XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL APRESENTADO PELO PROCESSO DE OCUPAÇÃO URBANA NA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO QUILOMBO Alessandra Cristina Medeiros Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - FEMP - UNIMEP fone (0xx19) 34077016 - E-mail: - [email protected] João Moreno Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - FEMP - UNIMEP fone (0xx19) 97895272 - E-mail: [email protected] Abstract The fast process of urbanization transforms the landscape and changes the uses of land and degrade the environment. This is a worldwide phenomenon that has also occurred in Brazil since the sixties and mostly in the seventies. A number of social-economic as well environmental problems emerge from this fast process of urbanization, especially in the state of Sao Paulo. Due to this lack of environmental management, it is becoming increasingly necessary to fully understand the various facts and processes that interact in space, together with the studies and diagnosis of human intervention on the environment. In this context, the present work aims to analyze the environmental risk presented by the urban occupation process within the river Quilombo sub-basin, located in Americana-SP. This analysis was carried out through the Geographic Information System (GIS) Idrisi 23.2 using the FUZZY and WEIGHT modules in order to standardize and develop levels of importance for the group of factors in the Multiple Criteria Analysis as well through the remote sensoring. Keys Words: uses of land, urbanization, environmental risk. 1. Introdução O processo de degradação ambiental que vivemos na contemporaneidade, é em parte conseqüência da urbanização acelerada desordenada, em especial no final do século XX e pela incompatibilidade de seus usos em relação às características físico-ambientais (naturais), pois trouxe alterações significativas as cidades tornando-se assim cada vez maiores as pressões sobre os recursos naturais. As ações antrópicas no ambiente urbano tem gerado de forma significativa um aumento de resíduos de diferentes naturezas. De acordo com Simões (2001), as áreas urbanas concentram o escoamento devido as grandes áreas impermeáveis que não permitem a infiltração das águas fluviais, permanecendo acima da superfície e acumulando e escoando em grandes quantidades e atingindo os rios com velocidade e grande volume, erodindo assim suas margens, danificando a vegetação e alargando os canais. ENEGEP 2002 ABEPRO 1 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 Para Pereira & Carvalho (1999), o espaço urbano é composto por uma multiplicidade de fatores complexos e por esta razão faz-se necessário intervir nas cidades para uma tentativa de leitura de todas as variáveis que interferem nessa realidade. Assim se faz necessário um planejamento urbano a partir de um zoneamento ambiental para garantir a qualidade de vida da população local e do ecossistema urbano. Segundo Tucci (1993) citado por Orsi (2000), a análise de características como topografia, drenagem e tipo de solo, pode-se chegar a um zoneamento adequado de usos em determinado espaço geográfico. Desta maneira, determina-se as áreas de preservação de mananciais, áreas de expansão urbana e industrial, enfim o uso do solo obedece as características naturais da bacia. Para isso, a utilização do geoprocessamento é um instrumento que possibilita um entendimento mais profundo da realidade urbana, auxiliando assim segundo Pereira & Carvalho (2000) em decisões a se tomar sobre o espaço urbano, pois uma das funções básicas do geoprocessamento é a análise espacial, a qual produz informação nova e pode auxiliar em processos de decisão, tornando–se um instrumento eficiente de leitura das cidades contemporâneas, considerando a complexibilidade que as definem. Outros autores como Covington et al. (1988) e Lai (1990), citados por Santos, Carvalhais e Pires (2001) afirmam que o sistema de informação geográfica é um instrumento viável para estudos do meio ambiente, planejamento ambiental e gerenciamento de recursos naturais. Para Rocha (1991) citado por Piroli et al (2000), uma das maneiras mais simples e eficazes de planejar e assegurar o desenvolvimento do ambiente é o trabalho com as microbacias hidrográficas, as quais podem ser subdivididas em sub-bacias e microbacias. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo analisar o risco ambiental apresentado pelo processo de ocupação urbana na sub-bacia do Ribeirão Quilombo no município de Americana-SP através do sistema de informação geográfica (SIG) – Idrisi utilizando os módulos Fuzzy e Weight para padronizar e desenvolver níveis de importância para grupo de fatores em Análise de Múltiplos Critérios (MCE) e também através de Sensoriamento Remoto. 2. Material e Métodos Realizou-se o presente estudo na região da sub-bacia Ribeirão Quilombo, pertencente a uma das sub-bacias de drenagem que constitui o rio Piracicaba sendo as outras duas o Rio Jaguari e o rio Atibaia, os quais se localizam no município de Americana. O principal afluente do rio Piracicaba no município de Americana é o Ribeirão Quilombo que corta a cidade no sentido norte-sul. E segundo Gobbo (1999), o ribeirão recebe aproximadamente 8.000 Kg DBO/dia em detritos industriais e 1.800 Kg DBO/dia em despejos domésticos, sendo assim considerado um dos rios mais poluídos. O Ribeirão Quilombo nasce no município de Campinas, no Chapadão e deságua no rio Piracicaba. Esta ligado a história e a geografia dos municípios que é banhado por ele, ou seja, Campinas, Hortolândia, Nova Veneza, Sumaré, Nova Odessa e Americana e também aos primeiros registros históricos relacionados nos documentos das sesmarias no século XVIII. Os materiais empregados neste trabalho foram à imagem orbital, obtida do sensor Thematic Mapper (TM), instalado a bordo do satélite Landsat 5, sob a forma de imagem digital da passagem em Jun/2001, órbita21976, quadrante A e sub C, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); Cartas do Brasil Topográficas de Americana editadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1969 com escala 1:50.000 com eqüidistâncias das curvas de nível de 20 em 20 metros, adquiridas no IBGE; Carta Pedológica da quadrícula de Campinas na escala 1:500.000 e a Carta Geológica na escala 1:100.000, ambas elaboradas e fornecidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC). ENEGEP 2002 ABEPRO 2 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 Para a elaboração dos mapas temáticos topográfico, hidrográfico, pedológico, geológico, delimitação do perímetro do município, sub-bacia do Ribeirão Quilombo, modelo digital do terreno (mdt) e infra-estrutura em formato digital utilizou-se a digitalização manual via mesa digitalizadora Summagraphics Summagrid V formato A1. Essa digitalização foi feita no software Cartalinx, onde os mapas em papel foram convertidos para a forma digital. O método de digitalização que foi utilizado consistiu na fixação do mapa sobre a mesa digitalizadora traçando-se depois as feições de interesse com um cursor, de acordo com os procedimentos exigidos pelo software para possibilitar o processamento dos dados no software Idrisi 32.2, pois este através de seus módulos permitiu a realização das diferentes tarefas. O Idrisi 32.2, segundo Eastman (1998) é um sistema de informação geográfica (SIG) e um software para processamento de imagens, desenvolvido pela Graduate School of Geography da Clark University. Ele cobre todo espectro de necessidades de SIG, que é um sistema auxiliado por computador para aquisição, armazenamento, análise e visualização de dados geográficos e de sensoriamento remoto o que permite uma rápida integração dos resultados de análise. Na digitalização da Carta Topográfica utilizou-se a mesma base para as curvas de nível, para a delimitação do perímetro do município de Americana, hidrografia e infra-estrutura, originando e armazenando mapas de forma individual no sistema para posteriormente serem cruzados e gerar outras informações do meio físico. A partir do mapa topográfico digital gerado no Cartalinx 1.2, foi possível converter de formato vetorial para raster e gerar através do módulo Surface Interpolation o modelo digital do terreno (mdt), que é uma representação matemática da distribuição espacial da altitude, ou seja, é um conjunto de dados de coordenadas x, y, z, onde a coordenada z representa a altitude de um ponto do espaço bidimensional. Com o modelo digital do terreno, foi gerado através do módulo Surface um mapa de declividade em porcentagem; sendo também importante, juntamente com a pedologia na obtenção do mapa referente às áreas de riscos a erosão (Figura 2). Figura 1- Imagem da Declividade Utilizando-se do Idrisi 32.2 o módulo Digitaize sob o mapa digital de hidrografia, foi possível delimitar a sub-bacia do Ribeirão Quilombo, ou seja, a área de estudo. Através da matriz de decisão para determinação da suscetibilidade a erosão adaptada de Ranieri (1996) citada por Moreno (2000), utilizou-se o módulo Overlay para cruzar a imagem de pedologia com a imagem de declividade, originando assim a imagem de suscetibilidade a erosão, como mostra a Figura 2. ENEGEP 2002 ABEPRO 3 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 Figura 2- Imagem de Suscetibilidade a Erosão Após a geração das imagens foi preciso padronizá-las para uma mesma escala para possibilitar sua integração. Para isso, utilizou-se a rotina FUZZY que segundo Eastman (1998), é um módulo de padronização de fatores para um intervalo de 0 a 255 onde os valores próximos a 0 indicam áreas de risco, enquanto os valores próximos a 255, indicam áreas de baixo risco ou áreas de uso adequado que são usados na análise por múltiplos critérios, conforme Figura 3. Assim para criar as imagens FUZZY, utilizou-se os seguintes fatores: Fator Distância dos Corpos d´Água: utilizou-se para esta classificação a função sigmoidal crescente com o primeiro ponto de inflexão em 30 metros, devido a área de preservação permanente estipulada pelo Código Florestal Brasileiro (Lei 4771/65) para cursos d´água menores que 10 metros de largura, sendo uma restrição com valor 0. O segundo ponto de inflexão foi em 130, pois considerou-se que numa extensão de 100 metros além dos 30 metros, haja uma influência gradativa sobre a área de preservação, sendo que a partir desta distância a área pode se tornar apta atribuindo portanto o valor 255. Fator Declividade: para esta classificação utilizou-se a função sigmoidal simétrica, pois de acordo com a Lei CONAMA 004/85 as áreas com declividade de 0 a 3% devem ser preservadas devido serem áreas de várzea e por isso a curva deve ter o primeiro ponto de inflexão em 3. Já as áreas com declividade de 10 a 15%, apresentam maior tolerância a ocupação urbana, devendo ser o segundo ponto de inflexão em 10 e o terceiro ponto de inflexão em 15. Segundo a Lei 6766/79 (Lei Lehman), áreas maiores que 30% devem ser destinas a preservação, portanto com o quarto ponto de inflexão em 30. Fator Suscetibilidade a Erosão: analisando a imagem de erosão (Figura 3) utilizou-se para esta classificação a função sigmoidal simétrica, conforme Figura 4) com o primeiro ponto de inflexão em 4 (alta suscetibilidade a erosão) o segundo em 1 (muito baixa suscetibilidade a erosão) o terceiro ponto o valor 3 (média suscetibilidade a erosão) e o quarto ponto de inflexão em 5 (muito alta suscetibilidade a erosão). Fator Distância dos Corpos d´Água Fator Declividade Fator Suscetibilidade a Erosão Curva sigmoidal crescente Curva sigmoidal simétrica Curva sigmoidal simétrica Figura 3- Gráficos das Curvas. ENEGEP 2002 ABEPRO 4 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 Padronizadas as imagens através da rotina Fuzzy do Idrisi 32.2, estas foram comparadas na rotina Weight admitindo valores pela importância de arquivos, ou seja, uma imagem em relação à outra, conforme a Tabela 1. Assim estabeleceu-se os pesos de importância relativa, como mostra a Tabela 2 entre dois fatores se referindo a comparações pareadas, que segundo Eastman (1998), estes pesos são usados no módulo MCE (Análise de Múltiplos Critérios) do Idrisi que faz combinação linear na determinação de aptidão das imagens para o objetivo determinado. Calculado os pesos, obteve-se uma razão de consistência de 0.00, sendo assim aceitável. Portanto, na comparação pareada foram admitidos pesos maiores para os corpos d´água, por ser um dos principais fatores a sofrer impactos pela urbanização, em seguida a erosão devido ser um fator que determina a potencialidade da área e em terceiro a declividade por ser um fator de equilíbrio. Arquivos Declividade Erosão Declividade Erosão Rios 1 3 5 1 2 Rios Arquivos Pesos 1 Declividade Erosão Rios 0.1095 0.3090 0.5816 Tabela 1- Parâmetros de comparação entre arquivos. Tabela 2- Pesos de importância para os arquivos. Processada a imagem da Análise de Múltiplos Critérios (MCE), conforme Figura 5, foi necessário delimitar com o módulo Digitaize a área urbana na imagem satélite utilizando a banda 5, pois esta apresenta uma boa discriminação visual para identificar a malha urbana. Para isso, foi necessário georeferenciar a imagem de satélite das três bandas isoladamente através do módulo Edit e Resample seguidos pelo módulo Expand (devido à resolução da imagem satélite ser de 30 m e expandir para 10 m a área de trabalho como resolução espacial adotada) para ajustá-la ao sistema de coordenadas geográficas considerado como referencia no Brasil, que é o sistema UTM (Universal Transversa de Mercator). Posteriormente utilizou a composição falsa cor das bandas 3, 4 e 5 no sistema RGB, conforme Figura 4, uma vez que nesta composição os corpo d´água parecem em tons azulados, as florestas e outras formas de vegetações em tons esverdeados e os solos expostos e a malha urbana em tons avermelhados. Para o georeferenciamento foram empregados 13 pontos de controle identificáveis tanto na imagem de satélite como nas cartas base (mapa de infra-estrutura juntamente com hidrografia) em formato raster. Figura 4- Imagem composição colorida (falsa cor) RGB 345 – Jun/2001. ENEGEP 2002 ABEPRO 5 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 Feito o georefernciamento da imagem satélite e utilizando a composição falsa cor das bandas 3, 4 e 5 fez-se Overlay de multiplicação com a sub-bacia do Ribeirão Quilombo para possibilitar delimitar a área urbana e em seguida através do módulo Crosstab utilizando as imagens do perímetro urbano e do MCE, pode-se identificar as áreas impactadas ambientalmente e posteriormente utilizou-se o módulo Edit e Assign para reclassificar a imagem para uma melhor visualização, como mostra a Figura 6. 3. Resultados e Discussões A imagem resultante do módulo MCE possui valores que variam de 0 a 255 byte que, variam de acordo com a sustentabilidade a impactos ambientais em função dos fatores determinados anteriormente, onde o valor 0 indica áreas sem aptidão, ou seja, os rios com a área de preservação permanente juntamente com declividades impróprias a ocupação urbana e áreas suscetíveis à erosão. E o valor 255 indica áreas sem impactos ambientais. Em seguida, fez-se uma reclassificação, para obter uma melhor visualização através da rotina RECLASS do Idrisi 32, conforme a Figura 5, considerando que as áreas que possuem valores de 1 a 200 são de restrição, ou seja, são áreas próximas a rios, áreas de várzea ou áreas suscetíveis as erosões (categoria 1). Já as áreas com valores entre 200 a 230 são áreas com restrição (categoria 2), sendo que as áreas com valor superior a 230 indicam áreas sem restrição, pois são áreas livres de impactos ambientais e com melhores condições de solo e relevo, portanto são aptas à ocupação. Figura 5- Zoneamento ambiental da urbanização Através do módulo Area,foi possível demonstrar quantitativamente a área correspondente a cada subdivisão por categoria, como mostra a Tabela 3 e com isso verificou-se que a maior parte da bacia encontra-se em áreas de riscos ambientais. Categoria Área (Hectares) % da Área Total Urbanização 1 2 3 Total 871.79 1888.37 1390.75 4150.91 21 45 34 100 Áreas Impróprias Riscos Ambientais Áreas Apropriadas Tabela 3- Quantificação de áreas e distribuição percentual sobre cada ocupação. Verifica-se através da Figura 6, que muitas áreas urbanizadas não respeitaram a legislação, pois estão localizadas em áreas impróprias a ocupação urbana. Assim analisando a evolução urbana de Americana, fica evidente que durante as décadas de 40 a 50 a urbanização se deu de forma desordenada devido à falta de legislação ambiental, mas nas ENEGEP 2002 ABEPRO 6 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 décadas seguintes foi devido à falta de planejamento e controle do solo que são aspectos básicos da política e desenvolvimento urbano. Figura 6- - Impactos da Urbanização na Hidrografia Através da álgebra booleana, pode-se identificar as áreas críticas do ponto de vista ambiental da categoria 2 (Tabela 3) , ou seja, as áreas consideradas de riscos: enchentes e erosão, demonstrados assim na Figura 7, bem como suas respectivas áreas impactadas demonstradas na Tabela 4. Figura 7- Riscos Ambientais à Urbanização - Caracterização. Categoria Área (Hectares) % da Área Total Urbanização 1 2 3 4 5 6 Total 1125.08 342.39 6.12 6.75 38.25 369.78 1888.37 27.0 8.0 0.1 0.1 0.8 9.0 45.0 Crítica a Enchente / Baixa Erosão Imediato a Enchente / Baixa Erosão Crítica a Enchente / Média Erosão Imediato a Enchente / Média Erosão Sem ocorrência a Enchente / Média Erosão Sem ocorrência a Enchente / Alta Erosão Tabela 4- Quantificação de áreas e distribuição percentual em relação à bacia. N a Figura 7, é possível identificar que mesmo as áreas sem risco a enchentes apresentam erosão alta, ou seja, mesmo nestas áreas é necessário um processo de mitigação - políticas ENEGEP 2002 ABEPRO 7 XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002 públicas eficientes propiciando a ordenação dos instrumentos para uso e ocupação do solo (Plano Diretor) - que aponte medidas eficazes, buscando minimizar os impactos. 4. Considerações Finais Pôde-se verificar que algumas das áreas já ocupadas são mais vulneráveis e devem, portanto, ter prioridade no caso de execução de uma intervenção pública. Tanto os dados básicos quanto o resultado da análise constituem importante subsídio para a elaboração de um plano de manejo para a área. Os resultados confirmaram que ações devem ser desencadeadas para reduzir o processo de degradação da bacia e ações de recuperação devem ser implementadas, ou seja, principalmente devido às áreas de inundações é necessária a recuperação e preservação das margens do ribeirão em concordância com a legislação, bem como projetos de drenagem estabelecendo assim mais áreas verdes visto que Americana possui um baixo índice de vegetação de 2,04 m2/hab o que representa 0,37% da área urbana do município, segundo Gurtler (2000). Desta forma, considera-se a utilização das ferramentas de apoio à decisão imprescindível ao planejamento ambiental, pois este trabalho demonstrou que a utilização do Sensoriamento Remoto e dos Sistemas de Informação Geográfica para estudos dessa natureza é viável, possibilitando a obtenção de informações importantes para ações de planejamento urbano e ocupação do espaço. Referências COVINGTON, W. W. et al. A decision support system for multiresource management. Journal of Forestry, 1988. EASTMAN, J. R. Idrisi for windows: Introdução e exercícios tutoriais. Editores da versão em português, Heinrich Hasenack e Eliseu Webwe. Porto Alegre, UFGS Centro de Recursos Idrisi, p.1, 1998. GURTLER, S. Mapeamento e análise da distribuição de áreas verdes urbanas do município de Americana-SP. 2000, Trabalho de Conclusão de curso (Ecologia), Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro LAI, p. 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