sua casa, nosso mundo tempo livre diversão e praticidade em projetos de quartos infantis idéias inovadoras geram economia em condomínios Paraty Um encontro inesquecível com a História e a Arquitetura Saiba como os dias de folga nos ajudam a ser mais produtivos e felizes Um futuro positivo A atual edição da revista BRASCAN & VOCÊ coincide com a chegada de um novo ano. Época em que geralmente estamos propensos à reflexão sobre os rumos de nossas vidas, tanto na esfera privada quanto em assuntos da coletividade. Os temas dos quais tratamos aqui não poderiam fugir ao clima geral que nos cerca. São dias festivos, muitas vezes envoltos em confraternização, e período, também, em que as crianças estão ainda mais presentes por conta das férias escolares. A nossa reportagem de abertura é dedicada ao tempo livre, um bem cada vez mais escasso. Ouvimos especialistas no assunto que garantem: descanso e lazer são fundamentais em todas as fases, da infância à vida adulta, contribuindo para aspectos como a pro dutividade e a felicidade. Outro destaque deste número é a cidade de Paraty, local para ser percorrido a pé, com muita tranqüilidade, e que possibilita ao visitante um verdadeiro mergulho na História. As ruas do Centro Histórico, onde os carros não circulam, são um bom cenário para total relaxamento. Outra proposta que tem afinidade com a data é a reportagem voltada para a gastronomia. A idéia é você pôr a mão na massa, esquecer o corre-corre em busca de presentes, e mimar os próximos com iguarias saídas de sua própria cozinha. À procura de boas idéias para um ano que se inicia, pesquisamos projetos originais para a decoração de quartos infantis e, ainda, boas formas de proporcionar economia e bem-estar na administração de condomínios. E para compreender melhor o mercado imobiliário, em um futuro próximo, entre vistamos o presidente da Brascan Residential Properties, Nicholas Reade. A escolha de temas que possam contribuir de forma positiva para o dia-a-dia do leitor é a nossa forma de desejar a todos: um feliz 2009! DEZEMBRO 2008 | ANO 1 | Nº 4 Um projeto editorial do departamento de marketing da Brascan Residential Properties foto iStockphoto Conselho Editorial Alexandre Frickmann, Augusto Ezagui, Deise Dias de Freitas, Luiz Fernando Moura, Magnólia Silva Vieira, Marcia Peres e Sammy Frant Edição Executiva Maria Helena Esteban Redação Fernando Esteban do Valle, Pedro Argemiro, Roberta Costa, Sol Mendonça e Virginia Cortez Revisão Virginia Cortez Projeto Gráfico Sandra Pinta e Dandalo Gabrielli (PG Design) Fotografia Dario Zalis e Filico (Frederico de Souza) Tratamento de Imagens Patricia Nort Publicidade/Comercial 40 Graus Comunicação Tiragem 10.000 exemplares Capa foto Filico – Centro Histórico de Paraty, RJ Brascan & Você é uma publicação trimestral da 40 Graus Comunicação (em parceria com a Fato Comunicação e Conteúdo Editorial) para a Brascan Residential Properties. 40 Graus Comunicação: Praia do Flamengo, 100 / Sala 201 – Flamengo – Rio de Janeiro – RJ – tels.(21)2245-2676 / 2225-6422 BRASCAN&VOCÊ 39 08 O VALOR DO tempo livre 36 acquare campo belo 14 novos rumos 39 presente com sabor 20 economia em condomínios 46 quarto infantil 24 gávea green 56 mais&mais 28 paraty 65 notas¬ícias Dias de descanso e lazer ganham cada vez mais importância com estudos que comprovam o valor do ócio. Desfrute. 08 20 O presidente da Brascan Residential Properties, Nicholas Reade, mostra por que o ano de 2008 está marcado como um período de implantação de importantes mudanças. Síndicos e administradores lançam mão de idéias inovadoras em busca de mais economia, proteção ao meio ambiente e melhoria da convivência e do bem-estar dos condôminos. 14 28 Cercado de beleza natural, o empreendimento foi projetado para se integrar com a natureza com linhas arquitetônicas que seguem a sinuosidade das montanhas locais. O município que é monumento nacional, localizado entre Rio de Janeiro e São Paulo, proporciona um encontro inesquecível com História, Cultura, Geografia e Arquitetura. 24 46 Uma referência em qualidade de vida em pleno coração de São Paulo, o empreendimento prevê moradias espaçosas e modernas e áreas de lazer cheias de surpresas. Dicas de profissionais de gastronomia para você colocar a mão na massa e presentear convidados, anfitriões e amigos com receitas para lá de especiais. Projetos de decoração transformam o ambiente dos pequenos em um local cheio de encantos e atrativos, sob medida para brincar e sonhar. Mimos cheios de charme que ajudam a colorir ainda mais o dia-a-dia das crianças. Em seu primeiro ano de circulação, a revista BRASCAN & VOCÊ recebe o Prêmio de Excelência Gráfica Werner Klatt na categoria de Revistas Institucionais. Desfrutados, na infância, com o sabor das coisas raras e valorizados, na idade adulta, por seu poder reparador, os dias de descanso e lazer ganham cada vez mais importância com estudos que comprovam o valor do ócio. por Roberta Costa O mágico TEMPO LIVRE Universidade de Berkley, na Califórnia (EUA), no final clusivamente para o trabalho. Um desem- brasileiros nessa área. fissional perfeito não é aquele que vive expenho melhor está ligado à satisfação com o ambiente empresarial e com as ativida- des extralaborativas. Férias, feriados e fins de semana deixaram, então, de ser mecanismos de da década de 1950, quando não havia profissionais VÍNCULOS AFETIVOS O descanso é parte fundamental, mas não é a quem quer se livrar da obrigação, para serem enca- única forma de fortalecer um bom desempenho na recarregar energias e oxigenar idéias. vínculos afetivos, familiares e fraternais, que rever- rados como parte de um processo importante para O primeiro caso de que se tem registro, no Brasil, de um trabalhador que pleiteava um afastamento semanal do trabalho remonta aos anos 1600. Ao pesquisar documentos da Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, para um de seus livros sobre o assunto, o médico do trabalho Daphnis Ferreira Souto carreira. O tempo fora do escritório ajuda a formar tem na capacidade de lidar com os relacionamentos, sejam técnicos ou pessoais, dentro da empresa. Essa habilidade também evidencia uma característica da administração moderna, que entende o funcionário como um ser completo e indissociável. “O ser humano é um só, no trabalho ou em casa, deparou-se com a história de um índio que integra- na produção ou no lazer, seja como profissional ou Manoel, o índio reivindicava metade dos domingos sam o tempo todo, e é praticamente nula a chance va uma missão de jesuítas, no Piauí. Conhecido como para se dedicar à cultura de sua tribo. “O trabalho já foi visto como um castigo. O can- saço, seja físico ou mental, origina determinados produtos orgânicos que levam a uma modificação do comportamento da pessoa. A falta de férias não pai, mãe, marido, esposa. Esses mundos se converde que um péssimo pai seja um bom gerente ou vice-versa”, diz Ralph Arcanjo Chelotti, presidente nacional da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Com a experiência de quem chefiou o Serviço gera uma doença profissional, mas sim um estado Médico da Petrobras por 26 anos, Daphnis vê ainda com os colegas, em função do aborrecimento que a divertimento, além do relaxamento, legitimam o de desequilíbrio orgânico, que propicia conflitos fadiga causa. Esse desequilíbrio é muito mais emo- cional” – explica Daphnis, um pioneiro no assunto, já que se especializou em Medicina do Trabalho pela mais vantagens para as férias. Cultura, socialização, tempo fora do escritório. “Férias são lúdicas (já que nos divertimos), educativas (porque procuramos ver ou mostrar para nossos filhos coisas que não conhe- foto iStockphoto N o mundo corporativo do século XXI, o pro- idéias ensaio vai trabalhar na vida. Esse é um ditado interessante, porque nos mostra que quando fazemos aquilo de que não gostamos, que não nos motiva nem anima, o estresse aumenta e, aí, férias de 30 dias serão insuficientes. As pessoas são diferentes e, portanto, 30 dias de férias para alguns pode ser muito, quando se gosta do que se faz, ou pouco, quando o trabalho é um fardo”, conclui. As viagens parecem a receita mais completa para cumprir o papel de divertir, informar, descansar e in- tegrar as famílias nas férias, parceladas ou integrais, fazendo cada um voltar ao trabalho com a sensação de estar revigorado, animado, estimulado e cheio de novidades. Isso, é claro, se não incluir bagagens extraviadas, carros enguiçados ou parentes desconten- tes porque um quer praia, enquanto o outro prefere montanha. NO MUNDO INFANTIL As férias são, antes de tudo, uma boa oportunida- de para experimentar e exercitar comportamentos e idéias. Nesse período, as crianças formam um acervo de lembranças, cheias de pequenas aventuras e sensações, que lhes serão muito mais úteis ao longo da vida do que supomos. Se existe uma conduta a ser seguida para as férias é, justamente, a de privilegiar a falta de rotina. “O afastamento de atividades cotidianas por al- cemos) e têm um forte caráter de comunicação (por- combatendo as constantes pressões das mudanças já justificam a questão das férias”, resume. impactos em suas vidas”, ressalta Leyla Nascimento, parecer, o relaxamento tem surtido um efeito tão produtivo que tem sido levado com cada vez mais freqüência para dentro das empresas. Embora no Brasil elas ainda não sejam a maioria, algumas já começam a seguir os preceitos de corporações estran- 10 BRASCAN&VOCÊ que privilegiaram o lazer e os ambientes leves, trans- parentes e integradores obtêm sucesso, porque as suas equipes têm orgulho e prazer em trabalhar nelas. As pessoas necessitam de um ambiente agradá- vel e estimulante para trabalhar. Precisam também do lazer como um recurso importante para alcançar a produtividade com mais leveza e flexibilidade, da Faculdade de Educação da UFRJ, Íris Rodrigues de Oliveira. Para desenvolver a habilidade inventiva, a capa- A modernidade trouxe também a preocupação cidade de imaginar alternativas para as situações tempo para aproveitar o cotidiano junto à família, das notas escolares, do comportamento adequado e profissionais negociam com seus chefes a possibi- monstra com resultados como aquelas organizações va”, explica a coordenadora do Curso de Pedagogia FÉRIAS À VISTA canso, por exemplo, pode tornar uma reunião muito “A lista das Melhores Empresas para Trabalhar de- do lúdico como pressuposto para a produção criati- da ABRH. com o período ideal para as férias. Muitas vezes sem menos tensa. cognitiva se alia à afetiva para "marcar" o contexto presidente executiva da seccional do Rio de Janeiro geiras que criam ambientes lúdicos ou repousantes em suas instalações. Uma sala com redes para des- ma que as competências são testadas e a memória da vida, é preciso deixar de lado o rigor dos horários, fruir o dia. Assim, as crianças vão construindo sabe- res sem perceber, num tempo de conhecer pessoas, lidade de fracionar as férias. A idéia é conciliar seu coisas e lugares. tempo com as férias escolares dos filhos ou mesmo “Os novos mercados de trabalho demandam com as do cônjuge. Nesse aspecto, os analistas nem sempre concordam. Leyla Nascimento não conside- pessoas criativas, com boa relação interpessoal. É que o importante é como os dias serão utilizados, e escola, para o lazer criativo, onde há a possibilidade imprescindível que se abram espaços, mesmo na ra salutar essa divisão, enquanto Daphnis acredita do desenvolvimento das múltiplas inteligências”, in- Ralph defende a tese de que o tempo vai surtir efeitos diferentes de acordo com o sentimento de cada um: “Há um antigo ditado chinês, idealizado por Confú- cio, que diz que se você trabalha no que gosta, nunca foto iStockphoto Por mais improvável ou contraditório que possa viverem sem as cobranças do dia-a-dia. É nesse cli- de cenários nos negócios e na sociedade, que geram foto Dario Zalis que conhecemos outras pessoas). Esses três fatores gum tempo é de vital importância para as crianças dica o professor Eduardo Costa, Mestre e Doutor em Saúde da Criança pelo Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz. Se existe uma conduta a ser seguida para as férias, é exatamente a de privilegiar a falta de rotina. idéias ensaio Na família de Daphnis Ferreira Souto, férias eram ginação, os lugares dos heróis infantis, as batalhas desenvolvimento das crianças e para o equilíbrio para ver tudo o que não havia na cidade. Ele lembra fôlego depois de um mergulho na praia ou simples- tocuidado e interação familiar, mesmo na infância de tabuleiro, a canseira do pique-pega, o retomar do sinônimo de viagens, preferencialmente ao campo, mente o não fazer nada sob uma árvore num parque que a esposa, Vera, morria de medo de bovinos, mas podem ser um remédio preventivo a dificuldades fu- ele achava importante que os filhos conhecessem turas. Eduardo, que também é psicomotricista edu- animais de fazenda, pegassem fruta do pé e voltas- cacional, revela o quanto as férias podem influenciar sem cheios de histórias. O segredo do sucesso era a na saúde emocional. diversidade nas férias. “Nunca fiz questão de deixar “O lazer e o ócio criativo, especialmente em famí- bens materiais valiosos para meus filhos e, sim, co- lia, são absolutamente fundamentais para o bom nhecimento. Nossas férias eram até onde o dinheiro desse. Quando o dinheiro chegava na metade, estava psicossomático. A vida sem períodos de lazer, au- mais precoce, causa danos, como quadros depressivos, fóbicos, de dificuldades de aprendizagem e relacionais, além de somatizações de várias ordens. O aprendizado do “viver junto” vai ser exercitado aí, com a percepção de que somos parte de um todo que nos influencia e que influenciamos, seja em família ou em sociedade”, resume. na hora de voltar”, conta. Se não for possível fazer uma viagem real, já é sa- tisfatório ver outros hábitos e culturas em livros e fil- PLANEJANDO OS DIAS DE FOLGA mes, compartilhados com pais e amigos, onde todos trocam informações sobre aquela novidade. Muitas Para driblar as surpresas desagradáveis, duas palavras são fundamentais: organização e planejamento. Verificar roteiros, previsão do tempo, cultura local, pratos e temperos, distância entre cidades, moedas e documentação sobre o lugar para onde se vai parecem óbvios. E são. Mas, há sempre um ou outro item que acabam esquecidos. Quase sempre, o turista esquece que a infra-estrutura da viagem começa por aquilo que não será levado. “A boa viagem pede relaxamento e distanciamento do cotidiano. Assim, se as crianças ficarem em casa, alguém de muita confiança deve assumir a rotina e os cuidados. Plantas e bichos domésticos trazem também bastante preocupação e precisam ser “adotados” temporariamente por pessoas amigas e responsáveis”, sugere Tânia Omena, presidente nacional e da regional Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo (Abbtur). Um bom agente de viagens pode resolver tudo para quem não tem muito tempo para preparar as férias e garantir assessoria à distância, mas, em tempos de vezes, segundo os especialistas, o que as crianças querem é apenas brincar com os pais, jogar com os irmãos e ter prazer de contar, na volta às aulas, se ganhou dos pais ou perdeu “por um tantinho assim” do irmão que burlou a regra da brincadeira. As férias ideais não são iguais para todo mundo, mas devem respeitar as necessidades e desejos, além da peculiaridade, de cada família. “O mais importante é checar a capacidade indivi- dual de construir espaços próprios, sem a intervenção magisterial, com orientação, e não indicação autoritá- ria. Jogar novos jogos, ler novos autores, ver novos fil- mes ou filmes antigos que não se conhecia. Caso a pessoa esteja muito ligada a uma forma de lazer (como ver televisão, por exemplo), é preciso excluir este hábito para verificar como ela se sente ao lidar com novas internet farta, há sites que tiram dúvidas importantes. Se a viagem for para o exterior, checar os dos consulados e embaixadas poupa idas e vindas. O portal da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), http://www. portalabav.com.br/, traz dicas sobre viagens ao exterior, passaportes e vistos, direitos e deveres do turista, previsão do tempo, moedas e câmbios, além de itens que não devem faltar para quem vai pegar a estrada de carro. Sites de jornais e revistas, além daqueles de empresas especializadas, ajudam até na hora de arrumar as malas, montar roteiros, saber quanto e quando se deve dar gorjetas, como entrar e sair do país com equipamentos eletrônicos, remédios, crianças e animais. Sempre é bom lembrar que quanto menos bagagem, melhor. É mais fácil de carregar e seguro, já que evita a necessidade do auxílio de estranhos. Afinal, o que melhor se traz de uma viagem são as histórias e sensações, que podem ser lembradas para sempre. No mais, não custa colocar uma muda de roupa na bagagem de mão, que poderá ser de grande utilidade se houver o extravio da sua mala. formas de entretenimento, que são também formas de aprendizagem” aconselha Íris de Oliveira. MAIS DO QUE DIVERSÃO Nessa experimentação, é possível um ganho a com idades e interesses diversos, tanto os pais quan- to os filhos podem exercitar a habilidade de conver- sar, ceder e convencer. As descobertas sempre valem a pena. “Nesses momentos, podemos nos ocupar de nossos pensamentos, necessidades e desejos, descopara viver em harmonia. Também experimentamos os encontros e dificuldades no diálogo com nossos fami- liares e amigos, conhecendo novas facetas de cada um, Sair da rotina significa mais que só divertimen- to. Desacelerar as obrigações das crianças e deixar tempo livre para percorrer, mesmo que só na ima- foto Dario Zalis frente ao novo ou diferente”, ressalta Eduardo Costa. 13 BRASCAN&VOCÊ brindo quem somos e do que realmente precisamos foto iStockphoto As férias ideais não são iguais para todo mundo, mas devem respeitar as necessidades e desejos de cada família. mais: o da negociação. Em família, onde há crianças “ Um de nossos objetivos é estar entre os três primeiros nos mercados em que procuramos atuar. ” NICHOLAS READE, Presidente da Brascan Residential Properties O ano de 2008 está marcado na história da Brascan Residential Properties como um período de implantação de mudanças significativas. A empresa ganhou novos rumos a partir da compra de outros dois gigantes do setor imobiliário: a MB, com forte atuação no promissor mercado da região Centro-Oeste, o mais novo pólo do agronegócio do país, e a Company, atuante há mais de 25 anos em São Paulo, locomotiva brasileira também no segmento imobiliário. Capitaneando as mudanças atuais e as que, em breve, serão implantadas, está Nicholas Vincent Reade, presidente da empresa desde agosto de 2008. por Maria Helena Esteban e Pedro Argemiro fotos Dario Zalis O homem que também atuou como presiden- uma Brascan “dC”. A Brascan, no ano passado, lançou dential Properties entre fevereiro e agosto de 2008, que representa um crescimento fabuloso em rela- te do Conselho de Administração da Brascan Resi- durante uma entrevista de uma hora e meia, expôs dados e opiniões sobre o cenário atual do mercado imobiliário no Brasil e falou dos novos objetivos da empresa que preside. Os pontos mais importantes da conversa estão destacados nos tópicos que se seguem. UMA NOVA BRASCAN, A PARTIR DA AQUISIÇÃO DE EMPRESAS “Na Brascan, houve duas operações de fusão e aquisição muito importantes no ano. Primeiro, foi a da MB, em abril, empresa líder do Centro-Oeste, e a outra, a fusão com a Company, de São Paulo, no fim de outubro. As duas foram operações que respondiam a objetivos estratégicos da Brascan. É óbvio que gostamos do mercado de Rio e São Paulo, res- ponsável por 55% do mercado imobiliário do país. É um mercado já estabelecido, maduro, que conhecemos bem. Mas a Brascan não é uma empresa deste ou daquele mercado, é uma empresa de mercado. Gostamos do mercado grande e de margem boa, que é importante para o produto, do ponto de vista da nossa sobrevivência e do investidor-acionista. Mas o mercado de Rio e São Paulo não é o que está crescendo mais rápido. As regiões do país que mais crescem são o Centro-Oeste, por causa da revolução agrícola, e o Nordeste, talvez devido ao turismo. A MB tem sua atuação em Goiás, Mato Grosso e Brasília, que não tem revolução nenhuma, mas tem o PIB per capita F iniciou sua carreira como analista de investimentos do Banco Bozano Simonsen e, posteriormente, tornou-se diretor respon- sável pela estruturação da subsidiária brasileira da Citicorp Leasing International. Responsável pelo desenvolvimento de uma das empresas pioneiras de private equity no país, a Brasilpar, da qual foi diretor superintendente, Nicholas Reade assumiu, em seguida, o car- go de group representative no Brasil para o Midland Bank plc e Samuel Montagu & Co. a gente vai chegar próximo dos R$ 3 bilhões, ou seja, vamos quase triplicar, se juntar as duas. Antes da cri- se, eu dizia que no ano que vem, com um crescimen- to de 30% a 35%, chegaríamos a quase R$ 4 bilhões. Com a crise, deveremos ficar na casa dos R$ 3 bilhões. A diferença entre uma empresa de R$ 1 bilhão e uma de R$ 3 bilhões não é apenas um salto quantitativo, é um salto qualitativo. A maneira de se administrar uma empresa de R$ 1 bilhão é completamente dife- rente da de uma de R$ 3 bi. Antes, lançávamos seis projetos por ano. Este ano, a nova Brascan está lan- çando 40 projetos e no ano que vem serão 50. Por isso, é necessário um sistema de monitoramento e controle, pois é a maneira que se consegue administrar 50 obras ao mesmo tempo. Isso implica um pro- cesso de descentralização e de delegação de poder. E de assunção de responsabilidade pelo pessoal que está na linha de frente. Não adianta ficar tudo nas mãos do diretor. Estamos tentando colocar o poder de decisão mais próximo de quem está na frente do cliente, de quem está na frente da obra, pagando as contas da empresa. Obviamente com controle, para que isso aconteça”. ESTAR ENTRE AS PRIMEIRAS NAS REGIÕES EM QUE ATUA “Não acho importante uma empresa ter uma é ótimo. Em Brasília, com o Plano Lúcio Costa, com sé- muda de cidade para cidade. O gosto de consumidor muito grande. Do ponto de vista do comprador, isso plo: se você olhar fotos de Águas Claras em 2000 e Harvard, onde cursou o Advanced Management Program, Reade passado, lançou mais ou menos R$ 1 bilhão. Este ano, presença nacional. Este não é um negócio nacio- reprimida é muito grande. Águas Claras, por exem- do em Economia pela mesma instituição e pós-graduado em ção a dois anos antes. A Company, também no ano mais alto do país e uma estabilidade de emprego rias restrições à construção de moradias, a demanda ormado em Economia pela Cambrige University, com mestra- (em empreendimentos imobiliários) R$ 1 bilhão, o fotos de Águas Claras em 2008, é como olhar o de- serto do Saara, por exemplo, e Ribeirão Preto hoje; é uma diferença da água para o vinho. A MB atua no Nordeste também, tem projetos, mas a atuação tra- dicional tem sido o Centro-Oeste. Lá, o PIB cresce 50% mais rápido do que o nacional”. UM SALTO DE BILHÕES “Costumo dizer que existe a Brascan “aC” e a Bras- can “dC”, ou seja, a Brascan antes da Company e a Brascan depois da Company. Porque o modelo não é o da Brascan. Estamos criando uma nova Brascan, nal, é regional. A lei de zoneamento, propriamente, muda de bairro para bairro. Em um, se dá mais im- portância para a varanda; em outro, para a cozinha. Por isso, é preciso estar muito afinado com esse mer- cado. Além disso, não é uma coisa permanente, as pessoas mudam, os hábitos e as preferências tam- bém mudam. Então, não acho que a gente precise ter uma presença nacional. Como disse, queremos trabalhar naqueles mercados de que gostamos. E quais são os mercados de que a gente gosta? Os es- tabelecidos de Rio e São Paulo e outros que estejam crescendo bem. Um de nossos objetivos é estar entre os três primeiros nos mercados em que procuramos atuar. Estamos bem no Rio de Janeiro, onde somos o segundo no mercado. Com a MB, no Centro-Oeste, passamos para primeiro da noite para o dia. Em São Paulo, éramos o oitavo, com 3% do mercado, sendo dados fatos que a Company tinha 5%. Com a aquisição, ficamos com 8%, 9%, o que nos coloca, também, entre os três primeiros em São Paulo. Para se ter uma idéia, o mer- cado em São Paulo tem quatro vezes o tamanho do mercado do Rio, ou seja, não se pode ser importante no mercado brasileiro sem estar em São Paulo. Então, o objetivo da operação com a Company foi fortalecer nossa atuação em São Paulo. CRESCIMENTO EM 2008 “Quando estivermos fazendo a retrospectiva do ano, veremos que 2008 foi marcado por dois eventos. O primeiro, em termos mais gerais, é a crise que o mundo financeiro está atravessando. Obviamente, não existe a história de descolamento da economia brasileira da economia mundial. A crise vai nos afe- tar, embora vá afetar menos do que as outras crises, criadas nos mercados emergentes, muito mais vul- neráveis. Mas que vai afetar o Brasil, vai. Imagino que em 2008 o mercado imobiliário deve crescer, em relação ao ano passado – falando do Rio e de São Paulo, onde temos dados mais precisos – 40%, algu- ma coisa assim. Nos primeiros seis meses do ano, os lançamentos em São Paulo e no Rio totalizaram R$ 10,2 bilhões, contra R$ 6,2 bilhões no mesmo perí- odo do ano passado, por isso imagino que vai crescer um pouco mais de 40%”. EXPECTATIVA DO MERCADO IMOBILIÁRIO E A CRISE FINANCEIRA GLOBAL “A expectativa antes da crise era de que no ano que vem a economia iria crescer, provavelmente, de 3% a 4%, talvez um pouco menos. Isso não vai acontecer. Acho que a economia brasileira vai crescer menos. Estamos imaginando que poderá crescer numa faixa de 2% a 3%. Pelo fato de estarmos vindo de uma base tão baixa, devemos esperar um cresci- mento do mercado imobiliário de duas a três vezes o crescimento do PIB como um todo. Se o PIB crescer terno vai ser afetado”. O PAPEL DOS FINANCIAMENTOS “Nos 25 dos últimos 30 anos quase não houve fi- nanciamento no mercado de habitação. Nesses úl- timos anos, começou a dobrar a disponibilidade de financiamento de habitação, mas, mesmo assim, o SBPE – que é o Sistema Brasileiro de Poupança e Em- préstimo – financiou, em 2007, 200 mil unidades, e a Caixa (Econômica Federal), umas 80 mil. Estou fa- lando de casas novas, não de reformas. O BNH (o ex- tinto Banco Nacional da Habitação), nos anos 1980, financiava 600 mil. O sistema está financiando, hoje, metade do que financiava há 25 anos. Estou dizendo E os governos estão tomando medidas corretas para essa situação, enquanto em 1929 eles tomaram me- didas erradas. Acredito que haverá efeitos na econo- mia real. E, no mercado imobiliário, uma redução de crescimento de 30% para 5%, podendo chegar a zero. la em que muitos compradores estão entrando pela primeira vez. São compradores de primeira moradia. Quem deverá ser mais afetado é quem está fazendo upgrade, quem vai mudar de um imóvel de dois dor- mitórios para outros de três, ou de três dormitórios para quatro. De uma rua menos nobre para outra mais nobre. São aqueles que têm mais informação financeira, que olham a tela da Bloomberg, mais ligados ao mercado financeiro”. CRESCIMENTO POR FAIXAS DE ATUAÇÃO “Esta faixa de R$ 150 mil a R$ 350 mil é formada mais otimistas do que os mais velhos, já que viram viu na Espanha e nos Estados Unidos, que tiveram um boom imobiliário e onde os preços dos imóveis aumentaram muito. Aqui não houve aumento de preço, houve aumento de produção. Isso que nos permitia, antes da crise, projetar para o ano que vem um crescimento de 30%. Outro mercado que está crescendo é o de (ren- da) média e média baixa. O grande propulsor desse mercado é a disponibilidade de financiamento, que, em inglês, é o chamado affordability – a capacidade de pagar. Os prazos aumentaram. Há cinco anos se conseguia financiamento de até dez anos; hoje se consegue de 25, 30 anos. A estabilidade da economia também ajuda, mas na adimplência. E na expectativa do futuro. Mas, o principal são as condições de financiamento, que reduziram pela metade a prestação. Com grande extensão de prazo e pequena redução de juro, a prestação cai pela metade”. ENFRENTAMENTO DA NOVA REALIDADE “Talvez, antes de fazer um novo lançamento, a novo. Quando o mercado está bombando, você ven- que aprendemos alguma coisa nos últimos 80 anos. é a que talvez fique menos afetada, porque é aque- unidades; quer dizer, não é um fenômeno como se trabalhando, hoje, com um cenário de recessão lá depressão lá fora, vamos ter recessão no Brasil. Acho segunda faixa, de R$ 150 a R$ 350 mil, provavelmente, por muita gente que está comprando imóveis pela este ano sem que houvesse aumento no preço das gente espere atingir um percentual maior de ven- fora e diminuição de crescimento no Brasil. Se vier R$ 1 milhão, e acima de R$ 1 milhão. Acho que essa isso para explicar por que o mercado cresceu 40% entre 2% e 3%, a gente cresce algo entre 4% e 9% ou de 5% a 10%, num cenário – digamos – base. Estou 16 BRASCAN&VOCÊ É uma queda substancial, quer dizer, o mercado in- das nos lançamentos atuais, antes de iniciar um de muito bem no primeiro fim de semana, no pri- meiro mês, não é? Neste segundo cenário, é preciso estar um pouco mais precavido, aguardar um pouco mais. Praticamente, não atuamos no mercado abaixo de R$ 80 mil. De R$ 80 a 150 mil, é a primeira faixa que a gente olha. Depois, de R$ 150 a R$ 350 mil, pois 80% do financiamento têm que ser dirigido à faixa abaixo de R$ 350 mil. Em seguida, de R$ 350 mil a primeira vez. São jovens – e os jovens, em geral, são menos desgraças na vida, tiveram menos familiares e amigos que morreram, que perderam o emprego. A pessoa na faixa de 45 anos sabe, por exemplo, que numa determinada situação não é momento de trocar de carro nem de apartamento. Agora, o cara que nunca teve carro, que está com financiamento na porta, está com emprego... Ele pode até achar que vai ter desemprego na economia, mas que o desemprego não vai ser com ele, certo? Então, acho que essa faixa vai sentir menos os efeitos da crise, ainda há muita disponibilidade de financiamento por parte dos bancos para eles. Em 2007, cerca de 30% dos nos- sos negócios eram na faixa de R$ 350 mil pra baixo. Na MB, 80% é nesta faixa; juntando as duas, consolidando, tivemos um aumento de 30% para 40% ”. NOVO MODELO DE GESTÃO “Nosso modelo tem três unidades de negócios, pelo fato de acreditarmos que isso é um negócio regional. Mas isso não quer dizer que se trata de uma holding imobiliária. A gente tem uma estrutura corporativa, com as funções – finanças, controle, sis- temas, planejamento, RH, jurídico, governança etc. – centralizadas. É aí que se estabelecem os padrões, a cultura, os procedimentos, os sistemas. Não quere- mos implantar o modelo Brascan na Company e na MB. Nesse novo desenho, o Walter Lafemina, passa de presidente da Company a diretor-superinten- dente da nova empresa, dirigindo três unidades de negócios regionais. Obviamente, a base da operação do Rio da nova Brascan será a estrutura originária da Brascan de sempre. A estrutura da operação do “ Aqui não houve aumento de preço, houve aumento de produção. Isso que nos permitia, antes da crise, projetar para o ano que vem um crescimento de 30%. ” dados fatos incorporações falidas da Encol. Ela reunia grupos de moradores da ex-Encol, sentava com 30 condôminos insatisfeitos que viram o sonho da moradia desapa- recer e costurava acordos com cada um deles. Então a MB nasceu voltada para o cliente insatisfeito e o fazia ficar satisfeito. Ela construiu isso, revertendo expectativas, o que não é uma coisa fácil. Em São Paulo, o sistema de atendimento ao clien- te da Company é muito bom. Eu diria que lá é melhor do que o da Brascan – é sistemático. Ao longo dos anos, descobriram uma maneira de fazer isso muito bem. Então, acho que é possível implantar isso nas três. Só para dar um exemplo: em termos de satisfa- ção e qualidade, não tem ninguém que faça melhor, é a experiência da empresa. Nunca atrasaram uma obra e nunca estouraram o orçamento. Isso é uma coisa bastante rara no setor. Também nunca tiveram queixa no Procon, de compradores insatisfeitos. A fusão dessas três empresas gera uma nova cul- tura, uma nova empresa, aproveitando as melhores aptidões de cada uma. Por exemplo, estamos começando a analisar a forma de operar de cada unidade, e certamente vamos descobrir que uma tem um sistema de monitoramento de obras melhor que as “ outras duas, enquanto que outra vai ter melhor relacionamento com fornecedores de produtos side- São três histórias de sucesso. A Brascan tem 30 anos de existência; a Company, 26 anos, e a MB tem 22 anos, isto é, são empresas com experiência de mercado. ” Centro-Oeste vai ser a estrutura originária da MB. E a espinha dorsal da operação em São Paulo será a estrutura da Company, porque é uma empresa qua- prédios de quatro andares sem elevador e outra para construir prédios de 30 andares etc. Uma das coisas que o Walter (Lafemina) vai fazer é descobrir qual é a melhor prática, técnica, tecnologia ou sistema para determinada atividade entre as três empresas, estabelecendo aquilo como padrão da nova empresa. A gente está criando uma nova empresa”. PERSPECTIVA PARA 2009 “Acredito que a perspectiva para o Brasil é crescer se duas vezes maior em São Paulo do que a Brascan. 2,5%, e nosso mercado (imobiliário) crescer de 5% a negócios de uma empresa única e integrada”. sem qualquer demérito ao candidato republicano Mas não são três subsidiárias, são três unidades de SOMATÓRIO DE EXPERIÊNCIAS “São três histórias de sucesso. A Brascan tem 30 anos de existência; a Company, 26 anos, e a MB tem 18 BRASCAN&VOCÊ rúrgicos, uma melhor tecnologia para construção de 22 anos, isto é, são empresas com experiência de mer- cado. Elas não teriam sobrevivido esse tempo, com sucesso, se não estivessem voltadas para satisfazer o cliente. Por exemplo, a MB cresceu muito pegando as 10%. A eleição do Barack Obama, se for eleito* – isso John McCain, uma pessoa de um caráter excepcional – representa mudança. O mundo está precisando de alguma mudança, e os Estados Unidos, prin cipalmente. Isso talvez vá fazer com que a gente fique na parte superior, talvez mais próximo de um crescimento de 10% para o setor imobiliário e 3% para o Brasil, ao invés de 2% para o Brasil e 4% para o setor imobiliário. Pode parecer pouca a diferença, mas não é”. *A entrevista foi feita às vésperas da eleição norte-americana, que deu a vitória ao candidato democrata, Barack Obama. Sustentabilidade e economia em CONDOMÍNIOS C por Pedro Argemiro oleta seletiva de lixo, uso racional de água e de energia elétrica, em- prego de tecnologia avançada para segurança pessoal e patrimonial de condomínios, aproveitamento da água da chuva ou reúso. Conceitos como esses soam cada vez mais familiares aos síndicos e administrado- res de condomínios e de edifícios residenciais e comerciais espalhados pelo país e são resultado de uma constatação: sua aplicação e gestão eficiente significam mais economia, proteção ao meio ambiente e melhoria da convivência e do bem-estar dos condôminos. Por tudo isso, trata-se de uma tendência que vem atingindo um número cada vez maior de condomínios, principalmente os lançamentos. “Com os níveis de so- fisticação observados nos empreendimentos hoje em dia, o custo das taxas de foto Dario Zalis condomínio acabam aumentando muito. Por isso, há essa tendência de optar por alternativas que reduzam os custos” relata César Thomé Junior, diretor presidente da BAP Administração de Bens, empresa com 35 anos de atuação no mercado imobiliário, responsável pela administração de 384 condomínios no Rio de Janeiro, que representam mais de 25 mil imóveis. Em São Paulo, o poderoso Sindicato da Habitação, o Secovi-SP, multiplica, a cada dia, o número de exemplares dos oito manuais que já publicou sobre o tema, em edições ampliadas ou revisadas, distribuídos em eventos de que participa ou vendidos a interessados na biblioteca da entidade, no bairro paulistano de Vila Mariana. “Em relação à coleta seletiva, por exemplo, é preciso difundir ainda mais a sua importância, pois os lixões não suportam mais. É necessário que isso se torne um costume”, afirma o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara. Faz sentido. Uma das publicações do Secovi, o Manu- al da coleta seletiva, traz uma informação do IBGE, segundo a qual só a cidade de São Paulo produz seis milhões de toneladas por ano das 46 milhões de toneladas anuais geradas no Brasil. Ou seja, é lixo suficiente para encher em apenas uma semana um estádio de futebol do porte do Morumbi. ilustração Dandalo Gabrielli “Há essa tendência de optar por alternativas que reduzam os custos” relata César Thomé Junior, diretor presidente da BAP Administração de Bens, empresa com 35 anos de atuação. idéias finanças Racionalização de custos e preservação ambiental O síndico profissional contratado da Brascan-RJ, Marcus Gomes, reforça o debate. Para ele, atitudes inovadoras permitem, entre outros fatores, a racio- nalização de custos e a preservação ambiental. “No caso da água e da energia elétrica, por exemplo, hoje existem soluções tecnológicas que trazem economia para os condomínios. São lâmpadas mais econômicas, utilização racional de elevadores etc. No caso da água, a utilização de caixas de reúso para o reaproMarcus Gomes (ao lado), síndico profissional defende o uso racional de elevadores e caixas d'água que reaproveitam a água da chuva para diminuir custos condominiais. Abaixo, manuais que ajudam na administração de recursos. veitamento de água da chuva é uma solução que a cada dia encontra mais adeptos”, observa Marcus. Formado em Contabilidade e estudante de Direito, ele atua na função de síndico nos empreendimentos da Brascan desde 2004 e, entre os empreendimentos que administra atualmente, está o Praia de Itaúna que já conta com sistema de captação de águas pluviais para reúso. Em sintonia com a legislação e as novas tendências Ainda em 2008, o Secovi está lançando o Manu- al de protesto de encargos de condomínios, com esclarecimentos sobre a Lei 13.160/2008, que permite o protesto, em território paulista, de boletos de condôminos inadimplentes, como já ocorre na maioria dos riais –, a redução no consumo, e conseqüentemente nas contas, pode chegar a até 15%. O Secovi, que representa 40 mil condomínios re- sidenciais e comerciais e 4,5 mil administradoras em todo o Estado de São Paulo, vem formando um ver- da Brascan, Marcus Gomes, lembra que uma gestão inovadora inclui, também, estar antenado com as modificações na legislação para evitar, por exemplo, que a inadimplência se torne um valor de difícil cobrança. Em relação à segurança – tema que no Rio de Ja- mente, são dotados de sistemas de controle de perí- em 2000, já na terceira edição. Depois vieram os manuais de Como contratar observa que os condomínios da Brascan, normalmetros, como emissores de luz infravermelha capa- zes de disparar alarmes em casos de invasão, entre outros equipamentos de proteção patrimonial. No caso da água, a utilização de sistemas de lei- uma administradora, de Incêndio, de Segurança pa- tura individual em condomínios é outra tendência É importante ressaltar que a relação custo-bene- da água e do Uso racional de energia elétrica. Além sa a ter consciência de quanto consome e acaba por ba beneficiando o condomínio, conforme já observa- tabilidade em condomínios, que apresentará aos sin- Excelente relação custo-benefício fício para a implantação dos diversos sistemas acado pelo diretor-presidente da BAP Administração de Bens. Embora ressalte que cada caso é um caso, ou seja, cada prédio ou condomínio tem sua particula- ridade, César Thomé Junior diz que no caso da água, trimonial, do Gás natural canalizado, do Uso racional disso, está em preparo no Secovi o Manual de sustendicalizados o conceito de “prédios verdes” ou ecologi- camente corretos, mas o próximo lançamento focalizará o terreno jurídico, na esteira de uma lei sancionada em julho pelo governador paulista José Serra. locais mais sujos e usar regador ou esguicho para molhar plantas e jardins. Quanto ao uso racional de ener- listas consultados nesta reportagem os condomínios para outras prioridades. O síndico Manual de coleta seletiva, já foram editados outros exemplares –, o primeiro deles o Manual do síndico, nas áreas externas, utilizar balde com esfregão nos esse tipo de protesto, o que, de certa forma, libera neiro é sempre uma preocupação – Marcus Gomes sete manuais – todos com tiragem inicial de 30 mil pa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque e, gia elétrica – terceiro item de despe- dadeiro compêndio de como administrar condomí- nios e prédios com economia e eficiência. Além do 22 BRASCAN&VOCÊ fotos Dario Zalis de um condomínio, atrás apenas dos encargos sala- não acionar a descarga à toa, juntar bastante rou- estados brasileiros. No Rio de Janeiro, uma lei estadual já permite por exemplo – o segundo item mais dispendioso não usar o vaso sanitário como lixeira ou cinzeiro e que vem sendo empregada, pois cada morador pasreduzir o volume, permitindo, ainda, mais justiça na cobrança: um casal, por exemplo, não paga o mesmo valor de uma família maior. É preciso não esquecer, também, que pequenas mudanças de hábito resultam em grandes econo- mias. Por exemplo: não tomar banhos demorados, sa de condomínios – os três especia- alertam para a eliminação de desper- dício e para a introdução de tecnolo- gias que aumentem a eficiência da energia. No primeiro caso, a conscien- tização dos moradores é fundamental, enquanto, no segundo, há a necessidade de investimentos, seja para a substitui- ção de equipamentos ou para a implan- tação de novos dispositivos. É o caso, por exemplo, dos sensores de presença, que acionam a iluminação ao detectar a presença de alguém ou algo em movimento. Enfim, são muitas as ações que permi- tem economia e melhoria da gestão ad- ministrativa. O sucesso das iniciativas cer- tamente será percebido pelos administradores e síndicos entre os próprios condôminos. “Existem condomínios onde o dinheiro arrecadado com a coleta de latas de alumínio, na coleta seletiva, é investido em melhorias ou em estímulo para os empregados, melhorando sua convivência com os condôminos e inquilinos”, lembra o diretor presidente da BAP, César Thomé Junior. um sofisticado encontro com a natureza Gávea Green O Na página ao lado, o Gávea Green com a Pedra da Gávea ao fundo. O projeto, assinado por Afonso Küernez, valoriza a integração com a natureza. Ao alto, vista frontal da fachada onde destacam-se os terraços escalonados: originalidade. Ao lado, detalhe da fachada. projeto do Gávea Green Residencial teve como principal inspiração um dos pontos mais surpreendentes da cidade do Rio de Janeiro, a beleza natural. Instalado no bairro de São Conrado, o edifício de 16 pavimentos foi projetado para se integrar com a natureza: suas linhas arquitetônicas seguem a sinuosidade das montanhas locais em clara referência aos contornos da Pedra da Gávea. O projeto de arquitetura, assinado por ser desfrutada. Os andares superiores do edifício foram dotados de terraços escalonados, propiciando a várias unidades um luxuoso espaço com piscina e salões com bay windows de onde se aprecia o mar e a montanha. Visto desde a Praia de São Conrado, o conjunto arquitetônico destaca-se na paisagem por sua beleza e originalidade. ilustrações divulgação Brascan Afonso Küernez, é arrojado. Das amplas varandas, toda a beleza do entorno pode Rua Armandino de Carvalho, 201 São Conrado – Rio de Janeiro projetos construção notas notícia Todas as unidades do Gávea Gre- talado em uma área de mais de 5.600 amplos espaços. São apartamentos de piscinas adulto e infantil, SPA, sauna en Residencial foram projetadas com três, quatro ou cinco suítes, com áreas de 473 a 617 metros quadrados e qua- tro vagas de garagem e uma cobertura duplex de 1.220 metros quadrados com seis vagas de garagem. As va- randas são a um só tempo espaço de contemplação e de confraternização, com área adequada para a instalação de ambientes de convivência. Todos os A sala (abaixo) revela um dos pontos altos do projeto: os amplos espaços internos. Abaixo, um dos quartos do Gávea Green: acabamentos de alta qualidade. Ao pé da página, a vista aérea de São Conrado, local onde o empreendimento está sendo implantado. apartamentos possuem vista deslum- brante para o mar, a Pedra da Gávea e a vapor, sauna seca, hidromassagem, praça de contemplação, lounge para festas, salão teen, recreação infantil, espaço para relaxamento, open bar, gazebo, deck molhado, pérgula, fitness e sala para alongamento. O sistema integrado de segurança, com circuito interno de TV, guarita e tecnologia de ponta, garante tranqüilidade aos mo- Outro ponto alto do Gávea Green Residencial é a localização privile- lidade dos materiais e acabamentos praia e lado a lado com o Golf Club, previstos tanto para os apartamentos quanto para as áreas comuns. Os es- paços de lazer são uma atração à parte neste empreendimento que está ins- O ator Daniel de Oliveira ganhou o Prêmio Redentor por sua atuação em "A Festa da Menina Morta", de Matheus Natchtergaele. radores. o Gávea Green Club. O luxo do projeto estende-se à qua- No balanço do Festival do Rio metros quadrados e que conta com giada. Além de estar de frente para a O Rio de Janeiro respirou cinema entre os dias 25 de setembro e 09 de outubro com a temporada de filmes do Festival do Rio que contou com o apoio da Brascan Residential Properties. Esta edição apostou na diversidade: foram exibidos desde longas-me- tragens inéditos de diretores consagrados até pérolas cinematográficas que provavelmente não terão uma segunda chance em nossas telonas. Mais de 300 mil espectadores abrigados em 30 locais da cidade entre cinemas oferece a comodidade de ter um dos e lonas culturais puderam assistir a 350 filmes de mais de 60 países, distribuídos mais sofisticados shoppings da cidade por 20 mostras nos 15 dias de Festival, segundo dados oficiais da organização do e um supermercado a poucos metros festival. Os números da temporada mostram a importância de um evento como de distância. este não só para os amantes da Sétima Arte, que o esperam ansiosamente, a cada ano; mas para a cidade e o país. O histórico cinema Odeon, na Cinelândia, na região do centro do Rio, um dos ALGUMAS PRODUÇÕES PREMIADAS pontos de encontro do público com o Cinema Nacional, por ser o local de exibi- ção dos filmes da Mostra Première Brasil (a coisa nossa), foi também o palco da premiação no último dia do Festival. O longa-metragem “Se nada mais der certo”, voto popular de José Eduardo Belmonte, arrematou os prêmios de melhor longa-metragem Melhor longa ficção – “Apenas o Fim”, de Matheus Souza de ficção e melhor atriz (Caroline Abras) que, este ano, foi presidido por Wieland Melhor longa documentário – “Loki, Arnaldo Batista”, de Paulo Henrique Fontenelle Speck e composto pela atriz Camila Pitanga, o fotógrafo J. Duran e Lita Stantic. O júri oficial morta, recebeu o Troféu Redentor pela atuação de Daniel de Oliveira. ator Matheus Nachtergaele fez bonito em sua estréia no papel de diretor. Além de levar para casa o troféu de melhor direção em ficção, seu filme, A festa da menina ilustrações divulgação Brascan Melhor longa ficção – “Se nada mais der certo”, de José Eduardo Belmonte Melhor longa documentário – “Estrada real da cachaça”, de Pedro Urano Melhor direção (ficção) – Matheus Natchtergaele (por “A festa da menina morta”) Melhor direção (documentário) – Helena Solberg (por “Palavra (En)cantada”) Melhor ator – Daniel de Oliveira (por “A festa da menina morta”) Prêmio Especial do Júri – Jards Macalé (por “Um morcego na porta principal”, de Marco Abujamra, co-direção de João Pimentel) Melhor filme da Mostra Geração – “Somos todos diferentes”, (Taare Zameen Par), de Aamin Khan foto divulgação 26 BRASCAN&VOCÊ Melhor atriz – Caroline Abras (por “Se nada mais der certo”) Quem vai à Paraty pela primeira vez, despede-se já pensando em voltar. Quem nunca foi, saberá agora o que está perdendo. História, Cultura, Geografia e Arquitetura confirmam por que Paraty tem tanto lugar de destaque no cenário nacional. Do Rio de Janeiro ou de São Paulo, a distância pode até não ser muito curta, mas está longe de ser uma desculpa para se deixar de ir conhecer o município que, não por acaso, acredite, é Monumento Nacional. por Sol Mendonça fotos Filico BRASCAN&VOCÊ PARATY banho de mar, História e Cultura para todos A beleza natural e a construída pelo homem Na década de 1970, com a construção da Rio–Santos onde as cores azul e verde predominam. econômico local: o do Turismo. Os outros foram o da são parceiras de uma mesma paisagem No Centro Histórico, as residências e casas comerciais convivem harmônica e respeitosamente e formam um conjunto arqui- tetônico que, em 1966, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). (BR-101), Paraty conheceu o início do quarto ciclo Cana-de-açúcar, o do Ouro e o do Café que terminou no fim do século XIX, com a construção da estrada de ferro que passou a ligar diretamente São Paulo ao Rio de Janeiro, o que fez com que o Porto de Paraty deixasse de receber a mercadoria do alto Vale do paisagens artE Paraíba. Nesse momento, a região sentiu a derrota nou passagem obrigatória para que as mercadorias em busca de uma vida melhor. ro chegassem até São Paulo. O Caminho do Ouro ga- econômica, e a população precisou deixar a cidade Durante quase um século, a cidade esteve aban- donada e esquecida, mas há quem garanta que esse fator ajudou Paraty a manter resguardados as tradições culturais, a arquitetura original e os esconderijos naturais. Sorte a nossa. PARA CHEGAR LÁ Partindo de São Paulo, são 320 quilômetros, e, vindas da Europa e trazidas de barco do Rio de Janei- nhou a História, servindo de passagem para que as nossas riquezas fossem enviadas para Portugal, no século XVIII, e por onde, mais tarde, o café produzido no Vale do Paraíba paulista chegasse até o Rio de Janeiro de onde também seria exportado. PERCORRENDO A HISTÓRIA A PÉ Não economize em sola de sapato nem em ba- pela Rodovia Presidente Dutra, a viagem é bem tran- tata da perna e explore pra valer os 31 quarteirões pegar a estrada RJ-155, que passa por Rio Claro e Lí- que o margeiam, são oito ruas, no sentido norte-sul, qüila. Na altura de Barra Mansa, vire à direita para dice, tomando cuidado para não errar a entrada e ir parar em Passa Três ou Bananal. De Barra Mansa ao entroncamento da RJ-155 com a Rio–Santos, são 80 quilômetros; e até Paraty, são mais 85. Pelo litoral, também se chega lá: pela Nova Dutra, pode-se, por exemplo, seguir até São José dos Campos e descer pela Rodovia dos Tamoios até Caraguatatuba, pas- sando por Ubatuba até chegar a Paraty ou esticar até Angra dos Reis. O motorista que parte do Rio de Janeiro deve pegar a Rio–Santos e dirigir os 236 quilômetros por uma estrada que não é tão incrível quanto a paisagem, mas vale a pena relevar a buraqueira e tentar se concentrar no mar e nas montanhas até cruzar as correntes que isolam o centro histórico. Localizada na Baía da Ilha Grande, Paraty faz par- te de uma região conhecida como Costa Verde. Como é uma baía fechada, cercada de ilhas e penínsulas, passeio de barco em Paraty é programa bom até para quem costuma enjoar em alto-mar. São cerca de 50 ilhas e uma centena de praias a serem exploradas. Algumas ilhas, como a do Catimbau e do Algodão, contam, ainda, com bons restaurantes. E a cozinha paratiense é prá lá de especial: com seus bons produtos da terra (e do mar, claro) e talento para trans- do Centro Histórico de Paraty. Contando com as ruas e sete, no sentido leste-oeste. Em uma ou duas voltas completas, equilibrando-se sobre os famosos pés- de-moleque, já se está íntimo da cidade. Não tenha preguiça de andar e investigar a história dos lindos sobrados. Leia as placas e pergunte. Lá, todo mundo é um pouco guia, talvez por amor à cidade. Em sua quase totalidade, a arquitetura do Centro Histórico, bem homogênea, dos séculos XVIII e XIX é colonial, mas com muitas influências, o que deu origem, in- clusive, ao estilo colonial brasileiro, segundo conta o guia turístico Renan Jesus Pinto da Silva, um dos mais conhecidos e respeitados da cidade. Renan cita, por exemplo, o caso do telhado que, no colonial origi- nal, era aparente sem beiral e, no colonial brasileiro, ganhou telha escorrendo para fora da parede para auxiliar o escoamento da água das chuvas. O vidro foi trazido pelos portugueses que preteriram (proibiram) as treliças de madeira para beneficiar os in- gleses, produtores de vidro. “Foi um golpe comercial”, diz Renan. Na página ao lado, as águas calmas da Baía da Ilha Grande, ideais para passeios de barco até para medrosos; caminhando pelos pés-de-moleque do Centro Histórico (acima) encontram-se exemplares da culinária caiçara, como fartos camarões (ao lado), e da arquitetura com características coloniais como, por exemplo, portas com treliças de madeira (à esquerda). formá-los em saborosos tesouros da boa mesa. CICLOS ECONÔMICOS rece no final do século XVI, quando a expedição de Martim Afonso de Sá chegou do Rio de Janeiro e, partindo de Paraty, levou três mil homens aprisionados, entre índios e soldados, para explorar uma trilha aberta pelos índios Guaianás (supostamente os primeiros habitantes da região). Esta trilha se tor- 31 BRASCAN&VOCÊ Há divergências sobre a data de fundação da ci- dade, mas o primeiro registro do nome Paraty apa- paisagens arte Apenas dois exemplares apontados pelo guia turístico Renan Jesus Pinto da Silva fogem à regra: o Sobrado dos Bonecos, em estilo neoclássico, e um outro sobrado em estilo eclético, ambos na Rua do Comércio. O Sobrado dos Bonecos chama a atenção por sua telha de porcelana pintada. É um dos mais novos do conjunto arquitetônico. Note que as casas têm seus meios-fios um pouco acima do nível da rua: é que quando a maré sobe, a água invade as ruas do Centro Histórico, mas não as casas. Segundo relato dos moradores, quando o Cen- tro Histórico fica alagado, os caiaques e canoas são o único meio de transporte possível. A cidade está pre- parada, não há razão para excesso de preocupação, mas é importante prestar atenção onde seu carro vai ficar estacionado, porque alguns locais enchem bem mais do que outros. INFLUÊNCIAS MAÇÔNICAS Com um pouquinho de atenção, você vai reparar que a arquitetura paratiense recebeu uma forte in- fluência da Maçonaria. No princípio do século XVIII, durante o Ciclo do Ouro, muitos maçons vieram mo- Andando pela cidade, você verá que ateliês de arte e artesanato locais estão espalhados por toda parte. Nas lojinhas, há muito objeto com cara de “feito pra turista”, mas muita coisa criativa e de bom gosto também. Pesquise, anote o nome da rua e per- gunte bem o horário de funcionamento da loja em que você achou aquela colcha maravilhosa, para não correr o risco de voltar lá e dar de cara na porta. Visite a Casa de Cultura, na Rua Dona Geralda. No rar em Paraty e fundaram a Loja Maçônica “União e segundo andar, há uma exposição permanente bas- cunhais de pedra lavrada que formam um triângulo pendem objetos de artesanato regional e, em torno Beleza”. Note que todas as esquinas possuem três imaginário e, supõe-se, representariam “Deus”. Muitos sobrados possuem duas faixas verticais com desenhos geométricos que representam símbolos da Maçonaria. Na Rua da Praia, há um sobrado exemplar que, em 1974, foi reformado pelo proprietário 32 BRASCAN&VOCÊ ARTE, COR E ARTESANATO da fábrica de brinquedos Estrela, Cornelius Vogelar. Dizem que os maçons influenciaram, inclusive, o tra- tante interessante sobre a História de Paraty. Do teto, de toda a sala, o visitante percorre uma exposição fotográfica de Bruno Veiga com retratos de paratienses de todas as épocas. Ao lado de algumas fotos, há um fone onde se podem escutar depoimentos do fo- tografado sobre a vida, os costumes e as aventuras vividas na cidade. No Morro do Forte, além de conhecer o Forte De- çado da malha urbana com suas esquinas desencon- fensor Perpétuo, construído em 1703 para defender do Sol e para ventilar os pátios internos das casas. A Casa da Pólvora e o Centro de Artes e Tradições Po- tradas: isso para melhor distribuir a ação do vento e cor azul-hortênsia presente nas casas desse período também seria uma característica simbólica. a cidade contra invasores, aproveite para conhecer a pulares de Paraty. A andada até lá é para cima, mas a vista é linda, linda. Na página ao lado, os dois únicos exemplares em Paraty que fogem do estilo Colonial: ao alto, à esquerda, os beirais de porcelana do Sobrado dos Bonecos: estilo Neoclássico. À direita, o único exemplar em estilo Eclético. Na foto maior, um sobrado maçônico. Acima, o quartel da Patitiba. Ao lado, a Casa da Cultura onde há uma exposição permanente sobre a cidade. paisagens arte explore com os olhos os encantadores recantos lo- cais. Hoje, há muitas agências de turismo e marinas que alugam saveiros e lanchas, mais confortáveis e rápidas. Pra quem gosta de andar, há também muitas trilhas que vão dar em paradisíacas cachoeiras Ao lado, a igreja de Santa Rita, a mais antiga da cidade, construída em 1722. Abaixo, à direita, a de Nossa Senhora do Rosário que era destinada aos negros escravos que ajudaram a construí-la. Abaixo, a torre da Matriz: reforma em 2008 com ajuda do governo federal. No pé da página, a de Nossa Senhora das Dores, de frente para a Baía de Paraty. ou praias escondidinhas: Praia do Sono, Ponta Negra e Antigos (Grande e Pequeno) são algumas delas. Hoje, a BR 101 já chega a Trindade por uma estradi- nha e é muito procurada para a prática de esportes náuticos. Há pousadas, restaurantes e bares, e o público é bem jovem. Vale a pena! VISITA AO CAMINHO DO OURO Os primeiros habitantes de Paraty usavam uma trilha para ligar as aldeias de Paraty e do Vale do SE QUISER FALAR COM DEUS Quatro igrejas merecem destaque pela história, importância e detalhes arquitetônicos. A de Santa Rita é hoje a mais antiga da cidade, construída em 1722 pelos pardos libertos. Ali funciona também o Museu de Arte Sacra de Paraty, sob os cuidados do Iphan. Fica ao lado da antiga Cadeia Pública onde outrora funcionou o Quartel da Patitiba e hoje abriga o Instituto Histórico e Artístico e a Biblioteca Municipal. Na Praça da Matriz, está cravada a imponente Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios (a ter- ceira já construída) que, viva!, está passando por sua maior reforma interna e externa com apoio do gover- governo investiu e melhorou o caminho, ligando-o a São Paulo e às minas da região. Por este caminho, as riquezas produzidas nas Minas Gerais eram leva- das para o Porto de Paraty e enviadas para Portugal passando antes pelo Porto do Rio de Janeiro. Por este caminho, mais tarde, o café produzido no Vale do Paraíba era levado ao Rio de Janeiro, durante o Ciclo do Café. Hoje só existem 12 quilômetros desta estrada e o passeio só é permitido com a ajuda de um guia turístico. ÉPOCAS DE FESTA Tradição das tradições, a Festa do Divino Espírito no federal. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, no Santo, em maio, ainda mantém sua primitiva forma igrejas de Paraty, nos altares de São Benedito e São em seu respeitado Dicionário do Folclore Brasileiro. Largo do Rosário, possui a mais importante talha das João Batista. Construída em 1725, foi destinada aos negros escravos que ajudaram a construí-la. A Igreja de Nossa Senhora das Dores, dedicada aos Santos da Paixão, na Rua Fresca, tem vista para a Baía de Para- ty. Repare no rendilhado das sacadas internas. E, por tal qual a descrita pelo historiador Câmara Cascudo Vai ver que é por isso que atrai, todos os anos, milha- res de fiéis locais e de outras partes do país e, será, no que depender dos esforços do Iphan, patrimônio imaterial cultural do Brasil. Criada em 2003, a FLIP (Festa Literária de Paraty), fim, se você escolher o feriado da Semana Santa para na sua sexta edição, já é considerada um dos eventos Passos da Paixão em funcionamento, pequenos alta- e da leitura se reúnem na primeirinha semana de conhecer Paraty, terá a sorte de ver abertos um dos res que são abertos somente nesse período durante a procissão da Sexta-feira Santa, o dia inteiro. ALÉM DAS CALÇADAS DE PÉS-DE-MOLEQUE BRASCAN&VOCÊ Paraíba. Mais tarde, em meados do século XVII, o Em 1972, foram criados o Parque Nacional da Ser- ra da Bocaina, as Áreas de Preservação Ambiental Cairuçu e Tamoios e a Reserva Ecológica da Joatinga, para preservar o que a gentil Natureza nos concedeu. Nada impede que o turista faça passeios de barco ou de maior importância na cidade. Amantes do livro julho para conversar sobre processo de criação, ver de perto seus ídolos literários nacionais e interna- cionais, se inteirar dos lançamentos e participar de workshops, mesas-redondas, debates e outros eventos das letras. Para as crianças, tem a Flipinha e, pa- ralela à Flip, foi criada a OffFlip, voltada para dar vi- sibilidade aos escritores e artistas locais. Em agosto, os amantes de aguardente podem se deliciar no Festival da Pinga e, em outubro, a cidade abriga o festival internacional de fotografia Paraty em Foco. Na Semana da Festa do Divino Espírito Santo (acima), a cidade se enfeita toda e recebe milhares de fiéis locais e provenientes de todas as partes do Brasil: a festa pode ser patrimônio imaterial cultural do país. Ao lado, um barquinho de um artista local enfeita a janela de um restaurante: o artesanato de Paraty está à venda no Centro Histórico. O Acquare Campo Belo foi idealizado para ser uma referência em qualidade de vida em pleno coração de São Paulo. Com uma torre instalada em um terreno de mais de 3.600 metros quadrados, o empreendimento prevê moradias espaçosas e modernas; e áreas de lazer cheias de surpresas, com luxos compatíveis com as exigências contemporâneas. Acquare Campo Belo se viver em um bairro tranqüilo, mas cercado de toda a infra-estrutura que uma cidade como São Paulo tem a oferecer. Instalado em uma re- Rua Xavier Gouveia, 265 Campo Belo – São Paulo gião abastecida por restaurantes, escolas, supermercados, bares e sho- ppings, o Acquare Campo Belo tem projeto arquitetônico assinado pela Königsberger Vannucchi. duplex, em um total de 112 amplas moradias. Para permanente conforto das residências, são apenas quatro unidades por andar que é abastecido com um ele- vador para cada dois apartamentos. As coberturas contam com quatro vagas de garagem, e os apartamentos, com três vagas e um depósito privativo. ilustrações divulgação Brascan O condomínio foi projetado para oferecer aos moradores a experiência de São 28 pavimentos nos quais estão distribuídos apartamentos e coberturas A planta prevê quatro dormitórios para cada unidade, sendo duas suítes nos apartamentos e quatro nas coberturas. Os apartamentos possuem 154 metros quadrados, e as coberturas, 270 metros quadrados. Ao comprar o apartamento na planta, o futuro morador pode optar por personalizá-lo, já que é oferecida a pos- sibilidade de transformá-lo em uma moradia de três quartos com sala ampliada e copa-cozinha. Três momentos diferentes do empreendimento em estilo contemporâneo. Na página ao lado, a torre instalada em um terreno de 3.600 metros quadrados. Detalhes mostram o bom gosto presente em áreas comuns (ao alto) e nos amplos espaços internos (acima). projetos construção As áreas comuns são uma atração à parte, com uma vastíssima gama de op- ções, oferecendo mais de 25 espaços de lazer para toda a família. O cuidadoso projeto paisagístico é assinado por Luciana Maragliano Rangel e Lili Maragliano e poderá ser desfrutado pelos moradores em recantos como o Green Garden, além de permear todo o projeto arquitetônico. Redário, praças (Aqcua e da Fogueira), churrasqueira e forno de pizza prometem acrescentar mais encanto à vida ao ar livre. Três diferentes piscinas – infantil; com borda infinita e prainha; e coberta com raia semi-olímpica – contemplam usos distintos: do lazer à prática esportiva. Quadra de squash, fitness center, ofurô, sala de massagem, sala de repouso, spa com hidromassagem e saunas seca e a vapor complementam os espaços voltados para o bem-estar. Crianças e jovens são presenteados com ambientes encantadores como o playground com casa do Tarzan, a brinquedoteca, o salão infantil e a ilustração divulgação Brascan Com apenas quatro unidades por andar e 28 pavimentos, o empreendimento conta um total de 112 amplas moradias, entre apartamentos e coberturas duplex (abaixo). lan house com game station. A diversão dos adultos também foi prevista em de- talhes e, por isso, o condomínio oferece home cinema, salão de jogos adulto com lounge, espaço gourmet e salão de festas adulto. O moderno sistema de segurança prevê guarita blindada, clausura nos acessos de entrada, segurança perimetral, circuito fechado de TV digital e monitoramento remoto de alarme, fazendo do Acquare Campo Belo um condomínio completo. Festas e mais festas e você anda em busca de algo especial para acarinhar àqueles a quem quer bem? Então, por que não pensar na possibilidade de pôr literalmente a mão na massa para presentear seus convidados, anfitriões ou amigos? No meio de uma sociedade que corre veloz em direção ao consumo, não há como não dar valor a um presente feito pelas próprias mãos de quem o oferta. Um sabor de presente! Q por Maria Helena Esteban fotos Dario Zalis uando falamos de iguarias comestíveis, então... Qualquer um é capaz de, instintivamente, reconhecer o poder reconfortante do alimento. Le- vamos para toda a vida sabores da infância, temperos diferentes provados em viagens, a lembrança daquela receita caseira que – ao que parece – ninguém mais no mundo é capaz de realizá-la como nossas avós ou mãe. O seu presente pode entrar, também, na lista de sabores inesquecíveis. Para colher sugestões, consultamos alguns profissionais de peso da área gas- tronômica. O interessante é que muitos deles indicam receitas que os acompanharam por toda a vida, que carregam com elas uma deliciosa carga afetiva. A jo- vem chef Ludmilla Soeiro, conhecida por sua criatividade e ousadia no restaurante Zucca, no Leblon, sugere embalar para presente uma tradicional rosca natalina, quitute que viu sua mãe fazer ano após ano quando dezembro se aproximava. Ecio Cordeiro de Mello, que serve festas badaladas no eixo Rio, São Paulo, Salvador, em seu ofício não bebe exatamente da fonte das receitas tradicionais. Ele que gosta de surpreender, quando chega a hora do Natal, sabe que a festa não estará completa se não entrar em cena a torta de nozes de família. Então, o ritual se repete e a receita da mãe é seguida à risca. Outra que foi buscar em suas memórias uma surpreendente forma de presentear é Kitty Assis, há 30 anos dedicada à área gastronômica e que recentemente lançou o livro Viajando na Cozinha – dicas, tru- 38 BRASCAN&VOCÊ ques e receitas, pela editora Senac. Os encantadores biscoitinhos com especiarias que aprendeu a fazer com a avó enchem os olhos e podem ser usados inclusive como decoração em árvores, guirlandas e centros de mesa. O simbolismo da data é explorado ainda por Ana Helena Brabará do bufê carioca Oficina de Gastronomia. Ela aposta no formato de estrela para deixar o bolo com cara de presente na- talino. Já o paulista Sérgio Arno, do restaurante La Pasta Gialla, explora a tradição do panetone para com ele recriar outro sabor tradicional italiano: um tiramissú. Confira as indicações e resista se for possível! taças talheres Rosca de Natal por Ludmilla Soeiro Restaurante Zucca INGREDIENTES Massa 4 tabletes de fermento fresco Biscoitinhos com especiarias Decore cada biscoitinho com por Kitty Assis açúcar de confeiteiro colorido sobre INGREDIENTES (60 biscoitinhos) 250g de mel ligeiramente aquecido 250g de manteiga 3 ovos inteiros 3 cravos-da-índia moídos 2 colheres (sopa) de canela em pó 1 colher (chá) de gengibre em pó simplesmente cobrindo e salpicando eles, ou fazendo contornos ou pequenos desenhos. Volte com os biscoitos para o forno pré-aquecido a uma temperatura muito baixa (70ºC, aproximadamente) para que sequem. Dica Os biscoitinhos podem ser guardados imaginação e paladar para criar a 3 colheres (sopa) de açúcar Finalização 1 tablete de margarina 3 colheres (sopa) de óleo 2 ovos inteiros 1 colher (café) pequena de sal Farinha de trigo (o suficiente para dar liga) Recheio 100g de manteiga 6 colheres (sopa) de açúcar Nozes, passas, castanhas, damascos e cerejas a gosto Finalização combinação de frutas. Abra a massa com o auxílio de um rolo, coloque no meio o recheio e, em seguida, enrole como um rocambole ou ao comprido. Unte um tabuleiro ou forma de pudim e disponha nele a rosca. Antes de levar ao forno, polvilhe a rosca com açúcar cristal. Coloque para assar em forno médio, até que esteja dourada. Manteiga (para untar) Açúcar cristal (para polvilhar) Tiramissú de panetone Merengue italiano PREPARO por Sergio Arno Em uma tigela, primeiro misture todos por Kitty Assis um copo de leite quente. Em seguida, INGREDIENTES trigo) e depois vá acrescentando a INGREDIENTES o óleo e misture bem. Espere esfriar 5 claras de ovo a massa até que ela desgrude da 250g de açúcar 1 colher (sopa) de sal amoníaco (dissolvido em duas colheres de água) 1 kg de farinha de trigo PREPARO os ingredientes (menos a farinha de farinha aos poucos. Então, trabalhe superfície de trabalho. Deixe a massa descansar por uma hora. 40 BRASCAN&VOCÊ merengue italiano (ver receita), 1 copo de leite quente em um recipiente fechado por até 30 dias. 5 claras 100 ml de água Abra a massa com um rolo e, com PREPARO biscoitos no formato desejado. Em Dissolva o açúcar na água e, no fogo, o auxílio de um molde, corte os um tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha de trigo arrume os biscoitos e coloque para assar. Quando estiverem assados, retire do forno e deixe esfriar. Bata as claras em ponto de castelo. transforme em ponto de bala mole. Em seguida, vá adicionado a calda, aos poucos, às claras com a batedeira em movimento médio, até o merengue esfriar. Massa Dissolva os tabletes de fermento em acrescente a margarina, o açúcar, e e adicione os ovos inteiros e o sal. Então, vá jogando farinha de trigo até o ponto de fazer uma bola meio mole. Coloque para descansar em um lugar escuro e quente, cobrindo com um pano. Deixe crescer por cerca de uma hora. Recheio Prepare o recheio misturando a manteiga com o açúcar e depois acrescentando as frutas de sua preferência. Você pode usar sua Restaurante La Pasta Gialla Creme 3 colheres (sopa) de açúcar 2 e 1/2 (copo americano) de creme de leite 400g de queijo mascarpone Calda 5 xícaras (café) de café expresso 1 colher (sopa) de rum 3 colheres (sopa) de licor de café Montagem 150g de chocolate meio amargo em raspas 1/2 panetone taças talheres PREPARO Massa Bata os ovos e reserve-os. Misture todos os demais ingredientes para a massa com uma colher de pau e, por último, acrescente os ovos batidos. Ligue o forno em temperatura de 200ºC. Enquanto o forno esquenta, unte uma forma com manteiga e farinha de trigo. Coloque a massa para assar por dez minutos em fogo alto. Depois, abaixe o forno para 180ºC e deixe assando por cerca de 20 minutos. Deixe esfriar e desenforme no prato. Cobertura de chocolate Derreta no fogo o chocolate preto na água, fazendo uma calda. Cubra o bolo com a calda e deixe esfriar. Derreta no fogo o chocolate branco no leite e, m seguida, coloque-o em um Creme Bolo Estrela de Natal picos duros, junte o açúcar e bata por Ana Helena Barbará Coulis de framboesa Bata as claras em neve até formar novamente por três minutos. Reserve. Bata o creme de leite até obter uma Bufê Oficina de Gastronomia consistência firme, acrescente o INGREDIENTES emulsionar, e junte à mistura de claras, 3 ovos mascarpone e mexa, somente para mexendo delicadamente. Calda Misture o café expresso, o rum e o licor de café até ficar homogêneo. Montagem Envolva uma forma inglesa em saco plástico para montar as camadas. Comece com uma camada de creme e, sobre ela, espalhe as raspas de chocolate. Corte o panetone em fatias, molhe-as na calda e arrume sobre as raspas de chocolate. Repita a operação a cada camada, sempre seguindo a mesma ordem (creme, raspas de chocolate e panetone embebido na calda. No total, serão quatro camadas de creme e três camadas de panetone. Dica O tiramissú de panetone tem validade de três dias e deve ser conservado à temperatura de 4ºC a 8ºC. Massa 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 2 e 1/2 xícaras (chá) de açúcar saco de confeiteiro. Faça desenhos de chocolate branco sobre a cobertura de chocolate preto. Coloque para ferver, em fogo baixo, as framboesas, a água e o açúcar, por dez minutos, mexendo com uma acrescente as gemas. Adicione, então, liquidificador e coloque em volta do de rosca. Continue batendo. Unte com o açúcar, as nozes moídas e a farinha colher de pau. Retire do fogo, bata no manteiga duas assadeiras redondas, bolo. de cerca de 24 cm de diâmetro. Polvilhe com farinha de rosca. Divida 1 xícara (chá) de chocolate em pó 1 xícara (chá) de óleo de soja 1 xícara (chá) de água fervendo Decoração 2 xícaras (chá) de açúcar em pó marrasquino. 6 colheres (sopa) de farinha de rosca 1 colher (sobremesa) de fermento 2 colheres (sopa) de Cointreau 2 colheres (sopa) de castanha de caju picada Cobertura de chocolate 250g de chocolate meio amargo Finalize enfeitando com as cerejas ao Dica Utilize uma forma em formato de estrela ou com o desenho de sua preferência. 1/2 kg de nozes moídas Manteiga (para untar) Farinha de rosca (para untar) Recheio 1 lata de leite condensado 5 colheres (sopa) de nozes moídas Cobertura de suspiro 200g de chocolate branco em barra Torta de nozes de família Coulis de framboesa por Ecio Cordeiro de Mello Nozes (para decorar) em barra 1/2 xícara (chá) de água 2 colheres (sopa) de leite 1/2 kg de framboesas congeladas 1 xícara de água Ecio Cordeiro de Mello Bufê 1/2 xícara de açúcar INGREDIENTES 6 cerejas ao marrasquino 6 ovos Decoração Massa 4 claras 8 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (café) de essência de baunilha PREPARO Massa Separe as claras e as gemas. Bata as claras em neve e, em seguida, a massa nas duas fôrmas e leve ao forno pré-aquecido a 200º C, por 30 minutos. Recheio Enquanto a massa estiver assando, prepare o recheio. Leve ao fogo uma panela com o leite condensado e as nozes moídas. Mexa sem parar até que a mistura engrosse e solte do fundo da panela. Reserve. Cobertura de suspiro Bata as claras em neve e adicione o açúcar e a baunilha. Volte a bater até ficar bem firme. Finalização Retire a massa das assadeiras, coloque o recheio de nozes sobre uma delas e cubra com a outra. Cubra a torta com o suspiro e decore com as nozes. 43 BRASCAN&VOCÊ PREPARO sob medida para brincar e sonhar É cada vez mais corriqueira, na rotina dos escritórios de arquitetura, a visita de crianças (acompanhadas dos pais, evidentemente) interessadas em conversar sobre o projeto de seu novo quarto. N por Sol Mendonça ão há nada a se estranhar: o quarto é o lu- gar onde os pequenos brincam, fazem os deveres de casa, assistem a filmes na tevê, divertem-se no computador, recebem os amigos, pintam (o sete) e bordam, sonham acordados e, por fim, dormem com os an- jos. “É o retrato do mundo deles”, declara a arquiteta e designer paulista Glaucya Taraskevicius. Sob esse ponto de vista, o ambiente deve ser feito sob medida ao gosto de seu dono ou dona. “Há meninas românticas que não abrem mão do cor-de-rosa. Outras chegam ao escritório e querem tudo, menos o tal quarto de princesa. É necessário entender quem é aquela criança, como ela e sua fa- mília vivem. Ela gosta de pintar, desenhar, escrever? Toca um instrumento? Pratica esportes ou é mais interessada em jogos eletrônicos? Isso tudo é im- portante na hora de pensar na carinha do quarto”, diz Glaucya Taraskevicius. Por isso, o primeiro passo da arquiteta é fazer uma entrevista profunda com o principal interessado no quarto. Quais suas cores prediletas? E seus hobbies? Seu estilo é mais clássico QUARTO INFANTIL foto divulgação Oba! Arquitetura ou mais moderno? fotos divulgação Oba! Arquitetura casa cia PARTICIPAÇÃO DOS PAIS A opinião de que os pais devem trazer, sim, suas idéias, palpitar e até tentar negociar com os filhos as questões relacionadas ao novo quarto é unânime tagens, o acrílico. Além de ser um material bem se- fogem ao orçamento possível e há idéias que podem tem cara de brinquedo e pode ser usado de várias entre os profissionais. Afinal, há aqueles sonhos que parecer esteticamente perfeitas, mas que, no uso, não são nada práticas. As questões relacionadas à manutenção do quarto e à segurança também de- vem ser levadas em conta. E por que não questionar a qualidade do mobiliário e a escolha de móveis que dificultam a limpeza? Tudo isso é válido e esperado de quem está sob o comando da situação e, provavel- mente, tem uma noção maior do que pode funcio- nar ou fracassar até em termos da decoração. Mas que os adultos não se esqueçam de que a criança precisa se sentir a dona daquele pedacinho da casa e, por isso, o ambiente deve espelhar o estilo de vida pos de mesa, por exemplo. “Até casinha de boneca em acrílico, pode-se fabricar”, defende Glaucya. Hoje existem no mercado muitas empresas que vendem o material e que fabricam as peças desejadas em acrílico, como um marceneiro fez a vida toda com a madeira. Por falar nela, observar sua boa qualidade é prioridade número um. DIVIDINDO O ESPAÇO Mesmo quando têm propensão a serem indepen- dentes, as crianças ainda gostam de dormir junto Glaucya Taraskevicius lembra que a infância é vendo quartos disponíveis, a divisão não é feita en- curta e que, nesta fase, é fundamental os pais proverem condições para a criança explorar a imaginação e a fantasia. Criar um ambiente onde ela possa ficar 48 BRASCAN&VOCÊ maneiras no quarto infantil: em banquinhos e tam- e a personalidade dela, além de seus gostos pessoais, mesmo que sejam diferentes do gosto dos pais. à vontade para ser ela mesma, procurando integrar os lados lúdico e prático, é um bom caminho. Um bom exemplo é a brinquedoteca que Glaucya Parte do projeto criado por Fernanda Casagrande e Leila Bittencourt, da OBA! Arquitetura, que engloba vários ambientes infantis. No alto à direita, um cantinho dedicado ao escritório, com gavetas de acrílico transparente; à esquerda, o quarto do bebê, com berço feito sob medida e a parede repleta de adesivos: tendência. Acima, um banheiro com três pias pequenas e box decorado. guro, tem bom preço, várias cores, é leve, reciclável, com os outros irmãos. Em muitas casas, mesmo hatre o número de filhos, mas entre as funções de cada cômodo: um quarto para brincar e fazer bagunça, o outro para descansar, acalmar e dormir. Principal- mente quando são irmãos do mesmo sexo. Já quando não são... Ele desejava um quarto azul. Ela sonhava com um idealizou no formato de um cubo mágico (brinque- quarto rosa. O ambiente era um só. E as arquitetas em São Paulo. As paredes e o teto, ela confeccionou Oba! Arquitetura, realizaram a vontade dos dois ir- do famoso nos anos 1980) exposto no Casa Cor 2008, utilizando um material que apresenta muitas van- cariocas Fernanda Casagrande e Leila Bittencourt, da mãos gêmeos que, apesar de terem apenas três anos O ambiente acima é um exemplo de como explorar múltiplas funções e incentivar a convivência entre os pequenos. Para atividades infantis foram projetadas a mesa com altura adequada e várias cadeiras. Na foto menor, detalhe do beliche: as cores fortes combinam com os dois sexos e a parede azul dá vida. casa cia incompletos, já sabiam exatamente como queriam o local da casa onde iriam brincar e dormir. O re- sultado bem-sucedido se deu da seguinte maneira: a cama é um estrado de madeira de quatro metros de comprimento que comporta dois colchões, um de frente para o outro. Embaixo, a bicama que acomo- da a babá está cercada de duas gavetas que servem para guardar a roupa de cama das crianças. A col- cha tem uma base neutra da cor jeans e, em cada colchão, predominam as cores preferidas do menino e da menina. Em cima da cama, as arquitetas penduraram módulos de madeira que já faziam parte no quarto de bebê dos gêmeos e cada lado ganhou, também, pintura de tinta com a cor encomendada pelas crianças. E o que fazer quando um novo integrante chega à família para dividir o quarto? Neste caso, os profis- sionais concordam num ponto: é legal que a priori- dade seja para as necessidades do irmão mais velho, mas sem deixar de lado as questões de funcionalidade do bebê: o espaço para o berço, o trocador... O desejo das arquitetas Fernanda Casagrande e Leila Bittencourt é fazer da Oba! Arquitetura um escritório especializado em criar apenas ambientes infantis. Ao executarem o quarto das crianças, inde- As paredes podem ser bem aproveitadas com criatividade: por exemplo, um varal para pendurar desenhos e pinturas do dono do quarto e de seus amigos, uma estante deixando os livros à mostra e a parede com uma cor bem forte (à esquerda). Os mobiliários com rodinhas sempre facilitam a limpeza e dão leveza ao quarto. Por isso são preferenciais (ao lado). fotos divulgação Brascan pendentemente da idade, as profissionais percebem o quanto os pequenos participam, opinam e curtem o momento de concretizar o local sonhado, onde passarão a maior parte do tempo. “A criança tem total consciência de que o quarto é o espaço da casa que é 50 BRASCAN&VOCÊ No quarto modelo do Itaúna Gold (ao alto), o adolescente ganha cama de casal e televisão de plasma; acima, um ambiente bem feminino em que a cor-de-rosa não tem vez, no quarto modelo do edifício Les Résidences de Monaco. Ao lado, mais um quarto decorado de menina adolescente no Praia de Itaúna. O romantismo fica por conta do painel na escrivaninha. fotos divulgação Oba! Arquitetura dela, com a carinha dela”, diz Fernanda, que confes- Ao lado, um ambiente multicor onde os brinquedos decoram, como as panelinhas penduradas que imitam uma cozinha de verdade. O lindo fogãozinho é um brinquedo-gaveteiro. Na foto acima, a bancada, que no futuro poderá ser usada como escrivaninha, esconde uma mesinha pequena. casa cia sa ser um prazer a mais ver a satisfação no rostinho dos pequenos clientes quando entrega um projeto que agrada. “As crianças adoram chamar os amigos para conhecer o quarto novo e fazem dele sua sala de estar. Elas se enchem de orgulho quando o quarto é transado e bem equipado”, testemunha Fernanda. A arquiteta paulista Marí Aní Oglouyan observa a mesma tendência e diz que é fundamental a cama extra para alojar os amigos. Na falta de espaço para uma segunda cama ou uma bicama, uma idéia é colocar uma cama suspensa, como fez Glaucya no quarto de uma menina: a casinha suspensa que tem uma caminha é um sucesso entre as crianças. Aliás, Glaucya e Fernanda lembram que, hoje em dia, há a opção de fazer a cama no formato desejado. A criança sonha em dormir dentro de um carrinho e, pronto, há um profissional que faz. Fernanda e sua sócia Leila Bittencourt criaram uma cama toda feita em tubo galvanizado, com tratamento antiferrugem. Outra novidade idealizada pela dupla foi uma mesinha de cabeceira em forma de tambor, na mes- ma linha “tudo pode ser brinquedo”. Para o quarto de sua filha, Fernanda criou uma caixa para guardar brinquedos que é um fogãozinho. Já Glaucya apre- sentou, em uma brinquedoteca futurista (exibida no Casa Cor 2008, no Rio de Janeiro), as poltronas feitas fotos divulgação Oba! Arquitetura de pneus, da ONG Arte em Pneus, de São Paulo. SE AS PAREDES FALASSEM… As paredes também merecem destaque, e op- ções diferentes, criativas e que dão vida novíssima ao ambiente não faltam, com baixo custo. Fernanda 52 BRASCAN&VOCÊ Acima, a cama toda feita em tubo galvanizado com tratamento anti-ferrugem prova que para ambientes infanto-juvenis a imaginação não tem limites. Ao lado, detalhe que comprova a tese: uma mesinha de cabeceira em formato de tambor. Foco na linha “tudo pode ser brinquedo” onde é possível explorar os gostos e aptidões dos pequenos. Casagrande costuma dar às paredes mil e uma utili- dades: pendurar um varal com desenhos e pinturas, desenhar e escrever (sim! em uma lousa própria), prender ganchinhos, prateleiras para guardar livros, caixas coloridas que emolduram brinquedos, qua- dros etc. Quanto à aparência, há infindáveis combi- nações de cores, estampas e papéis de paredes para serem escolhidos. Glaucya gosta de misturar cores com listras e diz que uma das grandes vantagens das tintas coloridas é que se torna fácil mudar a cara do quarto quando se enjoa da cor. Ela sugere, ainda, ousadia nos coloridos e utilização de outros elemen- tos, como adesivos e pinturas para decorar. As cores, ela lembra, incentivam a atividade e despertam cria- tividade e alegria. Em um de seus projetos recentes, ela combinou azul-marinho, verde-limão e listras. Fernanda Casagrande é adepta, também, da idéia de que todas as cores se combinam. “O colorido é prático e unissex. Com exceção da cor-de-rosa, que é casa cia ainda preferida e predominante no quarto das me- ninas, todas as outras cores podem ser combinadas entre si: azuis, verdes, amarelos, laranjas...” A vanta- gem é que os brinquedos, por serem bem coloridos, passam a fazer parte da decoração. Almofadas divertidas e tapetes com formatos inusitados, como ovo frito e pata de dinossauro, podem complementar a decoração, além de móbiles que, há muito tempo, deixaram de ser apenas enfeite de berço. A arquiteta Marí Aní afirma que os papéis de pa- rede ainda estão com tudo e há a vantagem de que Ao lado, o quarto de dormir de dois irmãos com idades diferentes, mas com camas de tamanhos iguais. Uma delas tem grades, para funcionar como berço e no futuro ser adaptada sem gastos extras e com completa harmonia. Abaixo, dois detalhes do quarto de brincar da mesma dupla. Em vez de separar os irmãos por quarto, a idéia foi proporcionar mais espaço e convivência para a família. ilustrações divulgação Oglouyan & Associados Arquitetura não têm cheiro forte. Outra alternativa é a pintura artística (de ilustrações patchwork a óleo, passando imagem, fotografia para virar adesivo: uma histó- flores, são muitas opções). preferido ou um desenho feito por ela podem virar por estampas, como ondas coloridas e xadrez com As duas grandes febres do momento, entretanto, são o grafite e os adesivos. Do primeiro, os meninos são os mais adeptos, mas o público feminino também pede. Já os adesivos têm a vantagem de permi- tirem uma liberdade imensa de escolha e de serem altamente personalizáveis. “A criatividade não tem limites. A criança pode escolher qualquer ilustração, ria em quadrinhos, fotos, a ilustração de seu livro estampa de parede. Os preços são variáveis conforme o tamanho dos adesivos, que podem ser um só enorme do teto ao chão ou vários bem delicadinhos. E pode-se “adesivar” não só as paredes, mas as portas de armário e o mobiliário, por exemplo, e depois usar brinquedos como puxadores divertidos”, opina Glaucya Taraskevicius. Acima, à esquerda, o projeto da arquiteta paulista Marí Ani Ogloyan: a cama extra para o anfitrião receber um amigo e o total aproveitamento do espaço. Na parede, um estudo com papel de parede listrado. Acima, estudo de como ficaria a parede com a utilização de grafite, nova febre nos quarto dos meninos. DICAS PARA NÃO ESTRAGAR A BRINCADEIRA fuja dos materiais de má qualidade que podem evite os cantos vivos e priorize os arredondados e evite materiais tóxicos, frágeis, pontudos e atenção para que a altura do mobiliário (mesinhas, desconfortáveis. dê prioridade aos mobiliários leves, com rodinhas e práticos. Desista de móveis sérios, duros, muito fechados. Estantes fixas, por exemplo, pesam o ambiente. piso de madeira está sujeito a ficar riscado e arranhado com o uso no dia-a-dia. Uma simples voltinha de patins dentro do quarto ou um carrinho que arrasta no chão podem danificar o piso. Há outras opções boas e econômicas, como os pisos emborrachados. Evite os pisos lisos e frios demais. fotos Dario Zalis use portinholas embaixo das escrivaninhas para esconder os fios. Não é só uma questão de segurança, mas também de estética. cortinas com muito tecido e com babados costumam acumular poeira e são um convite a processos alérgicos. Prefira as persianas e, se optar por cortinas de tecido (como linho, brim), que sejam até o chão. emborrachados. cadeiras, bancadas) seja correspondente à das crianças. Mantenha os brinquedos, lápis de cor, livros, CDs e demais objetos ao alcance delas, para que possam pegar, brincar e depois guardá-los, sozinhas. dê atenção especial à iluminação do quarto. Um abajur próximo à cama é um incentivo ao bom hábito da leitura antes de dormir. procure escolher móveis que possam ser adaptados conforme a criança for crescendo. De boa qualidade, sempre. desde cedo, as crianças gostam de ter no quarto painéis com fotos. Mas a partir dos oito anos, faça disso uma regra: elas adoram. para guardar os brinquedos, use caixas e móveis abertos, com rodinhas, que dão leveza ao ambiente. 55 BRASCAN&VOCÊ quebrar e estragar facilmente com o manuseio. mais mais Guarda-brinquedo O quê? A idéia é guardar os brinquedos e deixar Arte na Parede o quarto arrumadinho e colorido. O Baú Urso (que Gasparian, as moças do Atelier comprimento x 0,60m de largura x 0,48m de altura. O quê? Adriana Pedrosa e Carlota é também um objeto divertido) mede 0,76m de de Pinturas, provam que arte Onde? No Rio de Janeiro, na Vale Home Fitness, na Barra pode não se limitar a objetos da Tijuca. Para o resto do Brasil, a escolha é feita pelo pendurados na parede, mas ser, site www.valehome.com.br, o pedido deve ser realizado sim, a própria parede. Há 15 anos, pelo telefone e o frete é cobrado adicionalmente. criam paredes personalizadas quartos de crianças. Os desenhos mais pedidos são ondas, listras fotos divulgação para todos os ambientes, inclusive Quanto? R$ 250,00 coloridas, cometas, mapas, parede de escaladas, quadriculados e temas como “O Pequeno Príncipe”. Na foto, flores gigantes sobre látex nada óbvias para Sonhe com Elefantinhos meninas românticas. O quê? A Alfaias criou e desenvolveu em Onde? Em São Paulo, no Atelier seu próprio ateliê uma linha exclusiva para de Pinturas, na Rua Vizeu. os pequenos: Alfaias Mini. A novidade é Para o resto do Brasil, pelo site um jogo para cama e banho com estampa www.atelierdepinturas.com.br . de elefantinho. A almofadinha é uma Quanto? Entre R$ 1.800,00 das peças da coleção que tem também e R$ 2.800,00 lençol para berço, minicama e cama de solteiro e toalhinha com capuz. Hora de Ler O quê? O saudável hábito da leitura começa na infância. O catálogo da editora Brinque-Book, que tem mais de 300 livros somente para o público infantil, apresenta alguns títulos que abordam o tema “a hora de dormir”, como “Boa noite, Marcos” e “O coelhinho insone”. As histórias são indicadas aos pequenos a partir dos dois anos de idade. A edição, bem-feita, traz lindas ilustrações. 56 BRASCAN&VOCÊ Onde? Livrarias em todo o Brasil. Quanto? Até R$ 30,00 * Preços cotados em outubro de 2008, com os estabelecimentos comerciais citados. Qualquer variação de valor é de inteira responsabilidade do comerciante. Onde? No Rio, nas lojas Alfaias na Gávea, Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca. Para o resto do Brasil, encomende pelo site www.alfaias.com.br. A loja entrega! Quanto? Almofadinha (foto), R$ 25,00; Jogo Bebê (duas peças), R$ 102,00; Jogo minicama (três peças), R$ 189,00; Jogo solteiro (duas peças), R$ 149,00; Toalha com capuz, R$ 74,90 Móveis Divertidos O quê? Quem disse que cama é tudo igual? Os meninos vão adorar dormir nessa cama em formato de carrinho! A Jeep Cama é feita em MDF (Medium Density Fiberboard), tem acabamento em pintura e possui estrado em madeira maciça de reflorestamento (Pinus Elliotti). A poltrona Jujuba é feita em espuma e tem capa removível em algodão 100% pré-encolhido. Ambos são criação da T&S Design. Onde? Nas lojas Tok&Stok, no Rio de Janeiro (Shopping Cassino Atlântico), em São Paulo (Shopping D&D) e pela internet www.tokstok.com.br . Quanto? R$ 512,00 (Jeep Cama) e R$ 185,00 (Poltrona Jujuba) projetos construção RJ RJ santa monica jardins condominium club ocean breeze O C Santa Monica Jardins Condominium Club, segmento de unidades multi- om excelente localização, cercado pelos melhores serviços que o bairro do familiares do Santa Monica Jardins, na Barra da Tijuca, possui, entre seus Recreio oferece, o Ocean Breeze está a poucos minutos da praia e conta com atrativos, plantas projetadas dentro do moderno conceito de bem-estar – projeto que garante bem-estar e qualidade de vida. clube exclusivo e espaços de lazer diversificados para atender às aspirações de várias gerações. São dois edifícios, o Barlavento e o Sotavento, banhados pela brisa do mar e pelo sol da tarde. Cada unidade possui dois quartos (sendo, um deles, suíte), O condomínio ocupa uma área de 55 mil metros quadrados, dos quais 45 mil ampla varanda e opção de se unir a sala e a cozinha através de uma charmosa são destinados a áreas livres e de lazer. Os edifícios têm 36 apartamentos, que cozinha americana e vaga de garagem para dois carros. Os apartamentos têm variam de 206 a 260 metros quadrados, e quatro coberturas duplex com metra- área privativa que varia entre 60 e 62 metros quadrados. As coberturas lineares gens entre 387 e 478 metros quadrados. Todos os imóveis possuem quatro suítes são uma atração à parte, com amplas varandas e terraço descoberto com piscina, e vista para o mar ou para a lagoa. O lazer aliado à vida diária é outro ponto forte medindo entre 162 e 197 metros quadrados. do lançamento que conta com espaço gourmet, salões de festas, cinema, cave de O condomínio possui completíssimos espaços de lazer. A área destinada a vinhos e garage band (para shows e ensaios musicais), além de espaços para a churrascos foi complementada com forno a lenha; a piscina conta com deck e bar; úmida e deck panorâmico. playground juvenil, praça de convivência, lan house e belas áreas comuns, como a prática de esportes, piscinas semiolímpica e de hidromassagem, saunas seca e foram previstos locais como playground, brinquedoteca, salão de jogos e de festas, praça das redes, o circuito de caminhadas, o espaço zen, a pérgula de aromas e o solarium das palmeiras. Segurança e estacionamento para visitantes completam o conforto dos moradores. norte village residencial U m empreendimento com excelente localização (em frente ao Norte Shop ping) e com apartamentos de dois e três quartos, equipado com todo o con- les résidences de monaco forto que só os condomínios de qualidade têm a oferecer. O Norte Village B eleza natural e conforto urbano estão reunidos no Les Résidences de Mona- Residencial foi planejado segundo as mais modernas técnicas de arquite- co. O empreendimento oferece apartamentos amplos, com quatro suítes e tura, privilegiando não apenas o bem-estar de cada ambiente, mas também a espaços generosos, e apenas seis edifícios projetados com linhas elegantes e beleza. O cuidado pode ser observado em todos os detalhes, como no projeto pai- contemporâneas e materiais nobres. São 26 mil metros quadrados de frente sagístico e na decoração das áreas de convivência. para o mar, cercados unicamente por casas. Piscina infantil com fontes e tobogã, piscina para adultos com decks seco e O condomínio de amplos espaços – 77% destinados a áreas livre ou de lazer – molhado, churrasqueiras equipadas com fornos a lenha para pizza, quadras de basquete, futebol e vôlei, playground, salões de festas separados para adultos e está localizado no último grande terreno da parte mais nobre da praia da Barra alguns dos muitos atrativos do condomínio. com a nobreza do projeto e de um requintado estilo de vida. da Tijuca. Os moradores desfrutarão de uma luxuosa infra-estrutura compatível PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 ACOMPANHE AS OBRAS DO norte village residencial fase 1 PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 ACOMPANHE AS OBRAS DO norte village residencial fase 2 PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS 100% escavação 100% escavação 100% estrutura 100% fundação 90,6% fundação 90,6% instalações 89,3% estrutura 42,8% estrutura 13,3% alvenaria 100% instalações 1,2% instalações alvenaria/acabam. 6,3% alvenaria/acabam. previsão entrega 85% 05/09 previsão entrega 07/09 previsão entrega 0,1% 0% 01/10 ACOMPANHE AS OBRAS DO les résidences de monaco PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 fundação acabamento ACOMPANHE AS OBRAS DO ocean breeze ATÉ OUTUBRO DE 2008 ilustrações divulgação Brascan ACOMPANHE AS OBRAS DO santa monica jardins condominium club PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 fundação 23,3% fundação 100% mov. de terra 42,7% estrutura 100% instalações 0% instalações alvenaria 0% alvenaria acabamento 0% acabamento previsão entrega 03/10 previsão entrega 99,6% 100% 99,2% 12/08 61 BRASCAN&VOCÊ crianças e um espaço show (inspirado nas casas de samba cariocas) são apenas RJ SP projetos construção edifício itaúna gold uniqueness O S edifício Itaúna Gold está situado no atraente condomínio Pedra de Itaúna, ituado no Brooklin Novo, região considerada uma das jóias da Zona Sul da sendo o último lançamento do empreendimento. Construído em um terre- cidade, o Uniqueness, termo usado em inglês para qualificar o que é ini- no privilegiado, está cercado de muito verde e majestosamente instalado, gualado e único, passa a ser, em São Paulo, sinônimo de moradia de luxo com vista para o mar e para uma reserva ecológica. O sofisticado prédio pro- projetada com requisitos do mais alto padrão de qualidade. jetado priorizando o bem-estar e a tranqüilidade familiar conta com circuito in- São apenas dois apartamentos por andar, cada um com 240 metros quadra- terno de TV, guaritas e alta tecnologia para garantir a segurança dos moradores. dos, com varanda, contando com quatro suítes e duas coberturas duplex, em um O condomínio Pedra de Itaúna dispõe de 300 mil metros quadrados de área prédio de estilo contemporâneo. urbanizada e de um bosque com mais de 1.600 árvores. Entre as opções de lazer, Para a total tranqüilidade dos moradores, o condomínio dispõe de segurança estão quadras poliesportivas, quadras de tênis, campo de futebol gramado e uma perimetral com circuito fechado de TV e guarita blindada. A praticidade diária sendo erguido o Itaúna Gold, com apartamentos amplos e luxuosos, com áreas de fisticada área comercial, com bons shopping centers, como o Morumbi, o D&D e balsa para transporte dos moradores até a praia. É neste atraente cenário que está também está garantida já que, nos arredores, há restaurantes, escolas e uma so- 261 a 278 metros quadrados e coberturas duplex, com 524 ou 549 metros quadra- o Market Place. dos. Tudo isso próximo às inúmeras ofertas de serviços do bairro, como shoppings, O projeto arquitetônico, assinado por Roberto Candusso para o condomínio cinemas, supermercados, instituições de ensino e centros empresariais. instalado em um terreno de 3.605 metros quadrados, dispõe os 64 apartamentos em uma torre de 31 andares. O edifício está cercado de uma bem cuidada área verde, projeto do paisagista Sérgio Santana. Na área comum do condomínio, não faltam atrações para todas as gerações. Playground, onde brinquedos rústicos estimulam a interação com jogos ao ar li- vre; sala de recreação fechada, com mobiliário apropriado para atividades criati- vas e artísticas; piscina infantil, espaço mulher, salões de jogos e de festas, fitness, acquare campo belo quadras de squash e de mini-golf e saunas, piscina coberta e espaço gourmet são O Acquare Campo Belo se propõe a ser uma referência de qualidade de vida apenas algumas das atrações das áreas de convivência. no coração de São Paulo. O condomínio instalado em uma área de 3.431me- tros quadrados conta com 112 moradias. Os apartamentos possuem quatro dormitórios, sendo duas suítes, e as coberturas duplex, quatro suítes. O sistema de segurança foi cuidadosamente planejado e prevê guarita blinda- da, clausura nos acessos de entrada, segurança perimetral, circuito fechado de TV digital e monitoramento remoto de alarme. Os espaços de lazer são uma atração à parte, com uma vastíssima gama de opções, como piscina coberta aquecida com raia semi-olímpica, spa com sala de massagem, ofurô, brinquedoteca, baby care, salão de festas infantil, home cinema, espaço gourmet, churrasqueira com forno de pizza, quadra de squash, lan house, salão de jogos adulto e muito mais. O cuidadoso projeto arquitetônico prevê belos espaços em estilo contemporâneo. ACOMPANHE AS OBRAS DO ACQUARE CAMPO BELO PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 ACOMPANHE AS OBRAS DO UNiqueness PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS ATÉ OUTUBRO DE 2008 ATÉ OUTUBRO DE 2008 62% fundação 100% mov. de terra 96% estrutura 75% fundação 20% 30% estrutura 0% instalações 0% fachada 0% acabamento 0% estrutura 8% instalações instalações 0% FACHADA 0% alvenaria 0% acabamento 0% previsão entrega 02/10 ilustrações divulgação Brascan fundação 63 BRASCAN&VOCÊ ACOMPANHE AS OBRAS DO edifício itaúna gold projetos construção notas notícia SP villa amalfi E m uma área privilegiada, que conta com mais de cinco mil metros quadrados de Mata Atlântica preservada, permitindo total envolvimento com a Natureza, Prêmio de excelência gráfica para a revista está instalado esse empreendimento que conta com sofisticação, infra-estrutura e segurança. Da área total de 70 mil metros quadrados, 58 mil foram des- tinados a espaços livres e de lazer. Em duas torres de nove andares, apartamentos de três ou quatro quartos foram projetados com mais de 40 variações de plantas com diferentes terraços, fachadas e cores. Todos eles contemplando vistas amplas e abertas. As espaçosas coberturas A com dois pavimentos possuem quatro quartos (sendo duas suítes) e um convidativo terraço com piscina e churrasqueira. Pistas para cooper, bicicross e skate, bosque para caminhadas, quadras poliespor- tivas, playgrounds, churrasqueiras, áreas de descanso e um clube exclusivo fazem parte do conforto oferecido nesse resort privé. Um verdadeiro refúgio dentro da me- trópole, com excelente localização, em uma região abastecida por escolas, hospitais, clubes e um dos mais completos shopping centers de São Paulo. Gráfica, em comemoração aos 200 anos da indústria gráfica no Brasil. O evento – que está em sua nona edição – ocorreu no prédio da Firjan, o aprimoramento da indústria gráfica e para as atividades paralelas integradas, realizadas por bureaux, agências, fornecedores e clientes, destacando materiais, peças, ações e empresas. Trata-se de uma home- minium Club alia conforto e lazer ao ambiente residencial. nagem póstuma ao empreendedor e ex-presidente do Sigraf – Sindica- Os edifícios, em estilo contemporâneo, possuem 17 andares, cada um com to das Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro – quatro apartamentos e metragens que variam de 124 (apartamentos tipo) a 255 e da Abigraf-RJ, Werner Klatt. O prêmio objetiva reconhecer os melho- foto Dario Zalis maior de suítes, são grandes atrativos do empreendimento. As coberturas con- Graf-Rio, organizada pela Abigraf – Associação Brasileira da Indústria O Prêmio de Excelência Gráfica Werner Klatt visa a contribuir para muns espaços de convivência dignos de um clube de luxo, o Mooca Condo- litando ao comprador optar entre cozinhas e salas mais amplas ou um número BRASCAN & VOCÊ recebeu o Prêmio de Excelência Gráfica Werner Klatt na categoria de Revistas Institucionais. A premiação fez parte da Semana SIGNIFICADO eguindo um padrão consagrado pela Brascan de implantar nas áreas co- (coberturas) metros quadrados. Projeto refinado e planta personalizada, possibi- pesar de ainda estar em seu primeiro ano de circulação, a revista no Rio de Janeiro. mooca condominium club S BRASCAN & VOCÊ res especialistas e empresas da indústria gráfica no Estado do Rio de Janeiro, tam com piscina e terraço descoberto. proporcionando destaque em Outro ponto forte é o projeto de segurança que prevê guarita blindada, circui- seus respectivos campos de to de TV, clausura nos acessos e equipe especializada e treinada. PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS 64 BRASCAN&VOCÊ ATÉ OUTUBRO DE 2008 e aprimorar a utili- zação de modernas e eficazes ferramentas PARTICIPANTES Segundo a organização do ATÉ OUTUBRO DE 2008 100% preparo do terreno 95% fundação 75,7% fundação 93% estrutura 4,2% estrutura 70% 0% à disposição do setor. PERCENTUAIS DE OBRAS REALIZADAS preparo do terreno fachada bem como difundir ACOMPANHE AS OBRAS DO mooca condominium club fachada 0% instalações 0% instalações 7% acabamento 0% acabamento 0% evento, foram 379 trabalhos inscritos neste ano – com um crescimento de 40% em relação à edição ilustrações divulgação Brascan ACOMPANHE AS OBRAS DO villa amalfi fase 2 atuação e na mídia, do ano passado. Todos os vencedores das 33 ca- tegorias dos nove segmentos do Werner Klatt concorrem, automaticamente, ao 18° Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini, em São Paulo. ponto vírgula “ Não se trata de quanto temos, mas de quanto nós desfrutamos. ” Charles Spurgeon foto iStockphoto *Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) foi um dos mais conhecidos pregadores da Inglaterra durante a segunda metade do século XIX. Iniciou sua carreira de pastor em Londres, onde viu seu prestigio crescer, pregando com freqüência para platéias de mais de 10 mil pessoas. Seus sermões são até hoje distribuídos e estão traduzidos em várias línguas.