a Lista - Gabarito das questões corrigidas 8¯ MA151 1¯o Sem. 2001 Seção 4.4 – 50 Encontre o limite 1 1 − x→1 ln x x−1 lim Trata-se de um limite indeterminado do tipo ∞ − ∞, que precisa ser preparado para aplicarmos L’Hospital. 1 x − 1 − ln x 1 − = lim x→1 ln x x→1 (x − 1) ln x x−1 lim Reduzindo ao mesmo denominador, recaı́mos numa indeterminação do tipo 0/0 1 − 1/x Aplicando L’Hospital x→1 (x − 1)/x + ln x = lim x−1 x→1 x − 1 + x ln x Simplificando, temos outra indeterminação do tipo 0/0 1 x→1 1 + x/x + ln x Aplicando L’Hospital novamente 1 2 resolvendo o limite = lim = lim = Seção 4.6 – 51 A figura mostra uma viga de comprimento L embutida em paredes de concreto. Se uma carga constante W for distribuı́da uniformemente ao longo de seu comprimento, a viga assumirá a forma da curva de deflexão y=− W 4 W L 3 W L2 2 x + x − x 24EI 12EI 24EI onde E e I são constantes positivas (E é o módulo de elasticidade de Young, e I é o momento de inércia da seção transversal da viga). Esboce o gráfico da curva de deflexão. Fatorando a função deflexão dada, temos y=− ou seja, y(0) = y(L) = 0. Derivando: W 2 x (x − L)2 24EI d W y = (−4x3 + 6Lx2 − 2L2 x) dx 24EI W (−2x)(2x2 − 3Lx + L2 ) 24EI W L = (−4x) x − (x − L) 24EI 2 = Assim, os pontos crı́ticos são x = 0, x = L/2 e x = L. Estudando o sinal da derivada e o crescimento/decrescimento da função: 0 L/2 L −2x 0 − − − 2 2 + 0 − 0 + 2x − 3Lx + L 0 + 0 − y0 0 − y & % & Embora tenhamos estudado o sinal para x ≥ 0, é preciso lembrar na hora de esboçar o gráfico que a função deflexão só está definida para x ∈ [0, L]. Calculando a derivada segunda: d2 W y = (−12x2 + 12Lx − 2L2 ) 2 dx 24EI = W (−2)(6x2 − 6Lx + L2 ) 24EI W L = (−12) x − − 24EI 2 √ 2L 6 ! L x− + 2 √ 2L 6 ! A análise do sinal da derivada segunda nos permite concluir sobre a concavidade da função: √ √ L/2 − 2L/6 L/2 + 2L/6 y 00 − 0 + 0 − y ∩ ∪ ∩ Veja que os pontos em que a derivada segunda se anulou realmente são pontos de inflexão, pois em torno deles y 00 mudou de sinal. Avaliando a função deflexão nos pontos crı́ticos e nos pontos de inflexão podemos finalmente esboçar o gráfico: L − 2 y √ 2L 6 L 2 L + 2 √ 2L 6 L x Seção 4.7 – 54 Uma pintura numa galeria de arte tem altura h e está pendurada de forma que o lado de baixo está a uma distância d acima do olho de um observador (como na figura). A que distância da parede deve ficar o observador para obter a melhor visão? (Em outras palavras, onde deve ficar o observador de forma a maximizar o ângulo θ subentendido em seu olho pela pintura?) h α θ d β x Denotando os ângulos relevantes segundo indicado na figura, temos que θ = α − β. Além disso, tg α = (h + d)/x e tg β = d/x. Solução 1 Vamos maximizar f (x) = θ = arctg α − arctg β = arctg((h + d)/x) − arctg(d/x), para x ∈ (0, ∞). Derivando, temos: d 1 h+d 1 d f (x) = − 2 − 2 − 2 d 2 dx x x 1 + h+d 1 + x x = − x2 h+d d + 2 2 + (h + d) x + d2 = −(h + d)(x2 + d2 ) + d(x2 + (h + d)2 ) (x2 + (h + d)2 )(x2 + d2 ) = h(−x2 + d2 + dh) (x2 + (h + d)2 )(x2 + d2 ) √ 0 Os valores de x que anulam f (x) são ± d2 + dh. Analisando o sinal de f 0 (x) para x ∈ (0, ∞) √ 2 podemos concluir que f ( d + dh) é o valor máximo de f (x): √ 0 0 f (x) f (x) + % d2 + dh 0 − & Solução 2 Lembrando que a tangente é uma função crescente no intervalo [0, π/2), podemos substituir o problema de maximizar θ pelo problema equivalente de maximizar tg θ. Utilizando a relação trigonométrica tg(a − b) = sen(a − b) sen a cos b − sen b cos a = = cos(a − b) cos a cos b + sen a sen b sen a cos b−sen b cos a cos a cos b cos a cos b+sen a sen b cos a cos b = tg a − tg b 1 + tg a tg b temos que g(x) = tg θ = h+d −d xh tg α − tg β = x h+dxd = 2 1 + tg α tg β x + d(d + h) 1+ x x Derivando: h(x2 + d(d + h)) − (xh)(2x) (x2 + d(d + h))2 h(−x2 + d2 + dh) = (x2 + d(d + h))2 g 0 (x) = Note que os pontos crı́ticos de g(x) assim como a análise do p sinal de sua derivada coincidem com o que fizemos para f (x). Desta forma, concluı́mos que x = d(d + h) é a distância que maximiza o ângulo subentendido pelo olho do observador.