E STA D O D E M I N A S
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T E R Ç A - F E I R A ,
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J A N E I R O
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OPINIÃO
Individualidade emocional
A polêmica do
parto normal
A
CHRISTINA FABEL
Diretora pedagógica do Colégio ICJ
MONICA ALVES BRÄUNERT
s palavras de ordem da nova geração parecem ser
“inteligência emocional”.
Fala-se muito sobre a necessidade de controle e
equilíbrio das emoções
em situações como vestibulares e no mercado de
trabalho. O novo imperativo do século sempre
existiu, porém, só começou a ser levado em conta
pelos profissionais de psicologia e educação nesta década. Entender como cada estudante reage a
situações rotineiras é o primeiro passo para preparar as crianças e os adolescentes para atuarem
de forma ponderada em qualquer ambiente.
A inteligência emocional não é um dom para
poucos. Ao contrário do que se acredita, é possível
desenvolver habilidades e competências emocionais ao longo da vida. Nenhum ser humano é
imutável e preserva em si as mesmas características durante toda a existência. O que nos faz grandiosos é a habilidade de nos adaptarmos a novas
realidades à medida que elas ocorrem. Por isso, o
primeiro passo é o autoconhecimento. A capacidade de identificar os talentos natos, pontos fortes e fracos, é essencial para quem deseja crescer
e se desenvolver.
As habilidades emocionais acompanham o ser
humano desde a gestação. Muitos especialistas
pesquisam como as situações vividas pela mãe,
durante a gravidez, são capazes de moldar a forma como a criança se portará depois do nascimento. Por isso, é importante que esse período
gestacional seja rico em experiências e vivências
positivas para a mãe e o bebê. A estrutura familiar
é um fator preponderante desde a fecundação.
Depois do nascimento, a criança passará algum tempo no seio familiar e logo será matriculada em uma escola infantil. Nesse momento, a sua
rede de relacionamentos se expande e, com isso,
aumentam as chances de o indivíduo ser contrariado ou exposto a situações que podem se contrapor às suas vontades. Dividir um brinquedo ou
Advogada da área de direito da saúde do
escritório A. Augusto Grellert Advogados
Associados
A Resolução Normativa 368
do Ministério da Saúde, publicada em 7 de janeiro, estabelece
novas regras aos planos de saúde
particulares, a fim de incentivar
a realização de partos normais.
Com a entrada em vigor dessa
resolução, as operadoras de saúde não serão mais obrigadas a
pagar pelas cesarianas previamente agendadas. De acordo
com as novas regras, a mulher
deverá ser informada sobre os
índices de partos normais e cesarianas feitos pelo profissional,
hospital ou plano de saúde, bem
como será fornecido o Cartão da
Gestante, com a descrição do período do pré-natal.
Ainda caberá ao médico elaborar um relatório com todos os
passos do trabalho de parto, justificando, ao final, a necessidade
da realização da cesariana. Caso
não fique demonstrado, por
meio das análises médicas, a imprescindibilidade do parto cirúrgico, esse procedimento cirúrgico não será pago pelo plano de
saúde. A Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) visa
diminuir o número de partos cirúrgicos realizados no Brasil.
Agora, as cesarianas
somente poderão ser
realizadas com indiMedida do cação
clínica do médigoverno
co da gestante, sendo
que, nos casos em
pretende
que não houver justireduzir o
ficativa para o procedimento, a operadora
número de de
plano de saúde
cesarianas não estará obrigada a
custear a cirurgia. A
Organização Mundial
de Saúde (OMS) recomenda que o índice de cesarianas não ultrapasse 15% dos partos realizados no ano. Porém,
atualmente, no Brasil, o percentual de partos cirúrgicos nos hospitais privados é de 84%. Embora se reconheça que o objetivo da
ANS é o incentivo à realização de
partos normais, os profissionais
da saúde e os defensores dos direitos das mulheres se mostram
contrários a essas medidas. Afirmam que as mudanças ferem a
autonomia da mulher, limitando seu poder de escolha no momento do parto. Para o Conselho
Federal de Medicina (CFM), a melhor solução para a redução das
cesarianas é a melhora dos serviços de pré-natal e na estrutura
dos hospitais e maternidades para a realização de parto normal,
não devendo ficar a crivo dos
médicos a modalidade de parto
a ser realizada.
Em contrapartida, a ANS entende que, a Resolução 368 não
restringe os direitos da mulher,
mas relativiza o direito de escolha frente ao direito à saúde, já
que uma cesariana sem indicação médica poderá resultar em
riscos desnecessários à mulher e
ao recém-nascido, diante do aumento em 120 vezes da probabilidade de problemas respiratórios para o bebê e três vezes o risco de morte da mãe.
A ANS sustenta ainda que na
rede pública de saúde já há medidas nesse sentido, que incentivam e esclarecem dúvidas das
gestantes, por meio de palestras
e informativos, quanto aos benefícios do parto normal. Por isso,
as novas regras são de suma importância para a redução das cesarianas também entre as mulheres que têm plano de saúde
particular.
Nenhum tipo de
curso, ou atividade de
curta duração, é
capaz de tornar uma
pessoa
autossuficiente e
equilibrada
neurociência, aproveitam as situações reais e os
jogos para desenvolver esse tipo de habilidade,
desde a infância. É importante dizer que nenhum
tipo de curso, ou atividade de curta duração, é capaz de tornar uma pessoa autossuficiente e equilibrada. A inteligência emocional é desenvolvida
por meio de situações e não de práticas. Vivenciar
é a melhor forma de desenvolver-se.
O maior mérito dessa nova geração que chega
ao mercado de trabalho é desenvolver a profissão escolhida com excelência, partindo dos princípios da autossegurança e do equilíbrio entre razão e emoção. O caminho para alcançar esse estado de espírito é a criatividade e a vivência social
baseadas no autoconhecimento. Quem não gostaria de trabalhar com o que gosta com leveza?
Finalmente, as escolas parecem ter encontrado o
caminho para a formação profissional fundamentada na individualidade e não somente nos
cálculos estatísticos.
Férias e ossos quebrados
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Um colar de jornal ou de papelão grosso pode ser
útil para as lesões do pescoço, tomando-se o cuidado de mover o menos possível o pescoço e não flexioná-lo (mover para frente). Colocar o paciente em
decúbito dorsal (de barriga para cima) sobre uma
porta, por exemplo, fixando-o na porta com tiras
de tecido. Se possível, colocar dois sacos de areia em
cada lado do pescoço, para maior imobilização; 6)
fraturas do tornozelo e pé: um travesseiro pode ser
colocado ao redor do pé e do tornozelo, fixando-o
com tiras de tecido; 7) fraturas da perna, joelho e fêmur: devem ser imobilizadas com duas peças de
madeira, uma em cada lado do membro inferior
acometido, envoltas com algum tipo de tecido e
amarradas firmemente com tiras de tecido. Podem
ser usados, também, outros materiais, como os citados nas fraturas da mão, punho e antebraço. Se
se não tiver nenhum material à mão, pode-se imobilizar o membro inferior lesado com o lado são, este funcionando como uma tala.
Quanto às fraturas abertas ou expostas, caracterizadas pela exteriorização do osso através da
pele e com hemorragia, deve-se colocar uma toalha limpa ou lenço – se possível passado a ferro
quente – envolvendo totalmente o foco de fratura e amarrar o conjunto com tiras de tecido. A finalidade é evitar maior contaminação da ferida e
estancar o sangramento. A seguir, imobilizar provisoriamente o membro da maneira usual já descrita e só, então, remover o paciente. Nessa hora,
dois aspectos são fundamentais: o socorrista deve manter a cabeça fria e não imprimir velocidade
excessiva ao veículo de transporte. Lembre-se de
que as férias devem ser curtidas ao máximo, mesmo com os ossos quebrados.
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Você está de férias em uma praia paradisíaca
de pescadores e seu garoto leva uma queda, fraturando o antebraço e deformando-o. Em um local
totalmente desprovido de recursos médicos, o
que fazer? Em primeiro lugar, medidas devem ser
tomadas para a imobilização provisória, qualquer
que seja o osso quebrado, até que o paciente seja
atendido em um centro médico adequado. A imobilização provisória correta diminui a dor quase
que instantaneamente, reduz o sangramento local, além dos danos adicionais às partes moles,
principalmente a pele, os músculos, os nervos e
os vasos sanguíneos vizinhos.
Aproveitando a ocasião, vejamos como imobilizar provisoriamente, e de modo empírico, as fraturas de modo geral. As fraturas simples denotam
um tipo de imobilização mais grosseira e as expostas, em que ocorre a saída do osso para fora da
pele, com hemorragia e deformidade local, exigem tratamento mais complexo.
Didaticamente, então, temos: 1) fratura dos dedos: podem ser imobilizados com um simples palito de picolé ou pedaço de madeira. Enfaixa-se o
dedo na tala com tiras de tecido ou fita-crepe, sem
apertar demasiadamente, para não impedir a circulação arteriovenosa do dedo. Em seguida, coloca-se a mão em uma tipoia simples de tecido; 2)
fraturas da mão, punho e antebraço: deve-se usar
o material que está à mão. Desse modo, pode-se
fazer um suporte ou calha em forma de “U”, com
uma ou mais revistas grandes, jornal superposto
ou papelão grosso. Coloca-se o membro lesado
dentro da calha e esta é envolvida com tiras de tecido. Normalmente, nessa hora, não se encontram
cordas, barbantes grossos, barbante de plástico ou
tiras adesivas. Uma boa opção é cortar, com o auxílio de uma tesoura, tiras de lençol ou fronha.
Não comprimir a calha em demasia. Colocar, então, o membro imobilizado em uma tipoia simples ou triangular de tecido (um tecido quadrado
ou retangular dobrado ao meio, com as duas pontas amarradas no pescoço). Outros materiais podem ser usados: duas talas de madeira, uma em
cada lado do membro, previamente acolchoadas
com tecido, para não machucar a pele, ou cabos
de vassoura ou de guarda-chuva ou sombrinha,
ou varas de bambu; 3) fraturas do cotovelo e braço: o cotovelo deve ser imobilizado com talas, de
qualquer tipo, ou papelão grosso, na posição em
que se encontra. O braço, do mesmo modo, com
tala de madeira ou papelão grosso. Em qualquer
caso, em seguida, colocar o membro em uma tipoia triangular, de preferência, ou simples, amarrando o conjunto com uma tira larga e longa de
tecido em volta do tórax, para que a imobilização
seja mais efetiva; 4) fraturas do ombro, luxações,
fraturas da clavícula, úmero proximal e escápula:
podem ser imobilizadas com tipoia triangular,
com mais uma ou duas tiras largas de tecido, envolvendo o tórax. Não apertar demasiadamente
o conjunto ao tórax. A mão deve ser deixada livre
para verificar a circulação sanguínea; 5) fraturas
da coluna vertebral e pélvis: a coluna deve ser
imobilizada como uma unidade sólida, isto é, cabeça, tronco e pélvis, simultaneamente, em bloco.
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EDUARDO AMARAL GOMES
Médico ortopedista e traumatologista, membro efetivo da
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a atenção da professora com os colegas nem sempre é fácil para crianças criadas em ambientes cujo único foco eram elas. Por isso, os desafios emocionais são colocados em xeque.
Depois de muitos anos, a pedagogia começa a
entender que é preciso diferenciar o desempenho
de alunos pela forma como reagem a esse tipo de
situação rotineira. Antigamente, os estudiosos
acreditavam que um bom aluno era aquele que tinha um bom resultado em todas as matérias e excelente desempenho em exames e vestibulares.
Hoje, já se sabe que um estudante bom é aquele
que utiliza a inteligência emocional para extrair
do conhecimento o que ele pode lhe dar de melhor. Esse aluno nem sempre tem a melhor nota
em todas as disciplinas, mas é excelente em algumas, e usa sua capacidade emocional para lidar
com as que tem dificuldade, garantindo um desempenho satisfatório.
As novas metodologias de ensino, baseadas na
2ª a sábado
Domingos
MG, SP, RJ capital
RJ (interior), ES e DF
2,00
3,00
3,00
4,00
Outros estados
4,50
6,00
ATENDIMENTO PARA PESQUISA E VENDA DE CONTEÚDO:
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