A1 ID: 43371391 01-08-2012 Tiragem: 2500 Pág: 20 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 23,83 x 32,01 cm² Âmbito: Outros Assuntos Corte: 1 de 2 Publicidade A APREN lançou o desafio e a Brandia Central foi certeira na criatividade: nascia assim a campanha “Portugal precisa da nossa energia”. Sob a forma de cartas abertas, não tem nada de convencional mas tem muito de positivo. A propósito, António Gellweiler, da direção da associação, explica a dificuldade de comunicar energias renováveis A verdade de uma campanha EXMO. SR. PRESIDENTE UGAL, ESARIAL DE PORT EDERAÇÃO EMPR IDENTE DA CONF EXMO. SR. PRES ANTONIO SARAIVA resulem Portugal, daí da e consumida ctuelectricidade produzi dos produtos manufa - de enho ambiental superior aos talvez mais simples tando que o desemp outras formas em Portugal seja provavelmente as estabelecidas É certo que existem veis nem esta é, como rados nas empres induzindo apreciá uma carta. Mas energia em eres de outros países, lhe fazer chegar nem o tema da das suas congén uma simples carta; eis. pela intangív Razão . e is já terá percebido, simples tangíve tão vantagens que, bem saberá, é assim Portugal, como que não seja para estar pratido assunto - mais ia em Portugal a. o facto de a indústr qual urge que falemos ntes ao l com a nossa convers Ou ainda como dos custos respeita os esclarecer Portuga do pagamento juntos, possam iando de camente isenta mesmo que benefic s renováveis – s eis nos últimos apoio às energia s de apoio às energia das energias renováv ção que das políticas pública Muito se tem falado forma gratuita na APREN – a associa nós, feito o integralmente tempos. Temo-l renovável; têm-lo renováveis, quase res de electricidade em Portugal; consumidores representa os produto Empresarial de financiadas pelos - Confederação feito vós, na CIP s actores, de vários (na sua maioria tensão variado e s baixa mais diverso à informação. domésticos). e têm-no feito os desde a política consumidores de portuguesa, sectores da socieda que nte de onde resulta em que a envolve E, acrescente-se, E isto, numa altura situaica nos obriga esa fique numa eres macro-económ a indústria portugu às já referidas congén te a fazer evoluir sa relativamente tipo necessariamen ção mais vantajo , sujeitas a esse icas, energét s estão, quase sempre as nossas política estrangeiras, que natural e salutar. s. mente encargo perfeita é de porque as ao fazermos evoluir Mais que não seja, conta em ter s que devemo veis representam questões que, Tudo questões energias renová se preferir, tudo energética. Ou, da electricidade o apoio da CIP, a nossa política hoje cerca de 50% fazer evoluir com gostaríamos de Portugal. is para a proacima de tudo, consumida em soluções credíve do partir daí arranjar ento sustentado no sentido de a ia verde, o crescim facto é que o falado, o que é moção da econom o, a criação de empreg que muito se tem de apoio às estímulo à inovaçã o Mas sendo certo política País, da de negócio. facto oportunidades dito. Como o sas novas nem tudo tem sido e a geração de novas à criação de numero levado ter eis a e serenergias renováv - talvez mais médias, na indústri do pequenas e o outras formas de existirã que negócio empresas, sobretu É certo áreas de política energéà ampliação das evoluir a nossa viços, assim como menos simples - de fazer médias e grando lmente sobretu cidas, s em crer, provave empresas já estabele tica. Mas, estamo – ENEOP e Ventindo cluster eólico des (só no caso construtivas. de 2700 postos s a falar, em 2011, veste – estamo de investimilhões de euros s cumprimentos, de trabalho, 270 Com os melhore euros de equi100 milhões de mento e mais de António Sá da Costa esa de o). do, por exempl – Associação Portugu exporta APREN to da pamen Presidente veis (de apoio Energias Renová dessa mesma política o da Ou como o facto te descarbonizaçã ter levado à crescen às renováveis) da nossa Portugal precisa razões Descubra todas as l precisa da nossa pelas quais Portuga energia. ren.pt energia em www.ap EXMO. SR. SECRETÁRIO GERAL DA DECO, DR. JORGE MORGADO Poderia dizer-se que, à semelhança de outras cartas que a Defesa do Consumidor por certo costuma receber, também esta é, rigorosamente falando, um pedido de ajuda. Mas ao contrário de outras, a ajuda de que aqui se fala terá que ser dada por todos. A começar pela DECO. E a acabar nos consumidores. Razão pela qual resolvemos inclui-los também. Na energia como na vida existem dois tipos de coisas: as urgentes - as que precisamos tratar o quanto antes, para resolver algo no imediato; e as importantes aquelas que realmente fazem a diferença, não necessariamente hoje mas certamente durante muito (mais) tempo. Urgente é, por exemplo, falar do preço da electricidade. Porque é hoje que as famílias não conseguem pagar, porque é agora que a crise assim o obriga. Já importante é falar do futuro. Do preço que pagamos ao estrangeiro pela importação de petróleo, carvão e gás natural, da falta de sustentabilidade do consumo energético actual... Ou, em menos palavras, de todas as outras urgências que, mais tarde ou mais cedo, surgirão se limitarmos a discussão do sector da energia à redução do preço da tarifa. Como decerto saberá - até porque a DECO integra desde o início o Conselho Tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, tendo nesse âmbito promovido activa e eficazmente a defesa dos direitos dos consumidores de electricidade - a manipulação administrativa do preço da electricidade, verificada nos últimos anos, não permitiu nem o desenvolvimento de um mercado de retalho competitivo e transparente, nem que os custos das várias opções de produção de electricidade (renováveis e fósseis) pudessem ser correctamente comparados. E é aqui que entra a APREN - a associação que representa os produtores de electricidade renovável. Pronta e disponível para, em conjunto com a DECO, falar, esclarecer e encontrar soluções para optimizar os preços no actual mercado eléctrico liberalizado. Mas acima de tudo, verdadeiramente empenhada em incentivar a eficiência energética; em promover a utilização das novas tecnologias que, com liberalização do mercado, permitam a participação activa dos consumidores nos mercados de energia; e abrir caminho para produção descentralizada, ajudando os consumidores a transformarem-se de agentes passivos em consumidores-produtores, como tem vindo a acontecer em vários países Europeus. Até porque, como recordava muito recentemente o presidente de uma das maiores empresas de electricidade do mundo, o custo da electricidade produzida pelas centrais convencionais ou pelas eólicas é hoje muito semelhante, encontrando-se num mesmo, estreito intervalo de valores – intervalo esse que, entre outras coisas, acaba por vir confirmar a competitividade do custo das energias renováveis. Ou, em menos palavras, verdadeiramente empenhada em, por um lado, esclarecer e facilitar – finalmente – o acesso dos consumidores de electricidade às vantagens decorrentes da liberalização, das novas soluções e das novas tecnologias; e por outro em convencer a DECO que está na hora de reforçar ou mesmo reinventar a defesa dos consumidores, à luz de um novo paradigma de sustentabilidade. De onde decorre que falar da redução da factura pode até ser urgente; mas não será, estamos em crer, o mais importante para a defesa do consumidor. Com os melhores cumprimentos, António Sá da Costa Presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis FERNANDO RUAS DA ASSOCIAÇÃO NACION AL DE MUNICÍPIOS PORTUG UESES, DR. Acaso esteja a pensar que esta não é a forma mais simples de lhe fazer chegar uma carta, permita-no s explicar: queremos falar consigo do futuro de Portugal. Um futuro que passa, necessariamente, pelo futuro dos Municípios. E, consequen temente, pela energia necessária para os desenvolver. Razão pela qual achámos importante não só escrever-l he, mas que os Município s (e Portugal) lessem também. O ponto de partida é simples: Portugal precisa de fazer evoluir a sua política energética. Como vai produzir, gastar, e pagar a sua energia doravante. A crise, a Troika e a sustentabi lidade assim o obrigam. Mas esta é uma análise que, estamos convictos, não pode ser feita olhando apenas e só para o sector da electricidade renovável e esquecendo tudo aquilo que dele depende. É preciso ter em conta, por exemplo, que dele dependem, no caso das eólicas, mais de 23 milhões de euros (cerca de 2,5% do volume de vendas do produtor), a pagar aos Municípios em 2012 sob a forma de um imposto especial pela exploração de parques eólicos. Ou que dele dependem mais cerca de 16 milhões de euros em rendas pagas aos proprietários dos terrenos – também em 2012 – pela implantaç ão de instalações de produção de electricida de renovável. Ou ainda que dele dependem – desde 2000 até aos dias de hoje – outros tantos milhões de euros, investidos pelos produtores de electricida de renovável em benefícios e benfeitorias um pouco por todo o País, como a reparação de estradas, a colaboraçã o com corpos de bombeiros , o apoio a iniciativas culturais e escolares ou a promoção de acções de preservaç ão e enriquecimento dos habitats locais, como acontece por exemplo com a protecção do Lobo Ibérico. Ou seja, e em menos palavras, é preciso ter em conta que dele depende – e em boa medida – o desenvolvi mento de uma parte muito importante do País, e que nunca esse desenvolvi mento fez tanta falta como agora. É isso que é preciso ter em conta sempre que estivermos a analisar o sector da electricidade renovável e a querer colocar em causa as políticas que o regem. Isso e que, de facto, a difusão pelo espaço nacional da produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis feita pelos associados da APREN - a associação que representa os produtores de electricidade renovável - tem constituído um importante elemento de coesão territorial e de valorização de recursos locais, não só através do financiamento (directo ou indirecto), mas também através da criação de empregos qualificado s e diversificados, de forma descentralizada, atenuando (como poucos sectores de actividade) os custos de interioridade e potenciand o o crescimento económico - e acima de tudo socialmente sustentado - do País. O ponto de chegada, pois, não é muito complicad o também: Portugal precisa de fazer evoluir a sua política energética - mas precisa de o fazer com a APREN e os Municípios , de forma esclarecida , transparente e objectiva, olhando para os verdadeiros custos e benefícios das políticas públicas e não apenas para os prós e contras de um sector isolado. Com os melhores cumprime ntos, António Sá da Costa Presidente da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renovávei s Portugal precisa da nossa energia. Descubra todas as razões pelas quais Portugal precisa da nossa energia em www.apren .pt Portugal precisa da nossa energia. Descubra todas as razões pelas quais Portugal precisa da nossa energia em www.apren.pt Portugal foi, em 2011, o quinto país da Europa com maior penetração de energias renováveis e o segundo no aproveitamento da energia eólica para produção de eletricidade. São dados que, para a associação do sector, a APREN, devem alimentar o orgulho dos portugueses. Tanto mais que – acredita – este é um sector estratégico para promover o desenvolvimento necessário para que o país saia da crise. Não obstante as energias renováveis fazerem sobressair Portugal no panorama europeu, a verdade é que ainda impera o desconhecimento. António Gellweiler, membro da direção da APREN, reconhece que as mais-valias ambientais das renováveis estão amplamente divulgadas, mas lamenta que o mesmo não aconteça com os seus benefícios económicos. Além do mais – critica – tem vindo a ser difundida a ideia de que estas são energias caras, com um sobrecusto e “rendas excessivas”, termo que, aliás, considera totalmente desadequado. Ora, por muito sensíveis que os portugueses sejam aos valores ambientais, são mais sensíveis ainda ao momento de crise financeira que se vive, o que resulta numa situação desfavorável para a causa das renováveis. Foi neste contexto que a associação se decidiu por uma campanha de comunicação que desse a conhecer aos portugueses as vantagens das renováveis numa perspetiva mais abrangente do que a produção de eletricidade. “Quere- mos que as pessoas, quando se fala em renováveis, pensem também no seu contributo para a economia, o ambiente, a indústria, os municípios, as finanças e a educação”, sustenta António Gellweiler. Esta é precisamente a mensagem que está contida no slogan “Portugal precisa da nossa energia”. “É sem dúvida um sector estratégico com potencial para promover o desenvolvimento necessário para sairmos da crise em que nos encontramos. Somos solução e não parte do problema, apesar de muitas vezes quererem fazer passar o contrário”, adianta o responsável pela campanha. Subjacente à decisão de comunicar estava a vontade de “passar dados concretos e transparentes”, de fazer ouvir a APREN e a sua causa “no meio de tanta desinformação e ideias preconcebidas”. Mas sempre pela positiva. A associação abriu concurso e a escolha recaiu sobre a Brandia Central, pela “originalidade e eficácia, tanto na forma como no conteúdo”, da sua proposta de uma campanha desdobrada em cartas abertas. “Decidimos então escrever a um conjunto de pessoas importantes do nosso país, escolhidas por estarem relacionadas com vários dos sectores aos quais a eletricidade de origem renovável tem impactos positivos”, explica, fazendo questão de sublinhar que as cartas são “meramente informativas”: “Não pedimos nem reclamamos nada, apenas apresentamos factos e números incontornáveis”. ID: 43371391 “É sem dúvida um sector estratégico com potencial para promover o desenvolvimento necessário para sairmos da crise em que nos encontramos. Somos solução e não parte do problema, apesar de muitas vezes quererem fazer passar o contrário” 01-08-2012 Mas serão cartas em forma de publicidade uma forma eficaz de comunicar nos dias de hoje? António Gellweiler acredita que sim, tanto mais que a APREN queria “uma campanha não convencional e que chamasse a atenção no meio da poeira dos dias”. É uma campanha que responde aos muitos desafios que a associação enfrenta na área da comunicação, confrontada com “um assunto muito técnico, com variadíssimas implicações e difícil de resumir em pouco tempo e espaço”. E exatamente por esta especificidade e complexidade a campanha foi segmentada por temas e a imprensa, enquanto suporte principal, complementada com vídeos e rádio. As redes sociais são igualmente terreno fértil para passar a mensagem, desde logo porque “se trata de uma ferramenta relativamente simples que abrange, quantifica e qualifica uma grande fração da população portuguesa” que a APREN pretende tocar com esta campanha. Não se vai ficar por aqui, porém, a presença nas novas plataformas: a associação está apostada em disponibilizar informação, por ter verificado que “muita gente quer saber mais mas não sabe onde encontrar o que procura”. “Recebemos constantemente pedidos de informação, e achamos importante que o nosso conhecimento esteja disponível a todos, para que possam tirar as suas próprias conclusões, desde que fundamentadas em informação não deturpada. A transparência sempre foi uma das nossas maiores bandeiras”, salienta Gellweiler. Quanto à eficácia da campanha, é de avaliação difícil, na medida em que o que está a ser comunicado não é palpável nem vendável. “Estamos a comunicar ideias e o nosso retorno é o feedback favorável daqueles que reconhecem o valor e a importância das energias renováveis”. E esse tem chegado à APREN. E porque “Portugal precisa da nossa energia”, a associação vai continuar a comunicar e informar, na convicção de que as renováveis “continuam a ter o carinho dos portugueses”. Tiragem: 2500 Pág: 21 País: Portugal Cores: Cor Period.: Mensal Área: 23,62 x 29,01 cm² Âmbito: Outros Assuntos Corte: 2 de 2 António Gellweiler, membro da direção da APREN “Não pedimos nem reclamamos nada, apenas apresentamos factos e números incontornáveis” campanha Carta aberta a... Finanças, Ambiente, Economia, Custo, Municípios, Indústria e Ciência são as seis áreas temáticas da campanha da APREN. Correspondentemente, foram publicadas cartas abertas com a mensagem “Portugal precisa da nossa energia” a: > Vítor Gaspar, ministro das Finanças; > Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território; > Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e das Finanças; > Jorge Morgado, secretário-geral da DECO; > Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de Município Portugueses; > António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal; > António Rendas, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.