Revisão Detecção de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas: revisão da morfologia e patologia DETECÇÃO DE CALCIFICAÇÕES NA ARTÉRIA CARÓTIDA EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS: REVISÃO DA MORFOLOGIA E PATOLOGIA Detection of calcifications of the carotid artery in panoramic radiographs: a review of the morphology and pathology Danielle Frota de Albuquerque 1 Alynne Vieira de Menezes 2 Marlio Ximenes Carlos 3 Lucio Mitsuo Kurita 4 Ana Lúcia Álvares Capelozza 5 Resumo Alguns estudos mostram que as imagens obtidas com a técnica radiográfica panorâmica podem evidenciar ateromas calcificados na artéria carótida em pacientes assintomáticos que estão em tratamento odontológico. A aterosclerose na bifurcação da artéria carótida é uma causa comum do infarto e, quando calcificadas, podem ser identificadas nas radiografias panorâmicas, desde que a bifurcação da carótida se encontre dentro da área comumente exposta nestas técnicas. Os fatores de risco para a formação do ateroma incluem: obesidade, hipertensão arterial, fumo, diabetes mellitus, altos níveis de colesterol e triglicérides no sangue, sedentarismo e idade avançada. Homens apresentam maior predileção para seu desenvolvimento quando comparados às mulheres. O cirurgião-dentista deve, após a anamnese de seus pacientes, estar atento à interpretação das imagens radiográficas compatíveis e encaminhar estes pacientes para avaliação médica, onde outros exames serão feitos para a confirmação do diagnóstico e tratamento adequados. Este trabalho ilustra um caso com imagens sugestivas de ateroma na artéria carótida e discute imagens de outras calcificações que auxiliarão o cirurgião-dentista no diagnóstico diferencial. Palavras-chave: Radiografia panorâmica; Artéria carótida; Calcificações; Ateroma. 1 2 3 4 5 Cirurgiã-Dentista; Mestranda em Estomatologia, FOB-USP. Cirurgiã-Dentista; Mestranda em Estomatologia, FOP-UNICAMPI. Professor Adjunto, Disciplina de Periodontia, UNIFOR, Ceará. Professor Adjunto, Disciplina de Radiologia, UNIFOR, Ceará. Professora Associada, Departamento de Estomatologia, FOB-USP End: Faculdade de Odontologia de Bauru, USP-Depto. de Estomatologia Alameda Dr. Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 Bauru - SP. e-mail: [email protected] Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 129 Danielle Frota de Albuquerque et al. Abstract Studies have demonstrated that panoramic radiographs can show images of calcified atheromas in the carotid artery in some asymptomatic patients receiving routine dental care. Atherosclerosis at the bifurcation of the carotid artery is a common cause of stroke, and, when such lesions are calcified, they may easily be identified on a panoramic radiograph since the carotid bifurcation lies within the field of a properly performed X-ray. The factors of risk for the formation of atheroma include obesity, high blood pressure, smoking, diabetes mellitus, high cholesterol tax and triglyceride, sedentarysm, advanced age and masculine sex, amongst others. Dentists should refer all patients with radiographically identified atheromas to a physician for confirmation of the diagnosis and a determination of the magnitude of disease. It will be shown radiographic images suggestive of atheromas in the carotid artery, as well as other calcifications that are part of the differential diagnosis. Keywords: Panoramic radiographs; Carotid artery; Calcification; Atheroma. Introdução O cirurgião-dentista atende pacientes que também estão sob cuidados de profissionais da Saúde, principalmente da área médica. Devemos considerar a importância das imagens radiográficas panorâmicas, muito utilizadas em todas as especialidades da Odontologia, na identificação de possíveis alterações não diretamente relacionadas com a Odontologia. Entre esses achados está a placa de ateroma na artéria carótida (1) As calcificações na artéria carótida podem ser observadas em radiografias panorâmicas realizadas por indicação odontológica. Esses achados são considerados, portanto, acidentais e constituem-se em recurso adicional na prevenção de eventos cardiovasculares e vasculocerebrais (2). O aspecto radiográfico das calcificações de placas ateromatosas em radiografias panorâmicas deve ser diferenciado das imagens de estruturas anatômicas e patológicas radiopacas que podem estar presentes na região de pescoço (3). O conhecimento dos fatores de risco dessa doença e sua relação com imagens sugestivas de ateromas calcificados na artéria carótida torna ainda mais importante o papel do cirurgião-dentista como profissional de saúde. As calcificações na artéria carótida podem ser visualizadas em diferentes técnicas radiográficas onde seja possível a observação dos espaços aéreos buconasais, mesmo que essas radiografias não sejam específicas para a avaliação da região cervical (1). Vários trabalhos relatam o achado acidental de calcificações na região de bifurcação da artéria carótida em radiografias panorâmicas (4-6). Estes estudos sugerem uma prevalência de calcificações na artéria carótida que variam de 2% a 5% (7). Esses valores são maiores quando em mulheres na meno- 130 pausa (8), em indivíduos com apnéia obstrutiva do sono (9), em pacientes que se submeteram a tratamento com radioterapia (10), pacientes com doenças renais (11), em indivíduos com idade avançada (7) e com diabetes tipo 2, estes últimos podendo chegar a uma prevalência de 20% (12). Este trabalho tem como objetivo auxiliar o CD na identificação de placas ateromatosas calcificadas em radiografias panorâmicas e a diferenciação com estruturas anatômicas e patológicas que podem estar presentes nessa região. Além disso, ressalta-se a importância do cirurgião-dentista na prevenção do acidente vásculo-cerebral (AVC) e do infarto. Anatomia As principais artérias da cabeça e pescoço são as carótidas comuns direita e esquerda, cada uma bifurcando-se em carótida externa, irrigando as estruturas externas do crânio, assim como a face e grande parte do pescoço, e carótida interna, irrigando as estruturas do interior da cavidade intracraniana e da órbita (14). Cada artéria comum bifurca-se freqüentemente na altura da borda superior da lâmina da cartilagem tireóide e da 4a vértebra cervical, ocasionalmente uma vértebra mais acima ou mais abaixo. O ponto de divisão ocorre geralmente 3 cm ou menos abaixo da borda inferior da mandíbula (14). Aterosclerose Aterosclerose é uma doença que acomete as artérias elásticas e artérias musculares calibrosas e médias. Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 Revisão Detecção de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas: revisão da morfologia e patologia A entidade patológica primária na doença vasculocerebral é constituída por ateromas, que são depósitos de gordura, principalmente de colesterol, na camada íntima da artéria. Essas placas iniciam sua formação por injúrias no endotélio decorrentes dos fatores de risco aos quais o indivíduo está exposto. Em seguida, ocorre uma resposta inflamatória resultante da proliferação de fibroblastos, causando aumento da espessura da camada íntima. Inicia-se a deposição de sais de cálcio, produzindo diferentes graus de calcificação distrófica, que recebem o nome de ateromas. Esse ciclo de deteriorização e reparo leva à formação de hemorragias que expõem as fibras colágenas do tecido, formando trombos. O trombo pode embolizar-se e obliterar artérias intracranianas, o que provoca um acidente vascular cerebral (AVC) ou aumenta de tamanho até causar isquemia cerebral pela redução da irrigação sanguínea (3, 15-17). Aspectos radiográficos As calcificações na artéria carótida podem, dependendo do grau, ser visualizadas em radiografias panorâmicas. A artéria carótida comum ascende dentro do espaço orofaringeano, próximo à região cervical média, em direção à margem superior da cartilagem tireóidea, onde se encontra a bifurcação da artéria em carótida externa e carótida interna. A localização desta bifurcação é variável, podendo ocorrer abaixo deste ponto e, nesta situação, sair da região que pode ser visualizada nas radiografias panorâmicas, nestes casos, as placas calcificadas na artéria carótida não são detectadas nessas imagens (18). As placas de ateroma calcificada podem ser vistas nas radiografias panorâmicas como uma ou mais imagens radiopacas nodulares adjacentes, não contínuas, na altura da junção intervertebral C3 e C4, diferenciando-se das estruturas radiopacas dessa região. (1, 4, 5, 15, 19) (Figura 1), localizada na região posterior e inferior ao ângulo da mandíbula, em um ângulo de aproximadamente 45º (1). Fig. 1 - Radiografia panorâmica com imagem sugestiva de calcificação da artéria carótida bilateralmente, na altura da junção intervertebral C3 e C4 formando uma angulação de 45º com o ângulo da mandíbula. Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 131 Danielle Frota de Albuquerque et al. Os ateromas podem ainda apresentar-se como linhas radiopacas verticais que representam finas calcificações nas paredes vasculares. Estas calcificações aparecem separadas e distintas do osso hióide, podendo ser observadas bem próximas ou ao lado dele (4) (Figura 2). Fig. 2 - Imagem sugestiva de ateroma calcificado, mostrando a relação com o osso hióide. Entretanto, a radiografia panorâmica limita-se apenas à identificação do ateroma, não permitindo avaliação de sua exata localização e o seu grau de obliteração da luz arterial. Exames mais específicos devem ser utilizados, entre eles: a ultra-sonografia, a tomografia computadorizada e termografia (15). O exame de ultra-sonografia com uso do Doppler é um exame relativamente barato e não invasivo, fornecendo imagens mais precisas da anatomia da artéria carótida, além da avaliação do fluxo sanguíneo (19). Indica-se para o diagnóstico de estenoses na artéria carótida, mas não para pacientes livres de sintomas (20). Diagnóstico diferencial Com estruturas anatômicas da região do pescoço e de lesões calcificadas: 132 • Cartilagens tritíceas: Nódulos pequenos localizados na margem posterior da membrana tireo-hióidea. Apresentam-se como radiopacidades ovóides de aproximadamente 2 a 4 mm de largura e 7 a 9 mm de comprimento, observadas geralmente dentro do espaço aéreo faríngeo, adjacente à porção superior da quarta vértebra cervical (21). • Osso hióide: Consiste de um corpo com um corno maior e outro menor de cada lado. Apresenta como imagem radiopaca bilateral, horizontal, localizada abaixo da mandíbula. O corno maior do osso hióide estendese para cima e para trás, formando um ângulo de 1350 e atravessando a área radiolúcida formada pela passagem de ar da faringe, com córtex bem definido e um padrão trabecular (1, 4, 6) (Figura 03). Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 Revisão Detecção de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas: revisão da morfologia e patologia Fig. 3 - Radiografia panorâmica onde se visualiza imagem do osso hióide. • Epiglote: Cartilagem que funciona como uma válvula da laringe, controlando o fluxo de ar ou de alimentos que passam pela faringe. Assim como o osso hióide, sua imagem na radiografia é bilateral, com formato vertical crescente, borrada, localizada no ângulo posterior da mandíbula, acima do corno maior do hióide (1,4). • Processo estilóide: Localizado na porção petrosa do osso temporal, que inclui o processo mastóide, pode ser visto na radiografia panorâmica como uma imagem cilíndrica e radiopaca, que se projeta para frente e para baixo entre o ramo da mandíbula e o processo mastóide (4) (Figura 4). Fig. 4: - Imagem sugestiva do processo estilóide alongado em radiografia panorâmica. Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 133 Danielle Frota de Albuquerque et al. • Ligamento estilomandibular: Estende-se para anterior e inferior, paralelamente à borda posterior do ramo da mandíbula e insere-se no ângulo da mandíbula, podendo ser visualizado quando calcificado (4). • Ligamento estilo-hióide: Com diferentes graus de calcificação, pode ser visto estendendo-se posteriormente ao processo estilóide (1), surgindo da parte mais inferior. Insere-se no corno menor do osso hióide e é freqüentemente visto como uma estrutura radiopaca localizada na região posterior à mandíbula (4) (Figura 5). Fig. 5 - Imagem sugestiva do ligamento estilo-hióide calcificado na radiografia panorâmica. • Nódulos linfáticos calcificados: Imagens normalmente unilaterais que podem ser únicas, múltiplas ou ordenar-se em fileiras de acordo com a cadeia cervical. Sua imagem radiográfica é descrita na literatura como tendo “aspecto de couve flor” (1) (Figuras 6a e 6b). Fig. 6a - Radiografia panorâmica mostrando múltiplas calcificações unilaterais sugestiva de linfonodos calcificados. Fig. 6b - Mesma área ampliada, com uma melhor visualização. 134 Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 Revisão Detecção de calcificações na artéria carótida em radiografias panorâmicas: revisão da morfologia e patologia • Sialolitos: são deposições calcáreas encontradas no interior dos ductos ou das glândulas salivares maiores e menores (12). Localizados na glândula submandibular ou no seu ducto, apresenta-se com formato irregular ou como calcificações difusas (4), algumas vezes sintomáticos e quase sempre unilaterais. Na imagem panorâmica podem ser vistos na região de terceiros molares inferiores e no ramo da mandíbula, localizando-se anteriormente às calcificações da artéria carótida (1)(Figura 7a e 7b). Fig. 7a - Imagem sugestiva de cálculo salivar (sialolito) na glândula submandibular, apresentando-se como calcificações irregulares. Fig. 7b - Imagem ultrasonográfica, mostrando o sialolito. • Flebólitos: calcificações no interior de veias, de pequenas dimensões, comumente menores que os sialolitos (1), podem apresentar radiopacidade concêntrica com anéis radiolúcidos (4). • Tonsilolitos: pequenas calcificações que se formam nas criptas das amídalas palatinas, observadas, na maioria dos casos, em exames radiográficos de rotina, como imagens radiopacas (22). para tratamento especializado, contribuindo, assim, na prevenção de doenças mais graves que podem levar o indivíduo a diferentes condições de invalidez e até mesmo ao óbito. Referências 1. Lewis DA, Brooks SL. Carotid artery calcifiction in a general dental population: a retrospective study of panoramic radiographs. Gen Dent 1999 Jan-Feb; 47:98-103. 2. Cohen SN, Friedlander AH, Jolly DA, Date L. Carotid calcification on panoramic radiographs: an important marker for vascular risk. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2002, 94: 510 – 514 3. Pontual MLA, Martins, MGBQ, Freire Filho, FWV, Haiter Neto F, Moraes M. Diagnóstico diferencial das calcificações da região cervical: revisão de literatura. Rev Assoc Paul Cir Dent 2003; 57: 429 – 433 Conclusão A presença de placas ateromatosas calcificadas na artéria carótida é considerada com fator de risco para os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Essas placas calcificadas podem ser observadas durante a interpretação das imagens obtidas pela técnica radiográfica panorâmica, em exames para avaliação das estruturas ósseas e dentárias em Odontologia. O cirurgião-dentista está em posição privilegiada para detectar precocemente essas alterações patológicas e encaminhar o paciente Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005 135 Danielle Frota de Albuquerque et al. 4. Friedlander, AH, Friedlander, IK. Identification of stroke prone patients by panoramic radiography. Aust Dent J 1998; 43: 51 – 54 5. Friedlander, AH, Friedlander, IK. Panoramic dental radiography: an aid in detecting individuals prone to stroke. British Dental Journal. 1996; 181: 23 – 26 6. Friedlander AH, Baker JD. Panoramic radiography: an aid detecting patients at risk of cerebrovascular accident. JADA1994; 125: 1598 –1603 16. Almong, BM, Tsimidis, K, Moss, ME, Gottlieb, RH, Carter, LC. Evualution of a training program for detection of carotid artery calcifications on panoramic radiographs. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2000; 90: 111-117 7. Ohba T , Takata Y, Ansai T. Morimoto Y, Tanaka T, Kito S, Awano S, Akifusa S, Takehara T. Evaluation of calcified carotid artery atheromas detected by panoramic radiograph among 80year-olds. Oral Surg Oral med Oral Pathol. 2003, 96: 647 – 650 17. Sung EC, Friedlander, AH, Kobashigawa, JA. The prevalence of calcified carotid atheromas on the panoramic radiographs of patients with dilated cardiomyopathy Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2004; 97: 404407. 8. Friedlander AH, Altman L. Carotid artery atheromas in postmenopausal women. Their prevalence on panoramic radiographs and their relationship to atherogenic risk factors. J Am Dent Assoc 2001;132:1130–1136. 18. Friedlander AH, Manesh, F, Wasterlain CG. Prevalence of detectable carotid artery calcifications on panoramic radiographs of recent stroke victims. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1994; 77: 669-673. 9. Friedlander AH, Friedlander IK, Yueh R, Littner MR. The prevalence of carotid atheromas seen on panoramic radiographs of patients with obstructive sleep apnea and their relation to risk factors for atherosclerosis. J Oral Maxillofac Surg 1999; 57: 516–521. 19. Ravon, NA, Hollender, LG, McDonald, V Persson, GR. Signs of carotid calcification from dental panoramic radiographs are in agreement with Doppler sonography results. J Clin Periodontol 2003; 30: 1084-1090 10. Friedlander AH, Freymiller EG. Detection of radiation-accelerated atherosclerosis of the carotid artery by panoramic radiography. JADA 2003; 134: 1361 – 1364 11. Kansu Ö, Özbek M, Avcu N, Gençtoy G, Kansu H, Turgan Ç. The prevalence of carotid artery calcification on the panoramic radiographs of patients with renal disease Dentomaxillofacial Radiology 2005; 34: 16 – 19 12. Friedlander AH, Garrett NR, Norman DC. The prevalence of calcified carotid artery atheromas on the panoramic radiographs of patiens with type 2 diabetes mellitus. JADA 2002; 133: 1516 – 1522 13. Tamura, T, Inui, M, Nakase, M, Nakamura, S, Okumura, K, Tagawa, T. Clinicostatistical study of carotid calcification on panoramic radiographs. Oral Dis 2005; 11, 314–317 136 14. Gardner, WD. Anatomia do Corpo Humano. 2ed. São Paulo: Atheneu, 1980 15. Manzi FR, Tuji FM, Almeida SM, Haiter Neto F, Boscolo FN. Radiografia panorâmica na idintificação de pacientes com risco de AVC. Revista da APCD 2001; 55: 131 – 33 20. Almog DM, Horev, T, Illig KA, Green, RM., Carter LC. Correlating carotid artery stenosis detected by panoramic radiography with clinically relevant carotid artery stenosis determined by duplex ultrasound Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2002; 94: 768-773 21. Carter LC. Discrimination between calcified triticeous cartilage and calcified carotid atheroma on panoramic radiography Oral Surg Oral Med Oral Pathol. Oral Radiol Endod 2000; 90: 102104. 22. Silvestre-Donat FJ, Pla-Mocholi A, Estelles-Ferriol E, Martinez-Mihi V. Giant tonsillolith: report of a case. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2005;10: 2392342. Recebido em 10/8/2005; Aceito em 10/9/2005 Received in 8/10/2005; Accepted in 9/10/2005. Clin. Pesq. Odontol., Curitiba, v.2, n.2, p. 129-136, out/dez. 2005