prNP 4521 2013 Projeto de Norma Portuguesa Acessibilidade para os transportes de passageiros L’accessibilité au transport de voyageurs Accessibility to passenger transport ICS 43.100 CORRESPONDÊNCIA APROVAÇÃO 2013-07-22 INQUÉRITO PÚBLICO Este projeto de Norma está sujeito a inquérito público durante o prazo de 30 dias conforme indicado na publicação do Instituto Português da Qualidade “Lista Mensal de Documentos Normativos”. Eventuais críticas ou sugestões devem ser enviadas ao Instituto Português da Qualidade, Departamento de Normalização. ELABORAÇÃO CT 177 (ABIMOTA) EDIÇÃO agosto de 2013 CÓDIGO DE PREÇO X011 CÓDIGO DE PREÇO IPQ reprodução proibida Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt em branco prNP 4521 2013 p. 3 de 41 Sumário Página 1 Objetivo e campo de aplicação ............................................................................................................. 6 2 Referências ............................................................................................................................................. 6 3 Termos e definições ............................................................................................................................... 7 4 Fatores a considerar .............................................................................................................................. 10 4.1 Veículos ................................................................................................................................................ 10 4.2 Infraestruturas de apoio ........................................................................................................................ 13 5 Informação e comunicação ................................................................................................................... 16 5.1 Veículos ................................................................................................................................................ 17 5.2 Espaço público ..................................................................................................................................... 18 5.3 Edifícios (estações/gares marítimas ou fluviais de passageiros/outros) ............................................... 19 6 Controlo e manutenção ......................................................................................................................... 21 6.1 Controlo ................................................................................................................................................ 21 6.2 Manutenção .......................................................................................................................................... 22 Anexo A Veículos ...................................................................................................................................... 24 Anexo B Infraestruturas de Apoio .......................................................................................................... 27 Anexo C Informação e comunicação ...................................................................................................... 33 Bibliografia ............................................................................................................................................... 41 NP 4521 2013 p. 4 de 41 Preâmbulo Este documento normativo prNP 4521:2013 “Acessibilidades para os transportes de passageiros”, foi elaborado para colmatar necessidade de complementar as normas já existentes o “Transporte público de passageiros” para um acesso acessível às Pessoas com Mobilidade Reduzida (PMR). Normas sobre transporte público de passageiros: NP 4475:2008 (Ed. 1) Transporte público de passageiros – Rede de metro – Características e fornecimento do serviço NP 4493:2010 (Ed. 1) Transporte público de passageiros – Linha de autocarros urbanos – Características e fornecimento do serviço NP 4503:2012 (Ed. 1) Transporte público de passageiros – Linha de elétricos urbanos – Características e fornecimento do serviço NP 4509:2012 (Ed. 1) Transporte público de passageiros – Fiscalização de títulos de transportes – Características e fornecimento do serviço A presente Norma foi preparada pela Comissão Técnica de Normalização CT 177 “Acessibilidades e Design Incluso”, cujo secretariado é assegurado pelo Organismo de Normalização Setorial, ABIMOTA. prNP 4521 2013 p. 5 de 41 Introdução Todos os passageiros são beneficiados quando os veículos, as instalações e o serviço associado ao universo dos transportes, se tornam totalmente acessíveis às pessoas com alguma dificuldade, incapacidade ou deficiência. Efetivamente, estações de transportes espacialmente bem organizadas, veículos com diferentes tipos de lugares, alternativas para escadas ou portas que se possam abrir com apenas uma mão, são apenas alguns dos aspetos que facilitam a utilização do espaço por qualquer passageiro. Também quando se tratam de passageiros num ambiente não familiar, como o caso de turistas, a organização do espaço e a sua sinalética influenciarão o modo como estes utilizarão o espaço. Muitas das boas práticas que podem ajudar os passageiros com dificuldade, incapacidade ou deficiência não envolvem um investimento substancial, pelo que todos os operadores devem procurar incorporar essas melhorias no dia-a-dia de funcionamento. A presente Norma visa garantir que a área dos transportes realiza progressos na vertente da acessibilidade, nas ofertas dos seus serviços às pessoas com alguma dificuldade, incapacidade ou deficiência. Para este efeito foram compiladas num único documento, as melhores práticas atuais para as instalações, veículos e serviços, com o objetivo de as incutir de modo consistente nas empresas/entidades que pretendam obter uma certificação na área da acessibilidade, definindo conceitos e padrões com base nas necessidades das pessoas com alguma dificuldade, incapacidade ou deficiência. Na elaboração de novos projetos e planos de expansão do Sistema de Transporte, as empresas/entidades de transportes deverão igualmente ter em consideração todos os aspetos elencados nesta Norma, bem como na programação de trabalhos, ações, etc. Nesta Norma, a expressão “recomenda-se”, reflete uma sugestão para melhorias adicionais que se acredita que os operadores devem adotar, sempre que possível, demonstrando assim, o seu compromisso com os passageiros com algum tipo de dificuldade, incapacidade ou deficiência. Importa referir que as presentes especificações se aplicam sem prejuízo das contidas em regulamentação técnica específica mais exigente e direcionada para o Modo de Transporte em questão. NP 4521 2013 p. 6 de 41 1 Objetivo e campo de aplicação O presente projeto de Norma tem por objetivo especificar os fatores, as definições e informações, a considerar, que permita a uma entidade certificadora avaliar uma rede de Transporte Público de Passageiros ou parte desta, incluindo a sua frota e infraestruturas de apoio a pedido das empresas/entidades associadas a este universo. Esta certificação será sobre condições de acessibilidade geral, e em particular sobre os cuidados evidenciados na garantia de acessibilidades às Pessoas com Mobilidade Reduzida (PMR). Este projeto de Norma pretende proporcionar um serviço adequado que satisfaça as exigências legais e regulamentares de acessibilidades, aplicáveis na utilização de transportes de passageiros. Este projeto de Norma define os aspetos que deverão ser acautelados e validados aquando do processo de certificação. O presente projeto de Norma de Acessibilidade para os Transportes de passageiros’, desenvolver-se com base em 4 áreas de diagnóstico e de acordo com a seguinte matriz: a) Veículos b) Infraestruturas de Apoio c) Informação/Comunicação d) Controlo/Manutenção Aplica-se a todas as empresas do setor de transportes públicos de passageiros que tenham como atividade o Serviço de Transporte de Passageiros, quando prestado com o definido pela NP EN 13816:2003. 2 Referências Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação da presente Projeto de Norma. Para todas as referências datadas e não datadas, aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas). NP EN 13816:2003 Transportes − Logística e Serviços − Transporte público de passageiros − Definição da qualidade de serviço, objetivos e medições ENV 12633 Method of determination of unpolished and polished slip/skid resistance value DIN 51130 Testing of floor coverings – Determination of the anti-slip property – Workrooms and fields of activities with slip danger, walking method – Ramp test Decreto-lei nº 163/2006 8 de agosto Portaria nº 1532/2008 29 de dezembro Decreto-lei nº 220/2008 12 de dezembro prNP 4521 2013 p. 7 de 41 3 Termos e definições Para os fins do presente Documento Normativo, aplicam-se os seguintes termos e definições: 3.1 abreviaturas LVR – Light Reflectance Value PMR – Pessoas de Mobilidade Reduzida PI – Ponto de Interesse TP – Transporte Público 3.2 definições 3.2.1 abrigo Equipamento de apoio à rede de transporte que se implanta nos pontos de paragem dos veículos e que permite aos passageiros aguardarem pelo seu modo de transporte, protegidos das condições atmosféricas adversas. Para além desta função primária, os abrigos normalmente proporcionam outras condições de conforto, bem como meios para obter informação sobre a rede de transporte e ainda nalguns casos, comprar os próprios títulos de transporte. 3.2.2 acessibilidade Características de um qualquer espaço (que pode ser um edifício, um veículo, uma área pública) que permitem a qualquer pessoa a interação e o uso independente, seguro, fácil e amigável do mesmo, seja no acesso, na circulação, na saída ou em situação de emergência. 3.2.3 área de circulação Espaço interior ou exterior necessário ao fluxo pedonal de, para, e no modo de transporte. Este deve estar totalmente desobstruído, permitindo que os percursos se realizem sem obstáculos, ou quaisquer outros constrangimentos (p. ex. má iluminação, obstáculos à circulação, tais como publicidade, abrigos temporários, entre outros), a partir de qualquer ponto da envolvente próxima. As áreas de circulação devem incluir as escadas, rampas, e meios mecânicos que permitam vencer desníveis. 3.2.4 áreas funcionais Espaços essenciais ao desenvolvimento da atividade suportada pelo Sistema de Transporte. 3.2.5 áreas de interface Infraestruturas de apoio de ligação entre iguais ou diferentes modos de transporte e que permitem a interoperabilidade. 3.2.6 armários técnicos Áreas de arrumação, com acesso restrito, onde se encontram equipamentos afetos à exploração e funcionamento da Rede de Transporte. 3.2.7 bilheteiras Locais onde se vendem títulos de transporte. 3.2.8 botoneiras − ”Pontos de comunicação com o agente de condução” Dispositivo mecânico que despoleta uma ação e pode funcionar como meio de comunicação entre passageiros e agente de condução ou pessoal de apoio, para sinalização de cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé, para operação de portas automáticas, bem como para a abertura de portas em situação de emergência, entre outras funções. NP 4521 2013 p. 8 de 41 3.2.9 bordo de paragem / cais / plataforma Zona existente na área de embarque que limita a zona onde não é permitida a permanência de passageiros. Este bordo deve ser devidamente identificado através da utilização de um material contrastante, com o pavimento adjacente, em termos de textura e de cor. 3.2.10 contraste cromático Diferença entre cores de materiais aplicados em superfícies adjacentes. O nível de contraste é medido através do seu LRV (‘Light Reflectance Value’). 3.2.11 inquérito cliente mistério (ICM) Método de medição de qualidade de serviço baseado em observações objetivas, referenciadas a critérios específicos, ver NP EN 13816:2003, Anexo B. 3.2.12 inquérito satisfação cliente (ISC) Inquérito desenhado de forma a avaliar o grau com que o cliente pensa que os seus requisitos foram satisfeitos, ver NP EN 13816:2003, Anexo B. 3.2.13 informação dinâmica Entende-se por informação estática o conjunto de elementos constantes em suportes físicos que dão indicações sobre o modo de transporte, sem movimento, por exemplo cartazes, mapas, painéis. Esta poderá ser visual ou táctil. Qualquer recurso informativo suportado tipicamente por meios audiovisuais, cujo conteúdo é passível de ser alterado num curto espaço de tempo, ou mesmo em tempo real, podendo esta alteração ser realizada local ou remotamente. Usualmente esta informação é fornecida em suportes eletrónicos e é aplicada em local específico, de acordo com o conteúdo. Esta poderá ser visual ou sonora. Os seus conteúdos são ativados automaticamente ou a mando do seu operador. A informação dinâmica deve também ser redundante, quer seja visual, quer seja sonora. (p. ex. displays com indicação do próximo veículo, tempo máximo de espera, sistema sonoro com indicações várias de operação, displays, monitores, projeção, entre outros). 3.2.14 informação estática Entende-se por Informação Estática o conjunto de elementos constantes em suportes físicos que dão indicações sobre o modo de Transporte, sem movimento, por exemplo cartazes, mapas, painéis. Esta poderá ser visual ou táctil. O conjunto de elementos constantes em suportes físicos que dão indicações sobre o modo de Transporte, sem movimento, por exemplo cartazes, mapas, painéis. Esta poderá ser visual ou táctil. Qualquer recurso informativo suportado tipicamente por texto e/ou imagem, cujo conteúdo não seja passível de ser alterado num curto espaço de tempo. Usualmente esta informação é fornecida em suportes impressos e é aplicada em local específico, de acordo com o conteúdo. (p. ex. painéis de horários, frequências, origens/destino, mapas de rede, sinalética.) 3.2.15 intercomunicador de emergência Sistema de comunicação por voz, entre as portas, pisos, ou compartimentos isolados, de acordo com a tipologia do veículo e o agente de condução. 3.2.16 LRV O LRV (Light Reflectance Value) é a proporção de luz efetiva refletida por uma cor. Este valor é medido com exatidão por espectrofotómetros tipo esfera, dispositivos específicos de medição de cor. O LRV é prNP 4521 2013 p. 9 de 41 medido numa escala de 0-100, onde 0 é uma superfície que é perfeitamente preta e, portanto, toda a luz que incide sobre esta será absorvida e 100 é uma superfície perfeitamente branca, que reflete toda a luz que incide sobre a mesma. Também conhecido como fator de refletância de luminosidade. 3.2.17 lugares prioritários, ou reservados Áreas situadas próximo das portas de embarque/desembarque, equipadas com braços de apoio retrateis e sinalização específica, sendo em quantidade mínima, de acordo com a classe do veículo, destinados e identificados para serem prioritariamente utilizados Pessoas de Mobilidade Reduzida (PMR), nomeadamente passageiros com deficiência, grávidas, pessoas com crianças de colo, ou pessoas cuja capacidade de se manterem em equilíbrio pelos seus próprios meios seja notoriamente reduzida. Estes lugares têm de prever junto a eles um espaço adequado para o cão de assistência. 3.2.18 manípulo de emergência” − “Comando de Controlo em Emergência” Dispositivo que, quando acionado, deve imobilizar o veículo ou ativar o sistema de paragem ou despoletar os sistemas de emergência próprios do modo de transporte. 3.2.19 máquina de venda de bilhetes Equipamentos que realizam operações de venda e recarregamento automático de determinados tipos de títulos de transporte. Estes equipamentos estão maioritariamente localizados nas estações, podendo aceitar apenas uma ou diversas formas de pagamento. 3.2.20 meios de elevação mecânica Equipamentos permanentemente instalados num determinado local, destinados a auxiliar os passageiros a vencer diferenças de cotas dentro ou fora das infraestruturas de apoio à Rede de Transporte. (p. ex. escadas e passadeiras rolantes, elevadores, plataformas elevatórias). As suas dimensões têm de permitir também o acesso a Pessoas com Mobilidade Reduzida (PMR), com ou sem cadeira de rodas, ver NP EN 13816:2003, Anexo B. 3.2.21 medições diretas de desempenho (MDD) Método de monitorização do desempenho atual do serviço a partir de registos operacionais ou observações diretas, ver NP EN 13816:2003, Anexo B. 3.2.22 mobiliário Urbano Conjunto de objetos e equipamentos complementares e/ou de apoio à utilização da Rede de Transportes inseridos nas suas infraestruturas. (p. ex. bancos de espera, papeleiras, cinzeiros, máquinas de venda automática de produtos ou títulos de transporte, mupis, floreiras, quiosques, entre outros). 3.2.23 núcleos de acesso Corpos de acesso à infraestrutura de apoio ao Modo de Transporte. (p. ex. escadas fixas, escadas rolantes, elevadores, plataformas elevatórias, entre outros). 3.2.24 perceção de segurança Interpretação das condições de segurança do espaço envolvente pelo passageiro. 3.2.25 pessoas de Mobilidade Reduzida (PMR) Pessoa que, temporária ou permanentemente, tem limitada e/ou condicionada a sua capacidade de se relacionar com o meio e de utilizá-lo. NP 4521 2013 p. 10 de 41 3.2.26 plataforma / cais / paragem Área de espera, embarque/entrada e desembarque/saída de passageiros no edifício ou espaço público de apoio ao modo de transporte. 3.2.27 ponto de interesse (PI) Pólo gerador de maior fluxo de pessoas, como sejam equipamentos desportivos, hospitais, centros comerciais, escolas, entre outros. 3.2.28 sinalética Conjunto de informação sintetizada, baseada em texto e/ou pictogramas, que permitem ao passageiro obter informação de encaminhamento, identificação de espaços e equipamentos bem como de advertência, perigo e emergência. Este tipo de informação pode ser encontrado tanto nos veículos como nos espaços públicos e infraestruturas de apoio à Rede de Transporte. 3.2.29 validadores Equipamentos que verificam a validade do título de transporte e, por passagem do conteúdo do seu suporte, o tornam válido ou não para a viagem. Estes podem ser sem contacto, magnéticos ou de obliteração. 3.2.30 veículos com elevação de modo suave Veículo dotado com dispositivo de elevação/rebaixamento do piso controlado por forma a adequar/suavizar a transposição de obstáculos no piso, nomeadamente rampas, ou lancis, em especial no acesso a parques, ou interfaces que estejam desnivelados relativamente à faixa de rodagem. 3.2.31 zonas de estar Locais situados em Edifícios (Estações / Gares marítimas e fluviais de passageiros/outros) destinados aos passageiros que aguardam o início de uma viagem ou se encontram em espera. 4 Fatores a considerar 4.1 Veículos A aplicabilidade dos aspetos que se pretendem ver cumpridos e que estão enunciados nos pontos abaixo deverá ser vista em função do tipo de transporte. 4.1.1 Exterior dos veículos Deverá ser dada especial acuidade ao design dos veículos em geral, e à cor em particular, por forma a facilitar a sua identificação no contexto onde operam, seja ele urbano ou outro. Os veículos deverão, assim ser pintados ou decorados, no todo ou em parte, com uma cor que contraste significativamente com o contexto onde operam, permitindo, deste modo, a sua rápida identificação à distância. Os pontos de acesso (portas) e os seus comandos de abertura (caso existam) deverão ser facilmente percecionados no conjunto do veículo, seja por contraste cromático e aviso sonoro, no caso das portas, e por estes e por relevo, no caso dos comandos de abertura. A quantidade e o dimensionamento de pontos de acesso deverão ser ajustados ao fluxo máximo de passageiros nas horas de ponta, previsto para o serviço operado ou a operar. A informação relativa ao Operador e ao Serviço a que está dedicado (linhas, destinos, rotas) deverá ser bem visível tanto na aproximação do veículo como durante a sua paragem para recolha / largada de passageiros. Neste sentido, os veículos deverão apresentar a informação relativa ao Operador e ao Serviço a que está dedicado (linhas, destinos, rotas) bem visível nas zonas frontais e laterais do mesmo. Deverá ser igualmente prNP 4521 2013 p. 11 de 41 bem visível a distinção entre portas de entrada e de saída (quando aplicável), bem como a indicação de acesso prioritário a Pessoas de Mobilidade Reduzida. Deve haver especial cuidado na aplicação de quaisquer elementos no exterior dos veículos (p. ex. publicidade) de modo a evitar que estes penalizem a perceção do veículo em geral, particularmente das suas portas e da informação exterior, especialmente em circulação noturna ou em locais com fraca iluminação. 4.1.2 Zonas de Entrada e Saída adjacentes às portas Os veículos deverão ter o seu piso de nível com as plataformas de embarque/desembarque ou possuir um mecanismo de ajuste, por exemplo, o ajoelhamento (rebaixamento da suspensão) no caso dos autocarros urbanos. Quando tal não é possível dadas as limitações mecânicas do próprio veículo, então este deverá estar munido de equipamentos que auxiliem a entrada e saída, tais como rampas e plataformas amovíveis manual ou automaticamente. No caso de utilização de rampas, caso sejam de acionamento automático, deverão possuir aviso sonoro e visual de “rampa em movimento”, bem como estarem equipadas com um bordo de contacto táctil, para que dessa forma o passageiro em cadeira de rodas, ou o carrinho de bebé não sofram um impacto, que não seja imediatamente invertido. Nas zonas de embarque e desembarque, no interior dos veículos, o piso deve ser constituído por material antiderrapante, mesmo na presença de humidade, obedecendo ao valor R10, segundo a Norma DIN 51130 e/ou ao valor Classe 2 segundo a Norma ENV 12633. O patim ou soleira das portas de acesso deve ter cor contrastante com a globalidade do piso do veículo numa percentagem mínima de 70 %. O contraste em % é determinado por: − Contraste = ((B1 – B2) / B1)) × 100; − B1: LVR (Light Reflectance Value) da superfície mais clara; − B2: LVR (Light Reflectance Value) da superfície mais escura. O LVR (Light Reflectance Value) é a proporção de luz efetiva refletida por uma cor. Este é medido com exatidão por espectrofotômetros tipo esfera, dispositivos específicos de medição de cor. O LRV é medido numa escala de 0-100, onde 0 é uma superfície que é perfeitamente preta e, portanto, toda a luz que incide sobre a superfície será absorvida. A superfície perfeitamente branca, que reflete toda a luz que incide sobre a superfície, terá um LRV de 100. A título de exemplo, ver o gráfico publicado no site de Disabled Persons Transport Advisory Committee (DPTAC): NP 4521 2013 p. 12 de 41 Deverá ser dada especial atenção à localização e identificação visual e táctil das botoneiras de abertura de portas. A sua localização deverá permitir um acesso fácil e desobstruído. Em termos espaciais, as zonas de entrada e saída dos veículos deverão ser tão amplas quanto possível e desobstruídas de elementos que dificultem a utilização de produtos de apoio à mobilidade tais como cadeiras de rodas, bengalas, canadianas, entre outros. Os veículos deverão possuir portas de acesso com dimensões e na quantidade suficiente para permitir uma fácil e rápida entrada/saída de acordo com o tempo médio de paragem, levando em consideração a utilização por PMR. 4.1.3 Interior dos veículos A conceção do habitáculo interior dos veículos, deverá estar organizado e ter em grande consideração o espaço e a área útil necessários para uma circulação desobstruída e fácil. Os materiais com que são feitos os elementos de segurança utilizados no interior dos veículos, tais como pegas, balaústres e corrimãos, entre outros, deverão oferecer um contraste cromático adequado para serem facilmente identificáveis, numa percentagem mínima de 70 %1). Deverão igualmente ser fabricados em materiais resistentes à sujidade e facilmente laváveis que permitam uma boa higienização, a manutenção da sua aderência e que sejam agradáveis ao toque. Devem existir lugares destinados ao uso prioritário por PMR. Estes lugares devem ser localizados próximos das portas de acesso do veículo e ser facilmente acessíveis e identificáveis. Devem ainda ser munidos de elementos adicionais de segurança para fixação dos produtos de apoio à mobilidade (p. ex. cadeiras de rodas, entre outros), respeitando a ergonomia necessária à função. Devem também existir nestes lugares botoneiras para pedido de abertura de portas e/ou intercomunicação com agente de condução. O espaço reservado a estes lugares deverá ser suficiente para acolher o acompanhamento de cães de assistência. 1) Ver ponto Erro! A origem da referência não foi encontrada. para especificações da determinação do nível de contraste. prNP 4521 2013 p. 13 de 41 Sempre que um veículo disponha de espaço para transporte de bicicletas, este deverá situar-se o mais próximo possível dos pontos de acesso (portas) e estar organizado de modo a que as bicicletas não dificultem a mobilidade das pessoas dentro do veículo. A quantidade e qualidade da iluminação no interior do veículo, reveste-se de especial importância para as condições de acessibilidade e de perceção de segurança. Esta deverá permitir uma boa visualização geral do espaço disponível e a distinção dos diferentes elementos que compõem o seu interior sendo, se possível, reforçada nas portas de entrada e saída. Deverão ainda assegurar-se condições de conforto visual durante o tempo de viagem, recomendando-se um nível médio mínimo de iluminância de 75 lux. Não obstante estas necessidades de iluminação, deve haver especial cuidado para que a iluminação não interfira com o desempenho do agente de condução, caso exista. As arestas, degraus e coxias deverão estar protegidas e ser facilmente identificáveis pelo(s) passageiro(s). 4.2 Infraestruturas de apoio 4.2.1 Espaços Públicos não edificados - zonas de entrada, espera e saída dos TP Não obstante os espaços públicos não serem, por definição, adstritos à gestão e manutenção das empresas associadas ao universo dos transportes, estas deverão evidenciar algumas preocupações na garantia das condições de acessibilidade às suas redes. Para além de se assegurar o máximo nivelamento entre as zonas de entrada/saída e os veículos quando estas coincidem com o espaço público (p. ex. nos passeios) deve tentar-se que os percursos entre as zonas de embarque e desembarque e os principais PI’s na sua envolvente (polos geradores de maior fluxo de pessoas) sejam de acesso facilitado, isto é, sejam igualmente nivelados evitando a utilização de degraus, substituindo ou complementando estes com rampas suaves e/ou meios mecânicos de transposição de desníveis. Há que ter em atenção que, a utilização do transporte público, são geradas ações distintas por parte dos seus utilizadores, em termos de mobilidade. Existem fluxos de entrada, fluxos de saída e zonas de espera. A organização do espaço na zona de paragem do veículo deve ter este aspeto em consideração, evitando o conflito entre ações. Para que estes movimentos de pessoas convivam pacificamente, dever ser selecionado criteriosamente o ponto de paragem do veículo, que deve ser, tanto quanto possível, numa zona plana. O mobiliário urbano deverá ser implantado de modo a facilitar estes fluxos. Quando existir um abrigo para os passageiros, este deve ser instalado de modo a permitir uma entrada fácil para PMR, nomeadamente pessoas em cadeiras de rodas, pessoas com auxiliares de marcha, pessoas com carrinhos de bebé ou que transportem volumes grandes e/ou pesados. A zona de paragem do veículo e a sua envolvente próxima devem ser bem iluminadas, de modo a proporcionar uma boa perceção de segurança e facilitar a entrada e saída nos veículos. Nos abrigos, a iluminação deve ser reforçada de modo a permitir ler confortavelmente, por exemplo, um livro ou um jornal ou a informação de Operação aí existente ou qualquer outra, pelo que deve ser assegurado um nível mínimo de iluminância de 140 lux. 4.2.2 Edifícios (Estações/Gares marítimas e fluviais de passageiros/outros) Todos os edifícios deverão ser concebidos de modo a proporcionar ao cliente clareza e bem-estar no usufruto de todas as áreas, sem qualquer sensação de insegurança ou hesitação. Todas as áreas funcionais públicas que compõem o edifício deverão ter os seus limites perfeitamente definidos, bem identificados e bem iluminados, permitindo igualmente uma boa perceção das áreas adjacentes, procurando sempre a existência de contacto visual entre os espaços. Na organização do espaço deve garantir-se que, da área onde se encontra, o cliente consegue sempre visualizar o espaço adjacente e assim sucessivamente até ao destino final, assegurando sempre uma visão NP 4521 2013 p. 14 de 41 integral dos próximos 10 m a percorrer. Neste desenho os espaços “sobrantes”, como os recantos, as viragens abruptas com menos de 90 º e arestas vivas, deverão ser evitadas, promovendo-se a amplitude dos espaços e as transições suaves entre estes. Os principais corredores de circulação deverão estar desimpedidos, por forma a permitir que um maior fluxo pedonal flua confortavelmente. Todo o mobiliário e equipamentos específicos do próprio sistema de transporte, bem como elementos publicitários e outros deverão ser posicionados de modo a não obstruir as principais zonas de circulação nem pela sua própria localização, nem pela sua utilização (p. ex. as máquinas multibanco pelo movimento que geram, devem estar em locais fora da área de circulação). Neste sentido, sempre que possível, deverão embutir-se na própria parede ou em nichos os armários técnicos, os painéis de informação, a publicidade e todos os elementos de modo a facilitar a circulação de passageiros. Os equipamentos associados às funções de Transporte e Segurança devem contrastar cromaticamente com o espaço envolvente de modo a serem facilmente identificáveis. Estes últimos deverão estar implantados de modo a serem acessíveis por PMR’s, nomeadamente pessoas que se desloquem em cadeiras de rodas. Também a sua leitura e acesso aos comandos que o integram deverá ser garantida. As zonas de circulação e as áreas de estar (por exemplo, áreas de venda de bilhetes, cafetarias, acessos a instalações sanitárias) deverão distinguir-se quer pela sua organização funcional, quer pela localização que ocupam no edifício. As zonas de circulação deverão permitir percursos claros e desobstruídos e as áreas de estar, por seu lado, deverão ser implantadas nos espaços adjacentes aos corredores de circulação de modo a serem bem visíveis e facilmente acessíveis. Ambos devem comunicar visualmente, para uma melhor e mais segura vivência dos espaços. Todos os espaços que constituem o edifício deverão ser bem iluminados, permitindo uma circulação desimpedida e a leitura clara de todos os elementos de sinalética constantes no edifício. Não deverão existir zonas de sombra excessiva que geralmente provocam sensação de perigo, desorientação e insegurança. A iluminação deverá assim ser o mais homogénea possível por forma a evitar grandes contrastes ou sombras e assim, transmitir uma sensação de segurança aos passageiros. Quando houver uma diferença significativa no grau de iluminação entre os espaços, esta deverá ser o mais suave possível. Os pavimentos de todas as áreas deverão possuir característicos antiderrapantes mesmo na presença de humidade e evitar provocar reflexos que possam transmitir uma sensação de desorientação e insegurança. Os pavimentos devem ser, tanto quanto possível, de cor e padrão homogéneo. As amplas superfícies transparentes, como painéis, paredes ou portas deverão ser evitadas enquanto elementos de separação e, quando existirem, devem ser facilmente identificáveis através de marcas de segurança horizontais para não originarem acidentes. Naturalmente que esta recomendação não é aplicável a elementos que visem facilitar a circulação, aumentar a sensação de segurança e melhorar a qualidade dos espaços, nomeadamente elevadores, entradas de luz natural ou partes do abrigo. Quando o edifício ou conjunto de edifícios for composto por vários níveis deverá permitir que qualquer pessoa possa percorrê-lo sem obstáculos. Para isso deverá ser garantida a existência de meios de elevação mecânica, como elevadores ou plataformas elevatórias, ou outros meios, como rampas que permitam uma cómoda e independente deslocação entre pisos. Quando aplicável, os meios existentes deverão também fornecer informação útil (indicação de piso, de saída, de sentido de movimento, entre outros) sob pelo menos dois modos, por exemplo, sonoro e visual. Note-se que, do ponto de vista da inclusão, é sempre preferível optar por um meio de elevação de utilização universal (elevador) do que por equipamentos específicos para PMR (por exemplo, plataformas elevatórias). Todos os percursos existentes nos edifícios deverão ser o mais possível, curtos, diretos e rápidos. Se for necessário percorrer distâncias superiores a 100 m, estas deverão ser vencidas por tapetes rolantes ou através de um meio de transporte complementar. Não obstante, poderá considerar-se a colocação de tapetes rolantes ou meios de transporte complementar em distâncias inferiores, caso as condições do espaço o justifiquem (por exemplo, corredores estreitos e/ou pouco iluminados). prNP 4521 2013 p. 15 de 41 4.2.3 Áreas e serviços de apoio As áreas e serviços de apoio poderão localizar-se no próprio edifício, ou estarem integrados no espaço público. Entende-se assim por áreas e serviços de apoio, todos os espaços destinados a oferecer (mediante pagamento ou não) um serviço complementar ao serviço de Transporte (como sejam, lojas, parques de estacionamento, parqueamento de bicicletas e áreas de Interface). Tal como as restantes infraestruturas, estas áreas deverão respeitar os critérios de acessibilidade gerais. Estas áreas deverão ser bem identificadas, não suscitar dúvidas relativamente ao Serviço de Transporte que servem e proporcionar uma total autonomia na sua utilização, seja deslocação no próprio espaço, seja na utilização dos equipamentos afetos aos serviços. 4.2.3.1 Parques de estacionamento Os parques de estacionamento de apoio à rede de transporte são geralmente adjacentes a estas. A ligação entre ambas deverá ser o mais direta e tão curta quanto possível. A conceção do espaço do Parque de Estacionamento deverá proporcionar ao cliente uma sensação de segurança e uma boa perceção de todas as áreas que o compõem. Os principais corredores de circulação deverão estar desimpedidos, bem iluminados, não devendo o mobiliário e equipamentos obstruir a sua fluidez. As zonas para circulação pedonal deverão estar claramente identificadas. Quando a zona de parqueamento e zona de circulação pedonal estão no mesmo plano, o corredor pedonal deve ser marcado através de uma pintura com um contraste cromático numa percentagem mínima de 70 %, permitindo assim a sua fácil identificação. Os Parques de Estacionamento deverão ainda respeitar todas as regras constantes no Decreto-lei nº 163/2006, de 8 de agosto, nomeadamente no que se refere ao número de lugares reservados a PMR, à sua localização (próximos dos acessos), dimensão, identificação, definição da faixa de circulação pedonal, acessos, localização e ao tipo de máquinas de validação e pagamento. Os lugares de estacionamento destinados a PMR deverão ser o mais próximo do edifício ou espaço público destinado ao ponto de paragem do modo de transporte. Quer o acesso ao Parque de Estacionamento, quer a sua ligação à infraestrutura de Transporte e à área pública em que se insere deverão permitir total autonomia de utilização a PMR. Caso o acesso se faça por um percurso específico, este deverá ser o mais possível coincidente com o dos restantes passageiros. 4.2.3.2 Parqueamentos de bicicletas Os Parqueamentos de Bicicletas poderão localizar-se no espaço público ou no interior da infraestrutura de transporte. Estas áreas deverão ser claramente identificadas, bem iluminadas e estarem próximas do acesso ao edifício de acesso à rede de transportes. A localização destes equipamentos não deverá constituir um obstáculo ao fluxo pedonal e deverá posicionar-se numa área adjacente à zona de circulação. 4.2.3.3 Áreas de Interface − zonas de transição entre os diferentes modos de transporte As áreas de Interface são zonas de ligação entre diferentes ou iguais meios de transporte. Estas áreas são geralmente adjacentes ou integradas na infraestrutura de transporte. Assim, o objetivo primordial da área de interface, será a concentração de todos os transportes num espaço comum onde a circulação e ligação entre pontos se faz de modo direto, rápido e eficiente. A título de exemplo, espaços de transição entre Estação de Comboio e Estação de Metro, duas linhas de uma rede de metro, dois terminais de um Aeroporto constituem pontos de Interface. Estes espaços devem proporcionar uma sensação de segurança e possibilitar a identificação de cada uma das áreas funcionais através da clareza dos seus limites e de uma boa perceção de todas as áreas adjacentes. Os principais corredores de circulação deverão estar desimpedidos, não devendo o mobiliário e equipamentos obstruir a sua fluidez. A informação e comunicação ao público deverão respeitar os princípios elencados na secção 5, garantindo sempre o bom funcionamento da interligação. NP 4521 2013 p. 16 de 41 Também, nestas áreas se deverá assegurar a autonomia de acesso a todos os pisos públicos através da existência de meios de elevação mecânica e outros. Sempre que possível, os equipamentos existentes (máquinas de venda de bilhetes, painéis informativos, entre outros) devem ser embutidos nas paredes. Quando a ligação entre modos de transporte é longa devem ser asseguradas zonas de descanso adjacentes aos corredores de circulação. Estas zonas devem ter bancos, papeleiras e uma planta do edifício. 4.2.3.4 Áreas comerciais As áreas comerciais de apoio à rede de transporte estão geralmente integradas no edifício ou espaço público de apoio ao Modo de Transporte. Estas áreas deverão ser facilmente identificáveis, não constituindo porém obstáculo ao fluxo pedonal. Estes espaços devem proporcionar uma sensação de segurança e possibilitar a identificação de cada uma das áreas funcionais através da clareza dos seus limites e de uma boa perceção de todas as áreas adjacentes. Os principais corredores de circulação deverão estar desimpedidos, não devendo o mobiliário e equipamentos obstruir a sua fluidez. A informação e comunicação ao público deverão respeitar os princípios elencados na secção 5, garantindo sempre o bom funcionamento da infraestrutura. Também nestas áreas, quando aplicável, deverá assegurar-se a autonomia de acesso a todos os pisos públicos através da existência de meios de elevação mecânica e outros. 5 Informação e comunicação Mesmo que seja garantida acessibilidade física aos veículos, ao espaço público e aos edifícios de apoio às redes de transportes, o seu acesso e o seu uso podem ser fortemente condicionados, se não forem acompanhados por uma informação correta e acessível, tanto na forma como no conteúdo. Naturalmente, que a qualidade da informação e comunicação fornecida aos passageiros não invalida a qualidade intrínseca dos espaços que configuram a área de transporte. Estes deverão ser desenhados de modo a que a informação adicional a fornecer ao passageiro seja não mais do que a estritamente necessária. É esta informação que permite planear a viagem e recolher dados sobre o desenvolvimento da mesma enquanto ocorre. Ela é igualmente importante no auxílio à utilização de equipamentos (p. ex. botoneiras dos elevadores, máquinas de venda de bilhetes, entre outros), bem como na orientação dos passageiros dentro dos espaços (p. ex. lugares prioritários dentro dos veículos, sinalética de identificação e encaminhamento nas estações, entre outros). No universo dos transportes, a informação é disponibilizada de modo estático e dinâmico. Entende-se por informação estática, toda aquela cujo conteúdo não é passível de ser alterado à distância. A título de exemplo, fazem parte desta informação os suportes com mapas, horários, tarifários, sinalética de identificação e de encaminhamento. Já a informação dinâmica, recorre normalmente a suportes eletrónicos sendo os seus conteúdos ativados automaticamente ou a mando do seu operador (p. ex. informações sobre o(s) próximo(s) veículo(s), informação de alteração de serviço, avisos de alerta). Por regra, a informação estática utiliza quase exclusivamente suportes visuais de comunicação. No entanto, há que ter em conta que as pessoas com dificuldades, incapacidade ou deficiência ao nível da visão, não conseguem percecionar esta informação. De igual modo, as pessoas com dificuldade, incapacidade ou deficiência ao nível da audição, não conseguem percecionar as mensagens que são transmitidas por via sonora. Daí que, a procura de uma informação plenamente acessível, deve passar pela redundância de formatos de transmissão recorrendo em paralelo aos suportes gráficos, sonoros e táteis. No entanto, esta redundância deve obedecer a critérios de qualidade que garantam a sua eficácia e inteligibilidade, alguns dos quais serão focados nos pontos seguintes. prNP 4521 2013 p. 17 de 41 Convém recordar que a informação, no universo do transporte, está presente em todos os momentos da viagem, desde a sua programação, passando pela viagem propriamente dita, até o passageiro ser devolvido à cidade. Como tal, a redundância dos formatos de informação deve ser garantida em todos os momentos da viagem, e em todos os ambientes onde se encontra o passageiro. 5.1 Veículos Nos veículos existem duas formas de transmitir a informação aos clientes: de um modo estático e/ou dinâmico. Em qualquer um dos casos deverá ser garantida a redundância da informação (p. ex. gráfico, áudio, tátil). Elementos como a indicação de destino, próxima estação, identificação de comandos (botoneiras) deverão sempre ser fornecidos em dois suportes, de modo a que se consiga a referida redundância. 5.1.1 Informação visual A informação visual utilizada para identificação das diferentes zonas do veículo (p. ex. lugares prioritários) e dos comandos acessíveis ao público deverá possuir uma cor contrastante com os restantes elementos. A informação geral referente à rede e/ou Linha que o veículo está a operar deve adotar uma fonte que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem. O tipo de letra deverá ser claro, evitando fontes em que (por exemplo) letras como I e L se confundam. O tipo de fonte a adotar poderá ser, por exemplo, tipo ‘Helvética’, ‘Futura’ ou ‘Folio’ em que as letras se distinguem claramente. O tamanho da fonte deverá garantir boas condições de leitura do ponto mais distante. A título de exemplo, é possível observar algumas regras de boas práticas adotadas por outros sistemas de Transportes, onde está definido que para cada 1 m de afastamento, deverão ser considerados 10 mm para altura da letra, sendo a altura mínima a considerar de 22 mm. Assim, para uma distância de, p. ex. 15m, as letras deverão ter 15 cm de altura. É também, recomendável a utilização de minúsculas dado que visualmente é mais fácil reconhecer as palavras pela própria forma que desenham. (p. ex. INFORMAÇÃO ou Informação). No caso de utilização de pictogramas (associados à mensagem de texto ou não) deverá garantir-se que estes são bem legíveis, claros e inequívocos na mensagem, orientação ou indicação que pretendem transmitir. Na sinalética onde a cor é utilizada, como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, deverão considerar-se as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. A própria disposição da sinalética deve ser cuidadosamente selecionada, garantindo que se encontra no local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. Os suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética não deverão constituir barreiras à acessibilidade e respeitar o disposto no Decreto-lei nº 163/2006 de 8 de agosto. Estes suportes deverão ser colocados a uma altura mínima de 2 m e evitar zonas de forte incidência de luz. Os materiais adotados deverão ser resistentes, preferencialmente com acabamento mate e posicionados em zonas sem incidência direta de luz (exceto se se encontrarem no exterior). Os materiais adotados deverão evitar fenómenos de perda progressiva de definição da informação, permitindo sempre uma boa leitura. 5.1.1.2 Informação táctil Todos os manípulos acessíveis ao público e botoneiras das portas deverão ser identificados através do tato. Para esse efeito, deverão apresentar alto ou baixo-relevo. De igual modo, deverão ser utilizados pisos táteis para encaminhamento e avisos de alerta dos passageiros com dificuldade ou deficiência visual. Por exemplo, aviso de escada, aviso de bordo de cais, de encaminhamento seguro e de aviso de ponto de interesse, que deverão ser identificados com piso tátil e através de diferenciação cromática. NP 4521 2013 p. 18 de 41 Também, a informação de operação deverá ser disponibilizada em formato braille, tanto nos espaços adstritos às redes de transporte, como em folhetos informativos. 5.1.2.1 Informação visual Sempre que possível as mensagens devem ser estáticas. Nas situações em que, dada a sua extensão, tal não é possível, deverão ser dinâmicas, respeitando os aspetos a seguir elencados. A informação visual pode ser disponibilizada em ecrãs ou noutro tipo de equipamento, distribuídos pelo interior do veículo de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto independentemente das condições de lotação deste. Assim, a altura a que são colocados não deverá, por um lado constituir obstáculo à passagem dos clientes/utentes e por outro garantir boa visibilidade de qualquer ponto do veículo. Toda a informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, deverá ter uma velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e ser confortável. A velocidade de passagem deverá ser a menor possível, desde que possibilite a passagem da mensagem completa no tempo útil de informação. Refira-se que é preferível que esta passe menos vezes dentro do tempo útil de informação a que passe várias vezes a uma velocidade excessiva para a generalidade das pessoas, nomeadamente para as pessoas com dificuldade de visão. A mensagem deverá surgir no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. 5.1.2.2 Informação sonora A informação sonora pode ser disponibilizada por altifalante(s) ou outro tipo de equipamento, distribuídos pelo interior do veículo de modo a poder ser ouvida a partir de qualquer ponto independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. Também estes equipamentos, não deverão constituir obstáculo ao fluxo de pessoas. Toda a informação transmitida por esta via, deverá ser límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. Sempre que possível, os altifalantes deverão possuir características que permitam o ajuste automático do volume em função do ruído ambiente. 5.2 Espaço público Nos espaços integrados em área pública existem também duas formas de transmitir a informação aos clientes: de um modo estático e/ou dinâmico. Em qualquer um dos casos deverá ser garantida a redundância da informação (p. ex. gráfico, áudio táctil). Elementos como a delimitação das zonas de espera ou a identificação das linhas/serviços disponíveis deverão sempre ser fornecidos em dois suportes, de modo a que se consiga a referida redundância. 5.2.1.1 Informação visual Toda a informação referente ao modo de transporte implantada no espaço público, como sejam cartazes publicitários, totens ou placas de encaminhamento, deverão ser bem visíveis e claramente identificáveis no meio urbano. Assim, os elementos de identificação do edifício de estação, gare marítima ou fluvial, entre outros e dos seus pontos de acesso, deverão ser bem visíveis e claramente identificáveis no meio urbano, assegurando uma distância de, no mínimo, 30 m. Em todo o caso, deverá sempre existir sinalética de encaminhamento ao edifício e deverão garantir-se todas as condições de segurança inerentes ao Sistema em causa. Toda a informação escrita deverá utilizar uma fonte de texto que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem, respeitando os princípios elencados na secção 5.1.1.1. Também, no caso de utilização de pictogramas (associados à mensagem de texto ou não) deverá garantir-se que estes são bem legíveis, claros e inequívocos na mensagem, orientação ou indicação que pretendem transmitir. prNP 4521 2013 p. 19 de 41 Na sinalética onde a cor é utilizada, como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, deverão considerar-se as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. Os materiais adotados deverão ser resistentes, evitar fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, ser imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. 5.2.1.2 Informação tátil A informação tátil deverá estar sempre associada à informação visual, tendo em linha de conta o seu posicionamento no edifício, de modo a evitar situações de possível perigo (especial atenção em zonas de precipício). Sempre que possível, deverá existir piso tátil de encaminhamento à estação/paragem na envolvente próxima. 5.2.2 Informação dinâmica 5.2.2.1 Informação visual Sempre que possível as mensagens devem ser estáticas. Nas situações em que, dada a sua extensão, tal não é possível, deverão ser dinâmicas, respeitando os aspetos a seguir elencados. A informação visual pode ser disponibilizada em ecrãs ou noutro tipo de equipamento, distribuídos pela espaço público afeto ao Sistema de Transporte de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de lotação da área de espera. Assim, a altura a que são colocados não deverá, por um lado, constituir obstáculo à passagem dos clientes/utentes e, por outro, garantir boa visibilidade de qualquer ponto do veículo. Toda a informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, deverá ter uma velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e ser confortável. A velocidade de passagem deverá ser a menor possível, desde que possibilite a passagem da mensagem completa no tempo útil de informação. É preferível que esta passe menos vezes dentro do tempo útil de informação a que passe várias vezes a uma velocidade excessiva para a generalidade das pessoas, nomeadamente para as pessoas com dificuldade de visão. A mensagem deverá surgir no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. 5.2.2.2 Informação sonora A informação sonora pode ser disponibilizada por altifalante(s) ou outro tipo de equipamento, distribuídos pelas áreas integradas no Espaço Público afetas ao sistema de Transporte de modo a poder ser ouvida a partir de qualquer ponto independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação do espaço. Também estes equipamentos, não deverão constituir obstáculo ao fluxo de pessoas. Toda a informação transmitida por esta via, deverá ser límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. Sempre que possível, os altifalantes deverão possuir características que permitam o ajuste automático do volume em função do ruído ambiente. 5.3 Edifícios (estações/gares marítimas ou fluviais de passageiros/outros) Quando se trata de edifícios (sejam estes estações, gares marítimas ou fluviais, aeroportos ou outros) deverá garantir-se a redundância sonora e visual, aquando da transmissão de informação relevante para o usufruto do sistema em causa. Toda a informação de operação, como linhas existentes, destinos, tempos de espera do próximo veículo comando das máquinas de venda de bilhetes, a fornecer ao cliente deverá ter uma boa exposição e definição. NP 4521 2013 p. 20 de 41 5.3.1 Informação Estática 5.3.1 Informação visual Toda a informação referente ao modo de transporte e sua operação, como sejam informação geral de operação, linhas, destinos, tempos de espera do próximo veículo comando das máquinas de venda de bilhetes, deverão ser bem visíveis e claramente identificáveis no contexto da estação, não suscitando qualquer dúvida. Assim, os elementos de sinalética existentes na estação, deverão ser bem visíveis, claramente identificáveis e implantados de modo a garantir que se encontra no local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. Não obstante, os suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética não deverão constituir barreira ou obstáculo. Toda a informação visual (p. ex. informação de operação) e dos equipamentos próprios do sistema de Transporte e seus comandos (máquinas de venda de bilhetes, validadores, botoneira elevadores) deverão ter uma cor contrastante com os restantes elementos, de modo a facilitar a sua identificação no contexto da estação. Toda a informação escrita deverá utilizar uma fonte de texto que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem, respeitando os princípios elencados na subsecção 5.1.1.1. O tamanho da fonte deverá garantir boas condições de leitura do ponto mais distante. Também no caso de utilização de pictogramas (associados à mensagem de texto ou não) dever-se-á garantir que estes são bem legíveis, claros e inequívocos na mensagem, orientação ou indicação que pretendem transmitir. Sempre que possível, deverá utilizar-se um código de cores onde haja uma associação entre o tipo de mensagem e a cor utilizada, seguindo a lógica normalmente convencionada para este tipo de comunicação, por exemplo: verde para saída; azul para encaminhamento ao modo de transporte; amarelo para alerta; vermelho para interdição. Na sinalética onde a cor é utilizada, como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, deverão considerar-se as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. Os materiais adotados deverão ser resistentes, evitar fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, ser imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. 5.3.1.2 Informação táctil Todos os comandos existentes nos equipamentos de apoio ao modo de transporte (p. ex. máquinas de venda de bilhetes, validadores, elevadores) deverão ser identificados através do tato. Para esse efeito, deverão apresentar alto ou baixo-relevo. A informação de operação deverá ser disponibilizada em formato braille, tanto nos espaços adstritos às redes de transporte, como em folhetos informativos. De igual modo deverão ser utilizados pisos tácteis para encaminhamento e avisos de alerta dos passageiros com dificuldade ou deficiência visual. Por exemplo, aviso de início/fim de escada, encaminhamento seguro ou aviso de bordo de cais que deverão ser identificados com piso táctil e através de diferenciação cromática. 5.3.2 Informação Dinâmica Entende-se por Informação Dinâmica o conjunto de elementos constantes em suportes físicos que dão indicações sobre o modo de Transporte, com movimento, por exemplo displays, monitores, projeção, entre outros. Esta poderá ser visual ou sonora. Os seus conteúdos são ativados automaticamente ou a mando do seu operador. A informação dinâmica deve também ser redundante, quer seja visual, quer seja sonora. prNP 4521 2013 p. 21 de 41 5.3.2.1 Informação Visual Sempre que possível as mensagens devem ser estáticas. Nas situações em que, dada a sua extensão, tal não é possível, deverão ser dinâmicas, respeitando os aspetos a seguir elencados. A informação visual pode ser disponibilizada em ecrãs ou noutro tipo de equipamento, distribuídos pela área de espera de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto independentemente das condições de lotação do espaço. Assim, a altura a que são colocados não deverá, por um lado constituir obstáculo à passagem dos clientes/utentes e por outro garantir boa visibilidade de qualquer ponto da área de entrada/saída. Toda a informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, deverá ter uma velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e ser confortável. A velocidade de passagem deverá ser a menor possível, desde que possibilite a passagem da mensagem completa no tempo útil de informação. Refira-se que é preferível que esta passe menos vezes dentro do tempo útil de informação a que passe várias vezes a uma velocidade excessiva para a generalidade das pessoas, nomeadamente para as pessoas com dificuldade de visão. A mensagem deverá surgir no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. 5.3.2.2 Informação Sonora A informação sonora pode ser disponibilizada por altifalante(s) ou outro tipo de equipamento, distribuídos pelo espaço da estação de modo a poder ser ouvida a partir de qualquer ponto independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. Também estes equipamentos, não deverão constituir obstáculo ao fluxo de pessoas. Toda a informação transmitida por esta via, deverá ser límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. Sempre que possível, os altifalantes deverão possuir características que permitam o ajuste automático do volume em função do ruído ambiente. 6 Controlo e manutenção Qualquer sistema de Transporte deverá, para além de possuir as condições de acessibilidade elencadas nas secções anteriores, garantir a sua manutenção. Para este efeito, dever-se-á utilizar um Sistema de Gestão robusto que permita controlar e manter essas condições, através uma contínua análise do sistema. Esta monitorização permitirá seguir e analisar o desempenho da Entidade/Empresa no que se refere ao atendimento das necessidades de PMR’s. 6.1 Controlo As condições básicas de acessibilidade, quer aos veículos, quer às infraestruturas e à informação existente nos vários suportes, devem ser sempre mantidas, pelo que devem existir mecanismos de monitorização e controlo. Assim, deverão existir sistemas para monitorizar e controlar a disponibilidade permanente das condições gerais de acessibilidade, quer aos veículos, quer às infraestruturas, quer à informação existente nos vários suportes, independentemente destas condições recorrerem a meios passivos ou equipamentos eletromecânicos. A manutenção das condições de acessibilidade que a empresa/instituição se comprometeram a manter, cumprir ou integrar deverá ser objeto de controlo regular. Para este efeito dever-se-á implementar um sistema de gestão capaz de auxiliar o Controlo, que definirá os procedimentos de monitorização e controlo, bem como as ações preventivas e corretivas subsequentes. Esta componente de controlo revela-se fundamental para a entidade/empresa de forma a assegurar que o sistema em operação contínua acessível para os clientes. NP 4521 2013 p. 22 de 41 Para tal, é importante a realização periódica de ações de sensibilização de formação específica, com vista ao cumprimento das regras e princípios de acessibilidade que se pretendem ou estão já implementados no(s) serviço(s) a prestar, de modo a incutir nos colaboradores do prestador do serviço, o espírito crítico que permitirá destetar as situações anómalas e sua rápida resolução. A formação deverá englobar as outras 3 grandes áreas de trabalho (veículos, infraestruturas de apoio e informação/comunicação), indicando quais as medidas de controlo fundamentais no âmbito de cada um destes grupos. Impõe-se a necessidade de rigor na informação que é transmitida nas ações de formação e sensibilização de modo a assegurar bons resultados na monitorização. Sensibilização, formação e monitorização são assim os 3 aspetos chave do controlo. A verificação das condições básicas de acessibilidade enunciadas nas secções 4 e 5 deve ser efetuada periodicamente, sem prejuízo de haver ainda a verificação diária destas condições, resultado da sensibilização do pessoal afeto ao controlo e manutenção, detetando as situações correntes que deverão ser objeto de manutenção preventiva e que o respetivo sistema de gestão enviará os respetivos alertas, e as situações pontuais que deverão ser objeto de uma manutenção corretiva. Esta verificação deve ser complementada através da realização de auditorias periódicas onde as várias condições básicas de acessibilidade são analisadas com maior rigor e onde é verificada a eficácia dos Sistemas de Gestão e dos de Monitorização e Controlo. Estas poderão ser realizadas a nível interno com vista à definição de diagnóstico e à proposta de solução de manutenção adequada à ocorrência detetada. Além da verificação visual, podem existir várias ferramentas de controlo do funcionamento dos equipamentos e das infraestruturas, mas estas devem ser também objeto de monitorização, de forma a garantir o seu correto funcionamento. 6.2 Manutenção Para além de possuir os recursos de apoio, é necessário que a(s) empresa(s)/intituição(ões) os mantenham operacionais e a funcionar de modo a assegurar as condições básicas de acessibilidade dos sistemas de Transporte. Existem portanto pessoas responsáveis por assegurar a disponibilidade dessas condições, através da implementação dos Sistemas de Gestão, de Controlo e de Monitorização. A manutenção destes recursos é um imperativo para que o serviço prestado seja um serviço de qualidade para todos. O(s) serviço(s) de transporte só será(ão) considerado(s) acessível(eis) se todas as condições de acessibilidade forem garantidas desde o local de acesso ao serviço, às infraestruturas de apoio, aos veículos e às informações constantes nos vários modos e locais. Para equipamentos que funcionem em complementaridade com outros, basta que um deles não funcione corretamente para poder impossibilitar o uso dos restantes pelos clientes. Por exemplo, uma estação que dispõe de elevadores até um piso de distribuição e de outros elevadores até ao nível do cais, deixa de ser acessível se simplesmente um dos elevadores de acesso a um dos cais não funcionar. 6.2.1 Manutenção Preventiva A manutenção pode ser efetuada de forma regular, decorrente das várias componentes do plano de manutenção das 3 grandes áreas de trabalho (veículos, infraestruturas de apoio e informação/comunicação). A este tipo de manutenção denominaremos de manutenção preventiva. prNP 4521 2013 p. 23 de 41 6.2.2 Manutenção Corretiva Decorrentes das auditorias e da verificação diária, pode existir a necessidade de efetuar manutenções pontuais com maior ou menor dimensão. Este tipo de intervenção designa-se como manutenção corretiva. Esta também poderá existir decorrente de planos de melhoria propostos pelas auditorias. A manutenção corretiva deve ser efetuada no mais curto espaço de tempo, dependendo naturalmente do tipo de problema detetado, de modo a assegurar que as condições básicas de acessibilidade ao serviço não sejam comprometidas por períodos demasiado longos. NP 4521 2013 p. 24 de 41 Anexo A Veículos Quadro A.01 – Exterior dos veículos AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE exterior 100 % dos veículos são pintados ou decorados, no todo ou em parte, com uma cor que contrasta significativamente com o contexto onde operam, permitindo, deste modo, a sua rápida identificação no contexto onde operam. > 10 % dos veículos não são pintados ou decorados, no todo ou em parte, com uma cor que contraste significativamente com o contexto onde operam, não permitindo, deste modo, a sua rápida identificação no contexto onde operam. anual informação do serviço 100 % dos veículos apresentam a informação relativa ao Operador e ao Serviço a que está dedicado (linhas, destinos, rotas) bem visível nas zonas frontais e laterais do mesmo. > 50 % dos veículos não apresentam a informação relativa ao Operador e ao Serviço a que está dedicado MDD + ISC (linhas, destinos, rotas) bem visível nas zonas frontais e laterais do mesmo. semestral 100 % dos pontos de acesso (portas) + comandos de abertura são facilmente percecionados no conjunto do veículo, seja por contraste cromático e aviso sonoro, no caso das portas, e por estes e por relevo, no caso dos comandos de abertura. Os pontos de acesso (portas) + comandos de abertura não são facilmente percecionados no conjunto do veículo, seja por contraste cromático e aviso sonoro, no caso das portas, e por estes e por relevo, no caso dos comandos de abertura. anual 100 % dos veículos têm identificadas quais as portas de entrada e quais as portas de saída (quando aplicável). Os veículos não têm identificadas quais as portas MDD + ISC de entrada e quais as portas de saída (quando aplicável). semestral 100 % dos veículos têm identificados os pontos de acesso prioritário a Pessoas de Mobilidade Reduzida. Os veículos não têm identificados os pontos de acesso prioritário a Pessoas de Mobilidade Reduzida. MDD + ISC semestral 100 % dos veículos possuem, em número e em dimensão, pontos de acesso suficientes para uma entrada/saída rápida e confortável, em função do tempo de paragem. > 50 % dos veículos não possuem, em número e em dimensão, pontos de acesso suficientes para uma entrada/saída rápida e confortável, em função do tempo de paragem. MDD + ISC anual Identificação Exterior dos veículos pontos de acesso (portas) e seus comandos de abertura Capacidade MDD + ISC MDD + ISC prNP 4521 2013 p. 25 de 41 Quadro A.02 – Zonas de Entrada e Saída adjacentes às portas AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE 100 % dos veículos dispõem de mecanismos de nivelamento ou outros equipamentos que auxiliem a entrada e saída, em situações de diferença de alturas, entre as plataformas e o seu interior. > 10 % dos veículos não dispõem de mecanismos de nivelamento nem de outros equipamentos que auxiliem a entrada e saída, em situações de diferença de alturas, entre as plataformas e o seu interior. MDD semestral rampas de apoio à entrada/saída (quando aplicável) 100 % das rampas de acionamento automático, possuem aviso sonoro e visual de “rampa em movimento” e estão equipadas com um bordo de contacto táctil. > 10 % das rampas de acionamento automático, não possuem aviso sonoro e visual de “rampa em movimento” e não estão equipadas com um bordo de contacto táctil. MDD semestral aderência (zonas de embarque e desembarque, no interior dos veículos) 100 % da área de piso é constituído por material antiderrapante, mesmo na presença de humidade, obedecendo ao valor R10, segundo a Norma DIN 51130 e/ou ao valor Classe 2 segundo a Norma ENV 12633. > 10 % da área de piso não é constituído por material antiderrapante, mesmo na presença de humidade, não MDD obedecendo ao valor R10, segundo a Norma DIN 51130 e/ou ao valor Classe 2 segundo a Norma ENV 12633. semestral contraste 100 % dos patins/soleiras das portas de acesso têm cor contrastante com a globalidade do piso do veículo numa percentagem mínima de 70 %. >10 % dos patins/soleiras das portas de acesso não têm cor contrastante com a globalidade do piso do veículo numa percentagem mínima de 70 %. anual Relação altura do piso do veículo e altura da área embarque/desembarque Zonas de Entrada e Saída adjacentes às portas Equipame ntos de apoio Soleiras das portas MDD Quadro A.03 – Interior dos veículos AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA Habitáculo Interior Elementos dos de veículos segurança (pegas, balaústres e corrimãos, entre outros) NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE circulação interior 100 % dos veículos tem o seu habitáculo organizado de modo a evitar situações de obstrução à circulação dos passageiros. > 50 % dos veículos não tem o seu habitáculo organizado de modo a evitar situações de obstrução à circulação dos passageiros. anual contraste cromático 100 % dos elementos de segurança contrastam, numa percentagem mínima de 70 %, com a cor predominante do interior do veículo. resistência de materiais 100 % dos materiais dos elementos de segurança são resistentes à sujidade e facilmente laváveis, permitindo uma boa higienização e manutenção da sua aderência. > 10 % dos elementos de segurança não contrastam, numa percentagem mínima de 70 %, com MDD a cor predominante do interior do veículo. > 10 % dos materiais dos elementos de segurança não são resistentes à sujidade, nem facilmente laváveis, não MDD permitindo uma boa higienização nem a manutenção da sua aderência. MDD anual anual (continua) NP 4521 2013 p. 26 de 41 Quadro A.03 – Interior dos veículos (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA Lugares destinados ao uso prioritário por PMR NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO localização 100 % dos lugares estão localizados próximos das portas do veículo e são facilmente acessíveis. > 10 % dos lugares não estão localizados próximos das portas do ISC + MDD anual veículo e não são facilmente acessíveis. identificação 100 % dos lugares são facilmente identificáveis. > 10 % dos lugares não são facilmente identificáveis. 100 % dos lugares estão munidos de elementos adicionais de segurança para fixação dos produtos de apoio à mobilidade (p. ex. cadeiras de rodas), respeitando a ergonomia necessária à função. > 10 % dos lugares não estão munidos de elementos adicionais de segurança para fixação dos produtos de apoio à mobilidade MDD (p. ex. cadeiras de rodas), não respeitando a ergonomia necessária à função. semestral 100 % dos lugares possuem botoneiras para pedido de abertura de portas e/ou intercomunicação com agente de condução. > 10 % dos lugares não possuem botoneiras para pedido de abertura de portas e/ou intercomunicação com agente de condução. MDD semestral 100 % dos lugares possuem um espaço suficiente para acolher o acompanhamento de cães de assistência. > 10 % dos lugares não possuem um espaço suficiente para acolher o acompanhamento de cães de assistência. MDD anual 100 % do espaço situa-se o mais próximo possível das portas e está organizado de modo a que as bicicletas não dificultem a mobilidade das pessoas dentro do veículo. 100 % da iluminação existente permite uma boa visualização geral do espaço disponível e a distinção dos diferentes elementos que compõem o seu interior. 100 % do espaço assegura as condições de conforto visual durante o tempo de viagem, com um nível médio mínimo de iluminância de 75 lux. > 10 % do espaço não se situa o mais próximo possível das portas e não está organizado de modo a que ISC + MDD anual as bicicletas não dificultem a mobilidade das pessoas dentro do veículo. > 10 % do espaço não assegura as condições de conforto visual durante o tempo de viagem, com um nível médio mínimo de iluminância de 75 lux. MDD anual 100 % do espaço assegura que a iluminação não interfere com o desempenho do agente de condução. O espaço não assegura que a iluminação não interfira com o desempenho do agente de condução. MDD semestral 100 % das arestas, degraus e coxias existentes estão protegidas e são facilmente identificáveis pelo(s) passageiro(s). > 10 % das arestas, degraus e coxias existentes não estão ISC + MDD semestral protegidas e não são facilmente identificáveis pelo(s) passageiro(s). elementos adicionais Transporte localização de bicicletas qualidade Iluminação quantidade interferências (se aplicável) Arestas, degraus coxias e identificação PERIODI CIDADE ISC + MDD semestral A iluminação existente não permite uma boa visualização geral do espaço disponível, nem a ISC + MDD anual distinção dos diferentes elementos que compõem o seu interior. prNP 4521 2013 p. 27 de 41 Anexo B Infraestruturas de Apoio Quadro B.01 – Espaços públicos não edificados (zonas de entrada, espera e saída dos TP) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE 100 % das zonas de embarque (quando coincidentes com o espaço público) estão de nível com o piso dos veículos. > 10 % das zonas de embarque (quando coincidentes com o espaço público) não estão de nível com o piso dos veículos. MDD anual 50 % dos percursos entre as zonas de entrada/saída e os principais PI’s na sua Relação de percurso de envolvente são de acesso Cotas acesso às facilitado, isto é, igualmente zonas de nivelados evitando a utilização entrada/saí de degraus, substituindo ou complementando estes com da rampas suaves e/ou meios mecânicos de transposição de desníveis. > 75 % dos percursos entre as zonas de entrada/saída e os principais PI’s na sua envolvente não são de acesso facilitado, isto é, não são nivelados evitando a utilização de degraus, substituindo ou complementando estes com rampas suaves e/ou meios mecânicos de transposição de desníveis. MDD anual 100 % dos pontos de entrada/saída não colidem entre eles nem com as zonas de espera. > 10 % dos pontos de entrada/saída colidem entre eles ou com as zonas MDD de espera. anual 100 % do mobiliário urbano está implantado de modo a não obstruir os fluxos de pessoas. > 10 % do mobiliário urbano está implantado de modo a obstruir os fluxos de pessoas. MDD semestral 100 % dos Abrigos estão instalados de modo a permitir uma entrada/saída fácil para o fluxo de pessoas previsto, tendo especial atenção às PMR. > 10 % dos Abrigos não estão instalados de modo a permitir uma entrada/saída fácil para o fluxo de pessoas previsto, tendo especial atenção às PMR. MDD anual zona paragem veículo 100 % da área de paragem do veículo e a sua envolvente próxima são bem iluminadas, de modo a proporcionar uma boa perceção de segurança e a facilitar os movimentos de entrada e saída. > 10 % da área de paragem do veículo e a sua envolvente próxima não são bem iluminadas, não ISC proporcionando uma boa perceção de segurança e dificultando os movimentos de entrada e saída. anual Abrigos 100 % dos abrigos têm a iluminação reforçada, de modo a permitir ler confortavelmente, assegurando um nível mínimo de iluminância de 140 lux. > 10 % dos abrigos não têm a iluminação reforçada, não assegurando um nível mínimo de iluminância de 140 lux. semestral zonas de embarque / veículos Espaços Públicos Não Edificados - zonas de entrada, espera e saída dos TP entrada e saída de passageiros Fluxos de Passageiros mobiliário / Disposição urbano de Mobiliário Urbano abrigo Iluminação MDD (continua) NP 4521 2013 p. 28 de 41 Quadro B.02 – Edifícios (estações, gares marítimas e fluviais de passageiros/outros) (continuação) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA delimitação Áreas funcionais públicas relação entre espaços Edifícios (Estações/G ares Marítimas e fluviais de passageiros /outros) Tipologia e Organização Espacial Corredores de circulação ocupação do espaço localização Mobiliário e equipame ntos utilização 100 % dos espaços têm os seus limites perfeitamente definidos, permitindo uma boa perceção global do conjunto. 100 % dos espaços adjacentes asseguram a existência de contacto visual entre si, de modo a assegurar sempre uma visão integral dos próximos 10 m a percorrer. 100 % dos percursos entre os diferentes espaços não integram áreas “sobrantes” (como os recantos), nem viragens abruptas com menos de 90º e nem arestas vivas, promovendo-se a amplitude dos espaços e as transições suaves entre estes. 100 % dos principais corredores de circulação estão desimpedidos, sem situações de estrangulamento que comprometam o fluxo pedonal. LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO > 50 % dos espaços não têm os seus limites perfeitamente definidos, impedindo uma boa perceção global do conjunto. > 50 % dos espaços adjacentes não asseguram a existência de contacto visual entre si, não assegurando sempre uma visão integral dos próximos 10 m a percorrer. PERIODI CIDADE ISC + MDD anual MDD anual > 50 % dos percursos entre os diferentes espaços integram áreas “sobrantes” (como os recantos), ou viragens abruptas com MDD menos de 90º e/ou arestas vivas, não se promovendo a amplitude dos espaços nem as transições suaves entre estes. anual > 50 % dos principais corredores de circulação não estão desimpedidos, apresentando situações de estrangulamento que comprometem o fluxo pedonal. > 10 % do mobiliário 100 % do mobiliário urbano não está urbano está implantado de implantado de modo a não modo a não obstruir as obstruir as principais principais zonas de zonas de circulação não circulação estando, sempre estando, sempre que que possível, embutido ou possível, embutido, nem inserido em nichos. inserido em nichos. 100 % do mobiliário > 10 % do mobiliário urbano e equipamentos, urbano e equipamentos, que implicam um uso que implicam um uso associado a um tempo de associado a um tempo de espera, estão implantados espera, estão implantados em zonas onde a em zonas onde a permanência de pessoas permanência de pessoas não obstrui o fluxo obstrui o fluxo pedonal. pedonal. ISC + MDD semestral MDD semestral MDD semestral (continua) prNP 4521 2013 p. 29 de 41 Quadro B.02 – Edifícios (estações, gares marítimas e fluviais de passageiros/outros) (continuação) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA identificação identificação Zonas de circulação + Áreas de estar acesso e localização Edifícios (Estações/G ares Marítimas e fluviais de passageiros /outros) Tipologia e Organização Espacial geral circulação Meios Passivos Desníveis meios de elevação mecânica meios ativos 100 % dos equipamentos associados às funções de Transporte e/ou Segurança permitem uma identificação imediata, através da diferenciação cromática, relativamente à sua envolvente. 100 % destas áreas são claramente distinguíveis, quer pela sua organização funcional, quer pela localização que ocupam no edifício. LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO > 10 % dos equipamentos associados às funções de Transporte e/ou Segurança não permitem uma identificação imediata, através da diferenciação cromática, relativamente à sua envolvente. > 50 % destas áreas não são claramente distinguíveis, nem pela sua organização funcional, nem pela localização que ocupam no edifício. > 50 % das zonas de 100 % das zonas de circulação não permitem circulação permitem percursos claros e percursos claros e desobstruídos e as áreas de desobstruídos e as áreas de estar, por seu lado, não estar, por seu lado, estão estão implantadas nos implantadas nos espaços espaços adjacentes aos adjacentes aos corredores corredores de circulação de circulação de modo a de modo a serem bem serem bem visíveis e visíveis e facilmente facilmente acessíveis. acessíveis. 100 % dos desníveis > 10 % dos desníveis existentes em cada piso existentes em cada piso são passíveis de serem não são passíveis de serem facilmente vencidos, por facilmente vencidos, por qualquer pessoa, qualquer pessoa, nomeadamente PMR's. nomeadamente PMR's. 100 % dos desníveis > 10 % dos desníveis existentes em cada piso existentes em cada piso são passíveis de serem não são passíveis de serem facilmente vencidos com o facilmente vencidos com o auxílio de rampas ou auxílio de rampas ou degraus pouco elevados, degraus pouco elevados, por qualquer pessoa. por qualquer pessoa. Os desníveis não passíveis Todos os desníveis não de serem facilmente passíveis de serem vencidos por meios facilmente vencidos por passivos (como por meios passivos (como por exemplo rampas) não exemplo rampas) estão estão munidos de meios munidos de meios ativos ativos de elevação de elevação mecânica mecânica (p. ex. (p. ex. elevadores, elevadores, plataformas plataformas elevatórias). elevatórias). PERIODI CIDADE ISC + MDD anual ISC + MDD anual MDD anual ISC + MDD anual ISC + MDD anual MDD anual (continua) NP 4521 2013 p. 30 de 41 Quadro B.02 – Edifícios (estações, gares marítimas e fluviais de passageiros/outros) (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA Percursos Ilumina- Edifícios ção (Estações/G ares Marítimas e fluviais de passageiros /outros) distâncias Geral Pavimentos material Separação de espaços superfícies transparentes Materiais 100 % dos percursos existentes nos edifícios são o mais possível, curtos, diretos e rápidos. 100 % das distâncias superiores a 100 m são vencidas por tapetes rolantes ou através de um meio de transporte complementar. 100 % dos espaços que constituem o edifício são bem iluminados, permitindo uma circulação desimpedida e a leitura clara de todos os elementos de sinalética constantes no edifício. LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO > 50 % dos percursos existentes nos edifícios não são o mais possível, curtos, diretos e rápidos. > 10 % das distâncias superiores a 100 m não são vencidas por tapetes rolantes ou através de um meio de transporte complementar. > 10 % dos espaços que constituem o edifício não são bem iluminados, impedindo uma circulação desimpedida e a leitura clara de todos os elementos de sinalética constantes no edifício. > 50 % dos pavimentos 100 % dos pavimentos não possuem possuem características características antiderrapantes (mesmo na antiderrapantes (mesmo na presença de humidade,) e presença de humidade,) evitam a criação de nem evitam a criação de reflexos que podem reflexos que transmitem transmitir uma sensação uma sensação de de desorientação e desorientação e insegurança. insegurança. Não existem ou estão Existem ou não estão devidamente identificadas devidamente identificadas quaisquer superfícies quaisquer superfícies transparentes que transparentes que medeiem medeiem os espaços, com os espaços, com principal principal atenção para as atenção para as zonas de zonas de circulação. circulação. PERIODI CIDADE ISC + MDD anual MDD semestral ISC + MDD anual MDD anual MDD semestral prNP 4521 2013 p. 31 de 41 Quadro B.03 – Áreas e serviços de apoio AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE NÍVEL EXIGÊNCIA MÉTODO LIMIAR DESEMPENHO PERIODI MEDIÇÃ INACEITÁVEL CIDADE O 100 % das áreas e dos serviços de apoio localizam-se no próprio edifício, ou estão integrados no espaço público. > 10 % das áreas e dos serviços de apoio não se localizam no próprio edifício, nem estão integrados no espaço público. CARACTERÍSTICA localização Geral MDD anual MDD anual ISC anual ISC anual > 10 % destas áreas não acessibilida 100 % destas áreas respeitam os respeitam os critérios de critérios de acessibilidade gerais. de geral acessibilidade gerais. localização áreas e serviços de apoio à actividade do Sistema de Transporte 100 % dos Parques de estacionamento de apoio à rede de Transporte são adjacentes a esta e a ligação entre ambas é o mais direta e curta possível. A delimitação espacial e o modo como estão organizados os organização espaços permitem uma leitura clara, proporcionando ao cliente funcional bons níveis de funcionalidade e uma sensação de segurança. Parques de estacionamento corredores de ligação 100 % dos principais corredores de circulação estão desimpedidos, sem situações de estrangulamento que comprometam o fluxo pedonal. 100 % das zonas para circulação pedonal estão claramente identificadas. Identificação dos corredores de circulação acessos diretos 100 % dos corredores pedonais (quando a zona de parqueamento e zona de circulação pedonal estão no mesmo plano) estão marcados através de uma pintura com um contraste cromático numa percentagem mínima de 70 %. 100% dos acessos pedonais diretos ao Parque de Estacionamento permitem total autonomia de utilização pelas pessoas, nomeadamente PMR's. 100 % destas áreas estão Parqueamento de bicicletas localização claramente identificadas, bem e identifica- iluminadas e próximas do Edifício ou Espaço Público ção destinado à rede de transportes. > 10 % dos Parques de estacionamento de apoio à rede de Transporte não são adjacentes a esta e a ligação entre ambas não é o mais direta e curta possível. A delimitação espacial e o modo como estão organizados os espaços não permitem uma leitura clara, não proporcionando ao cliente bons níveis de funcionalidade, nem uma sensação de segurança. > 50 % dos principais corredores de circulação não estão desimpedidos, apresentando situações de estrangulamento que comprometem o fluxo pedonal. > 10 % das zonas para circulação pedonal não estão claramente identificadas. ISC MDD + ISC > 10 % dos corredores pedonais (quando a zona de parqueamento e zona de circulação pedonal estão no mesmo plano) não estão MDD marcados através de uma pintura com um contraste cromático numa percentagem mínima de 70 %. > 50 % dos acessos pedonais diretos ao Parque de Estacionamento não permitem ISC total autonomia de utilização MDD pelas pessoas, nomeadamente PMR's. > 10 % destas áreas não estão claramente identificadas, nem bem iluminadas e/ou distantes do ISC Edifício ou Espaço Público destinado à rede de transportes. anual anual anual + anual anual (continua) NP 4521 2013 p. 32 de 41 Quadro B.03 – Áreas e serviços de apoio (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA 100 % destes parques e seus Parqueamento de bicicletas localização equipamentos não constituem e identifica- um obstáculo ao fluxo pedonal e estão posicionados numa área ção adjacente à zona de circulação. Áreas de Interface zonas de transição entre os diferentes modos de transporte definição do espaço A delimitação espacial e o modo como estão organizados os espaços permitem uma leitura clara, proporcionando ao cliente bons níveis de funcionalidade e uma sensação de segurança. corredores de circulação 100 % dos principais corredores de circulação estão desimpedidos, sem situações de estrangulamento que comprometam o fluxo pedonal. 100 % destes equipamentos (p. ex. máquinas de venda de bilhetes, painéis informativos, equipament validadores) estão, sempre que possível, embutidos nas paredes os adstritos ou inseridos em nichos. à função de Transporte 100 % destes equipamentos MÉTODO LIMIAR DESEMPENHO PERIODI MEDIÇÃ INACEITÁVEL CIDADE O > 10 % destes parques e seus equipamentos constituem um obstáculo ao fluxo pedonal e não MDD estão posicionados numa área adjacente à zona de circulação. A delimitação espacial e o modo como estão organizados os espaços não permitem uma leitura clara, não proporcionando ISC ao cliente bons níveis de funcionalidade, nem uma sensação de segurança. > 50 % dos principais corredores de circulação não estão desimpedidos, apresentando ISC situações de estrangulamento MDD que comprometem o fluxo pedonal. semestral anual + > 40 % dos equipamentos existentes (máquinas de venda de bilhetes, painéis informativos, MDD entre outros) não estão (caso possível) embutidos nas paredes, nem inseridos em nichos. semestral anual permitem uma leitura clara e acesso aos comandos por qualquer pessoa, nomeadamente por PMR's. > 10 % destes equipamentos não permitem uma leitura clara, nem acesso aos comandos por qualquer pessoa, nomeadamente por PMR's. MDD ISC 100 % destas áreas estão integradas no edifício ou espaço público de apoio ao Modo de Transporte. > 50 % destas áreas não estão integradas no edifício ou espaço público de apoio ao Modo de Transporte. MDD 100 % destas áreas são facilmente identificáveis, não constituindo porém obstáculo ao fluxo pedonal. > 10 % destas áreas não são facilmente identificáveis e/ou constituem obstáculo ao fluxo pedonal. MDD ISC + Identificação 100 % destes espaços proporcionam uma sensação de segurança e possibilitam a identificação de cada uma das áreas funcionais através da clareza dos seus limites e de uma boa perceção de todas as áreas adjacentes. > 10 % destes espaços não proporcionam uma sensação de segurança e não possibilitam a identificação de cada uma das áreas funcionais, seja através da clareza dos seus limites, seja através de uma boa perceção de todas as áreas adjacentes. MDD ISC + corredores de circulação 100 % dos corredores de circulação existentes estão desimpedidos, e o mobiliário e equipamentos não constituem obstáculo à a sua fluidez. > 10 % dos corredores de circulação existentes não estão desimpedidos, e o mobiliário e equipamentos constituem obstáculo à a sua fluidez. MDD + anual anual localização Áreas Comerciais anual anual anual prNP 4521 2013 p. 33 de 41 Anexo C Informação e comunicação Quadro C.01 – Veículos AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA Informação Geral redundância de formatos localização Veículos Informação Estática Visual PERIODI CIDADE 100 % da sinalética para identificação de elementos do veículo está implantada de modo a garantir que se encontra no local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) não é > 50 % assegurada. (p. ex. indicação de destino, próxima MDD anual estação, identificação de comandos (botoneiras) não são sempre fornecidos em dois suportes). > 10 % da sinalética para identificação de elementos do veículo não está implantada de modo a garantir que se ISC + MDD anual encontra no local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. 100 % dos suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética não constituem barreiras à acessibilidade. Os suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética constituem barreiras à acessibilidade. A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) é 100 % assegurada. (p. ex. indicação de destino, próxima estação, identificação de comandos (botoneiras) são sempre fornecidos em dois suportes). 100 % da informação visual utilizada para identificação das diferentes zonas do veículo contraste (p. ex. lugares prioritários) e dos comandos acessíveis ao cromático público possui uma cor contrastante com os restantes elementos. 100 % da informação escrita utiliza uma fonte de texto que permite uma leitura clara e tipo de letra / inequívoca da mensagem, fonte nomeadamente informação referente à rede e/ou linha que o veículo está a operar. dimensão LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO 100 % da informação escrita está dimensionada para permitir uma leitura confortável à distância máxima, prevista para a sua leitura. MDD semestral > 10 % da informação visual utilizada para identificação das diferentes zonas do veículo (p. ex. lugares prioritários) e ISC + MDD anual dos comandos acessíveis ao público não possui uma cor contrastante com os restantes elementos. > 10 % da informação escrita não utiliza uma fonte de texto que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem, ISC + MDD anual nomeadamente informação referente à rede e/ou linha que o veículo está a operar. > 10 % da informação escrita não está dimensionada para permitir uma leitura confortável à distância máxima, prevista para a sua leitura. ISC + MDD anual (continua) NP 4521 2013 p. 34 de 41 Quadro C.01 – Veículos (continuação) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA Visual Informação Estática Veículos Táctil Informação Dinâmica NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE qualidade dos materiais 100 % dos materiais adotados são resistentes, evitam fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, são imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. > 10 % dos materiais adotados são resistentes, evitam fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, são imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. anual qualidade pictogramas 100 % dos pictogramas utilizados são bem legíveis e de perceção clara quanto ao seu significado > 10 % dos pictogramas utilizados não são bem ISC + MDD anual legíveis, nem de perceção clara quanto ao seu significado cor 100 % da sinalética onde a cor é utilizada como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, são consideradas as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. > 50 % da sinalética onde a cor é utilizada como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, não são consideradas as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. ISC + MDD anual 100 % dos manípulos acessíveis ao público e manípulos e botoneiras das portas são identificáveis através do tato, botoneiras apresentando, para esse efeito, alto ou baixo relevo. > 10 % dos manípulos acessíveis ao público e botoneiras das portas não são identificáveis através do tato, não apresentando, para esse efeito, alto ou baixo relevo. ISC + MDD anual desníveis 100 % dos desníveis existentes no interior dos veículos são identificados com piso táctil e através de diferenciação cromática. > 10 % dos desníveis existentes no interior dos veículos não são identificados com piso táctil, nem através de diferenciação cromática. MDD anual visualização 100 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão distribuídos pelo interior do veículo, de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de lotação deste. > 10 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) não estão distribuídos pelo interior do veículo, de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto independentemente das condições de lotação deste. MDD anual localização 100% dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que não constitui obstáculo à passagem dos passageiros. > 10% dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que MDD constitui obstáculo à passagem dos passageiros. anual Visual MDD (continua) prNP 4521 2013 p. 35 de 41 Quadro C.01 – Veículos (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA Veículos Visual LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE 100 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, tem uma velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e confortável. > 10 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, não tem uma ISC + MDD anual velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas, nem é confortável. modo de passagem 100 % das mensagens surgem no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. > 10 % das mensagens não surgem no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. MDD anual audição 100 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) estão distribuídos pelo interior do veículo, de modo a que a informação possa ser ouvida a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. > 10 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) não estão distribuídos pelo interior do veículo, de modo a MDD que a informação possa ser ouvida a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. anual localização 100 % destes equipamentos não constituem obstáculo ao fluxo de pessoas. > 10 % destes equipamentos constituem obstáculo ao fluxo de pessoas. MDD anual qualidade transmissão 100 % da informação sonora é límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. A informação sonora não é límpida, nem isenta de ruídos que prejudiquem a sua MDD perceção, independentemente do volume a que é transmitida. anual velocidade passagem Informação Dinâmica Veículos Sonora NP 4521 2013 p. 36 de 41 Quadro C.02 – Espaço público AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA Informação Geral redundância de formatos localização A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) é 100 % assegurada. (p. ex. delimitação das zonas de espera, identificação das linhas/serviços disponíveis, são sempre fornecidos em dois suportes). A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) não é > 50 % assegurada. p. ex. delimitação das zonas de espera, identificação das linhas/serviços disponíveis, não são sempre fornecidos em dois suportes). > 50 % da informação 100 % da informação referente referente ao modo de ao modo de transporte transporte implantada no implantada no espaço público espaço público (p. ex. cartazes (p. ex. totens ou placas de publicitários, totens ou placas encaminhamento) é bem de encaminhamento) não é visível e claramente bem visível nem claramente identificável no meio urbano, identificável no meio urbano, tendo como referência para tendo como referência para esta avaliação uma distância esta avaliação uma distância de 30 m. de 30 m. 100 % da informação escrita anual ISC + MDD anual inequívoca da mensagem. qualidade dos materiais 100 % dos materiais adotados são resistentes, evitam fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, são imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. > 10 % dos materiais adotados são resistentes, evitam fenómenos de perda progressiva de definição da informação e, tanto quanto possível, são imunes às variações da incidência da luz, permitindo sempre uma boa leitura. qualidade pictogramas 100 % dos pictogramas utilizados são bem legíveis e de perceção clara quanto ao seu significado > 10 % dos pictogramas utilizados não são bem ISC + MDD anual legíveis, nem de perceção clara quanto ao seu significado cor 100 % da sinalética onde a cor é utilizada como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, são consideradas as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. > 50 % da sinalética onde a cor é utilizada como modo de identificação do tipo de mensagem ou pictograma, não são consideradas as limitações desta relativamente às pessoas com daltonismo. piso táctil Existe piso táctil de encaminhamento à estação /paragem na envolvente próxima. > 75 % da rede não possui piso táctil de encaminhamento à MDD estação /paragem na envolvente próxima. Espaço Público Visual Táctil MDD PERIODI CIDADE > 10 % da informação escrita não utiliza uma fonte de texto ISC + MDD anual que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem. tipo de letra / utiliza uma fonte de texto que permite uma leitura clara e fonte Informação Estática LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO MDD anual ISC + MDD anual anual (continua) prNP 4521 2013 p. 37 de 41 Quadro C.02 – Espaço público (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE dimensiona mento 100 % das áreas integradas no Espaço Público afetas ao sistema de Transporte asseguram que os suportes de informação existem em quantidade e dimensão suficientes para assegurar a sua leitura em toda a extensão da zona de espera. > 10 % das áreas integradas no Espaço Público afetas ao sistema de Transporte não possuem suportes de MDD informação em quantidade e dimensão suficientes para assegurar a sua leitura em toda a extensão da zona de espera. anual localização 100 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que não constitui obstáculo à passagem dos passageiros. > 10 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que MDD constitui obstáculo à passagem dos passageiros. anual velocidade passagem 100 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, tem uma velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e confortável. > 10 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, não tem uma ISC + MDD anual velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas, nem é confortável. modo de passagem 100 % das mensagens surgem no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. > 10 % das mensagens não surgem no display da direita para a esquerda, de modo a potenciar o tempo de leitura. MDD anual dimensiona mento 100 % das áreas integradas no Espaço Público afetas ao sistema de Transporte asseguram que os suportes de informação existem em quantidade e dimensão suficientes para assegurar a sua leitura em toda a extensão da zona de espera. > 10 % das áreas integradas no Espaço Público afetas ao sistema de Transporte não possuem suportes de MDD informação em quantidade e dimensão suficientes para assegurar a sua leitura em toda a extensão da zona de espera. anual localização 100 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que não constitui obstáculo à passagem dos passageiros. > 10 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que constitui obstáculo à passagem dos passageiros. MDD anual qualidade transmissão 100 % da informação sonora é límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. A informação sonora não é límpida, nem isenta de ruídos que prejudiquem a sua MDD perceção, independentemente do volume a que é transmitida. anual Visual Inform ação Dinâmica Sonora NP 4521 2013 p. 38 de 41 Quadro C.03 – Edifícios (estações e gares marítimas ou fluviais de passageiros/outros) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA Informação Geral redundância de formatos localização Edifícios (estações/g ares marítimas ou fluviais de passageiro s/outros) Informação Visual Estática A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) é 100 % assegurada. (p. ex. informação geral de operação, linhas, destinos, tempos de espera do próximo veículo comando das máquinas de venda de bilhetes, são sempre fornecidos em dois suportes). 100% da sinalética da estação está implantada de modo a garantir que se encontra no local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. 100 % dos suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética não constituem barreiras à acessibilidade. 100 % da informação visual (p. ex. informação de operação) e dos equipamentos próprios do sistema de Transporte e seus contraste comandos (máquinas de cromático venda de bilhetes, validadores, botoneira elevadores) possuem uma cor contrastante com os restantes elementos. 100 % da informação escrita utiliza uma fonte de texto que permite uma leitura clara e inequívoca da tipo de letra / mensagem, nomeadamente fonte informação referente à operação (p. ex. mapas de rede, indicação de sentido, entre outros). LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO PERIODI CIDADE A redundância da informação em diferentes formatos (p. ex. gráfico, áudio, táctil) não é > 50 % assegurada. (p. ex. informação geral de operação, linhas, destinos, MDD anual tempos de espera do próximo veículo comando das máquinas de venda de bilhetes não são sempre fornecidos em dois suportes). > 10 % da sinalética da estação não está implantada de modo a garantir que se encontra no ISC + MDD anual local exato a identificar e que não suscita qualquer dúvida. Os suportes utilizados para inserção dos elementos de sinalética constituem MDD semestral barreiras à acessibilidade. > 10 % da informação visual (p. ex. informação de operação) e dos equipamentos próprios do sistema de Transporte e seus comandos (máquinas de venda de bilhetes, validadores, botoneira elevadores) não possuem uma cor contrastante com os restantes elementos. > 10 % da informação escrita não utiliza uma fonte de texto que permita uma leitura clara e inequívoca da mensagem, nomeadamente informação referente à operação (p. ex. mapas de rede, indicação de sentido, entre outros). ISC + MDD anual ISC + MDD anual (continua) prNP 4521 2013 p. 39 de 41 Quadro C.03 – Edifícios (estações e gares marítimas ou fluviais de passageiros/outros) (continuação) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA NÍVEL EXIGÊNCIA 100 % da informação escrita está dimensionada para permitir uma leitura confortável à distância máxima, prevista para a sua leitura. Visual Edifícios (estações/g ares marítimas Informação ou fluviais Estática de passageiro s/outros) Táctil LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO > 10 % da informação escrita não está dimensionada para permitir uma leitura dimensão confortável à distância máxima, prevista para a sua leitura. 100 % dos materiais > 10 % dos materiais adotados são resistentes, adotados são resistentes, evitam fenómenos de perda evitam fenómenos de progressiva de definição da perda progressiva de qualidade dos informação e, tanto quanto definição da informação e, possível, são imunes às tanto quanto possível, são materiais imunes às variações da variações da incidência da luz, permitindo sempre uma incidência da luz, boa leitura. permitindo sempre uma boa leitura. 100 % dos pictogramas > 10 % dos pictogramas utilizados são bem legíveis e utilizados não são bem qualidade de perceção clara quanto ao legíveis, nem de perceção pictogramas seu significado clara quanto ao seu significado 100 % da sinalética onde a > 50 % da sinalética onde cor é utilizada como modo a cor é utilizada como de identificação do tipo de modo de identificação do mensagem ou pictograma, tipo de mensagem ou cor são consideradas as pictograma, não são limitações desta consideradas as limitações desta relativamente às relativamente às pessoas com daltonismo. pessoas com daltonismo. 100 % dos comandos > 10 % dos comandos existentes nos equipamentos existentes nos de apoio ao modo de equipamentos de apoio ao transporte (p. ex. máquinas modo de transporte (p. ex. de venda de bilhetes, máquinas de venda de validadores, elevadores) são bilhetes, validadores, comandos identificáveis através do elevadores) não são tato, apresentando, para esse identificáveis através do efeito, alto ou baixo relevo. tato, não apresentando, para esse efeito, alto ou baixo relevo. 100 % dos desníveis > 10 % dos desníveis existentes nos edifícios existentes nos edifícios (p. ex. início/fim de lanço de (p. ex. início/fim de lanço escadas) são identificados de escadas) não são desníveis com piso táctil e através de identificados com piso diferenciação cromática. táctil, nem através de diferenciação cromática. PERIODI CIDADE ISC + MDD anual MDD anual ISC + MDD anual ISC + MDD anual MDD anual MDD anual (continua) NP 4521 2013 p. 40 de 41 Quadro C.03 – Edifícios (estações e gares marítimas ou fluviais de passageiros/outros) (conclusão) AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE CARACTERÍSTICA visualização localização Visual Informação Dinâmica NÍVEL EXIGÊNCIA LIMIAR DESEMPENHO MÉTODO INACEITÁVEL MEDIÇÃO 100 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão distribuídos pela área de espera, de modo a poderem ser visualizados a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de lotação do espaço. 100 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura que não constitui obstáculo à passagem dos passageiros. > 10 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) não estão distribuídos pela área de espera, de modo a poderem ser visualizados a MDD partir de qualquer ponto, independentemente das condições de lotação do espaço. > 10 % dos ecrãs (ou outro tipo de equipamento) estão colocados a uma altura MDD que constitui obstáculo à passagem dos passageiros. 100 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em velocidade movimento, tem uma velocidade de passagem passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas e confortável. 100 % das mensagens surgem no display da direita modo de para a esquerda, de modo a passagem potenciar o tempo de leitura. audição Sonora localização qualidade transmissão 100 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) estão distribuídos pelo espaço, de modo a que a informação possa ser ouvida a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. 100 % destes equipamentos não constituem obstáculo ao fluxo de pessoas. 100 % da informação sonora é límpida e isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, independentemente do volume a que é transmitida. PERIODI CIDADE anual anual > 10 % da informação dinâmica fornecida pelos ecrãs (ou outro tipo de equipamento), quando em movimento, não tem uma ISC + MDD anual velocidade de passagem ajustada a uma leitura completa do texto/pictogramas, nem é confortável. > 10 % das mensagens não surgem no display da direita para a esquerda, de MDD anual modo a potenciar o tempo de leitura. > 10 % dos altifalantes (ou outro tipo de equipamento) não estão distribuídos pelo espaço, de modo a que a MDD informação possa ser ouvida a partir de qualquer ponto, independentemente das condições de ruído, ambiente e lotação. > 10 % destes equipamentos constituem MDD obstáculo ao fluxo de pessoas. A informação sonora não é límpida, nem isenta de ruídos que prejudiquem a sua perceção, MDD independentemente do volume a que é transmitida. anual anual anual prNP 4521 2013 p. 41 de 41 Bibliografia Decreto-lei nº 163/2006, de 8 de agosto Decreto-lei nº 220/2008, de 12 de dezembro Portaria nº 1532/2008, de 29 de dezembro “Improving access to Public Transport”, UITP “Improving Transport Accessibility for all – Guide to good practice”, European Conference of Ministers of Transport “Accessibility Guidelines for Buildings and Facilities”, Americans with Disabilities Act (ADA) “Wheelchair Safety at Rail Level Crossings”, Sinclair Knight Merz “Management – The Use of tactile surfaces at rail stations: a review of the literature and products available”, Rail Safety and Standards Board NP EN 13816:2002 Transporte Público de Passageiros – Linha de Autocarros Urbanos – Características e Fornecimento do Serviço NP 4503:2012 Transporte Público de Passageiros – Linha de Elétricos Urbanos – Características e Fornecimento do Serviço Norma DIN 51130 Norma ENV 12633