Plástica em Minas
Informativo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional Minas Gerais
Ano XV – Nº 54 – maio/junho/2007
Rua Araguari, 1705 - sala 303 - CEP 30.190-111 - Belo Horizonte - Minas Gerais
Simpósio discute a pós-obesidade3
Entrevista: Evaldo Alves
D’Assumpção
4
Cláudio Rebello discute
o momento atual da
especialidade
6
Fatos e fotos
7
Agenda científica
7
Editorial
ESPECIALIZAR-SE E INTERAGIR
Temos abordado com insistência, nestas páginas, as questões
ligadas à defesa do profissional e das áreas de atuação da
cirurgia plástica. Estes são, certamente, temas que a Regional
Minas Gerais considera de extrema importância, mas a defesa
do espaço do cirurgião plástico não deve redundar no isolamento profissional e, sobretudo, científico.
No campo da medicina, assistimos a um grande crescimento
de todas as especialidades, representado pela ampliação das
áreas de atuação, a criação de novas sub-especialidades, o
surgimento de novos tratamentos, drogas e tecnologias. Uma
das principais conseqüências do crescimento e do desenvolvimento tecnológico é a maior especialização dos profissionais, à
medida que a nova medicina exige aprofundamento científico
e tratamentos extremamente focados.
Numa situação em que a hiperespecialização é a norma, é
fundamental que os médicos, ao mesmo tempo em que aprofundam seus conhecimentos sobre sua própria área de atuação,
criem e mantenham interfaces entre as diversas especialidades. Trata-se de um conceito central da medicina moderna: a
interdisciplinaridade
Nosso recente Simpósio de Pós-Obesidade e Suporte Interdisciplinar ressaltou a importância das relações estreitas entre especialidades médicas e profissões da área da saúde. A obesidade,
um doença complexa, mostra que não se podem abordar os
problemas de forma estanque, isolada, sem a combinação de
competências. A abordagem multifocal é condição necessária
para seu tratamento, assim como o é para uma infinidade de
outras doenças e para a prática de qualquer especialidade
médica com qualidade.
É importante, sim, definir áreas de atuação para cada uma,
mas somente o trabalho multidisciplinar, com o momento de
cada especialidade, garante o bom resultado. Não existe um
profissional mais importante que o outro: as especialidades
somam-se e completam-se.
Por isso, urge que os profissionais da saúde, em todas as áreas,
criem ou restabeleçam vínculos bem próximos, para trabalharem juntos como parceiros e não como concorrentes. É isso
que esperam os pacientes de todos nós.
A Comissão Editorial
2
Cartas e Emails
Parabéns à SBCP-MG pelas atitudes que
vem tomando em relação aos profissionais de
outras áreas que se aventuram em cirurgias
plásticas ou procedimentos estéticos
alternativos sem respaldo científico.
Espero que esta postura estimule outras
regionais e a própria SBCP Nacional a agir
de uma forma mais enérgica em relação a
esta questão.
(...) Por fim, nós, cirurgiões plásticos,
devemos analisar a idéia de pressionarmos
os fabricantes de produtos utilizados em
procedimentos estéticos. Será que não
seria bem recebida por nós a notícia que
determinadas marcas de próteses vendem
exclusivamente seu produto cirurgiões
plásticos? Independente da receptividade
da notícia, tenho certeza que os pacientes
seriam os maiores beneficiados.
José Barros Neto – Camboriú, SC
Li o informativo que recebi aqui no RJ
e gostaria de manifestar o meu apoio e
parabenizar ao Presidente e todos os colegas
da Regional MG, pela iniciativa de formalizar
uma petição formal de sindicância ao
CRMMG, para averiguar a legalidade de
cursos de pós-graduação lato sensu que
anunciam o ensino de procedimentos de
“Cirurgia Plástica”.
(...) Tomara que está atitude da Regional
MG seja seguida por todas regionais, para
que tenhamos um futuro digno, pois
plantamos e temos o direito de colher os
frutos de nosso trabalho.
Um abraço, e parabéns.
Carlos Eduardo Assumpção – Rio de
Janeiro, RJ
Recado da Diretoria
Evolução
Esta é segunda edição consecutiva do Plástica
em Minas em que comemoramos o sucesso
de um evento científico. O Simpósio de PósObesidade e Suporte Interdisciplinar, que
acabamos de realizar, ressaltou o papel da
interdisciplinaridade, um conceito fundamental para a medicina moderna, e contou
com a presença de experts de diferentes
áreas contribuindo para a evolução científica
e profissional do cirurgião plástico mineiro.
Renato Rocha Lage
Eventos como este vêm fortalecer, mais uma vez, a formação acadêmica de nossos profissionais. Como todos sabem, esta é uma das
maiores preocupações da SBCP-MG: a solidez da formação científica
de nossos especialistas e a certeza da atualização profissional contínua,
ao longo de toda a carreira.
Fase produtiva
Expediente
Jorge Menezes
Bons resultados colhemos nesses 18 meses
de administração. Reestruturação, realização
de eventos científicos, participação ativa em
conjunto com a SBCP-Nacional, e outras atividades pró-cirurgião plástico marcam nossa
administração. É a SBCP Regional Minas em
fase de boa produtividade dando-lhes infra
estrutura para realizar suas atividades.
Conte conosco.
Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica - Regional Minas Gerais
PRESIDENTE: Renato Rocha Lage
SECRETÁRIO: Jorge Antônio Menezes
TESOUREIRO: Eduardo L. Nigri dos Santos
COMISSÃO EDITORIAL:
Alexandre Melo
Carlos Eduardo Leão
Marco Aurélio C. Peixoto
Redação e edição:
VFazitto Comunicação e Consultoria Ltda.
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Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica - Regional Minas Gerais
Rua Araguari, 1705 - sala 303
Cep: 30-190.111
Belo Horizonte - Minas Gerais
Telefone: (31) 3275-1488 - 13 às 19 hs
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Site: www.sbcpmg.org.br
Parcerias
produtivas
Nos últimos meses a SBCP-MG realizou dois
importantes eventos científicos, os Simpósios
de Intercorrências em Cirurgia Plástica e de
Pós-Obesidade e Suporte Interdisciplinar.
Ambos foram marcados pela riqueza científica, com intensa participação de especialistas
mineiros e de outros Estados.
Eduardo Nigri
Para a realização de eventos como esses, é preciso seriedade e organização. Mas não só: é também necessário o apoio de nossas empresas parceiras. Estamos formando protocolos de atuação e redes de
parceiros, em todo o país, para viabilizar ainda mais eventos e cursos.
Trata-se de uma troca muito produtiva para todos: empresas, cirurgiões plásticos e pacientes, que se beneficiam com as últimas técnicas,
tecnologias e produtos de qualidade.
3
EM DIA COM A NOTÍCIA
Simpósio interdisciplinar
debate pós-obesidade
A Regional Minas Gerais
da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica (SBCPMG) reuniu no Hospital
Mater Dei de Belo Horizonte, nos dias 15 e 16
de junho, mais de 100
profissionais de diversas
áreas relacionadas ao tratamento da obesidade
para o I Simpósio de PósObesidade e Suporte Interdisciplinar.
uma preocupação mundial. “Trata-se de um problema de saúde pública
de proporções epidêmicas
em vários países, e o Brasil
não é exceção. A obesidade é uma doença de
alta complexidade, cujo
tratamento exige interação de diversas áreas do
conhecimento, tanto na
medicina como fora dela”,
explica.
O evento reuniu cirurgiões
especialistas em cirurgia
bariátrica, psicólogos, cirurgiões plásticos e nutricionistas de várias partes
do país para debater o
tratamento integrado do
obeso e pós-obeso, des-
Aída Marcondes Franques,
psicóloga e presidente da
Comissão de Especialidades Associadas da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica, considerou o
evento em Belo Horizonte
um marco na discussão da
Eduardo Nigri, Renato Lage e Jorge Menezes: ênfase na
interdisciplinaridade
de a preparação clínica e
psicológica para a cirurgia
bariátrica até a manutenção da redução de peso,
passando pelas cirurgias
plásticas corretivas associadas ao tratamento.
Segundo Renato Rocha
Lage, presidente da SBCPMG e idealizador do evento, o tema do Simpósio é
obesidade. “Este é realmente o primeiro simpósio
multidisciplinar de que
participo. Geralmente os
eventos são voltados aos
cirurgiões com palestras
de um psicólogo”. Ela
explica que a cirurgia da
obesidade “é uma especialização que envolve o
entendimento e o atendimento do obeso mórbido,
em seus aspectos
genético-familiares, psicológicos,
nutricionais e metabólicos, visando
a perda de peso
sustentável, o controle das doenças
associadas e melhora da qualidade
de vida”. Segundo
Aída Franques: é preciso, além de
a psicóloga, atingir
atender, entender o obeso
esses objetivos é
impossível sem interação e conhecimento
de doenças associadas ao
de todas as áreas envolviexcesso de peso. Probledas no processo.
mas cardíacos e vasculares, apnéia obstrutiva do
sono, sonolência diurna,
Angústia
problemas ortopédicos
como gota e osteartrite
Os especialistas presentes
são alguns exemplos. A
no Simpósio demonstraobesidade também favoram consenso quanto à
rece aparecimento de cânincidência da obesidade
ceres. Além das questões
no Brasil e seus impactos
clínicas, a exclusão social
negativos para a saúde
e o sofrimento psicológico
do paciente. Os números
de muitos obesos contriapresentados demonsbuem fortemente para a
tram que mais de 10%
gravidade da doença. O
da população brasileira
tratamento dessa angústia
sofre de obesidade, em
existencial, provocada ou
variados graus, e de 0,5
potencializada pela obea 1% dos brasileiros são
sidade, deve ser objeto
obesos mórbidos – um
de acompanhamento e
contingente que chegaria
tratamento tão ou mais
a 1,8 milhão de pessoas.
intensos que as abordagens puramente clínicas,
Esses obesos podem sosegundo os especialistas.
frer de uma infinidade
Sobrepeso atinge 40,4% dos
brasileiros
11% dos brasileiros estão
clinicamente obesos
De 0,5 a 1% da população apresenta
obesidade mórbida
Realizam-se no país cerca de 15.000
cirurgias bariátricas por ano
4
ENTREVISTA
“Só existe cirurgia plástica”
O entrevistado do Plástica em Minas deste mês é Evaldo Alves D’Assumpção, um dos mais conhecidos cirurgiões plásticos mineiros, presidente da Academia Mineira de Medicina e introdutor da biotanatologia no Brasil.
Plástica em Minas - Por que o Sr. escolheu a cirurgia plástica?
Evaldo D’Assumpção - Tenho uma história muito interessante sobre isso. Meu pai era médico em Campo Belo e em 1946 passamos
um ano nos EUA, numa viagem de aperfeiçoamento e estudos.
Na Clínica Mayo, onde ele trabalhava, havia uma exposição com
fotos de mutilados da Segunda Guerra e das cirurgias reparadoras
realizadas. Eu, com oito anos de idade, fiquei tão impressionado
com aquilo que decidi que seria meu trabalho. Pedi a minha mãe
que tirasse uma foto minha à porta da exposição, e tenho essa
foto até hoje para provar que minha carreira foi decidida ali!
PM - Qual a sua opinião sobre cirurgia plástica de hoje?
EA - Eu vejo com um pouco de tristeza, porque acredito que a
cirurgia plástica é uma especialidade maravilhosa cujo principal
objetivo deve ser o de resgatar a qualidade de vida. Por isso,
discordo da divisão arbitrária entre cirurgia estética e reparadora. Para mim só existe cirurgia plástica. Insisto nisso porque não
há cirurgia reparadora que não seja também estética, uma vez
que se busca sempre a melhor forma possível. Igualmente, uma
cirurgia dita estética está reparando um dismorfismo. Quando
se corrige uma ruga, está-se reparando a ação do tempo sobre
aquela pele, por exemplo.
Essa distinção artificial tem um objetivo meramente econômico
– a “cirurgia estética” fica na clínica particular, onde o cirurgião
plástico pode arbitrar-lhe o valor. É uma reserva de mercado, e,
ao mesmo tempo, um tiro no pé, porque em cima disso a justiça
estabeleceu que a cirurgia dita estética é de fins e não de meios.
A divisão nos fragilizou diante da justiça e diante de nossos pares,
que passaram a ver a cirurgia plástica como a área da vaidade.
Hoje, perdemos terreno para várias outras
especialidades. Oftalmologistas realizam
blefaroplastias; ginecologistas realizam
mamoplastias. Vai restar para o cirurgião
apenas a saudade dos bons tempos. E
a culpa terá sido dos próprios cirurgiões
plásticos, que foram abandonando a cirurgia reparadora pela estética em busca
de fama e dinheiro.
comportamento científico e ético
exemplar.
PM - O Sr. sempre teve grande
envolvimento com o ensino. O
que pode melhorar na formação
dos novos cirurgiões?
EA - Acredito que a formação em
cirurgia plástica está um pouco
complicada pela escassez de
serviços de reparação entre os
serviços credenciados. A Sociedade precisa ser mais rígida para verificar a disponibilidade desses
serviços, e descredenciar para o ensino da especialidade aqueles
que só atendam a parte dita estética.
É preciso reforçar a formação básica, rever anatomia, etc. A
gente sabe que o cirurgião já deve saber anatomia depois do
curso médico e da residência em cirurgia geral, mas é bom reforçar. Também temos que enfatizar a cirurgia dita reparadora e
o ensino da ética profissional. E não é simplesmente a ligada às
questões jurídicas, que afetam principalmente o bolso, mas sim
a bioética. Temos que discutir isso nos congressos para além das
salinhas e reuniões marcadas nos mesmos horários das grandes
apresentações. O rigor na avaliação também é importante, com
comissões examinadoras preparadas para reprovar se for preciso. Finalmente, temos que fiscalizar com rigor os residentes e
principalmente os serviços sobre sua utilização da mídia, para
evitar abordagens antiéticas que comprometam, por exemplo, a
intimidade de pacientes e médicos.
Discordo da divisão
arbitrária entre cirurgia
estética e cirurgia
reparadora
PM - Como vê a atuação de uma sociedade como a SBCP?
EA - Sinto que a SBCP tem sido muito envolvida nesse turbilhão
mercadológico, que faz com que jornadas e eventos científicos
tornem-se meios de se fazer caixa. Vemos hoje uma quantidade
de eventos que torna impossível ao cirurgião participar de todos.
Por outro lado, resta pouco tempo para que novas idéias se desenvolvam suficientemente. Então o que se observa muito é uma
repetição de trabalhos.
Uma outra questão é a obrigação que se cria entre os cirurgiões
de renome, para que inventem coisas novas para apresentar.
Técnicas que entram na moda um ano e desaparecem depois.
Percebe-se que após os congressos aumentam as complicações,
pelo entusiasmo com novas técnicas que nem sempre estão sedimentadas, comprovadas.
Isso é o lado negativo. A SBCP tem também uma atuação muito
positiva, a grande responsabilidade na formação dos jovens cirurgiões. A Sociedade tem condições de estabelecer regras claras
para coibir abusos, como esses cursos de fim-de-semana. É preciso
punir os membros que atuam dessa forma, não como o CRM,
mas buscando punições internas e promovendo aqueles que têm
PM - O Sr. tem se dedicado também à
tanatologia. Não vê uma contradição entre
a cirurgia plástica e a tanatologia, uma vez
que a cirurgia plástica é tão ligada à vida,
à recuperação de características da juventude, à idéia de “parar o tempo”?
EA - Fui introdutor da tanatologia no Brasil, em 1978, com os primeiros artigos e
livro sobre o tema. No início, como eu trabalhava a tanatologia
e a cirurgia plástica em meu consultório, senti que isso afetava
o trabalho em cirurgia plástica, não tanto por mim, mas pelos
outros, que ainda não conheciam direito o trabalho.
Na verdade, o termo tanatologia nem é o meu preferido. Ele
vem do grego tanatos, morte, e logos, estudo. Creio que é um
nome impróprio, porque ninguém sabe como é depois da morte,
não dá para estudar isso. Eu prefiro o termo biotanatologia, que
acrescenta bios, vida; tem-se então o estudo da vida pela ótica
da morte, as lições que a presença, a iminência da morte trazem
para a vida.
Onde está a interseção entre a cirurgia plástica e a biotanatologia?
Ambos buscam a qualidade de vida, a cirurgia plástica por meio
da forma, a biotanatologia pelo lado do psiquismo. Temos aí o
corpo e a mente. Nessa visão, uma terceira vertente, a fé, é a que
se liga ao espírito. As três coisas trabalham no mesmo sentido.
Em minha vida, a biotanatologia permitiu o resgate do humanismo na medicina. Creio hoje que não é o caso de se dizer que a
medicina precisa se humanizar, porque o humanismo esteve e
deveria permanecer como sua base; antes, deve-se falar contra
a desumanização da medicina.
5
TRIBUNA LITERÁRIA
Não adianta.
Nós não nos acostumamos.
Entra ano sai ano é o mesmo sofrimento, as mesmas queixas,
as mesmas inquietações, as mesmas inseguranças.
É a Síndrome do Zodíaco. A “maldição” de Áries e Touro que
regem os meses de abril e maio.
Talvez seja o período do ano que mais nos falamos. Sim,
porque os cirurgiões plásticos brasileiros parecem que são
mais solidários nestes períodos de vacas magérrimas para a
especialidade, Brasil afora.
“Como está o movimento?” é a pergunta da hora que nos
aproxima neste hiato do calendário que separa meses de esperança dos meses de grande movimento.
“Cara, nunca vi nada igual!” ou “O que me consola é que
não é só comigo” ou ainda “Nem fulano está operando, já
pensou?” referindo-se a qualquer colega que, faça chuva faça
sol, mantém um excelente movimento.
Esta coletânea de respostas se repete nos quatro cantos deste
colossal país, comprovada in loco, já que freqüento praticamente tudo o que se promove cientificamente durante todo
o ano, permitindo uma convivência próxima com queridos
colegas de igual infortúnio.
Com tudo isso sobrevém aquela sensação de “ninguém me
ama, ninguém me quer”. O inquietante questionamento de
“será que estou fazendo as coisas certas?” nos persegue
diuturnamente neste dias de muito tênis, golf, caminhadas
– substitutos saudáveis da falta de freguesia. Isto nos obriga à
profundas reflexões sobre o nosso
comportamento técnico, nosso relacionamento profissional, nossos
orçamentos, enfim, tudo aquilo que
poderia estar ou não comprometendo o nosso fraco desempenho.
Por um lado é positivo, já que nos
obriga a uma interiorização pra
lá de intimista que serve para nos
Carlos Eduardo Leão
frear do consumismo desvairado e
revigorar uma virtude das mais importantes na vida cotidiana
dos humanos que é a humildade.
O poderio profissional, expresso pelo peso da agenda cirúrgica
e pelo referencial bancário que isto nos proporciona, baliza o
nosso humor. Feliz ou infelizmente, esta é a nossa realidade.
Uma das razões de sucesso das Jornadas Cariocas, sempre
charmosas, festivas e de excelente astral, é que elas coincidem
com uma de nossas melhores fases de humor.
O importante é que busquemos sempre a nossa felicidade e o
nosso bem estar, seja na profissão seja no cotidiano particular
de cada um de nós.
Estarmos preocupados com o fraco desempenho, mesmo
sabendo que, no caso em questão, seja meio irreal, mostra
que estamos vivos e preocupados com a nossa evolução
profissional. Isto nos faz crescer, nos prepara e nos enche de
esperança para junho, julho e agosto quando todas nos amam
e nos querem.
E la nave va!
3º Torneio de Golf da SBCP
Durante o 44º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, em Curitiba, a Silimed promove o 3º Torneiro de Golf da SBCP.
COPA SILIMED
Dia 13 de Novembro de 2007 - Terça-feira - Shot Gun 13:00 hs
Premiação:
Masculino
1° e 2° Lugar - Handcap 0-18
Local: Graciosa Country Club
www.graciosa.com.br
1°, 2° e 3° Lugar - Handcap 19-36
Feminino
Inscrições:
[email protected]
1° e 2° Lugar
Best Long Drive
Maiores informações com o Sr. Michel Badin:
[email protected]
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ep
urg
de Cir
arquivo pessoal
Ninguém me ama
6
Opinião
A SBCP e o momento atual
Cláudio Rebello, Membro Titular da SBCP e um dos mais atuantes cirurgiões plásticos do Rio de Janeiro nas últimas décadas,
envia ao Plástica em Minas carta em que comenta o papel da SBCP e suas Regionais diante de algumas questões que têm
sido abordadas pela SBCP-MG nestas páginas.O Plástica em Minas publica trechos do texto:
Conversando com o atuante presidente da SBCP-MG, Renato Rocha Lage,
após o término da última reunião do
CD, no Congresso Brasileiro em Recife,
conscientizamo-nos da gravidade do
momento atual no âmbito da nossa
especialidade e a necessidade urgente
da união de forças para combater as
ameaças que nos circundam.
Analisando, agora, ainda que de forma
superficial, algumas situações vigentes
na cirurgia plástica brasileira, constatamos um quadro de concorrência
desleal, preços vis, consórcios a muito
longo prazo e com cifras impossíveis
de cobrir os preços básicos habituais,
invasão da especialidade em todos os
níveis e aparente impotência contra
esses abusos.
Em primeiro lugar, é preciso fazer a
profilaxia, isto é, a atuação perante os
futuros profissionais, nossos residentes.
A SBCP tem sabido aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos dos seus
Constatamos um quadro
concorrência desleal,
preços vis (...) e ivasão
da especialidade
membros e é preciso agora que trabalhe
no sentido do lado moral, ético e afetivo
dos futuros cirurgiões.
Por outro lado acredito também ser
fundamental que a SBCP aprofunde
sua política de redução do numero de
novos cirurgiões plásticos formados sob
sua tutela. Seria extremamente benéfico
que fosse feito um levantamento da capacidade de absorção do mercado neste
sentido com progressiva adequação a
esses números.
É óbvio que temos que
tomar uma atitude quanto aos médicos que comprovadamente quebrem o
decoro profissional
brem o decoro profissional, envolvendo
a todos nós.
Necessária se torna uma atuação objetiva da Nacional e das Regionais sobre
os seus membros que fazem parte
destes convênios e outras entidades
comprovadamente fora dos padrões
éticos. Que sejam chamados a explicar
sua postura.
Que a conduta da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica, através de todos
os seus membros, seja a bandeira que
desperte em todo este imenso país a
esperança de que podemos ultrapassar
esta crise que ameaça desmoralizar
todos os poderes constituídos.
É óbvio que temos que tomar uma atitude quanto aos médicos, não membros
da SBCP, que comprovadamente que-
Com um abraço fraterno do
Que sejam denunciados aos CRMs. Sem
essas medidas corajosas estaremos caminhando para situações cada vez mais
degradantes e sem retorno.
Cláudio Rebello
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Minas Gerais
Demonstrativo de receitas e despesas – Abril e Maio 2007
RECEITAS
Repasse da Nacional
Repasse do Simpósio de Ouro Preto
Repasse de anuidades do Curso Teórico
Repasse Import Medic (jornal)
Repasse da Silimed ( jornal)
Recebimento salários funcionária
Repasse da Minas Medical (JORNAL)
Inscrições p/ o Simpósio pós Obesidade
Repasse de Ouro Preto
Total
10.000,00
6.000,00
5.925,00
3.100,00
2.000,00
1.895,20
1.600,00
1.380,00
196,16
32.096,36
DESPESAS
Despesas com área física
Condomínio, luz e telefone Despesas administrativas
Gráfica
Salários regulares
Correios
Material de escritório
Manutenção de equipamentos
Total Outras despesas
Despesas c/ o Simpósio de Ouro Preto
Assessoria de comunicação Locação de Equipamentos p/ Curso Teórico
Comissão dos anúncios do jornal
Manutenção do site (Editora Água Branca)
Despesas c/ o Simpósio pós Obesidade
Pagamento de Guias de Darf
Caixa da Sociedade
Taxa de Fiscalização, localização e funcionamento PBH
Despesa bancária Real e Credicom (cpmf)
24.369,30
6.501,00
660,00
456,01
334,00
295,25
211,73
100,00
64,01
183,84
Total geral das despesas
33.175,14
1.487,54
3.700,00
3.110,20
2.176,06
206,10
110,00
10.789,90
SALDOS
Saldo anterior Real e Credicom
Total das despesas
Total das receitas
57.849,76
43.965,04
32.096,36
Saldo Atual Banco Real e Credicom (31/05)
45.980,99
Belo Horizonte, 15 de junho de 2007.
Presidente – Renato Rocha Lage Tesoureiro – Eduardo Luiz Nigri dos Santos
7
FATOS E FOTOS
Carlos Eduardo Leão
O 1º Simpósio de Obesidade Interdisciplinar realizado no
Mater Dei em 15 e 16 de junho superou as mais otimistas
expectativas não só pelo pioneirismo da iniciativa. Docentes e
discentes completaram-se em competência e atenção para um
dos temas mais pujantes neste início de década.
O evento foi marcado por inúmeras presenças ilustres, vindas
de outros Estados. De São Paulo, Ana Kareiva Simioli, Marcelo
Roque de Oliveira e Aída Marcondes Franques; do Rio de Janeiro, Carlos Roxo; de Goiás, Roberto Kaluf; do Espírito Santo,
João Cabas Neto; e do Paraná, Adel Bark Jr.
Jorge Menezes em dois tempos no Simpósio Pé Diabético 2007:
com o Prof. Marcos de Castro Ferreira (esq.) e Érika Figueiredo
(dir.)
Está previsto para início de setembro a
inauguração da nova Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital
João XXIII da Rede FHEMIG. Trata-se da
maior UTQ da América Latina em leitos
ativados, agora totalmente modernizada
dentro dos mais rígidos padrões técnicos
exigidos pela alta complexidade.
Simpósio de Pós-Obesidade: Fernando
Batista, Renato Lage, Carlos Roxo,
Alfredo Donnabella, Marco Túlio Peixoto,
Luiz Sérgio Toledo, Heal-Brein Ferreira e
Ivo Salgado
Simpósio de Pós-Obesidade: Marcelo
Girundi, Ronan Horta, Renato Lage e
Mônia no coquetel de abertura
Marcelo Roque, Milton e Aída Franques,
Renato Lage e Mônia no Simpósio de
Pós-Obesidade
E por falar em UTQ do Hospital João XXIII,
o Serviço está aberto para estágios de
complementação de ensino para outras
residências credenciadas, tanto pelo
MEC quanto pela SBCP, que não tenham
“Queimados” em sua programação oficial. Serviços como o Mater Dei, São José,
Baleia, Belo Horizonte, Ewaldo Bolívar, já
há muitos anos, mantém convênio com
a referida Unidade.
A Jornada Paulista deste ano teve ares
de Congresso Brasileiro. Organizada,
altamente científica e com presença
recorde, mostra que os paulistas, aos
moldes dos cariocas, valorizam muito a
especialidade. O ponto alto do conclave
foi, sem dúvida, a Mesa sobre Defesa
Profissional. A Regional-MG reconhece
e parabeniza o Dr. Graziozi e seu grande
time pela excelência do encontro.
O Presidente Renato Lage, presente em
todos os eventos nacionais da SBCP, é
hoje um dos maiores entusiastas da causa
Defesa Profissional. Em Minas, exerce a
sua indiscutível liderança em favor da
Cirurgia Plástica e de seus especialistas. É notável a sua presença, sempre
respeitada e elegante, junto aos órgãos
representativos da classe médica mineira.
Ganha Minas. Ganha o Brasil.
Ainda sobre “Defesa Profissional”, a gestão Saldanha inscreve-se definitivamente
na história da SBCP. A excelência do Fórum Nacional sobre Defesa Profissional,
em Brasília, nos dias 15 e 16 de junho
passados, sensibilizou ministros, representantes de classe médica, políticos e
magistrados para os quais foi mostrada
a seriedade de uma especialidade milenar, essencial na medicina. Está aberta
uma grande porta de entendimento no
Supremo Tribunal Federal para o enquadramento definitivo da Cirurgia Plástica
como especialidade meio.
Mais ainda sobre o Simpósio de Brasília.
Sebastião Nélson Guerra foi o nome
de Minas no conclave. Só falta ser, por
vontade esmagadora dos mineiros, o
nome de Minas na Av. Pacaembú, 746
em São Paulo.
Presença maciça dos residentes mineiros
na Jornada de Obesidade do Mater Dei.
Ponto para o Secretário Jorge Menezes,
grande incentivador do preparo teórico
dos nossos “postulantes à arte”.
Noite Dysport no Comida di Butecu 2007
em BH: Lúcio Maneta, Jorge Menezes,
Sérgio Regini, Ronan Horta, Leonardo
(Dysport) e André Mafra
AGENDA CIENTÍFICA
Jornada Carioca
XXVI Jornada Carioca de Cirurgia Plástica.
Rio de Janeiro, RJ, 1ª a 4 de agosto. (21) 2266-7821,
www.sbcp-rj.org.br
Simpósio Rejuvenescimento Facial
II Simpósio de Cirurgia Plástica - Rejuvenescimento Facial.
Hospital Sírio-Libanês, São Paulo, SP, 17 e 18 de agosto.
(11) 3155-0900, www.hospitalsiriolibanes.org.br
Simpósio do Hospital Mater Dei
VIII Simpósio da Clínica de Cirurgia Plástica do
Hospital Mater Dei. Hospital Mater Dei,
Belo Horizonte, MG, 16 a 18 de agosto.
(31) 3223-8844 / (31) 9918-8844
VIII SIMPÓSIO DA CLÍNICA DE
CIRURGIA PLÁSTICA DO HOSPITAL
MATER DEI
“CIRURGIA PLÁSTICA DA MAMA”
16, 17 E 18 de agosto de 2007
Centro de Convenções do Hospital Mater Dei
Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil
Coordenação: DR. SEBASTIÃO NELSON EDY GUERRA
Curso Teórico Integrado SBCP-MG
Todas as terças-feiras, 20:00, na AMMG
Av. João Pinheiro, 161 - Centro - Belo Horizonte.
O Curso Teórico Integrado retorna no dia 7 de agosto com o Módulo de Mãos e Membros Inferiores
INSCRIÇÕES:
Av. do Contorno, 5051 • Serra • Tel 31 3223.8844 • Fax 31 3225.6595
e-mail: [email protected] • Sônia Pires 9918.8844
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Plástica em Minas - SBCP-MG