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Brasil, Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2011
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03/01/2011 17h40
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O tempo todo e em todo lugar recebemos estímulos para consumir os mais variados produtos e
serviços. No outdoor, há uma propaganda de roupas com atores famosos. Na revista,
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eletrodomésticos. Na TV, aparelhos de ginástica importados. Sem mencionar os filmes e as
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de
comida.
Em
jornais,
promoções
de
novelas que divulgam os produtos dos seus patrocinadores.
"As pessoas não percebem um limite para o qual você acaba simplesmente gastando seu
dinheiro, seu tempo, seu estresse, sua energia para ganhar dinheiro e comprar coisas que não
vão melhorar sua vida e que torna insustentável tanto o lado individual quanto o planeta e a
sociedade em que a gente vive", afirma o coordenador-geral do seminário Diálogo Nacional –
Rumo à Rio+20, Aron Belinky.
"A maior parte de nós tende a comprar coisas por impulso ou, simplesmente, por conta daquela
ideia de que quanto mais você tem, melhor você vive", reitera o também colaborador do Instituto
Vitae Civilis em projetos como as atividades da Green Economy Coalition no Brasil.
O problema dessa falta de limite e da necessidade de possuir muito em busca de uma vida
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melhor são as consequências negativas para o meio ambiente e a sociedade. Por isso, é
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extremamente importante cada pessoa ter consciência dos impactos que a sua compra vai
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causar e, assim, optar pelo caminho mais sustentável.
Conheça os quatro pontos essenciais para ser consciente
"Há dez anos, quando o Akatu começou, eu lembro de uma das primeiras entrevistas que dei. O
jornalista me perguntou se era possível existir consumo consciente, porque pela própria
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natureza do consumo ele seria inconsciente", lembra o presidente do Instituto, Helio Mattar. "O
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que coloquei veio se confirmar: ele será inconscitente enquanto as pessoas não tiverem
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percepção do impacto que o consumo tem sobre a sociedade e o meio ambiente".
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Segundo ele, para uma mudança de comportamento mais efetiva, é importante as pessoas
terem clareza, ou seja, terem consciência de quatro questões em relação ao consumo:
Todo e qualquer consumo sempre causa impactos sobre a sociedade e o meio ambiente;
Todos nós vamos ser atingidos pelos consumos dos outros. Quer dizer, quando uma pessoa
consome, toda a sociedade sofre as consequências;
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Cada pessoa individualmente deve fazer sua parte, pois ela tem um impacto enorme. Por
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exemplo, se uma pessoa que escova o dente três vezes ao dia por dois minutos sempre fechar
a torneira, durante seus 73 anos vai economizar quase 1 milhão de litros de água. Isso
representa, aproximadamente, 900 caminhões-tanque com 10 mil litros de água;
Cada um de nós tem capacidade para mobilizar outras pessoas a mudarem seu
comportamento.
O grande problema do processo de sustentabilidade para Helio é que ele parte de uma
sociedade totalmente insustentável. Assim, sair da total insustentabilidade para alcançar a
sustentabilidade é um caminho difícil e cheio de contradições.
"Basta a gente pensar que, aqui no Brasil, um produto orgânico, todo direitinho em termos de
agrotóxico e saúde do consumidor, vai ser transportado por caminhões a diesel e, portanto, vai
causar o aquecimento global", exemplifica. O que existe são produtos mais ou menos
sustentáveis.
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/tem-como-ser-sustentavel-sem-deixar-de-c... 31/1/2011
Tem como ser sustentável sem deixar de consumir? | Consumidor - Correio do Estado Página 2 de 3
As pedras no caminho da sustentabilidade
Um dos empecilhos para alcançarmos essa sociedade sustentável é o preço cobrado pelos
produtos que protegem o meio ambiente e as pessoas. De acordo com o presidente do Instituto
Akatu, os consumidores não têm disposição para pagar mais pela sustentabilidade.
Porém, o que os consumidores esquecem é que eles vão pagar mais caro de qualquer forma,
sendo hoje ou no futuro. Helio Mattar explica que, se a pessoa quer um preço menor hoje, vai
comprar o produto comum, que tem agrotóxico. Mas isso significa que ela vai ingerir
determinados elementos químicos que não vão ser bons para a saúde. "Mais do que isso, vai
permitir, através da compra, que seja colocado agrotóxico no solo, poluindo a terra e as águas
dos lençóis freáticos. Isso tem custo. Sua saúde no futuro vai ter custo e a correção dos
problemas ambientais também", alerta.
Outros empecilhos destacados por Aron Belinky são as faltas de informação e de alternativas.
"Por um lado, eventualmente, a pessoa não tem informação para poder decidir. Ela vê dois
produtos na prateleira, mas não sabe qual deles é mais ou menos impactante para o meio
ambiente. Por outro, às vezes simplesmente não tem oferta nem soluções mais sustentáveis".
É o caso, por exemplo, do deslocamento nas cidades. "Muitas vezes, você não tem transporte
público de qualidade e não tem alternativa que não seja um carro particular, poluente e que
ocupa espaço", cita o coordenador-geral do seminário Diálogo Nacional.
Seja consciente também no uso e na hora de jogar fora
Uma forma de tentar acelerar o processo de mudança, de acordo com o presidente do Akatu, é
ter na sociedade modelos de pessoas que deem o exemplo. "Principalmente pessoas que têm
grande carisma para a população, como um artista, um personagem de novela, um religioso ou
um professor. São pessoas que têm grande capacidade de influir. São formadores de opinião."
Além disso, as pessoas precisam entender que o consumo consciente envolve a compra, mas
também o uso e descarte do produto. "Você pode ser consciente na compra, buscando um
produto cuja produção teve menos impacto. No uso, como fechar a torneira enquanto escova os
dentes. E no descarte, procurando reciclar e tendo certeza de que utilizou o produto até o fim da
sua vida útil", ensina Helio Mattar.
Já para Jorge Polydoro, presidente do Instituto Amanhã, "com informação e o aparecimento de
fenômenos, como o frio e calor exagerados ou as chuvas intensas em regiões e momentos em
que não existia tanta chuva, as pessoas vão sentir na pele o problema e isso vai ajudar a
conscientizar".
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Comentários (1)
Anônimo
30/01/2011 07h 23m
ggf
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