Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA Faculdade Sete de Setembro – FASETE Bacharelado em Administração Mislania Barros dos Santos GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Uma análise no município de Santa Brígida-BA Paulo Afonso – BA Dezembro / 2011 Mislania Barros dos Santos GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Uma análise no município de Santa Brígida-BA Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Bacharelado em Administração, da Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como requisito para avaliação conclusiva. Orientadora: Profª. Msc. Renata Cristine de Sá Pedrosa Paulo Afonso – BA Dezembro/ 2011 Mislania Barros dos Santos GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: Uma análise no município de Santa Brígida-BA Trabalho de conclusão apresentado ao curso de Bacharelado em Administração, da Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como requisito para avaliação conclusiva. Orientadora: Profª. Msc. Renata Cristine de Sá Pedrosa Data de aprovação / / BANCA EXAMINADORA Paulo Afonso – BA Dezembro / 2011 Dedico este trabalho aos meus pais Neta e Ailton, meu irmão Mauricio, minha tia Macia e ao meu namorado Jean. Vocês são extremamente tudo pra mim, sem vocês eu nada seria. Amo vocês! AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS que nunca me abandou em momento alguém, mesmo que o caminho seja longo e doloroso tenho plena convicção que estará sempre mim apoiando. Aos meus pais Neta e Ailton que foram e sempre será meu alicerce, pois cada passo que dou sempre estão ali torcendo por mim. Obrigado por vocês serem pais tão maravilhosos e compreensivos, sempre estão mim ajudando sem nenhuma dificuldade, saibam hoje e sempre que meu amor por vocês é ETERNO. Amo vocês! A meu irmão, minha tia Macia que são pessoas especiais em minha vida. Quando precisarem contem sempre comigo, obrigado por me fazer uma pessoa feliz e por ter ao mesmo tempo amigos de verdade. Ao meu namorado que mesmo distante, viajando tanto pelo Brasil, nunca esqueceu de mim. Mesmos nas horas de dor e angustia você sempre estar mim dando apoio, abrigado por existir na minha vida. AMO-TE! Ao meu avô que partiu deixando boas lembranças e MUITAS SAUDADES, obrigado pai David pela pessoa que você foi e sempre será, que o senhor Jesus te acolha em um lugar lindo porque é o que você merece. A todos os meus amigos da faculdade “Jaqueline Aguiar, Igrasiela Dantas, Ligia Magalhães e Rosivania” onde enfrentamos tantos obstáculos e superamos cada um juntas. Adoro vocês! A minha orientadora Renata Pedrosa que sempre mim auxiliou na confecção deste trabalho e por estar sempre disponível para me orientar quando precisei Mesmo com tantos desafios sempre estava ali persistindo pra tudo dar certo. Muito obrigada RENATA! A todos os profissionais das unidades de saúde que sempre estavam disponíveis mesmo com todos os desafios diários. Obrigado por me ajudarem na conclusão da minha monografia. Meus agradecimentos a todos! Meu muito obrigado aos meus pais que me estimularam sempre a cada etapa. Mostrando que desafios existem para serem vencidos e sejamos sempre o mesmo, independente do amanhã e ao meu bebê que veio fechar o ano com esse presente desde já seja bem vindo. AMO VOCÊS INCONDICIONALMENTE! SANTOS, Mislania Barros dos. Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde: Uma análise no município de Santa Brígida-BA. 2011, 104f. Monografia (Bacharelado em Administração), Faculdade Sete de Setembro, FASETE, Paulo Afonso-BA. RESUMO O presente trabalho tem por finalidade analisar a gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa Brígida-Bahia. Para a realização da pesquisa foram utilizados os seguintes instrumentos: levantamento bibliográfico, pesquisa exploratório-descritiva e pesquisa de campo, além de tratar-se de um estudo quali-quantitativo, tendo como intuito delinear o tratamento especifico para manejo dos resíduos de serviços de saúde que são gerados nos PSF’s, clínicas e casa de parto do município estudado. O procedimento de coleta de dados foi realizado através de questionários aplicados aos gestores das instituições de saúde, mediante os resultados, foi à diferenciação do gerenciamento dos resíduos diante de todas as etapas, desde a segregação até a destinação final. Como o gerenciamento é um processo de extrema importância na preservação do meio ambiente, este requer destinação adequada para todos os resíduos de serviços de saúde, evitando assim impactos negativos para os recursos naturais e o ser humano. Assim, foi percebida a grande necessidade de incentivo às instituições de saúde no entendimento do benefício do gerenciamento dos resíduos visando à conservação do meio ambiente e efetividade na gestão das instituições. Palavras chave: Gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde; Conservação do meio ambiente; Analisar a gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde. SANTOS, Mislania Barros dos. Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde: Uma análise no município de Santa Brígida-BA. 2011, 104f. Monografia (Bacharelado em Administração), Faculdade Sete de Setembro, FASETE, Paulo Afonso-BA. ABSTRACT The present work has the objective to analyze the solid waste management of health services in Santa Brígida Municipal District, Bahia. For carrying out the research it was used the following instruments: bibliographic research, exploratory-descriptive research and field research, besides to deal with a qualitative and quantitative study, having the purpose to address the specific treatment for the handling of the health service residues that are generated in the PSF's, clinics and birth clinics in the above mentioned District. The data collect procedure was conducted through questionnaires applied to the managers of the health institutions, by means of the results; it was the differentiation of the residues management before all stages, from the segregation to the final destination. Since the handling process is of an extreme importance in preserving the environment, it requires adequate destination for the whole residues of health services, therefore, avoiding negative impacts for the natural resources and human beings. Thus, it was noticed the great need to encourage the health institutions in the understanding of the benefit of residues management aiming at the conservation of the environment and effectiveness in the management of the institutions. Keywords: Solid waste management of health services, Conservation of the environment, Analyze the solid residues management of health services LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Símbolos de identificação para cada tipo de recipiente ........................... 60 Figura 2 - Aterro Sanitário ........................................................................................ 68 Figura 3 - Lixão......................................................................................................... 68 Figura 4 - Esquemática de um Lixão ........................................................................ 70 Figura 5 - Esquema de um aterro sanitário .............................................................. 74 Figura 6 - Esquema de geração de energia através do aterro sanitário ................... 75 Figura 7 - Esquema contendo Aterro Sanitário, Cooperativa, Reciclagem e Incineração ............................................................................................. 82 Quadro 1 - Instituições pesquisadas ........................................................................ 50 Quadro 2 - Símbolos de identificação dos resíduos de serviços de saúde. ............. 77 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Os recipientes existentes para segregar os lixos gerados no ambiente................................................................................................. 53 Gráfico 2 - Treinamentos específicos para os funcionários ...................................... 54 Gráfico 3 - equipamentos necessários para todos os funcionários .......................... 55 Gráfico 4 - sala especifica para acondicionar os resíduos ....................................... 56 Gráfico 5 - Resíduos acondicionados em sacos plásticos ...................................... 57 Gráfico 6 - Tratamento específico para os resíduos perfuro- cortantes ................... 58 Gráfico 7 - Recipientes com especificações para cada tipo de resíduos ................ 59 Gráfico 8 - Símbolos em recipientes e locais de armazenamento dos resíduos ...... 60 Gráfico 9 - Local específico para a higienização dos equipamentos de serviços de saúde ................................................................................................ 61 Gráfico 10 - O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto ao meio ambiente................................................................................................. 64 Gráfico 11 - Os resíduos hospitalares e os resíduos comuns .................................. 65 Gráfico 12 - tratamentos específicos para cada tipo de resíduos............................. 66 Gráfico 13 - Destinação final dos resíduos .............................................................. 69 Gráfico 14 - Aterro do lixo hospitalar ........................................................................ 71 Gráfico 15 - Informação sobre o destino final do lixo hospitalar ............................... 72 Gráfico 16 - Aterro sanitário controlado .................................................................... 73 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS PGRSSS- Programa de Gerenciamento de resíduos sólidos de Serviços de Saúde. ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária PGRP- Programa de Gestão de Resíduos Perigosos EPI- Equipamento de proteção individual RSSS- Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde RSS- Resíduos de serviços de Saúde RSSS- Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14 1.1 Problema de Pesquisa.................................................................................. 15 1.2 Objetivos ....................................................................................................... 17 1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 17 1.2.2 Específicos ............................................................................................. 17 1.3 Justificativa ................................................................................................... 18 2 Temática: Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde ...................... 21 2.1 Gestão............................................................................................................ 21 2.2 Gestão Hospitalar ......................................................................................... 22 2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos ..................................................................... 22 2.4 Gestão de Resíduos dos Serviços de Saúde ............................................. 24 2.5 Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) .................... 27 2.6 O Objetivo do Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSSS) ...................................................................... 30 2.7 Fases do Manejo dos RSS ........................................................................... 31 2.7.1 Segregação ............................................................................................ 31 2.7.2 Acondicionamento dos RSS ................................................................... 32 2.7.3 Identificação ........................................................................................... 33 2.7.4 Coleta e Transporte Interno.................................................................... 34 2.7.5 Armazenamento Provisório dos RSS ..................................................... 35 2.7.6 Tratamento ............................................................................................. 36 2.7.7 Armazenamento Externo ........................................................................ 37 2.7.8 Coleta e Transporte Externo .................................................................. 38 2.7.9 Conservação e Desinfecção para os Equipamentos e Utensílios .......... 39 2.7.10 Destinação Final dos RSSS ................................................................... 39 2.8 Medidas de Segurança da Gestão de Resíduos Hospitalares .................. 40 2.9 Conclusões do Capítulo ............................................................................... 40 3 METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................................... 43 3.1 Objetivos da Pesquisa.................................................................................. 43 3.2 Tipos de Pesquisa ........................................................................................ 44 3.2.1 Pesquisa Bibliográfica ............................................................................ 44 3.2.2 Pesquisa de Campo ............................................................................... 45 3.2.3 Pesquisa quali-quantitativa..................................................................... 46 3.2.4 Pesquisa Exploratória ............................................................................ 47 3.2.5 Pesquisa Descritiva ................................................................................ 47 3.3 Instrumentos de Pesquisa ........................................................................... 48 3.3.1 Questionário ........................................................................................... 48 3.3.2 Questionário Aberto ............................................................................... 49 3.3.3 Universo ................................................................................................. 50 3.3.4 Análise e tabulação dos dados............................................................... 51 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................ 53 4.1 Segregação ................................................................................................... 53 4.1.1 Recipientes suficientes ........................................................................... 53 4.1.2 Treinamentos dos funcionários .............................................................. 54 4.1.3 Equipamentos necessários .................................................................... 55 4.2 Acondicionamento........................................................................................ 56 4.2.1 Sala de acondicionamento ..................................................................... 56 4.2.2 Acondicionamentos de resíduos em sacos plásticos ............................. 57 4.2.3 Tratamentos para resíduos perfuro- cortantes ....................................... 58 4.3 Identificação .................................................................................................. 59 4.3.1 Identificação especifica em recipientes .................................................. 59 4.3.2 Símbolos identificando recipientes e locais de armazenamento ............ 60 4.3.3 Higienização de equipamentos após sua utilização ............................... 61 4.4 Coleta e Transporte Externo ........................................................................ 62 4.4.1 Especificações em transportes externos ................................................ 62 4.4.2 O transporte externo realizado pela prefeitura ....................................... 63 4.5 Tratamento Final ........................................................................................... 64 4.5.1 Efetivação do tratamento final ................................................................ 64 4.5.2 Tratamentos dos resíduos hospitalares e comuns ................................. 65 4.5.3 Tratamento para cada tipo de resíduo ................................................... 66 4.6 Disposição Final ........................................................................................... 67 4.6.1 Local específico para descarte final ..................................................... 67 4.6.2 Destinação em Lixões ............................................................................ 69 4.6.3 Ambiente de descarte do lixo hospitalar ................................................. 70 4.6.4 Aterro dos resíduos hospitalares ............................................................ 71 4.6.5 Informações do lixo hospitalar ................................................................ 72 4.6.6 Aterro sanitário controlado ..................................................................... 73 4.7 Resultados do questionário aplicado aos gestores .................................. 75 4.7.1 Sobre Lixo hospitalar .............................................................................. 75 4.7.2 Etapas do manejo dos resíduos hospitalares ......................................... 76 4.7.3 Controle do manejo dos resíduos hospitalares ...................................... 77 4.7.4 Como deve ser tratado o lixo hospitalar ................................................. 78 4.7.5 Importância do tratamento dos resíduos hospitalares antes de serem descartados ............................................................................................ 79 4.7.6 Quando é executada a coleta dos resíduos hospitalares ....................... 79 4.7.7 Transporte dos resíduos de serviços de saúde ...................................... 80 4.7.8 Local de descarte dos resíduos hospitalares do município .................... 80 4.7.9 No município há tratamentos específicos para os resíduos de serviços de saúde ................................................................................................ 81 4.7.10 Alternativas de eliminação de resíduos hospitalares .............................. 82 4.8 Conclusões da Pesquisa.............................................................................. 83 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 86 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 APÊNDICE ................................................................................................................ 95 Apêndice A ........................................................................................................... 95 Apêndice B ........................................................................................................... 97 ANEXOS ................................................................................................................. 100 INTRODUÇÃO Introdução 14 1 INTRODUÇÃO O gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos pelas ações humanas, sejam industrial, residencial, comercial, público ou de serviços de saúde, é um dos maiores desafios no que diz respeito a conscientização de como tratá-los adequadamente no município em estudo. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2000), afirma que são coletadas no Brasil aproximadamente 230 mil toneladas de lixo urbano por dia e, desse lixo, 22,49% tem destinação sanitariamente incorreta em lixões, áreas alagadas e locais não fixos; 37,03% são destinados a aterro controlado. Nas regiões Norte e Nordeste, que concentram aproximadamente 37% da população brasileira, cerca de 50% dos resíduos coletados são depositados diretamente em lixões, causando impacto no meio ambiente (LIMA e DIAS 2011). O descarte inadequado dos resíduos sólidos gera impacto negativo no ambiente, podendo ocasionar a disseminação de doenças, visto que grande parte desses resíduos são depositados em lixões sem qualquer tratamento, expostos diretamente ao meio ambiente e ao ser humano. O respeito às condições ambientais deve ser pensado e repensado de forma mais ampla, não contemplando apenas um ecossistema local ou regional, mas a terra como um todo. As agressões à natureza decorrente da aplicação indiscriminada de tecnologia e diversas práticas, nem sempre trazem efeitos imediatos ao ambiente onde a atividade se realiza (LIPPEL, 2003). Deste modo, as pessoas devem se conscientizar em relação à responsabilidade ecológica não só local, mais global, pois as agressões à natureza estão diretamente ligada às atividades executadas pelos indivíduos. Logo, os resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS) constituem um desafio com interfaces, uma vez que, além das questões ambientais inerentes a qualquer resíduo, os RSSS incorporam uma preocupação maior no que tange ao controle de infecções nos ambientes prestadores de serviços nos aspectos da saúde individual/ocupacional (LIPPEL, 2003). Introdução 15 O gerenciamento dos resíduos sólidos permitirá melhor controle das condições ambientais, seja social ou ecológica, a responsabilidade do tratamento adequado do tema pode garantir melhor condições de qualidade de vida à população, assim, este trabalho vem com o intuito de demonstrar como se dá a gestão de resíduos sólidos dos serviços de saúde, ou seja, o lixo hospitalar no município de Santa Brígida, visando contribuir com o processo descrito, proporcionando melhores condições à população local. 1.1 Problema de Pesquisa A Resolução CONAMA no 005/1993 define resíduos sólidos como: resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição (ANVISA, 2006). Logo, estes resíduos são gerados mediante atividades rotineiras, mas que devido o produto ser de finalidade solida tem uma maior durabilidade para ser destruído provocando assim imensos danos ao meio ambiente e o ser humano Através dos novos padrões de consumo da sociedade industrial, a produção de resíduos vem crescendo continuamente em ritmo superior à capacidade de absorção da natureza. Nos últimos 10 anos, a população brasileira cresceu 16,8%, enquanto que a geração de resíduos cresceu 48% (IBGE, 1989/2000 citada por ANVISA, 2006). Esse resultado pode ser observado através da produção e concepção de produtos, portanto o ser humano está consumindo uma produção elevada, fato que a natureza não tem a capacidade de destruir, logo que a produção de lixo cresceu mais que a população brasileira, assim há um aumento gradativo de toxidade e choque no meio ambiente. A Gestão de Resíduos Perigosos (PGRP) prevê a classificação segundo a NBR 10.004/04, segregação, pré-tratamento, rotulagem, transporte e destinação ao aterro industrial dos resíduos perigosos, assim, o PGRP visa minimizar o impacto ambiental causado pelo descarte de resíduos perigosos, minimizando os riscos e evitando o acúmulo de produtos perigosos (FURB 2009). Introdução 16 No entanto, esses resíduos devem sofrer todas essas etapas, tendo como finalidade minimizar os impactos ambientais, ou seja, esses resíduos ficam sobrepostos liberando gases infectantes que causa perigo constante para o ser humano e os recursos naturais. Com relação aos resíduos de serviço de saúde (RRS) é de extrema importância identificar os tipos de riscos que há nesses resíduos e o tratamento específico para cada um deles. Das 149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais gerados diariamente em todo o Brasil, há uma fração baixa de 2% composta por RRS, através destes, somente 10 a 25% são necessários cuidados especiais. Nos resíduos onde há riscos biológicos, deve-se analisar cadeia de transmissibilidade, onde submerge características do agente agressor, tais como: a capacidade de sobrevivência e resistência, da passagem do agente às condições de defesas naturais do receptor (ANVISA, 2006). Diante da disposição inadequada desses resíduos, surgem riscos a saúde humana e ao meio ambiente, através de agentes físicos, químicos ou biológicos, que criam condições ambientais perigosas. É a contradição do desenvolvimento sábio e tecnológico que geram esses embates, aos quais se deparam os homens pósmoderno, diante dos graves problemas sanitários e ambientais gerados de suas próprias inovações. Os impactos são gerados através das ações e reações causadas na teia que fomenta a sustentabilidade, onde tudo e todos são interligados e se inter-relacionam, conforme (CAPRA, 1999 citado pela FUNDAÇÃO SOCIAL E HOSPITALAR DE IÇARA 2005). Contudo, o meio ambiente é um conjunto de elementos físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere o Homem, individual e socialmente, num processo de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas, à preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno (COIMBRA citado por CUNHA 2005) Partindo de uma reflexão nessa direção, é necessário entender o conjunto de restrições culturais, físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere a comunidade e o meio ambiente. A ausência da preservação causa Introdução 17 condições ambientais perigosas, que acarreta imensos riscos a saúde humana e ao meio ambiente. Esses resíduos de serviços de saúde possuem uma alta amplitude de autores infectantes provocando explosões de riscos que podem ocorrer antes e durante a destinação. No entanto, este resultado de contaminação ocorre em imensas prestadoras de saúde por não estarem providas de todos os equipamentos necessários para evitar riscos e infecções, conseqüentemente o município também não possui uma destinação final adequada deixando estes expostos na atmosfera, criando assim, uma maior possibilidade de acidentes e contaminações. Partindo desse pressuposto, surge a seguinte indagação: De que forma é realizado o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa Brígida-BA, apresentando a gestão desses resíduos ? 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Analisar o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa Brígida, apresentando o processo de gestão de resíduos sólidos deste tipo de serviço. 1.2.2 Específicos Demonstrar o manejo dos resíduos de serviços de saúde que são gerados nos PSF’s clínicas e casa de parto de Santa Brígida; Identificar o tratamento específico para cada categoria de resíduos sólidos; Apresentar o descarte dos resíduos de serviços de saúde no município de Santa Brígida; Introdução 18 1.3 Justificativa No Brasil, há alguns anos atrás, os Resíduos de serviços de saúde eram movidos da mesma forma que os resíduos domiciliares e públicos, contudo, sua coleta, transporte, tratamento e local de destinação final possuíam o mesmo fim. No entanto, nos dias de hoje estes possuem tratamento e destinação diferente, de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA, n° 306, onde estão definidas as classificações dos RSS e qual o devido gerenciamento a ser dado para cada grupo (INFOESCOLA 2010). A coleta seletiva é exercida em pouco mais de 80 municípios brasileiros. A população mundial cresceu 18% entre 1970 e 1990, porém, a produção de lixo aumentou 25%. Cada pessoa produz em média de 800 gramas a um quilo de lixo por dia, ou de quatro a seis litros (BARBOSA, 2007). Estes resultados podem ser observados através do aumento considerável e preocupante da produção desses resíduos, com isso, ocorre uma maior descartabilidade provocando uma variedade de produtos com menor ou maior nível de degradação, pois estes resíduos hospitalares possuem um maior nível de toxidade. A gestão dos resíduos em hospitais e centros de saúde cresceu em quantidade e composição, no circuito interno, armazenamento, transporte, tratamento e destino final dos resíduos, enquanto que para as unidades de saúde, como: centros de hemodiálise, consultórios médicos, centros de enfermagem, laboratórios de análises clínicas e postos médicos de empresas se procuraram apenas fazer uma estimativa dos resíduos produzidos (BARBOSA, 2007). É dessa forma que as quantidades de resíduos crescem, pois as unidades de saúde estão procurando estimativas para calcular a produção de lixo gerados nos estabelecimentos, estas devem analisar o que essa produção elevada pode vir a ocasionar para o meio ambiente e o ser humano, logo a natureza responde o que vem sofrendo ao longo do tempo. A atual crise ambiental que se permeia através da escala, magnitude e incertezas, que demonstra como as atividades humanas vêm produzindo drásticas mudanças Introdução 19 ambientais, nos níveis locais e globais, resultando em muitos e sérios problemas de saúde. Por sua própria natureza complexa, esses problemas requerem a busca de enfoques alternativos que integrem os aspectos socioeconômicos com os biofísicos na compreensão e busca de soluções dos mesmos (FREITAS, 2006). Estes problemas ambientais foram causados através de um enorme crescimento das atividades produzidas pelo ser humano, gerando uma drástica mudança ambiental, que afeta tanto ao meio ambiente quanto o ser humano, onde estes necessitam de vínculos com a natureza para sua sobrevivência. A escolha do tema parte do princípio de avaliar como é realizado o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde no município de Santa Brígida, para verificar qual a importância da conservação e proteção do meio ambiente e seus recursos naturais, através do gerenciamento dos resíduos executados pelo município e os impactos causados pelas mudanças no meio ambiente e dos descartes de resíduos sólidos inadequados, visto que, o tema ainda não é muito debatido nos dias atuais, assim surge à oportunidade de poder debater mais sobre o assunto e conseqüentemente motivar os alunos a aprofundarem-se cada vez mais sobre o mesmo, tendo como finalidade a contribuição para futuras pesquisas de estudantes da FASETE e demais estudantes interessados na área da saúde, além do acervo de benefícios que será proporcionado ao município e conseqüentemente ao meio ambiente. REFERENCIAL TEÓRICO Referencial Teórico 21 2 Temática: Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde A temática gestão de resíduos sólidos de serviços de saúde tem sido um constante desafio, principalmente, em conseqüência das questões ambientais, pois sua execução pode garantir a precaução da saúde ocupacional e da população, além de minimizar os impactos ao meio ambiente. 2.1 Gestão Gestão, ou gerenciamento, pode ser definido como um conjunto de habilidades, técnicas e de relacionamento interpessoal necessárias para alcançar os objetivos definidos pela empresa. (SCHOENACHER, FREITAS e COSTA 2011). De acordo com Chiavenatto (citado por SILAS 2003): A tecnologia, por exemplo, está funcionando como um verdadeiro desestabilizador das instituições, face ao seu forte impacto inovador, desequilibrando as estruturas vigentes, solucionando muitos problemas e criando situações inteiramente novas, que, por sua vez, trazem problemas novos e diferentes. Esta relação de tecnologia e problemas são situações distintas, que complementam de acordo com os produtos, serviços utilizada para se obter qualidade na gestão, logo que estão desequilibrados, por meio da propagação, tecnologia e do conhecimento que vem a gerando uma grande possibilidade dos produtos e serviços oferecidos ficarem mais parecidos e saturados. Segundo Matos (citado por VENDEMIATTI 2007), as instituições de saúde, no ambiente de competitividade cada vez maior, assumem trajetórias empresariais, necessitando, em tal contexto, de uma gestão profissional. Alguns autores mais reservados, ainda relutam em assumir que o hospital faz parte integrante das empresas nos moldes mais capitalistas; no entanto, estes novos centros de trabalho são comprovações de uma quebra de paradigma e de preocupação com uma nova forma de gestão (MATOS citado por VENDEMIATTI, 2007). Referencial Teórico 22 Assim a gestão deve assumir moldes que venha beneficiar as empresas mediante essa quebra de paradigma logo que estas relutam que as prestadoras de saúde fazem parte integrante do capitalismo, ou seja, este trabalho é uma forma de identificar que esses resíduos quando executado adequadamente não causam nenhum preocupação para uma nova e futura gestão. 2.2 Gestão Hospitalar A gestão hospitalar tem como focos de maior atenção os processos na mudança da saúde. Instituições complexas conjugam uma forte diferenciação tecnológica com preocupações socioambiental, ou seja, as unidades de saúde evidenciam as dificuldades naturais quando confrontados com a permanente pressão para a mudança e adaptação a novos processos e novas exigências. Logo uma gestão eficaz traz melhor e mais adequado cuidados a saúde do ser humano e do meio ambiente (REVISTA PORTUGUESA DE SAÚDE PÚBLICA 2002). Portanto todo acréscimo de eficiência e eficácia nos processos de gestão e assistência hospitalar em relação à atenção, que fazem parte o respeito e as medidas que visem a atender às crescentes exigências e necessidades da população, objetivos esses que têm sido perseguidos com persistência. 2.3 Gestão dos Resíduos Sólidos De acordo com o manual da ANVISA (2006): A Resolução CONAMA no 005/1993 define resíduos sólidos como: resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de serviços de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. Os resíduos sólidos são compostos por grande variedade de materiais passíveis de recuperação, mediante a isto, gerar trabalho e renda, proporcionando tratamento a Referencial Teórico 23 meio ambiente e benefícios para os mesmos, a gestão de resíduos sólidos é de suma importância para o serviço de interesse público de caráter essencial. O Projeto de Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a gestão integrada de resíduos se refere à tomada de decisões voltada aos resíduos sólidos de forma a ponderar as dimensões políticas, econômicas, ambientais, culturais e sociais, considerando a ampla participação da sociedade, tendo como premissa o desenvolvimento sustentável (ANVISA, 2006). Observando que a lei rege decisões que venha a favorecer a sustentabilidade ambiental e os seres humanos, logo se avalia todas as dimensões tendo como alicerce a população e assim somar os fatores principais o meio ambiente e a saúde pública. O manejo de resíduos sólidos no país é preocupante, principalmente em relação ao que diz respeito à questão da disposição final, uma vez que 63,6% dos municípios brasileiros utilizam lixões como forma de disposição dos resíduos sólidos urbanos, 18,4% utiliza aterros controlados e 13,8% dispõem os resíduos em aterros sanitários (PNSB/IBGE, citado por JUNIOR 2007). Diante de tantas calamidades em relação à disposição final dos resíduos serem descartados em qualquer lugar, devem-se tomar providências imediatas para reverter essa situação, de forma a identificar quais as melhores soluções para os manejos dos resíduos sólidos, principalmente à disposição direta em lixões sem nenhum tratamento causando um maior impacto ambiental. O saneamento ambiental no Brasil chegou a níveis intoleráveis. A falta de água potável e de esgotamento sanitário é responsável, hoje, por 80% das doenças e 65% das internações hospitalares. Além disso, 90% dos esgotos domésticos e industriais são despejados em qualquer lugar, sem qualquer tratamento nos mananciais de água. Os lixões, muitos deles localizados às margens de rios e lagoas, são outro foco de problemas. O debate sobre o tratamento e a disposição de resíduos sólidos urbanos ainda á uma desatenção pelo Poder Público (Programa Parque Vivo- PPV 2010). Referencial Teórico 24 A população jamais teve tantos problemas com os descartes de lixo inadequado, o lixo depositado a céu aberto, provoca a proliferação de vetores de doenças, onde a principal característica é o desperdício, se a população produz cada vez mais resíduos. Assim, a gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe uma explanação que tenha como referência o princípio dos 3 RS apresentado na Agenda 21: Redução do uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras. Reutilização direta dos produtos, e reciclagem de materiais, o princípio de que causa menor impacto evitar a geração do lixo do que reciclar os materiais após seu descarte. Reciclagem de materiais polui menos o ambiente e envolve menor uso de recursos naturais, mas raramente questiona o atual padrão de produção (SOARES e GRIMBERG, 2006). A separação dos Resíduos Sólidos segue uma ação que evita a geração de resíduos difundidos, causando menor impacto se comparada à reciclagem de materiais após seu descarte. A reciclagem polui menos, uma vez que proporciona um menor volume de resíduos a serem dispostos no solo. 2.4 Gestão de Resíduos dos Serviços de Saúde Segundo BRASIL (2011, p.1): O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão e planejamento implementados a partir de bases cientificas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. A gestão deve ampliar todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS, com o objetivo de minimizar o aumento desses resíduos, oferecendo uma disposição final segura e um ambiente natural sem quaisquer riscos. A classificação dos RSS vem ocorrendo num processo de evolução contínuo, na medida em que são introduzidos novos tipos de resíduos nos estabelecimentos de Referencial Teórico 25 saúde e como resultado do conhecimento do comportamento destes perante o meio ambiente e a saúde, como forma de estabelecer uma gestão segura com base nos princípios da avaliação e gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulação (ANVISA, 2006). A gestão dos resíduos hospitalares compõe um grupo de processo de gerenciamento e planejado, implementado a partir de uma base legal, técnica e científica, com a finalidade de proporcionar aos resíduos gerados um descarte adequado de forma eficiente, visando à proteção humana, a preservação do meio ambiente, dos recursos naturais e da saúde pública (ANVISA 2004). Os resíduos sólidos devem passar por um processo de tratamento, através de um planejamento, antes de ser descartados ao meio ambiente, visando à preservação da comunidade e da natureza. Contudo, o PGRSS tem a obrigação de verificar todas as fases que os RSS percorrerão, desde a fase de geração até a fase transporte externa (destino final) em seus respectivos aterros sanitários, se esse for sua disposição final (ANVISA, 2006). ANVISA (RDC nº 33) conceituar a identificação como o conjunto de medidas onde permite reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e embalagem, identificando informações corretas para o manejo dos RSS. A identificação necessita estar adjunta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, legível, utilizando-se símbolos baseados na norma da ABNT, NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de materiais, além de outras exigências relacionadas à classificação e ao risco específico de cada grupo de resíduos. (SILVA e SOARES 2011). Através da identificação destes resíduos, os trabalhadores poderão identificar através de símbolos qual o manuseio adequado para cada um. Os Resíduos Químicos e Rejeitos Radioativos, os quais a identificação é diferenciada e o símbolo de risco associado. Para os demais resíduos do Grupo D deverá ser utilizada a cor cinza nos recipientes e no caso de não proceder à reciclagem poderá ser utilizada a cor preta. Referencial Teórico 26 A Res. 283 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - de 12 de julho de 2001 define Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal, os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde, medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e aqueles provenientes de barreiras sanitárias (CAMPANER e SOUZA 2002). Os RSS são considerados perigosos devido à sua impressão de toxicidade e patogenicidade. Este é característica inerente aos RSS pela potencialidade de apresentar, em sua composição, agentes infectantes como microorganismos ou toxinas por estes produzidos, que possam afetar principalmente a saúde humana, e o caráter de toxicidade é dado pela presença de uma ou mais substâncias químicas agregadas ao resíduo (SCHNEIDER, citado por CASTRO, 2008). Estes resíduos perigosos devem ser classificados segundo a NBR 10.004/04: segregação, pré-tratamento, rotulagem, transporte e destinação ao aterro industrial dos resíduos perigosos, visando minimizar o impacto ambiental, devido, o descarte inadequado desses resíduos a céu aberto, aumentando a contaminação ao meio ambiente e aos seres humanos. Dentre os resíduos gerados nos serviços de saúde, os classificados como infectantes são aqueles que apresentam riscos mais evidentes para a saúde humana e ambiental. Tais resíduos podem apresentar tanto contaminação biológica (microorganismos patogênicos) como por substâncias químicas (drogas carcinogênicas, teratogênicas, e materiais radioativos). Contudo, a contaminação química, quando comparada com a contaminação biológica, em relação ao volume de resíduos gerados, apresenta uma quantidade pouco significativa (SCHNEIDER, 2001 citado por CASTRO, 2008). Mesmo que a responsabilidade direta pelos RSS seja dos estabelecimentos de serviços de saúde, por serem os geradores, pelo princípio da responsabilidade compartilhada, ela se estende a outros atores: ao poder público e às empresas de coleta, tratamento e disposição final. A Constituição Federal, em seu artigo 30, Referencial Teórico 27 estabelece como competência dos municípios "organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo que tem caráter essencial (ANVISA, 2006). Os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde podem contratar outros prestadores para realizar os serviços de limpeza, coleta de resíduos, tratamento, disposição final e comercialização de materiais recicláveis. Por isso, é importante ter à disposição mecanismos que permitam verificar se os procedimentos definidos e a conduta dos atores estão em sincronia com as leis. As contratações devem exigir e garantir que as empresas cumpram as legislações vigentes, regulamentação e fiscalização (ANVISA, 2006). Os serviços municipais de coleta, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos através do gerenciamento corretos destes significa não só controlar e diminuir os riscos, mas também alcançar a minimização, assim, controlar e reduzir os riscos à saúde associados aos resíduos sólidos, porém é possível obter mais contratos para realizar os serviços de limpeza e coleta adequada dos resíduos, contudo as mesmas devem fiscalizar se estiver sendo cumprindo a legislação mediante a contratação. Uma destinação segura e eficiente dos RSS, visando à preservação da saúde pública e do meio ambiente, assim, é necessário considerar todas as etapas desde a geração até a destinação final, ou seja, o manejo possui diferentes tipos de resíduos e alternativas a ser utilizadas para o tratamento de cada um resíduo, logo devendo selecionar os equipamentos e dispositivos mais convenientes para tal propósito Caberá ainda, ao responsável legal dos estabelecimentos, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública (CORRÊA 2011). 2.5 Gestão de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) Os Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS) são resíduos produzidos por serviços prestados através, da assistência médica em atenção à saúde humana e veterinária necrotérios e serviços onde se realizam atividades de embalsamento, serviços de medicina legal, instituições de ensino e pesquisa médica, unidades móveis de atendimento à saúde, serviços de acupuntura, serviços de tatuagem, Referencial Teórico 28 dentre outros similares, os quais possuindo potencial de risco, em função da presença de material biológico, objetos perfurantes e/ou cortantes potencial ou efetivamente contaminados, produtos químicos perigosos, e também rejeitos radioativos (COELHO citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001). Estes tipos de resíduos quando utilizados para efetuar quaisquer atividades que tenha a presença de material biológico ou radioativo, criam risco a saúde humana, devido o potencial de infectantes que este libera antes, durante e após o seu uso, podendo causar contaminação e acidentes. Segundo a Pesquisa Nacional sobre Saneamento Básico, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE (citado por CORRÊA 2011): Revela o dramático cenário brasileiro referente aos resíduos sólidos de serviços de saúde. Dos 5.507 municípios brasileiros, 2.041 não fazem coleta diferenciada dos resíduos de serviços de saúde; dos 3.466 municípios que coletam os resíduos sólidos de serviços de saúde, 1.193 não fazem nenhum tipo de tratamento; 2.569 municípios fazem à disposição final dos resíduos de serviços de saúde no mesmo aterro dos resíduos sólidos urbanos e apenas 539 municípios encaminham os resíduos sólidos de serviços de saúde para locais de tratamento ou aterros especiais. A maioria das instituições de saúde não possui processos para o tratamento dos resíduos sólidos. Por outro lado, muitos dos nossos municípios brasileiros não dispõem de coleta seletiva para os resíduos sólidos de serviços de saúde, o que levam muitos desses estabelecimentos ao mesmo aterro dos resíduos sólidos urbanos, ou até mesmo do enterramento em vala séptica ou ainda mais grave a queima a céu aberto, onde leva a implicação da liberação de substâncias nociva ao meio ambiente (COELHO citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001). Deste modo as instituições devem possuir método para efetuar a coleta seletiva, logo que uma pequena quantidade dos municípios brasileiros possui, conseqüentemente com a disposição inadequada, esses resíduos vão para terrenos baldios deixando expostos na superfície, onde o mesmo libera agentes infectantes que prejudica a saúde humana e o meio ambiente. No entanto, a maneira mais adequada para o Tratamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de saúde (RSSS), antes conceituado em lixo hospitalar, é o seu Referencial Teórico 29 gerenciamento. O gerenciamento desses resíduos tem como finalidade minimizar a sua produção e de proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos profissionais que trabalham no mesmo, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente (COELHO, citado pela FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2001). Estes resíduos necessitam passar por um tratamento adequado, antes de serem destruídos tendo como finalidade minimizar os impactos que vem a causar nos recursos naturais e no meio ambiente, ou seja, estes devem seguir em caminho seguro para evitar acidentes com os colaboradores. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – resolução RDC n°33 de 25 de fevereiro de 2003, D.O.U. de 05/03/2003, os resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS) são classificados em cinco categorias de acordo com a sua natureza. São classificados em (FILHO, 2011): Lixo do tipo A - resíduos com risco biológico Lixo do tipo B - resíduo com risco químico Lixo do tipo C - resíduos radioativos Lixo do tipo D - resíduos comuns Lixo do tipo E – resíduos perfuro-cortantes O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos significa não só fiscalizar e diminuir os riscos, mas também reduzir a geração. Um sistema correto de manejo dos resíduos sólidos em um estabelecimento de saúde permite controlar e reduzir com segurança e economia os riscos para a saúde e meio ambiente associados aos resíduos (OLIVEIRA, 2002 citado por CASTRO 2008). Os espaços de saúde, além de instituir diversos tipos de resíduos classificados como comuns similares ao resíduo doméstico devem reduzir a geração dos mesmos, e com isso ocasionar uma redução áspera de resíduos perigosos pela presença de agentes biológicos, resíduos com características químicas e, inclusive, rejeitos radioativos. Referencial Teórico 30 Entre os diversos resíduos gerados pela sociedade estão os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS), que constituem um desafio com interfaces, uma vez que, além das questões ambientais inerentes a qualquer tipo de resíduo, os RSS incorporam uma preocupação maior no que tange ao controle de infecções nos ambientes prestadores de serviços, aos aspectos da saúde individual/ocupacional e à saúde pública (SCHNEIDER, 2001 citado por CASTRO, 2008). Ao gerenciar os resíduos de serviço de saúde adequadamente, evitará riscos á saúde humana e ao meio ambiente, com a finalidade de minimizar os impactos ambientais, sua produção, proporcionando um destino final seguro, com o intuito de viabilizar a proteção aos que trabalham no mesmo. Assim o RSS deve ser exercido ao mesmo tempo com as normas designadas para a coleta, transporte e disposição final dos resíduos. 2.6 O Objetivo do Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSSS) O Programa de Gerenciamento dos RSSS obtém um conjunto de métodos de gestão, onde são devidamente colocados em praticas de bases científicas e técnicas, com o intuito de minimizar a produção de resíduos e apresentar aos resíduos gerados, um destino seguro, de forma eficiente, viabilizando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Assim, esse gerenciamento deve compreender o planejamento de recursos físicos, recursos materiais e a capacitação de recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS (FILHO, 2011). A concepção desses métodos é para diagnosticar corretamente o manejo desses resíduos com a finalidade de reduzir ao máximo a produção e criar condições adequadas para sua destinação final, assim evita acidentes e contaminação com os colaboradores além de preservar o meio ambiente. O intuito do gerenciamento é minimizar a geração de resíduos, evitando que seu volume cresça gradativamente, estes resíduos devem ser descartados com segurança através do manejo adequados realizado desde a sua geração ate a disposição final. Referencial Teórico 31 De acordo com o manual da (ANVISA 2006, P. 36), O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde é o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas administrativas e normativas para prevenir acidentes. O manejo dos resíduos de serviços de saúde deve estar previamente documentado para então seguir a execução, logo que esses resíduos passam por varias etapas tendo por finalidade a prevenção de riscos à saúde humana e ao meio ambiente, mediante suas respectivas técnicas. 2.7 Fases do Manejo dos RSS O manejo dos RSS é um conjunto de ações destinadas ao gerenciamento de resíduos, diante de seus aspectos internos e externos, desde a geração até a disposição final, mediante as seguintes etapas (ANVISA, 2004). 2.7.1 Segregação Segundo a CONAMA 2005 (citado por COSTA e FONSECA 2009, P.15): É obrigatória a segregação dos resíduos na fonte e no momento da geração, de acordo com suas características, para fins de redução do volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente. A segregação tem como objetivo reduzir o volume de resíduos diferentes, ou seja, incompatíveis, visando garantir a saúde do ser humano e do meio ambiente, possibilitando a reutilização, reciclagem e a segurança durante o manuseio. A mistura de resíduos incompatíveis pode causar: geração de calor; fogo ou explosão; geração de fumos e gases tóxicos; geração de gases inflamáveis; solubilização de substâncias tóxicas, dentre outros (MEDEIROS, 2002). Referencial Teórico 32 Mediante essa incompatibilidade será adotado o método de segregação que irá separar apenas os resíduos: Do tipo A - resíduos com risco biológico, tipo B resíduo com risco químico, tipo C - resíduos radioativos, tipo D - resíduos comuns e tipo E - resíduos perfurocortantes, sem realizar a reciclagem, ou se irá realizar a segregação específica para os resíduos do Grupo D: vidro, papel, papelão, plástico 1. Assim, classificar que a mesma será desempenhada no momento da geração de resíduos, contudo informar a necessidade de recursos materiais para efetuar a separação dos resíduos (ANVISA, 2006). Os resíduos devem ser separados de acordo com suas características, facilitando o manuseio e evitando risco tanto a saúde humana quanto ambiental, este manuseio deve ser executado mediante do EPI para pessoas devidamente capacitadas, onde estes devem observar qual o tratamento adequado para cada tipo de resíduo. 2.7.2 Acondicionamento dos RSS O acondicionamento dos resíduos consiste no ato de empacotar em embalagens corretas, de acordo com as suas características e classificações, em sacos e/ou recipientes, devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente á ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem quaisquer contatos manual, com cantos arredondados e ser resistentes ao tombo (ANVISA, 2006). Retratar a importância dos procedimentos através: dos equipamentos de proteção individual (EPI´s), equipamentos, fardamento, recipientes e relação de produtos químicos empregados, e assim, mostrar quais são os riscos que estão associados à falta de recursos materiais e de equipamentos de proteção individual: luvas máscaras, para segregar os resíduos (MEDEIROS, 2002). Assim, determinar os procedimentos corretos para o fechamento, vedação e manuseio dos recipientes, de forma a evitar vazamentos e/ou ruptura dos mesmos e portar símbolo de identificação compatível com o tipo de resíduo acondicionado (MEDEIROS, 2002). 1 FILHO. Júlio de Mesquita UNESP- Universidade Estadual Paulista em São Jose dos campos - SP 2011. Referencial Teórico 33 O acondicionamento deve ser feito mediante coletadores devidamente capacitados providos dos EPI, com o objetivo de evitar contaminação nos seres humanos, porém estes devem ser de origem lavável e resistente, para no ato da vedação evitar vazamentos, assim estes recipientes devem estar identificados com símbolos de acordo com cada tipo de resíduo. 2.7.3 Identificação A identificação é um conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS ANVISA (citado por SILVA e SOARES 2011). A identificação dos resíduos serve para afirmar a segregação efetuada nos locais de geração e deve estar contida nas embalagens, "contaneires", nos locais de armazenamento, e nos veículos de coleta interna e externa. Atribuindo símbolos, cores e frases baseadas na norma da ABNT NBR 7500 a 7504e na resolução CONAMA nº 275/01, com o intuito de sempre orientar quanto á riscos de exposição (MEDEIROS 2002). Contudo os sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte deverão ser identificados, com símbolos e cores, desde que seja garantida a eliminação de contaminações e acidentes, dando segurança nos processos de manuseio dos sacos e recipientes. Segundo na norma NBR 7.500 da ABNT, Citado por (PINHEIRO 2010, P. 1): O Grupo A é identificado através de símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco. O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO. Referencial Teórico 34 O Grupo E são identificado pelo símbolo de substância infectante constante na NBR-7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo. Os recipientes devem estar identificados através de um símbolo, cores e frases que perceba o tipo de resíduo contido no acondicionamento, os recipientes e sacos devem ser identificados por adesivos, desde que seja resistente ao manuseio, onde é de suma importância o reconhecimento desses resíduos diante dos adesivos acondicionados fora do saco, que identificará que tipo de resíduo está contido no recipiente ou saco. 2.7.4 Coleta e Transporte Interno A coletagem e o transporte devem ser feitos por funcionários capacitados em horários, sempre que possível, que não coincida com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, período onde acontece um maior fluxo de pessoas ou de atividades. A coleta deve ser efetuada separadamente, de acordo com cada grupo de resíduos e em recipientes específicos (ANVISA, 2006) são elas: 1. Os recipientes ou embalagens para transporte interno devem compor de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados, e identificados com o símbolo. 2. Os recipientes devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. 3. Os recipientes com mais de 400 l de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. 4. O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores. 5. A logística interna deve ser planejada de acordo com o tipo de RSS, volume gerado. Referencial Teórico 35 6. Identificar o número de funcionários disponíveis e o número de carros de coletas. 7. Identificar quantos carros de coleta interna serão necessários para cada grupo de RSS, cada um diferenciando do outro. 8. Determinar a capacidade que cada carro pode transportar de acordo com o volume de resíduos gerados. 9. Informar a necessidade de equipamentos de proteção individual: Luva, máscaras e bota para a realização da coleta interna dos resíduos. 10. Após as coletas, os funcionários deverão lavar as mãos ainda enluvadas, retirar as luvas e colocá-las em local próprio, ainda é de suma importância que os funcionários também devem lavar as mãos antes de colocar as luvas e depois de retirá-las. 11. A coleta interna consiste a transferência de resíduos do local onde foi gerado, até o local de armazenamento provisório ou coleta externa. 2.7.5 Armazenamento Provisório dos RSS O armazenamento provisório tem como finalidade guardar temporariamente os recipientes contendo os resíduos acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e aperfeiçoar os pontos geradores e o ponto de destinação á coleta externa. Descrever quais as regras que devem ser consideradas para efetuar o armazenamento temporário dos RSSS (ANVISA, 2006). Segundo a ANVISA o armazenamento provisório indica algumas regras que devem ser cumpridas e respeitas. São elas: 1. O armazenamento não poderá ser feito temporariamente com disposição direta dos sacos sobre o piso ou sobre piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento. Referencial Teórico 36 2. Quando a sala for um local exclusivo para armazenamento, deve ser identificado como “SALA DE RESÍDUOS.” 3. A quantidade de salas de resíduos será definida em função do porte, quantidade de resíduos. 4. A sala para armazenamento provisório dependendo do volume de geração poderá ser utilizada a sala de utilidades. Assim, a sala deverá expandir, no mínimo, mais dois metros quadrados para o armazenamento de dois recipientes coletores para posterior traslado até a área de armazenamento externo. 5. A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter pisos e paredes lisas e laváveis. 6. Além disso, o piso deve ser resistente ao tráfego dos recipientes coletores. 7. Possuir iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores, para o posterior traslado até a área de armazenamento externo. 8. No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes coletores ali estacionados. 9. Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados em período superior a 24 horas de seu armazenamento deverão ser conservados sob refrigeração e, quando não for possível, ser submetidos a outro método de conservação. 10. O local para o armazenamento temporário dos resíduos químicos deverá ser de alvenaria, fechado, dotado de aberturas teladas para ventilação, com dispositivo que impeça a luz solar direta, pisos e paredes em materiais laváveis com sistema de retenção de líquidos. 2.7.6 Tratamento De acordo com (ANVISA 2004, p. 1): Referencial Teórico 37 Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. O tratamento prévio consiste na descontaminação dos resíduos na desinfecção ou esterilização dos mesmos, por meios físicos ou químicos, para converter em condições de segurança os resíduos infectantes comuns ou minimizar a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente (ANVISA, 2006). Assim, o tratamento provisório deve ser realizado de acordo com cada tipo de resíduos, onde só poderá realizar esses manuseios pessoas devidamente capacitadas com o uso de EPI. Cada Grupo de Resíduos de Serviços de Saúde devem receber tratamento diferente, observando-se que tipo de lixo é gerado no estabelecimento de serviço. Cabe aos Profissionais de saúde conhecer as fontes geradoras dos resíduos e dispor rotinas para classificar, manusear, segregar adequadamente os RSS e conhecer o sistema de identificação quanto aos símbolos, cores e tipos de recipientes (RDC nº 33 de 25.02.2003). Este tratamento consiste na descontaminação de resíduos, com a finalidade de minimizar os riscos a saúde humana, animal e ambiental, onde só poderá realizar pessoas capacitadas e com o uso do EPI para protege-se de possíveis riscos de contaminação ainda armazenado, este tratamento é realizado através da identificação de cada resíduo, caso não ocorra à identificação, pode acontecer inúmeros riscos de contaminação, assim os profissionais devem conhecer a fonte geradoras dos resíduos e posteriormente identificá-los através de símbolos, cores ou frases antes do tratamento. 2.7.7 Armazenamento Externo O armazenamento externo consiste no acondicionamento dos recipientes provisório de RSS em ambiente próprio, em abrigo, em recipientes coletadores adequados, e com acesso fácil para os veículos coletadores. O armazenamento provisório tem como finalidade liberar a unidade geradora da presença dos RSS e possibilitar o Referencial Teórico 38 armazenamento provisório de resíduos infectantes e químicos em condições de segurança para funcionários e para o meio ambiente (ANVISA, 2006). Segundo a ANVISA, o local deste armazenamento externo de RSS deve apresentar as seguintes Características: 1. Acessibilidade: O ambiente deve estar localizado e construído de forma a permitir acesso facilitado para os recipientes de transporte e para os veículos coletadores. 2. Exclusividade: O ambiente deverá ser utilizado apenas para o armazenamento de resíduos; 3. Segurança: O ambiente deve estruturar adequadamente esse espaço físico, 4. Higiene e saneamento: Informar qual o local para higienização dos carrinhos e contendedores; o ambiente deve contar com boa iluminação e ventilação e ter pisos e paredes revestidos com materiais resistentes aos processos de higienização. Com relação ao armazenamento externo deve ser feito uma estrutura física exclusiva, onde apenas pessoas habilitadas poderão ter acesso ao local, através do uso do EPI. A área deverá possuir cobertura para assim evitar chuvas, ventos e sol entre outros e que possa evitar que pessoas sem habilidade entre no espaço, onde há riscos de contaminação (FILHO, 2011). As disposições desses resíduos na coleta externa devem estar bem acondicionadas, identificados e protegidos de pessoas sem a devida capacitação de manusear estes tipos de resíduos, animais e chuvas, caso as unidades de saúde não tenha um local reservado é importante que se construa um local reservado para estes tipos de resíduos, por eles causarem riscos de contaminação à saúde. 2.7.8 Coleta e Transporte Externo A coletagem e a logística externa são atos de remoções de RSS do local de armazenamento externo, até o local de tratamento ou destinação final, propondo Referencial Teórico 39 técnicas para que venha garantir a preservação da integridade física do transportador da população e do meio ambiente. Os resíduos armazenados devem ser coletados periodicamente ou pelo menos três vezes por semana, visto que a melhor forma seria a coleta diariamente, porém um armazenamento prolongado destes resíduos, ainda que estejam separados, aumenta o risco de contaminação, o mau odor e a propagação de infecções, o que acarreta em contaminação (FILHO, 2011). 2.7.9 Conservação e Desinfecção para os Equipamentos e Utensílios Após o término de cada expediente é de suma importância fazer a higienização “lavagem” dos trajes utilizados para efetuar o manejo EPI, dos carros de transição dos RSS, recipientes e embalagens utilizadas durante o processo de recolhimento de resíduos e seu transporte (FILHO, 2011). 2.7.10 Destinação Final dos RSSS De acordo com a ANVISA (2006 P.27): A disposição final de resíduos sólidos em lixões, em cerca de 60% dos municípios. Em segundo lugar vem o aterro controlado (16,8%) e, por último, os aterros sanitários que equivalem a 12,6%. A maior incidência de lixões está em municípios de pequeno porte. Com relação à destinação, somente 3,9% dos municípios contam com usinas de compostagem e 2,8% com usinas de reciclagem. As disposições desses resíduos lançados inadequadamente acarretam problemas à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças “moscas, mosquitos, baratas, ratos etc.” Assim gerando maus odores e, principalmente, a poluição do solo e das águas através do chorume (líquido de cor preto, mal cheiroso e de elevado potencial poluidor produzido pela decomposição da matéria orgânica contida no lixo), comprometendo o meio ambiente (BRASIL, 2011). Destinação final é a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-lo, de acordo com os critérios técnico-construtivos e Referencial Teórico 40 operacionais adequados, em consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes. CONAMA 358 2005(citado por COSTA e FONSECA 2009). Os resíduos lançados diretamente aos chamados “lixões” sem qualquer tratamento, tende a prejudicar o solo, meio ambiente e o ser humano. Assim, os materiais que são coletados nos hospitais deverão passar por tratamento enquanto armazenado provisoriamente, minimizando a contaminação antes de ser descartada ao solo, sua exposição deve ser efetuada de acordo com cada tipo de resíduo. 2.8 Medidas de Segurança da Gestão de Resíduos Hospitalares Uma instituição de saúde que gera esses resíduos fica responsável pelo treinamento, capacitação e fiscalização do pessoal envolvido com a coleta interna dos mesmos durante todo o procedimento. Contudo, fica responsável em promover o equipamento de proteção individual (EPI) para cada funcionário que estiver exercendo sua função no processo de manejo dos resíduos (FILHO, 2011). Os RSS obtêm composições variadas nos materiais biológicos, físicos, químicos e de acordo com a origem de sua geração, no caso dos resíduos hospitalares, destaca-se os resíduos biológicos contaminados, objetos perfurocortantes, peças anatômicas, produtos químicos, tóxicos e materiais perigosos, o manejo adequado para cada tipo de resíduos de serviços de saúde é importante para manter a preservação ambiental e da saúde destes que estão diretamente ligados as unidades de geração desses resíduos (LIMA e DIAS, 2011). Esses resíduos hospitalares possuem uma gama de materiais diferentes, estes lançados inadequadamente ao solo, prejudicam ambas as partes, é importante que esses resíduos sejam lançados no solo com o seu devido tratamento, pois o objetivo é manter a preservação ambiental e de pessoas diretamente ou indiretamente ligadas a esses resíduos expostos. 2.9 Conclusões do Capítulo Este capítulo explana sucintamente sobre os resíduos de serviços de saúde, onde o intuito do gerenciamento é minimizar a geração destes, impedindo que seu volume Referencial Teórico 41 cresça gradativamente, no entanto estes devem ser descartados com segurança para eliminar acidentes e infecções. Logo, o manejo desses resíduos deve passar por todas as etapas, sendo que este elimina risco de contaminação, pois passam por um processo que ajuda a reduzir os riscos de contaminação antes de serem descartados, logo que a segregação tem como objetivo reduzir o volume de resíduos diferentes, em seguida passa pelo tratamento e são acondicionados com suas devidas identificações e assim armazenados temporariamente. Desse modo os riscos durante e após o manejo tem uma intensidade menor devido à utilização destas etapas. Essa gestão de resíduos sólidos de serviços de saúde tem sido um constante desafio, principalmente, nas questões ambientais, pois sua execução pode garantir a precaução e preocupação da saúde ocupacional e da população, assim este capítulo visa esclarecer como é importante a coleta seletiva, o tratamento desses resíduos antes de serem descartados, além de minimizar os impactos ambientais. METODOLOGIA DE PESQUISA Metodologia de Pesquisa 43 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Através da metodologia é possível explanar, de forma mais detalhada, o método de construção e desenvolvimento do trabalho, tendo como principal objetivo oferecer embasamento cientifico. “A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo” (SILVA e MENEZES 2005 p.9). A preparação de uma concepção e o desenvolvimento da própria pesquisa necessita, para que seus resultados sejam satisfatórios, estarem baseadas em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais concretas e com uma gama de conhecimentos já existentes. A pesquisa é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento” (LAKATOS e MARCONI 2001, p.155). A pesquisa é uma tarefa não inteiramente controlável ou previsível, ou seja, é um procedimento reflexivo e crítico buscando respostas para problemas ainda não solucionados. Adotar uma metodologia denota escolher um caminho, uma trajetória completa. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa, assim, precisa-se, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e reflexão (SILVA e MENEZES, 2005). Portanto, este é um fator preponderante para se atingir o auge da indagação, que torna importante selecionar quais procedimentos a serem utilizados durante a pesquisa, ou seja, de que forma o pesquisador deseja a obtenção dos dados e de que forma este anseia o caminho. 3.1 Objetivos da Pesquisa O objetivo da pesquisa é mostrar transparência em suas análises. Qualquer pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como metas fundamentais a absorção de novos conhecimentos aos já pré-existentes, Metodologia de Pesquisa 44 onde estas foram nativas de atividades orientadas e planejados pela busca de novos conhecimentos através da pesquisa de campo, quali-quantitativa, exploratória e descritiva. Para o início de qualquer tipo de investigação científica é fundamental um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” (Gil, citado por Silva e Menezes, 2005) para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos. De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.83): O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. O método pode ser a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa, a partir da definição dos objetivos, ou seja, de que forma vão-se obter os dados. Através de etapas sistematicamente dispostas, a serem vencidas na investigação. Conforme as análises bibliográficas caminham para alcançar determinado fim. 3.2 Tipos de Pesquisa Foi de suma importância a utilização de ferramentas para a execução deste trabalho, mediante vários tipos de pesquisas trabalhadas, contudo expor de forma sucinta e transparente o que se deseja transmitir. Contudo, este trabalho utilizou-se de pesquisas: Bibliográfica, campo, quali-quantitativa, exploratória e descritiva. 3.2.1 Pesquisa Bibliográfica A pesquisa bibliográfica buscou explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Em ambos os casos, investigou e analisou as contribuições científicas do passado existentes sobre um determinado problema. Determinado esboço científico requer uma prévia pesquisa bibliográfica, consiste em sua necessária fundamentação teórica, ou mesmo para explicar seus limites, para Metodologia de Pesquisa 45 os próprios resultados. Cervo e Bervian (citado por PONTE 1999 a 2006) afirmam que: A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área das Ciências Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de qualquer pesquisa científica. Esta análise é um elemento de formação por excelência e constituiu o procedimento básico para os estudos científicos, onde reside a ação de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente, pelos quais se buscou o domínio do assunto sobre determinado tema. 3.2.2 Pesquisa de Campo De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p.186): Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queria comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Foi uma pesquisa em que se analisou e coletou os dados diretamente no local onde se deu o fato em estudo, caracterizou-se pelo contato direto com o mesmo, sem intervenção do pesquisador, pois os dados foram observados e coletados espontaneamente. Munhoz, 1989, p 84(citado por SALOMÃO 2011): Todo o estudo que é feito de maneira direta, ou seja, juntos ás próprias fontes informativas, sem o uso de dados secundários extraídos de publicações (...). A pesquisa de campo tem por objetivo a coleta de elementos não disponíveis, que ordenados sistematicamente (...) possibilitem o conhecimento de uma determinada situação, hipóteses ou norma de procedimentos. Assim, a observação foi realizada no local onde ocorrem os fenômenos, com o objetivo de obter informações sobre um problema, ou confirmar uma hipótese, não permite isolar e controlar as variáveis, mas perceber e estudar as inclusões Metodologia de Pesquisa 46 estabelecidas, assim foi possível a realização desta pesquisa “bibliográfica”, onde conveio de base para o estudo do problema. 3.2.3 Pesquisa quali-quantitativa Foi uma investigação de análise, onde o fundamental partiu de uma experiência e o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, este estudo teve a capacidade de utilização de métodos que se aproximaram dos projetos experimentais, caracterizados pela precisão e controle dos dados. De acordo com Godoy, 1995, p.58 citado por (FABIANE 2007, p.1). A pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem emprega instrumental estatístico na análise dos dados, envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo. Esta pesquisa apresentou uma dimensão da realidade, pois, o âmbito dela partiu de dados descritivos diante de lugares, pessoas entre outros, e assim trouxe uma visão de fenômenos com eficácia ànível dos relatos da realidade, ou seja, da situação estudada sobre: PSF’s e clínica passa a existir assim instrumentos estatísticos levando em conta toda a sua complexidade e particularidade. De acordo com (FERREIRA 2008, p.33): Considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Deste modo, a finalidade da investigação através de uma pesquisa qualiquantitativa, pois além de contextualizar a experiência vivenciada, ela forneceu dados para a verificação de hipóteses, todos eles utilizam artifícios, tendo por objetivo a coleta sistemática de dados sobre a população, que foi utilizado por várias técnicas como entrevistas, questionários com perguntas fechadas, com o intuito de suavizar erros e respostas diferentes. Este foi aplicado aos gestores dos PSF’s, Metodologia de Pesquisa 47 clínicas, centro de saúde e casa de parto em Santa Brígida-BA, e assim tabular os resultados. 3.2.4 Pesquisa Exploratória A pesquisa exploratória tem por objeto o aprimoramento dos dados da pesquisa e o desenvolvimento das hipóteses, mediante a esse ponto de vista foi realizado alguns ajustes através do pesquisador e, assim, aumentar o grau de objetividade da própria pesquisa, tornando mais concreta com a realidade. De acordo com (Gil, 1999, p.43 citado por FABIANE 2007, p. 1): Pesquisa Exploratória é de natureza exploratória quando envolver levantamento bibliográfico entrevista com pessoas que tiveram (ou tem) experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão (...) esclarecer e modificar conceitos e idéias para a formulação de abordagens posteriores. Assim, este tipo de estudo ajudou o pesquisador a ter maior conhecimento sobre o assunto em estudo, auxiliando-o na capacidade de formular problemas mais sucintos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos futuros. Através da promoção e da elaboração de um questionário e da formulação de hipóteses, mais precisa sobre os problemas de pesquisa esperamos que contribua para que as pessoas compreendam, discutam e esclareçam dúvidas e curiosidades sobre o assunto em análise. Inicialmente foi realizado um estudo bibliográfico, a fim de obter dados específicos sobre o assunto, para maior aprofundamento do mesmo, foi realizada uma pesquisa exploratória, onde tinha como finalidade o desenvolvimento de hipóteses, aproximar e familiarizar o pesquisador com o ambiente. 3.2.5 Pesquisa Descritiva O esboço descritivo identifica, dispõe e classifica as características dos fatos, através desta eficaz, surgem novos estudos descritivos que procuram explicar os Metodologia de Pesquisa 48 fenômenos, ou seja, analisar as variáveis que influenciam ou causam o surgimento dos fenômenos. Gil 1999, p.44 afirma que: Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação (...) uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Mas há pesquisas que, embora definidas como descritivas a partir de seus objetivos, acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias. Esta mostra as características de determinada população ou de determinado fenômeno, mas não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirvam de base para tal explicação. As pesquisas descritivas compreenderam grande número de métodos de coleta de dados, os quais compreendem: entrevistas pessoais, entrevistas por telefone, questionários pelo correio, questionários pessoais e observação. A pesquisa distinguiu como uma analogia através da pesquisa exploratória e descritiva, diante do ponto de vista dos objetivos. Assim foram aplicados questionários para os PSF’s, clínica, centros de saúde e casa de parto, depois de pesquisadas, foram utilizados perguntas fechadas, este questionários foi extraído de uma monografia de Geisa Bruna Santos de Sá, que conveio de base para o desenvolvimento deste. 3.3 Instrumentos de Pesquisa O instrumento de pesquisa utilizado para os gestores foi questionário com perguntas fechadas de múltipla escolha e abertas, e assim apresentar de forma transparente os resultados obtidos. 3.3.1 Questionário Foi aplicado um questionário aos gestores dos respectivos estabelecimentos com o intuito de adquirir informações para o referente estudo. “É um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondida por escrito e sem a presença do entrevistado” (LAKATOS e MARCONI Metodologia de Pesquisa 49 2001, p. 201). Ou seja, o pesquisador emite o questionário aos gestores, a fim de coletar dados e analisá-los, contudo realizar a tabulação mediante os dados obtidos, com a intenção de observar qual a percepção de todos os lados envolvidos com relação ao manejo dos resíduos sólidos de saúde. O questionário foi elaborado com perguntas fechadas, de acordo com Lakatos e Marconi (2001, p. 204) “chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao informante responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões” a fim de analisar o conhecimento técnico e o conhecimento profissional, possibilitando investigação mais profunda e precisa, são aquelas que apresentam opções de resposta, não existindo a necessidade de escrever ou expressar opinião. Esse questionário propôs vinte pergunta de múltipla escolha, sendo que o mesmo foi aplicado aos gestores de cada unidade prestadora de serviços de saúde, tendo como finalidade analisar o descarte dos resíduos de serviços de saúde no município de Santa Brígida e assim convir de base para estudos futuros sobre o tema proposto para futuras monografias da FASETE. 3.3.2 Questionário Aberto O questionário foi um amplo instrumento de pesquisa, que teve como âmbito vários espaços, proporcionando assim uma maior flexibilidade e possibilidades de repetir e esclarecer as questões, e assim apresentar mais informações para avaliar atitudes e condutas dos gestores. O questionário contendo perguntas abertas proporciona respostas de maior profundidade, ou seja, dá ao sujeito uma maior liberdade de expressão. No entanto, a interpretação e o resumo deste tipo de questionário são mais difíceis, dado que se pode obter um variado tipo de respostas, dependendo da pessoa que responde ao questionário (SILVEIRA 2000). Logo, o método utilizado na investigação igualitário para a coleta de dados propôs com um questionário aberto para aos gestores, o secretario de saúde e o de Infraestrutura no município de Santa Brígida-BA, através deste, apresentar dados coletados com o objetivo de debater e buscar soluções através do campo do caráter. Metodologia de Pesquisa 50 3.3.3 Universo O universo da pesquisa foi constituído com oito unidades de saúde, enquanto que a amostra é parte representatividade. do “É universo, um conjunto escolhido definido segundo de algum elementos critério que de possuem determinadas características” (Gil 1999 citado por NETO 2010). A realização da pesquisa com os usuários ocorreu entre o dia 30 de Agosto a 03 de Setembro, no ambiente de trabalho dos mesmos que residem no estado da Bahia na cidade de Santa Brígida-BA, onde as pesquisas foram realizadas em todas as unidades de saúde. A triagem aconteceu com oito unidades de saúde, no município de Santa BrígidaBA. Estas unidades de saúde estão localizadas na zona urbana e na zona rural da referente cidade, onde foram disponibilizadas pela secretária de saúde do município e pelos respectivos gestores. Segue a lista de instituições que serão pesquisadas: Quadro 1 - Instituições pesquisadas Instituições a serem pesquisadas Unidade de saúde da família sede I Unidade de saúde da família sede II PSF Minuim PSF Marancó PSF Colônia Clínica Laborclin Casa de Parto Dr. Clemenceau Teixeira Centro de Saúde Rosália Lomanto Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Santa Brígida-BA 201 Metodologia de Pesquisa 51 3.3.4 Análise e tabulação dos dados Análise dos dados foi à fase na qual se organizou os dados de forma que possibilitaram respostas ao problema proposto na investigação, e assim compor a interpretação destes. Perante isto a análise partiu de uma explanação, ou seja, “interpretação é a atividade intelectual que procura dar significado mais amplo ás respostas, vinculando-as a outros conhecimentos” (LAKATOS e MARCONI 2001, p. 168). Depois das coletas de dados, efetuadas por meio de questionários, as respostas obtidas foram analisadas e tabuladas, mediante a utilização da Microsoft Office Excel para elaboração de gráficos. Para Lakatos e Marconi (2001, p. 167) afirma que a tabulação é: Um processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser mais bem compreendidos e interpretados mais rapidamente. Os dados obtidos foram apresentados em forma de gráficos para melhor avaliação, na qual se regressou uma padronização e união das respostas de uma pesquisa. ANÁLISE DOS RESULTADOS Análise dos Resultados 53 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS A partir da coleta de dados, realizada por meio de questionários aos gestores das instituições, chega-se aos resultados, onde serão analisadas as informações obtidas. As análises serão divididas em seis etapas: Segregação, Acondicionamento, Identificação, Coleta e transporte externo, Tratamento final e Disposição final. 4.1 Segregação 4.1.1 Recipientes suficientes Gráfico 1 - Os recipientes existentes para segregar os lixos gerados no ambiente Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. O gráfico 1 demonstra que diante da pesquisa feita, fica evidente que a maior parte das instituições possui recipientes necessários para acondicionar os resíduos hospitalares, tendo um percentual de 87% das instituições pesquisadas, enquanto que 13% destas ainda têm a necessidade de possuir recipientes para o acondicionamento dos resíduos gerados. Através da necessidade que algumas empresas possuem, é necessária a quantificação de recipientes em média para os resíduos gerados nas instituições. Visto que, esta técnica tem como intuito contribuir para reduzir a contaminação direta dos resíduos com os colaboradores, onde se estes forem depositados em qualquer lugar os riscos de contaminação aumentam. Os recipientes existentes na instituição têm como objetivo minimizar os riscos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente (FILHO, 2011). Análise dos Resultados 54 4.1.2 Treinamentos dos funcionários O gráfico 2 representa como as instituições previnem e controlam os riscos dos resíduos hospitalares aos seres humanos, no período da separação dos mesmos. Gráfico 2 - Treinamentos específicos para os funcionários Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. De acordo com as respostas obtidas no Gráfico 2 fica evidente que das 8 (oito) instituições pesquisadas, 4 (quatro) ainda não treinam seus funcionários para a segregação adequada, correspondendo assim uma margem de 50%, as outras 4 (quatro) instituições treinam seus funcionários com o intuito de diminuir os riscos na separação dos resíduos, tendo como alíquota 50%. O treinamento oferecido aos colaboradores ao mesmo tempo dá enfoque aos cuidados que se deve ter na manipulação dos resíduos: desde a utilização contínua dos equipamentos de proteção individuais (EPIs), e a prevenção para o trabalho no hospital (UFJF, 2011). É de grande relevância a adoção de treinamentos para todos os colaboradores que lidam com estes tipos de resíduos, sendo essa, a etapa mais importante do gerenciamento de resíduos, pois através da implantação do treinamento é possível observar os benefícios que virão aos colaboradores e a empresa, mediante um manejo adequado. É preciso que as empresas se preocupem mais com a questão dos resíduos hospitalares e mudem a realidade que foi constatada em sua instituição, para evitar que seus funcionários venham a ser contaminados, podendo até obter uma doença ocupacional. Consequentemente, com o treinamento dos colaboradores, os riscos de acidentes e contaminação tendem a diminuir, pois estes estarão aptos a realizar tarefas com mais segurança, diante do que aprendeu no treinamento. Análise dos Resultados 55 4.1.3 Equipamentos necessários Gráfico 3 - equipamentos necessários para todos os funcionários Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. A grande maioria dos estabelecimentos pesquisados, como se pode observar no gráfico 3 , não possui todos os equipamentos necessários para o manejo dos resíduos hospitalares, possuindo uma alíquota de 63%, e apenas 37% das instituições pesquisadas possuem todos os equipamentos necessários, prevenindo assim, uma contaminação. É necessário ter muita atenção em relação a esses equipamentos que se encontram ausentes nesses estabelecimentos, pois os mesmos são de fundamental importância para evitar contaminação com o respectivo manejo. Das 8 (oito) empresas analisadas, apenas 3 (três) possuem todos os equipamentos necessários, assim torna-se indispensável à necessidade de providenciar todos os equipamentos, para assim evitar risco de contaminação e acidentes dentro da instituição. Deste modo, todos os funcionários devem possuir todos os equipamentos necessários para o manejo desses resíduos, evitando assim contaminação, acidentes, que venham a prejudicar a saúde do colaborador e da instituição. A instituição deve estar preparada e promover todos os equipamentos necessários para a proteção individual (EPI) de cada funcionário que estiver atuando no processo de coleta interna, armazenamento temporário até a destinação final dos RSSS, com a intenção de reduzir risco à saúde (FILHO 2011). Análise dos Resultados 56 4.2 Acondicionamento Incide na ação de acondicionar os resíduos segregados, em sacos, recipientes ou sala específica. Sendo que a capacidade dos recipientes de acondicionação deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. 4.2.1 Sala de acondicionamento Gráfico 4 - sala especifica para acondicionar os resíduos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, expostas no gráfico 4, podemos observar que a maioria das instituições possui uma sala específica para o armazenamento temporário dos resíduos hospitalares antes de ser descartada ao meio ambiente, correspondendo uma margem de 75% das oito instituições pesquisadas, 25% responderam que não possuíam, sendo assim um fato preocupante, pois esses resíduos ficam expostos para qualquer individuo criando um enorme risco de contaminação. Assim, vê-se a necessidade de algumas instituições que não possuem sala específica para o armazenamento dos resíduos hospitalares temporariamente, é fundamental que a empresa obtenha essa sala para evitar contato direto de indivíduos que não possuam equipamentos necessários para o contato com esses resíduos. Logo, esse compartimento ficará restrito apenas para os resíduos hospitalares, onde há um elevado índice de eliminação de infecções no estabelecimento, lugar este que estará limitado para os colaboradores que possuam equipamentos necessários para o manuseio desses resíduos. O armazenamento provisório consiste em um acondicionamento temporário dos resíduos, visando acondicioná-los em um local que permaneça restrito, para que não Análise dos Resultados 57 existam contatos diretos com os pacientes, e assim sofrer riscos de infecção, logo a sala deve estar identificada como “SALA DE RESÍDUOS” (FILHO 2011). 4.2.2 Acondicionamentos de resíduos em sacos plásticos Gráfico 5 - Resíduos acondicionados em sacos plásticos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Evidencia-se através do gráfico 5 que das 8 (oito) instituições analisadas, 7 (sete) utilizam sacos plásticos para o acondicionamento dos resíduos, tendo uma percentual de 87%, mostrando assim, um suporte adequado para cada tipo de resíduo gerado no local, enquanto que apenas 1(uma) não utiliza sacos plásticos, caso preocupante, pois esses resíduos são descartados sem nenhuma proteção, ou seja, todos os resíduos vão juntos, sem qualquer separação, correspondendo assim, uma margem de 13%, contudo a empresa deve ficar mais prevenida sobre o risco que poderão surgir devidos esses descartes inadequados. Os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento (ANVISA, 2006 p.44). A partir da implantação desse material é possível observar os benefícios que o mesmo irá trazer para a instituição. Por exemplo, antes dos resíduos serem descartados eles passam por etapas de segregação, evitando assim, que todos os resíduos sejam descartados juntos, com esse material fica evidente que o risco que os colaboradores venham a ter seja nulo. Os sacos plásticos têm como intuito acondicionar os resíduos de acordo com o seu grupo, ou seja, acondicionar em cada saco um tipo de resíduo diferente, evitando assim contaminações e acidentes, onde o mesmo ficará seguro sem nenhum risco Análise dos Resultados 58 de contato com indivíduos, sendo que estes resíduos são colocados nesta bolsa e lacrados, deixando assim um índice baixo de contaminação. Os sacos aonde devem ser acondicionados os resíduos sólidos devem ser brancos leitosos de 100 litros, 50 litros, e usar etiqueta ou caneta para fazer a etiquetagem gravando no corpo do próprio saco, ou seja, identificar cada tipo de resíduo para impedir acidentes e infecções (FILHO, 2011). 4.2.3 Tratamentos para resíduos perfuro- cortantes Gráfico 6 - Tratamento específico para os resíduos perfuro- cortantes Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Diante das respostas obtidas, fica evidente no gráfico 6 que a maioria das instituições não possui tratamento específico para os resíduos perfuro-cortantes, sendo que das 8 (oito) instituições, apenas 3 (três) utilizam tratamentos específicos para esses resíduos correspondendo assim 37%, enquanto que 5 (cinco) delas não utilizam tratamento para estes tipos de resíduos tendo uma alíquota de 63%. Ou seja, estes resíduos devem ser acondicionados separadamente, logo após seu uso, devem ser imediatamente colocados em caixas de descarte em paredes rígidas e resistentes. Rótulo de fundo branco, desenho e contornos pretos, contendo o símbolo de resíduo infectante e a inscrição RESÍDUO PERFUROCORTANTE (CUSSIOL, 2008 p.23). É necessário que os equipamentos estejam providos de símbolos de risco biológicos, ou seja, com sua descrição na área da frente do recipiente, evitando assim acidentes dentro da instituição. Entretanto, o tratamento específico requer prevenção de doenças, acidentes e problemas para a instituição, pois um acidente com este tipo de resíduo pode finalizar em doença. Análise dos Resultados 59 Todos os resíduos hospitalares devem receber tratamento diferenciado, ou seja, observando o tipo de lixo que é gerado no estabelecimento, compete aos profissionais de saúde conhecer as fontes geradoras dos resíduos e dispor hábitos para classificá-los, evitando assim acidentes providos de doenças, através do manuseio, segregação adequada dos RSS e conhecer o sistema de identificação quanto aos símbolos, cores e tipos de recipientes. (SILVA e SOARES 2011). 4.3 Identificação Este gráfico representa de fato, o que as instituições fazem para identificar os recipientes de acondicionamento, os transporte interno e externo, salas e abrigos de resíduos (locais de armazenamento). 4.3.1 Identificação especifica em recipientes Gráfico 7 - Recipientes com especificações para cada tipo de resíduos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. A partir da análise dos dados adquiridos no gráfico 7, fica claro que 5 (cinco) das 8 (oito) instituições pesquisadas não possuem identificação para cada tipo de resíduos, tendo uma taxa de 63%, enquanto que apenas 37%, ou seja, 3 (três) das 8 (oito) pesquisadas possuem identificação, oferecendo assim, uma segurança maior para os colaboradores. Cada tipo de resíduo deve ser acondicionado de acordo com o risco que este oferece, através de identificação com símbolos e nomes. Fica evidente que as instituições devem se preocupar mais com a prevenção de riscos, por meio de seus colaboradores, através da utilização de cores para identificar cada tipo de resíduo acondicionado dentro de cada recipiente. Análise dos Resultados 60 Portanto, é necessário que todos os recipientes estejam identificados com símbolos e cores como mostra a figura, ou seja, devidamente identificados, evitando assim que resíduos sejam depositados em lugares diferentes e cheguem a provocar um acidente no momento da seleção para acondicioná-los. Figura 1 - Símbolos de identificação para cada tipo de recipiente Fonte: Filho, 2011 4.3.2 Símbolos identificando recipientes e locais de armazenamento Gráfico 8 - Símbolos em recipientes e locais de armazenamento dos resíduos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. A grande maioria dos estabelecimentos não utiliza a identificação nos recipientes e locais de armazenamento “sala de armazenamento temporário” como mostra o gráfico 8. Sendo, que das 8 (oito) instituições pesquisadas, apenas 2(duas) utilizam todos os procedimentos necessários para a identificação dos recipientes e da sala de armazenamento tendo uma alíquota de 25%, enquanto que a maioria onde corresponde 75% das instituições pesquisadas não possui símbolo para a identificação dos resíduos, gerando assim um grande risco aos colaboradores, pois os mesmo não sabem o que estão acondicionados em cada recipiente, tendo assim que verificar, o que pode ocasionar em uma contaminação durante a confirmação do lixo existente naquele recipiente. Análise dos Resultados 61 Identificar os recipientes de acondicionamento (sacos plásticos, caixas, etc.), carro de coleta interna, contêineres e abrigo de resíduos químicos. Usar rótulo de acordo com o risco, preconizado na NBR 7500/2003 da ABNT, e a inscrição de RESÍDUO QUÍMICO (CUSSIOL, 2008 p.23). Dando assim, mais segurança aos colaboradores da empresa. Do mesmo modo que todos os recipientes devem possuir identificação, os locais de armazenamento também, pois ambos necessitam de identificação para evitar que resíduos sejam depositados em lugares inadequados, logo estes colocados em lugares proibidos podem causar infecções e até mesmo doenças. Os recipientes internos e externos devem estar providos de identificação , assim como os locais de armazenamento onde são alocados os RSS, devem ser identificados em local de fácil visualização, utilizando símbolos, cores e frases específicas para cada tipo de resíduos (ANVISA 2006). 4.3.3 Higienização de equipamentos após sua utilização Gráfico 9 - Local específico para a higienização dos equipamentos de serviços de saúde Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. A partir dos dados adquiridos fica evidente que ainda há instituições que não possuem um local específico para a higienização e limpeza dos equipamentos utilizados no manejo dos resíduos hospitalares. No entanto, como o gráfico 9 demonstra que 87% delas possuem um local específico para a higienização, porém este local deve ter prevenções, pois pode haver detritos de resíduos contaminados e destas apenas 13% não possuem um local específico para a limpeza dos Análise dos Resultados 62 respectivos equipamentos. Para melhor higienização é recomendável a existência de ponto de água e ralo sifonado com tampa escamoteável (ANVISA 2006, p.47). O local de higienização dos equipamentos deve conter no mínimo esses requisitos citados pela ANVISA, além de equipamentos EPI’s para os colaboradores evitando assim, um contado direto com resíduos, essa higienização deve ser munida de encanação direta para o esgoto, iluminação natural ou artificial. Onde o mesmo deve ficar afastado, evitando assim, uma contaminação. A cada final de expediente é necessário que todos os equipamentos sejam higienizados em um local específico, pois estes liberam sinais de detritos que ficam nos recipientes, os mesmos deverão ser lavados mediante todos os equipamentos para evitar uma contaminação, deverão ser procedidas à lavagem e desinfecção das vestimentas, dos veículos e dos recipientes usados durante o processo de recolhimento e transporte dos RSSS, esta deve estar em um local restrito e devidamente caracterizado dos EPI, para evitar uma contaminação (FILHO 2011). 4.4 Coleta e Transporte Externo 4.4.1 Especificações em transportes externos Especificações para o transporte externo Todos os estabelecimentos pesquisados responderam que o transporte externo não possui especificações para cada tipo de resíduo, sendo um caso preocupante, pois todos os resíduos gerados são depositados em um mesmo transporte, havendo assim uma junção desses lixos ao serem colocado nos veículos. A limpeza é necessária no fim de cada turno de trabalho, os veículos de coleta devem ser limpo e a desinfecção simultânea, através de um jato de água, preferencialmente quente e sob pressão. Esses veículos são proibidos serem lavados em postos de gasolina ou comuns, pois os veículos devem ser alvo de uma avaliação por parte do órgão que licencia o veículo coletor (ANVISA 2006). Tendo em vista que os veículos devem sempre estar limpos e desinfetados após cada final de turno, evitando a propagação e vírus e fungos. Análise dos Resultados 63 As especificações no transporte externo demonstram que estes resíduos possuem um índice de contaminação elevado, sendo que outros resíduos não podem ser depositados nem colocados em um mesmo ambiente, onde todos possuem destino final diferente, esses resíduos devem ser transportados separadamente em carros coletores e identificados para cada tipo de resíduo e por profissionais habilitados (ASSAD 2001). 4.4.2 O transporte externo realizado pela prefeitura O transporte externo realizado pela prefeitura Todas as instituições pesquisadas revelaram que todos os resíduos hospitalares gerados nos estabelecimentos são depositados em veículos da prefeitura, ou seja, estes recolhem os resíduos, duas vezes na semana, tanto os resíduos domiciliar (aqueles gerados em casa/escritórios) quanto os hospitalares. Os resíduos recolhidos pela prefeitura são depositados em lixões, onde atualmente foram feitas valas sépticas para alguns produtos serem aterrados, os demais são incinerados no próprio local. Segundo a secretaria de saúde os resíduos perfurocortantes são depositados em uma caixa, onde quem faz a remoção desses resíduos é a vigilância sanitária, órgão responsável por este tipo de resíduo. Análise dos Resultados 64 4.5 Tratamento Final 4.5.1 Efetivação do tratamento final Gráfico 10 - O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto ao meio ambiente Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Conforme a representação acima, boa parte dos estabelecimentos pesquisados disseram que o tratamento final dos resíduos descartados ao meio ambiente, pode minimizar as causas e efeitos provocados pelos mesmos, através de agentes nocivos deliberados pelos próprios resíduos. [...] o tratamento consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente (ANVISA, 2006, p.52). Através de tratamentos específicos, os resíduos são depositados com menos agentes maléficos ao meio ambiente, fazendo com o que o mesmo, não sofra tanto risco oferecido por esses resíduos sem antes serem tratados, sendo assim é de suma importância a utilização de procedimentos que venham a deixa nulo os riscos de contaminação antes de ser exposto ao meio ambiente. Sendo que de acordo com o gráfico 10, das 8 (oito) instituições pesquisadas, 5 (cinco) afirma que o tratamento final minimiza os impactos causados ao meio ambiente, possuindo uma alíquota de 62%, enquanto que 2 (duas) disseram que não minimiza, tendo conseqüentemente um percentual de 25% e apenas 1 (uma) disse que não corresponde nenhuma dessas alternativas mencionadas, o que corresponde a 13%. Os resíduos tratados antes do descarte ao meio ambiente tende a reduzir os agentes nocivos que os mesmos liberam, mediante sua destruição final, com a Análise dos Resultados 65 conservação desses resíduos, estes sofrem um tratamento que vem a reduzir os impactos que estes resíduos causam. O tratamento preliminar dos resíduos hospitalares através de uma aplicação de método, dentro do estabelecimento gerador, tende a reduzir a carga microbiana ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana ou ao meio ambiente (CAMPANER e SOUZA 2002). 4.5.2 Tratamentos dos resíduos hospitalares e comuns Gráfico 11 - Os resíduos hospitalares e os resíduos comuns Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. A partir da leitura do gráfico 11, pode-se observar que das 8 (oito) instituições pesquisadas, apenas 2 (duas) realizam os tratamentos separadamente dos resíduos hospitalares, tendo assim uma margens de 25%, enquanto que a grande maioria não se preocupa em colocar todos os resíduos em um mesmo ambiente para ser descartado, criando assim, um risco aos colaboradores e ao meio ambiente, possuindo uma alíquota de 75%, ou seja, margem preocupante, pois todos os resíduos são colocados em um mesmo ambiente criando assim, um risco múltiplo. As empresas precisam se conscientizarem e terem mais responsabilidades como mostra o gráfico em análise, em preservar o meio ambiente e os riscos gerados pelos mesmos através de agentes nocivos, em que o lixo libera quando descartados em um mesmo local, sem qualquer tipo de tratamento, antes mesmo de ser exporto ao meio ambiente. Portanto, os resíduos hospitalares e os resíduos comuns devem possuir tratamentos diferentes, sendo que os mesmo possuem riscos de contaminações diferentes e sua destinação final também, estes deveriam ser chamados de: Lixo Hospitalar Doméstico, sendo mal acondicionado para a Análise dos Resultados 66 destinação final. Isto significa então, que este lixo é simplesmente descartado como lixo comum, o que se torna um perigo para a Saúde Pública, ou seja, um inimigo invisível e silencioso, por isso, estes devem ter tratamentos distintos, evitando assim um acidente com conseqüências de infecção (SOBREIRA 2011). 4.5.3 Tratamento para cada tipo de resíduo Gráfico 12 - tratamentos específicos para cada tipo de resíduos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Analisando as respostas decorrentes do questionário sobreposto no gráfico 12, foi verificado que a grande maioria das instituições não possui tratamentos específicos para cada tipo de resíduo, ou seja, todos sofrem o mesmo tratamento, com uma margem de 63%, enquanto que apenas 37% possuem esse tratamento destinado a cada tipo de resíduo. Assim, fica claro que algumas empresas não possuem hábitos específicos de tratamentos para os resíduos hospitalares, sendo assim, um episódio preocupante para o ser humano e o meio ambiente, consistindo assim, a não utilização da segregação específica tendo como precipitação: a contaminação através dos resíduos, ou seja, sem o devido tratamento tanto poluem o solo quanto emitem gases, além de compostos tóxicos que prejudicam a saúde humana e ambiental. Os tratamentos específicos tende a diminui os impactos causados ao meio ambiente, pois cada tipo de resíduo possui tratamento diferente, onde estes tende a diminuir a poluição ambiental e os lençóis freáticos causado pelos mesmos, o tratamento e o destino do lixo devem ser diferentes, de acordo com cada tipo de resíduo que o compõe (PSF- portal são Francisco 2011). Análise dos Resultados 67 4.6 Disposição Final 4.6.1 Local específico para descarte final Local para destinação final dos resíduos Todos os estabelecimentos pesquisados afirmaram que existe um local para a destinação final dos resíduos hospitalares gerados pelos mesmos “lixões”. Contudo, esses resíduos têm sido alvo de grande preocupação da sociedade contemporânea, assim a ANVISA define dois tipos de destinação final: Aterro sanitário e o lixão. De acordo com a ANVISA (2006, p27) aterro sanitário: É a técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. Este método tem como intuito, reduzir o volume de resíduos sólidos através da compactação deste, como mostra a figura 3, logo estes resíduos são compactados e enterrados sobre o solo, ajudando assim, a minimizar, através do isolamento mediante cama de terra argilosa, quando esses resíduos não sofrem a compactação eles ficam exposto como mostra a figura 4, estes liberam mau cheiro e fungos que podem provar infecções. Quando estes resíduos passam a ser compactados eles em seguida são colocados no respectivo aterro sanitário, logo este método tem o objetivo de eliminar riscos de contaminação e acidentes, pois não ficam expostos na parte superior da atmosfera. Análise dos Resultados 68 Figura 2 - Aterro Sanitário Fonte: Lixão, 2011, p.1 Conforme informação contida lixão é: [...] uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume [...]. Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas. Figura 3 - Lixão Fonte:Lixão, 2011, p.1 Análise dos Resultados 69 Assim, o método lixão, é uma atitude inadequada de descarte de resíduos hospitalares que provoca poluição ao meio ambiente e ao solo, através de agentes nocivos liberados como: mau cheiro, contaminação da superfície e subterrâneos, ou seja, esse descarte prejudica a saúde humana e ao meio ambiente. 4.6.2 Destinação em Lixões Gráfico 13 - Destinação final dos resíduos Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Conforme o gráfico 13, das 8 (oito) instituições pesquisadas 7 (sete) afirma que os lixos gerados nas instituições são descartados em lixões, sendo estes uma área para a destinação final dos resíduos, sem qualquer separação antes de serem depositados direto no solo, contendo uma alíquota de 87%, sendo assim incinerados a céu aberto, sem nenhum tratamento estimulando a contaminação do solo. As outras somam uma margem de 13%, evitando assim que sejam destruídos sem nenhum tratamento, com a liberação de gases prejudiciais, sendo essas empresas que se caracterizam como sustentável que vem como princípio a conservação e proteção do meio ambiente e do ser humano Lixão ou vazadouro a céu aberto é a denominação atribuída à disposição de resíduos de forma descontrolada sobre o substrato rochoso ou solo (ANVISA 2006, p.26). Assim o método inadequado desses resíduos sem nenhuma medida de proteção ao meio ambiente e á saúde humana, vem causar aparecimentos de vetores indesejáveis, mau cheiro e até mesmo explosão, devidos agentes químicos descartados em um mesmo ambiente, ou seja, a junção deles é oriunda de um desequilíbrio, provocando assim acidentes e contaminação. Análise dos Resultados 70 Neste caso, o resíduo depositado em lixões como mostra a figura 5, além de liberar agentes nocivos deixam expostos detritos de todos os grupos, possibilitando uma facilidade de contato direto das pessoas que convivem perto do local, além de prejudicar o meio ambiente, este descarte é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública, a figura a seguir mostra que esta descarga fica exposto a céu aberto (PSF- portal são Francisco 2011). Figura 4 - Esquemática de um Lixão Fonte: Portal São Francisco, 2011, p.1 4.6.3 Ambiente de descarte do lixo hospitalar Lugares onde são depositados os resíduos sólidos de serviços de saúde Todas as instituições asseguraram que nunca freqüentaram lugares onde são depositados os resíduos hospitalares gerados pelas mesmas. Onde deixa a desejar, pois elas deveriam observar e ficar a par do lugar onde são depósitos os resíduos hospitalares, e se estes possuem tratamentos para minimizar os impactos ambientais. Análise dos Resultados 71 Portanto, estas deveriam ter a curiosidades de saber como é destruído o lixo hospitalar? De que forma? E onde é executada essa destruição? Tendo assim, a consciência de como deve ser a segregação correta e quais produtos poderiam ser descartados no estabelecimento de destinação final, para minimizar a poluição atmosférica, através de visitas constantes ao local, identificar os riscos que podem causar, caso esses resíduos sejam depositados e destruídos de forma ilícita. O conhecimento do tratamento adequado dado aos resíduos sólidos de serviços de saúde, por parte das instituições, de forma consciente facilita na compreensão do que ele pode provocar quando depositado inadequadamente, podendo causar risco a saúde humana e ao meio ambiente. 4.6.4 Aterro dos resíduos hospitalares Gráfico 14 - Aterro do lixo hospitalar Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. De acordo com o gráfico 14, das 8 (oito) instituições pesquisadas 2 (duas) não sabem o que é o aterro do lixo hospitalar, tendo uma percentagem de 25%, caso inquietante, pois o aterro é de extrema importância para o pré-tratamento dos resíduos, realizando assim, a diminuição dos gases poluentes e também a neutralização do odor causado através destes, enquanto que 6 (seis) afirmam que conhecem o que é o aterro do lixo hospitalar, ou seja, estas sabem o que esses resíduos podem provocar caso sejam descartados inadequadamente, eliminando as praticas da queimada, pratica bastante antiga, porém que vem a aumentar a poluição do ar, somando uma taxa de 75%. Portanto, a pratica do aterro sanitário que tem como finalidade eliminar resíduos expostos no meio ambiente além das práticas da queimada, modo este que vem a aumentar a poluição através de agentes que os mesmo liberam, o aterro vem fechar Análise dos Resultados 72 as possibilidades de qualquer pratica antiga que destrua o meio ambiente e prejudique a saúde da sociedade, estes resíduos devem ser compactados com uma camada sobre o solo devidamente impermeabilizado através de equipamentos necessários e no controle dos efluentes líquidos e emissões gasosas (FILHO, 2011). 4.6.5 Informações do lixo hospitalar Gráfico 15 - Informação sobre o destino final do lixo hospitalar Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. De acordo com as respostas obtidas no gráfico 15, 13% das instituições afirmam que não tem nenhuma informação sobre a destinação final dos resíduos hospitalares, ou seja, esses resíduos são descartados e suas respectivas empresas não se preocupam em saber seu destino final, se estes prejudicam ou não o meio ambiente e a saúde humana. Enquanto que, 87% admitem que já tiveam alguma informação sobre os resíduos hospitalares descartados, sendo assim empresas que se preocupam com o bem estar da superfície e dos seres humanos, além de saber quais os procedimentos necessários para o descartes destes resíduos. Assim, empresas que não tem o hábito de buscar informações sobre o que a destinação final desses resíduos pode provocar, se estes não forem tratados devidamente, eles podem causar contaminação de doenças, geradas pelo sistema de saúde, onde estão: Bolsas de sangue, seringas, agulhas, restos de medicamentos, curativos, materiais radioativos, lâminas de bisturis, além de diversos outros objetos que causam infecções (Lidiane, 2008). As instituições que já obtiveram essas informações tendem a minimizar esses impactos, pois elas sabem onde esses resíduos são descartados e o que podem prejudicar. Análise dos Resultados 73 É de suma importância saber qual a destinação final dos resíduos, pois estes podem chegar a provocar poluição que venha prejudicar a saúde, assim toda ou qualquer empresa deve estar informada da sua situação final e assim saber como e onde descartá-lo, pois esses resíduos são perigosos e para tanto, exige o descarte tecnicamente adequado em lugares adequados para não causar riscos à saúde pública (FILHO 2011). 4.6.6 Aterro sanitário controlado Gráfico 16 - Aterro sanitário controlado Fonte: Pesquisa de campo, Setembro 2011. Segundo, a representação no gráfico 16, das 8 (oito) empresas pesquisadas 2(duas) responderam que sim, existe aterro sanitário na cidade, somando assim uma alíquota de 25%, enquanto que a grande maioria, ou seja, 6 (seis) empresas das oito pesquisas afirmam que não possui este tipo de método para o descarte dos resíduos sólidos de serviços de saúde, tendo uma margem de 75%. Portanto, a disposição de resíduos realizados em aterro sanitário possui apenas uma: [...] técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário (ANVISA 2006, p.26). Portanto, fica claro que a disposição final feita em aterro sanitário, minimiza os impactos além de preservar o meio ambiente, através da compactação de terra argilosa sobre os resíduos. Análise dos Resultados 74 No entanto, há uma colisão entre as instituições, pois elas residem no mesmo município, onde a grande maioria, cerca de 6 (seis) empresas afirmam que não existe e apenas 2 (duas) disseram que existe aterro sanitário. O aterro controlado suprime a exposição de resíduos na superfície da terra como se pode observar na figura 6, fazendo com que este, fique nos lençóis freáticos e em seguida compactados de terra argilosa, eliminando mau cheiro, insetos e diversos outros agentes que causam desconforto, além de diminuir a poluição. Figura 5 - Esquema de um aterro sanitário LEGENDA 1 - Solo impermeabilizado 2 - Lixo compactado 3 - Camada de terra 4 - Canaletas, o chorume 5 - Nas lagoas, chorume vira adubo 6 - Chaminés com filtros 7 - Anos após a conclusão do aterro sanitário Fonte: Portal São Francisco, 2011, p.1 O aterro sanitário é necessariamente um lugar onde os resíduos são depositados e limitados ao solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra, este projeto tem a finalidade de impedir a contaminação do ser humano e do meio ambiente. Tendo como intuito a geração de energia através de motores adaptados para trabalhar com biogás e também podem ser utilizadas turbinas, assim a energia é gerada no aterro, podendo ser fornecida pela rede local para os consumidores. Como mostra a figura 5. Análise dos Resultados 75 Figura 6 - Esquema de geração de energia através do aterro sanitário Fonte: COELHO, 2008, p.1 4.7 Resultados do questionário aplicado aos gestores Como foi descrito na metodologia, foram inseridos na execução deste trabalho os profissionais da Prefeitura Municipal que estão ligados a atividades que envolvem à temática: resíduos sólidos no município, assim, sendo um representante da secretaria municipal de saúde e o secretário de infra-estrutura. 4.7.1 Sobre Lixo hospitalar Quando questionados sobre a conceituação de lixo hospitalar afirmaram que: “É resíduos perigosos como seringas, agulhas, gases, aventais, etc. por conter agentes causadores de doenças (resíduos contaminados)” (respondente 1) “É todo lixo que apresenta risco potencial á saúde e ao meio ambiente, devido á presença de material biológico, químico, radiativo e perfuro cortante” (respondente 2) Perante a indagação efetuada aos gestores, ambos mostraram conhecimentos sobre os materiais perigos e o que esses proporcionam para o meio ambiente. Análise dos Resultados 76 Diante do ponto de vista dos gestores, ficou evidente que o lixo hospitalar contém vários tipos de materiais infectantes, que podem causar riscos e ao mesmo tempo comprometendo os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações, por possuírem diversos tipos de matérias envolvidos em um mesmo ambiente, estes liberam e deixam riscos de contaminação na superfície. 4.7.2 Etapas do manejo dos resíduos hospitalares Quando questionados sobre a avaliação das etapas do manejo dos resíduos hospitalares asseguram-se que: “Este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos (restos de comidas) etc. e são realmente incinerado, resíduos infectados são colocados em bolsa branca e resíduos comuns em bolsa preta” (respondente 1 ) “Segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento temporário, coleta e transporte externo” (respondente 2 ) A partir dos dados adquiridos, ficou evidente que os resíduos hospitalares são separados, acondicionados, armazenados temporariamente dos outros resíduos (restos de comidas), os resíduos infectantes são colocados em bolsa branca e os resíduos comuns em bolsa preta, assim fica mais simples de identificar qual resíduo vai ser incinerado, sendo que sua destinação final é feita em lixões e em seguida sofrem a incineração. Onde de fato estes resíduos deveriam sofrer outro tipo de destruição, como o aterro sanitário, que é uma forma de evitar mau cheiro, resíduos ficar expostos aos animais e seres humanos, criando um risco enorme de contaminação de doenças, no entanto, a coleta feita de forma correta fica mais fácil sua identificação. A disposição dos resíduos deve ser determinada pela RDC ANVISA no 306/04 como (grupos A, B, C, D ou E), sendo que os mesmo devem ser verificados mediante sua quantidade (volume ou peso), e assim serem identificados com o intuito de evitar acidentes e contaminação na hora do manejo desses resíduos (ANVISA 2006). Grupo Característica Análise dos Resultados 77 4.7.3 Controle do manejo dos resíduos hospitalares Quando questionados sobre o controle do manejo dos resíduos hospitalares, os gestores asseguraram que: “É separado por grupos como: grupo E perfuro cortantes, grupo D resíduos comuns, grupo C rejeito radiológico, grupo B químicos, grupo A potencialmente infectantes”. (respondente 1 ) Tem que existir um plano de gerenciamento (documento que aponta e descreve as ações relativas aos manejos dos resíduos sólidos, observando suas características no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final bem como a proteção á saúde pública. (respondente 2) Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, pode-se notar que os gestores expõem respostas condizentes à realidade da empresa, sendo que as mesmas precisam de documentação para que os resíduos sigam os padrões corretos desde a segregação até sua destinação final segundo a ANVISA, mediante de símbolos que venham a diferenciar cada tipo de resíduo, estas especificações têm como intuito evitar acidentes e destinação final correta segundo a (ANVISA 2006 p.43) os símbolos de identificação dos grupos de resíduos: d Quadro 2 - Símbolos de identificação dos resíduos de serviços de saúde. (continua) Os resíduos do grupo A são identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos Os resíduos do grupo B são identificados através do símbolo de risco associado e com discriminação de substância química e frases de risco. Os rejeitos do grupo C são representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO. Análise dos Resultados 78 (conclusão) Os resíduos do grupo D podem ser destinados à reciclagem ou à reutilização. Quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas correspondentes nomeações, baseadas na Resolução CONAMA no 275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os demais resíduos do grupo D deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. Pode ser seguida de cor determinada pela Prefeitura. Caso não exista processo de segregação para reciclagem, não há exigência para a padronização de cor destes recipientes. Os produtos do grupo E são identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, Acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo. VIDRO PLÁSTICO PAPEL METAL ORGÂNICO RESÍDUO PERFUROCORTANTE Fonte: ANVISA, 2006, P.43 4.7.4 Como deve ser tratado o lixo hospitalar Diante do contexto conceituado acima, os gestores asseguram que tem conhecimento de como deve ser tratado o lixo hospitalar e seus receptivos meios: “É separado por grupos como: grupo E, perfuro cortantes, grupo D, resíduos comuns, grupo C, rejeito radiológico, grupo B, químicos, grupo A, potencialmente infectantes”. (respondente 1) Estes produtos precisam receber tratamento especial ou podem causar sérios danos ambientais e/ou á saúde de muitas pessoas, o lixo hospitalar, deve ser incinerado. Pela legislação, deve ser incinerada coisa que infelizmente só acontece em poucos lugares (respondente 2) Segundo, as réplicas dos gestores o lixo hospitalar deve ser separado por categorias, sendo que os mesmo devem receber tratamentos específicos para que não causem danos ao meio ambiente e aos seres humanos, no entanto, um dos gestores afirma: “Pela legislação, deve ser incinerada coisa que infelizmente só acontece em poucos lugares”, na verdade o lixo deve ser reciclado apenas com os resíduos necessários e em seguida sofrer a compostagem para evitar a poluição da atmosfera, o tratamento incide na aplicação de método, técnica ou processo que Análise dos Resultados 79 modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente (ANVISA 2006). 4.7.5 Importância do tratamento dos resíduos hospitalares antes de serem descartados Quando questionados sobre a importância do tratamento dos resíduos hospitalares antes de serem descartados, os gestores afirmam que mediante essa alternativa além de seguir padrões de classificação para prevenir acidentes, surgir assim uma qualidade de vida saudável e sustentável. “Melhoria da saúde pública, garantia de qualidade de vida da população e um meio ambiente saudável. Proteger o meio ambiente e combater a população em qualquer de sua forma”. (respondente 1 ) “Acho que seguir a classificação estabelecida pela resolução Nº 5/93 pela CONAMA”. (respondente 2 ) Diante das respostas obtidas, os gestores esclarecem que é de suma importância os resíduos sofrer tratamentos adequados antes de ser descartado ao meio ambiente, através da classificação estabelecida pela resolução Nº 5/93 pela CONAMA, que identificam onde todos os resíduos irão permanecer e sua destinação final. Pois, só assim haverá uma qualidade de vida para a população e conseqüentemente para o meio ambiente, combatendo os riscos de contaminação e acidentes, logo, tende a reduzir os danos causados a ambos (ANVISA 2006). 4.7.6 Quando é executada a coleta dos resíduos hospitalares Perante questionamento sobre quando é executada a coleta desses resíduos, há uma contradição onde ambos possuem respostas distintas, ou seja, se tratando de um mesmo município, os mesmo afirmam que: Análise dos Resultados 80 “Diariamente pela prefeitura a coleta” (respondente 1) “Dois dias, não são suficientes” (respondente 2) Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado há uma distorção em relação às réplicas, pois o primeiro gestor afirma que a coleta é feita diariamente nas unidades de saúde, no entanto, o segundo assegura que esta coleta só feita dois dias por semana, sendo que esses dias não são suficientes para toda a coleta dos resíduos, então ficou evidente que a prefeitura deve colocar mais dias para a coleta, evitando assim, que esses resíduos fiquem armazenados nas unidades de saúde, criando um risco a mais de contaminação no ambiente e conseqüentemente para as pessoas. 4.7.7 Transporte dos resíduos de serviços de saúde Quando questionados sobre o transporte dos resíduos de serviços de saúde, os gestores afirmaram que é efetuado pela prefeitura local, mediante um caminhão. “Caminhão, com a prefeitura” (respondente 1 ) “Prefeitura” (respondente 2 ) Os gestores revelaram que todos os resíduos hospitalares gerados nos estabelecimentos são depositados em um caminhão da prefeitura, ou seja, este leva tanto os resíduos domiciliar quanto os hospitalares, o veiculo não possui nenhuma especificação sobre os resíduos, onde estes são depositados e destruídos em um mesmo ambiente. 4.7.8 Local de descarte dos resíduos hospitalares do município Perante a avaliação do depoimento dos gestores, ambos afirmam que o lixo hospitalar é descartados diretamente em terreno baldio: OS LIXÕES. “Lixo com aterro baldio, lixo infectado aterro baldio” (respondente 1) Análise dos Resultados 81 “Lixão, estes resíduos são descartados no lixão” (respondente 2 ) Os resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde são descartados em aterro baldio, ficando expostos aos seres humanos, animais deixando livre até mesmo para utilização de restos de alimentos para o consumo. O lixão é uma forma inadequada de disposição final desses resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção a atmosfera e o bem-estar da população (IPT, 1995 citado por PORTAL SÃO FRANCISCO 2011). 4.7.9 No município há tratamentos específicos para os resíduos de serviços de saúde Quando questionados sobre a presença de tratamentos específicos para cada tipo de resíduos, os gestores afirmaram que não há, ou seja, todos passam pelo mesmo processo. “Não” Os gestores afirmaram que não há tratamentos específicos para os resíduos de serviços de saúde no município, tendo em vista que este tipo de tratamentos decorre da amenização dos impactos causados ao meio ambiente e a sociedade. Logo, este tipo de tratamento vem beneficiar além da saúde da população os recursos naturais, que é quem sofre com os detritos desses resíduos expostos na atmosfera. Os resíduos gerados pelos serviços de saúde elevam sérios problemas. Quando esses não passam por tratamentos antes de serem descartados ao meio ambiente, assim uma parte considerável está contaminada por via biológica, outra por via química e outra por via radioativa, devido a ausência desse tratamento(CORRÊA 2011). Análise dos Resultados 82 4.7.10 Alternativas de eliminação de resíduos hospitalares Perante as respostas dos gestores, algumas alternativas de eliminação são ainda uma idéia, pois o município não possui, os resíduos possuem o mesmo fim, a incineração. “Primeiro por meio de educação em saúde envolvendo sociedade, profissionais de saúde e demais setores, como também governantes e gestores e principalmente recursos financeiros. Aterros sanitários, cooperativas e reciclagem” (respondente 1) “Incineração” (respondente 2) Analisando as repostas decorrentes do questionário aplicado, pode-se observar que os gestores possuem conceitos diferentes, caso importante, visto que, existem várias alternativas de eliminação dos resíduos, sendo que o primeiro gestor recomenda diversas alternativas que só beneficiará o município, contudo o segundo fica a almejar, pois a incineração deriva de danos muito grave ao ser humano e ao meio ambiente, através da liberação de agente nocivo, além da poluição dos lençóis freáticos. Portanto, a figura 9 envolve aterro sanitário, reciclagem, cooperativas e incineração, fazendo com o que este demonstre um ciclo sem danos ao meio ambiente e aos seres humanos. Figura 7 - Esquema contendo Aterro Sanitário, Cooperativa, Reciclagem e Incineração Fonte: SITE, 2011, p.1 Análise dos Resultados 83 4.8 Conclusões da Pesquisa A maioria das instituições pesquisadas possui recipientes necessários para acondicionar os resíduos hospitalares, contribuindo assim, para reduzir a contaminação direta dos resíduos com os colaboradores, porém estes recipientes não possui identificação para cada tipo de resíduo distinto, aonde a grande maioria necessita de uma sala específica para o armazenamento dos resíduos hospitalares temporariamente, sendo que esta é fundamental para evitar contato direto de indivíduos que não possui equipamentos necessários. É de extrema necessidade a adoção de treinamentos para todos os colaboradores que lidam com este tipo de resíduos, sendo esta é a etapa mais importante do gerenciamento de resíduos, pois através da implantação do treinamento é possível observar os benefícios que virão para os colaboradores, mediante um manejo adequado. A grande maioria dos estabelecimentos pesquisados apontou que a ausência dos equipamentos ocorre,mas reconhecem que é de fundamental importância o uso dos mesmos para evitar contaminações e acidentes com o respectivo manejo, e prejudicar a saúde dos colaborador e das instituições, no entanto, a maior parte das instituições possui um local específico para a higienização, mas este local deve ter prevenções, pois pode haver detritos de resíduos contaminados. Os centros de saúde, na sua grande maioria acondicionam os resíduos em sacos plásticos tendo assim, um suporte adequado para cada tipo de resíduo gerado no local. Os sacos plásticos têm como intuito acondicionar os resíduos de acordo com o seu grupo, ou seja, acondicionar em cada saco um tipo de resíduo diferente, evitando assim contaminação e acidentes. Grande parte das empresas pesquisadas responderam que não há tratamentos específicos para resíduos perfuro-cortantes, logo após seu uso esses resíduos devem ser imediatamente colocados em caixas de descarte em paredes rígidas e resistentes. O descarte é realizado pela prefeitura, onde não possui especificações para cada tipo de resíduo, do mesmo modo todos os resíduos hospitalares gerados nos Análise dos Resultados 84 estabelecimentos são depositados no mesmo veículo e em seguida depositados em lixões, aonde nenhuma das instituições já freqüentou um dia. Todo o pessoal unido, junto com as instituições de saúde podem ajudar a minimizar as causas e os efeitos causados pelos resíduos e agentes nocivos, porém a população e as instituições precisam conscientizar-se sobre a importância de tratar de forma adequada os resíduos produzidos através das diferentes práticas humanas, sem agredir o meio ambiente e a saúde pública. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considerações Finais 86 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão dos resíduos de serviços de saúde possui uma ampla importância, desde sua geração até sua disposição final, já que é um processo que exige atenção e cuidados, quando utilizados artifícios inadequados apresentam riscos á saúde pública. Às instituições devem investir em seus colaboradores e em meios para a destinação final adequada, logo que os mesmos são depositados diretamente em lixões, deixando os colaboradores e o meio ambiente expostos as contaminações e acidentes, conseqüentemente as mesmas devem sempre estar atualizando procedimentos e técnicas que some suas relevâncias e diminuindo risco de degradação ao meio ambiente. Grande parte dos centros de saúde apontou que o manejo dos resíduos hospitalares são enviados competentemente pela prefeitura local, mesmo que esses resíduos sejam separados e acondicionados em sacos plásticos, eles possuem o mesmo destino o “lixão”, aonde em seguida sofre a incineração liberando elevados gases infectantes. Logo o manejo dos resíduos nas instituições possui uma mistificação, ou seja, cada uma efetua de formas distintas, providas de acordo com os equipamentos disponíveis. O tratamento dos resíduos devem passar pelas seguintes etapas segundo a ANVISA: segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno, armazenamento provisório, tratamento, armazenamento externo, coleta e transporte externo, em seguida deveriam sofrer a compostagem para uma destinação final correta, no entanto o município tem a ausência do aterro sanitário, onde elimina quaisquer odores e contaminações. Mesmo assim as instituições de saúde não possuem hábitos de efetuar tratamentos específicos para cada tipo de resíduo, sendo que estas devem apresentar recipientes com respectivos símbolos e cores de identificação e seus os colaboradores devem estar providos de todos os equipamentos de proteção individual. Esse tratamento deve ser distinto porque cada tipo de resíduo possui risco de contaminação diferente e mediante a este processo de tratamento tende a diminuir esses riscos de incidente e infecção, além de eliminar gases tóxicos ao meio ambiente. Considerações Finais 87 Por fim, objetivo deste trabalho é analisar a forma do descarte dos resíduos de serviços de saúde (RSS), sendo que o rejeite deve estar provido de seleção, ou seja, cada resíduo devem está aptos de símbolos e cores para melhor identificação no momento do descarte, além dos equipamentos de proteção individual para cada colaborador, essa atividade exige muita atenção, pois os mesmos lidam com resíduos com uma alta intensidade de bactérias que ficam expostos durante e após o seu descarte. Assim, fica claro que as empresas não possuem hábitos de tratamentos para os resíduos hospitalares específicos, sendo assim, um fato preocupante para o ser humano e o meio ambiente, contudo as empresas devem estar a par de que tipo de tratamento e destino final que esses resíduos devem sofrer. Pois, o aterro sanitário é de extrema importância para o pré-tratamento dos resíduos, realizando assim, a diminuição dos gases poluentes e também a neutralização do odor causado através dos mesmos, sendo que estas instituições estão a par da destinação final desses resíduos mesmo conhecendo os problemas ambientais que estes provocam. Este estudo tem a finalidade de estimular e mobilizar a população sobre o destino e as conseqüências dos resíduos lançados no meio ambiente, principalmente sobre os produzidos na área da saúde, por ser uma grande produtora de resíduos infectantes, sendo que quando descartados inadequadamente podem trazer sérios riscos à população e ao meio ambiente, portanto uma gestão eficiente pode diminuir custos para as instituições, dando mais oportunidade a sociedade de praticar a reciclagem, preservar o meio ambiente e a saúde da população REFERÊNCIAS Referências 89 REFERÊNCIAS ANVISA, 2004- AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. 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APÊNDICES Apêndice 95 APÊNDICE Apêndice A ORGANIZAÇÃO DE CULTURA E ENSINO LTDA FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO Este questionário tem por finalidade conhecer como é realizado o manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde e sua disposição final no Município de Santa Brígida-BA. Visa contribuir com a melhoria da gestão municipal, promovendo um diagnóstico do tratamento dos resíduos sólidos neste Município. As informações serão mantidas em sigilo, e qualquer dúvida a pesquisadora deverá ser consultada Mislania Barros dos Santos, Fone: 75 88297233 LEGENDA S- Sim N-Não N/A- Nenhuma das alternativas Segregação 1º Os recipientes existentes são suficientes para segregar os lixos gerados no ambiente? 2º Os funcionários possuem treinamentos específicos para a segregação dos resíduos sólidos de serviços de saúde? 3º Os funcionários possuem todos os equipamentos necessários para realização do manejo dos resíduos? Acondicionamento 4º Existe uma sala especifica para acondicionar os resíduos? 5º Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos? 6º Existe tratamento especifico para os resíduos perfurocortantes? Identificação 7º os recipientes possuem identificações especificas para cada tipo de resíduos? 8º São utilizados símbolos em recipientes e locais de armazenamento dos resíduos? 9º Possui um local especifico para a higienização dos equipamentos utilizados no manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde? Coleta e transporte externo 10º O transporte externo possui especificações para cada tipo de resíduos? 11º O transporte externo é realizado pela prefeitura? S N N/A Apêndice A Tratamento final 12º O tratamento final dos resíduos minimiza o impacto causado ao meio ambiente? 13º Os resíduos hospitalares possuem o mesmo tratamento que os resíduos comuns? 14º existe tratamentos específicos para cada tipo de resíduos? Disposição final 15º Existe um local para a destinação final dos resíduos? 16º A disposição final dos resíduos é feito em lixões? 17º Você já freqüentou lugares onde são depositados os resíduos sólidos de serviços de saúde? 18º Você sabe o que é o aterro do lixo hospitalar? 19º Você já teve alguma informação sobre o destino final do lixo hospitalar? 20º Existe aterro sanitário controlado? 96 Apêndice 97 Apêndice B ORGANIZAÇÃO DE CULTURA E ENSINO LTDA FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO Este questionário tem por finalidade conhecer como é realizado o manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde e sua disposição final no Município de Santa Brígida-BA. Visa contribuir com a melhoria da gestão municipal, promovendo um diagnóstico do tratamento dos resíduos sólidos neste Município. As informações serão mantidas em sigilo, e qualquer dúvida a pesquisadora deverá ser consultada, Mislania Barros dos Santos, fone: 75 88297233. Questionário 1º O que é lixo hospitalar, em sua opinião? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 2º Quais as etapas do manejo dos resíduos hospitalares, conhecidas por você? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3º Como é controlada o manejo dos resíduos sólidos de serviços de saúde? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4º Na sua concepção como deve ser tratado o lixo proveniente dos Serviços de Saúde? Por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Apêndice B 98 5º Em sua opinião, qual a importância do tratamento dos resíduos dos serviços de Saúde antes de ser descartados, para a sociedade e o meio ambiente? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 6º Quando é executada a coleta desse tipo de resíduo em Santa Brígida? Os dias mencionados são suficientes? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 7º Como é feito o transporte dos resíduos de serviços de Saúde? É realizado por uma empresa terceirizada ou pela prefeitura? Explique. ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 8º Onde são descartados os Resíduos dos Serviços de Saúde do Município? E como é feito o descarte do mesmo? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 9º Em Santa Brígida, há tratamentos específicos para Resíduos de Serviços de Saúde? Quais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 10º Em sua opinião, existem alternativa de eliminação de resíduos de serviços de Saúde? Quais? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ANEXOS Anexos 100 ANEXOS Anexo A: Lixão Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011 Anexo B: Resíduos hospitalares em lixões Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011 Anexos 101 Anexo C: Resíduos hospitalares em lixões junto com resíduos comuns Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011 Anexo D: Resíduos hospitalares em lixões após a incineração Fonte: Mislania Barros dos Santos, 2011