros de trabalho são comprovações de uma quebra de paradigma e de
preocupação com uma nova forma de gestão (MATOS citado por VENDEMIATTI,
2007).
Referencial Teórico
22
Assim a gestão deve assumir moldes que venha beneficiar as empresas mediante
essa quebra de paradigma logo que estas relutam que as prestadoras de saúde
fazem parte integrante do capitalismo, ou seja, este trabalho é uma forma de
identificar que esses resíduos quando executado adequadamente não causam
nenhum preocupação para uma nova e futura gestão.
2.2 Gestão Hospitalar
A gestão hospitalar tem como focos de maior atenção os processos na mudança da
saúde. Instituições complexas conjugam uma forte diferenciação tecnológica com
preocupações socioambiental, ou seja, as unidades de saúde evidenciam as
dificuldades naturais quando confrontados com a permanente pressão para a
mudança e adaptação a novos processos e novas exigências. Logo uma gestão
eficaz traz melhor e mais adequado cuidados a saúde do ser humano e do meio
ambiente (REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA 2002).
Portanto todo acréscimo de eficiência e eficácia nos processos de gestão e
assistência hospitalar em relação à atenção, que fazem parte o respeito e as
medidas que visem a atender às crescentes exigências e necessidades da
população, objetivos esses que têm sido perseguidos com persistência.
2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos
De acordo com o manual da ANVISA (2006):
A Resolução CONAMA no 005/1993 define resíduos sólidos como:
resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de
serviços de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como
determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à
melhor tecnologia disponível.
Os resíduos sólidos são compostos por grande variedade de materiais passíveis de
recuperação, mediante a isto, gerar trabalho e renda, proporcionando tratamento a
Referencial Teórico
23
meio ambiente e benefícios para os mesmos, a gestão de resíduos sólidos é de
suma importância para o serviço de interesse público de caráter essencial.
O Projeto de Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a gestão integrada de
resíduos se refere à tomada de decisões voltada aos resíduos sólidos de forma a
ponderar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais,
considerando a ampla participação da sociedade, tendo como premissa o
desenvolvimento sustentável (ANVISA, 2006).
Observando que a lei rege decisões que venha a favorecer a sustentabilidade
ambiental e os seres humanos, logo se avalia todas as dimensões tendo como
alicerce a população e assim somar os fatores principais o meio ambiente e a saúde
pública.
O manejo de resíduos sólidos no país é preocupante, principalmente em relação ao
que diz respeito à questão da disposição final, uma vez que 63,6% dos municípios
brasileiros utilizam lixões como forma de disposição dos resíduos sólidos urbanos,
18,4% utiliza aterros controlados e 13,8% dispõem os resíduos em aterros sanitários
(PNSB/IBGE, citado por JUNIOR 2007).
Diante de tantas calamidades em relação à disposição final dos resíduos serem
descartados em qualquer lugar, devem-se tomar providências imediatas para
reverter essa situação, de forma a identificar quais as melhores soluções para os
manejos dos resíduos sólidos, principalmente à disposição direta em lixões sem
nenhum tratamento causando um maior impacto ambiental.
O saneamento ambiental no Brasil chegou a níveis intoleráveis. A falta de água
potável e de esgotamento sanitário é responsável, hoje, por 80% das doenças e
65% das internações hospitalares. Além disso, 90% dos esgotos domésticos e
industriais são despejados em qualquer lugar, sem qualquer tratamento nos
mananciais de água. Os lixões, muitos deles localizados às margens de rios e
lagoas, são outro foco de problemas. O debate sobre o tratamento e a disposição de
resíduos sólidos urbanos ainda á uma desatenção pelo Poder Público (Programa
Parque Vivo- PPV 2010).
Referencial Teórico
24
A população jamais teve tantos problemas com os descartes de lixo inadequado, o
lixo depositado a céu aberto, provoca a proliferação de vetores de doenças, onde a
principal característica é o desperdício, se a população produz cada vez mais
resíduos.
Assim, a gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe uma explanação que
tenha como referência o princípio dos 3 RS apresentado na Agenda 21: Redução do
uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras.
Reutilização direta dos produtos, e reciclagem de materiais, o princípio de que
causa menor impacto evitar a geração do lixo do que reciclar os materiais após seu
descarte. Reciclagem de materiais polui menos o ambiente e envolve menor uso de
recursos naturais, mas raramente questiona o atual padrão de produção (SOARES e
GRIMBERG, 2006).
A separação dos Resíduos Sólidos segue uma ação que evita a geração de
resíduos difundidos, causando menor impacto se comparada à reciclagem de
materiais após seu descarte. A reciclagem polui menos, uma vez que proporciona
um menor volume de resíduos a serem dispostos no solo.
2.4 Gestão de Resíduos dos Serviços de Saúde
Segundo BRASIL (2011, p.1):
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de
procedimentos de gestão e planejamento implementados a partir de
bases cientificas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de
minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos
gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à
proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambiente.
A gestão deve ampliar todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos
recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo
dos RSS, com o objetivo de minimizar o aumento desses resíduos, oferecendo uma
disposição final segura e um ambiente natural sem quaisquer riscos.
A classificação dos RSS vem ocorrendo num processo de evolução contínuo, na
medida em que são introduzidos novos tipos de resíduos nos estabelecimentos de
Referencial Teórico
25
saúde e como resultado do conhecimento do comportamento destes perante o meio
ambiente e a saúde, como forma de estabelecer uma gestão segura com base nos
princípios da avaliação e gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulação
(ANVISA, 2006).
A gestão dos resíduos hospitalares compõe um grupo de processo de
gerenciamento e planejado, implementado a partir de uma base legal, técnica e
científica, com a finalidade de proporcionar aos resíduos gerados um descarte
adequado de forma eficiente, visando à proteção humana, a preservação do meio
ambiente, dos recursos naturais e da saúde pública (ANVISA 2004).
Os resíduos sólidos devem passar por um processo de tratamento, através de um
planejamento, antes de ser descartados ao meio ambiente, visando à preservação
da comunidade e da natureza. Contudo, o PGRSS tem a obrigação de verificar
todas as fases que os RSS percorrerão, desde a fase de geração até a fase
transporte externa (destino final) em seus respectivos aterros sanitários, se esse for
sua disposição final (ANVISA, 2006).
ANVISA (RDC nº 33) conceituar a identificação como o conjunto de medidas onde
permite reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e embalagem,
identificando informações corretas para o manejo dos RSS. A identificação necessita
estar adjunta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e
externa, nos recipientes de transporte interno e externo e nos locais de
armazenamento, em local de fácil visualização, legível, utilizando-se símbolos
baseados na norma da ABNT, NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o
Transporte e Armazenamento de materiais, além de outras exigências relacionadas
à classificação e ao risco específico de cada grupo de resíduos. (SILVA e SOARES
2011).
Através da identificação destes resíduos, os trabalhadores poderão identificar
através de símbolos qual o manuseio adequado para cada um. Os Resíduos
Químicos e Rejeitos Radioativos, os quais a identificação é diferenciada e o símbolo
de risco associado. Para os demais resíduos do Grupo D deverá ser utilizada a cor
cinza nos recipientes e no caso de não proceder à reciclagem poderá ser utilizada a
cor preta.
Referencial Teórico
26
A Res. 283 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - de 12 de julho de
2001 define Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como aqueles provenientes de
qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana
ou animal, os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou
experimentação na área de farmacologia e saúde, medicamentos e imunoterápicos
vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços
de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias (CAMPANER e
SOUZA 2002).
Os RSS são considerados perigosos devido à sua impressão de toxicidade e
patogenicidade. Este é característica inerente aos RSS pela potencialidade de
apresentar, em sua composição, agentes infectantes como microorganismos ou
toxinas por estes produzidos, que possam afetar principalmente a saúde humana, e
o caráter de toxicidade é dado pela presença de uma ou mais substâncias químicas
agregadas ao resíduo (SCHNEIDER, citado por CASTRO, 2008).
Estes resíduos perigosos devem ser classificados segundo a NBR 10.004/04:
segregação, pré-tratamento, rotulagem, transporte e destinação ao aterro industrial
dos resíduos perigosos, visando minimizar o impacto ambiental, devido, o descarte
inadequado desses resíduos a céu aberto, aumentando a contaminação ao meio
ambiente e aos seres humanos.
Dentre os resíduos gerados nos serviços de saúde, os classificados como
infectantes são aqueles que apresentam riscos mais evidentes para a saúde
humana e ambiental. Tais resíduos podem apresentar tanto contaminação biológica
(microorganismos
patogênicos)
como
por
substâncias
químicas
(drogas
carcinogênicas, teratogênicas, e materiais radioativos). Contudo, a contaminação
química, quando comparada com a contaminação biológica, em relação ao volume
de resíduos gerados, apresenta uma quantidade pouco significativa (SCHNEIDER,
2001 citado por CASTRO, 2008).
Mesmo que a responsabilidade direta pelos RSS seja dos estabelecimentos de
serviços de saúde, por serem os geradores, pelo princípio da responsabilidade
compartilhada, ela se estende a outros atores: ao poder público e às empresas de
coleta, tratamento e disposição final. A Constituição Federal, em seu artigo 30,
Referencial Teórico
27
estabelece como competência dos municípios "organizar e prestar, diretamente ou
sob o regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local,
incluído o de transporte coletivo que tem caráter essencial (ANVISA, 2006).
Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde podem contratar outros
prestadores para realizar os serviços de limpeza, coleta de resíduos, tratamento,
disposição final e comercialização de materiais recicláveis. Por isso, é importante ter
à disposição mecanismos que permitam verificar se os procedimentos definidos e a
conduta dos atores estão em sincronia com as leis. As contratações devem exigir e
garantir que as empresas cumpram as legislações vigentes, regulamentação e
fiscalização (ANVISA, 2006).
Os serviços municipais de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos
urbanos através do gerenciamento corretos destes significa não só controlar e
diminuir os riscos, mas também alcançar a minimização, assim, controlar e reduzir
os riscos à saúde associados aos resíduos sólidos, porém é possível obter mais
contratos para realizar os serviços de limpeza e coleta adequada dos resíduos,
contudo as mesmas devem fiscalizar se estiver sendo cumprindo a legislação
mediante a contratação.
Uma destinação segura e eficiente dos RSS, visando à preservação da saúde
pública e do meio ambiente, assim, é necessário considerar todas as etapas desde a
geração até a destinação final, ou seja, o manejo possui diferentes tipos de resíduos
e alternativas a ser utilizadas para o tratamento de cada um resíduo, logo devendo
selecionar os equipamentos e dispositivos mais convenientes para tal propósito
Caberá ainda, ao responsável legal dos estabelecimentos, de forma a atender aos
requisitos ambientais e de saúde pública (CORRÊA 2011).
2.5 Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS)
Os Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) são resíduos produzidos por
serviços prestados através, da assistência médica em atenção à saúde humana e
veterinária necrotérios e serviços onde se realizam atividades de embalsamento,
serviços de medicina legal, instituições de ensino e pesquisa médica, unidades
móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem,
Referencial Teórico
28
dentre outros similares, os quais possuindo potencial de risco, em função da
presença de material biológico, objetos perfurantes e/ou cortantes potencial ou
efetivamente contaminados, produtos químicos perigosos, e também rejeitos
radioativos (COELHO citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001).
Estes tipos de resíduos quando utilizados para efetuar quaisquer atividades que
tenha a presença de material biológico ou radioativo, criam risco a saúde humana,
devido o potencial de infectantes que este libera antes, durante e após o seu uso,
podendo causar contaminação e acidentes.
Segundo a Pesquisa Nacional sobre Saneamento Básico, pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística- IBGE (citado por CORRÊA 2011):
Revela o dramático cenário brasileiro referente aos resíduos sólidos
de serviços de saúde. Dos 5.507 municípios brasileiros, 2.041 não
fazem coleta diferenciada dos resíduos de serviços de saúde; dos
3.466 municípios que coletam os resíduos sólidos de serviços de
saúde, 1.193 não fazem nenhum tipo de tratamento; 2.569
municípios fazem à disposição final dos resíduos de serviços de
saúde no mesmo aterro dos resíduos sólidos urbanos e apenas 539
municípios encaminham os resíduos sólidos de serviços de saúde
para locais de tratamento ou aterros especiais.
A maioria das instituições de saúde não possui processos para o tratamento dos
resíduos sólidos. Por outro lado, muitos dos nossos municípios brasileiros não
dispõem de coleta seletiva para os resíduos sólidos de serviços de saúde, o que
levam muitos desses estabelecimentos ao mesmo aterro dos resíduos sólidos
urbanos, ou até mesmo do enterramento em vala séptica ou ainda mais grave a
queima a céu aberto, onde leva a implicação da liberação de substâncias nociva ao
meio ambiente (COELHO citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001).
Deste modo as instituições devem possuir método para efetuar a coleta seletiva,
logo
que
uma
pequena
quantidade
dos
municípios
brasileiros
possui,
conseqüentemente com a disposição inadequada, esses resíduos vão para terrenos
baldios deixando expostos na superfície, onde o mesmo libera agentes infectantes
que prejudica a saúde humana e o meio ambiente.
No entanto, a maneira mais adequada para o Tratamento dos Resíduos Sólidos de
Serviços de saúde (RSSS), antes conceituado em lixo hospitalar, é o seu
Referencial Teórico
29
gerenciamento. O gerenciamento desses resíduos tem como finalidade minimizar a
sua produção e de proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro,
de forma eficiente, visando à proteção dos profissionais que trabalham no mesmo, a
preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente (COELHO,
citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001).
Estes resíduos necessitam passar por um tratamento adequado, antes de serem
destruídos tendo como finalidade minimizar os impactos que vem a causar nos
recursos naturais e no meio ambiente, ou seja, estes devem seguir em caminho
seguro para evitar acidentes com os colaboradores.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – resolução RDC
n°33 de 25 de fevereiro de 2003, D.O.U. de 05/03/2003, os resíduos sólidos de
serviços de saúde (RSSS) são classificados em cinco categorias de acordo com a
sua natureza. São classificados em (FILHO, 2011):
 Lixo do tipo A - resíduos com risco biológico
 Lixo do tipo B - resíduo com risco químico
 Lixo do tipo C - resíduos radioativos
 Lixo do tipo D - resíduos comuns
 Lixo do tipo E – resíduos perfuro-cortantes
O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos significa não só fiscalizar e diminuir
os riscos, mas também reduzir a geração. Um sistema correto de manejo dos
resíduos sólidos em um estabelecimento de saúde permite controlar e reduzir com
segurança e economia os riscos para a saúde e meio ambiente associados aos
resíduos (OLIVEIRA, 2002 citado por CASTRO 2008).
Os espaços de saúde, além de instituir diversos tipos de resíduos classificados
como comuns similares ao resíduo doméstico devem reduzir a geração dos
mesmos, e com isso ocasionar uma redução áspera de resíduos perigosos pela
presença de agentes biológicos, resíduos com características químicas e, inclusive,
rejeitos radioativos.
Referencial Teórico
30
Entre os diversos resíduos gerados pela sociedade estão os Resíduos de Serviço de
Saúde (RSS), que constituem um desafio com interfaces, uma vez que, além das
questões ambientais inerentes a qualquer tipo de resíduo, os RSS incorporam uma
preocupação maior no que tange ao controle de infecções nos ambientes
prestadores de serviços, aos aspectos da saúde individual/ocupacional e à saúde
pública (SCHNEIDER, 2001 citado por CASTRO, 2008).
Ao gerenciar os resíduos de serviço de saúde adequadamente, evitará riscos á
saúde humana e ao meio ambiente, com a finalidade de minimizar os impactos
ambientais, sua produção, proporcionando um destino final seguro, com o intuito de
viabilizar a proteção aos que trabalham no mesmo. Assim o RSS deve ser exercido
ao mesmo tempo com as normas designadas para a coleta, transporte e disposição
final dos resíduos.
2.6 O Objetivo do Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de
Saúde (PGRSSS)
O Programa de Gerenciamento dos RSSS obtém um conjunto de métodos de
gestão, onde são devidamente colocados em praticas de bases científicas e
técnicas, com o intuito de minimizar a produção de resíduos e apresentar aos
resíduos gerados, um destino seguro, de forma eficiente, viabilizando a proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio
ambiente. Assim, esse gerenciamento deve compreender o planejamento de
recursos físicos, recursos materiais e a capacitação de recursos humanos
envolvidos no manejo dos RSS (FILHO, 2011).
A concepção desses métodos é para diagnosticar corretamente o manejo desses
resíduos com a finalidade de reduzir ao máximo a produção e criar condições
adequadas para sua destinação final, assim evita acidentes e contaminação com os
colaboradores além de preservar o meio ambiente.
O intuito do gerenciamento é minimizar a geração de resíduos, evitando que seu
volume cresça gradativamente, estes resíduos devem ser descartados com
segurança através do manejo adequados realizado desde a sua geração ate a
disposição final.
Referencial Teórico
31
De acordo com o manual da (ANVISA 2006, P. 36),
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde é o
documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de
resíduos sólidos, que corresponde às etapas de: segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
disposição final. Deve considerar as características e riscos dos
resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os
princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas
administrativas e normativas para prevenir acidentes.
O manejo dos resíduos de serviços de saúde deve estar previamente documentado
para então seguir a execução, logo que esses resíduos passam por varias etapas
tendo por finalidade a prevenção de riscos à saúde humana e ao meio ambiente,
mediante suas respectivas técnicas.
2.7 Fases do Manejo dos RSS
O manejo dos RSS é um conjunto de ações destinadas ao gerenciamento de
resíduos, diante de seus aspectos internos e externos, desde a geração até a
disposição final, mediante as seguintes etapas (ANVISA, 2004).
2.7.1 Segregação
Segundo a CONAMA 2005 (citado por COSTA e FONSECA 2009, P.15):
É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da
geração, de acordo com suas características, para fins de redução
do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a
proteção da saúde e do meio ambiente.
A segregação tem como objetivo reduzir o volume de resíduos diferentes, ou seja,
incompatíveis, visando garantir a saúde do ser humano e do meio ambiente,
possibilitando a reutilização, reciclagem e a segurança durante o manuseio. A
mistura de resíduos incompatíveis pode causar: geração de calor; fogo ou explosão;
geração de fumos e gases tóxicos; geração de gases inflamáveis; solubilização de
substâncias tóxicas, dentre outros (MEDEIROS, 2002).
Referencial Teórico
32
Mediante essa incompatibilidade será adotado o método de segregação que irá
separar apenas os resíduos: Do tipo A - resíduos com risco biológico, tipo B resíduo com risco químico, tipo C - resíduos radioativos, tipo D - resíduos comuns e
tipo E - resíduos perfurocortantes, sem realizar a reciclagem, ou se irá realizar a
segregação específica para os resíduos do Grupo D: vidro, papel, papelão, plástico 1.
Assim, classificar que a mesma será desempenhada no momento da geração de
resíduos, contudo informar a necessidade de recursos materiais para efetuar a
separação dos resíduos (ANVISA, 2006).
Os resíduos devem ser separados de acordo com suas características, facilitando o
manuseio e evitando risco tanto a saúde humana quanto ambiental, este manuseio
deve ser executado mediante do EPI para pessoas devidamente capacitadas, onde
estes devem observar qual o tratamento adequado para cada tipo de resíduo.
2.7.2 Acondicionamento dos RSS
O acondicionamento dos resíduos consiste no ato de empacotar em embalagens
corretas, de acordo com as suas características e classificações, em sacos e/ou
recipientes, devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente á
ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem quaisquer
contatos manual, com cantos arredondados e ser resistentes ao tombo (ANVISA,
2006).
Retratar a importância dos procedimentos através: dos equipamentos de proteção
individual (EPI´s), equipamentos, fardamento, recipientes e relação de produtos
químicos empregados, e assim, mostrar quais são os riscos que estão associados à
falta de recursos materiais e de equipamentos de proteção individual: luvas
máscaras, para segregar os resíduos (MEDEIROS, 2002).
Assim, determinar os procedimentos corretos para o fechamento, vedação e
manuseio dos recipientes, de forma a evitar vazamentos e/ou ruptura dos mesmos e
portar símbolo de identificação compatível com o tipo de resíduo acondicionado
(MEDEIROS, 2002).
1
FILHO. Júlio de Mesquita UNESP- Universidade Estadual Paulista em São Jose dos campos - SP
2011.
Referencial Teórico
33
O acondicionamento deve ser feito mediante coletadores devidamente capacitados
providos dos EPI, com o objetivo de evitar contaminação nos seres humanos, porém
estes devem ser de origem lavável e resistente, para no ato da vedação evitar
vazamentos, assim estes recipientes devem estar identificados com símbolos de
acordo com cada tipo de resíduo.
2.7.3 Identificação
A identificação é um conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos
resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto
manejo dos RSS ANVISA (citado por SILVA e SOARES 2011).
A identificação dos resíduos serve para afirmar a segregação efetuada nos locais de
geração e deve estar contida nas embalagens, "contaneires", nos locais de
armazenamento, e nos veículos de coleta interna e externa. Atribuindo símbolos,
cores e frases baseadas na norma da ABNT NBR 7500 a 7504e na resolução
CONAMA nº 275/01, com o intuito de sempre orientar quanto á riscos de exposição
(MEDEIROS 2002).
Contudo os sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte deverão ser
identificados, com símbolos e cores, desde que seja garantida a eliminação de
contaminações e acidentes, dando segurança nos processos de manuseio dos
sacos e recipientes.
Segundo na norma NBR 7.500 da ABNT, Citado por (PINHEIRO 2010, P. 1):
O Grupo A é identificado através de símbolo de substância
infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo
branco, desenho e contornos pretos
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de
acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de
substância química e frases de risco.
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença
de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo
amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO
RADIOATIVO.
Referencial Teórico
34
O Grupo E são identificado pelo símbolo de substância infectante
constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo.
Os recipientes devem estar identificados através de um símbolo, cores e frases que
perceba o tipo de resíduo contido no acondicionamento, os recipientes e sacos
devem ser identificados por adesivos, desde que seja resistente ao manuseio, onde
é de suma importância o reconhecimento desses resíduos diante dos adesivos
acondicionados fora do saco, que identificará que tipo de resíduo está contido no
recipiente ou saco.
2.7.4 Coleta e Transporte Interno
A coletagem e o transporte devem ser feitos por funcionários capacitados em
horários, sempre que possível, que não coincida com a distribuição de roupas,
alimentos e medicamentos, período onde acontece um maior fluxo de pessoas ou de
atividades. A coleta deve ser efetuada separadamente, de acordo com cada grupo
de resíduos e em recipientes específicos (ANVISA, 2006) são elas:
1. Os recipientes ou embalagens para transporte interno devem compor de
material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio
corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o
símbolo.
2. Os recipientes devem ser providos de rodas revestidas de material que
reduza o ruído.
3. Os recipientes com mais de 400 l de capacidade devem possuir válvula de
dreno no fundo.
4. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga
permitidos para o transporte pelos trabalhadores.
5. A logística interna deve ser planejada de acordo com o tipo de RSS, volume
gerado.
Referencial Teórico
35
6. Identificar o número de funcionários disponíveis e o número de carros de
coletas.
7. Identificar quantos carros de coleta interna serão necessários para cada
grupo de RSS, cada um diferenciando do outro.
8. Determinar a capacidade que cada carro pode transportar de acordo com o
volume de resíduos gerados.
9. Informar a necessidade de equipamentos de proteção individual: Luva,
máscaras e bota para a realização da coleta interna dos resíduos.
10. Após as coletas, os funcionários deverão lavar as mãos ainda enluvadas,
retirar as luvas e colocá-las em local próprio, ainda é de suma importância
que os funcionários também devem lavar as mãos antes de colocar as luvas e
depois de retirá-las.
11. A coleta interna consiste a transferência de resíduos do local onde foi gerado,
até o local de armazenamento provisório ou coleta externa.
2.7.5 Armazenamento Provisório dos RSS
O armazenamento provisório tem como finalidade guardar temporariamente os
recipientes contendo os resíduos acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e aperfeiçoar os pontos
geradores e o ponto de destinação á coleta externa. Descrever quais as regras que
devem ser consideradas para efetuar o armazenamento temporário dos RSSS
(ANVISA, 2006).
Segundo a ANVISA o armazenamento provisório indica algumas regras que devem
ser cumpridas e respeitas. São elas:
1. O armazenamento não poderá ser feito temporariamente com disposição
direta dos sacos sobre o piso ou sobre piso, sendo obrigatória a conservação
dos sacos em recipientes de acondicionamento.
Referencial Teórico
36
2. Quando a sala for um local exclusivo para armazenamento, deve ser
identificado como “SALA DE RESÍDUOS.”
3. A quantidade de salas de resíduos será definida em função do porte,
quantidade de resíduos.
4. A sala para armazenamento provisório dependendo do volume de geração
poderá ser utilizada a sala de utilidades. Assim, a sala deverá expandir, no
mínimo, mais dois metros quadrados para o armazenamento de dois
recipientes coletores para posterior traslado até a área de armazenamento
externo.
5. A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter
pisos e paredes lisas e laváveis.
6. Além disso, o piso deve ser resistente ao tráfego dos recipientes coletores.
7. Possuir iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois
recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de armazenamento
externo.
8. No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de
resíduos de dentro dos recipientes coletores ali estacionados.
9. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados em período
superior a 24 horas de seu armazenamento deverão ser conservados sob
refrigeração e, quando não for possível, ser submetidos a outro método de
conservação.
10. O local para o armazenamento temporário dos resíduos químicos deverá ser
de alvenaria, fechado, dotado de aberturas teladas para ventilação, com
dispositivo que impeça a luz solar direta, pisos e paredes em materiais
laváveis com sistema de retenção de líquidos.
2.7.6 Tratamento
De acordo com (ANVISA 2004, p. 1):
Referencial Teórico
37
Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde
devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a
Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e
de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente.
O tratamento prévio consiste na descontaminação dos resíduos na desinfecção ou
esterilização dos mesmos, por meios físicos ou químicos, para converter em
condições de segurança os resíduos infectantes comuns ou minimizar a
neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente (ANVISA,
2006).
Assim, o tratamento provisório deve ser realizado de acordo com cada tipo de
resíduos, onde só poderá realizar esses manuseios pessoas devidamente
capacitadas com o uso de EPI. Cada Grupo de Resíduos de Serviços de Saúde
devem receber tratamento diferente, observando-se que tipo de lixo é gerado no
estabelecimento de serviço. Cabe aos Profissionais de saúde conhecer as fontes
geradoras dos resíduos e dispor rotinas para classificar, manusear, segregar
adequadamente os RSS e conhecer o sistema de identificação quanto aos símbolos,
cores e tipos de recipientes (RDC nº 33 de 25.02.2003).
Este tratamento consiste na descontaminação de resíduos, com a finalidade de
minimizar os riscos a saúde humana, animal e ambiental, onde só poderá realizar
pessoas capacitadas e com o uso do EPI para protege-se de possíveis riscos de
contaminação ainda armazenado, este tratamento é realizado através da
identificação de cada resíduo, caso não ocorra à identificação, pode acontecer
inúmeros riscos de contaminação, assim os profissionais devem conhecer a fonte
geradoras dos resíduos e posteriormente identificá-los através de símbolos, cores ou
frases antes do tratamento.
2.7.7 Armazenamento Externo
O armazenamento externo consiste no acondicionamento dos recipientes provisório
de RSS em ambiente próprio, em abrigo, em recipientes coletadores adequados, e
com acesso fácil para os veículos coletadores. O armazenamento provisório tem
como finalidade liberar a unidade geradora da presença dos RSS e possibilitar o
Referencial Teórico
38
armazenamento provisório de resíduos infectantes e químicos em condições de
segurança para funcionários e para o meio ambiente (ANVISA, 2006).
Segundo a ANVISA, o local deste armazenamento externo de RSS deve apresentar
as seguintes Características:
1. Acessibilidade: O ambiente deve estar localizado e construído de forma a
permitir acesso facilitado para os recipientes de transporte e para os veículos
coletadores.
2. Exclusividade:
O
ambiente
deverá
ser
utilizado
apenas
para
o
armazenamento de resíduos;
3. Segurança: O ambiente deve estruturar adequadamente esse espaço físico,
4. Higiene e saneamento: Informar qual o local para higienização dos carrinhos
e contendedores; o ambiente deve contar com boa iluminação e ventilação e
ter pisos e paredes revestidos com materiais resistentes aos processos de
higienização.
Com relação ao armazenamento externo deve ser feito uma estrutura física
exclusiva, onde apenas pessoas habilitadas poderão ter acesso ao local, através do
uso do EPI. A área deverá possuir cobertura para assim evitar chuvas, ventos e sol
entre outros e que possa evitar que pessoas sem habilidade entre no espaço, onde
há riscos de contaminação (FILHO, 2011).
As disposições desses resíduos na coleta externa devem estar bem acondicionadas,
identificados e protegidos de pessoas sem a devida capacitação de manusear estes
tipos de resíduos, animais e chuvas, caso as unidades de saúde não tenha um local
reservado é importante que se construa um local reservado para estes tipos de
resíduos, por eles causarem riscos de contaminação à saúde.
2.7.8 Coleta e Transporte Externo
A coletagem e a logística externa são atos de remoções de RSS do local de
armazenamento externo, até o local de tratamento ou destinação final, propondo
Referencial Teórico
39
técnicas para que venha garantir a preservação da integridade física do
transportador da população e do meio ambiente.
Os resíduos armazenados devem ser coletados periodicamente ou pelo menos três
vezes por semana, visto que a melhor forma seria a coleta diariamente, porém um
armazenamento prolongado destes resíduos, ainda que estejam separados,
aumenta o risco de contaminação, o mau odor e a propagação de infecções, o que
acarreta em contaminação (FILHO, 2011).
2.7.9 Conservação e Desinfecção para os Equipamentos e Utensílios
Após o término de cada expediente é de suma importância fazer a higienização
“lavagem” dos trajes utilizados para efetuar o manejo EPI, dos carros de transição
dos RSS, recipientes e embalagens utilizadas durante o processo de recolhimento
de resíduos e seu transporte (FILHO, 2011).
2.7.10 Destinação Final dos RSSS
De acordo com a ANVISA (2006 P.27):
A disposição final de resíduos sólidos em lixões, em cerca de 60%
dos municípios. Em segundo lugar vem o aterro controlado (16,8%)
e, por último, os aterros sanitários que equivalem a 12,6%. A maior
incidência de lixões está em municípios de pequeno porte. Com
relação à destinação, somente 3,9% dos municípios contam com
usinas de compostagem e 2,8% com usinas de reciclagem.
As disposições desses resíduos lançados inadequadamente acarretam problemas à
saúde pública, como proliferação de vetores de doenças “moscas, mosquitos,
baratas, ratos etc.” Assim gerando maus odores e, principalmente, a poluição do
solo e das águas através do chorume (líquido de cor preto, mal cheiroso e de
elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica
contida no lixo), comprometendo o meio ambiente (BRASIL, 2011).
Destinação final é a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente
preparado para recebê-lo, de acordo com os critérios técnico-construtivos e
Referencial Teórico
40
operacionais adequados, em consonância com as exigências dos órgãos ambientais
competentes. CONAMA 358 2005(citado por COSTA e FONSECA 2009).
Os resíduos lançados diretamente aos chamados “lixões” sem qualquer tratamento,
tende a prejudicar o solo, meio ambiente e o ser humano. Assim, os materiais que
são coletados nos hospitais deverão passar por tratamento enquanto armazenado
provisoriamente, minimizando a contaminação antes de ser descartada ao solo, sua
exposição deve ser efetuada de acordo com cada tipo de resíduo.
2.8 Medidas de Segurança da Gestão de Resíduos Hospitalares
Uma instituição de saúde que gera esses resíduos fica responsável pelo
treinamento, capacitação e fiscalização do pessoal envolvido com a coleta interna
dos mesmos durante todo o procedimento. Contudo, fica responsável em promover
o equipamento de proteção individual (EPI) para cada funcionário que estiver
exercendo sua função no processo de manejo dos resíduos (FILHO, 2011).
Os RSS obtêm composições variadas nos materiais biológicos, físicos, químicos e
de acordo com a origem de sua geração, no caso dos resíduos hospitalares,
destaca-se os resíduos biológicos contaminados, objetos perfurocortantes, peças
anatômicas, produtos químicos, tóxicos e materiais perigosos, o manejo adequado
para cada tipo de resíduos de serviços de saúde é importante para manter a
preservação ambiental e da saúde destes que estão diretamente ligados as
unidades de geração desses resíduos (LIMA e DIAS, 2011).
Esses resíduos hospitalares possuem uma gama de materiais diferentes, estes
lançados inadequadamente ao solo, prejudicam ambas as partes, é importante que
esses resíduos sejam lançados no solo com o seu devido tratamento, pois o objetivo
é manter a preservação ambiental e de pessoas diretamente ou indiretamente
ligadas a esses resíduos expostos.
2.9 Conclusões do Capítulo
Este capítulo explana sucintamente sobre os resíduos de serviços de saúde, onde o
intuito do gerenciamento é minimizar a geração destes, impedindo que seu volume
Referencial Teórico
41
cresça gradativamente, no entanto estes devem ser descartados com segurança
para eliminar acidentes e infecções.
Logo, o manejo desses resíduos deve passar por todas as etapas, sendo que este
elimina risco de contaminação, pois passam por um processo que ajuda a reduzir os
riscos de contaminação antes de serem descartados, logo que a segregação tem
como objetivo reduzir o volume de resíduos diferentes, em seguida passa pelo
tratamento e são acondicionados com suas devidas identificações e assim
armazenados temporariamente. Desse modo os riscos durante e após o manejo tem
uma intensidade menor devido à utilização destas etapas.
Essa gestão de resíduos sólidos de serviços de saúde tem sido um constante
desafio, principalmente, nas questões ambientais, pois sua execução pode garantir a
precaução e preocupação da saúde ocupacional e da população, assim este
capítulo visa esclarecer como é importante a coleta seletiva, o tratamento desses
resíduos antes de serem descartados, além de minimizar os impactos ambientais.
METODOLOGIA DE PESQUISA
Metodologia de Pesquisa
43
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
Através da metodologia é possível explanar, de forma mais detalhada, o método de
construção e desenvolvimento do trabalho, tendo como principal objetivo oferecer
embasamento cientifico.
“A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das
pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um
olhar curioso, indagador e criativo” (SILVA e MENEZES 2005 p.9).
A preparação de uma concepção e o desenvolvimento da própria pesquisa
necessita, para que seus resultados sejam satisfatórios, estarem baseadas em
planejamento cuidadoso, reflexões conceituais concretas e com uma gama de
conhecimentos já existentes.
A pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que
permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento” (LAKATOS e MARCONI 2001, p.155).
A pesquisa é uma tarefa não inteiramente controlável ou previsível, ou seja, é um
procedimento reflexivo e crítico buscando respostas para problemas ainda não
solucionados. Adotar uma metodologia denota escolher um caminho, uma trajetória
completa. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa, assim,
precisa-se, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e reflexão
(SILVA e MENEZES, 2005).
Portanto, este é um fator preponderante para se atingir o auge da indagação, que
torna importante selecionar quais procedimentos a serem utilizados durante a
pesquisa, ou seja, de que forma o pesquisador deseja a obtenção dos dados e de
que forma este anseia o caminho.
3.1 Objetivos da Pesquisa
O objetivo da pesquisa é mostrar transparência em suas análises. Qualquer
pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como
metas fundamentais a absorção de novos conhecimentos aos já pré-existentes,
Metodologia de Pesquisa
44
onde estas foram nativas de atividades orientadas e planejados pela busca de novos
conhecimentos através da pesquisa de campo, quali-quantitativa, exploratória e
descritiva.
Para o início de qualquer tipo de investigação científica é fundamental um “conjunto
de procedimentos intelectuais e técnicos” (Gil, citado por Silva e Menezes, 2005)
para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos.
De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.83):
O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que,
com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo,
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.
O método pode ser a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa, a partir
da definição dos objetivos, ou seja, de que forma vão-se obter os dados. Através de
etapas sistematicamente dispostas, a serem vencidas na investigação. Conforme as
análises bibliográficas caminham para alcançar determinado fim.
3.2 Tipos de Pesquisa
Foi de suma importância a utilização de ferramentas para a execução deste
trabalho, mediante vários tipos de pesquisas trabalhadas, contudo expor de forma
sucinta e transparente o que se deseja transmitir. Contudo, este trabalho utilizou-se
de pesquisas: Bibliográfica, campo, quali-quantitativa, exploratória e descritiva.
3.2.1 Pesquisa Bibliográfica
A pesquisa bibliográfica buscou explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas em documentos. Em ambos os casos, investigou e analisou as
contribuições científicas do passado existentes sobre um determinado problema.
Determinado esboço científico requer uma prévia pesquisa bibliográfica, consiste em
sua necessária fundamentação teórica, ou mesmo para explicar seus limites, para
Metodologia de Pesquisa
45
os próprios resultados. Cervo e Bervian (citado por PONTE 1999 a 2006) afirmam
que:
A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como
trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na
área das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui
geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica.
Esta análise é um elemento de formação por excelência e constituiu o procedimento
básico para os estudos científicos, onde reside a ação de permitir ao investigador a
cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia
pesquisar diretamente, pelos quais se buscou o domínio do assunto sobre
determinado tema.
3.2.2 Pesquisa de Campo
De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.186):
Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o
qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queria
comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações
entre eles.
Foi uma pesquisa em que se analisou e coletou os dados diretamente no local onde
se deu o fato em estudo, caracterizou-se pelo contato direto com o mesmo, sem
intervenção do pesquisador, pois os dados foram observados e coletados
espontaneamente.
Munhoz, 1989, p 84(citado por SALOMÃO 2011):
Todo o estudo que é feito de maneira direta, ou seja, juntos ás
próprias fontes informativas, sem o uso de dados secundários
extraídos de publicações (...). A pesquisa de campo tem por objetivo
a coleta de elementos não disponíveis, que ordenados
sistematicamente (...) possibilitem o conhecimento de uma
determinada situação, hipóteses ou norma de procedimentos.
Assim, a observação foi realizada no local onde ocorrem os fenômenos, com o
objetivo de obter informações sobre um problema, ou confirmar uma hipótese, não
permite isolar e controlar as variáveis, mas perceber e estudar as inclusões
Metodologia de Pesquisa
46
estabelecidas, assim foi possível a realização desta pesquisa “bibliográfica”, onde
conveio de base para o estudo do problema.
3.2.3 Pesquisa quali-quantitativa
Foi uma investigação de análise, onde o fundamental partiu de uma experiência e o
delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, este estudo
teve a capacidade de utilização de métodos que se aproximaram dos projetos
experimentais, caracterizados pela precisão e controle dos dados.
De acordo com Godoy, 1995, p.58 citado por (FABIANE 2007, p.1).
A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos
estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos
dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas,
lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador
com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos
segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da
situação em estudo.
Esta pesquisa apresentou uma dimensão da realidade, pois, o âmbito dela partiu de
dados descritivos diante de lugares, pessoas entre outros, e assim trouxe uma visão
de fenômenos com eficácia ànível dos relatos da realidade, ou seja, da situação
estudada sobre: PSF’s e clínica passa a existir assim instrumentos estatísticos
levando em conta toda a sua complexidade e particularidade.
De acordo com (FERREIRA 2008, p.33):
Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir
em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.
Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem,
média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão, etc.).
Deste modo, a finalidade da investigação através de uma pesquisa qualiquantitativa, pois além de contextualizar a experiência vivenciada, ela forneceu
dados para a verificação de hipóteses, todos eles utilizam artifícios, tendo por
objetivo a coleta sistemática de dados sobre a população, que foi utilizado por várias
técnicas como entrevistas, questionários com perguntas fechadas, com o intuito de
suavizar erros e respostas diferentes. Este foi aplicado aos gestores dos PSF’s,
Metodologia de Pesquisa
47
clínicas, centro de saúde e casa de parto em Santa Brígida-BA, e assim tabular os
resultados.
3.2.4 Pesquisa Exploratória
A pesquisa exploratória tem por objeto o aprimoramento dos dados da pesquisa e o
desenvolvimento das hipóteses, mediante a esse ponto de vista foi realizado alguns
ajustes através do pesquisador e, assim, aumentar o grau de objetividade da própria
pesquisa, tornando mais concreta com a realidade.
De acordo com (Gil, 1999, p.43 citado por FABIANE 2007, p. 1):
Pesquisa Exploratória é de natureza exploratória quando envolver
levantamento bibliográfico entrevista com pessoas que tiveram (ou
tem) experiências práticas com o problema pesquisado e análise de
exemplos que estimulem a compreensão (...) esclarecer e modificar
conceitos e idéias para a formulação de abordagens posteriores.
Assim, este tipo de estudo ajudou o pesquisador a ter maior conhecimento sobre o
assunto em estudo, auxiliando-o na capacidade de formular problemas mais
sucintos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos futuros.
Através da promoção e da elaboração de um questionário e da formulação de
hipóteses, mais precisa sobre os problemas de pesquisa esperamos que contribua
para que as pessoas compreendam, discutam e esclareçam dúvidas e curiosidades
sobre o assunto em análise.
Inicialmente foi realizado um estudo bibliográfico, a fim de obter dados específicos
sobre o assunto, para maior aprofundamento do mesmo, foi realizada uma pesquisa
exploratória, onde tinha como finalidade o desenvolvimento de hipóteses, aproximar
e familiarizar o pesquisador com o ambiente.
3.2.5 Pesquisa Descritiva
O esboço descritivo identifica, dispõe e classifica as características dos fatos,
através desta eficaz, surgem novos estudos descritivos que procuram explicar os
Metodologia de Pesquisa
48
fenômenos, ou seja, analisar as variáveis que influenciam ou causam o surgimento
dos fenômenos. Gil 1999, p.44 afirma que:
Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da
existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a
natureza dessa relação (...) uma pesquisa descritiva que se aproxima
da explicativa. Mas há pesquisas que, embora definidas como
descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo mais para
proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das
pesquisas exploratórias.
Esta mostra as características de determinada população ou de determinado
fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve,
embora
sirvam
de
base
para
tal
explicação.
As
pesquisas
descritivas
compreenderam grande número de métodos de coleta de dados, os quais
compreendem: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, questionários pelo
correio, questionários pessoais e observação.
A pesquisa distinguiu como uma analogia através da pesquisa exploratória e
descritiva, diante do ponto de vista dos objetivos. Assim foram aplicados
questionários para os PSF’s, clínica, centros de saúde e casa de parto, depois de
pesquisadas, foram utilizados perguntas fechadas, este questionários foi extraído de
uma monografia de Geisa Bruna Santos de Sá, que conveio de base para o
desenvolvimento deste.
3.3 Instrumentos de Pesquisa
O instrumento de pesquisa utilizado para os gestores foi questionário com perguntas
fechadas de múltipla escolha e abertas, e assim apresentar de forma transparente
os resultados obtidos.
3.3.1 Questionário
Foi aplicado um questionário aos gestores dos respectivos estabelecimentos com o
intuito de adquirir informações para o referente estudo. “É um instrumento de coleta
de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser
respondida por escrito e sem a presença do entrevistado” (LAKATOS e MARCONI
Metodologia de Pesquisa
49
2001, p. 201). Ou seja, o pesquisador emite o questionário aos gestores, a fim de
coletar dados e analisá-los, contudo realizar a tabulação mediante os dados obtidos,
com a intenção de observar qual a percepção de todos os lados envolvidos com
relação ao manejo dos resíduos sólidos de saúde.
O questionário foi elaborado com perguntas fechadas, de acordo com Lakatos e
Marconi (2001, p. 204) “chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao
informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões” a fim
de analisar o conhecimento técnico e o conhecimento profissional, possibilitando
investigação mais profunda e precisa, são aquelas que apresentam opções de
resposta, não existindo a necessidade de escrever ou expressar opinião.
Esse questionário propôs vinte pergunta de múltipla escolha, sendo que o mesmo foi
aplicado aos gestores de cada unidade prestadora de serviços de saúde, tendo
como finalidade analisar o descarte dos resíduos de serviços de saúde no município
de Santa Brígida e assim convir de base para estudos futuros sobre o tema proposto
para futuras monografias da FASETE.
3.3.2 Questionário Aberto
O questionário foi um amplo instrumento de pesquisa, que teve como âmbito vários
espaços, proporcionando assim uma maior flexibilidade e possibilidades de repetir e
esclarecer as questões, e assim apresentar mais informações para avaliar atitudes e
condutas dos gestores.
O questionário contendo perguntas abertas proporciona respostas de maior
profundidade, ou seja, dá ao sujeito uma maior liberdade de expressão. No entanto,
a interpretação e o resumo deste tipo de questionário são mais difíceis, dado que se
pode obter um variado tipo de respostas, dependendo da pessoa que responde ao
questionário (SILVEIRA 2000).
Logo, o método utilizado na investigação igualitário para a coleta de dados propôs
com um questionário aberto para aos gestores, o secretario de saúde e o de Infraestrutura no município de Santa Brígida-BA, através deste, apresentar dados
coletados com o objetivo de debater e buscar soluções através do campo do caráter.
Metodologia de Pesquisa
50
3.3.3 Universo
O universo da pesquisa foi constituído com oito unidades de saúde, enquanto que a
amostra
é
parte
representatividade.
do
“É
universo,
um
conjunto
escolhido
definido
segundo
de
algum
elementos
critério
que
de
possuem
determinadas características” (Gil 1999 citado por NETO 2010).
A realização da pesquisa com os usuários ocorreu entre o dia 30 de Agosto a 03 de
Setembro, no ambiente de trabalho dos mesmos que residem no estado da Bahia na
cidade de Santa Brígida-BA, onde as pesquisas foram realizadas em todas as
unidades de saúde.
A triagem aconteceu com oito unidades de saúde, no município de Santa BrígidaBA. Estas unidades de saúde estão localizadas na zona urbana e na zona rural da
referente cidade, onde foram disponibilizadas pela secretária de saúde do município
e pelos respectivos gestores. Segue a lista de instituições que serão pesquisadas:
Quadro 1 - Instituições pesquisadas
Instituições a serem pesquisadas
Unidade de saúde da família sede I
Unidade de saúde da família sede II
PSF Minuim
PSF Marancó
PSF Colônia
Clínica Laborclin
Casa de Parto Dr. Clemenceau Teixeira
Centro de Saúde Rosália Lomanto
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Santa Brígida-BA 201
Metodologia de Pesquisa
51
3.3.4 Análise e tabulação dos dados
Análise dos dados foi à fase na qual se organizou os dados de forma que
possibilitaram respostas ao problema proposto na investigação, e assim compor a
interpretação destes.
Perante isto a análise partiu de uma explanação, ou seja, “interpretação é a
atividade intelectual que procura dar significado mais amplo ás respostas,
vinculando-as a outros conhecimentos” (LAKATOS e MARCONI 2001, p. 168).
Depois das coletas de dados, efetuadas por meio de questionários, as respostas
obtidas foram analisadas e tabuladas, mediante a utilização da Microsoft Office
Excel para elaboração de gráficos.
Para Lakatos e Marconi (2001, p. 167) afirma que a tabulação é:
Um processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os
dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias e
representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser mais bem
compreendidos e interpretados mais rapidamente.
Os dados obtidos foram apresentados em forma de gráficos para melhor avaliação,
na qual se regressou uma padronização e união das respostas de uma pesquisa.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Análise dos Resultados
53
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
A partir da coleta de dados, realizada por meio de questionários aos gestores das
instituições, chega-se aos resultados, onde serão analisadas as informações
obtidas.
As
análises
serão
divididas
em
seis
etapas:
Segregação,
Acondicionamento, Identificação, Coleta e transporte externo, Tratamento final e
Disposição final.
4.1 Segregação
4.1.1 Recipientes suficientes
Gráfico 1 - Os recipientes existentes para segregar os lixos gerados no ambiente
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
O gráfico 1 demonstra que diante da pesquisa feita, fica evidente que a maior parte
das instituições possui recipientes necessários para acondicionar os resíduos
hospitalares, tendo um percentual de 87% das instituições pesquisadas, enquanto
que 13% destas ainda têm a necessidade de possuir recipientes para o
acondicionamento dos resíduos gerados. Através da necessidade que algumas
empresas possuem, é necessária a quantificação de recipientes em média para os
resíduos gerados nas instituições. Visto que, esta técnica tem como intuito contribuir
para reduzir a contaminação direta dos resíduos com os colaboradores, onde se
estes forem depositados em qualquer lugar os riscos de contaminação aumentam.
Os recipientes existentes na instituição têm como objetivo minimizar os riscos e
proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do meio ambiente (FILHO, 2011).
Análise dos Resultados
54
4.1.2 Treinamentos dos funcionários
O gráfico 2 representa como as instituições previnem e controlam os riscos dos
resíduos hospitalares aos seres humanos, no período da separação dos mesmos.
Gráfico 2 - Treinamentos específicos para os funcionários
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
De acordo com as respostas obtidas no Gráfico 2 fica evidente que das 8 (oito)
instituições pesquisadas, 4 (quatro) ainda não treinam seus funcionários para a
segregação adequada, correspondendo assim uma margem de 50%, as outras 4
(quatro) instituições treinam seus funcionários com o intuito de diminuir os riscos na
separação dos resíduos, tendo como alíquota 50%.
O treinamento oferecido aos colaboradores ao mesmo tempo dá enfoque aos
cuidados que se deve ter na manipulação dos resíduos: desde a utilização contínua
dos equipamentos de proteção individuais (EPIs), e a prevenção para o trabalho no
hospital (UFJF, 2011).
É de grande relevância a adoção de treinamentos para todos os colaboradores que
lidam com estes tipos de resíduos, sendo essa, a etapa mais importante do
gerenciamento de resíduos, pois através da implantação do treinamento é possível
observar os benefícios que virão aos colaboradores e a empresa, mediante um
manejo adequado. É preciso que as empresas se preocupem mais com a questão
dos resíduos hospitalares e mudem a realidade que foi constatada em sua
instituição, para evitar que seus funcionários venham a ser contaminados, podendo
até obter uma doença ocupacional. Consequentemente, com o treinamento dos
colaboradores, os riscos de acidentes e contaminação tendem a diminuir, pois estes
estarão aptos a realizar tarefas com mais segurança, diante do que aprendeu no
treinamento.
Análise dos Resultados
55
4.1.3 Equipamentos necessários
Gráfico 3 - equipamentos necessários para todos os funcionários
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
A grande maioria dos estabelecimentos pesquisados, como se pode observar no
gráfico 3 , não possui todos os equipamentos necessários para o manejo dos
resíduos hospitalares, possuindo uma alíquota de 63%, e apenas 37% das
instituições pesquisadas possuem todos os equipamentos necessários, prevenindo
assim, uma contaminação. É necessário ter muita atenção em relação a esses
equipamentos que se encontram ausentes nesses estabelecimentos, pois os
mesmos são de fundamental importância para evitar contaminação com o respectivo
manejo. Das 8 (oito) empresas analisadas, apenas 3 (três) possuem todos os
equipamentos necessários, assim torna-se indispensável à necessidade de
providenciar todos os equipamentos, para assim evitar risco de contaminação e
acidentes dentro da instituição.
Deste modo, todos os funcionários devem possuir todos os equipamentos
necessários para o manejo desses resíduos, evitando assim contaminação,
acidentes, que venham a prejudicar a saúde do colaborador e da instituição.
A instituição deve estar preparada e promover todos os equipamentos necessários
para a proteção individual (EPI) de cada funcionário que estiver atuando no
processo de coleta interna, armazenamento temporário até a destinação final dos
RSSS, com a intenção de reduzir risco à saúde (FILHO 2011).
Análise dos Resultados
56
4.2 Acondicionamento
Incide na ação de acondicionar os resíduos segregados, em sacos, recipientes ou
sala específica. Sendo que a capacidade dos recipientes de acondicionação deve
ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
4.2.1 Sala de acondicionamento
Gráfico 4 - sala especifica para acondicionar os resíduos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, expostas no gráfico 4,
podemos observar que a maioria das instituições possui uma sala específica para o
armazenamento temporário dos resíduos hospitalares antes de ser descartada ao
meio ambiente, correspondendo uma margem de 75% das oito instituições
pesquisadas, 25% responderam que não possuíam, sendo assim um fato
preocupante, pois esses resíduos ficam expostos para qualquer individuo criando
um enorme risco de contaminação.
Assim, vê-se a necessidade de algumas
instituições que não possuem sala específica para o armazenamento dos resíduos
hospitalares temporariamente, é fundamental que a empresa obtenha essa sala para
evitar contato direto de indivíduos que não possuam equipamentos necessários para
o contato com esses resíduos.
Logo, esse compartimento ficará restrito apenas para os resíduos hospitalares, onde
há um elevado índice de eliminação de infecções no estabelecimento, lugar este que
estará limitado para os colaboradores que possuam equipamentos necessários para
o manuseio desses resíduos.
O armazenamento provisório consiste em um acondicionamento temporário dos
resíduos, visando acondicioná-los em um local que permaneça restrito, para que não
Análise dos Resultados
57
existam contatos diretos com os pacientes, e assim sofrer riscos de infecção, logo a
sala deve estar identificada como “SALA DE RESÍDUOS” (FILHO 2011).
4.2.2 Acondicionamentos de resíduos em sacos plásticos
Gráfico 5 - Resíduos acondicionados em sacos plásticos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Evidencia-se através do gráfico 5 que das 8 (oito) instituições analisadas, 7 (sete)
utilizam sacos plásticos para o acondicionamento dos resíduos, tendo uma
percentual de 87%, mostrando assim, um suporte adequado para cada tipo de
resíduo gerado no local, enquanto que apenas 1(uma) não utiliza sacos plásticos,
caso preocupante, pois esses resíduos são descartados sem nenhuma proteção, ou
seja, todos os resíduos vão juntos, sem qualquer separação, correspondendo assim,
uma margem de 13%, contudo a empresa deve ficar mais prevenida sobre o risco
que poderão surgir devidos esses descartes inadequados.
Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente a
ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco,
sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento (ANVISA, 2006 p.44).
A partir da implantação desse material é possível observar os benefícios que o
mesmo irá trazer para a instituição. Por exemplo, antes dos resíduos serem
descartados eles passam por etapas de segregação, evitando assim, que todos os
resíduos sejam descartados juntos, com esse material fica evidente que o risco que
os colaboradores venham a ter seja nulo.
Os sacos plásticos têm como intuito acondicionar os resíduos de acordo com o seu
grupo, ou seja, acondicionar em cada saco um tipo de resíduo diferente, evitando
assim contaminações e acidentes, onde o mesmo ficará seguro sem nenhum risco
Análise dos Resultados
58
de contato com indivíduos, sendo que estes resíduos são colocados nesta bolsa e
lacrados, deixando assim um índice baixo de contaminação.
Os sacos aonde devem ser acondicionados os resíduos sólidos devem ser brancos
leitosos de 100 litros, 50 litros, e usar etiqueta ou caneta para fazer a etiquetagem
gravando no corpo do próprio saco, ou seja, identificar cada tipo de resíduo para
impedir acidentes e infecções (FILHO, 2011).
4.2.3 Tratamentos para resíduos perfuro- cortantes
Gráfico 6 - Tratamento específico para os resíduos perfuro- cortantes
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Diante das respostas obtidas, fica evidente no gráfico 6 que a maioria das
instituições não possui tratamento específico para os resíduos perfuro-cortantes,
sendo que das 8 (oito) instituições, apenas 3 (três) utilizam tratamentos específicos
para esses resíduos correspondendo assim 37%, enquanto que 5 (cinco) delas não
utilizam tratamento para estes tipos de resíduos tendo uma alíquota de 63%. Ou
seja, estes resíduos devem ser acondicionados separadamente, logo após seu uso,
devem ser imediatamente colocados em caixas de descarte em paredes rígidas e
resistentes. Rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, contendo o
símbolo de resíduo infectante e a inscrição RESÍDUO PERFUROCORTANTE
(CUSSIOL, 2008 p.23).
É necessário que os equipamentos estejam providos de símbolos de risco
biológicos, ou seja, com sua descrição na área da frente do recipiente, evitando
assim acidentes dentro da instituição. Entretanto, o tratamento específico requer
prevenção de doenças, acidentes e problemas para a instituição, pois um acidente
com este tipo de resíduo pode finalizar em doença.
Análise dos Resultados
59
Todos os resíduos hospitalares devem receber tratamento diferenciado, ou seja,
observando o tipo de lixo que é gerado no estabelecimento, compete aos
profissionais de saúde conhecer as fontes geradoras dos resíduos e dispor hábitos
para classificá-los, evitando assim acidentes providos de doenças, através do
manuseio, segregação adequada dos RSS e conhecer o sistema de identificação
quanto aos símbolos, cores e tipos de recipientes. (SILVA e SOARES 2011).
4.3 Identificação
Este gráfico representa de fato, o que as instituições fazem para identificar os
recipientes de acondicionamento, os transporte interno e externo, salas e abrigos de
resíduos (locais de armazenamento).
4.3.1 Identificação especifica em recipientes
Gráfico 7 - Recipientes com especificações para cada tipo de resíduos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
A partir da análise dos dados adquiridos no gráfico 7, fica claro que 5 (cinco) das 8
(oito) instituições pesquisadas não possuem identificação para cada tipo de
resíduos, tendo uma taxa de 63%, enquanto que apenas 37%, ou seja, 3 (três) das 8
(oito) pesquisadas possuem identificação, oferecendo assim, uma segurança maior
para os colaboradores. Cada tipo de resíduo deve ser acondicionado de acordo com
o risco que este oferece, através de identificação com símbolos e nomes. Fica
evidente que as instituições devem se preocupar mais com a prevenção de riscos,
por meio de seus colaboradores, através da utilização de cores para identificar cada
tipo de resíduo acondicionado dentro de cada recipiente.
Análise dos Resultados
60
Portanto, é necessário que todos os recipientes estejam identificados com símbolos
e cores como mostra a figura, ou seja, devidamente identificados, evitando assim
que resíduos sejam depositados em lugares diferentes e cheguem a provocar um
acidente no momento da seleção para acondicioná-los.
Figura 1 - Símbolos de identificação para cada tipo de recipiente
Fonte: Filho, 2011
4.3.2 Símbolos identificando recipientes e locais de armazenamento
Gráfico 8 - Símbolos em recipientes e locais de armazenamento dos resíduos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
A grande maioria dos estabelecimentos não utiliza a identificação nos recipientes e
locais de armazenamento “sala de armazenamento temporário” como mostra o
gráfico 8. Sendo, que das 8 (oito) instituições pesquisadas, apenas 2(duas) utilizam
todos os procedimentos necessários para a identificação dos recipientes e da sala
de armazenamento tendo uma alíquota de 25%, enquanto que a maioria onde
corresponde 75% das instituições pesquisadas não possui símbolo para a
identificação dos resíduos, gerando assim um grande risco aos colaboradores, pois
os mesmo não sabem o que estão acondicionados em cada recipiente, tendo assim
que verificar, o que pode ocasionar em uma contaminação durante a confirmação do
lixo existente naquele recipiente.
Análise dos Resultados
61
Identificar os recipientes de acondicionamento (sacos plásticos, caixas, etc.), carro
de coleta interna, contêineres e abrigo de resíduos químicos. Usar rótulo de acordo
com o risco, preconizado na NBR 7500/2003 da ABNT, e a inscrição de RESÍDUO
QUÍMICO (CUSSIOL, 2008 p.23). Dando assim, mais segurança aos colaboradores
da empresa.
Do mesmo modo que todos os recipientes devem possuir identificação, os locais de
armazenamento também, pois ambos necessitam de identificação para evitar que
resíduos sejam depositados em lugares inadequados, logo estes colocados em
lugares proibidos podem causar infecções e até mesmo doenças.
Os recipientes internos e externos devem estar providos de identificação , assim
como os locais de armazenamento onde são alocados os RSS, devem ser
identificados em local de fácil visualização, utilizando símbolos, cores e frases
específicas para cada tipo de resíduos (ANVISA 2006).
4.3.3 Higienização de equipamentos após sua utilização
Gráfico 9 - Local específico para a higienização dos equipamentos de serviços de
saúde
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
A partir dos dados adquiridos fica evidente que ainda há instituições que não
possuem um local específico para a higienização e limpeza dos equipamentos
utilizados no manejo dos resíduos hospitalares. No entanto, como o gráfico 9
demonstra que 87% delas possuem um local específico para a higienização, porém
este local deve ter prevenções, pois pode haver detritos de resíduos contaminados e
destas apenas 13% não possuem um local específico para a limpeza dos
Análise dos Resultados
62
respectivos equipamentos. Para melhor higienização é recomendável a existência
de ponto de água e ralo sifonado com tampa escamoteável (ANVISA 2006, p.47).
O local de higienização dos equipamentos deve conter no mínimo esses requisitos
citados pela ANVISA, além de equipamentos EPI’s para os colaboradores evitando
assim, um contado direto com resíduos, essa higienização deve ser munida de
encanação direta para o esgoto, iluminação natural ou artificial. Onde o mesmo deve
ficar afastado, evitando assim, uma contaminação.
A cada final de expediente é necessário que todos os equipamentos sejam
higienizados em um local específico, pois estes liberam sinais de detritos que ficam
nos recipientes, os mesmos deverão ser lavados mediante todos os equipamentos
para evitar uma contaminação, deverão ser procedidas à lavagem e desinfecção das
vestimentas, dos veículos e dos recipientes usados durante o processo de
recolhimento e transporte dos RSSS, esta deve estar em um local restrito e
devidamente caracterizado dos EPI, para evitar uma contaminação (FILHO 2011).
4.4 Coleta e Transporte Externo
4.4.1 Especificações em transportes externos
Especificações para o transporte externo
Todos os estabelecimentos pesquisados responderam que o transporte externo não
possui especificações para cada tipo de resíduo, sendo um caso preocupante, pois
todos os resíduos gerados são depositados em um mesmo transporte, havendo
assim uma junção desses lixos ao serem colocado nos veículos.
A limpeza é necessária no fim de cada turno de trabalho, os veículos de coleta
devem ser limpo e a desinfecção simultânea, através de um jato de água,
preferencialmente quente e sob pressão. Esses veículos são proibidos serem
lavados em postos de gasolina ou comuns, pois os veículos devem ser alvo de uma
avaliação por parte do órgão que licencia o veículo coletor (ANVISA 2006). Tendo
em vista que os veículos devem sempre estar limpos e desinfetados após cada final
de turno, evitando a propagação e vírus e fungos.
Análise dos Resultados
63
As especificações no transporte externo demonstram que estes resíduos possuem
um índice de contaminação elevado, sendo que outros resíduos não podem ser
depositados nem colocados em um mesmo ambiente, onde todos possuem destino
final diferente, esses resíduos devem ser transportados separadamente em carros
coletores e identificados para cada tipo de resíduo e por profissionais habilitados
(ASSAD 2001).
4.4.2 O transporte externo realizado pela prefeitura
O transporte externo realizado pela prefeitura
Todas as instituições pesquisadas revelaram que todos os resíduos hospitalares
gerados nos estabelecimentos são depositados em veículos da prefeitura, ou seja,
estes recolhem os resíduos, duas vezes na semana, tanto os resíduos domiciliar
(aqueles gerados em casa/escritórios) quanto os hospitalares.
Os resíduos recolhidos pela prefeitura são depositados em lixões, onde atualmente
foram feitas valas sépticas para alguns produtos serem aterrados, os demais são
incinerados no próprio local. Segundo a secretaria de saúde os resíduos perfurocortantes são depositados em uma caixa, onde quem faz a remoção desses
resíduos é a vigilância sanitária, órgão responsável por este tipo de resíduo.
Análise dos Resultados
64
4.5 Tratamento Final
4.5.1 Efetivação do tratamento final
Gráfico 10 - O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto ao meio ambiente
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Conforme a representação acima, boa parte dos estabelecimentos pesquisados
disseram que o tratamento final dos resíduos descartados ao meio ambiente, pode
minimizar as causas e efeitos provocados pelos mesmos, através de agentes
nocivos deliberados pelos próprios resíduos.
[...] o tratamento consiste na aplicação de método, técnica ou
processo que modifique as características dos riscos inerentes aos
resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente (ANVISA,
2006, p.52).
Através de tratamentos específicos, os resíduos são depositados com menos
agentes maléficos ao meio ambiente, fazendo com o que o mesmo, não sofra tanto
risco oferecido por esses resíduos sem antes serem tratados, sendo assim é de
suma importância a utilização de procedimentos que venham a deixa nulo os riscos
de contaminação antes de ser exposto ao meio ambiente. Sendo que de acordo com
o gráfico 10, das 8 (oito) instituições pesquisadas, 5 (cinco) afirma que o tratamento
final minimiza os impactos causados ao meio ambiente, possuindo uma alíquota de
62%, enquanto que 2 (duas) disseram que não minimiza, tendo conseqüentemente
um percentual de 25% e apenas 1 (uma) disse que não corresponde nenhuma
dessas alternativas mencionadas, o que corresponde a 13%.
Os resíduos tratados antes do descarte ao meio ambiente tende a reduzir os
agentes nocivos que os mesmos liberam, mediante sua destruição final, com a
Análise dos Resultados
65
conservação desses resíduos, estes sofrem um tratamento que vem a reduzir os
impactos que estes resíduos causam.
O tratamento preliminar dos resíduos hospitalares através de uma aplicação de
método, dentro do estabelecimento gerador, tende a reduzir a carga microbiana ou a
neutralização dos agentes nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente
(CAMPANER e SOUZA 2002).
4.5.2 Tratamentos dos resíduos hospitalares e comuns
Gráfico 11 - Os resíduos hospitalares e os resíduos comuns
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
A partir da leitura do gráfico 11, pode-se observar que das 8 (oito) instituições
pesquisadas, apenas 2 (duas) realizam os tratamentos separadamente dos resíduos
hospitalares, tendo assim uma margens de 25%, enquanto que a grande maioria
não se preocupa em colocar todos os resíduos em um mesmo ambiente para ser
descartado, criando assim, um risco aos colaboradores e ao meio ambiente,
possuindo uma alíquota de 75%, ou seja, margem preocupante, pois todos os
resíduos são colocados em um mesmo ambiente criando assim, um risco múltiplo.
As empresas precisam se conscientizarem e terem mais responsabilidades como
mostra o gráfico em análise, em preservar o meio ambiente e os riscos gerados
pelos mesmos através de agentes nocivos, em que o lixo libera quando descartados
em um mesmo local, sem qualquer tipo de tratamento, antes mesmo de ser exporto
ao meio ambiente. Portanto, os resíduos hospitalares e os resíduos comuns devem
possuir tratamentos diferentes, sendo que os mesmo possuem riscos de
contaminações diferentes e sua destinação final também, estes deveriam ser
chamados de: Lixo Hospitalar Doméstico, sendo mal acondicionado para a
Análise dos Resultados
66
destinação final. Isto significa então, que este lixo é simplesmente descartado como
lixo comum, o que se torna um perigo para a Saúde Pública, ou seja, um inimigo
invisível e silencioso, por isso, estes devem ter tratamentos distintos, evitando assim
um acidente com conseqüências de infecção (SOBREIRA 2011).
4.5.3 Tratamento para cada tipo de resíduo
Gráfico 12 - tratamentos específicos para cada tipo de resíduos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Analisando as respostas decorrentes do questionário sobreposto no gráfico 12, foi
verificado que a grande maioria das instituições não possui tratamentos específicos
para cada tipo de resíduo, ou seja, todos sofrem o mesmo tratamento, com uma
margem de 63%, enquanto que apenas 37% possuem esse tratamento destinado a
cada tipo de resíduo.
Assim, fica claro que algumas empresas não possuem hábitos específicos de
tratamentos para os resíduos hospitalares, sendo assim, um episódio preocupante
para o ser humano e o meio ambiente, consistindo assim, a não utilização da
segregação específica tendo como precipitação: a contaminação através dos
resíduos, ou seja, sem o devido tratamento tanto poluem o solo quanto emitem
gases, além de compostos tóxicos que prejudicam a saúde humana e ambiental.
Os tratamentos específicos tende a diminui os impactos causados ao meio
ambiente, pois cada tipo de resíduo possui tratamento diferente, onde estes tende a
diminuir a poluição ambiental e os lençóis freáticos causado pelos mesmos, o
tratamento e o destino do lixo devem ser diferentes, de acordo com cada tipo de
resíduo que o compõe (PSF- portal são Francisco 2011).
Análise dos Resultados
67
4.6 Disposição Final
4.6.1 Local específico para descarte final
Local para destinação final dos resíduos
Todos os estabelecimentos pesquisados afirmaram que existe um local para a
destinação final dos resíduos hospitalares gerados pelos mesmos “lixões”. Contudo,
esses resíduos têm sido alvo de grande preocupação da sociedade contemporânea,
assim a ANVISA define dois tipos de destinação final: Aterro sanitário e o lixão.
De acordo com a ANVISA (2006, p27) aterro sanitário:
É a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem
causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza princípios de
engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível
e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma
camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a
intervalos menores, se necessário.
Este método tem como intuito, reduzir o volume de resíduos sólidos através da
compactação deste, como mostra a figura 3, logo estes resíduos são compactados e
enterrados sobre o solo, ajudando assim, a minimizar, através do isolamento
mediante cama de terra argilosa, quando esses resíduos não sofrem a compactação
eles ficam exposto como mostra a figura 4, estes liberam mau cheiro e fungos que
podem provar infecções. Quando estes resíduos passam a ser compactados eles
em seguida são colocados no respectivo aterro sanitário, logo este método tem o
objetivo de eliminar riscos de contaminação e acidentes, pois não ficam expostos na
parte superior da atmosfera.
Análise dos Resultados
68
Figura 2 - Aterro Sanitário
Fonte: Lixão, 2011, p.1
Conforme informação contida lixão é:
[...] uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma
preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento
de efluentes líquidos - o chorume [...]. Este penetra pela terra
levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol
freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no
lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos
catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica
exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências
ambientais e sociais negativas.
Figura 3 - Lixão
Fonte:Lixão, 2011, p.1
Análise dos Resultados
69
Assim, o método lixão, é uma atitude inadequada de descarte de resíduos
hospitalares que provoca poluição ao meio ambiente e ao solo, através de agentes
nocivos liberados como: mau cheiro, contaminação da superfície e subterrâneos, ou
seja, esse descarte prejudica a saúde humana e ao meio ambiente.
4.6.2 Destinação em Lixões
Gráfico 13 - Destinação final dos resíduos
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Conforme o gráfico 13, das 8 (oito) instituições pesquisadas 7 (sete) afirma que os
lixos gerados nas instituições são descartados em lixões, sendo estes uma área
para a destinação final dos resíduos, sem qualquer separação antes de serem
depositados direto no solo, contendo uma alíquota de 87%, sendo assim incinerados
a céu aberto, sem nenhum tratamento estimulando a contaminação do solo. As
outras somam uma margem de 13%, evitando assim que sejam destruídos sem
nenhum tratamento, com a liberação de gases prejudiciais, sendo essas empresas
que se caracterizam como sustentável que vem como princípio a conservação e
proteção do meio ambiente e do ser humano
Lixão ou vazadouro a céu aberto é a denominação atribuída à disposição de
resíduos de forma descontrolada sobre o substrato rochoso ou solo (ANVISA 2006,
p.26).
Assim o método inadequado desses resíduos sem nenhuma medida de proteção ao
meio ambiente e á saúde humana, vem causar aparecimentos de vetores
indesejáveis, mau cheiro e até mesmo explosão, devidos agentes químicos
descartados em um mesmo ambiente, ou seja, a junção deles é oriunda de um
desequilíbrio, provocando assim acidentes e contaminação.
Análise dos Resultados
70
Neste caso, o resíduo depositado em lixões como mostra a figura 5, além de liberar
agentes nocivos deixam expostos detritos de todos os grupos, possibilitando uma
facilidade de contato direto das pessoas que convivem perto do local, além de
prejudicar o meio ambiente, este descarte é uma forma inadequada de disposição
final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o
solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública, a figura a
seguir mostra que esta descarga fica exposto a céu aberto (PSF- portal são
Francisco 2011).
Figura 4 - Esquemática de um Lixão
Fonte: Portal São Francisco, 2011, p.1
4.6.3 Ambiente de descarte do lixo hospitalar
Lugares onde são depositados os resíduos sólidos de serviços de saúde
Todas as instituições asseguraram que nunca freqüentaram lugares onde são
depositados os resíduos hospitalares gerados pelas mesmas. Onde deixa a desejar,
pois elas deveriam observar e ficar a par do lugar onde são depósitos os resíduos
hospitalares, e se estes possuem tratamentos para minimizar os impactos
ambientais.
Análise dos Resultados
71
Portanto, estas deveriam ter a curiosidades de saber como é destruído o lixo
hospitalar? De que forma? E onde é executada essa destruição? Tendo assim, a
consciência de como deve ser a segregação correta e quais produtos poderiam ser
descartados no estabelecimento de destinação final, para minimizar a poluição
atmosférica, através de visitas constantes ao local, identificar os riscos que podem
causar, caso esses resíduos sejam depositados e destruídos de forma ilícita.
O conhecimento do tratamento adequado dado aos resíduos sólidos de serviços de
saúde, por parte das instituições, de forma consciente facilita na compreensão do
que ele pode provocar quando depositado inadequadamente, podendo causar risco
a saúde humana e ao meio ambiente.
4.6.4 Aterro dos resíduos hospitalares
Gráfico 14 - Aterro do lixo hospitalar
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
De acordo com o gráfico 14, das 8 (oito) instituições pesquisadas 2 (duas) não
sabem o que é o aterro do lixo hospitalar, tendo uma percentagem de 25%, caso
inquietante, pois o aterro é de extrema importância para o pré-tratamento dos
resíduos, realizando assim, a diminuição dos gases poluentes e também a
neutralização do odor causado através destes, enquanto que 6 (seis) afirmam que
conhecem o que é o aterro do lixo hospitalar, ou seja, estas sabem o que esses
resíduos podem provocar caso sejam descartados inadequadamente, eliminando as
praticas da queimada, pratica bastante antiga, porém que vem a aumentar a
poluição do ar, somando uma taxa de 75%.
Portanto, a pratica do aterro sanitário que tem como finalidade eliminar resíduos
expostos no meio ambiente além das práticas da queimada, modo este que vem a
aumentar a poluição através de agentes que os mesmo liberam, o aterro vem fechar
Análise dos Resultados
72
as possibilidades de qualquer pratica antiga que destrua o meio ambiente e
prejudique a saúde da sociedade, estes resíduos devem ser compactados com uma
camada sobre o solo devidamente impermeabilizado através de equipamentos
necessários e no controle dos efluentes líquidos e emissões gasosas (FILHO, 2011).
4.6.5
Informações do lixo hospitalar
Gráfico 15 - Informação sobre o destino final do lixo hospitalar
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
De acordo com as respostas obtidas no gráfico 15, 13% das instituições afirmam
que não tem nenhuma informação sobre a destinação final dos resíduos
hospitalares, ou seja, esses resíduos são descartados e suas respectivas empresas
não se preocupam em saber seu destino final, se estes prejudicam ou não o meio
ambiente e a saúde humana. Enquanto que, 87% admitem que já tiveam alguma
informação sobre os resíduos hospitalares descartados, sendo assim empresas que
se preocupam com o bem estar da superfície e dos seres humanos, além de saber
quais os procedimentos necessários para o descartes destes resíduos.
Assim, empresas que não tem o hábito de buscar informações sobre o que a
destinação final desses resíduos pode provocar, se estes não forem tratados
devidamente, eles podem causar contaminação de doenças, geradas pelo sistema
de saúde, onde estão: Bolsas de sangue, seringas, agulhas, restos de
medicamentos, curativos, materiais radioativos, lâminas de bisturis, além de diversos
outros objetos que causam infecções (Lidiane, 2008). As instituições que já
obtiveram essas informações tendem a minimizar esses impactos, pois elas sabem
onde esses resíduos são descartados e o que podem prejudicar.
Análise dos Resultados
73
É de suma importância saber qual a destinação final dos resíduos, pois estes podem
chegar a provocar poluição que venha prejudicar a saúde, assim toda ou qualquer
empresa deve estar informada da sua situação final e assim saber como e onde
descartá-lo, pois esses resíduos são perigosos e para tanto, exige o descarte
tecnicamente adequado em lugares adequados para não causar riscos à saúde
pública (FILHO 2011).
4.6.6 Aterro sanitário controlado
Gráfico 16 - Aterro sanitário controlado
Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011.
Segundo, a representação no gráfico 16, das 8 (oito) empresas pesquisadas 2(duas)
responderam que sim, existe aterro sanitário na cidade, somando assim uma
alíquota de 25%, enquanto que a grande maioria, ou seja, 6 (seis) empresas das oito
pesquisas afirmam que não possui este tipo de método para o descarte dos resíduos
sólidos de serviços de saúde, tendo uma margem de 75%. Portanto, a disposição de
resíduos realizados em aterro sanitário possui apenas uma:
[...] técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem
causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza princípios de
engenharia para menor volume permissível, cobrindo-os com uma
camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a
intervalos menores, se necessário (ANVISA 2006, p.26).
Portanto, fica claro que a disposição final feita em aterro sanitário, minimiza os
impactos além de preservar o meio ambiente, através da compactação de terra
argilosa sobre os resíduos.
Análise dos Resultados
74
No entanto, há uma colisão entre as instituições, pois elas residem no mesmo
município, onde a grande maioria, cerca de 6 (seis) empresas afirmam que não
existe e apenas 2 (duas) disseram que existe aterro sanitário.
O aterro controlado suprime a exposição de resíduos na superfície da terra como se
pode observar na figura 6, fazendo com que este, fique nos lençóis freáticos e em
seguida compactados de terra argilosa, eliminando mau cheiro, insetos e diversos
outros agentes que causam desconforto, além de diminuir a poluição.
Figura 5 - Esquema de um aterro sanitário
LEGENDA
1 - Solo
impermeabilizado
2 - Lixo compactado
3 - Camada de terra
4 - Canaletas, o
chorume
5 - Nas lagoas,
chorume vira adubo
6 - Chaminés com
filtros
7 - Anos após a
conclusão do aterro
sanitário
Fonte: Portal São Francisco, 2011, p.1
O aterro sanitário é necessariamente um lugar onde os resíduos são depositados e
limitados ao solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra,
este projeto tem a finalidade de impedir a contaminação do ser humano e do meio
ambiente. Tendo como intuito a geração de energia através de motores adaptados
para trabalhar com biogás e também podem ser utilizadas turbinas, assim a energia
é gerada no aterro, podendo ser fornecida pela rede local para os consumidores.
Como mostra a figura 5.
Análise dos Resultados
75
Figura 6 - Esquema de geração de energia através do aterro sanitário
Fonte: COELHO, 2008, p.1
4.7 Resultados do questionário aplicado aos gestores
Como foi descrito na metodologia, foram inseridos na execução deste trabalho os
profissionais da Prefeitura Municipal que estão ligados a atividades que envolvem à
temática: resíduos sólidos no município, assim, sendo um representante da
secretaria municipal de saúde e o secretário de infra-estrutura.
4.7.1 Sobre Lixo hospitalar
Quando questionados sobre a conceituação de lixo hospitalar afirmaram que:
“É resíduos perigosos como seringas, agulhas, gases, aventais, etc. por conter
agentes causadores de doenças (resíduos contaminados)” (respondente 1)
“É todo lixo que apresenta risco potencial á saúde e ao meio ambiente, devido á
presença de material biológico, químico, radiativo e perfuro cortante” (respondente
2)
Perante a indagação efetuada aos gestores, ambos mostraram conhecimentos
sobre os materiais perigos e o que esses proporcionam para o meio ambiente.
Análise dos Resultados
76
Diante do ponto de vista dos gestores, ficou evidente que o lixo hospitalar contém
vários tipos de materiais infectantes, que podem causar riscos e ao mesmo tempo
comprometendo os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras
gerações, por possuírem diversos tipos de matérias envolvidos em um mesmo
ambiente, estes liberam e deixam riscos de contaminação na superfície.
4.7.2 Etapas do manejo dos resíduos hospitalares
Quando questionados sobre a avaliação das etapas do manejo dos resíduos
hospitalares asseguram-se que:
“Este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos (restos de comidas) etc. e são
realmente incinerado, resíduos infectados são colocados em bolsa branca e
resíduos comuns em bolsa preta” (respondente 1 )
“Segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário, coleta e
transporte externo” (respondente 2 )
A partir dos dados adquiridos, ficou evidente que os resíduos hospitalares são
separados, acondicionados, armazenados temporariamente dos outros resíduos
(restos de comidas), os resíduos infectantes são colocados em bolsa branca e os
resíduos comuns em bolsa preta, assim fica mais simples de identificar qual resíduo
vai ser incinerado, sendo que sua destinação final é feita em lixões e em seguida
sofrem a incineração. Onde de fato estes resíduos deveriam sofrer outro tipo de
destruição, como o aterro sanitário, que é uma forma de evitar mau cheiro, resíduos
ficar expostos aos animais e seres humanos, criando um risco enorme de
contaminação de doenças, no entanto, a coleta feita de forma correta fica mais fácil
sua identificação.
A disposição dos resíduos deve ser determinada pela RDC ANVISA no 306/04 como
(grupos A, B, C, D ou E), sendo que os mesmo devem ser verificados mediante sua
quantidade (volume ou peso), e assim serem identificados com o intuito de evitar
acidentes e contaminação na hora do manejo desses resíduos (ANVISA 2006).
Grupo Característica
Análise dos Resultados
77
4.7.3 Controle do manejo dos resíduos hospitalares
Quando questionados sobre o controle do manejo dos resíduos hospitalares, os
gestores asseguraram que:
“É separado por grupos como: grupo E perfuro cortantes, grupo D resíduos comuns,
grupo C rejeito radiológico, grupo B químicos, grupo A potencialmente infectantes”.
(respondente 1 )
Tem que existir um plano de gerenciamento (documento que aponta
e descreve as ações relativas aos manejos dos resíduos sólidos,
observando suas características no âmbito dos estabelecimentos,
contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
destinação final bem como a proteção á saúde pública. (respondente
2)
Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, pode-se notar que os
gestores expõem respostas condizentes à realidade da empresa, sendo que as
mesmas precisam de documentação para que os resíduos sigam os padrões
corretos desde a segregação até sua destinação final segundo a ANVISA, mediante
de símbolos que venham a diferenciar cada tipo de resíduo, estas especificações
têm como intuito evitar acidentes e destinação final correta segundo a (ANVISA
2006 p.43) os símbolos de identificação dos grupos de resíduos: d
Quadro 2 - Símbolos de identificação dos resíduos de serviços de saúde.
(continua)
Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de
substância infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos
Os resíduos do grupo B são identificados através do
símbolo de risco associado e com discriminação de
substância química e frases de risco.
Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo
internacional de presença de radiação ionizante em
rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO.
Análise dos Resultados
78
(conclusão)
Os resíduos do grupo D podem ser destinados à
reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a
reciclagem, sua identificação deve ser feita nos
recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes,
usando código de cores e suas correspondentes
nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no
275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os
demais resíduos do grupo D deve ser utilizada a cor cinza
ou preta nos recipientes. Pode ser seguida de cor
determinada pela Prefeitura. Caso não exista processo de
segregação para reciclagem, não há exigência para a
padronização de cor destes recipientes.
Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo de
substância infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, Acrescido da inscrição de
RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que
apresenta o resíduo.
VIDRO
PLÁSTICO
PAPEL
METAL
ORGÂNICO
RESÍDUO
PERFUROCORTANTE
Fonte: ANVISA, 2006, P.43
4.7.4 Como deve ser tratado o lixo hospitalar
Diante do contexto conceituado acima, os gestores asseguram que tem
conhecimento de como deve ser tratado o lixo hospitalar e seus receptivos meios:
“É separado por grupos como: grupo E, perfuro cortantes, grupo D, resíduos
comuns, grupo C, rejeito radiológico, grupo B, químicos, grupo A, potencialmente
infectantes”. (respondente 1)
Estes produtos precisam receber tratamento especial ou podem
causar sérios danos ambientais e/ou á saúde de muitas pessoas, o
lixo hospitalar, deve ser incinerado. Pela legislação, deve ser
incinerada coisa que infelizmente só acontece em poucos lugares
(respondente 2)
Segundo, as réplicas dos gestores o lixo hospitalar deve ser separado por
categorias, sendo que os mesmo devem receber tratamentos específicos para que
não causem danos ao meio ambiente e aos seres humanos, no entanto, um dos
gestores afirma: “Pela legislação, deve ser incinerada coisa que infelizmente só
acontece em poucos lugares”, na verdade o lixo deve ser reciclado apenas com os
resíduos necessários e em seguida sofrer a compostagem para evitar a poluição da
atmosfera, o tratamento incide na aplicação de método, técnica ou processo que
Análise dos Resultados
79
modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao
meio ambiente (ANVISA 2006).
4.7.5 Importância do tratamento dos resíduos hospitalares antes de serem
descartados
Quando questionados sobre a importância do tratamento dos resíduos hospitalares
antes de serem descartados, os gestores afirmam que mediante essa alternativa
além de seguir padrões de classificação para prevenir acidentes, surgir assim uma
qualidade de vida saudável e sustentável.
“Melhoria da saúde pública, garantia de qualidade de vida da população e um meio
ambiente saudável. Proteger o meio ambiente e combater a população em qualquer
de sua forma”. (respondente 1 )
“Acho que seguir a classificação estabelecida pela resolução Nº 5/93 pela
CONAMA”. (respondente 2 )
Diante das respostas obtidas, os gestores esclarecem que é de suma importância os
resíduos sofrer tratamentos adequados antes de ser descartado ao meio ambiente,
através da classificação estabelecida pela resolução Nº 5/93 pela CONAMA, que
identificam onde todos os resíduos irão permanecer e sua destinação final.
Pois, só assim haverá uma qualidade de vida para a população e conseqüentemente
para o meio ambiente, combatendo os riscos de contaminação e acidentes, logo,
tende a reduzir os danos causados a ambos (ANVISA 2006).
4.7.6 Quando é executada a coleta dos resíduos hospitalares
Perante questionamento sobre quando é executada a coleta desses resíduos, há
uma contradição onde ambos possuem respostas distintas, ou seja, se tratando de
um mesmo município, os mesmo afirmam que:
Análise dos Resultados
80
“Diariamente pela prefeitura a coleta” (respondente 1)
“Dois dias, não são suficientes” (respondente 2)
Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado há uma distorção em
relação às réplicas, pois o primeiro gestor afirma que a coleta é feita diariamente nas
unidades de saúde, no entanto, o segundo assegura que esta coleta só feita dois
dias por semana, sendo que esses dias não são suficientes para toda a coleta dos
resíduos, então ficou evidente que a prefeitura deve colocar mais dias para a coleta,
evitando assim, que esses resíduos fiquem armazenados nas unidades de saúde,
criando um risco a mais de contaminação no ambiente e conseqüentemente para as
pessoas.
4.7.7 Transporte dos resíduos de serviços de saúde
Quando questionados sobre o transporte dos resíduos de serviços de saúde, os
gestores afirmaram que é efetuado pela prefeitura local, mediante um caminhão.
“Caminhão, com a prefeitura” (respondente 1 )
“Prefeitura” (respondente 2 )
Os gestores revelaram que todos os resíduos hospitalares gerados nos
estabelecimentos são depositados em um caminhão da prefeitura, ou seja, este leva
tanto os resíduos domiciliar quanto os hospitalares, o veiculo não possui nenhuma
especificação sobre os resíduos, onde estes são depositados e destruídos em um
mesmo ambiente.
4.7.8 Local de descarte dos resíduos hospitalares do município
Perante a avaliação do depoimento dos gestores, ambos afirmam que o lixo
hospitalar é descartados diretamente em terreno baldio: OS LIXÕES.
“Lixo com aterro baldio, lixo infectado aterro baldio” (respondente 1)
Análise dos Resultados
81
“Lixão, estes resíduos são descartados no lixão” (respondente 2 )
Os resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde são descartados em aterro
baldio, ficando expostos aos seres humanos, animais deixando livre até mesmo para
utilização de restos de alimentos para o consumo. O lixão é uma forma inadequada
de disposição final desses resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples
descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção a atmosfera e o bem-estar
da população (IPT, 1995 citado por PORTAL SÃO FRANCISCO 2011).
4.7.9 No município há tratamentos específicos para os resíduos de serviços de
saúde
Quando questionados sobre a presença de tratamentos específicos para cada tipo
de resíduos, os gestores afirmaram que não há, ou seja, todos passam pelo mesmo
processo.
“Não”
Os gestores afirmaram que não há tratamentos específicos para os resíduos de
serviços de saúde no município, tendo em vista que este tipo de tratamentos decorre
da amenização dos impactos causados ao meio ambiente e a sociedade. Logo, este
tipo de tratamento vem beneficiar além da saúde da população os recursos naturais,
que é quem sofre com os detritos desses resíduos expostos na atmosfera.
Os resíduos gerados pelos serviços de saúde elevam sérios problemas. Quando
esses não passam por tratamentos antes de serem descartados ao meio ambiente,
assim uma parte considerável está contaminada por via biológica, outra por via
química e outra por via radioativa, devido a ausência desse tratamento(CORRÊA
2011).
Análise dos Resultados
82
4.7.10 Alternativas de eliminação de resíduos hospitalares
Perante as respostas dos gestores, algumas alternativas de eliminação são ainda
uma idéia, pois o município não possui, os resíduos possuem o mesmo fim, a
incineração.
“Primeiro por meio de educação em saúde envolvendo sociedade, profissionais de
saúde e demais setores, como também governantes e gestores e principalmente
recursos financeiros. Aterros sanitários, cooperativas e reciclagem” (respondente 1)
“Incineração” (respondente 2)
Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, pode-se observar que
os gestores possuem conceitos diferentes, caso importante, visto que, existem
várias alternativas de eliminação dos resíduos, sendo que o primeiro gestor
recomenda diversas alternativas que só beneficiará o município, contudo o segundo
fica a almejar, pois a incineração deriva de danos muito grave ao ser humano e ao
meio ambiente, através da liberação de agente nocivo, além da poluição dos lençóis
freáticos. Portanto, a figura 9 envolve aterro sanitário, reciclagem, cooperativas e
incineração, fazendo com o que este demonstre um ciclo sem danos ao meio
ambiente e aos seres humanos.
Figura 7 - Esquema contendo Aterro Sanitário, Cooperativa, Reciclagem e
Incineração
Fonte: SITE, 2011, p.1
Análise dos Resultados
83
4.8 Conclusões da Pesquisa
A maioria das instituições pesquisadas possui recipientes necessários para
acondicionar os resíduos hospitalares, contribuindo assim, para reduzir a
contaminação direta dos resíduos com os colaboradores, porém estes recipientes
não possui identificação para cada tipo de resíduo distinto, aonde a grande maioria
necessita de uma sala específica para o armazenamento dos resíduos hospitalares
temporariamente, sendo que esta é fundamental para evitar contato direto de
indivíduos que não possui equipamentos necessários.
É de extrema necessidade a adoção de treinamentos para todos os colaboradores
que lidam com este tipo de resíduos, sendo esta é a etapa mais importante do
gerenciamento de resíduos, pois através da implantação do treinamento é possível
observar os benefícios que virão para os colaboradores, mediante um manejo
adequado.
A grande maioria dos estabelecimentos pesquisados apontou que a ausência dos
equipamentos ocorre,mas reconhecem que é de fundamental importância o uso dos
mesmos para evitar contaminações e acidentes com o respectivo manejo, e
prejudicar a saúde dos colaborador e das instituições, no entanto, a maior parte das
instituições possui um local específico para a higienização, mas este local deve ter
prevenções, pois pode haver detritos de resíduos contaminados.
Os centros de saúde, na sua grande maioria acondicionam os resíduos em sacos
plásticos tendo assim, um suporte adequado para cada tipo de resíduo gerado no
local. Os sacos plásticos têm como intuito acondicionar os resíduos de acordo com o
seu grupo, ou seja, acondicionar em cada saco um tipo de resíduo diferente,
evitando assim contaminação e acidentes.
Grande parte das empresas pesquisadas responderam que não há tratamentos
específicos para resíduos perfuro-cortantes, logo após seu uso esses resíduos
devem ser imediatamente colocados em caixas de descarte em paredes rígidas e
resistentes.
O descarte é realizado pela prefeitura, onde não possui especificações para cada
tipo de resíduo, do mesmo modo todos os resíduos hospitalares gerados nos
Análise dos Resultados
84
estabelecimentos são depositados no mesmo veículo e em seguida depositados em
lixões, aonde nenhuma das instituições já freqüentou um dia.
Todo o pessoal unido, junto com as instituições de saúde podem ajudar a minimizar
as causas e os efeitos causados pelos resíduos e agentes nocivos, porém
a
população e as instituições precisam conscientizar-se sobre a importância de tratar
de forma adequada os resíduos produzidos através das diferentes práticas
humanas, sem agredir o meio ambiente e a saúde pública.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
86
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gestão dos resíduos de serviços de saúde possui uma ampla importância, desde
sua geração até sua disposição final, já que é um processo que exige atenção e
cuidados, quando utilizados artifícios inadequados apresentam riscos á saúde
pública. Às instituições devem investir em seus colaboradores e em meios para a
destinação final adequada, logo que os mesmos são depositados diretamente em
lixões, deixando os colaboradores e o meio ambiente expostos as contaminações e
acidentes, conseqüentemente as mesmas devem sempre estar atualizando
procedimentos e técnicas que some suas relevâncias e diminuindo risco de
degradação ao meio ambiente.
Grande parte dos centros de saúde apontou que o manejo dos resíduos hospitalares
são enviados competentemente pela prefeitura local, mesmo que esses resíduos
sejam separados e acondicionados em sacos plásticos, eles possuem o mesmo
destino o “lixão”, aonde em seguida sofre a incineração liberando elevados gases
infectantes.
Logo o manejo dos resíduos nas instituições possui uma mistificação, ou seja, cada
uma efetua de formas distintas, providas de acordo com os equipamentos
disponíveis. O tratamento dos resíduos devem passar pelas seguintes etapas
segundo a ANVISA: segregação, acondicionamento, identificação, coleta e
transporte interno, armazenamento provisório, tratamento, armazenamento externo,
coleta e transporte externo, em seguida deveriam sofrer a compostagem para uma
destinação final correta, no entanto o município tem a ausência do aterro sanitário,
onde elimina quaisquer odores e contaminações.
Mesmo assim as instituições de saúde não possuem hábitos de efetuar tratamentos
específicos para cada tipo de resíduo, sendo que estas devem apresentar
recipientes com respectivos símbolos e cores de identificação e seus os
colaboradores devem estar providos de todos os equipamentos de proteção
individual. Esse tratamento deve ser distinto porque cada tipo de resíduo possui
risco de contaminação diferente e mediante a este processo de tratamento tende a
diminuir esses riscos de incidente e infecção, além de eliminar gases tóxicos ao
meio ambiente.
Considerações Finais
87
Por fim, objetivo deste trabalho é analisar a forma do descarte dos resíduos de
serviços de saúde (RSS), sendo que o rejeite deve estar provido de seleção, ou
seja, cada resíduo devem está aptos de símbolos e cores para melhor identificação
no momento do descarte, além dos equipamentos de proteção individual para cada
colaborador, essa atividade exige muita atenção, pois os mesmos lidam com
resíduos com uma alta intensidade de bactérias que ficam expostos durante e após
o seu descarte.
Assim, fica claro que as empresas não possuem hábitos de tratamentos para os
resíduos hospitalares específicos, sendo assim, um fato preocupante para o ser
humano e o meio ambiente, contudo as empresas devem estar a par de que tipo de
tratamento e destino final que esses resíduos devem sofrer.
Pois, o aterro sanitário é de extrema importância para o pré-tratamento dos
resíduos, realizando assim, a diminuição dos gases poluentes e também a
neutralização do odor causado através dos mesmos, sendo que estas instituições
estão a par da destinação final desses resíduos mesmo conhecendo os problemas
ambientais que estes provocam.
Este estudo tem a finalidade de estimular e mobilizar a população sobre o destino e
as conseqüências dos resíduos lançados no meio ambiente, principalmente sobre os
produzidos na área da saúde, por ser uma grande produtora de resíduos infectantes,
sendo que quando descartados inadequadamente podem trazer sérios riscos à
população e ao meio ambiente, portanto uma gestão eficiente pode diminuir custos
para as instituições, dando mais oportunidade a sociedade de praticar a reciclagem,
preservar o meio ambiente e a saúde da população
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89
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APÊNDICES
Apêndice
95
APÊNDICE
Apêndice A
ORGANIZAÇÃO DE CULTURA E ENSINO LTDA
FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Este questionário tem por finalidade conhecer como é realizado o manejo dos
resíduos sólidos de serviços de saúde e sua disposição final no Município de Santa
Brígida-BA. Visa contribuir com a melhoria da gestão municipal, promovendo um
diagnóstico do tratamento dos resíduos sólidos neste Município. As informações
serão mantidas em sigilo, e qualquer dúvida a pesquisadora deverá ser consultada
Mislania Barros dos Santos, Fone: 75 88297233
LEGENDA
S- Sim
N-Não
N/A- Nenhuma das alternativas
Segregação
1º Os recipientes existentes são suficientes para segregar os lixos
gerados no ambiente?
2º Os funcionários possuem treinamentos específicos para a
segregação dos resíduos sólidos de serviços de saúde?
3º Os funcionários possuem todos os equipamentos necessários para
realização do manejo dos resíduos?
Acondicionamento
4º Existe uma sala especifica para acondicionar os resíduos?
5º Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos?
6º Existe tratamento especifico para os resíduos perfurocortantes?
Identificação
7º os recipientes possuem identificações especificas para cada tipo de
resíduos?
8º São utilizados símbolos em recipientes e locais de armazenamento
dos resíduos?
9º Possui um local especifico para a higienização dos equipamentos
utilizados no manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde?
Coleta e transporte externo
10º O transporte externo possui especificações para cada tipo de
resíduos?
11º O transporte externo é realizado pela prefeitura?
S N N/A
Apêndice A
Tratamento final
12º O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto causado ao
meio ambiente?
13º Os resíduos hospitalares possuem o mesmo tratamento que os
resíduos comuns?
14º existe tratamentos específicos para cada tipo de resíduos?
Disposição final
15º Existe um local para a destinação final dos resíduos?
16º A disposição final dos resíduos é feito em lixões?
17º Você já freqüentou lugares onde são depositados os resíduos
sólidos de serviços de saúde?
18º Você sabe o que é o aterro do lixo hospitalar?
19º Você já teve alguma informação sobre o destino final do lixo
hospitalar?
20º Existe aterro sanitário controlado?
96
Apêndice
97
Apêndice B
ORGANIZAÇÃO DE CULTURA E ENSINO LTDA
FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Este questionário tem por finalidade conhecer como é realizado o manejo dos
resíduos sólidos de serviços de saúde e sua disposição final no Município de Santa
Brígida-BA. Visa contribuir com a melhoria da gestão municipal, promovendo um
diagnóstico do tratamento dos resíduos sólidos neste Município. As informações
serão mantidas em sigilo, e qualquer dúvida a pesquisadora deverá ser consultada,
Mislania Barros dos Santos, fone: 75 88297233.
Questionário
1º O que é lixo hospitalar, em sua opinião?
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___________________________________________________________________
2º Quais as etapas do manejo dos resíduos hospitalares, conhecidas por você?
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3º Como é controlada o manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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4º Na sua concepção como deve ser tratado o lixo proveniente dos Serviços de
Saúde? Por quê?
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Apêndice B
98
5º Em sua opinião, qual a importância do tratamento dos resíduos dos serviços de
Saúde antes de ser descartados, para a sociedade e o meio ambiente?
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6º Quando é executada a coleta desse tipo de resíduo em Santa Brígida? Os dias
mencionados são suficientes?
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7º Como é feito o transporte dos resíduos de serviços de Saúde? É realizado por
uma empresa terceirizada ou pela prefeitura? Explique.
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8º Onde são descartados os Resíduos dos Serviços de Saúde do Município? E
como é feito o descarte do mesmo?
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9º Em Santa Brígida, há tratamentos específicos para Resíduos de Serviços de
Saúde? Quais?
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10º Em sua opinião, existem alternativa de eliminação de resíduos de serviços de
Saúde? Quais?
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ANEXOS
Anexos
100
ANEXOS
Anexo A: Lixão
Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011
Anexo B: Resíduos hospitalares em lixões
Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011
Anexos
101
Anexo C: Resíduos hospitalares em lixões junto com resíduos comuns
Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011
Anexo D: Resíduos hospitalares em lixões após a incineração
Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011
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