UM NOVO MAPA
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A PARA O BRASIL
Com o perdão dos geógrafos, dividir o Brasil em Sul,
Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste é coisa do passado. Pelo menos quando o assunto são os atrativos
turísticos do país, o novo mapa nacional tem nada
menos do que 219 regiões. A multiplicação não é
um milagre e sim um dos primeiros passos do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, um projeto ambicioso apresentado pelo governo federal em 2004.
que podem ser apreciadas pelos próprios turistas, como maior
qualificação da mão-de-obra do setor, diversificação da oferta de
roteiros e atrações, entre outros.
Pautado nas sete metas do Plano Nacional de Turismo (PNT)
(veja quadro), o Programa de Regionalização do Turismo está, de
certa forma, redescobrindo o Brasil. Um destino consagrado como
Porto Seguro, por exemplo, não é mais visto como um município
isolado, mas como parte de uma das quatro regiões turísticas
baianas, a Costa do Descobrimento, que inclui também Santa Cruz
de Cabrália e Belmonte. No Estado do Rio, os olhos não são voltados apenas para o mar: são seis as regiões turísticas mapeadas.
Uma delas, por exemplo, é dedicada ao Ciclo do Café e passa
pelos municípios de Rio Claro, Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de
Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Pati do Alferes, Piraí,
Rio das Flores, Valença e Vassouras.
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ILUSTRAÇÕES ALÊ ABREU
Valquíria Daher
O
s objetivos vão desde uma mudança na forma de gestão do turismo no país, tornando-a mais integrada e,
ao mesmo tempo, descentralizada, até modificações
Por que criar roteiros?
A criação de roteiros, segundo o Ministério do
Turismo, é uma forma de integrar a oferta turística nacional. Os roteiros também facilitam outra
das metas do Programa de Regionalização, que
é ampliar o tempo de permanência do turista,
conseqüentemente aumentando os seus gastos
no local. Como integram diferentes municípios e
atrações, os roteiros também favorecem o desenvolvimento econômico das regiões.
“No nosso trabalho de mapeamento, vimos
quais são as regiões que podem fazer parte de
uma grande cadeia. Se não tivermos essa excelência, não seremos competitivos. Mas isso tudo
é parte de um processo. Muitas regiões têm uma
capacidade que ainda não conhecem. Os gestores têm que se perguntar: “O que tem aqui? Como
articular isso?”, explica Tânia Brizolla, diretora
do Departamento de Estruturação, Articulação e
Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo.
Ela cita como bons exemplos a Costa dos Coqueirais, no Sergipe, o Caminhos dos Príncipes,
em Santa Catarina, e Do Ouro à Biosfera, que
passa por Pirenópolis (DF) e Goiás.
“Em 18 dias, nós fizemos um mapeamento turístico do país e chegamos a 219 regiões e 3.203 municípios. Algumas regiões já estão prontas para o
turismo, outras estão em fase de desenvolvimento
e ainda há aquelas que estão muito longe do que é
necessário. O país já se apresentava dessa forma,
nós não inventamos as regiões, mas precisamos
ser mais competitivos. Temos que estabelecer uma
rede, ter uma visão de política pública no turismo.
Quem está envolvido no setor tem que discutir como
se produz o turismo”, explica Tânia Brizolla,
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Das 219 regiões mapeadas inicialmente, o Ministério do Turismo, juntamente com os órgãos
de turismo dos estados, definiu 111 regiões, em
estado mais avançado de desenvolvimento, para
serem trabalhadas em 2005. No entanto, na elaboração dos roteiros turísticos foram identificadas
mais 23 regiões, totalizando atualmente 134 regiões em todos os estados e no Distrito Federal.
“Até 2007, a meta é termos três produtos de
qualidade por estado, o que totaliza 81 produtos
turísticos que podem ser negociados internacionalmente. Isso não significa, porém, que vamos
obrigar o Acre a chegar aos três produtos ou a
Bahia e o Rio de Janeiro a terem somente três
produtos. Também é importante dizer que não
vamos abandonar as outras regiões, do total de
219 estabelecidas, que não estão sendo trabalhadas neste momento”, conta Tânia.
A novidade é que o
Brasil não é só litoral
“Uma notícia está chegando lá do interior/ Ficar de
frente para o mar e de costas para o Brasil/ Não vai
fazer deste lugar um bom país”. A música Notícias do
Brasil, de Milton Nascimento e Fernando Brant, bem
que poderia ser o mote das diretrizes e dos conceitos
do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros
do Brasil. Uma das ações mais importantes propostas
é justamente diversificar a oferta turística do país.
Mas se a dobradinha sol-mar seduz turistas por todo
o mundo, por que a urgência em olhar para o interior?
“Se o Brasil não tivesse outras atrações, não
seria problema. Não temos nada contra sol e praia.
Mas, se o país tem outros atrativos, tem que
mostrá-los. É assim que se fideliza o turista e ele
volta 10, 20, 50 vezes porque sabe que vai sempre
encontrar algo novo para ver. É assim em países
com territórios bem menores do que o nosso, como
França e Itália”, explica o secretário nacional de
Políticas de Turismo, Milton Zuanazzi.
E nós temos uma grande oferta dos chamados produtos turísticos, diz Zuanazzi, explicando
que “produto é tudo aquilo em que podemos pôr
um preço e que o turista pode consumir e pagar”. Nos Roteiros do Brasil, essa diversidade de
produtos pode ir, por exemplo, do Caminho Chico
Mendes – nos municípios de Rio Branco e Xapuri,
que tem atrativos culturais, ecológicos e religiosos – ao Roteiro Histórico e Pré-histórico da
Paraíba, que envolve 28 municípios e vende
ecoturismo e turismo rural.
“Não podemos só chegar com sol e praia porque assim ficamos com poucas condições de disputar mercados. E nosso público fica mais restrito
a famílias, por exemplo. Ou então, caímos no estereótipo de biquínis reduzidos e exploração da
sensualidade, sem falar no problema do turismo
sexual”, diz Tânia, para, em seguida, acrescentar:
“Vimos, por exemplo, que é importante desenvolver atividades como pesca, golfe, mergulho. Assim poderíamos criar um público cativo.”
Para Zuanazzi, é importante que os setores
envolvidos com o turismo percebam que ninguém
vai perder com a diversificação das atrações e
dos roteiros: “Não é A versus B versus C. É uma
complementação. É um absurdo ficar competindo e isso acontece. É o turista que vai decidir o
que ele vai comprar. Nós temos que mostrar: este
é o meu país e ele tem tudo isso.”
Roteiros que
transcendem fronteiras
Essa visão de somar e não pensar o turismo
como simplesmente um destino é a espinha
dorsal da concretização das diretrizes do Programa de Regionalização. A diretora do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico explica que por regionalizar,
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neste caso, entende-se integrar e não separar,
ser regionalista. “Hoje identificamos 102 diferentes roteiros, que não são destinos e sim indicações de possíveis roteiros. Eu não quero simplesmente pensar no destino Porto Seguro. Tem
que ser Porto Seguro com algo mais, Porto Seguro cultural, por exemplo”, diz Tânia Brizolla.
“E o país tem essa vocação. Veja, por exemplo,
a Serra Gaúcha. As regiões interagem entre si,
gerando diferentes fluxos de turistas”, completa a diretora.
Foi justamente a partir da experiência do Rio
Grande do Sul que nasceu o Programa de
Regionalização – Roteiros do Brasil. Milton
Zuanazzi explica que em nível federal, esse tipo
de gestão toma outras dimensões.
“No Rio Grande do Sul, o nosso objetivo era
fazer o gaúcho conhecer o estado. O gaúcho viajava para a serra e para o litoral e isso acontecia
somente nas férias. Queríamos que o turismo interno do estado acontecesse durante o ano todo
e conseguimos melhorar muito isso lá por meio de
uma integração maior entre os setores público governamental, público não governamental e privado. Todos têm que fazer parte do núcleo de gestão”, diz Zuanazzi.
Considerado uma evolução em relação ao antigo Programa de Municipalização do Turismo, o
Programa de Regionalização quer justamente integrar e descentralizar a gestão. O turismo tem
que ir além de um município ou de um estado.
A construção de um produto passa por interagir
entre diferentes locais – municípios, estados e
até países. A Serra da Mantiqueira, por exemplo,
está em três estados.
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Participativo
sempre
Na prática, uma das formas desse tipo de
integração se dá por meio dos Fóruns Estaduais
de Turismo, que coordenados pelo Ministério do
Turismo, estão atualmente em permanente diálogo. Zuanazzi diz que, a aceitação do Programa
de Regionalização tem sido até maior do que o
previsto.
“A receptividade foi muito além do esperado. O Brasil tem um turismo diverso e complexo. Temos cidades de Primeiro Mundo como São
Paulo e outras ainda pouco desenvolvidas. Mas
essa integração é altamente positiva”, diz o
secretário, explicando que o objetivo é criar
“alicerces” para o projeto. “Não adianta pensar
nisso apenas como um programa de governo
porque os governos são passageiros. Por isso,
estamos criando governanças, que envolvem
o público e o privado, para que o programa continue permanentemente.”
Além da participação dos setores público e
privado, há um outro elemento-chave para os
objetivos do Programa de Regionalização: a sociedade. Sem a mobilização da população nos
grandes ou pequenos pólos turísticos, dificilmente o chamado produto terá a qualidade esperada.
“O turismo tem que ser pensado do ponto
de vista da sociedade. A cidade tem que querer receber esse turista e isso tem que ser
vinculado ao trade e a outros setores”, explica o secretário.
Para Tânia Brizolla, no desgaste ou na re-
novação do turismo o mais importante é a
gestão: “É importante integrar o trabalho de
empresários, população e poder público. Precisamos de qualificação e de preparação
para sermos competitivos. É preciso reconhecer o que se tem de melhor e nisso a educação é essencial. O comprometimento com o
turismo de qualidade tem de ir desde o barraqueiro até o gestor máximo. O país precisa
de novas atividades para crescer e o turismo
é uma delas. A sociedade entende que isso é
importante.”
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Aumentar o número de brasileiros que viajam por seu próprio país, e não somente em
épocas de alta do dólar e do euro, é uma
das metas do Ministério do Turismo e também está entre as missões do Programa de
Regionalização. Zuanazzi acredita que o
aproveitamento do potencial turístico do
Brasil ainda é baixo, mesmo nos destinos já
estabelecidos.
“Nós brincamos que queremos fazer com
o turismo um plano de metas de Juscelino.
Até 2010, esperamos ter aumentado em 100%
o turismo interno. Isso é plenamente possível por meio da qualificação e da formatação
de produtos que visem a alguns mercados
específicos. A classe A viaja pouquíssimo
pelo Brasil, mas a classe média alta também
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não temos fobia de exterior, mas
queremos que eles experimentem
o Brasil”, comenta o secretário,
que também aponta o incentivo
ao turismo interno como uma forma de inclusão social.
“Queremos dar oportunidade de
mais brasileiros conhecerem o seu
país, por isso estuda-se baixar tarifas de passagens, de hotéis e tornar o turismo mais acessível a todos”, diz Zuanazzi, explicando que
o tema foi motivo de debates durante o Fórum Mundial de Turismo, realizado em outubro no Rio
de Janeiro, e que durante o Congresso Brasileiro da Associação
de Agências de Viagens (Abav)
foi lançado um programa de incentivo ao turismo doméstico de
baixa temporada, com pacotes
turísticos a preços populares.
O Ministério do Turismo
tem estimativas otimistas
para o setor este ano, esperando completar um total de 5,5 milhões de turistas internacionais e
44 milhões de desembarques domésticos, com
um crescimento entre
5% e 6%. Para alcançar
esse sucesso, o secretário explica que não há
uma preferência por um perfil específico
de turista: “Todo turista nos interessa. Não
podemos ter uma visão compartimentada.
O programa é mais amplo, pensamos desde os pequenos nichos até o turismo de
massa.”
Um dos mercados a serem desenvolvidos dada a natureza do nosso país é o ecoturismo, mas
uma das preocupações do programa é explorar
o turismo com responsabilidade, tanto no âmbito do interior como dos destinos já consagrados. A diversificação é uma aliada nisso: “É preciso haver responsabilidade com o ecossistema.
Por exemplo, até onde Porto Seguro suporta o
fluxo de visitantes.”
“Temos que pensar um turismo com sustentabilidade, sem que as populações percam sua
identidade cultural”, diz Tânia, destacando que
o programa pode ajudar a trocar experiências
entre os estados e também a gerar modelos de
gestão.
“Por exemplo, Mamirauá foi considerado o
melhor destino de ecoturismo do mundo. Todos
sabem que Mamirauá é uma referência, mas o
que fizeram para chegar até aí? Podemos ampliar isso, trocar experiências. Muitos ainda não
sabem que ter um destino de ecoturismo não é
levar um turista para uma cachoeira com lixo
em volta.”
A Reserva de Mamirauá fica no Amazonas e
abrange uma área de, aproximadamente, 1 milhão
de hectares. É a maior área de florestas inundadas protegida do mundo.
Sucesso no
Salão de Turismo
Tanto os nichos a serem explorados como os roteiros já existentes puderam ser vistos pelo público no Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, no
Expo Center Norte, em São Paulo. Para um programa que espera, até 2007, ter 81 produtos de qualidade para negociar no mercado, chegou a ser
uma surpresa ver apresentados 451 produtos.
“Como salão, conseguimos enxergar o que
está sendo feito. E os próprios estados estão
fazendo os seus salões. Antes a gente ouvia as
pessoas dizerem que não tinham dinheiro para
produzir, mas elas saíram produzindo. Hoje existe uma série de projetos”, elogia Tânia, admitindo, no entanto, que muitos produtos ainda
precisam ser mais desenvolvidos. “Talvez 50%
dos produtos apresentados ainda não estejam
adequados.”
Passaram pelo salão cerca de 100 mil pessoas. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas durante os quatro primeiros dias do
evento mostrou que 82,6% do público conheceu
novos roteiros por lá. Outros 95,9% disseram que
pretendem visitar a próxima edição do salão, que
acontecerá no próximo ano. Outra novidade revelada pela pesquisa é que os destinos praianos
ainda são os preferidos, mas já têm concorrência: 36% dos entrevistados disseram que preferem os roteiros com sol e praia; 25,5% querem
ecoturismo; 24,5% procuram roteiros culturais; e
7,8% gostam das festas populares. Para o Salão
de Turismo 2006, a expectativa é ainda maior.
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