FLORIANÓPOLIS, 29 DE SETEMBRO DE 2008, No 655
Verba patronal para plano
de saúde está garantida
Calendário
N
das eleições
a última segunda-feira, dia 22,
a Reitoria da UFSC informou à
Apufsc, que não apenas os recursos relativos à contrapartida patronal
para o Plano de Saúde complementar
dos docentes para o próximo ano (2009)
já estão garantidos, como também que
a Reitoria conseguiu antecipar já para
o próximo mês este pagamento aos
professores.
A medida atende a um pleito apresentado pelo presidente da Apufsc,
juntamente com integrantes do Conselho de Representantes da entidade, em
audiência com o reitor Álvaro Prata, o
vice Carlos Alberto Justo da Silva (Paraná) e o pró-reitor de Desenvolvimento
Humano, Luiz Henrique Vieira Silva,
realizada no dia 15 de setembro.
Durante a reunião, os professores
ressaltaram que sua presença se dava em
nome do Conselho de Representantes e
que o conjunto dos professores da UFSC
estava muito interessado na questão
da contrapartida patronal de 50 reais
no Plano de Saúde, já que os recursos
estavam na previsão orçamentária da
União para 2009, mas não estariam
completamente assegurados. A Reitoria
se comprometeu a buscar uma solução
para o caso.
Questionado a respeito, o pró-reitor
Luiz Henrique informou que não é possível legalmente repassar a contrapartida
patronal aos docentes que não aderiram
ao plano de saúde institucional.
O presidente da Apufsc propôs a
criação de uma comissão, com participação da administração da UFSC e dos
sindicatos, para funcionar com uma
espécie de “inteligência” na área de saúde
dos docentes e servidores. Esta comissão
faria o intercâmbio e cruzamento de
informações advindas destes planos
(da UFSC e dos sindicatos) e proporia
políticas para enfrentar os problemas de
saúde derivados das condições de trabalho. A proposta foi aceita por todos.
Na sexta-feira, dia 26, o Boletim da
Apufsc não conseguiu contato com o
pró-reitor para obter detalhes sobre os
valores que serão repassados a título
de contrapartida. Esta informação será
divulgada na próxima edição.
Ato unificado contra
a privatização da saúde
DIA 30 DE SETEMBRO, TERÇA, DIA
CONCENTRAÇÃO ÀS 9 HORAS EM
FRENTE AO HU/UFSC E SAÍDA EM
PASSEATA ATÉ O CEPON, NO ITACORUBI
Participe!
Vai ter teatro e o som da Banda Parei
13/10
Último dia para inscrição de chapas para diretoria
e Conselho Fiscal da Apufsc
16 a 31/10
Eleição do Conselho de Representantes da Apufsc
nos departamentos, colégios e sede da Apufsc
(no caso dos aposentados)
23/10
Eleição da diretoria e conselho fiscal nos centros
de ensino, colégios e sede da Apufsc (no caso
dos aposentados)
Até 31/10
Posse da diretoria e do conselho fiscal eleitos, em
data a ser confirmada
Nota de
esclarecimento
Questionados por associados da Apufsc-SSind
quanto à aparição e ao apoio explícito do presidente
do Sindicato à candidata à prefeitura de Florianópolis, Ângela Albino (PC do B), em propaganda
partidária na televisão (disponível também na
internet), os demais integrantes desta Diretoria
vêm esclarecer que esta manifestação pública do
professor Armando Lisboa não era de nosso conhecimento e não conta com nossa aprovação.
Consideramos que, no contexto do Sindicato,
apoios dessa natureza não devem ser expressados
dessa forma, ou seja, vinculando o apoiador ao
cargo que ocupa junto à entidade, aparecendo com
o nome atrelado à Presidência da Apufsc. Dessa
forma, tal manifestação representa um desrespeito
à autonomia que o Sindicato deve manter perante
os partidos políticos.
Assinam os seguintes diretores da Apufsc:
Albertina Dutra Silva, Carlos Becker
Westphall, Edgard Matiello Júnior, Irmgard
Alba Haas, Maristela Fantin e Roberto
Ferreira de Melo
2
3
Aparelhismo na Apufsc
Docentes aprovam jornada
de lutas em defesa do Andes
Paulo Marcos Borges Rizzo
U
nidos, docentes das instituições de ensino superior públicas e privadas do país encerraram
na madrugada da última segunda-feira, dia
22, o III Congresso Extraordinário do Andes-SN. Para
enfrentar o recrudescimento dos ataques desferidos
ao Sindicato Nacional, os 281 delegados de 62 seções
sindicais reafirmaram a liberdade de organização sindical como princípio da entidade desde sua fundação
e aprovaram um plano de lutas que visa dar uma resposta à estratégia do governo federal e da CUT/Proifes
de desconstruir a efetiva e autônoma representação
política e sindical dos docentes.
Uma das ações aprovadas é a realização de uma jornada de lutas em defesa do Andes-SN, que culminará
em um grande ato público em frente ao Ministério
do Trabalho e Emprego – MTE em Brasília. Para dar
sustentação à jornada, o plenário apontou a construção
de um movimento político em defesa do Sindicato
Nacional, tanto nas universidades quanto na sociedade,
ampliando as alianças com entidades dos movimentos
sociais e intelectuais, em âmbito nacional e internacional, com o objetivo de desmascarar a farsa articulada
pelo governo com a CUT/Proifes para tentar criar
outro sindicato na base dos docentes das universidades
federais e, assim, destruir o Andes-SN.
Em um congresso marcado pelo clima de respeito,
solidariedade e, principalmente, unidade, os docentes
travaram discussões acaloradas, e referendaram as
decisões tomadas na reunião assemblear de 6/9, nas
imediações da sede da CUT, em São Paulo, quando
foram impedidos de entrar na reunião convocada
pelo Proifes para a criação de outro sindicato docente.
Os 331 participantes do III Congresso Extraordinário
– entre delegados, observadores, convidados e membros da diretoria – declararam que o Andes-SN é o
único sindicato dos docentes do ensino superior do
país e repudiaram a tentativa do governo de tentar
construir um sindicato para rachar a categoria, com
o apoio da CUT/ Proifes. “Este congresso entrará
para a história do movimento sindical brasileiro”,
afirmou o presidente do Andes-SN, Ciro Correia, ao
encerrar o evento.
PARTICIPAÇÃO SOLIDÁRIA – Representantes
de diversas entidades participaram da solenidade de
abertura para prestar solidariedade ao Andes-SN e
reconheceram o importante papel desempenhado
pela entidade na defesa da educação pública e gratuita,
assim como nas lutas mais gerais da classe trabalhadora
por democracia e direitos sociais.
Os representantes da Federação dos Sindicatos de
Trabalhadores das Universidades Brasileiras – Fasubra
Sindical e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional – Sinasefe apresentaram as deliberações de suas categorias no sentido
de reconhecer o Andes-SN como único representante
dos docentes do ensino superior. Os representantes
da Intersindical e da Conlutas manifestaram a mesma
Florianópolis
posição, mostrando-se solidários à luta do Sindicato
Nacional.
Também participaram da plenária e reafirmaram a
disposição de lutar ao lado do Andes-SN representantes do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil - OAB; da Coordenação de Lutas dos Estudantes
(Conlute) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José
dos Campos, da Conlutas-DF, entre outros.
UNIDADE DOCENTE – A proposta de reformar o
Estatuto do Andes-SN, retirando da base do Sindicato
os docentes das instituições particulares de ensino
superior (Ipes), foi rejeitada pela plenária do III Congresso Extraordinário, no final da manhã de domingo
(21/9). Por ampla maioria, a categoria reafirmou o
Andes-SN como o único e legitimo representante
dos professores das instituições de ensino superior
de todo país.
Duas propostas previam a alteração estatutária: a
primeira, apresentada pela Associação dos Docentes da
Universidade de Viçosa (Aspuv S. Sind.), foi rejeitada
por 206 votos contra 33 favoráveis e três abstenções. A
segunda, apresentada pela Adunioeste S. Sind., Adunicentro S. Sind. e SINTUTFPR S. Sind., também foi
rejeitada pela plenária por 141 votos contra 96 favoráveis e três abstenções. Esta última previa a alteração
estatutária com a formalização em cartório condicionada à definição, por parte do Ministério do Trabalho,
de que a medida seria suficiente para a resolução do
impasse sobre o registro sindical.
O presidente do Andes-SN, Ciro Correia, avaliou
que a manifestação da categoria foi bastante clara ao
referendar o entendimento defendido pela diretoria
do Sindicato. “Por ampla maioria, os delegados foram
favoráveis a que se mantenha o estatuto do Andes como
ele se encontra, em um entendimento de que é preciso superar a arbitrariedade que o governo cometeu
contra o Sindicato Nacional ao suspender, de forma
absolutamente imotivada, seu registro sindical, uma
vez vencidos todos os questionamentos judiciários há
mais de 13 anos”.
Para Ciro, o resultado também permitirá que o Sindicato Nacional “centralize suas ações para mobilizar
todos que conhecem e compreendem bem a história e
a luta do Andes, no sentido não só de lutar para que o
governo reverta a suspensão do registro sindical, mas
também para esclarecer à sociedade sobre a gravidade
do que está se passando. O governo quer destruir uma
entidade, à revelia da legislação, justamente porque ela
cumpre seu papel de defender os interesses da sua categoria e, muito mais do que isso, porque essa entidade
tem uma noção abrangente de que o ensino tem que
ser universal, gratuito, e que o governo tem que prover
as condições financeiras e de infra-estrutura para que a
educação efetivamente seja respeitada no país”.
Ao final da votação, a plenária comemorou animada o resultado, com o refrão “o Andes unido jamais
será vencido”. A votação foi precedida de um longo
debate com 40 intervenções entre os que defendiam
a manutenção do Estatuto do Sindicato Nacional e,
conseqüentemente, a representação dos docentes das
IPES, e os que viam na reformulação estatutária uma
forma de pressionar o governo a rever a suspensão do
registro sindical.
Uma das falas mais aplaudidas foi a do professor
Adriano Sandri, demitido pela Universidade Católica
de Brasília - UCB junto com os demais dirigentes da
ADUCB S. Sind. Sandri, que presidia a seção sindical
na época, declarou: “fui demitido durante a Ditadura
militar porque organizei duas greves na FIAT, na clandestinidade. Entrei no Andes sabendo da suspensão do
registro, fui demitido e enfrentei problemas, mas não
me arrependo. Mesmo se essa assembléia votar por nos
retirar do Andes, continuarei sendo Andes”.
FILIAÇÃO À CONLUTAS – Os grupos de discussão não acataram a proposta de revisão da filiação
do Sindicato Nacional à Conlutas, aprovada pelos
docentes durante o congresso de Campina Grande, em
março de 2007. A diretoria da Aspuv-S. Sind., autora
da tese, alegava que uma das causas do afastamento do
Sindicato Nacional das bases da categoria docente seria
a “crescente partidarização das posições do sindicato”,
provocada pelo pressuposto do aparelhamento da
central por um partido político.
Os delegados, entretanto, tiveram outro entendimento acerca do tema. Conforme o 1º tesoureiro do AndesSN, José Vitório Zago, a filiação do Andes-SN à Conlutas
tem se mostrado uma decisão acertada do movimento
docente, pois ela representa, hoje, a única central independente do governo e a única disposta a reorganizar os
trabalhadores brasileiros. Para ele, principalmente neste
momento em que o Andes é vítima de fortes ataques,
a solidariedade da Conlutas e de suas entidades filiadas
tem sido fundamental para o Sindicato.
“A Conlutas é a única central contrária ao imposto sindical e qualquer outra forma de contribuição
compulsória dos trabalhadores, o que também é o
entendimento do Andes-SN. Além disso, a Conlutas
tem demonstrado uma atuação ativa no processo de
reorganização dos trabalhadores, com campanhas
contra a criminalização dos movimentos sociais e
sindicais, pela retirada das tropas brasileiras do Haiti,
entre outras, que são posições que o Andes-SN corrobora”, acrescenta.
Zago lembra ainda que a relação do Andes-SN com
a Conlutas tem se intensificado cada vez mais. “Tanto
o Andes-SN quanto suas seções sindicais participaram
do 1º Congresso da Conlutas e, desde a última reunião
da coordenação nacional da entidade, o Andes-SN
passou a integrar a secretaria-executiva da Conlutas.
Esses fatos aprofundam a relação das duas entidades,
que deve ser aprofundada, conforme decisão congressual”, conclui.
Fonte: InformAndes Online nº63 – 26/09/08
os problemas do nosso ambiente de trabalho, uma vez que,
creio, temos o direito a um ambiente saudável.
É curioso o fato de que, em toda a história da ApuNo Boletim da última semana
publiquei artigo intitulado “Mal- fsc, jamais houve um presidente que tivesse tanto apoio
dita Geni” no qual faço críticas ao como obteve o professor Armando. Em dado momento
presidente da Apufsc por não cum- da gestão, ele recebeu um abaixo-assinado de apoio com
prir uma deliberação de Assembléia uma quantidade de assinaturas que, se não me engano,
e explicar publicamente o seu ato era superior à quantidade de votos que a chapa da qual
responsabilizando a diretoria do fazia parte recebera na eleição. Poderíamos analisar seu
Andes. Isto é, eximindo-se de responsabilidade por meio comportamento como algo assim: sente-se com tanto
da imputação de culpa a outro. Questionava, portanto, respaldo que considera que pode fazer o que quer, sem
que o presidente não tinha o direito de agir diferente- respeitar instâncias deliberativas: apoiar candidatos, conmente das definições emanadas pelas instâncias de de- tratar advogados antes de sua aprovação pela assembléia,
liberação. O novo regimento da Apufsc é bastante claro deixar com o irmão cheques da Apufsc por ele assinados
ao definir que a diretoria é um órgão executivo e não durante período de viagem.
Há, no meu entender que se observar alguns aspectos
deliberativo. Pensava que a crítica pública, no boletim,
seria suficiente para que o professor Armando Lisboa desse apoio. Na semana anterior, no boletim 653, há um
refletisse sobre sua prática equivocada, revisando o seu artigo assinado por um grupo de colegas intitulado “pela
comportamento. No entanto, este nos surpreende com renovação da Apufsc”, que se dedica a apoiar o atual
aparição no programa eleitoral da candidata Ângela presidente e, seguindo uma prática mais ou menos coAlbino, do PCdoB, ao qual compareceu para levar apoio mum de um movimento chamado “nova Apufsc”, separa
àquela candidatura, sendo apresentado, na telinha, o presidente (o bem, ou o novo) do restante da diretoria
(o mal, ou o velho).
como presidente da Apufsc.
No artigo encontramos: “Um contexto com tais ingreO professor Armando Lisboa não apenas não refletiu
sobre seu comportamento desrespeitoso em relação a uma dientes exigia um corpo dirigente unificado em torno de
assembléia, como ultrapassou os limites da autonomia do sua liderança, afinidade em procedimentos, solidário em
sindicato. Pessoalmente ele tem o direito de apoiar quem suas deliberações”. Não fica claro se os colegas se referem
ele quiser, mas enquanto presidente da Apufsc ele fala por a deliberações do “corpo dirigente” ou de “sua liderança”.
uma organização que é coletiva, ele fala por todos nós. O Na seqüência lê-se: “Por razões que caberia melhor inocorrido não é um fato menor e que mereça que passemos vestigar, foi tudo o que não tivemos. Pelo contrário, o que
a mão na cabeça do professor Armando, perdoando-o, vimos foi uma conflagração interna, dirigentes em aberta
insubordinação aos parâmetros mínicomo se ele não tivesse noção de que
mos de funcionalidade organizacional,
não poderia ter feito isso. Seu gesto é
HÁ UM APELO
de convivência e civilidade”. Sugerem,
inaceitável.
então, que o restante da diretoria é
Porém, gostaria de tratar do propara se pôr
insubordinado. Ora, é insubordinado
blema sob outro nível de preocupação,
em relação a quem? E, como o que
que não apenas o do comportamento
a “liderança”
interessa, aos autores, são os adjetivos,
individual, mas o de sua relação com
acima das
a mera construção de imagens, o texto
o coletivo. Sob o meu ponto de vista,
continua: “É sempre muito difías atitudes que critico no presidente
normas e regras assim
cil identificar a origem, as motivações
da Apufsc são apenas sintomas de uma
e interesses de tais entropias, e mais
doença e não a doença em si. Como
sabemos, se uma doença é tratada apenas relativamente ainda isolar responsabilidades”. Sugere, na minha peraos sintomas, a cura não ocorre e a doença pode progre- cepção, que existe um apelo à colocação da “liderança”
dir. Acontece que há uma doença na universidade que é acima das normas, das regras. Isto é, ele pode fazer o
coletiva, que afeta todos nós que nela trabalhamos, cujos que quiser e aqueles que manifestarem oposição aos seus
sintomas manifestam-se em indivíduos. Estes podem atos são insubordinados, curiosamente, em relação “aos
tomar remédios, procurar médicos e psicanalistas. Mas, parâmetros mínimos de funcionalidade organizacional,
como tratar alguma coisa que está afetando todos nós, de convivência e civilidade”.
Tudo isso me sugere que o comportamento do atual
quando as relações no interior dos departamentos estão
esgarçadas, quando nosso ambiente de trabalho é doentio? presidente, desrespeitoso em relação à democracia e à
Certamente tratamento não se dará num divã, mesmo autonomia da Apufsc, foi alimentado por seus apoiadoporque não existe um tão grande em que caiba mais de res, mas não quero acreditar que seja o desejo de todos,
mil professores. O mal que nos abala, que nos faz ficar o que seria um sintoma a demonstrar que a doença
doentes só poderá ser enfrentado por meio de práticas que nos acomete coletivamente seria muito mais séria.
insurgentes em relação às causas e não aos sintomas. A Penso que ela poderá se agravar caso a Apufsc venha a
insurgência é uma ação coletiva e não individual e, por ser aparelhada pela Reitoria. Espero que não seja esta
a intenção da atual administração em relação às próisso, o sindicato é importante.
Se por um lado, o que ocorre na Apufsc é expressão do ximas eleições da Apufsc e do DCE, ambas convocadas
que ocorre na Universidade, a primeira não pode simples- para outubro.
mente se adaptar à segunda. Ao contrário, o sindicato deve
ser o espaço no qual nos organizamos para enfrentarmos Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo
29 de setembro de 2008
4
Ato unificado
faz defesa da
saúde pública
Este momento é decisivo! O projeto do
governo federal que privatiza o serviço público - o PL 92/2007 - está prestes a ir à votação
na Câmara dos Deputados. Tal projeto visa
transformar instituições - como o HU e até
a própria UFSC - em Fundações Estatais
de Direito Privado. Assim, o governo não
terá mais a responsabilidade de manter tais
instituições, e a população será obrigada a
pagar duas vezes. Uma, através de impostos,
e a outra, para usar serviços que deveriam ser
públicos, como fazer uma consulta médica,
ser atendido no hospital ou ir à escola!
O modelo dessa privatização disfarçada
em fundações, parcerias público-privadas,
terceirizações, já é praticado em nosso
Estado. O governo de Luiz Henrique da Silveira, que já privatizou o Hospital MaternoInfantil de Joinville, também não respeitou
a vontade da sociedade, dos pacientes e
dos servidores do HEMOSC e do CEPON,
que lutaram quase três anos para evitar a
privatização dessas instituições, que eram
100% SUS.
Este governo, de forma arrogante, entregou a administração das duas instituições
para uma entidade privada, a FAHECE,
chamada de “organização social”. E essa
privatização já provoca estrago na vida
do povo catarinense. A cada dia, cresce no
Cepon o atendimento através de planos de
saúde privados. Muitos pacientes do SUS,
que antes eram atendidos no Cepon, agora
estão sendo encaminhados às emergências
A tal portaria já desvincula o pessoal do
Hospital Universitário da folha de pagamento
da UFSC, além de providenciar o inventário
dos bens do HU. Então, que ninguém se
engane: as universidades, como a UFSC,
também estão na lista das privatizações, bem
como escolas, postos de saúde, instituições de
pesquisa, tecnologia, meio ambiente, serviço
social, etc.
Na UFSC, já está mais difícil ser atendido
pelo SASC (Serviço de Atendimento à Saúde
Comunitária), que funciona no HU. É o
de outros hospitais ou largados à própria anúncio de um ataque, que vai ser aprofunsorte. Os doentes testemunham, diaria- dado, aos diretos de estudantes e trabalhamente, “sofrendo na pele”, a demora para dores. Mais uma estratégia para privatizar.
ter estes atendimentos depois que o Cepon E tudo de forma mascarada.
Contra esse projeto gravíssimo, que tira
deixou de ser público.
Antes, a marcação de exames para fazer a do povo o que ainda é 100% público, reaquimioterapia era no próprio Cepon. Agora vivamos em Santa Catarina o Movimento
os pacientes têm que ir aos postos de saúde Unificado contra as Privatizações, reunindo
de seus municípios para agendar os exames, diversas entidades sindicais, estudantis, populares e sociais. E juntos,
entrar na fila da dor, e
estamos convocando você
aguardar, sabendo que o
ATO CONTRA
a participar desta grande
câncer não espera. Para a
corrente para defender o
primeira quimioterapia é
fundações
que é público, é do povo!
exigida uma autorização
Aqui, na UFSC, deveestatais será
junto à Secretaria de Saúde,
mos
também cobrar da
o que atrasa o tratamento
realizado
nesta
Reitoria
que oficialize
em cerca de dez dias. Enimediatamente
as 30 hoquanto isso, pacientes com
terça-feira, 30
ras de trabalho semanais
plano de saúde privado
para os trabalhadores,
chegam antes na fila para a
realização da quimioterapia, da radioterapia para garantir a qualidade do trabalho e
aumentar o tempo de atendimento à coe outros procedimentos médicos.
E não são apenas os pacientes que sofrem. munidade para 12 horas com 2 turnos de
Os servidores públicos lotados no Cepon e no 6 horas por dia.
Essa luta é sua e com ela ganha toda a
Hemosc estão sendo pressionados a assinar
sociedade!
um termo de cedência. Caso sejam“cedidos”
Defendemos:
para a tal organização social, a Fahece, correm
- O Serviço público de qualidade, gratuito
o risco de perderem importantes direitos,
e ampliado - para todos!
adquiridos através de concurso público.
- O HU e a UFSC públicos e gratuitos!
ALTO RISCO PARA O HU – É isso que
- O SASC - Serviço de Atendimento à
está sendo tramado para acontecer em breve
Saúde
Comunitária!
nos HUs. Lula tem pressa: a Portaria nº 04/
Os
direitos dos trabalhadores -6h para
MPOG/2008, já em vigor, separa os HUs da
atender
12h a comunidade!
universidades, para privatizá-los em seguida.
MOVIMENTO UNIFICADO CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO:
DCE/UFSC – APG/UFSC – Enefar/UFSC - Apufsc – Sintufsc – Aprasc – Sinasefe – Sintraturb – Conlutas – Sinte/SC – Sindsaúde – MST – Ufeco –
União Moradia Popular/SC – Consulta Popular – Sintespe – Sintrafesc – Sindprevs – Sintrasem – Sindaspi – MUP – Adessc – Sinte-Florianópolis.
1° Secretário: Idaleto Malvezzi Aued
2° Secretário: Edgard Matiello Júnior
Publicação semanal da Apufsc
(Associação dos Professores da
UFSC), Seção Sindical do Andes
– Sindicato Nacional
DIRETORIA
GESTÃO 2006/2008
Presidente: Armando de Melo Lisboa
Vice-Presidente:
Secretária Geral:
Tesoureiro Geral:
1° Tesoureira: Sandra M. Bayestorff
2° Tesoureiro: Roberto Ferreira de
Melo
Diretor de Divulgação e Imprensa:
Fernando Ponte de Souza
Vice-Diretora de Divulgação e
Imprensa:
Diretora de Promoções Culturais e
Científicas: Albertina Dutra Silva
Vice-Diretor de Prom. Culturais e
Científicas:
Diretora de Promoções Sociais:
Maristela Fantin
Diretora de Política Sindical: Doroti
Martins
Diretor de Relações Institucionais:
Carlos Becker Westphall
Diretora de Assuntos de
Aposentadoria: Irmgard Alba Haas
CONSELHO FISCAL
Efetivos: Ivo Sostisso, Jonas Salomão
Spricigo, Arthur Ronald de Vallauris
Buchsbaum
Suplentes: Marco Aurélio Da Ros,
Edmundo Vegini, Maurício Roberto
da Silva
PRODUÇÃO
Jornalista Responsável Ney
Pacheco (SC - 735 JP)
Projeto gráfico e editoração
eletrônica Tadeu Meyer Martins
Impressão Gráfica Rio Sul
Tiragem 3.500 exemplares
Distribuição gratuita e dirigida
ENTRE EM CONTATO
Endereço Sede da APUFSCSSind, Campus Universitário, CEP
88040-900, Florianópolis – SC
Fone/fax (048) 3234-2844
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Florianópolis
BOLETIM APUFSC
29 de setembro de 2008
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