PIMUD
Programa de Informações Médicas UD
Esta é uma cortesia, cópia de matéria publicada no jornal
“Folha de S. Paulo”.
Cirurgia plástica tenta reduzir
riscos com novos critérios
Sociedade de especialistas revisa as normas de segurança;
documento com mais exigências deve sair no fim do ano
Novo protocolo vai limitar o tempo de operação e os procedimentos associados; tipos de
anestesia vão ser especificados para cada caso
A SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) prepara um documento com novas
normas de segurança para o paciente. Entre as principais mudanças estão a limitação de número
de procedimentos em uma só cirurgia; a definição de exames a serem exigidos antes da
operação; as restrições para a cirurgia em adolescentes e a especificação do tipo de anestesia
para cada caso.
O último documento do CFM (Conselho Federal de Medicina) sobre a especialidade é de
2003.
As novidades tecnológicas e o aumento do número de procedimentos justificam, segundo os
médicos, a revisão de normas definidas há sete anos. A estimativa é que sejam feitas 700 mil
cirurgias estéticas por ano no Brasil.
Além disso, mortes recentes durante esse tipo de cirurgia tornaram o tema prioritário.
"Queremos colocar na mesa um guia explicitando as normas de segurança do paciente. É em
cima dessas regras claras que podemos cobrar o médico e diminuir a margem de risco das
cirurgias. As mortes [durante as cirurgias plásticas] trazem o assunto à tona, mas já estávamos
trabalhando esse tema antes dos últimos acontecimentos", diz Sebastião Nelson Edy Guerra,
presidente da SBCP.
Em janeiro deste ano, a jornalista Lanusse Barbosa, 27, morreu durante procedimento de
lipoaspiração feita em clínica de Brasília. O médico tinha título de especialista pela SBCP. No
último dia 2/4, Kelma Macedo Ferreira Gomes, 33, assessora do ministro das Cidades, morreu
sete dias após ter feito uma lipoescultura em um hospital de Goiânia.
Segundo Guerra, a maioria dos problemas relacionados à cirurgia plástica ocorre nos
procedimentos feitos com médicos que não têm o título de especialista: "Dados do Cremesp
(Conselho Regional de Medicina de São Paulo) mostram que 97% dos erros foram feitos por
profissionais que não eram cirurgiões plásticos", diz.
O presidente da SBPC afirma que a sociedade vai pressionar as autoridades para impedir
que médicos não capacitados realizem esse tipo de cirurgia. Não há lei impedindo que um
médico de outra especialidade faça cirurgia plástica. "Há curso de lipoaspiração de um final de
semana. Isso não qualifica ninguém", diz Pinheiro.
A revisão dos critérios para a elaboração de um protocolo, que deve ser seguido por todos os
cirurgiões plásticos, é uma forma de diminuir a margem de erro nos procedimentos feitos pelos
especialistas.
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"Estamos discutindo nas reuniões como serão essas normas", diz Osvaldo Saldanha, diretor
científico da SBCP.
É isso que será feito na Jornada Sul Brasileira de Cirurgia Plástica, aberta dia 14/4 em
Curitiba. A segurança do paciente também foi discutida no Simpósio Internacional de Cirurgia
Plástica, realizado em março em São Paulo, e na Jornada Centro-Oeste de Cirurgia Plástica, que
ocorreu em Campo Grande neste mês. A finalização do protocolo deve ocorrer até o final do ano,
quando será realizado o Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica.
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Cirurgia plástica tenta reduzir riscos com novos