MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE PROTOCOLOS CLÍNICOS Uberlândia – 2010 SUMÁRIO 1 CLÍNICA MÉDICA .................................................................................................................... 1 Urgência Hipertensiva ........................................................................................................ 1 Emergência Hipertensiva .................................................................................................... 2 Ceto-acidose diabética ....................................................................................................... 3 Suspeita Clínica de IC .......................................................................................................... 4 Descompensação Diabética Hiperosmolar ......................................................................... 5 Atendimento AVCI .............................................................................................................. 6 Atendimento AVCH ............................................................................................................. 7 Síncope ............................................................................................................................... 8 Dor torácica ........................................................................................................................ 9 Dor torácica tipo isquêmica .............................................................................................. 10 Estratégia diagnóstica e terapêutica do paciente com dor torácica com ECG normal ou inespecífico ............................................................................................................................... 11 Dor abdominal .................................................................................................................. 12 Insuficiências Respiratória Aguda ..................................................................................... 13 Admissão em ventilação mecânica .................................................................................. 14 Ventilação mecânica em paciente neurológico ............................................................... 15 2 PEDIATRIA ............................................................................................................................ 17 Criança com Diarrréia ........................................................................................................ 17 Broncoespasmo – Avaliação Inicial .................................................................................. 20 Broncoespasmo – Avaliação Hospitalar ........................................................................... 21 Tratamento de Crise Epilética ........................................................................................... 22 Tratamento de crianças com pneumonia adquirida na comunidade ............................... 23 Otite média aguda na infância ......................................................................................... 24 3 TRAUMATOLOGIA ................................................................................................................ 25 Politraumatizado (identificação) ....................................................................................... 25 Politraumatizado .............................................................................................................. 26 Politrauma ......................................................................................................................... 27 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 1 1 Protocolos – Clínica Médica PROTOCOLO – URGÊNCIA HIPERTENSIVA PA ≥ 200x120mmHg (geralmente), às vezes, associado a sintomas e sem evidência de lesão de órgão alvo Captopril* 25mg via oral; avaliar após 1 hora. PA > 160x100mmHg PA ≤ 160x100mmHg Repetir captopril* 25mg via oral; avaliar após 1 hora. Observar até 3-6h; se mantém resultado, liberar com orientação de acompanhamento ambulatorial na rede de atenção primária. PA > 160x100mmHg (nifedipina) 20mg via oral. NÃO OBTÉM CONTROLE ADEQUADO Internar o paciente; Transferir o paciente para unidade de maior porte * Efeitos adversos e precauções para uso de captopril Hipotensão, hiperpotassemia, insuficiência renal. CONTRA-INDICADO em estenose bilateral de artéria renal ou rim único com esstenose de artéria renal. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 2 PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA Elevação da PA associada a sintomas de comprometimento de órgão alvo, especialmente coração, cérebro e rim. Medidas gerais: Monitorização cardíaca e de PA invasiva ou não invasiva; Oxigenoterapia; Oximetria; ECG de 12 derivações Encefalopatia hipertensiva Cefaléia, tonturas, náuseas, vômitos, alterações sensoriais, convulsão, torpor e coma; TC de crânio; Usar nitroprussiato de sódio até reduzir PAM em 25% nas 3 horas iniciais; Nas 6 horas seguintes, meta de PA=160x100mmHg; Desmame de nitroprussiato com fárcacos VO. IAM ou Angina instável Dissecção aguda de aorta AVC Ver Protocolos Específicos INTERNAÇÃO HOSPITALAR – UTI OU SEMI-INTENSIVA Edema agudo de pulmão Dispnéia, secreção rósea por tosse, crépitos e sibilos em >2/3 pulmões; Nitrato SL; Morfina IV; Furosemida IV; Nitroprussiato de sódio ou nitroglicerina IV ou, caso não haja disponibilidade de drogras para uso parental, usar captopril VO até que esteja disponível a droga IV ou que ocorra estabilização clínica. Pré-eclâmpsia ou Eclâmpsia HAS, edema e proteinúria, e encefalopatia após 21ª semana de gestação ou após 48hs do parto; Hidralazina IV ou IM; Sulfato de magnésio IV; Considerar interrupção da gravidez. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 3 PROTOCOLO – CETO-ACIDOSE DIABÉTICA Ceto-Acidose Diabética - Critérios Diagnósticos: Hist. E Ex. Físico + Glicemia > 250 mg/dl com pH arterial < 7,3 e Bicarbonato < 15,0 mEq/q/l e Cetonúria moderada a intensa. Colher: Gaso Art+K (enc. Pela enf)., Hemograma, Na, K, Uréia, Creat., Glicemia, Cloro, PO4, Urina I e ECG. Rx e Culturas S/N. Fluídos EV Insulina Determine o Grau de Hidratação (déficit até 6 L) Choque Hipovolêmico PA nl ou pouco Choque cardiogênico SF 1,5 litro/ h até sair do choque SF 1 litro na 1ª hora Monit. Hemod. Avaliar Na Corrigido* Alto Normal NaCl 0,45% (4 a 14 ml/kg/ h Paciente instável EV Paciente instável EV Insulina R 0,15 U/kg em bolus EV Insulina R 0,4 U/kg ½ em IM ou SC) 0,1 U/kg/h EV contínuo ou 5 U/h EV bolus 0,1 U/kg/h SC ou IM Se K > 5,0 mEq/l, não dê K e cheque K cada 2 horas. Se Glicemia não cair 50 a 75 mg/ dl na primeira hora: Se 5,0 > K > 3,3 Dê 25 mEq de K em cada litro de fluído EV para manter K sérico entre 4,0 e 5,0 mEq/l (Se ICC, anemia, depres. Resp. ou PO4). Baixo NaCl 0,9% (4a 14 ml/ kg/h Potássio Dobre a dose de Insulina a cada hora Insulina R 10 U em bolus EV / hora Quando a Glicemia atingir 250 mg/dl (Dextro 1/1 h) Corrigir o déficit de Fluídos em 24 – pelo balanço hídrico. Mude para SG5% com NaCl 0,45% correndo 150 a 250 ml/hora com aporte adequado de insulina (0,05 a 0,1 U/kg/hora ou 5 a 10 U SC cada 2 horas) para manter glicemia entre 150 a 200 mg/dl até controle metabólico. Se K < 3,3 mEq/dl dê 25 mEq de K / hora até k> 3,3 mEq/l Avaliar necessidade de Bicarbonato pH < 6,9 6,9 a 7,0 pH > 7,0 NaHCO3 (100 mmol) Diluir em 400 ml água destilada Infundir em 2 horas. NaHCO3 (50 mmol) Diluir em 200 ml água destilada Infundir em 1 horas Não usar NaHCO3 Cheque (gaso + K) a cada 2 horas; Na, Cl e Anion Gap a cada 6 horas; Creat. E Mg a cada 12h até estáveis. Após resolução da CAD continue insulina EV e suplente com SC até que aceite dieta. Passe, então, para regime de multi-dose de insulina e ajuste como necessário. Continue insulina EV por 1 a 2 horas após início do esquema multi-dose (para detalhes vide texto) * Na Corrigido = {Na medido + [1,6 x (Glicemia medida – 200)/100]} Osm Efetiva = 2Na medido (mEq/l) + Glicose (mg/dl)/18 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE PROTOCOLO – SUSPEITA CLÍNICA DE IC SUSPEITA CLÍNICA DE IC Avaliar a presença de doença cardíaca pelo ECG, RX de Tórax ou peptídeos natriuréticos Normais: pouco provável o diagnóstico de IC Testes anormais Teste de cardioimagem para avaliação da função ventricular (eco, Ventriculografia radioisotôpica) Resultado normal torna o diagnóstico de IC improvável Avaliação da etiologia, capacidade funcional e qualidade de vida, dos fatores precipitantes e do modelo fisiopatológico (IC com disfunção sistólica ou IC com função sistólica preservada) Teste diagnóstico adicional (Ex.: Cinecoronariografia, cintilografia ou biópsia endomiocárdica) Abordagem terapêutica RNM - ressonância nuclear magnética; ECG – eletrocardiograma; radiografia de tórax – telerradiografia do tórax. 4 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 5 PROTOCOLO – DESCOMPENSAÇÃO DIABÉTICA HIPEROSMOLAR Descompensação Diabética Hiperosmolar - Critérios Diagnósticos: Hist. E Ex. Físico + Glicemia > 600 mg/dl com pH > 7,3 e Bicarbonato > 15,0 mEq/q/l Efetiva > 320 mOsm/kg/H2O e Cetonúria leves. Colher: Gaso + K, Hemograma, Na, Uréia, Creat., Glicemia, Urina I e ECG. Rx e Culturas S/N. Fluídos EV Insulina Determine o Grau de Hidratação Insulina Simples (Regular), 0,15 U/ Kg em Bolus Ev Choque Hipovo-lêmico PA nl ou pouco Choque cardio-gênico Insulina Simples 0,1 U/Kg – EV em Infusão Contínua SF 1,5 L/hora e/ou Colóides SF 1 litro na 1ª hora Monitorização Hemodinâmica Faça Dextro a cada h ora. Se a glicemia não cair pelo menos 50 mg/ dl na 1ª hora, dobre a dose de insulina a cada hora até se obter uma velocidade de queda mantida em 50 a 75 mg/dl/hora. Avaliar Na Corrigido* Alto Normal NaCl 0,45% (4 a 14ml/kg/ h) Potássio Se K < 3,3 mEq/dl, não dê insulina e dê 25 mEq de K / hora até k ≥ 3,3 mEq/l Se K ≥ 5,0 mEq/l, não dê K e cheque K cada 2 horas. Se 5,0 < K ≥ 3,3 Dê 25 mEq de K em cada litro de fuído EV para manter K sérico entre 4,0 e 5,0 mEq/l Baixo NaCl 0,9% (4a 14 ml/ kg/h Quando a Glicemia atingir 300 mg/dl: (Dextro 1/1 h) Mude para SG5% com NaCl 0,45% e diminua a insulina para 0,05 a 0,1 U/kg/hora para manter glicemia entre 250 a 300 mg/dl até a osmolaridade cair abaixo de 315 mOsm/kg e o paciente esteja mentalmente alerta Veja eletrólitos, Creat. E Glicose a cada 2 a 4 horas até estável. Após resolução da DDH continue insulina EV e suplente com SC até que aceite dieta. Passe, então, para regime de suplementação de insulina SC ou para seu regime de insulina prévio. Continue fazendo controle metabólico. Continue procurando fatores precipitantes. * Na Corrigido = {Na medido + [1,6 x (Glicemia medida – 200)/100]} Osm Efetiva = 2Na medido (mEq/l) + Glicose (mg/dl)/18 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 6 PROTOCOLO – ATENDIMENTO AVCI TRATAMENTO DO AVCI Avaliar possibilidade de trombólise* A) B) C) Idade > 18 anos? Diagnóstico de AVCI? Tempo do início do Déficit até o início da trombólise EV < 4,5 h? Suporte Clínico Prevenção de Complicações Pesquisar o mecanismo do AVCI SIM PARA TODOS Existe alguma das contra-indicações abaixo? Tomografia com sangramento História sugere HSA AVCH prévio HAS não controlada no início do tratamento (PAS > 185 mmHg ou PAD > 110 mmHg) Conhecida MAV, aneurisma ou neoplasia do SNC Convulsão no início do AVC Sangramento interno ativo Nos últimos 3 meses: TCE grave, cirurgia do SNC ou AVCI Punção arterial em sítio não compressivel nos últimos 7 dias Punção lombar nos últimos 7 dias Diátese hemorrágica (p. ex., plaquetas < 100.000/mm3, uso de anticoagulante oral e RNI > 1,72, uso de heparina nas últimas 48 horas e TTPA prolongado) NÃO PARA TODOS BOX 1 Avaliar risco-benefício se houver um dos seguintes: Cirurgia de grande porte nos últimos 14 dias Recente sangramento do TGI ou TGU nos últimos 21 dias Pericardite pós-IAM nos últimos 3 meses NÃO AAS Unidade de AVC Monitorização SIM Não há qualquer contra-indicação relativa. Checar itens do BOX 1 Usar o bom-senso e prescrever t-PA Nenhum anticoagulante ou aspirina nas primeiras 24 horas * Os autores recomendam consultar um neurologista experiente no manejo de AVC agudo e usar o bom senso. ** Situações delicadas: sempre avaliar cuidadosamente o risco-benefício e só prescrever o t-PA após consulta com um neurologista experiente em trombólise. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 7 PROTOCOLO – ATENDIMENTO AVCH Atendimento Inicial (Resgate ou PA) Reconhecimento / Suspeita de AVC Código AVC Avaliação Neurológica Inicial “Estabilização Clínica” Exames Laboratoriais Tomografia computadorizada de Crânio AVCH Avaliação Neurologista / Neurocirurgião Hemorragia Intracerebral Espontânea Tratamento Clínico Tratamento Cirúrgico Diagnósticos Diferenciais MAV Turmor primário metástases trauma, vasculite coagulopatia, outros Hemorragia Subaracnoidea Tratamento Clínico Tratamento Cirúrgico Tratamento Endovascular MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 8 PROTOCOLO – ATENDIMENTO SÍNCOPE INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO X ALTA EM DOENTES COM SÍNCOPE * História, exame físico e ECG Diagnóstico estabelecido Internar se houver: Etiologia Cardíaca Doença com risco de morte Não estabelece o diagnóstico Considere internação hospitalar (alta risco): Alta do PA (baixo risco): Historia de ICC História de doença cardíaca estrutural História de doença coronariana História de arritmia ECG anormal** Síncope durante exercício físico Hematócrito < 30% Colher exames gerais (inclusive eletrólitos). Monitorização contínua. Ecocardiografia transtorácica. Outros exames de acordo com a hipótese diagnóstica (tilt-test, estudo eletrofisiológico, duplex, eletroencefalograma, tomografia, ressonância). * Baseado na European Society of Cardiology e no American College of Emergency Physicians (2007). ** Isquemia aguda, arritmias ou distúrbio da condução significativo. Exame físico: normal ECG Normal Nenhum critério de internação presente MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 9 PROTOCOLO – DOR TORÁCICA DOR TORÁCICA Angina IAM ECG, Raio X, Enzimas Cardíacas, Gasometria arterial (se FR alta ou cianose) Protocolo de dor torácica isquêmica Dissecção Hidrotórax SE SE Acessos Venosos Controle de Dor bloqueador Controle de PA (nitroprussiato) Toracocentese (se profissional de plantão habilitado para o procedimento) Estável ou Instável Solicitação de vaga para Central de Regulação Instituir terapêutica específica. Avaliar enzimas cardíacas e demais exames. Sala de Exames Alterados Emergência e/ou instavel (SE) e Colocar Regulação Municipal. Pneumotórax SE Drenagem torácia (se profissional de plantão habilitado para procedimento) Encaminhar líquido para estudo Manter em observação. Transferir paciente? TEP SE SE Acessos venosos Heparina 10000UI SC 8/8h Controle de dor e oxigenoterapia Solicitar vaga para Central de Regulação Raios-X ECG Ecocardiogra ma Transferir para UTI Perfuração do esôfago SE Endoscopia digestiva Tamponament o cardíaco Solicitar vaga para Central de Regulação (transferência) NÃO NÃO SIM Manter em observação e tentar transferência Analgésicos Antiinflamatóri o Cultura Manter em observação e tentar transferência Gravidade Observar indicação de trombólise SIM Pericardite Exames normais e estável Encaminhar ambulatório de acordo com patologia Transferir para UTI Persiste dor com diagnóstico etiológico não confirmado Analgesia Melhorou a dor? NÃO Avaliar necessidade de outros exames (TC? CATE?). SIM Avaliar possibilidade de encaminhamento para ambulatório. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 10 PROTOCOLO – DOR TORÁCICA TIPO ISQUÊMICA DOR TORÁCICA TIPO ISQUÊMICA Triagem Aspirina Dosar enzimas cardíacas Tempo ideal = 10 minutos ECG de 12 derivações Elevação do segmento ST ou novo ou presumivelmente um novo bloqueio de ramo esquerdo. Diagnósticos Diferenciais Iniciar terapia anti-isquêmica e solicitar vaga para central de regulação (tentativa de reperfusão). Iniciar terapia antiisquêmica e solicitar vaga para central de regulação ECG normal ou não diagnóstico Continuar avaliação e tratamento na SE 1. Dosar enzimas cardíacas de 6/6h 2. Fazer ECG de 6/6h Ecocardiograma Evidência de isquemia/infarto? Sim Não Iniciar terapia anti-isquêmica e solicitar vaga para central de regulação Investigar outras causas ALTA MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 11 PROTOCOLO – DOR TORÁCICA ESTRATÉGIA DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA DO PACIENTE COM DOR TORÁCICA COM ECG NORMAL OU INESPECÍFICO Obter dados vitais, instalar PAM não invasiva. Monitor, Oxímetro. Realizar ECG 12 derivações e obter acesso IV, anamnese e exame físico. Colher CK-MB, CPK, troponina, hemograma e eletrólitos. RX de tórax. Oxigênio 4L/min, AAS 300mg, Nitrato SL/IV, Meperidina ou Morfina. ECG normal ou inespecífico Paciente de baixo risco: Paciente de alta risco p/ IAM não Q ou Morte cardíaca súbita (MCS). Vide fluxograma para pacientes com ECG suspeito de ICO aguda. Angina estável CF I ou II Angina Classe II de Braunwald Angina provocada por baixa carga Observação no Pronto Atendimento ou internar em Unidade. Investigação complementar Existe evidência de isquemia? SIM Seriar enzimas NÃO Realizar teste provocativo de isquemia miocárdica se possível antes da alta hospitalar ou orientar retorno ao consultório de cardiologista em 24 horas. Alta após 8 a 12 horas de observação. Considerar cateterismo Passível revascularização? Não Sim Angioplastia com Gplla (abciximab) ou revascularização do miocárdio Paciente de alto e médio risco acrescentar clopidogrel e GPllb / IIIa MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 12 PROTOCOLO – DOR ABDOMINAL ABCD 1° e 2° MOV Coleta de exames na sala de emergência Sinais vitais alterados, confusão recente ou aparência de grave? NÃO Tratamento sintomático e avaliar com detalhes a história e o exame físico Mulher em idade fértil ou com dor no abdome inferior NÃO Hipovolemia grave ou choque hemorrágico SIM SIM Teste de gravidez positivo? SIM NÃO NÃO SIM Hipótese diagnóstica feita? Investigar inicialmente e tratar conforme a(s) hipótese(s) NÃO SIM É idoso? É imunossuprimido? Considere abdome vascular, investigue com detalhes NÃO Considere exames conforme achados clínicos Pense em causas extraabdominais IAM BCP TEP Hérnia de disco Torção de testículo Hematoma ou trauma do psoas Zoster Cetoacidose diabética Cetoacidose alcoólica Uremia Doença falciforme Porfiria intermitente aguda Crise hemolítica Vasculite LES Intoxicação exógena (cobre, chumbo, metanol) SIM Urina 1: Hemograma Testes hepáticos Amilase, lipase Eletrólitos Rx de abdome TC de abdome EDA Porfirinas Glicemia Ressuscitação, tipagem sanguínea, USG na sala de emergência e avaliação por cirurgião imediata USG transvaginal, BHCG quantitativo e avaliação por obstetra MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 13 PROTOCOLO – INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Pacientes com dispnéia e/ou taquipnéia Monitorização e oximetria de pulso Risco iminente de parada cardiorrespiratória Intubação orotraqueal e ventilação mecânica Paciente não instável O2 suplementar Exame físico dirigido Gasometria arterial Eletrocardiograma Rx de tórax Melhora rápida Persistência de dispnéia e/ou taquipnéia Buscar a causa da IRpA Avaliar Doença passível de ventilação nãoinvasiva? Necessidade de intubação? Indicá-la Proceder MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 14 PROTOCOLO – ADMISSÃO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA Paciente sedado SIM NÃO VC = 6-8 ml/kg de peso ideal FR = 14-20rpm PEEP = 5cm H2O Fluxo = 50-60l/min FiO2 p/ SPO2 > 90% Rx de Tórax sem alterações Gasometria arterial Corrigir: parâmetros ventilatórios metabólicos Modo OS/CPAP PS = VT 6-8 ml/kg de Peso Ideal FR < 30ipm FiO2 p/ SPO2 > 93% PEEP p/ FiO2 < 200 Rx de tórax e gasometria arterial Sedação ACM Gasometria arterial 7,35 < pH < 7,45 PaO280-100 mmHg PaCO2 35-45 mmHg HCO2 22-26mEq SpO2 > 93% NÃO SIM Solicitar nova gasometria Estável? SIM Melhora? NÃO SIM NÃO Iniciar desmame Sedação ACM Pneumotórax Atelectasia Infiltrado VPC/PEEP = 5cm H2O Aumento de PEEP PaO2 / FiO2 > 200 Melhora? Novo Rx SIM Considerar hipótese de FBP VM específica Avaliar a resposta hemodinâmica Sedação ACM NÃO Melhora? SIM NÃO Considerar LPA/SDRA VM específica Avaliar resposta Hemodinâmic a Sedação ACM Sedação Estratégia Ventilatória adequada MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE PROTOCOLO – VENTILAÇÃO MECÂNICA EM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC PaO2 < 60 mmHg (FiO2 = 21% - ar ambiente) Oxigenoterapia Catéter de O2 (até 4l/min) ou Máscara de Venturi FiO2 para manter SatO2 > 90%/PaO2 60-80 mmHg pH entre 7,20 e 7,40 independente da PaCO2 sem HIC, ICC, Arritmia Manter oxigenoterapia Ventilação mecânica não invasiva – VMNI2 1 Avaliação Clínica Nível de consciência do paciente Padrão respiratório Instabilidade hemodinâmica 2 Critérios para utilização de VMNI Paciente colaborativo Desconforto respiratório com dispnéia moderada a severa / FR < 35 Utilização de musculatura acessórica Estabilidade hemodinâmica Nível de consciência rebaixado por hipercapnia sem instabilidade hemodinâmica 3 Critérios para utilização de VMNI Glasgow ≤ 8, agitação, não colaborativo com VMNI PCR Instabilidade hemodinâmica Hipersecreção pulmonar Avaliação clínica1 VCV ou VPC - Sedação Fluxo de rampa descendente FR ≤ 12/min Fluxo inspiratório > 60l/ Min PEEP = 80% do AutoPEEP VT = 5-7 l/kg Pressão Platô < 35cmH2O Relação I: E > 1:3 15 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE PROTOCOLO – VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTE NEUROLÓGICO Paciente Neurológico (TCE – AVC – Craniotomias) Agitação psicomotora Ausência de resposta pupilar Escala de Glasgow Hipertensão intracraniana 20 mmHg Ventilação mecânica Garantir VM constante Ventilação controlada (VC ou PRVC) PaCO2 entre 30 a 35 mmHg VC até 12 ml/kg PEEP 5cmH2O PaO2 arterial 100 a 120 mmHg Hipertensão intracraniana 20 mmHg Posicionamento Decúbito elevado entre 30° - 45° Posicionamento da cabeça na linha média (em decúbito dorsal ou lateral) Manobras fisioterápicas limitadas PIC máx. = 30 (se monitorizada) Aspiração (influência direta sobre a PIC) sedar e/ou hiperventilar Compressão e descompressão do tórax (influência direta sobre a PIC) Drenagem postural: a posição horizontal ou de Trendelenburg é um pouco tolerada, podendo ser realizada desde que a PIC seja monitorizada Estímulo de tosse após hiperventilação Desmame do respirador: Após redução da pressão intracraniana Estabilização do quadro clínico 16 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 17 2 Protocolos – Pediatria PROTOCOLO – CRIANÇA COM DIARRÉIA AVALIAÇÃO DA CRIANÇA COM DIARRÉIA Verificar estado de hidratação (anexo) Sem desidratação Com desidratação Com desidratação grave Plano A (anexo) Plano B (anexo Plano C (anexo) Duração da diarréia < 14 dias Diarréia aguda – Conduzir pelo estado de hidratação Presença de sangue nas fezes > 14 dias Diarréia persistente Ambulatório (anexo) SINAIS PARA A CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO Presença de 2 dos sinais abaixo: Letárgica ou inconsciente olhos fundos Não consegue beber ou bebe muito mal Sinal da prega: a pele volta muito lentamente ao estado anterior Presença dos 2 sinais abaixo: Inquieta, irritada Olhos fundos Bebe avidamente, com sede Sinal da prega: a pele volta lentamente ao estado anterior Não há sinais de desidratação DESIDRATAÇÃO GRAVE DESIDRATAÇÃO SEM DESIDRATAÇÃO Disenteria Sulfa/TMP por 5 dias. Retirada em 2 dias. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 18 A CRIANÇA SEM DESIDRATAÇÃO – PLANO A O tratamento da criança com diarreia e sem desidratação é realizado EM CASA. As regras do tratamento domiciliar são: Dar líquidos adicionais, inclusive o SRO, se a criança aceitar; Continuar o esquema alimentar habitual da criança, com pequenas correções se for necessário; Orientar a família a reconhecer os sinais de desidratação e como preparar o SRO. Em caso de piora manter SRO e procurar a UAI mais próxima; Ofertar líquidos adicionais sempre que a criança evacuar, tomando por base: Menores que 1 ano = 50 a 100 ml/ a 200 ml/vez Pacientes de 1 a 10 anos = 100 ml a 200 ml Pacientes maiores que 10 anos = tudo o que quiser CRIANÇA COM DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO – PLANO B Instituir a Terapia de Reidratação oral (TRO) na UBS, durante 4 horas; Durante o período de reidratação os lactentes devem continuar recebendo apenas leite materno. As crianças que se alimentam com leite de vaca e/ou papa ou comida da casa somente retornarão ao esquema alimentar após a lata, com as devidas correções. Durante a reidratação, manter jejum; O volume do soro a ser ingerido de pende da aceitação da criança, mas , em geral, deverá receber de 50 a 100ml/kg em 4 horas. Deve ser administrado da maneira mais cômoda e fácil para os familiares, em intervalos de 15 a 20 minutos, respeitando a capacidade gástrica que é de 20 a 30 ml/kg/h; Espera-se que os sinais de desidratação desapareçam nas 4 horas. Observações: *Suspender a hidratação oral e iniciar o plano c na presença das seguintes condições: Alteração do nível da consciência; Vômitos persistentes; Suspeita de íleo paralítico (vômitos biliosos, distensão abdominal e ausência de RHA). Uma vez hidratada , a criança deve ter alta para casa com as orientações do Plano A. A mãe deverá levar para casa envelopes do soro para oferecer à criança sempre que esta evacuar/vomitar ou se notar que estão aparecendo sinais de desidratação. CRIANÇA COM DIARRÉIA E DESIDRATAÇÃO GRAVE – PLANO C Tratar em ambiente hospitalar, com reposição via EV ou gastróclise. REPOSIÇÃO VIA EV MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE MENORES QUE 5 ANOS 19 MAIORES QUE 5 ANOS Adminstrar 100 ml/kg de solução em partes Administrar SF0,9% 30 iguais de SG5% e SF ml/kg em 30 minutos e 0,9% em 2 horas. Se ao depois 70 ml/kg ( final de 2 horas a ringer lactato ou criança ainda estiver solução desifratada, polieletrolítica) em 2 administrar mais 25 a horas e 30 minutos 50 ml/kg para as próximas 2 horas. Em todos os casos: Avaliar a criança de 30 em 30 minutos. Após 2 horas escolher o plano adequado ( A/B ou C para continuar o tratamento). Se não houver melhora no estado de hidratação, aumentar a velocidade do gotejamento EV. Oferecer SRO tão logo a criança consiga beber. Reidratação por via nasogástrica (gastróclise) Na impossibilidade de aplicar líquidos endovenosos no local , pode-se usar essa via. O líquido a ser administrado por SNG será o SRO , 20 a 30 ml/kg/ h. Rever a criança a cada 30 minutos. Se houve vômitos repetidos ou distensão abdominal - dar o líquido mais lentamente; Se depois de 2 horas a hidratação não estiver melhorando, encaminhar a criança para a terapia EV; Se depois de 2 horas a criança estiver hidratada, dar as orientações necessárias para a erealização do plano a em casa para continuar o tratamento; A CRIANÇA COM DIARRÉIA PERSISTENTE A diarréia persistente é uma doença com componente nutricional muito importante, constituindo um fator de roscp ára a desmitro~]AP; Ela se caracteriza pela manutenção da diarréia por mais de 14 dias e deve ser investigada ambulatorial mente. A CRIANÇA COM DISENTERIA Uma vez classificado o estado de hidratação e adbordado adequadamente, a conduta para as crianças com diarríea com sangue é prescrever SMX/TMP ( 40 mg/kg/dia de sulfa) de 12 em 12 horas , durante 5 dias, se houver compromentimo do estado geral e rever em 2 dias. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 20 PROTOCOLO – BRONCOESPASMO AVALIAÇÃO INICIAL Cianose / sudorese Estado mental Dispnéia e Fala Uso de musculatura acessória Ausculta (MV e Sibilos inspiratórios e expiratórios) FR e FC Pico de Fluxo Expiratório (PFE) quando > 6 anos Sat O2, PaO2 e PaCO2 em ar ambiente Se SatO < 95% • O2 úmido e aquecido para manter Sat O> 95% • Inalação com B2 = 0,1 mg/Kg/dose ( máx . 5 mg) = Fenoterol - 1 gota/3 Kg ( máx . 20 gotas) em SF 4 ml com O2 = 6 l/min, a cada 20 min, por até 1 hora (até 3 doses/hora). • Se crise mais grave, associar brometo de ipratropio 250 m cg = 20 gotas/dose se < 12 anos (máx = 500 mcg/dose), 4x/dia. • Se SatO > 90% após tratamento inicial, não requer doses adicionais de b2 . • Iniciar corticosteróide, se paciente for corticodependente ou não responder ao tratamento com inalação. MÁ RESPOSTA • PFE < 40% • Aum . FC e FR • Dispnéia intensa • Musc . acessória com uso intenso • Ausência de MV • Sat O2 < 91% BOA RESPOSTA • PFE > 70% • Dim . FC e FR • Dispnéia ausente • Músculos acessórios sem uso ou muito leve • Sibilos raros ou ausentes • Sat O2 > 95% RESPOSTA INCOMPLETA • PFE = 40 a 70% • Aum . FC e FR • Dispnéia moderada • Musc . acessória com uso moderado • Sibilos leves ou moderados • Sat O2 de 91 a 95% Aumentar intervalo das nebulizações ou jatos para a cada 2 horas. • Manter / adicional p rednisona, ou similar, 1 a 2 mg/Kg/dia (m áx 4 0 mg/dia) • Continuar n ebulização c om b2 , 0,15 mg/Kg/dose, a cada 20 min. INSTÁVEL • PFE < 70% • Sat O2 < 95% • Outros parâmetros sem melhora. ESTÁVEL • PFE > 70% • Sat O2 > 95% • Outros parâmetros melhorando. ALTA DOMICILIAR • B2 a cada 6 a 4 horas • Considerar corticóide VO • Tratamento ambulatorial; • Orientações. REAVALIAR EM UMA HORA BOA RESPOSTA RESPOSTA INCOMPLETA MÁ RESPOSTA CONTINUAR TRATAMENTO Internação Considerar internação, se não melhorar em 6 a 8 horas. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 21 PROTOCOLO – BRONCOESPASMO AVALIAÇÃO HOSPITALAR Agitação, confusão mental, sonolência • Fala com frases incompletas ou monosilábicas ou Choro curto e dificuldade alimentar • Aumento das FC e FR • Dispnéia moderada a intensa • Musculatura acessória com uso moderado a intenso • Sibilância ins e expiratória ou diminuição a ausência de MV • Sat O2 < 91% • PFE < 40% • PFE > 30% e/ou PaCO< 40 mmHg • PaO> 60 mmHg • Sat O> 90% • Sibilos moderados • Músculos acessórios em uso moderado • Dispnéia moderada • PFE < 30% e/ou PaCO> 40 mmHg • PaO< 60 mmHg • Sat O< 90% • Sibilos intensos ou ausentes • Músculos acessórios em uso intenso • Dispnéia intensa O2 úmido e aquecido para manter SatO> 95% ou PaO> 60 mmHg Nebulização com B2 Metilprednisolona EV ou EV ou Prednisolona VO - 1 a 2 mg/Kg, 6/6 hs (máximo = 125 mg/dose) ou Hidrocortisona EV - 5mg/ Kg, 6/6 horas.• Considerar uso de Aminofilia EV ou Teofilina VO O2 úmido e aquecido para manter SatO> 95% ou PaO> 60 mmHg Nebulização com B2 Metilprednisolona EV - 1 a 2 mg/Kg, 6/6 hs (máximo = 125 mg/dose) ou Hidrocortisona EV-5mg/ Kg, 6/6 horas. Considerar uso de Aminofilia EV MELHOROU • PFE > 70% • Sat O> 95% • FC e FR normais • Músculos acessórios com uso ausente • Dispnéia ausente NÃO MELHOROU • PFE < 25% • PaCO> 40 mmHg • PaO< 60 mmHg Considerar uso de Terbutalina - 0,03 ml/Kg/hora, EV, contínuo. Espaçar nebulização • Passar corticóide para VO • Diminuir O2 até retirar CONSIDERAR: • Outras opções, • Intubação orotraqueal • Ventilação Pulmonar Mecânica ALTA DOMICILIAR b2 acada 6 a 4 hs Considerar corticóide VO Tratamento ambulatorial RISCO DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA • Alterações da consciência (confuso, tonto) • Fadiga (choro curto, fala entrecortada, disfagia) • Pulso paradoxal / Alts. do ritmo cardíaco • Piora da dispnéia ou bradipnéia por fadiga • Abolição do murmúrio vesicular • pH < 7,35 / SatO< 90% / PaO< 60 mmHg PaCO> 55 mmHg ou com aumento > 5 mmHg/horas. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 22 PROTOCOLO – TRATAMENTO DE CRISE EPILÉTICA CRIANÇA COM CRISE EPILÉTICA INÉDITA, SEM FEBRE Manter vias aéreas pérveas, oferecer oxigênio, acesso venoso. 1º Passo: Dizepan 0,5 mg/kg/dose EV ou VR OU Midazolan 0,2 mg/kg/dose EV, RV ou nasal Aguardar 3 a 5 minutos Criança mantém crise? Sim Não Repetir 1º passo Aguardar 3 a 5 minutos Criança mantém crise? Sim Não Menor de 1 ano Maior de 1 ano Fenobarbital (EV OU IM) 20 mg/kg, máximo de 600mg. Velocidade de infusão de 1 mg/kg/min Fenitoína EV, 20 mg/kg, máximo de 1 g, Velocidade de infusão de 1 mg/kg/min. Verificar história, colher exames: HMG, ions. Manter observação 6 hs. Encaminhar para ambulatório de Neurologia. Criança mantém crise? Sim Não Menor de 1 ano Maior de 1 ano Fenobarbital (EV OU IM) 5 mg/kg Fenitoína EV, 20 mg/kg Aguardar de 3 a 5 minutos Fenobarbital (EV OU IM) 5 mg/kg Fenitoína EV, 20 mg/kg Aguardar de 3-5 min, mas iniciar procedimentos de transferência. Fenitoína EV, 20 mg/kg Fenobarbital (EV OU IM) 20 mg/kg Transferir criança para UTI. Observação: Sempre que o período para controle de crises for superior a 20 minutos após o inicio da primeira medicação, considerar Estado de Mal Epiléptico e após estabilização do paciente transferir para serviço com neurologista para investigação e tratamento. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 23 PROTOCOLO – TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE QUADRO CLÍNICO SUGESTIVO DE PNEUMONIA (Febre, tosse, dor torácia, taquipnéia, dor abdominal) Idade maior ou igual a 2 meses Idade menor de 2 meses Internar sempre Ampicilina + aminoglicosídeo ou Ampicilina + cefalosporina de terceira geração ou Eritromicina em caso suspeito de C. Trachomatis Critérios de gravidade: Toxemia Sat O2 < 92% Associação com asma Uso de musculatura acessória (tiragem intercostal e de fúrcula) Taquipnéia ( < 1 ano: FR > 50/ 1 a 5 anos: FR > .40/ > 5 anos: FR > 20) Desidratação/vômitos/ Inapetência/ Estado geral comprometido/ anemia/ cardiopatia/ desnutrição/ convulsões/ apnéia Dificuldades familiares em medicar e observar cuidadosamente Não Raio X de Torax Normal Presença de Pneumonia Tratamento domiciliar 2 MESES A 5 ANOS Amoxicilina VO Nos casos de alergia ou intolerância: Cefalosporina de 2ª ou 3ª geração VO Claritromicina / Azitromicina > 5 ANOS Amoxicilina VO Nos casos de alergia ou na suspeita de M. pneumoniae:: Claritromicina / Azitromicina Sim Internar Derrame pleural Pneumonia extensa multilobular Pneumatoceles Atelectasia extensa Sem melhora após 48 hs: Reavaliar Considerare resistência ou outra etiologia Mudar antibióticoterapia: Iniciar macrolídeos, amoxicilina – clavulinato ou cefolosporina de 2ª ou 3ª geração VO Reavaliar em 24 hs Referências 01- Aquino M.Z. Padronização para diagnóstico e tratamentoda Pneumonia adquirida na comunidade em crianças menores de 15 anos.Disponível em www.hsl.org.br. 02- Ferreira S. Pneumonias adquiridas na comunidade. Programa nacional de educação continuada em pediatria-Pronap.2009; Ciclo XII (3); 42-59p. 03- Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Protocolos de Urgência e Emergência. Pneumonias. Disponível em www.saude.df.gov.br. MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE PROTOCOLO – OTITE MÉDIA AGUDA NA INFÂNCIA OTITE MÉDIA AGUDA NA INFÂNCIA Inflamação da orelha média QUADRO CLÍNICO ü ü ü ü ü ü Otalgia Febre baixa ou alta Astenia Inapetência Hipoacusia flutuante Menores de 2 anos: criança leva a mão ao ouvido, irritabilidade, choro intenso, dificuldade para dormir, sintomas gastrointestinais inespecíficos (vômitos, náuseas, anorexia). OTOSCOPIA ü Membrana timpânica convexa, abaulada, opaca, sem brilho ü Perda da mobilidade à insuflação pneumática ü Pode apresentar, raramente, bolhas no tímpano (miringite bolhosa) e nível hidroaéreo TRATAMENTO Analgesia (Paracetamol, dipirona ou ibuprofeno) Crianças >2 anos sem diagnóstico de certeza → reavaliar após 48hs 1ª escolha: Amoxicilina (VO) 40-50mg/Kg/dia por 10-14dias. - Geralmente há melhora da febre, otalgia ou otorréia nas 48-72hs - Crianças <2 anos ou que convivem em creches que tenham feito uso de antibiótico nos últimos 3 meses e tenham história de OMA de repetição ouque possuam alguma doença imunossupressora recomenda-se dose 90mg/Kg/dia. Alérgicos à penicilina: Azitromicina ou claritromicina Falha terapêutica: - Pneumococo resistente à penicilina: Amoxicilina 90mg/Kg/dia (mais nos EUA) - Hemófilo e moraxella produtores de beta-lactamase: Amoxicilina-clavulanato, Cefuroxima, Ceftriaxone IM. ESPECIALISTA ü Otite média recorrente (3 ou mais episódios nos últimos 6 meses ou 4 episódios no último ano. ü Complicações: perfuração timpânica, otite média secretora (efusão persistente), otite média crônica, mastoidite, infecção SNC, labirintite inflamatória ou supurativa, paralisia facial, outras. 24 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 3 Protocolos – Traumatologia PROTOCOLO – POLITRAUMATIZADO (IDENTIFICAÇÃO) POLITRAUMATIZADO (IDENTIFICAÇÃO) Ejeção do automóvel; Morte no mesmo compartimento do passageiro Atropelo Impacto de alta velocidade Velocidade inicial > 64km/h Mudança de velocidade > 32km/h Maior deformidade > 50cm Intrusão no compartimento do passageiro > 30 cm Tempo de resgate > 20min Queda > 20 pés (+ - 6 metros) Capotagem Lesão do pedestre com impacto significante > 8km/h Impacto de motocicleta > 32km/h com separação da roda do guidom SIM NÃO Politraumatizado (seguir protocolo de conduta imediata) Avaliação dos Fatores de Risco Idade <5 ou > 55 anos Presença de doença cardíaca, respiratória ou uso de medicações psiquiátricas Diabético em uso de insulina, cirrose, malignidade, obesidade ou coagulopatia SIM NÃO Politraumatizado (seguir pág. 15) Reavaliação com controle médico QUANDO EM DÚVIDA, CONSIDERE TODO O ACIDENTADO UM POLITRAUMATIZADO ATENÇÃO Exames de rotina em todos os politraumatizados Ht, Hb Grupo sanguíneo e fator Rh Amilase Radiografia de tórax AP Radiografia de bacia Ap Radiografia de coluna cervical ECG BHCG na mulher em idade fértil Ultra-som do abdome toral 25 MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 26 PROTOCOLO – POLITRAUMATIZADO CONDUTA IMEDIATA Via aérea definitiva Tubo Orotraqueal ou Cricotiroidostomia A) Colar cervical + desobstruir vias aéreas ü ü ü ü B) Identificar e tratar: C) Choque. Identificar e tratar: ü ü ü ü ü Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto Hemotórax maciço Tórax instável Traumatismo abdominal Fratura de bacia Lesões em extremidades Hemorragia externa Tamponamento cardíaco Apnéia ou Iminente Apnéia Glasgow < 8 Risco de aspiração Via aérea insegura Incapacidade de manter saturação de O2 > 90% D) Lesão do SNC. Veja TCE A T E N Ç Ã O E) Despir o paciente, examinar e evitar hipotermia (a melhor maneira é manter boa perfusão tissular). F) Realizar em todos os pacientes RX de: coluna cervical, tórax, bacia, ECG, BHCG em mulheres férteis, ultra-som do abdome total. Seguir Estabilidade hemodinâmica Choque persistente Tratamento adequado do choque ATENÇÃO Exames de rotina em todos os politraumatizados Ht, Hb Grupo sanguíneo e fator Rh Amilase Radiografia de tórax AP Radiografia de bacia AP Radiografia de coluna cervical ECG BHCG na mulher em idade fértil Ultra-som do abdome toral MISSÃO SAL DA TERRA – UAI SÃO JORGE 27 PROTOCOLO – POLITRAUMA Politrauma Identificação – mecanismo do trauma, comorbidades, avaliação de informações dos bombeiros Avaliação primária Sinais vitais, exame físico, nível de consciência Protocolo do ATLS Leve Moderada Grave Resolução na própria unidade. Resolução na própria unidade, mas com necessidade de procedimento invasivo ou não, ou com transferência tardia. Estabilização hemodinâmica e transferência imediata para unidade de referência Escoriações, contusões leves, entorses leves, ferimentos superficiais Contusões e entorses moderados a graves Fraturas e/ou luxações fechadas sem necessidades de redução em centro cirúrgico TCE leve com perda de consciência TCE moderado a grave Tratamento Curativos Suturas Imobilização provisória ou temporária Orientações + analgesia Encaminhamento ao ambulatório especializado Tratamento Observação e reavaliação seriada Redução de fraturas e luxações Imobilização temporária ou definitiva Encaminhamento ao ambulatório especializado Regulação / tranferência TCE moderado a grave Trauma torácico - Hemotórax, pneumotórax Ferimentos penetrantes em cavidades Fraturas/luxações expostas, em crianças ou com necessidade de redução em centro cirúrgico Tratamento Prosseguir ATLS Estabilização hemodinâmica Contato com unidade de referência/ regulação para transferência imediata