UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O CONTROLE DE QUALIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Por: Ralph Pinto Tavares Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2009 AGRADECIMENTOS 2 Agradeço a Deus e as pessoas que influenciaram de forma execução deste trabalho. positiva a DEDICATÓRIA 3 Dedico este trabalho monográfico a minha Familia, pela dedicação e paciência. RESUMO 4 O artigo visa mostrar que o mercado atual está muito competitivo, e que pequenos diferenciais fazem com que empresas se destaquem. A qualidade e um fator predominante, aliada ao bom atendimento por intermédio dos funcionários. Num mundo de intensa globalização é necessário mudar, e ter planos de contingências prontos, o talento e a criatividade humana são de fundamental importância, sobretudo o desenvolvimento gerencial, operacional e técnico das pessoas. O controle de qualidade e a logística são apresentados nesse trabalho com o intuito de mostrar ao leitor que, nos dias de hoje as duas se transformaram numa grande tática para as organizações buscando sempre uma excelência no rumo ao atendimento ao cliente. No controle de qualidade, administra-se um produto e serviço para atingir a necessidade da empresa, através de pessoas preparadas que apliquem as ferramentas de qualidade no momento certo e com eficácia seguindo as rotinas adequadamente e tendo uma visão global de melhoria e com isso aumentar a competitividade da organização perante o mercado. 5 As empresas estão buscando cada vez mais a perfeição, tornaram-se dinâmicas e ágeis, investem pesado em tecnologia, treinamento dos funcionários, para que com isso conquistem seus clientes e tenham um diferencial, pois o mundo moderno precisa de muito empenho. PALAVRAS-CHAVES: Controle de Qualidade, Logística e Clientes 6 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................08 CAPÍTULO I Referencial Teórico: Conceito de Controle de Qualidade..........11 CAPÍTULO II - Conceito de Logística..............................................................14 CAPÍTULO III - Evolução da Logística nas Próximas Décadas......................17 CAPÍTULO IV - As Dificuldades de Distribuição no Brasil..............................19 CAPÍTULO V - Modais de Distribuição...........................................................21 CAPÍTULO VI Mecanismos de Controle de Qualidade..................................25 CAPÍTULO VII - Relação entre a distribuição e a prática da gestão da qualidade .......................................................................................................................27 CONCLUSÃO ..................................................................................................28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................30 INTRODUÇÃO 8 Conforme Novaes (2001), na sua origem, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio. Foi o que também acorreu nas empresas durante um bom período de tempo. Uma indústria precisa transportar seus produtos da fábrica para os depósitos ou para as lojas de seus clientes; precisa também providenciar e armazenar matéria-prima em quantidades suficientes para garantir os níveis de fabricação planejados. Essas operações eram antigamente consideradas atividades de apoio, inevitáveis. Dentro da organização empresarial, esse setor era encarado como um mero centro de custos, sem maiores implicações estratégicas e de geração de negócios. Hoje encontra-se uma realidade bem diferente, a Logística Empresarial evoluiu muito desde seus primórdios. Agrega valor no lugar, de tempo, de qualidade e de informação à cadeia produtiva. Além de agregar os quatros tipos de valores positivos para o consumidor final, a Logística moderna procura também eliminar do processo tudo que não tem valor para o cliente, ou seja, tudo que acarrete somente custos e perda de tempo. 9 Segundo Novaes (1997, p.139), assim pode-se conceituar Logística adotando a definição do Council of Logistics Management Norte-Americano: Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos de consumidor. Segundo o site Logística (2007) a tecnologia é fundamental pois ela é o alicerce para o desenvolvimento e a modernização das empresas. Ela precisa ser complementada com a visão estratégica e com a mudança comportamental das pessoas para atingir a qualidade. De acordo com o site Logística (2007) a tecnologia viabiliza as empresas em termos diferenciais: O primeiro diferencial seria a qualidade, com melhor atendimento aos clientes, por intermédio dos funcionários. O segundo, os equipamentos para melhorar a produtividade. A tecnologia melhora a qualidade e a produtividade e complementa o contexto da modernização. Não adianta ter hardwares e softwares se não houver o envolvimento das pessoas. As empresas podem ter recursos financeiros para comprarem a tecnologia, mas o talento e a criatividade humana é de fundamental importância, sobretudo o desenvolvimento gerencial, operacional e técnico das pessoas. 10 A metodologia utilizada para a elaboração deste Artigo foi a pesquisa bibliográfica, uma vez que o material utilizado está acessível ao público em geral, como livros, monografias, Internet entre outros. 11 CAPÍTULO I Referencial Teórico: Conceito de Controle de Qualidade Qualidade é um termo que sempre foi mal entendido, pensar em qualidade os sinônimos vai, desde luxo e mérito até excelência e valor. O objetivo deste capítulo é apresentar um esquema conceitual e amplo para um melhor entendimento do termo “qualidade”. A qualidade depende fundamentalmente da percepção de cada um, o que tem qualidade para uns pode não ter para outros. Logo assim a qualidade depende da percepção de casa indivíduo. Conforme Caravantes (1997) as empresas contemporâneas estão investindo forte em qualidade para fabricar produtos rentáveis, que aumente o faturamento mensal da empresa, com preços vantajosos, que atenda a competição, que aumente a satisfação do cliente pelo produto e em paralelo a isso, as empresas estão contratando pessoas especializadas, com experiências e conhecimentos para fazer o controle com um objetivo principal que é diminuir as deficiências e até acabar com as mesmas, utilizando as ferramentas de qualidade e aplicando-as de forma eficaz com o intuito de reduzir freqüência de erros, reduzir trabalhos e retrabalhos, reduzir insatisfação dos clientes tanto interno, como externo, aumentar rendimento, reduzir inspeção e testes. Seguindo Las Casas (1999) a satisfação de pessoas por parte da administração, tem meios a ser seguidos tanto por parte externa (consumidores), como internos (funcionários). Na interna a organização deve dar ao funcionário chance de crescimento profissional, plano de carreira, treinamentos e aos consumidores uma qualidade de atendimento. 12 Segundo Garvin (2002:48) “existem cinco abordagens principais para a definição de qualidade: transcendental, baseada no produto, baseada no usuário, baseada na produção e baseada no valor”. O conceito de qualidade pode ser desdobrado em elementos básicos. Segundo Mota (2005) esses elementos básicos são: desempenho, característica, confiabilidade, conformidade, durabilidade, atendimento, estética e qualidade percebida. De acordo com Abreu (2002): Gestão da qualidade é o processo de conceber, controlar processos da e empresa, melhorar quer os sejam processos de gestão, de produção, de marketing, de gestão de pessoal, de faturação, de cobrança ou outros. A gestão da qualidade envolve a concepção dos processos e dos produtos/serviços, envolve a melhoria dos processos e o controle de qualidade. Existem pessoas que entendem a palavra “controle” voltada para qualidade como inspeção, verificação, supervisão, só que vai muito além disso, significando administração, gerência. Com isso duas ações básicas entram em ação que são rotina e melhoria. Segundo Brassard (1996) a rotina significa permanecer no rumo atual, obedecer normas, evitar mudanças. Uma rotina bem montada, nada muda na empresa e ela continuará produzindo os mesmos produtos, com a mesma qualidade, com o mesmo custo e na mesma quantidade; isso traz uma previsibilidade a empresa mas ao mesmo tempo traz uma séria ameaça por ele permanecer estática e com isso perder competitividade. A melhoria movimenta 13 a organização, muda buscando níveis de desempenho nunca alcançados e isso envolve a criação de novos produtos, processos e mercados; reduzis custos, acidentes e absenteísmo; aumentam a produção, qualidade e lucro. Segundo Mota (2005) o controle de qualidade é a administração de um produto e serviço para atingir a necessidade de uma empresa através de pessoas qualificadas que aplique as ferramentas de qualidade bem, no momento certo e com eficácia, seguindo as rotinas adequadamente e tendo uma visão global de melhoria, e com isso aumentar a competitividade da organização, gerando com isso lucro, rentabilidade e alcançar a excelência nos processos e na imagem da organização perante o mercado. 14 CAPÍTULO II Conceito de Logística O conceito de logística, existente desde a década de 40, foi utilizado pelas Forças Armadas norte-americana. Relacionava-se com o processo de aquisição e fornecimento de materiais durante a Segunda Guerra Mundial, e foi utilizado por militares americanos para atender a todos os objetivos de combate da época (FOSSATI, 2000). A insuficiente difusão da logística nas empresas fez com que a grande maioria delas dispensasse à matéria um tratamento puramente funcional. No que se refere à pesquisa e publicações científicas, encontra-se em profusão estudos que tratam de problemas logísticos pontuais, como roteirização e dimensionamento de frota de veículos, localização, dimensionamento e layout de armazéns, seleção de fornecedores, etc. Por outro lado, são escassos os trabalhos dedicados à integração das atividades logísticas na empresa, à quantificação e definição do nível de serviços aos clientes, transportadores e à integração de todos estes fatores dentro da logística (ARBACHE, 2004). Em outras palavras, a execução das atividades relativas à movimentação de materiais e ao fluxo de informações, do fornecedor ao consumidor final e vice versa, é realizada de forma segmentada. 15 Este enfoque fracionado incutido nas empresas traz algumas conseqüências nocivas: (Ching,1999). • Ciclos logísticos de maior duração; • Custos logísticos elevados; • Nível de serviços ao cliente aquém do desejado. Além disso, a falta de profissionais que dominem e possuam habilidades para planejar, executar e analisar todas as atividades de forma integrada, também é um fator nocivo às atividades logísticas. Hoje uma nova concepção visa perseguir a integração das diversas áreas envolvidas na produção, dimensionamento e layout de armazéns, alocação de produtos em depósito, transportes (roteirização, dimensionamento de frota de veículos), distribuição, seleção de fornecedores e clientes externos. Esse novo conceito é conhecido como “supply chain” ou logística integrada. Os ambientes altamente competitivos, aliados aos fenômenos cada vez mais amplo da globalização dos mercados, exigem das empresas maior agilidade, melhor performance e a constante procura por redução de custos. Neste universo de crescentes exigências em termos de produtividade e de qualidade do serviço oferecido aos clientes, a logística 16 assume papel fundamental entre as diversas atividades da empresa, para atingir seus objetivos. As empresas desenvolvem suas atividades no meio de um macro ambiente que as circunda, a qual condiciona de forma considerável seu funcionamento. O maior ou menor êxito das empresas dependerá de seu sucesso no relacionamento com esse macro ambiente e em procurar um equilíbrio dinâmico e permanente (Arbache, 2004). Logística pode ser entendida como o gerenciamento do fluxo físico de materiais que começa com a fonte de fornecimento no ponto de consumo. É mais do que uma simples preocupação com produtos acabados, o que era a tradicional preocupação da distribuição física (FOSSATI, 2000). 17 CAPÍTULO III Evolução da Logística nas Próximas Décadas Atualmente, a logística empresarial é um ramo instigante e em desenvolvimento, uma das mais importantes ferramentas para os administradores atuais, mais nem sempre foi assim. Para todos os fins, a prática moderna da logística empresarial forma uma nova disciplina, o que não quer dizer que as atividades necessárias de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos sejam novidades. Contudo, somente recentemente uma filosofia integrativa esteve à disposição para conduzir seus caminhos, visando à redução de custos e a disponibilização de produtos aos clientes, no local certo, na condição adequada e na hora requerida. A partir da década de 70, a logística empresarial passou para o estado de semi-maturidade, já que os princípios básicos amplamente definidos estavam proporcionando benefícios às empresas. Mesmo assim, a aceitação do mercado ainda era vagarosa, uma vez que as empresas se preocupavam mais com a geração de lucros do que com o controle de custos. Contudo, algumas forças de mudanças e eventos influenciaram cada vez mais a logística, como a competição mundial, a falta de matéria 18 prima, a súbita elevação de preços do petróleo, aumento da inflação mundial. Houve mudança de filosofia que passou do estimulo da demanda para melhor gestão dos suprimentos. As funções de logística passaram a ser áreas de interesse à medida que as empresas também começaram a enfrentar o fluxo de mercadorias importadas. Com o aumento dos preços do petróleo, os custos com transportes elevaram-se e conseqüentemente, os custos de manutenção de estoques. A partir da década de 80, o desenvolvimento da logística tornou-se revolucionário em virtude de fatores, como explosão da tecnologia da informação, alterações estruturais surgidas nos negócios e na economia dos países emergentes, formação de blocos econômicos e no fenômeno da globalização (CHING, 1999). Já a partir dos anos 90 a logística passa a ser entendida como a junção da administração de materiais com a distribuição física. Isto leva a crer que futuramente a produção e a logística se aproximarão cada vez mais, não só em conceito, mas também buscando juntas em sintonia os mesmo objetivos 19 CAPÍTULO IV As Dificuldades de Distribuição no Brasil O roubo de carga tem sido um sério problema no Brasil, principalmente a partir do início dos anos 90. O modal de transporte rodoviário, por apresentar grande importância na movimentação de cargas no país, é aquele que está sendo a maior dificuldade para enfrentar esse tipo de delito. Esse contexto de insegurança vem exigindo uma revisão dos métodos de Gerência de Riscos por parte das empresas. O gerenciamento de risco no transporte rodoviário de cargas inclui a compra de aparelho de rastreamento do veículo por satélite, software que gerenciam a rota do caminhão e conectam o veículo à empresa, treinamento de motoristas e contratação de seguranças e escolta para seguir o caminhão que tem cargas valiosas. Ao contrário do Brasil, onde o fator segurança é determinante, nos EUA e países desenvolvidos o sistema de gerenciamento de risco, e o rastreamento são praticados como um suporte logístico. Segundo o site CNT (2005), de acordo com estatísticas do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), as transportadoras paulistas tiveram prejuízo de R$ 148,8 milhões em 2005, quando houve 1.930 ocorrências de roubo de cargas. As perdas foram só um pouco maiores que as de 2004, quando as transportadoras tiveram prejuízo de R$ 146,9 milhões. 20 Nas palavras de Ballou (2003, pág. 97): A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A ineficiência do Poder Público para combater este problema custa caro ao país, que perde receita de impostos pela comercialização irregular de mercadorias. O resultado de ações coordenadas e integradas entre a polícia e o fisco, com uma rígida fiscalização do comércio de mercadorias, é o principal meio para se coibir este delito. As cargas mais visadas são as de fácil escoamento no varejo e de difícil reconhecimento de fontes de origem. Dentre eles: produtos alimentícios, cigarros, cargas fracionadas, confecções e têxteis e eletrônicos. O Brasil ainda enfrenta sérios problemas com o transporte, pois só se investiu até hoje em transporte rodoviário e aéreo e muito precariamente. O transporte aéreo está passando por forte turbulência nos últimos meses, enfrentado problemas como apagão aéreo, over book, constantes suspeitas de acidentes e super lotação nos principais aeroportos e causando um caos. O transporte rodoviário é muito inseguro por causa das falta de segurança e manutenção nas estradas, gerando assim prejuízo aos empresários. Os outros tipos de transporte, tais como: ferroviário, aquaviário e etc... são escassos no nosso país, enquanto em países desenvolvidos eles são os mais utilizados como tática e estratégia de venda e de bom atendimento ao cliente. 21 CAPÍTULO V Modais de Distribuição Uma forma de quantificar o esforço de transporte ou, em outras palavras, o seu nível de produção, é determinar o chamado momento de transporte, ou seja, o total de toneladas - quilômetros, executado pelos diversos modos. Medindo-se a produção, apenas em toneladas de cargas transportadas estarão mascarando os resultados porque o esforço necessário para deslocar a carga é proporcional à distância vencida e a quantidade movimentada. Com isso todos os tipos de cargas, incluindo granéis liquido (basicamente petróleo e seus derivados), granéis sólidos (minérios, carvão, cereais em grão), e cargas adicionadas (caixas, sacarias, etc.), a produção dos diversos modos no Brasil (transporte externo), está dividida em cinco modos: (ARBACHE, 2004). a) Modo Rodoviário O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional. Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, e com a pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no País. Hoje, a rede rodoviária nacional se apresenta bastante deteriorada, com extensos trechos necessitando de recursos maciços para sua recuperação. Essa situação prejudica bastante o transporte 22 rodoviário de mercadorias, aumentando os tempos de viagem e encarecendo os custos operacionais (ARBACHE, 2004); b) Modo Ferroviário Para escoar a produção agrícola brasileira e transportar os produtos importados para o interior do território nacional, foram implantadas em fins do século passado e início deste, um número razoável de ferrovias, com uma extensão total também expressiva. O transporte ferroviário passou a ser utilizado primordialmente no deslocamento de grandes massas de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente extensas. Minérios (de ferro, de manganês), carvão mineral, derivados de petróleo, cereais em grão (soja, milho), quando transportados a granel, cobrindo distâncias relativamente grandes, são produtos passíveis de ser deslocados por trem. Por tudo isso, hoje há um consenso de que as ferrovias, no Brasil, devem ser destinadas ao transporte dos tipos de carga apontados acima: grandes tonelagens de produtos homogêneos, preferencialmente a granel, ao longo de distâncias relativamente longas (ARBACHE, 2004); 23 c) Modo Marítimo de Cabotagem A costa brasileira é dotada de um número apreciável de portos marítimos, além de alguns portos fluviais que atendem navios costeiros, como por exemplo, Porto Alegre, Manaus e Belém O transporte de cabotagem está fortemente atado, infelizmente, à operação portuária que, no Brasil, deixa muito a desejar. Adicionalmente, o transporte complementar entre as origens da carga e o porto e, no sentido inverso, do porto aos destinos finais, está sujeito a restrições diversas tais como congestionamentos, excesso de burocracia, atrasos nas chegadas e saídas dos navios, greves freqüentes, etc. Hoje a cabotagem é mais utilizada no transporte de granéis, petróleo e seus derivados, sal, produtos químicos. Cerca de 66% do total transportado (em toneladas-quilômetro) corresponde a granéis líquidos, 28% referem-se aos granéis sólidos, e os 6% restantes são constituídos por cargas acondicionadas (caixas, sacarias, etc.); d) Modo Aéreo O frete, para transporte de carga aérea, é significativamente mais elevado do que o correspondente rodoviário. Mas, em compensação, o tempo de deslocamento porta a porta pode ser bastante reduzido, abrindo um mercado específico para essa modalidade. Cargas parceladas e encomendas, embaladas normalmente em pequenos volumes, utilizam o transporte aéreo com freqüência; 24 e) Modo Hidroviário - Fluvial O serviço hidroviário tem sua abrangência limitada por diversas razões. As hidrovias domésticas estão confinadas ao sistema hidroviário interior, exigindo, portanto, que o usuário ou esteja localizado em suas margens ou utilize outro modal de transporte, combinadamente. Além disso, o transporte aquático é, em média, mais lento que a ferrovia. Por exemplo, a velocidade média no sistema Mississipi nos Estados Unidos é de 5 a 9 milhas horárias, o que representa 14,4 Km, dependendo da direção. A viagem média é de 507 milhas. Disponibilidade e confiabilidade são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas (BALLOU, 2001). No Brasil utiliza-se o modal de transporte hidroviário em pequena escala para fins do transporte de granéis liquido, principalmente no norte do país, onde existem rios navegáveis e poucas opções por rodovias e/ou ferrovias. 25 CAPÍTULO VI Mecanismos de Controle de Qualidade Existem diversos tipos de ferramentas de gerenciamento voltado para a qualidade. Segundo Paladini (2005) a qualidade ela serve para vencer a concorrência, para sedimentar a imagem da empresa no mercado, para aumentar o grau de confiança dos consumidores, para promover a auto-satisfação dos que produzem, enfim, para tudo a qualidade está na ordem do dia. Em cada etapa de sua aplicação são utilizadas diversas ferramentas, a seguir serão apresentadas sucintamente: a) Conforme o pensamento de Paladini (2005) PDCA é um método que tem como objetivo a manutenção, e a melhoria dos processos. Em cada etapa de sua aplicação são utilizadas diversas ferramentas; b) Segundo Paladini Brainstorming (tempestade de idéias) são processos feitos em grupos em que os indivíduos emitem idéias de forma livre, sem críticas, no menor espaço de tempo possível. Utilizam-se grupos de no máximo 5 a 12 pessoas e o seu propósito é lançar e detalhar idéias com um certo enfoque. O brainstorming pode-se dizer que se divide em três fases típicas: • Clareza e objetividade na apresentação do assunto, problema ou situação; • Geração e documentação das idéias; • Análise e seleção; 26 c) Carta de Controle é um tipo específico de gráfico de controle que serve para acompanhar a variabilidade de um processo, identificando suas causas comuns. Essas causas estão relacionadas ao funcionamento do próprio sistema e fora dos limites de controle; d) Diagrama de causa e efeito, também conhecido como Diagrama de Ishikawa, ou Diagrama de Espinha de Peixe é uma ferramenta de representação das possíveis causas que levam a um determinado efeito; e) Fluxograma é a representação gráfica que permite a fácil visualização dos passos de um processo. O fluxograma utiliza símbolos padronizados, que facilitam a representação dos processos; f) Matriz GUT é a representação de problemas, ou riscos potenciais, através de quantificações que buscam estabelecer prioridades para abordá-los, visando os impactos. Analisa-se através de aspectos de gravidade (G), urgência (U) e tendência (T). g) 5W2H é utilizada principalmente no mapeamento e padronização de processos, na elaboração de planos de ação e no estabelecimento de procedimentos associados a indicadores. Representa as iniciais de Why (Por que), What (O que), Where (onde), When (Quando), Who (Quem), How (Como) e How Much (Quanto custa). Segundo Junior (2005) existe hoje em dia 5W3H, onde inclui o 3º H que é How Many (Quantos). 27 CAPÍTULO VII Relação entre a distribuição e a prática da gestão da qualidade Segundo Williams (1999) o serviço de atendimento ao cliente , passou a ser uma preocupação por parte das empresas. A revolução nesse setor foi muito grande nas últimas décadas e vem envolvendo todos os setores da organização, focando os mesmos a trabalharem com uma missão única que é servir o cliente final de maneira eficaz e com confiabilidade. O uso das ferramentas da qualidade, vem sendo muito usada nas organizações, levando os setores a se integralizar e trabalharem em equipe, formando planejamentos estratégicos, planos de ações e até mudando culturas organizacionais. Na logística a meta é trabalhar com prazo e o mesmo tem que ser seguido de maneira eficiente, buscando atender melhor o cliente. Nas estradas existem diversas dificuldades como meios de transportes escassos, tarifas dos pedágios, risco de assaltos e acidentes e etc... Com ferramentas da qualidade os custos internos irão diminuir com o intuito de superar essas barreiras que são impostas pelo governo e por situações adversas. A distribuição tem que ocorrer de maneira “barata” e eficaz, trazendo assim uma rentabilidade para o cliente e uma satisfação para o cliente, e essa qualidade no atendimento só poderá acontecer se os colaboradores estiverem motivados e dispostos a seguirem os padrões e as normas. 28 CONCLUSÃO Seguindo o pensamento que foi apresentado no trabalho, com os dias de hoje temos a sensação que as empresas contemporâneas estão buscando cada vez mais a perfeição e tentando de todas as maneiras aumentarem sua qualidade e levando isso até ao cliente final. As organizações agem de maneira clara com seus colaboradores, motivando os mesmos a atingirem as metas e objetivos decididos pela alta administração, com o intuito de alcançar a excelência de mercado e uma imagem de respeito em relação a sua concorrência tanto no ambiente direto com no ambiente indireto. Percebemos que através do controle de qualidade a distribuição de produtos tornou-se uma variável das mais importantes como o diferencial competitivo. Com a globalização as empresas se tornaram mais dinâmicas e ágeis, então a maneira mais eficaz de acompanhar a concorrência é buscando novos planos de contingência e atuando de maneira rápido e em âmbito legal. Com isso as organizações se expandem em um horizonte de sucesso e com seu pessoal motivado e atuando de maneiro certo sem gerar grupos informais. Seguindo o foco do trabalho pode-se entender que com eficiência desde os níveis hierárquicos superiores, com um bom desenho de cargo e manuais de poderes, onde se dividem bem os poderes, as tarefas e decisões que cada um tem que tomar com o intuito de levar a organização para um futuro de excelência, entendemos que cada vez mais os níveis hierárquicos menores vão fazendo sua parte no operacional. Com isso a empresa trabalha em sinergia e os funcionários transmitem empatia para os seus colegas de trabalho. 29 Com as ferramentas de qualidade como “fluxograma” poderemos racionalizar processos, buscando uma agilidade e padronização e com o esse mapeamento poderemos enxergar o trabalho de toda a empresa, enxugando assim desperdícios e custos relacionados a retrabalhos. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARBACHE, Fernando Saba. Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing, Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. BALLOU, Ronald H. 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PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade. Rio de Janeiro: Editora Atlas, 2004. WILLIAMS, Richard L.. Como implementar a qualidade total na sua empresa. São Paulo Editora Campus, 1995.