Título: Alimento orgânico ganha terreno e fica mais barato
Veiculo: Portal do Agronegócio / Online
Seção: NOTÍCIAS
Página: Online
Data: 11/06/2012
Valor: RS 0,00
Alimento orgânico ganha terreno e fica mais barato
Portal do Agronegócio - MG - NOTÍCIAS - 11/06/2012
Os alimentos livres de agrotóxicos ganham terreno no Paraná e, com o aumento na produção, tornam-se mais competitivos frente aos produtos
convencionais
Gazeta do Povo
Os preços dos orgânicos, que até pouco tempo atrás eram o principal
entrave para o desenvolvimento da atividade, são iguais ou até mais
baratos se consideradas as cotações praticadas nas feiras livres.
Destaques - Além das hortaliças, frutas como maçã, banana, manga e
caqui destacam-se nesse mercado. “Durante a época de colheita desses
produtos, o preço praticado nas feiras orgânicas está competindo lado a
lado com o da feira convencional”, aponta Ivo Melão, presidente da
Associação dos Consumidores de Orgânicos (Acopa). Nos supermercados,
os orgânicos continuam mais caros: custam cerca de 30% a mais que os
convencionais.
Alface - No caso de hortaliças como alface, por exemplo, um dos itens que
mais ganha escala na produção orgânica, principalmente na região que
cerca Curitiba, o preço do convencional chega a ser R$ 0,30 mais caro do
que o do orgânico, conforme levantamento do Instituto Emater e da
Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). Uma cabeça de alface livre de
agrotóxico vale, em média, R$ 1, conforme a Emater. O preço médio do
produto convencional, calculado pela Seab, é de R$ 1,31. Em Cascavel,
passa de R$ 2 por unidade.
Equilíbrio - A oferta de alimentos considerados mais saudáveis do que os
cultivados de forma tradicional, com agrotóxicos ou transgênicos, é
apontada como a causa desse equilíbrio nos preços. Embora maior parte
do escoamento da produção orgânica ainda esteja dependente das feiras
de rua, o consumo tem sido facilitado com a entrada de novos
comerciantes nesse segmento. Além de restaurantes e até mesmo lojas
d e r o u p a s , o p ú b l i c o ‘ecologicamente correto’ conta com mercados
dedicados exclusivamente à venda de orgânicos.
Apetite maior - Segundo Iniberto Hammerschmidt, coordenador estadual
de olericultura da Emater, o apetite da população por alimentos orgânicos
cresce mais de 50% ao ano e ainda deve abocanhar maior fatia do
mercado. “Hoje, cada paranaense consome 45 quilos de hortifrutigranjeiros
por ano. Mas a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é
de 135 quilos. Ou seja, nós consumimos apenas um terço da quantidade
recomendada”, argumenta.
Safra 2011/12 deve render 150 mil toneladas - Apesar de a evolução da
produção convencional superar a orgânica, o avanço dos alimentos livres
de agrotóxicos também chama atenção. A safra 2011/12, que termina
neste mês, está estimada em 150 mil toneladas – 12 mil toneladas a mais
que a colhida há três anos, conforme levantamento da Emater.
Consequentemente, a renda bruta do setor, que era de R$ 120 milhões no
ciclo 2008/09, engordou, devendo atingir R$ 150 milhões nesta temporada.
Programas - Na avaliação de Iniberto Hammerschmidt, do Instituto
Emater, são os programas governamentais – o de Aquisição de Alimentos
(PAA) e o da Alimentação Escolar (Pnae) – que sustentam as apostas dos
agricultores no campo. As hortaliças podem ser colhidas em até 30 dias e
são consideradas investimentos promissores. Na última década, o Paraná
aumentou em 1 milhão de toneladas a produção convencional desse tipo
de produto.
Volume - Hoje, o estado colhe anualmente 3 milhões de toneladas –
volume 20 vezes maior que o dos orgânicos. Em âmbito nacional, a
produção chega a 20 milhões de toneladas, sendo que três produtos – o
tomate, a batata e a melancia – respondem por aproximadamente metade
desse volume.
Page 1 / 2
volume 20 vezes maior que o dos orgânicos. Em âmbito nacional, a
produção chega a 20 milhões de toneladas, sendo que três produtos – o
tomate, a batata e a melancia – respondem por aproximadamente metade
desse volume.
Page 2 / 2
Download

Alimento orgânico ganha terreno e fica mais barato Os