Anais do Encontro Nacional de Recreação e Lazer Caça-aventura: uma experiência de atuação no lazer como prática educativa Este estudo tem por objetivo relatar uma experiência de atuação no lazer como prática educativa, vivenciada por discentes do curso de Licenciatura em Educação Física da UFPA/Campus de Castanhal. Estes são bolsistas do projeto de incentivo à docência Núcleo escolar de qualidade de vida. Consistiu na realização do Caça-aventura, um jogo disputado por equipes envolvendo atividades ao ar livre nas áreas do campus de Castanhal, com intuito de ampliar as vivências corporais na natureza, promovendo uma ação cooperativa. Essa atividade aconteceu em setembro de 2012, como parte da programação da Feira de Ciências, Tecnologia e Cultura (Feicitec), promovida pela Secretaria de Educação do Estado do Pará, envolvendo estudantes de escolas públicas da rede municipal e estadual da região nordeste paraense. A opção pelo Caça-aventura ocorreu em função da temática da Feicitec, que abordou qualidade de vida, conservação e sustentabilidade. O planejamento da atividade foi conduzido pelas docentes do projeto e teve duração de três semanas, com organização pedagógica e logística. Com relação à organi- Sesc | Serviço Social do Comércio Anais do Encontro Nacional de Recreação e Lazer zação pedagógica, foram decididos: os conteúdos sobre o meio ambiente; as vivências corporais; o perfil e o número dos participantes e sua organização. Os participantes eram estudantes de diversas escolas, de 12 a 17 anos, que se inscreveram voluntariamente, a partir de seu interesse. Participaram 36 pessoas divididas em três equipes organizadas por cores avermelho, azul e amarelo). Os discentes organizaram oito estações de vivências corporais, configuradas como provas que requisitavam decifrar charadas, leitura de mapas de orientação e desafios corporais. Foram desenvolvidos materiais pedagógicos, tais como: uma jangada ecológica; mapas sobre os locais de prática; placas indicativas das provas; charadas sobre preservação do meio ambiente; circuitos de vivências corporais para diferentes espaços (areia, gramado, quadra, piscina); organização da segurança dos participantes; brindes (ecobags) distribuídos para todos. Para isso, cada discente se envolveu na tarefa que melhor poderia contribuir com suas habilidades, além de desenvolverem novas habilidades. As atividades ocorreram em clima de cooperação e animação entre as equipes. Como avaliação da atividade, utilizou-se de dois momentos: no primeiro, ao final do Caçaaventura os participantes se reuniram numa roda de reflexão sobre a vivência e a temática abordada, identificando que nenhum destes tinha vivenciado algo similar, e que se sentiram desafiados corporalmente em cada estação, pela própria ação motora requisitada, assim como pelo trabalho em equipe. Ao conduzirem essa roda de reflexão, os discentes do projeto demonstraram domínio sobre a intencionalidade do trabalho e sua execução. No segundo momento, na avaliação entre os organizadores, a postura crítica dos discentes foi revelada numa análise construtiva, em que os erros e acertos foram apontados para aprimorar o trabalho e dimensionar a importância da atividade de lazer. Dessa forma, concluiu-se que o Caça-aventura foi uma oportunidade formativa para atuação no lazer como prática educativa, possibilitando a compreensão da importância do planejamento para organização pedagógica e logística, bem como o trabalho coletivo. Palavras-chave: Formação. Lazer. Prática educativa. Sesc | Serviço Social do Comércio