PROFESSOR: Equipe
BANCO DE QUESTÕES - CHTS - 3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO
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 História da América Latina - 02
01- (UEM - 2010) Sobre o processo de independência das antigas colônias espanholas na América, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
(01) As antigas colônias espanholas mantiveram, ao longo de todo o século XIX, a divisão em Vice-Reinados e a
unidade administrativa herdada dos espanhóis.
(02) No processo de independência do México, tiveram papel de destaque as lutas dos camponeses lideradas por
Pancho Vila e Emiliano Zapata.
(04) No final do século XIX, as disputas pelo poder político entre os criollos e os chapetones levaram ao fracionamento
político que deu origem aos países latino-americanos atuais.
(08) Os ideais iluministas de liberdade e igualdade exerceram uma grande influência no processo de independência
das colônias americanas.
(16) Na região do atual Peru, nos finais do século XVIII, o cacique Tupac Amaru liderou uma luta contra os tributos
cobrados pela Espanha.
02- (UEM - 2011) A luta pela independência dos países americanos se desenvolveu nos séculos XVIII e XIX. Assinale o
que for correto sobre os movimentos emancipacionistas desses países.
(01) A Igreja Católica ficou neutra durante as lutas pela independência das colônias americanas.
(02) A Revolução que culminou com a independência dos Estados Unidos foi inspirada nas teorias dos pensadores
iluministas franceses e nas ideias de John Locke.
(04) A Rebelião dos Comuneros, liderada principalmente por índios e crioulos, lutou pela independência do Paraguai e
pelo estabelecimento de um governo popular.
(08) A Inglaterra sempre se opôs à independência das colônias portuguesas e espanholas.
(16) No final da década de 1820, apenas Cuba e Porto Rico mantinham-se dependentes do Império Espanhol.
03- (UEM - 2011) Com a independência, as antigas colônias espanholas da América se tornaram área de influência da
Inglaterra e dos Estados Unidos. Nesse contexto, ao longo do século XX, surgiram movimentos nacionalistas e de
esquerda em vários países latino-americanos, que reivindicavam mudanças. A esse respeito, assinale a(s)
alternativa(s) correta(s).
(01) No início do século XX, produziu-se a Revolução Mexicana, liderada pelo subcomandante Marcos, cujo principal
objetivo era a reforma agrária no estado de Puebla.
(02) No Chile, na década de 1970, Salvador Allende, representando uma coligação de partidos de esquerda, é eleito
presidente, mas é retirado do poder, em 1973, por um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos da América.
(04) Visando a garantir seu controle sobre o Canal do Panamá, os Estados Unidos articularam uma fracassada invasão
à baia dos Porcos, no Panamá, em 2008.
(08) Na América Central, El Salvador, Guatemala e Nicarágua atravessaram períodos de guerra civil ao longo das
décadas de 1970 e 1980, quando se enfrentaram grupos de direita e as guerrilhas de esquerda.
(16) O Sandinismo foi um movimento armado de esquerda que surgiu na Nicarágua para lutar contra da ditadura de
Somoza, aliado dos Estados Unidos.
04- (Uerj - 2008)
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Entre o sonho de cooperação continental formulado por Simon Bolívar e expresso no Congresso do Panamá em 1826 e
a reunião da 3ª Conferência Pan-americana no Rio de Janeiro em 1906, o significado de pan-americanismo e a posição
brasileira em relação ao mesmo modificaram-se em função de diferentes conjunturas históricas.
 Estabeleça uma diferença entre o contexto continental em que ocorreram o Congresso do Panamá e a 3ª Conferência
Pan-americana. Estabeleça, ainda, uma diferença na posição do governo brasileiro em relação a essas duas reuniões.
05- (Uerj - 2009)
O mapa político apresentado demonstra a fragmentação ocorrida na América colonial espanhola, a partir dos
movimentos de independência. Esse processo resultou não só de fatores internos, mas também de fatores externos às
colônias, como a tentativa de restauração levada a cabo pela Santa Aliança, utilizando como regra básica o princípio de
legitimidade enunciado no Congresso de Viena (1814-1815).
 Cite duas consequências políticas ou territoriais para a Europa pós-napoleônica da utilização do princípio de
legitimidade. Em seguida, explique a influência desse princípio nas lutas pela independência das colônias
espanholas na América.
06- (UERJ - 2009) A partir da década de 1990, a resistência à hegemonia dos EUA na América Latina se fortaleceu com o
surgimento de lideranças nacionais que constituem a chamada “nova esquerda latino-americana”. O ano de 2008
colocou um ponto de interrogação nesse processo, o que pode ocasionar mudanças capazes de enfraquecer essa
composição política.
 Essa nova conjuntura está relacionada a possíveis alterações em:
(A) sistema econômico cubano com a renúncia de Fidel Castro
(B) política externa boliviana com a vitória eleitoral de Evo Morales
(C) regime tarifário brasileiro com a retomada do diálogo entre os países do Mercosul
(D) estrutura agrícola paraguaia com a ação das forças de direita do governo recém-eleito
07- (UERJ - 2010) O problema agrário está na base dos conflitos sociais e políticos da História do México, desde a
independência até a revolução. Todas as tentativas de mudança estrutural – Independência, Reforma, Porfiriato,
Revolução – decorrem da necessidade essencial de resolver essa questão-chave.
NUNES, Américo. As revoluções do México. São Paulo: Perspectiva, 1980. (Adaptado).
 Identifique o problema agrário ao qual se refere o autor do texto e estabeleça sua relação com a Revolução Mexicana
de 1910.
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08- (Uerj - 2010)
O “GRANDE PORRETE” NO MAR DO CARIBE
Disponível em: http://americanhistory.si.edu
MIRANDA, Wander Melo (org.). Narrativas da modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
A caricatura, de 1904, e o cartaz publicitário da Coca-Cola, de 1944, apontam para contextos diferenciados das
relações do governo dos EUA com países da América Latina.
 Cite uma ação da política externa norte-americana para a América Latina decorrente da política do Big Stick –
“Grande Porrete”. Em seguida, nomeie e explique a nova orientação diplomática dos EUA para essa região durante a
Segunda Guerra Mundial.
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09- (UERJ - 2012)
O presidente Roosevelt, que governou os E.U.A. entre 1933 e 1945, solicitou a inclusão de Walt Disney na lista de
visitas de celebridades hollywoodianas aos países sul-americanos. Após a visita, Disney retornou aos Estados Unidos e
produziu os desenhos animados “Alô, amigos” (1942) e “Os três cavaleiros” (1945), mais conhecido no Brasil como
“Você já foi à Bahia?”. Essas criações de Disney pretendiam resumir, no plano simbólico, os laços de afeto e de
cooperação que uniam os E.U.A. ao Brasil.
Adaptado de SIDNEY FERREIRA LEITE
Cartaz do filme
In: TERRA, Lygia et al. Conexões: estudos de geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 2009.
As artes são frequentemente utilizadas como instrumento de propaganda política e
ideológica. Os desenhos de Disney, por exemplo, foram peça importante para a estratégia
geopolítica dos E.U.A. para a América Latina, como se observa no texto.
 Essa estratégia geopolítica norte-americana foi concretizada na década de 1940 por meio de um conjunto de ações
que ficou conhecido como:
(A) Aliança para o Progresso
(B) Política da Boa Vizinhança
(C) América para os Americanos
(D) Doutrina do Destino Manifesto
10- (UERJ - 2012) Questão 10
http://oubarbarie.wordpress.com
No século XVIII, durante a Revolução Francesa, Saint Domingue, uma pequena colônia na América Central, rebelou-se
contra sua metrópole, dando início à luta pela independência do Haiti, em um processo diferente daqueles que
ocorreram nas demais colônias do continente americano.
 Aponte uma proposta da Revolução Francesa que influenciou a independência do Haiti e a principal diferença entre
este processo e as outras lutas pela independência das colônias americanas.
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11- (UERJ - 2012) Com o fim da bipolaridade política, avançaram os processos de integração entre países. Um exemplo
disso é o Mercosul, criado em 1991.
O quadro a seguir ilustra o PIB-PPC (Paridade do Poder de Compra) e o IDH dos países do Mercosul, para o ano de
2007, com a entrada da Venezuela.
País
População (2007)
PIB (PPC) dólares per capita
IDH
Argentina
40.403.943
14.280
0,869
Brasil
190.011.861
12.360
0,800
Paraguai
6.667.884
4.642
0,755
Uruguai
3.447.920
9.962
0,852
Venezuela
26.085.281
8.251
0,792
Adaptado de www.apropucsp.org.br
 Indique dois objetivos econômicos da formação do Mercosul. Aponte, também, uma dificuldade para a consolidação
desse bloco.
12- (UFAL - 2010) As lutas sociais na América Latina mostram suas dificuldades econômicas e a falta de maior convivência
com a democracia. Muitas questões continuam pendentes, e a desigualdade provoca injustiças e violência. Com a
Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, tivemos:
(A) a implantação de um sistema político socialista, que estabilizou a economia cubana e impôs uma democracia
política.
(B) o fim da pobreza e a renovação dos costumes, com ampla influência da União Soviética nas manifestações
culturais.
(C) o estabelecimento de um governo bem aceito na América Latina, sem maiores problemas nas relações econômicas
e culturais.
(D) o término das relações diplomáticas com os Estados Unidos, o que provocou o acirramento das disputas e
polêmicas frequentes.
(E) a consolidação de um socialismo com autonomia econômica, crítico do autoritarismo e sem influências externas.
13- (UFC - 2008) A partir de 1989, a América Latina incorpora o neoliberalismo. Este modelo, contestado por diferentes
grupos e movimentos sociais, caracterizou-se, neste continente, por:
(A) atenuar as diferenças sociais e a dependência em relação ao capital internacional, ofertando o pleno emprego.
(B) estimular o desenvolvimento do campo social e político e implementar uma sociedade mais justa e igualitária.
(C) diminuir o poder da iniciativa privada transnacional, mediante a intervenção do Estado a favor da burguesia
nacional.
(D) ter uma base econômica formada por empresas públicas que regularam a oferta e a demanda, assim como o
mercado de trabalho.
(E) instaurar um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defendeu a diminuição da ingerência do
Estado na economia.
14- (UFES - 2010) Desde a fundação da Organização dos Estados Americanos (1948), o Brasil tem participado dos
principais esforços de integração regional, a exemplo da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc). Entre
os mais eficazes empreendimentos contemporâneos de integração regional, podemos citar o Nafta e o Mercosul, em
face dos quais se discute a participação na Área de Livre Comércio das Américas.
a) Descreva as características gerais do Mercosul.
b) Apresente dois argumentos contrários à participação do Brasil na Alca.
15- (UFES - 2010) [...] sobre Zelaya vale a lembrança de que não se trata de um estadista clássico, seguidor da cartilha dos
direitos democráticos. Ele foi apeado do poder após a investida contra a constituição do seu país. Queria o terceiro
mandato. A manobra foi condenada pela Corte Suprema e serviu de mote para que a oposição e as Forças Armadas
locais articulassem a sua deposição. Expulso de pijama da sede do Governo, Zelaya rapidamente converteu-se, aos
olhos do mundo, de aventureiro oportunista em líder injustiçado.
(MARQUES, Carlos José. O teste de liderança. Revista IstoÉ. n. 2081, p. 20, 30 set. 2009.)
 A partir dessas informações,
a) Indique o nome do país, o da região e o do continente a que o texto se refere;
b) Explique a relação entre populismo e ditadura na América Latina.
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16- (UFES - 2011) Dentre as revoluções ocorridas na América Latina, no século XX, duas sobressaíram: a Mexicana, de
1910, e a Cubana, de 1959. Com base nessa afirmação,
a) explique o traço distintivo de cada uma dessas revoluções;
b) descreva o papel de Zapata e o de Fidel Castro nessas revoluções.
17- (UFES - 2012) Em 30 de julho de 1811, morria fuzilado, às 7 horas da manhã, Hidalgo, considerado o “pai da nação” no
México. Hidalgo lutou ao lado de Morelos e Itúrbide pela derrubada do governo colonial espanhol naquele país. Juntos,
eles iniciaram o processo de emancipação política mexicana, que triunfou somente dez anos depois, em 1821.
 Explique
a) dois fatores que contribuíram para a independência do México e demais regiões da América Espanhola;
b) a especificidade do processo emancipacionista do Haiti, ocorrido entre 1791 e 1804.
18- (UFF - 2010) No século passado, os conflitos étnicos e culturais que puseram fim à Iugoslávia e o movimento
separatista dos canadenses de língua francesa em Quebec foram acontecimentos bastante diferentes, com origens
diversas, mas que nos levaram à imperiosa necessidade de repensar as questões do nacionalismo. No início do século
XXI, assistimos ao ressurgimento do nacionalismo na América Latina.
 Com base nessa afirmativa, discuta o novo nacionalismo latino-americano, explicando o significado das mudanças
ocorridas na Venezuela.
19- (UFG - 2008) os anos de 1990, na Am rica atina, abandona-se a ideia clássica de revolução, sem que isso signifique
o desaparecimento da luta armada, como
o caso do Ex rcito apatista de ibertação acional (EZLN). Nesse
contexto, as novas ações dos movimentos sociais relacionam-se à:
(A) deflagração de golpes militares, considerando a necessidade de conciliação nacional.
(B) implementação de reformas pol ticas, visando à modernização do Estado.
(C) demanda por um governo central forte, legitimando as pol ticas assistencialistas.
(D) implantação de um modelo socialista, objetivando a integração continental.
(E) utilização de estrat gias de desgaste pol tico, dispensando a tomada do poder do Estado.
20- (UFG - 2009) No processo de independência política das colônias hispano-americanas, no início do século XIX,
verificou-se o agravamento de uma tensão entre a Coroa Espanhola e a elite criolla, que não está circunscrita ao
processo revolucionário. Essa tensão consiste:
(A) na fragilidade da Coroa Espanhola diante das reivindicações dos nativos do novo continente.
(B) na desigualdade da distribuição do poder e da riqueza coloniais.
(C) na tendência da elite criolla em negar suas raízes culturais europeias.
(D) no impedimento régio às atividades comerciais dos criollos.
(E) na disputa de ambos com a Igreja pela hegemonia das ações coloniais.
21- (UFG - 2009) Nas décadas de 1930 e 1940, em alguns países latino-americanos, como Argentina e Brasil,
desenvolveu-se um fenômeno político-social conhecido como populismo. No período, os principais setores e classes
sociais expressaram diferentes visões a respeito desse fenômeno, significando, para:
(A) a burguesia industrial, um governo contrário à modernização, por se apoiar num Estado forte e intervencionista.
(B) as camadas médias urbanas, um governo autoritário que as excluiu do processo político, tal como o Estado
oligárquico.
(C) as oligarquias agrárias, um governo nocivo aos seus interesses, ao efetivar uma reforma agrária de caráter
indenizatório.
(D) o operariado, um governo que possibilitou a garantia de direitos trabalhistas, ao elaborar um conjunto específico de
leis.
(E) as forças armadas, um governo que contrariou os interesses nacionalistas, ao se alinhar ao imperialismo
estadunidense.
22- (UFG - 2009) Leia a citação a seguir.
Nós somos algo mais do que nós mesmos. Nós somos uma ideia, uma esperança, um exemplo.
CASTRO,
Fidel.
Discurso
pronunciado
em
28
de
setembro
de
1960.
Disponível
em:
<http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1960/esp/f280960e.html>. Acesso em: 4 maio 2009. (Traduzido e adaptado.)
 Esse discurso de Fidel Castro foi pronunciado nos momentos iniciais do processo revolucionário cubano e em um
contexto histórico e político de grande tensão no que se refere à geopolítica mundial. Relacione a citação a um
acontecimento do início da década de 1960, envolvendo Cuba e Estados Unidos, que explique a projeção
internacional da Revolução Cubana.
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23- (UFG - 2010) Analise a imagem a seguir.
HELGUERA, Jesús, Rompiendo las Cadenas, óleo sobre tela, 1959. Museu Soumaya. Cidade do México.
Disponível em: <www.bicentenárioguanajuato.gob.mx/blog/wp-content/uploads>. Acesso em: nov. 2009. (Detalhe).
 Produzida em 1959, a pintura de Jesús Helguera alude ao “Grito de Dolores” (1810), marco do processo de
independência no México. Na referida obra, o pintor elege e representa, em primeiro plano, dois importantes
símbolos que constituem a nacionalidade mexicana. Com base na análise dessa imagem e considerando o contexto
histórico da independência, explique:
a) os símbolos nacionais presentes na composição do quadro;
b) a relação entre os referidos símbolos e o processo de independência no México.
24- (UFJF - 2008) a d cada de 1950, Cuba era considerada “quintal” dos Estados Unidos da Am rica (EUA). Em 1952, o
General Fulgêncio Batista implantou uma ditadura caracterizada pela corrupção e pela brutalidade com que tratava
seus adversários políticos. A reação a esse regime veio através do movimento guerrilheiro, liderado por Fidel Castro e
Che Guevara, que foi vitorioso.
 Sobre esse contexto, marque a alternativa CORRETA.
(A) Che Guevara pretendia expandir a ideia da revolução socialista por todo o continente americano, porém, somente a
Bolívia aderiu a essa ideia, em 1967, permanecendo como aliada de Cuba até 1972.
(B) O regime cubano socialista alcançou vários resultados sociais, tais como a redução do analfabetismo e os
expressivos avanços na medicina e saúde pública, promovendo grandes avanços científicos nessas áreas.
(C) Com o fim dos conflitos, Fidel Castro implantou uma democracia social e política, o que contrariou os interesses dos
Estados Unidos, que romperam relações diplomáticas com Cuba.
(D) Ao chegar ao poder, Fidel Castro lançou as bases de uma ditadura democrática, regime adequado ao povo cubano
que estava acostumado com a tradição do caudilhismo da América Espanhola.
(E) Fiéis à sua política imperialista, os EUA enviaram seu exército para combater o regime cubano socialista que
resistiu heroicamente. Porém, nesse conflito, foi morto Che Guevara, que se tornou um ícone da rebeldia latinoamericana.
25- (UFJF - 2010) A seguir se encontram descritas diferentes características dos processos de independência da América
Latina e da América do Norte. Sobre esse contexto, leia as alternativas.
I- Nos Estados Unidos, como ideias e essência imediata de seu processo de independência, ocorreu a abolição da
escravatura.
II- Em toda a América Espanhola ocorreu uma aliança entre as elites locais e os setores populares contra os
interesses metropolitanos sem, contudo, produzir mudanças nas formas de governo.
III- Na América Portuguesa, a transferência da Corte para Rio de Janeiro, bem como a abertura dos portos às nações
amigas constituiu-se em importante fator para a crise do sistema colonial.
IV - O processo de independência no Haiti caracterizou-se por uma rebelião escrava, constituindo-se em um singular
modelo de luta anticolonial.
 Marque a opção CORRETA.
(A) Todas estão corretas.
(B) Todas estão incorretas.
(C) Apenas I e IV estão corretas.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) Apenas III e IV estão corretas.
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26- (UFJF - 2011)
\
AQUINO, R.; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. & OSCAR. História das sociedades americanas.
Rio de Janeiro: Record, 1990. p. 109.
Como se vê na figura, a Europa, na segunda metade do século XVIII, foi abalada por revoluções e reivindicações que
envolviam também suas colônias americanas.
 Baseando-se na imagem e em seus conhecimentos, responda ao que se pede:
a) Qual foi o primeiro movimento vitorioso da história americana que ilustra a vitória das reivindicações das elites locais
contra o sistema colonial europeu?
b) Analise uma repercussão desse episódio no restante do continente americano.
27- (UFJF - 2012) As décadas de 1960 e 1970 foram extremamente difíceis para as populações de vários países latinoamericanos como, por exemplo, Brasil, Chile, Argentina. Nesse período, vivenciou-se a imposição ou o fortalecimento
de ditaduras militares.
 Observe as imagens a seguir. Em seguida, atenda ao que se pede.
Ataque ao Palácio La Moneda, Santiago, Chile, que derrubou o presidente Salvador Allende (1973).
Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso em: 5 nov. 2011.
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Manifestação contra a ditadura militar, Rio de Janeiro, Brasil.
Disponível em: <http://www.historianet.com.br>. Acesso em: 5 nov. 2011.
a) Analise a principal motivação dos Estados Unidos da América (EUA) para apoiarem regimes ditatoriais militares em
diferentes países da América Latina no período.
b) Analise duas razões que contribuíram para a redemocratização da região ao longo das décadas de 1980 e 1990.
28- (UFMA - 2008)
“ ... uando a economia transnacional estabeleceu seu dom nio sobre o mundo, solapou uma grande instituição, at
1945 praticamente universal o Estado ação ... ”
(HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos. ão Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 413)
 Cite duas mudanças verificadas nos Estados ação em consequência da expansão da economia transnacional
(globalização). Comente uma dessas mudanças.
29- (UFMA - 2008) Considerando o contexto da “Guerra ria”, analise a relação entre a
dos EUA na Am rica.
evolução Cubana e o imperialismo
30- (UFMA - 2009) Sobre a Revolução Cubana (1959) e sua influência na América Latina são corretas as afirmações:
I- Após fracassada a invasão da Baía dos Porcos, apoiada pelos Estados Unidos, o governo cubano anunciou a
entrada do país no bloco socialista, ao lado da União Soviética.
II- A derrubada do ditador Fulgêncio Batista foi seguida da adoção de uma política de transformações, como a Reforma
Agrária e a nacionalização de empresas norte-americanas.
III- A crise dos mísseis foi ocasionada pela descoberta de um plano por meio do qual Cuba forneceria treinamento e
armamentos para movimentos guerrilheiros no Terceiro Mundo.
IV- A Aliança para o Progresso foi lançada pelos Estados Unidos, visando proporcionar ajuda econômica e combater a
difusão das ideias revolucionárias no continente.
V- A expansão da democracia em diversos países da América Latina, ao longo da década de 1960, foi uma
consequência da política de coexistência pacífica adotada pelas superpotências (EUA e URSS).
(A) I, III e V
(B) II, III e IV
(C) I, II e IV
(D) II, IV e V
(E) I, IV e V
31- (UFMG - 2008) Leia este trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier:
“... se por acaso estes pa ses chegassem a ser independentes, fazendo as suas negociações sobre a pedraria
pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe dessem, como
presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e
só os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo
valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta mis ria.”
Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados;
Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v. 5, p. 117.
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 A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que os
Inconfidentes Mineiros de 1789
(A) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava sua circulação.
(B) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiões de que se compunha Minas Gerais,
cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas.
(C) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez que seriam
vendidos aos estrangeiros legalmente.
(D) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-comércio das pedras e ouro, visando a
aumentar seus lucros.
32- (UFMG - 2011) Observe esta charge, em que se ironiza uma suposta reunião de ditadores latino-americanos para a
criação de uma jovem nação:
ANGELI. Apud A escrita da história. Ensino Médio. São Paulo: Escala Educacional, 2005. p. 536.
 IDENTIFIQUE e EXPLIQUE um dos aspectos relacionados ao conjunto das ditaduras latino-americanas que se
destaca nessa charge.
33- (UFMS - 2008) Em 31 de julho de 2006, os cubanos e o restante do mundo foram surpreendidos com a notícia de que,
por motivo de saúde, Fidel Castro afastava-se do governo do país, entregando o poder a seu irmão Raúl Castro. Desde
então as atenções do mundo se voltaram para aquela ilha da América Central, indagando-se sobre a gravidade da
doença e, acima de tudo, sobre qual será o destino de Cuba sem Fidel. Sobre a história de Cuba, assinale a alternativa
correta.
(A) O fim de, praticamente, 400 anos de dominação espanhola sobre a Ilha de Cuba ocorreu em maio de 1895, após
um levante popular vitorioso liderado pelo poeta José Martí, cujas ideias revolucionárias inspiraram Fidel Castro.
(B) A guerra de libertação contra a Espanha, ocorrida em 1898, contou com o apoio direto da Inglaterra, na época o
maior parceiro comercial e o maior investidor de capitais na produção de cana-de-açúcar e tabaco da Ilha.
(C) O movimento guerrilheiro liderado por Fidel Castro e Che Guevara, que em 1o de janeiro de 1959 tomou Havana e
derrubou o ditador Fulgêncio Batista, declarou-se desde o início comunista, fato que levou ao imediato bloqueio
econômico a Cuba por parte dos Estados Unidos, o qual permanece até hoje.
(D) A instalação de mísseis nucleares soviéticos em Cuba constituiu-se em fator decisivo para o desencadeamento de
uma profunda crise militar com os Estados Unidos, que culminou com a invasão da Baía dos Porcos pelos norteamericanos, em 1962, e com o surgimento da Guerra Fria.
(E) A imposição da Emenda Platt à constituição cubana, que, a partir de 1902, deu aos Estados Unidos o direito de
intervir na ilha caso julgassem necessário, praticamente transformou Cuba num protetorado norte-americano até
1933. Com base nessa Emenda, no decorrer desse período os Estados Unidos ocuparam Cuba cinco vezes, além
de encravarem uma base militar em Guantánamo, no oeste da Ilha, que mantêm até hoje.
34- (UFMS - 2008) A respeito do chamado “Consenso de Washington” – conjunto de medidas formuladas na década de
1980 por instituições financeiras como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro Norte-Americano visando
ao “ajustamento econômico” dos pa ses em desenvolvimento, assinale a alternativa correta.
(A) Defende a regulamentação do mercado de trabalho como forma de aumentar o poder de compra dos
trabalhadores, visto como elemento fundamental para o controle da inflação e a ampliação do parque industrial dos
países em desenvolvimento.
(B) Defende a implantação de empresas estatais no setor de produção de bens de capital, de modo a consolidar um
parque industrial genuinamente nacional nos países em desenvolvimento.
(C) Defende a disciplina fiscal e a redução dos gastos públicos, de modo a reduzir a relação entre a dívida pública e o
Produto Interno Bruto (PIB).
(D) Defende um amplo controle dos investimentos estrangeiros diretos, por meio da imposição de restrições à entrada
de capitais especulativos nos países em desenvolvimento.
(E) Defende um processo de substituição das importações, visto como elemento fundamental para a produção de
tecnologia de ponta nos países em desenvolvimento.
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35- (UFMS - 2008) Em 1971, a revista peruana Caretas entrevistou os três cadetes que haviam obtido o primeiro lugar nas
suas respectivas escolas militares. Um deles, o alferes de Cavalaria Carlos Silva Flor. Quando lhe perguntaram qual
era a sua maior aspiração, respondeu com absoluta franqueza e naturalidade ‘_Minha maior aspiração chegar a ser
General de Divisão e, se possível – por que não?, Presidente da epública’. A resposta do jovem ilva lor reflete ... a
relação que, praticamente até duas décadas atrás, existia, na América Latina, entre o posto de General de Divisão (no
caso do Peru, o máximo grau da carreira militar) e o de Presidente da República, revelando, nitidamente, a incidência
do militarismo na história política do subcontinente, a ponto de um e outro, na prática, terem se confundido.
(Texto adaptado de ROSSI, Clovis – Militarismo na América Latina. SP: Brasiliense, 1982, p. 7).
 Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito da
ação dos militares na história política da América Latina:
(001) No período que se estendeu de 1964 a 1976, especialmente a região sul da América Latina foi palco de uma
série de golpes militares, golpes de 1964 no Brasil e na Bolívia, golpe de 1976 na Argentina, passando pelos
golpes de 1973 no Chile e no Uruguai, os quais instauraram ditaduras militares que responderam à doutrina de
segurança nacional, fundada na concepção geral de que os conflitos sociais e pol ticos seriam “v rus”
inoculados do exterior, mais especificamente da União Soviética, para desagregar a unidade interna desses
países.
(002) Inseridos no contexto histórico da Guerra Fria, os projetos políticos ditatoriais conduzidos pelos militares latinoamericanos pautavam os enfrentamentos políticos na lógica da luta entre capitalismo, identificado no Ocidente
como regime de liberdade, e comunismo, regime identificado no Ocidente como totalitário.
(004) Embora os regimes autoritários sul-americanos tivessem se esgotado na primeira metade da década de 1980,
elementos de continuidade das ditaduras militares ainda se fazem presentes nos processos de democratização
de países como Argentina e Chile, em especial no tocante ao tema da punição aos responsáveis pela
repressão aos opositores daqueles regimes, materializada na forma de prisões arbitrárias, torturas,
condenações sem defesa, execuções e desaparecimentos de presos políticos.
(008) Inseridos no contexto histórico da globalização e da ascensão dos Estados Unidos, como superpotência
mundial, os projetos políticos ditatoriais conduzidos pelos militares latino-americanos durante as décadas de
1960 e 1980 visavam ao envolvimento das forças armadas na doutrina norte-americana de guerra total ao
narcotráfico e ao terrorismo.
(016) Caso exemplar da persistência da tênue fronteira que separa a democracia da ditadura militar na América
Latina é a Colômbia, onde o Presidente Hugo Chávez, um coronel do exército que ascendeu ao poder em
1992, após liderar um golpe de Estado contra o presidente civil Carlos Andrés Perez Rodriguez, implantou um
regime autoritário fortemente alinhado com os interesses econômicos e estratégicos norte-americanos.
36- (UFMS - 2009)
“Temos que devolver os recursos naturais estrat gicos para o povo paraguaio, e ugo vai fazer, porque
nossos, surgiu do nosso movimento.”
um dos
Essa frase, proferida por Antonio Galeano, militante da Frente Social Popular que acompanhava as festividades de
posse do presidente Fernando Lugo, remete a um tema recorrente da campanha do então candidato à presidência do
Paraguai.
 No que diz respeito às relações entre Paraguai e Brasil, o tema estava focado na:
(A) retomada, por parte do recém-eleito governo paraguaio, de uma antiga disputa territorial na área de fronteira
abrangendo os municípios de Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, e Salto del Guairá, no Paraguai, região que
passou a ser reivindicada pelo Paraguai devido à localização de imensas reservas de petróleo exploradas pela
Petrobras.
(B) anulação do Tratado de Limites de 1872, considerado ilegítimo pelo novo governo de Assunção por ter sido
assinado durante a ocupação das tropas brasileiras na Guerra do Paraguai, visando forçar o Brasil a rever o
Tratado de Yacireta-Apipe, de 1973, que estabelece os critérios de utilização e de participação financeira de cada
país na venda do MWh excedente produzido na hidrelétrica binacional de Itaipu.
(C) revisão das cláusulas financeiras dos contratos referentes à exploração do gás natural da região do Chaco
Paraguaio, firmados com a Petrobras desde 1995, visando à elevação do preço do produto, vendido à empresa
estatal brasileira, de 3,50 dólares para 5,50 dólares por milhão de BTU, até o volume de 16 milhões de metros
cúbicos por dia, o que aumentaria consideravelmente a receita e o PIB paraguaios.
(D) nacionalização das instalações de extração e refino de petróleo da Petrobras, localizadas desde 1954 em La Faja,
ou faixa do rio Paraguai, no leste do país, como uma medida para aumentar a participação do Estado paraguaio
nos lucros do petróleo, incluindo aumentos nos royalties que, de 16%, deverão passar para 33%.
(E) revisão das cláusulas financeiras do Tratado de Itaipu, assinado por Brasília e Assunção em 1973, o qual estabelece
que, em caso de não aproveitamento dos 50% da energia elétrica a que cada uma das partes tem direto, o
excedente deve ser vendido ao parceiro pelo preço de custo, não o de mercado, o que diminui consideravelmente a
receita e o PIB paraguaios, uma vez que o Paraguai utiliza menos de 10% da energia gerada pela usina hidrelétrica
de Itaipu.
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37- (UFMS - 2009) Há aproximadamente dez anos, a América Latina vive um fenômeno político conhecido como onda
vermelha, caracterizado pela subida ao poder, em vários países do subcontinente, de governantes com perfil de
esquerda.
 Baseado nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
(A) O marco inicial da onda vermelha foi a eleição, em 1998, de Evo Morales para a presidência da Bolívia. Apoiado
num movimento popular reunindo amplos setores da sociedade boliviana, Evo Morales aumentou o controle do
Estado sobre a economia, ampliou programas sociais e pela reforma agrária, e se autoproclamou líder da
Revolução Bolivariana, que objetiva implantar o socialismo do século XXI no subcontinente.
(B) A complexa composição política dos atuais governos latino-americanos, posicionados mais ou menos à esquerda,
manifesta-se, entre outros elementos, nas conflituosas relações externas que os mesmos governos desenvolvem
entre si, a exemplo do recente caso envolvendo Brasil e Paraguai, quando o presidente desse país, Rafael Correa,
remeteu para arbitragem internacional a decisão do não pagamento pela construção de uma usina hidrelétrica,
financiada pelo Brasil através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), sob a justificativa de
que a empresa brasileira Odebrecht não tinha executado satisfatoriamente a obra.
(C) A escalada de governos de esquerda na América Latina pode ser interpretada como uma reação ao fracasso de
sucessivos governos conservadores, apoiados pelos Estados Unidos, em solucionar os graves problemas sociais e
econômicos da região.
(D) Os grandes contrapontos à escalada da onda vermelha, na América Latina, são os governos do México, do
Equador e da Venezuela, que desenvolvem políticas de combate aos guerrilheiros das Farc e ao narcotráfico,
conforme determinações do Departamento de Combate às Drogas dos Estados Unidos, além de aplicarem
medidas econômicas de caráter neoliberal, como a manutenção de altas taxas de juros, as quais contam com a
aprovação dos mercados financeiros internacionais.
(E) Casos extremos, no processo de escalada da chamada onda vermelha, na América Latina, são os dos presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Michelle Bachelet, do Chile, Tabaré Vázquez, do Uruguai, e Cristina Kirchner,
da Argentina, que, oriundos de partidos e movimentos sociais vinculados à ultraesquerda de seus países,
assumem posições radicais contrárias às doutrinas neoliberais, de confronto com os Estados Unidos e de estreita
aproximação com o regime comunista de Cuba.
38- (UFMS - 2010)
“Como em toda sociedade de classes, a violência social no M xico explode entre os mais pobres. os últimos anos, o
número de mortes ligadas ao narcotráfico tem crescido, sendo mais de mil nas primeiras quatro semanas de 2009. O
diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Denis Blair, chegou a afirmar que o governo mexicano não tem controle sobre
regiões da fronteira, o que poderia ser entendido como uma senha para novas intervenções de seu governo. Filipe
Calderón, presidente mexicano, respondeu afirmando que o problema de seu país é consequência de ser vizinho do
maior consumidor de drogas do planeta e do maior fornecedor mundial de armas. Como Porfírio Diaz afirmou em outras
palavras ‘Pobre M xico! Tão longe de Deus, tão perto dos EUA’.”
(Ramon Casas Vilarino. Uma fronteira explosiva. Carta na Escola, nº 36, maio de 2009)
 Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s)
(001) A proximidade entre México e Estados Unidos tem gerado conflitos praticamente desde a independência
mexicana, proclamada em 1810 e reconhecida pela Espanha em 1821. A fronteira entre os dois países foi
redesenhada a partir da guerra travada entre 1846 e 1848, quando somada à perda do território do Texas,
ocorrida em 1836, o México perdeu 55% de seu território original para o vizinho do norte.
(002) As pretensões expansionistas norte-americanas sobre a América Latina, em geral, e o México, em particular,
materializaram-se no governo do presidente James Monroe (1817-1825), com a doutrina que levou seu nome
indicando publicamente as intenções dos Estados Unidos de não permitir a ingerência de nenhum país europeu
nos negócios internos e externos dos novos Estados latino-americanos.
(004) A violência e o narcotráfico avançam na região fronteiriça entre México e EUA, acompanhando o crescente
desenvolvimento da economia mexicana, em especial a atividade agrícola que, a partir da assinatura do Acordo
de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em 1994, tornou-se totalmente independente dos produtos
agrícolas subsidiados pelo governo norte-americano.
(008) O avanço da violência e do narcotráfico na região fronteiriça entre México e EUA está intimamente relacionado ao
fortalecimento do movimento revolucionário neozapatista na região de Chiapas, que, além de propor uma reforma
agrária que retira direitos sociais e terras das mãos das populações descendentes de indígenas, reivindica a
maior aproximação do México em relação ao Nafta, visto que o México é considerado pelas lideranças
neozapatistas como importante corredor para o tráfico de drogas e armas.
(016) A violência e o narcotráfico avançam na região fronteiriça entre México e EUA acompanhando a crescente
desigualdade e miséria locais, que empurram muita gente para atividades ilegais. Tal quadro se acentuou com a
assinatura, em 1994, do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), a partir do qual empresas norteamericanas se transferiram para a região de fronteira, a fim de explorar mão de obra barata e desorganizada.
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39- (UFPB - 2008) Em 1823, o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), James Monroe, lançou um conjunto de
medidas que ficou conhecido como Doutrina Monroe. No campo externo, essa política priorizava a ampliação da
influência de Washington sobre os demais países do continente americano. O slogan "A América para os americanos"
sintetiza a política externa que passa a ser posta em prática pelos EUA.
 Sobre a influência dos EUA no continente americano, é correto afirmar:
(A) Os Estados Unidos, mesmo com a ameaça comunista na América, vislumbrada na Revolução Cubana, mantiveram
a sua política de negociação. Em coerência com essa orientação, não tentaram impor normas para o novo governo
da ilha caribenha.
(B) O Presidente Theodore Roosevelt, no início do século passado, inverteu a política norte-americana de dominação
pela força. Seu governo implantou uma política de conciliação e de proteção da economia dos países latinoamericanos.
(C) Os golpes militares no Brasil e no Chile foram acompanhados de perto pelo governo norte-americano. Para os EUA,
a imposição de ditaduras militares, nos países latino-americanos, fazia parte da luta contra o comunismo.
(D) O golpe militar de 1964, no Brasil, foi imediatamente repudiado pelo governo dos EUA. A defesa da democracia e
da liberdade política no continente americano sempre foram princípios defendidos, intransigentemente, pelos
governantes norte-americanos.
(E) A quebra do protocolo político dos EUA só ocorreu em relação ao Chile, único país em que o golpe militar teve o
apoio norte-americano. A exceção foi aberta, porque o Chile encontrava-se nas mãos de um governante impopular
e controlado por financistas.
40- (UFPB - 2008) A partir da década de 1980, em várias nações da América Latina, as ditaduras militares das duas
décadas anteriores (1960 e 1970) começaram a se fragilizar e iniciou-se um processo de transição para a democracia
liberal representativa.
 Sobre esse processo de transição, identifique as proposições verdadeiras:
(01)
(02)
(04)
(08)
(16)
O desgaste dos regimes militares latino-americanos, na década de 1980, deveu-se, entre outros motivos, à
crescente dívida externa, à falta de controle da inflação, à alta taxa de desemprego e à retração de investimentos
governamentais no setor produtivo.
A transição democrática no Chile, diferentemente do caso argentino, caracterizou-se por uma tranquila
passagem do poder para governantes civis, que concederam perdão para os crimes cometidos pelo regime
militar de Pinochet.
A transição democrática na Argentina foi marcada pela apuração e julgamento das responsabilidades nos crimes
cometidos pelo regime militar, denunciados pelas Mães da Praça de Maio (Buenos Aires) e estimados em cerca
de 30 mil mortes.
A transição democrática no Brasil, após a passagem do poder para os civis, foi seguida da concessão de uma
anistia ampla, geral e irrestrita, tanto para os agentes de repressão do regime militar quanto para os envolvidos
na luta armada.
O fim das ditaduras militares, em vários países latino-americanos, também decorreu de movimentos de
resistência da sociedade civil em articulação com denúncias, em escala mundial, das torturas e crimes cometidos
por essas ditaduras.
 A soma dos valores atribuídos às proposições verdadeiras é igual a: ________________________
41- (UFPB - 2009) O nome de Bolívar tem sido associado às atuais mudanças políticas por que passam alguns países
latino-americanos, especialmente a Venezuela, cujo presidente, Hugo Chávez, faz referência a esse processo,
denominando-o de Revolução Bolivariana. Simon Bolívar, o Libertador, teve um importante papel tanto nas guerras de
libertação colonial das atuais Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador e Peru, quanto na consolidação da independência
das ex-colônias espanholas na América.
 Sobre esse personagem da história da América Latina e sua participação nos processos anticoloni-ais, identifique as
afirmativas corretas:
I- Bolívar era membro da aristocracia colonial, com uma formação republicana e liberal, e tornou-se célebre,
principalmente, por sua de-fesa de uma unidade latino-americana.
II- A origem de Bolívar era indígena e ele ficou famoso pela defesa da união de todos os po-vos da sua etnia para a
formação de uma re-pública indígena na América Latina.
III- Bolívar era membro das classes médias coloni-ais, com uma formação jacobina, e foi pioneiro na defesa de uma
república socialista na América.
IV- O Libertador era um ex-escravo alforriado e ins-pirou-se na Guerra de Independência do Haiti, em defesa de uma
revolução de escra-vos na América.
V- Bolívar, mesmo oriundo de uma família de proprietários, libertou escravos e índios e, por isso, foi combatido pelas
oligarquias locais das ex-colônias espanholas.
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42- (UFPB - 2010) Em 1959, guerrilheiros liderados por Fidel Castro assumiram o poder em Cuba, derrubando a ditadura
de Fulgêncio Batista, que tinha apoio dos EUA.
 Sobre a Revolução Cubana, identifique as afirmativas corretas:
I- Promoveu a reforma agrária, com a expropriação das terras de várias empresas norte-americanas.
II- Levou ao questionamento da hegemonia dos Estados Unidos no continente, por sua afirmação como uma
revolução anti-imperialista.
III- Irradiou apoio a diversos movimentos de contestação à ordem econômica e social na América Latina,
principalmente através do treinamento de guerrilheiros.
IV- Distanciou-se da União ovi tica, após o recuo desta última na “Crise dos M sseis”, com a formulação de cr ticas
cubanas à ideia de “coexistência pac fica” defendida pelos sovi ticos.
V- Resultou na diversificação das atividades econômicas, mediante a ampliação de investimentos industriais, com
vistas à diminuição da dependência do país à produção açucareira e à URSS.
43- (UFPB - 2010) Leia o texto abaixo.
A América Latina inteira reverencia a cantora Mercedes Sosa (1935-2009), falecida na madrugada desse domingo,
4 de outubro.
Suas cinzas serão repartidas entre Tucumán, Mendoza e Buenos Aires. O memorial se junta à corrente que
homenageia a grande artista argentina, que com seu talento corajoso e voz tonitruante catalisou os ventos de mudança
dos anos 60, 70 e 80 e manteve a bandeira da utopia até o fim. Simbolicamente, suas cinzas também ficarão
eternamente depositadas no memorial da América Latina.
Disponível em: < http:// www.memorial.sp.gov.br/memorial/RssNoticiaDetalhe.do?noticiaId=1935>.
Acesso em: 03 nov. 2009.
A homenagem contida no texto acima reflete um pouco da luta da artista Mercedes Sosa que, mesmo exilada, não
deixou de combater uma das mais sangrentas ditaduras da América Latina, a chamada última ditadura da Argentina,
instituída em março de 1976, e que perdurou até o final de 1983.
 Sobre essa ditadura e as medidas por ela instituídas, identifique as afirmativas corretas:
I- Foi denominada, pelos próprios militares e seus apoiadores, de Processo de Reorganização Nacional. Declarou
guerra aos opositores do regime, violou os direitos humanos e levou ao exílio e à morte milhares de argentinos.
II- Derrubou a Presidente Maria Estela Martinez de Perón. Instalou um governo alinhado aos EUA e ao grande capital
internacional e aumentou o poder de ação de outras ditaduras latino-americanas.
III- Ficou conhecida como Revolução Libertária. Originou-se de um golpe de Estado contra o presidente Juan Domingos
Perón, substituído pelo líder justicialista Raúl Alfonsín, e dissolveu o Congresso Nacional.
IV- Levou ao aumento significativo da dívida externa. Implantou uma política econômica nos marcos liberais e
beneficiou os interesses do setor privado e das associações empresariais mais conservadoras.
V- Perseguiu, no final do regime, artistas e intelectuais vinculados às universidades. Censurou obras e justificou a sua
ação repressiva devido ao apoio de artistas e intelectuais à continuação da guerra das Malvinas.
44- (UFPE - 2008) A inquietude cultural e política não morreu, embora muito se fale historicamente no fim das utopias.
Analisando os acontecimentos e as lutas da segunda metade do século XX, veremos que:
(0-0) surgiram rebeldias contra a sociedade conservadora, com destaque para os acontecimentos de 1968.
(1-1) cresceram os partidos socialistas e assumiram governos importantes, com propostas substancialmente
democráticas.
(2-2) fortaleceram-se as ideias contra a destruição da natureza, com maior empenho dos ecologistas.
(3-3) houve um desenvolvimento econômico mais equilibrado, findando a desigualdade social e política.
(4-4) fragilizou-se parte da política autoritária na América Latina, com a queda de muitas ditaduras militares.
45- (UFPE - 2009) Pensar a política com suas utopias, nem sempre coincide com fazer a política no cotidiano. Na América
Latina, a experiência da Revolução Cubana é singular e desafia análises históricas. Nos últimos anos, a experiência
cubana tem:
(0-0) passado por momentos difíceis, não encontrando apoio de outros países da América.
(1-1) vivido mudanças na sua gestão, devido a problemas de saúde enfrentados por Fidel Castro.
(2-2) conseguido superar suas dificuldades financeiras, modernizando, com ajuda externa, sua economia.
(3-3) enfrentado as mesmas adversidades dos anos de 1960, totalmente isolada politicamente das outras nações.
(4-4) feito mudanças expressivas no seu governo, alterando seus dispositivos constitucionais.
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46- (UFPE - 2010) Um olhar histórico sobre as travessias culturais dos povos da América Latina é importante para
compreendermos muito das suas contradições atuais, a falta de uma maior autonomia política e a presença de
singularidades importantes. Analisando a produção cultural desses povos, verifica-se:
(0-0) a originalidade das manifestações artísticas dos sul-americanos, sobretudo na literatura e na música, áreas em
que a influência da Europa não se fez presente.
(1-1) a restrição dos governos e da historiografia ao uso da memória dos povos indígenas, na busca por explicações
para derrotas e desequilíbrios sociais.
(2-2) na época da colonização, a repressão das metrópoles; e, em muitos momentos do século XX, a falta de liberdade
para a divulgação da criação cultural.
(3-3) a força das representações literárias, com projeções internacionais de escritores famosos, como García Marquez,
Jorge Luís Borges e Octavio Paz.
(4-4) a falta de um maior incentivo dos governos na gestão das políticas educacionais, dificultando o acesso
democrático da população às produções existentes.
47- (UFPE - 2010) A América Latina não conseguiu superar os impasses das ditaduras políticas, da miséria social e do
populismo que acompanham os partidos e os governantes. A situação de Cuba, por exemplo:
(A) continua difícil, apesar dos amplos acenos de mudança política.
(B) mostra a dificuldade de o povo latino-americano se relacionar com o autoritarismo político.
(C) permanece sendo singular, devido ao equilíbrio social conquistado.
(D) mudou nos últimos anos, com apoio das nações europeias.
(E) estabilizou-se politicamente com o fim do poder de Fidel Castro, deposto por ações dos movimentos reacionários.
48- (UFPR - 2008)
“Cabe lembrar que as reivindicações trabalhistas, quando foram atendidas, já tinham uma história de muitas lutas
nesses países: são as conquistas dos trabalhadores, e não a política populista, o que os governantes atuais da
Am rica atina estão destruindo. Preocupados com a ‘modernização’, que significa possibilidade de competição no
jogo da economia globalizada, relegam os problemas sociais a um plano secundário. (...) Neste contexto, alguns
opositores do ‘ eoliberalismo’ se tornam nostálgicos; incapazes de acreditar em novas formas de democracia e justiça
social, lamentam o fim dos regimes ‘populistas’.
A estes, cabe indagar: não haverá melhor caminho para a democracia latino-americana do que a tentativa de
preservar a ‘cidadania controlada’ introduzida nesses regimes? A resposta talvez esteja no desafio de ‘invenção da
democracia’ (que) pode constituir um exercício mais estimulante do que viver a reboque daquele passado, que, junto
com a legislação social, nos legou uma cultura política eficiente no que se refere a novas formas de controle social,
mas ineficiente em relação à construção de uma democracia plena e justa.”
(CAPELATO, Maria Helena Rolim. Populismo latino-americano em discussão. In FERREIRA, Jorge (org.).
O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001, p. 165.)
a) Cite e caracterize um exemplo de regime populista na América Latina entre os anos 1940 e 1970.
b) Com base na caracterização elaborada, comente por que alguns atores sociais tendem a identificar elementos do
populismo na política de alguns países latino-americanos neste início do século XXI.
49- (UFPR - 2009) Vários movimentos contrários à opressão colonial ocorreram nas Américas, sobretudo no século XIX,
visando à independência em relação às metrópoles. Sobre esses movimentos, é correto afirmar:
(A) A maioria deles fracassou, permanecendo os países submetidos às suas metrópoles, como colônias, até o século
XX.
(B) San Martín e Simón Bolívar foram líderes de movimentos de independência ocorridos na América Latina.
(C) A Guerra dos Farrapos foi o principal movimento pela independência do Brasil em relação a Portugal.
(D) Os movimentos de independência foram inspirados no exemplo das colônias africanas, que estavam tornando-se
países independentes no século XIX.
(E) Os movimentos de independência da América Latina foram determinantes na independência das colônias norteamericanas.
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50- (UFPR - 2010) A mão de obra utilizada nas plantations que se estabeleceram nas colônias europeias na América era
formada majoritariamente por escravos trazidos da África e seus descendentes. Sobre os processos de independência
na América e sua relação com a escravidão de africanos e afrodescendentes, assinale a alternativa correta.
(A) A libertação dos escravos na América do Norte foi o principal motivador da Independência das Treze Colônias
inglesas.
(B) Os escravos e os negros e mestiços livres haitianos armaram-se para a luta e tiveram papel fundamental nos
levantes contra as autoridades francesas que culminaram na Independência do Haiti e na abolição da escravidão
nesse território.
(C) As palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade, tornadas lema da Revolução Francesa, foram estendidas às suas
colônias e concretizadas quando o governo revolucionário da França aboliu simultaneamente a escravidão em
todos os seus territórios na América, desencadeando as guerras de independência.
(D) Somente Colômbia, Venezuela e Equador levaram a cabo a abolição da escravidão durante seus processos de
independência.
(E) O Haiti e as Treze Colônias inglesas declararam sua independência das metrópoles, respectivamente França e
Inglaterra, proibindo o tráfico de escravos nas últimas décadas do século XVIII.
51- (UFRRJ - 2009)
Quanto ao futuro do socialismo na América Latina, ele não depende
apenas das alternativas propostas pelas forças anticapitalistas no
continente. Sua principal fonte de reprodução reside na falência do
capitalismo para resolver os problemas básicos da população latinoamericana. Nascido para a História mundial já sob a égide do capitalismo
comercial, nosso continente viveu suas diversas etapas sempre
condicionado pelos espaços e possibilidades que o capitalismo mundial
permitiu.
(SADER, Emir. Cuba, Chile e Nicarágua — Socialismo
na América Latina. São Paulo: Atual, 1992, p.81.)
Fidel Castro e Salvador Allende foram protagonistas de duas
experiências socialistas no século XX, respectivamente em Cuba (1959)
e no Chile (1970).
 Apresente uma diferença na construção das duas experiências.
52- (UFSC - 2008) A Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, estimulou a intelectualidade de esquerda na América
Latina na busca por um futuro melhor para os povos latino-americanos.
 Em relação à Revolução Cubana, é CORRETO afirmar que:
01. a tomada do palácio La Moneda deu início ao processo revolucionário em Cuba.
02. contou com a participação decisiva do grupo guerrilheiro de inspiração marxista chamado Sendero Luminoso.
04. no processo da Revolução, o governo corrupto e repressivo de Fulgêncio Batista foi derrubado do poder por meio
de um golpe apoiado pelos EUA.
08. na década de 1950, a economia cubana, controlada por capital norte-americano, baseava-se fundamentalmente na
produção de açúcar.
16. com a vitória da Revolução, empresas foram estatizadas e as propriedades rurais submetidas à reforma agrária.
Em represália, os EUA suspenderam a compra do açúcar cubano, criando dificuldades econômicas e forçando
Cuba a se aproximar da URSS.
32. teve início em 1959 e o seu significado para a América Latina equivale ao significado que a Revolução Russa
(1917) teve para a Europa e a Revolução Chinesa (1949) para a Ásia.
53- (UFSC - 2009) Sobre a Colonização da América e os processos de independência, é CORRETO afirmar que:
01. os projetos de colonização implantados pelos povos ibéricos na América significaram processos de exploração das
riquezas naturais das colônias, com a finalidade de gerar recursos aplicados em benefício dos colonos e dos povos
indígenas.
02. na América do Norte predominaram as iniciativas colonizadoras de povoamento e a convivência pacífica entre os
colonos e os interesses metropolitanos.
04. após um século de colonização da América, verifica-se a existência de manifestação de descontentamento com a
exploração econômica, assim como de conflitos entre os colonos e as autoridades metropolitanas.
08. entre os elementos que contribuíram para a independência das colônias espanholas, pode-se destacar a difusão
das ideias liberais e o desejo das elites coloniais em ampliar seu poder político e econômico.
16. enquanto os processos de independência da América Espanhola promoveram a fragmentação territorial, com a
Independência do Brasil manteve-se a integridade do território.
32. entre as lideranças responsáveis pela condução dos processos de independência no século XIX destacaram-se:
José Bonifácio de Andrade, Simon Bolívar, San Martin e Fidel Castro.
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54- (UFSCAR - 2008) Em nome da Segurança Nacional, foram realizados sequestros, prisões, torturas e encarceramentos
em campos de concentração, para quem se manifestou contra o governo. Logo no início do regime foi feita queima dos
acervos das bibliotecas públicas e particulares. Essa realidade durou até 1989, quando, por pressão internacional, foi
realizado um plebiscito no qual o povo deveria optar pela permanência do governante por mais cinco anos. O plebiscito
foi realizado e ficou conhecido historicamente como “El Plebiscito del No”, já que a maioria do povo disse não à
permanência do regime, implantado com o apoio da CIA.
 O relato é parte da história:
(A) da Argentina.
(B) da Colômbia.
(C) da Bolívia.
(D) da Venezuela.
(E) do Chile.
55- (Ufscar - 2009) Em relação à Guerra do Chaco (1932-35), entre Bolívia e Paraguai, é correto afirmar:
(A) foi declarada pelo governo boliviano, a fim de canalizar a atenção da população para uma guerra externa,
desviando-a dos conflitos populares internos, junto com o sentimento nacional contra a Standard Oil, que
contrabandeava petróleo da Bolívia para a Argentina, aliada do Paraguai.
(B) a vitória foi boliviana, porque a Bolívia tinha superioridade econômica em relação ao Paraguai, mantendo ainda
uma organização política e social estável e favorável ao governo, além do fato de seu exército ter sido treinado por
altos oficiais vindos da Alemanha.
(C) justifica-se a derrota paraguaia pelo fato de seu exército ter sido composto de populações indígenas acostumadas
a viverem em terras frias e de ar escasso dos altiplanos andinos, mas que tiveram que enfrentar batalhas na região
inóspita, quente, seca e arenosa do Chaco.
(D) no fim do conflito, o Paraguai ficou com sua economia destroçada, com sua população reduzida, com mais de 65
mil soldados mortos, e seu território diminuído, com pelo menos 240 mil quilômetros quadrados de terras
confiscadas pela Bolívia.
(E) como consequência da guerra, os índios aimarás e quéchuas rebelaram-se contra a segregação e humilhação
imposta nos campos de batalha pelos oficiais militares brancos e mestiços, conquistando na Bolívia uma lei de
integração social, étnica e econômica, que permanece até hoje.
56- (UFSCAR - 2009)
Para entender as revoluções [que ocorreram] no século XX, é preciso colocá-las no contexto dos movimentos
revolucionários que se desencadearam a partir da segunda metade do século XVIII, resultando na destruição final do
Antigo Sistema Colonial e do Antigo Regime.
(Emília Viotti da Costa, Coleção Revoluções do século 20.)
 A partir dos contextos históricos apresentados pela autora:
a) cite dois exemplos de revoluções do século XX, indicando um aspecto de cada uma.
b) caracterize o fim do Antigo Regime.
57- (UFT - 2010)
"Os índios nada ganharam com o amor e as providências de Sua Majestade, nem com o amor dos ministros do
Senhor. (...) A razão é que depois de haver feito (...) mitas e sofrido nos "obrajes", arrendados como escravos, ou que
por ficar sumamente desamparados dos corregedores ou porque seus pais são pobres pelas obrigações dos pueblos
(...)."
Trecho da defesa de Tupac Amaru no Tribunal de Cuzco – apud. AQUINO, Rubens Leão de et., al. História
das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1990, p. 139
 Sobre o processo de emancipação política das colônias hispano-americanas é CORRETO afirmar que:
(A) o movimento de independência ocorreu em torno de determinados líderes. Do ponto de vista ideológico, as classes
dominantes coloniais convergiam. Isto equivale dizer que tanto os venezuelanos Simon Bolívar, Francisco de
Miranda, quanto o argentino José de San Martin eram republicanos radicais.
(B) um autêntico movimento popular e camponês verificou-se no Peru liderado por Tupac Amaru, descendente dos
antigos chefes incas, considerado precursor dos movimentos de libertação colonial.
(C) pode-se considerar o movimento de independência na América Espanhola como resultado de uma Revolução
Burguesa, pois na maioria das colônias ele assumiu um caráter predominantemente burguês e urbano. Apenas em
algumas áreas na região (como no Prata) o movimento teve caráter aristocrático e rural.
(D) o elemento indígena, que formava o numeroso campesinato, ora lutou ao lado dos insurgentes (como no México),
ora apoiou os espanhóis (como no Chile). A insurreição das colônias espanholas, de caráter antimetropolitano,
significou, sobretudo, o fim da exploração dos povos indígenas.
(E) em 1780, reunidos índios e mestiços, a ação revolucionária estendeu-se pelas regiões do Vice-Reinado do Peru.
Entretanto, o movimento viu-se derrotado porque não contou com a participação dos criollos. No ano de 1871,
Tupac Amaru foi eleito representante dos indígenas no Conselho de Regências.
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58- (UFU - 2008)
"Os investidores estrangeiros gostam desta Turquia dirigida por um partido de raízes islâmicas. Eles receberam bem a
indiscutível vitória do Partido Justiça e Desenvolvimento e acharam na medida que tenha ocorrido sem a captura de 2/3
das cadeiras do Parlamento, pois isto agravaria as tensões com o establishment secular, em particular o Exército.
[...]
O triunfo de Erdogan talvez seja uma boa vitória também para o Ocidente, pois prova que um pano islâmico na cabeça
não impede que um partido tenha também feições de urna genuína democracia ocidental, abra a economia sem
maiores pudores e traga prosperidade. Não era isso que se queria na guerra por corações e mentes desde os
atentados do 11 de setembro?"
Caio Blinder. Triunfo eleitoral islâmico na Turquia é vitória para o ocidente,
ÚltimaHora,http://ultimosegundo.ig.com.br/opiniao/caio_blinder/2007/07/23/triunfo_eleitoral_islamico_na_turquia_e_vitoria_para_ocide
nte_934394.html, Acesso em 23/07/2007.
A relação entre Estado e Religião é bastante longa também na história moderna e contemporânea do Ocidente Cristão.
 Sobre esse assunto, marque a alternativa correta.
(A) No Brasil, Estado e Igreja mantiveram-se como instituições irmanadas até a década de 1930, quando o governo
de Getúlio Vargas extinguiu o Padreado. A Constituição de 1934 proibiu, dentre outras coisas, o ensino religioso
nas escolas públicas, levando a Igreja a se opor ao varguismo.
(B) Nos dias atuais, embora o Estado seja secular nos EUA, há um forte apelo a valores religiosos cristãos na vida
política estadunidense. A mobilização desses valores é verificável, por exemplo, nos discursos do presidente
George W. Bush e no comportamento eleitoral dos cidadãos.
(C) A Inglaterra tudoriana foi o primeiro Estado ocidental a se tornar laico. Nesse sentido, o reinado de Elizabeth I
teve um importante papel, dando fim ao Anglicanismo como religião oficial do Estado e instituindo a liberdade
religiosa entre os súditos.
(D) Na América Latina da passagem do século XIX para o XX, a formação de Estados liberais teve na Igreja uma
forte aliada. Exemplar, nesse sentido, foi o momento imediatamente posterior à Guerra Civil de 1917, no México,
quando a ética católica se tornou o fundamento da nova Constituição.
59- (UFU - 2009)
Eurocentrismo: influência política, econômica, social, cultural etc. exercida pela Europa sobre outras áreas
geopolíticas; europeísmo.
Colonialismo: orientação política ou sistema ideológico de que uma nação lança mão para manter sob seu domínio,
total ou parcial, os destinos de uma outra, procurando submetê-la nos setores econômico, político e cultural.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.
 A respeito do cenário político-social das relações internacionais na História Contemporânea, marque a alternativa
INCORRETA.
(A) A crítica ao eurocentrismo é também uma crítica aos valores tidos como universais e válidos para todas as
sociedades, tais como a constituição de Estados laicos e a organização de governos baseados em três poderes:
legislativo, judiciário e executivo.
(B) O pós-colonialismo apresenta uma crítica política ao caráter eurocêntrico dos marcos históricos (datas
comemorativas, monumentos, heróis etc) e investe na valorização dos saberes locais e culturais modificados ao
longo dos períodos de colonização, tais como as ex-colônias portuguesas de Moçambique e Angola.
(C) Embora o Brasil tenha declarado sua independência ainda no século XIX, o mesmo não ocorreu com outras
colônias portuguesas na África, cuja luta pelo reconhecimento de sua liberdade política só se efetivou na segunda
metade do século XX, em conjunto com importantes mudanças políticas também em Portugal, como a
denominada Revolução dos Cravos.
(D) rança, Inglaterra e Portugal constru ram seus “imp rios” por meio da conquista de outros povos. Por m, no
século XX, suas práticas políticas mudaram significativamente com o acolhimento econômico e social dos
imigrantes vindos de suas ex-colônias. Essa mudança fez surgir uma nova comunidade europeia, aberta a
reconhecer as aproximações culturais tecidas ao longo do período de colonização, tais como as proximidades
linguísticas.
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60- (UFU - 2009)
“Os três primeiros anos da d cada de 1970 constitu ram-se num dos momentos mais significativos na história do Chile
contemporâneo. As atenções de boa parte do mundo voltaram-se para aquele país que, com a ascensão de Salvador
Allende à presidência da República, passava a viver uma situação inédita. Pela primeira vez na História um presidente
declaradamente marxista chegava ao poder através de eleições gerais e livres e propunha implantar o socialismo como
resultado da aplicação de seu programa eleitoral.”
AGGIO, Alberto. Democracia e Socialismo; a experiência chilena. São Paulo:
Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993. p.15.
 Sobre a experiência chilena, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A estabilidade política do Chile, entre as décadas de 1930 e 70, caracterizava-se pela hegemonia política da
Democracia Cristã, pela prática de eleições indiretas e pelo sistema bipartidário mais bem estruturado do
continente.
(B) Nos anos de 1960, os segmentos da esquerda procuraram responder ao processo de expansão da cidadania
política das classes subalternas com uma proposta de profundas mudanças na sociedade chilena.
(C) O governo da Unidade Popular tinha como objetivo abrir caminho para a implantação do socialismo, sem a
necessidade de uma ruptura da institucionalidade democrática vigente no Chile.
(D) A queda do governo da Unidade Popular representou para o Chile o final de um longo percurso de vida
democrática, emergindo, a partir daí, uma configuração profundamente distinta entre Estado e sociedade.
61- (UFU - 2010)
José Bernardo de Monteagudo, nome emblemático do movimento de independência da América Espanhola,
escreveu em 1823:
[...] as mútuas relações que existem entre as várias classes que formam a sociedade do Peru tocam no máximo da
contradição com os princípios democráticos. A diversidade de condições e variedades de castas, a forte aversão que
umas professam pelas outras, o caráter diametralmente oposto de cada uma delas, enfim, a diferença nas ideias, nos
usos, nos costumes, nas necessidades e nos meios de satisfazê-las apresentam um quadro de antipatias que
ameaçam a existência social, se um governo sábio e vigoroso não for capaz de prever seu influxo.
MONTEAGUDO, J. B. Apud PRADO, Maria Ligia Coelho. "Esperança Radical e desencanto conservador
na independência da América Espanhola". In. História. São Paulo, 22 (2):15-34, 2003. p. 30.
 Relacione a ideia de governo presente na fala de José Bernardo de Monteagudo a um dos projetos de Estado
vigentes na América Latina no início do século XIX.
62- (UFU - 2010) Observe, nas fotos a seguir, a presença constante da imagem de Simón Bolívar nas aparições de Hugo
Chávez na imprensa.
Acima: com Evo Morales, presidente da Bolívia. Abaixo: com Raphael Corrêa, presidente do Equador. Fotos AFP.
 Considerando a relação de Hugo Chávez com a história nacional da Venezuela, é correto afirmar que este:
(A) estabelece o consenso político no âmbito nacional, ao resgatar a memória e a imagem de um herói da
independência antes desconhecido e desvalorizado pela tradicional narrativa nacional venezuelana.
(B) inicia em seu governo um bolivarianismo de cunho popular, ao resgatar o caráter libertador de Simón Bolívar e dele
se apropriar para defender o projeto de América Latina unida e emancipada economicamente.
(C) resgata o socialismo de Simón Bolívar, identificado com o caráter popular da independência da América hispânica e
com o ideário de uma América Latina unida contra o imperialismo norte-americano.
(D) privilegia a imagem de Simón Bolívar no panteão de heróis da independência para a realização do seu projeto
neoliberal e para a implementação das metas da Revolução Bolivariana.
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63- (UFU - 2010)
 A organização das Abuelas de Plaza de Mayo (Avós da Praça de Maio), surgida em outubro de 1977 e oriunda das
Madres de Plaza de Mayo (Mães da Praça de Maio), está diretamente relacionada:
(A) ao resultado dos trabalhos da CONADEP (Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas), que
garantiu a anistia às Juntas Militares no governo Raúl Alfonsín.
(B) à marcha da família de integrantes do Aunar em defesa dos militares que combateram a subversão na Argentina e
foram processados em tribunais internacionais.
(C) ao sequestro, tortura e desaparecimento de jovens militantes políticos argentinos considerados subversivos após o
golpe militar que destituiu do poder Isabelita Perón.
(D) ao Programa de Reconstrução e Libertação Nacional instituído pelo governo da Junta Militar na Argentina, que
visava equilibrar as forças políticas por meio do Pacto Social.
64- (UFU - 2011) Em 1876, depois de alguns anos de rebeliões populares, resistência regional à consolidação do governo
central e lutas internas entre as elites liberais, Porfírio Díaz chegou ao poder e governou a frágil nação até 1910. Díaz
tinha originalmente construído sua reputação como homem do povo, especificamente como líder militar de uma aliança
popular que tinha combatido e derrotado os invasores europeus. Entretanto, ele cada vez mais se imaginava um
Bismarck ou Napoleão do Novo Mundo, decidido a restaurar a ordem e a estabilidade no México e buscar a
modernidade e o desenvolvimento econômico através do autoritarismo.
GERSTLE, Gary. Raça e Nação nos Estados Unidos, México e Cuba, 1880-1940. In. PAMPLONA, Marco A. e
DOYLE, Don H. (Orgs.). Nacionalismo no novo mundo; a formação de Estados-Nação no século XIX. Rio de
Janeiro: Record, 2008.
 A respeito do projeto de modernização do México, idealizado por Porfírio Díaz e seus conselheiros científicos,
marque a alternativa INCORRETA.
(A) Alguns membros da elite porfiriana defendiam que a nação mexicana precisava incorporar de algum modo as
massas indígenas, e ressuscitaram, assim, uma narrativa nacionalista sobre os astecas.
(B) O ideal de embranquecimento da população estava presente nas preocupações dos conselheiros, que atrelavam a
ideia de vigor nacional à necessidade de uma população predominantemente branca.
(C) O Estado porfiriano integrou as populações indígenas com o intuito de embranquecê-las a partir de políticas de
incorporação que atendiam às reivindicações políticas das tribos.
(D) Contingentes cada vez maiores de índios e mestiços deixavam áreas rurais isoladas em direção às regiões
comerciais, industriais e de mineração, atraídos pelo projeto de modernização econômica.
65- (UFU - 2011) Sobre o movimento de guerrilha Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), organizado em 1994,
no estado de Chiapas, um dos mais pobres do México, assinale a alternativa correta.
(A) A relação entre as comunidades do Chiapas e as lideranças políticas de cunho marxista manteve-se livre de
divergências e tensões, o que fortaleceu a luta anti-imperialista e democrática empreendida pelo movimento.
(B) O movimento surgiu da junção do movimento de guerrilha urbano com o movimento indígena e camponês, no
contexto de emergência do neoliberalismo e do grande empobrecimento da população agrária do Chiapas
(C) O movimento conseguiu estabelecer negociações diplomáticas com o governo mexicano, evitando confrontos
armados diretos, o que possibilitou a coesão nacional em torno da luta por melhores salários para os índios.
(D) A liderança do movimento é exercida pelos chefes indígenas, que preservam a vida em aldeia em seu estado
primitivo e mantêm-se distantes dos meios de comunicação, como forma de preservar a independência política e
econômica da região.
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66- (UFU - 2011)
Através de pesquisa empírica sobre a classe operária argentina nas décadas de 1930 e 1940, Miguel Murmis e
Juan Carlos Portantiero enfatizaram a importância de se levarem em conta os interesses dos trabalhadores, mostrando
que as medidas tomadas por Perón na Secretaria do Trabalho e da Previdência, a partir de 1943, vinham ao encontro
das reivindicações de grande parte do setor operário, que via no sindicalismo a solução para os problemas de classe.
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Populismo latino-americano em discussão. In. FERREIRA, Jorge (org.).
O Populismo e sua História: debate e crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 148.
 De acordo com a perspectiva de Miguel Murmis e Juan Carlos Portantiero, é correto afirmar que:
(A) o sindicato torna-se ineficiente em um regime autoritário, uma vez que perde o poder de barganha com o governo.
(B) o líder populista é eficaz na manipulação da classe dos trabalhadores, segundo seus objetivos políticos
personalistas.
(C) a classe trabalhadora é considerada um ator social integrado às relações sociais e políticas, das quais realmente
participa.
(D) o populismo é a transição da sociedade agrária, pré-capitalista e atrasada, para a sociedade moderna, capitalista e
industrial.
67- (UFV - 2008) Assinale a afirmativa que identifica CORRETAMENTE uma característica ou consequência do processo
de independência da América Latina:
(A) O caudilhismo, atuante nos meios urbanos dos jovens países da América Latina de origem espanhola, não
interferiu na vida política nacional pela pouca influência exercida nos campos.
(B) As independências na América Latina não tiveram como causa a existência prévia da nação ou do nacionalismo,
mas estes começaram a se constituir após a conquista da soberania política.
(C) A aliança entre as lideranças populares e as elites criollas forjou a marca democrática e liberal dos países hispanoamericanos que começaram a ser construídos após a independência.
(D) A história dos países hispano-americanos, nas primeiras décadas do período pós-independência, foi marcada pela
estabilidade política decorrente do entendimento entre as elites.
68- (UFV - 2008) Um dos princípios que norteia o neoliberalismo adotado desde o final dos anos 80 pelos países da
América Latina é:
(A) a criação de um grande número de empresas públicas dedicadas à produção mineral, de infraestrutura de
transportes, de comunicações e de energia elétrica.
(B) a existência de políticas voltadas para o bem-estar das camadas mais pobres da população com ênfase especial
na constituição de organizações públicas de saúde e previdência.
(C) a abertura das economias para os investimentos externos e ampliação de empresas industriais estrangeiras dos
mais variados setores, destacadamente serviços e bancos.
(D) a adoção de políticas de proteção às empresas industriais nacionais por meio da utilização de incentivos
monetários e fiscais capazes de resguardá-las da competição internacional.
69- (UFV - 2009) A Revolução Mexicana foi um processo complexo, de causas diversas, que permitiu a modernização
política, social e econômica da sociedade mexicana. Identifique:
a) duas causas da Revolução Mexicana.
b) duas lideranças camponesas e populares do início do processo revolucionário mexicano.
70- (UFV - 2009) Observe a figura:
Pano de Boca do Teatro da Corte, 1834. DEBRET, J. B. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil.
São Paulo: Círculo do Livro, vol. II, 1981, prancha 49.
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 Com base na figura e nos conhecimentos sobre o período imperial brasileiro, assinale a afirmativa CORRETA:
(A) A imagem faz alusão à riqueza, à diversidade das raças, à lealdade da população e à missão ordenadora e
civilizadora da Coroa Brasileira.
(B) A imagem retrata a chegada de D. Maria I ao Brasil, após deixar Portugal, pressionada pelas invasões napoleônicas
na Península Ibérica, em 1807.
(C) A imagem apresenta a monarquia que foi a forma de governo adotada por todas as nações da América Latina
emancipadas no século XIX.
(D) A imagem evidencia que a principal preocupação do governo brasileiro em 1822 foi controlar a rebeldia dos
escravos, representados na imagem por uma africana empunhando um fuzil e um machado.
71- (UFV - 2010) A chamada Revolução Mexicana acabou com décadas de governo pessoal e autoritário de Porfírio Diaz,
executando reformas que direcionaram o México para a modernização política, econômica e social. Uma medida que
caracteriza CORRETAMENTE essa modernização é:
(A) a eleição indireta e censitária para a presidência da República.
(B) o favorecimento do capital internacional, particularmente norte-americano.
(C) a reforma agrária, com a devolução de extensas parcelas de terras aos camponeses.
(D) a adoção de medidas trabalhistas para o campo e a cidade, favoráveis ao empresariado e a fazendeiros mexicanos.
72- (UFV - 2010) Ao longo do século XIX, os países da América do Sul vivenciaram uma situação política marcada pela
instabilidade e presenciaram um período econômico de transformações transcorridas em um ritmo que variou de país
para país. Sobre o contexto político e econômico da América do Sul nesse século, assinale a afirmativa INCORRETA:
(A) Em muitos países, a luta pelo poder gerou insegurança, com a sucessão de governantes com o perfil político de
caudilhos.
(B) Conservadores e liberais travaram disputas, em diversos países, decorrentes sobretudo de questões vinculadas à
relação entre Igreja e Estado, bem como entre federalismo e unitarismo.
(C) A economia dos países sul-americanos começou a se desenvolver na direção do mercado externo e possibilitou a
inserção desses países na divisão internacional do trabalho.
(D) As disputas entre os grupos liberais e social-democratas criaram divisões internas profundas, geradoras de
conflitos entre países da região, como a Guerra do Pacífico.
73- (UNB - 2009)
No final da década de 50 do século passado, Rio 40 Graus, de Nélson Pereira dos Santos, e O Grande
Momento, de Roberto Santos, indicavam o caminho por onde seguiria o novo cinema brasileiro. "Câmara na mão,
trata-se de construir" — eram as palavras de ordem. Mas não só o cineasta construía: críticos cinematográficos,
estudantes, empresários e público ajudaram a criar o Cinema Novo dos anos 60. Glauber Rocha, então feroz
5 polemista da imprensa baiana, proclamava: "É da independência cultural que nasce o filme brasileiro". O Cinema
Novo desenvolvia-se em torno de uma estética acentuadamente politizada, cujos carros-chefes eram o antiimperialismo, anticapitalismo, a denúncia do subdesenvolvimento e a defesa da justiça social e do nacionalismo.
Nosso século. São Paulo: Abril Cultural, 1980, v.5, p.50 (com adaptações).
 Tendo como referência o texto e a figura apresentada, que ilustra uma cena do filme Rio 40 Graus, de Nélson Pereira
dos Santos, julgue os itens que se seguem (certo ou errado).
(
(
(
(
(
) No século XX, a passagem dos anos 50 aos 60 foi de acentuada efervescência política e de radicalização
ideológica, notadamente nas áreas definidas como Terceiro Mundo, tendo-se destacado as independências afroasiáticas e o impacto causado pela Revolução Cubana.
) No Brasil, o Cinema Novo insere-se em um contexto mais amplo de transformação, que também atinge a música
popular, com o surgimento da bossa nova. Nesse contexto de transformação, impulsionado ou estimulado pelo
governo JK, inclui-se a construção da nova capital, Brasília.
) A “est tica acentuadamente politizada” (l. 10-11) do “Cinema ovo dos anos 60” (l. 7) desenvolve-se em meio ao
colapso do regime liberal que, instaurado com o fim do Estado Novo de Vargas, teve nos governos Jânio e Jango
sua derradeira e dramática expressão.
) A denúncia do subdesenvolvimento, presente na temática do “Cinema ovo dos anos 60” (l. 7), perdeu lugar no
contexto socioeconômico brasileiro atual devido às transformações pelas quais o país passou, como a de ter
superado os problemas sociais e econômicos que o colocavam ao lado dos países mais pobres do mundo.
) Deduz-se da cena ilustrada na figura apresentada que, no filme Rio 40 Graus, a estética da fotografia e as
personagens contradizem o que se afirma no texto, no que concerne ao caminho seguido pelo “Cinema ovo
dos anos 60” (l. 7).
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74- (UNB - 2011)
O que torna a tortura atraente é o fato de ela funcionar. O preso não quer falar, apanha e fala. É sobre essa
simples constatação que se edifica a complexa justificativa da tortura pela funcionalidade. O que há de terrível nela é a
sua verdade. O que há de perverso nessa verdade é o sistema lógico que nela se apoia valendo-se da compreensão,
em um juízo aparentemente neutro, do conflito entre dois mundos: o do torturador e o de sua vítima.
O poder absoluto que o torturador tem de infligir sofrimento à sua vítima transforma-se em elemento de controle
sobre o seu corpo. No meio da selva amazônica, espancando um caboclo analfabeto que pedia ajuda divina para sustar
os padecimentos, um torturador resumiria sua onipotência embutida “ ue Deus que nada, porque Deus aqui nós
mesmo”. A mente insubmissa torna-se vítima de sua carcaça, que é, a um só tempo, repasto do sofrimento e presa do
inimigo. A dor destrói o mundo do torturado, ao mesmo tempo que lhe mostra outro, o do torturador, no qual não há
sofrimento, mas o poder de criá-lo. Quando a vítima se submete, conclui-se um processo em que a confissão é um
aspecto irrelevante. O preso, na sala de suplícios, troca seu mundo pelo do torturador.
Elio Gaspari. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002,. 37-41
(com adaptações).
 A partir dessas informações, julgue os itens (certo ou errado).
(
) No Brasil, a publicação do Ato Institucional nº 5 marcou o incremento da repressão praticada pelo regime militar
contra os seus opositores. A partir dessa data, houve aumento dos casos de tortura, desaparecimento e
assassinato político.
) Em Portugal, o jesuíta Marquês de Pombal destacou-se, no século XVIII, como um dos mais árduos defensores
da prática dos autos de fé, eventos ligados à inquisição e nos quais a tortura era prática comum.
) Na América Latina, a prática da tortura e dos castigos cruéis foi introduzida pelos regimes militares que
governaram os países da região entre as décadas de 60 e 80 do século XX.
) Na história europeia, desde pelo menos a Baixa Idade Média até meados do século XVIII, era comum que
autoridades civis e eclesiásticas, para obterem confissões, torturassem pessoas envolvidas em processos
judiciais.
(
(
(
75- (UNB - 2011) Com relação à história da América Latina no século XIX, julgue o item (certo ou errado).
(
) O século XIX foi marcado, no México, por dois períodos em que se tentou consolidar um regime político
monárquico. Os dois imperadores mexicanos, Augustín de Iturbide e Maximiliano de Habsburgo-Lorena,
compartilharam não só o fato de terem governado por períodos relativamente curtos, mas também o destino de
terem sido executados após a sua deposição.
76- (UNB - 2011) Ode Triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
5 Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
10 Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Fernando Pessoa: Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1972, p. 306.
 Tendo como referência inicial o trecho do poema de Fernando Pessoa e os aspectos que ele evoca, julgue os itens a
seguir (certo ou errado).
(
(
(
(
) O termo Revolução Industrial remete a um conjunto de transformações que se iniciou na Inglaterra na segunda
metade do século XVIII e incidiu sobre campos como tecnologia, manufatura, agricultura, mineração e
transportes.
) O mais proeminente processo de industrialização fora do continente europeu foi desenvolvido, no século XIX,
nos Estados Unidos da América (EUA) e baseou-se na produção de bens para o mercado consumidor interno,
a qual ganhou impulso após a vitória do Norte sobre o Sul agrário e escravista na Guerra de Secessão.
) Ao longo do século XIX, o Paraguai experimentou o processo de industrialização, que foi interrompido pelo
conflito em que foi vencedora a aliança militar entre Argentina, Brasil e Uruguai, a qual já havia sido formada à
época da independência do Brasil, sob os auspícios da Inglaterra e dos EUA.
) Algumas décadas após seu início, a Revolução Industrial disseminou-se por outros países europeus e, depois,
por outras áreas do mundo. Entre as consequências desse processo de industrialização, incluem-se: o rápido
adensamento dos centros urbanos, a perda de prestígio social dos artesãos, a adoção de políticas de livre
comércio e o estabelecimento de regimes democráticos de governo.
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77- (UNEB - 2009) As cargas de alimentos enviados para as vítimas da seca no Nordeste não estão chegando aos
destinatários. As carretas que as levam estão sendo interceptadas e saqueadas por integrantes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). É ação mais sistemática que os assaltos súbitos a supermercados, armazéns
e depósitos, conforme estratégia firmada [...] em reunião dos dirigentes do MST em Salvador, a reeditar, de alguma
sorte, o terror que o sertão nordestino conheceu, na primeira metade [do século xx] — o cangaço. Mas há fortes
diferenças entre o cangaço original e esta sua versão de final de século. E todas elas apontam para o caráter
socialmente desagregador e politicamente negativista, acentuado na versão atual do cangaço, e vago e pouco
consciente de si no cangaço de outrora
(CAMPOS; MIRANDA, 2005, p. 428-429).
 Sobre os movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, pode-se afirmar:
(01) A prática política do MST se assemelha à das revoltas camponesas anabatistas da época moderna, por
defenderem o retorno do poder camponês.
(02) O cangaço, representado no Brasil por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, negava soluções dentro do
capitalismo, enquanto o MST prega a anarquia, a desagregação da sociedade e o fim das instituições políticas.
(03) A fase jacobina da Revolução Francesa defendia o jogo parlamentar para a adoção de medidas sociais, enquanto
o cangaço pegava em armas para defender seus ideais e princípios revolucionários.
(04) O ideal do MST se inspira na atuação do Partido Bolchevique revolucionário russo, de base camponesa, que
pregava a não violência para a conquista do poder e estabelecimento do socialismo.
(05) O cangaço no nordeste brasileiro apresentava-se desprovido de base ideológica e projeto político, diferentemente
do comportamento de Pancho Villa e Emiliano Zapata, que aderiram a uma causa revolucionária – a Revolução
Mexicana.
78- (UNEB - 2010)
“ ós, filhos da trag dia,
trazemos no peito feridas incuráveis,
e uma história de humanidade desumanizada.
Na Argélia ou na Bósnia, em Ruanda ou Uganda...
Quantos Somos? Dezenas. Milhares...
Vidas assassinadas,
Sonhos roubados,
Direitos violados.
Vivemos numa cidade perturbada,
Onde o sangue jorra,
Onde o terror é o rei
E a arbitrariedade tem mais força que a lei.
Nós, filhos da tragédia,
Precisamos de alívio,
proteção, carinho, orientação...
Carregamos o destino da humanidade.
Pensem em transformar em uma sinfonia
de paz e fraternidade as declarações que assinaram
A Declaração dos Direitos do Homem o nosso guia”.
(MOHAMMED, In: MAGALHÃES et al, 2005, p. 186).
A história do ser humano é perpassada por conflitos localizados e guerras de caráter mundial.
 A análise do texto e os conhecimentos sobre os conflitos mundiais permitem afirmar:
(01) O processo de dominação colonialista na América Latina impediu qualquer tentativa de desenvolvimento autônomo
dessa região, estando esse continente fadado, eternamente, a um processo de subdesenvolvimento.
(02) A colonização isenta de opressão política dos franceses e ingleses sobre a África colonial possibilitou que, após a
independência, essa região se tornasse socialmente mais justa e economicamente desenvolvida.
(03) O Estado tribal e atrasado de determinadas regiões africanas, como Ruanda e Uganda, gerou genocídios étnicos e
o desinteresse total dos centros capitalistas pelas riquezas existentes nessas áreas.
(04) Os efeitos da Glasnost e da Perestroika sobre o Leste Europeu, no período pós-Guerra Fria, acirrou as
guerras separatistas e nacionalistas, provocando conflitos mesclados de caráter étnico, como o ocorrido na região
da Bósnia.
(05) A descolonização afro-asiática adotou um modelo único, o capitalista burguês, utilizando como princípio a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o que permitiu a superação das dificuldades de caráter político
e social.
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79- (UNEB - 2010)
A expansão colonial do século XIX, com a imposição de relações de dependência, foi expressão dessa unificação
do globo pelo modo de produção capitalista e constituiu o sistema internacional em sua forma atual: de alcance
planetário e profundamente assimétrico. [...] os países que tomaram a dianteira nos processos de industrialização que
gestaram o capitalismo moderno devastaram o planeta para alcançar a centralidade que hoje detém no sistema
internacional.
(Fernandes, 2008, p. 19-20).
A dominação colonialista é um processo que está vinculado à necessidade de expansão econômica dos Estados, nas
diversas épocas históricas.
Em relação a esse processo, é correto afirmar:
(01) Um dos fatores da crise do Império Romano, na Antiguidade, foi o fim do processo expansionista e a
consequente diminuição de terras para a produção agrícola, que provocou um excesso de mão de obra escrava,
em todas as províncias de Roma.
(02) A expansão muçulmana na Península Ibérica, durante a Idade Média, contribuiu para um clima de intolerância
religiosa, atraso científico, cultural e econômico, e para um retrocesso do desenvolvimento comercial lusoespanhol no mar Mediterrâneo.
(03) A indolência, típica da natureza indígena, associada à rápida adaptação e à aceitação africana ao trabalho
compulsório, caracterizou a colonização mercantilista na América.
(04) A disputa por mercados, na época contemporânea, contribuiu para a eclosão das duas guerras mundiais e para a
hegemonia econômica e política norte-americana.
(05) O fim da Guerra Fria e a ascensão de governos latino-americanos neopopulistas e antiamericanos, na década de
60 do século XX, obrigaram as grandes potências a abdicar de suas práticas colonialistas, nessa região.
80- (UNEB - 2011) As eleições da semana passada na Inglaterra acabaram sem vencedores, o que não acontecia desde
1974. [...]
A democracia inglesa funciona (e bem) sem a separação de poderes. Todos os ministros têm de ser membros do
Parlamento, formado pela Câmara dos Comuns (eleitos) e pela Câmara dos Lordes (indicados). O Gabinete, o Poder
Executivo, é um comitê da Câmara dos Comuns. Até o ano passado, quando foi criada uma suprema corte, um comitê
dos Lordes era o órgão máximo da justiça. [...]
Esquisito? Para as cabeças presidencialistas, sim. Mas natural para uma nação que há 795 anos impôs a um rei a
Magna Carta, a primeira Constituição da história. (TEIXEIRA, 2010, p. 96.)
A consolidação da democracia no mundo ocidental foi um processo lento que ocorreu em diferentes contextos
históricos e épocas distintas.
 Em relação a esse processo, pode-se afirmar que ele:
(01) foi alimentado durante o movimento cartista que, na Inglaterra, reivindicava o direito de voto universal e a
possibilidade de regulamentação da jornada de trabalho.
(02) foi uma consequência, na Inglaterra, do cercamento dos campos, que expulsou a população rural das suas terras
e levou a burguesia a criar os sindicatos, evitando a associação entre o capitalismo e os males sociais.
(03) ocorreu, no Brasil, durante o segundo Governo Vargas, quando os movimentos operários e as organizações
empresariais estabeleceram um pacto para o desenvolvimento do país e a superação das tensões sociais.
(04) se estabeleceu paralelamente à democracia social, como uma conquista dos governos populistas de Jânio
Quadros e João Goulart, que eliminaram as desigualdades regionais e os atritos no campo.
(05) foi, na América Latina, uma decorrência das revoluções da esquerda ocorridas na década de 60 do século
passado, quando, a exemplo de Cuba, houve uma rejeição à política imperialista norte-americana e a adoção de
governos democráticos.
81- (UNEB - 2011)
Ao anunciar, em julho de 2009, que estava prestes a fechar um acordo para que os Estados Unidos (EUA)
ampliassem a presença militar em bases no seu país, o presidente colombiano Álvaro Uribe desencadeou uma grande
polêmica em toda a região. Os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa
(Equador), de esquerda, criticaram duramente a medida, considerando-a uma interferência perigosa dos EUA que
ameaçaria as nações latino-americanas. Até mesmo governantes de esquerda vistos como mais moderados, como o
brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a chilena Michelle Bachelet, solicitaram explicações para o fato. De outro lado, os
principais aliados dos EUA, como o próprio Uribe e o presidente mexicano Felipe Calderón, defenderam a presença
militar norte-americana.
(NOVAS..., 2010, pp. 58-59.)

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
 As relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a América Latina variaram conforme o tempo e o espaço,
dependendo da conjuntura internacional, como se observa na:
(01) formulação da Doutrina Monroe, quando os Estados Unidos se posicionaram a favor do Congresso de Viena e
contrários à fragmentação política da América Latina, que agravaria as desigualdades sociais no continente
latino-americano.
(02) aplicação da teoria do foco revolucionário, defendida por Che Guevara, que, apoiada militarmente pela União
Soviética, pretendia atacar, a partir de uma base cubana de mísseis, os Estados Unidos, consolidando a
presença soviética no continente latino-americano.
(03) pregação da “ evolução Bolivariana”, por Hugo Chávez, que propõe a militarização do Mercosul e uma aliança
com o Bric, para a contenção militarista norte-americana e a superação das desigualdades sociais na América
Latina espanhola.
(04) formulação da política norte-americana de apoio aos regimes ditatoriais militares estabelecidos na América
Latina, em consequência da crise do populismo, vistos pelos Estados Unidos como regimes de características
esquerdizantes.
(05) aplicação da política de nacionalização de empresas estrangeiras de Evo Morales, que também advoga o
rompimento das relações diplomáticas com governos moderados, como o Brasil e o Chile, vistos como um
entrave no desenvolvimento econômico latino-americano.
82- (UNEMAT - 2009) A crise política boliviana ocorrida em setembro de 2008 culminou com choques entre os partidários do
presidente Evo Morales e membros da oposição.
 Sobre este conflito político, assinale a alternativa correta.
(A) A crise política ocorreu, dentre outros motivos, pelo fato de o presidente Evo Morales suspender em definitivo a
venda de gás ao Brasil, prejudicando os cidadãos dos Departamentos detentores dessa jazida.
(B) A questão central da crise política boliviana, nesse período, girou em torno da autonomia de alguns
Departamentos, sobretudo dos economicamente mais desenvolvidos.
(C) Devido à localização do Departamento de Pando na fronteira com o Brasil, não ocorreram choques entre governo
e oposição.
(D) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiou irrestritamente os governadores dos Departamentos "rebeldes",
tendo em vista os prejuízos sofridos pela Petrobrás com a nacionalização do gás pelo governo boliviano.
(E) A crise política na Bolívia não tem preocupado o governo do Presidente Lula, pois o Brasil não depende do gás
desse país.
83- (UNEMAT - 2009) Na década de 1970, a Nicarágua, país situado na América Central, foi palco de um movimento
revolucionário denominado “sandinismo”.
 Sobre o tema, assinale a alternativa incorreta.
(A) A FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) foi fundada na década de 1960 por Carlos Fonseca e contava
com o apoio de vários setores da sociedade nicaraguense, sobretudo, de operários e camponeses.
(B) Um dos pontos centrais da luta sandinista foi a derrubada do ditador Anastácio Somoza, acusado de corrupção e
de entregar as riquezas do país aos Estados Unidos.
(C) Com a fuga do ditador Somoza, em 1979, e a derrota da Guarda Nacional, os sandinistas tomaram o poder e
instalaram no país a chamada Junta de Governo de Reconstrução Nacional, presidida por Daniel Ortega.
(D) Um dos fatores que permitiram a adesão maciça dos camponeses à Frente Sandinista de Libertação Nacional foi
a extrema pobreza em que viviam, fruto do monopólio das terras do país por empresas norte-americanas, pela
família e apaniguados de Anastácio Somoza.
(E) A primeira atitude da Junta Governativa, após a vitória da revolução, foi a nacionalização dos bancos, das terras
e das indústrias, seguindo o mesmo modelo da Revolução Cubana de 1959.
84- (UNEMAT - 2010) O ano de 2009 está sendo marcado por inúmeras divergências políticas entre alguns países do
continente sul-americano.
 Assinale a alternativa que expressa corretamente um desses conflitos.
(A) Brasil e Bolívia romperam relações diplomáticas por trinta dias devido à nacionalização da refinaria da Petrobras
naquele país.
(B) O presidente Evo Morales colocou seu exército de prontidão com o objetivo de forçar o governo chileno a abrir
negociação no sentido de criar uma saída para o mar, atendendo a uma demanda boliviana.
(C) A notícia da instalação de bases militares norte-americanas, no território colombiano, levou alguns países sulamericanos, sobretudo a Venezuela, a protestar veementemente, inclusive com ameaças de retaliação.
(D) O presidente equatoriano Rafael Correa rompeu relações diplomáticas com a Venezuela em virtude de
divergências relativas ao combate de drogas na região andina.
(E) O governo brasileiro fechou questão, definindo que não pagará nada além do que foi estipulado no contrato com o
Paraguai, em relação à venda do excedente de energia elétrica produzida na Usina de Itaipu.
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85- (UNEMAT - 2010) Em outubro de 2009, completou 80 anos uma das maiores crises da economia capitalista conhecida
como “ ueda da Bolsa de ova Iorque de 1929”, cujas implicações tiveram proporções globais.
 A partir dessa informação, assinale a alternativa incorreta.
(A) Na União Soviética, a crise de 1929 teve um impacto avassalador, impedindo que esse país colocasse em prática
o seu programa de rápida industrialização e estabilidade econômica.
(B) Essa crise reduziu drasticamente os empréstimos norte-americanos e com isso agravou ainda mais a situação dos
países europeus que estavam se recuperando dos excessivos gastos com a I Guerra Mundial.
(C) Os países da América Latina como o Brasil, que dependiam da exportação de matérias-primas e alimentos,
reduziram fortemente o seu comércio com os países industrializados.
(D) Nos Estados Unidos, com a crise, a economia foi reduzida pela metade e o número de desempregados teve um
aumento expressivo.
(E) Na Europa, a crise de 1929 fortaleceu e, ao mesmo tempo, favoreceu os grupos políticos que combatiam e
defendiam os regimes totalitários.
86- (UNESP - 2008)
Octávio Paz, escritor mexicano, assim se referiu à participação de índios e mestiços no movimento de Independência
do México:
A guerra se iniciou realmente como um protesto contra os abusos da metrópole e da alta burocracia espanhola,
mas também, e sobretudo, contra os grandes latifundiários nativos. Não foi a rebelião da aristocracia contra a
metrópole, mas sim a do povo contra a primeira. Daí que os revolucionários tenham concedido maior importância a
determinadas reformas sociais que à independência propriamente dita: Hidalgo decreta a abolição da escravatura;
Morelos a divisão dos latifúndios. A guerra de Independência foi uma guerra de classes e não se compreenderá bem o
seu caráter se ignorarmos que, diferente do que ocorreu na América do Sul, foi uma revolução agrária em gestação.
(O labirinto da solidão, 1976.)
 Segundo o autor, a luta pela Independência do México:
(A) contou com o apoio dos proprietários rurais, embora eles considerassem desnecessária a questão da ruptura com a
Espanha.
(B) opôs-se aos ideais políticos do Iluminismo europeu, dividindo o país em regiões politicamente independentes.
(C) recebeu a solidariedade de movimentos revolucionários europeus, dado o seu caráter de guerra popular.
(D) enfraqueceu o Estado Nacional, favorecendo a anexação de territórios mexicanos pelos Estados Unidos da
América.
(E) apresentou um caráter popular, manifestando questões sociais de longa duração na história do país.
87- (UNESP - 2009)
Quais são as perspectivas de uma apreciação realista da revolução de Castro, em Cuba, se a considerarmos,
unicamente, como manifestação do "comunismo internacional" e não a relacionarmos com os movimentos paralelos em
outras regiões do mundo subdesenvolvido, ou com a longa e intrincada história das relações entre os EUA e Cuba
desde 1901?
BARRACLOUGH, G. Introdução à história contemporânea.
 Considerando o texto, qual a preocupação fundamental de G. Barraclough em relação ao estudo da Revolução
Cubana?
88- (UNESP - 2010) Leia atentamente o texto.
O período de pré-independência assistiu ao nascimento de uma literatura de identidade, na qual os americanos
glorificavam seus países, proclamavam seus recursos e louvavam seu povo. Enquanto mostravam a seus compatriotas
as suas qualidades, esses autores apontavam as qualificações dos americanos para os cargos públicos e na verdade
para o autogoverno. Os próprios termos instilavam confiança por repetição – pátria, país, nação, nossa América, nós
americanos. Embora ainda se tratasse de um nacionalismo mais cultural do que político e não fosse incompatível com
a unidade imperial, mesmo assim ele preparava as mentes dos homens para a independência, ao lembrar-lhes que a
América tinha recursos independentes e as pessoas para administrá-los.
(LYNCH, John. As origens da independência da América Espanhola. In: BETHELL,
Leslie. História da América Latina, 2001.)
 Indique os principais motivos que levaram as colônias espanholas à independência.
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89- (UNESP - 2010) O Haiti se tornou livre da França em 1804. Cuba libertou-se da Espanha apenas em 1898, quase um
século depois. Sobre os dois processos de independência, é possível afirmar que:
(A) a ação autonomista dos senhores de escravos determinou a precocidade da independência do Haiti e a demora na
de Cuba.
(B) as lutas emancipacionistas nos dois países receberam ajuda militar e financeira de países do Ocidente europeu.
(C) a libertação do Haiti nasceu de uma rebelião escrava e a de Cuba contou com participação norte-americana.
(D) as lavouras canavieiras das duas colônias foram totalmente destruídas durante os conflitos de independência.
(E) a independência de Cuba permitiu a instalação do socialismo na ilha e a do Haiti gerou o cenário miserável da
atualidade.
90- (UNESP - 2011) A Guerra das Malvinas (Falklands) opôs Argentina e Inglaterra de abril a junho de 1982. Entre os
motivos da guerra, podemos citar a:
(A) ação imperialista inglesa sobre a Antártida, que pretendia expandir o território britânico até o extremo sul.
(B) intenção norte-americana de manter hegemonia militar sobre o continente através do domínio inglês.
(C) disposição argentina de retomar o controle das ilhas, ricas em combustíveis fósseis e estrategicamente
importantes.
(D) interferência do Brasil, que se dispôs a mediar o conflito, mas aguçou a tensão entre a Inglaterra e Argentina.
(E) omissão da Organização das Nações Unidas, que se recusou a apoiar as pretensões britânicas em relação às
ilhas.
91- (UNESP - 2011)
A presença do rio da Prata e seus afluentes um elemento explicativo da “vocação” à integração existente entre o
Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Os rios desse estuário, ao mesmo tempo que dividem territórios nacionais,
configuram um espaço privilegiado, facilitando contatos e intercâmbios.
(Heloisa Jochims Reichel e Ieda Gutfreind. Fronteiras e guerras no Prata, 1995.)
 Cite um exemplo de práticas econômicas comuns entre os distintos habitantes da região do Prata no período colonial
e um conflito lá ocorrido durante o século XIX. Avalie o estágio da integração hoje existente entre os países que têm
territórios nessa área.
92- (UNICAMP - 2008)
Como defensor dos índios e denunciante das atrocidades dos conquistadores, frei Bartolomé de Las Casas
desenvolveu a imagem da “destruição das Índias”, que era produto da preocupação do frade com o futuro da sociedade
que se organizava: a nova sociedade começava distorcida, prenhe de desequilíbrios e de injustiças, carente dos mais
elementares direitos. Com exceção de Las Casas, no século XVI prevaleceu a visão otimista da conquista: acreditavase que a nova sociedade era inteiramente benéfica para os aborígenes, pois se partia da premissa de que a civilização
europeia era superior à civilização americana. O importante era o resultado final, a propagação de valores cristãos e a
organização de uma sociedade alicerçada nesses valores.
(Adaptado de Hector Hernán Bruit, Bartolmé de Las Casas e a simulação dos vencidos: ensaio sobre a
conquista hispânica da América. Campinas: Editora da Unicamp; São Paulo: Iluminuras, 1995, p. 17, 55.)
a) A partir do texto, identifique duas visões opostas sobre a conquista da América, presentes no século XVI.
b) Cite dois exemplos de mobilização política das populações indígenas na América Latina contemporânea.
93- (UNICAMP - 2010)
A Revolução de Saint Domingue (Haiti), entre 1791 e 1803, destruiu a economia de plantation na colônia europeia
mais rica da época. Como resultado disso e da abolição do tráfico de escravos para as colônias britânicas, em 1807, a
exportação de açúcar, café e outros produtos tropicais cresceu em Cuba e no Brasil, que experimentaram um enorme
aumento no afluxo de escravos. Essas regiões são caracterizadas no s culo XIX por uma “segunda escravidão”, mais
próxima de um sistema industrial na disciplina do trabalho e na inovação técnica na produção. Longe de ser uma
instituição moribunda durante o s culo XIX, esta “segunda escravidão” demonstrou sua adaptabilidade e vitalidade.
(Adaptado de TOMICH, Dale W., Through the Prism of Slavery: Labor, Capital, and World Economy.
Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, 2004, p. 69, 80.)
a)
egundo o texto, o que caracterizava a vitalidade e a adaptabilidade da “segunda escravidão”, desenvolvida no
século XIX?
b) Identifique duas características da Revolução de Saint Domingue (Haiti).
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94- (UNIFESP - 2008) A independência do Brasil, quando comparada com a independência dos demais países da América do
Sul, apresenta semelhanças e diferenças. Indique as principais:
a) semelhanças.
b) diferenças.
GABARITO
01- 08 + 16 = 24
» Resolução:
Durante o século XIX, várias repúblicas independentes formaram-se dentro dos antigos Vice-Reinados. O
fracionamento político desses territórios deu-se por vontade dos criollos, que, depois das independências, detinham o
poder. San Martín foi o principal criollo argentino. No caso do México, a grande figura da independência foi o padre
Miguel Hidalgo. Pancho Villa e Emiliano Zapata, na verdade, participaram da Revolução Mexicana de 1910, com o país
já independente.
02- 2 + 04 + 16 = 22
A Igreja Católica não se manteve neutra em todos os movimentos de independência. Um exemplo de atuação do clero
nas lutas foi o padre Miguel Hidalgo, um dos líderes da independência mexicana. Nesse contexto, a Inglaterra era a
nação europeia mais interessada na independência das colônias ibéricas. A Revolução Industrial já ocorria no país, e
as novas nações americanas apresentavam-se como potenciais mercados consumidores para seus produtos.
03- 02 + 08 + 16 = 26
(01) A Revolução Mexicana de 1910 teve como líder principal Emiliano Zapata, o qual atuava junto à população
camponesa contra os governos de Porfírio Díaz, num primeiro momento, e de Francisco Madero, em seguida. Um
de seus objetivos era instituir a reforma agrária no país.
(04) A invasão à baia dos Porcos foi empreendida por cubanos opositores de Fidel Castro apoiados pelos EUA. Seu
objetivo era derrubar o governo então implantado com a Revolução Cubana e matar Castro. Essa ação ocorreu em
1961 e não obteve sucesso.
04- Uma das diferenças no contexto continental:
• o per odo do Congresso do Panamá havia o temor de uma intervenção da Santa Aliança; durante a 3ª Conferência
Pan-americana, o temor relacionava-se à possibilidade de intervenção pelos EUA (“Big tick”).
• o per odo do Congresso do Panamá havia a perspectiva da formação de uma confederação dos Estados hispanoamericanos; no contexto da 3ª Conferência Pan-americana, esta possibilidade tornava-se cada vez mais remota
(separação política do Panamá em relação à Colômbia).
• Durante o Congresso do Panamá houve uma participação mais significativa de lideranças hispano-americanas; já na
3ª Conferência Pan-Americana, evidenciavam-se os interesses dos EUA.
Uma das diferenças na posição do governo brasileiro:
o Congresso do Panamá, o governo imperial não enviou representantes; já a 3ª Conferência Pan-americana teve
como sede o Brasil.
• Durante o Congresso do Panamá, o governo imperial temia cr ticas quanto à sua pol tica externa no Prata; já durante
a 3ª Conferência Pan-Americana, o governo republicano brasileiro buscou papel de liderança entre os países sulamericanos.
• Durante o Congresso do Panamá, o Brasil demonstrava um relativo desinteresse quanto à questão da integração
continental. A situação se modificou, no período da 3ª Conferência Pan-Americana, por conta da mudança na política
externa brasileira: Europa → Estados Unidos.
•
05- O aluno deve citar duas das seguintes consequências:
• dissolução da Confederação do eno;
• ausência de partilha territorial da rança;
• recolocação no poder das dinastias europeias destronadas durante a expansão napoleônica;
• reorganização do mapa europeu, levando-se em consideração os direitos tradicionais das dinastias consideradas
legítimas e restaurando-se as fronteiras anteriores a 1791.
O aluno também deve explicar que esse princípio, por tentar frear os processos de autonomia que haviam se instalado
na região, ampliou ainda mais as insatisfações dos diferentes setores das aristocracias coloniais que, organizadas em
cabildos livres, comandaram as lutas pela independência dos vice-reinos coloniais.
06- A
Ao longo da década de 1990, em muitos países latino-americanos assistiu-se à ascensão de grupos políticos de
esquerda, que se rearticularam após o período ditatorial vivido por quase toda a América entre as décadas de 1960 e
1980. Apesar de saberem-se em um contexto distinto, para essas esquerdas sempre foi importante o exemplo de
Cuba, único país socialista do continente. Contudo, com a debilidade física de seu líder, Fidel Castro, o regime cubano
passou por algumas transformações, graças à postura liberalizante de Raúl Castro, que sucedeu o irmão. Assim, o ano
de 2008 marca uma alteração para as esquerdas latino-americanas, que perderam, de alguma forma, os parâmetros
consolidados pelo regime cubano.
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07- A concentração da propriedade da terra nas mãos de poucos.
A concentração da propriedade da terra acirrou o descontentamento da maioria camponesa e indígena que estava
sendo alijada de suas propriedades individuais ou coletivas.
08- Uma das ações:
• interferência norte-americana na independência de Cuba e sua posterior intervenção política e econômica nesse país,
por meio da Emenda Platt;
• apoio norte-americano à independência do Panamá, viabilizando a conclusão da construção do canal e sua cessão
aos EUA, bem como sua interferência comercial e financeira na região.
Política da Boa Vizinhança;
Essa política baseou-se nos princípios da amizade, da cooperação e da reciprocidade como garantia da abertura de
mercados e da diminuição da influência dos países do Eixo no continente americano.
09- B
No período da Segunda Guerra Mundial, a política externa norte-americana para a América Latina foi marcada pela
estratégia de estreitamento dos laços com os principais países dessa parte do continente. Essa política ficou conhecida
como "Política da Boa Vizinhança" justamente por ser pautada em iniciativas que visavam construir uma visão positiva
do "gigante" do norte. Dentre essas iniciativas, merece destaque a propaganda político-ideológica feita por meio das
produções dos Estúdios Disney, que tinham por objetivo fundamental difundir uma percepção coletiva da existência de
fortes vínculos cooperativos entre as nações do continente americano.
10Uma das propostas:
• ideia de liberdade e igualdade como direitos essenciais do homem
• abolição da escravidão, provocando cisão entre grandes proprietários escravistas coloniais
Diferença: participação ativa de negros, libertos ou escravos, na luta pela manutenção da liberdade conquistada pela
colônia.
11- Dois dos objetivos:
• redução de tarifas alfandegárias
• formação de um mercado comum comercial
• construção de parcerias comerciais complementares
• livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos
• adoção de políticas comerciais comuns a partir da adaptação das legislações existentes
Uma das dificuldades:
• prevalência das economias mais estáveis
• diferença da força econômica entre os Estados-membros
• reflexo das crises internacionais nas economias dos pa ses do bloco
• pol ticas nacionais protecionistas de determinados setores da economia
12- D
(A) Errada. Não houve o fim das questões econômicas e de suas dificuldades. A pobreza se manteve, embora projetos
na educação e na saúde ganhassem relevo.
(B) Errada. Não houve o fim da pobreza, e a influência da União Soviética se fez presente, sobretudo, no domínio da
política e da economia.
(C) Errada. Houve rejeições ao socialismo cubano, embargos econômicos e pressões dos Estados Unidos.
(D) Certa. O rompimento das relações com os Estados Unidos foi um marco. As polêmicas continuam entre os dois
governos até hoje.
(E) Errada. A influência da União Soviética foi um dado histórico que diminuiu a liberdade do governo cubano de tomar
decisões.
13- E
» Resolução:
O neoliberalismo significou, para o continente latino-americano, a diminuição do poder do Estado, convertendo-o num
"Estado mínimo", que deveria interferir o menos possível na liberdade individual e nas atividades econômicas da
iniciativa privada nacional e internacional. A debilidade do Estado significou que este já não mais velava pelo bem-estar
social; acreditava-se, portanto, que a iniciativa privada, por meio da globalização da economia, proporcionaria o
desenvolvimento social, que dispensaria a intervenção do Estado, assim o neoliberalismo acabaria solucionando todos
os problemas sociais. Neste sentido, a alternativa E está correta. A alternativa A é falsa porque o neoliberalismo latinoamericano não se caracterizou pelo pleno emprego, uma vez que as empresas internacionais asfixiaram as nacionais
que despediram milhares de funcionários. A existência massiva de desempregados, entre outros fatores, provocou a
redução dos salários e o acirramento das diferenças sociais. A alternativa B é falsa porque o neoliberalismo na América
Latina não representou desenvolvimento do campo social e político e não implantou uma sociedade mais justa e
igualitária. A alternativa C é falsa porque o neoliberalismo, na América Latina, não enfraqueceu a iniciativa privada
internacional. A alternativa D é falsa porque a base do neoliberalismo latino-americano foi a empresa privada que
regulava a oferta e a demanda, assim como o mercado de trabalho.
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14- a) O Mercosul é um bloco de integração regional composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A união
aduaneira formalizou-se com a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, que garante liberdade de comércio e
de fluxo de capital e pessoas entre esses países.
b) A Alca - Área de Livre Comércio das Américas - foi proposta pelos EUA na década de 1990, e, aos olhos brasileiros,
apresenta algumas desvantagens. Uma delas é a manutenção de algumas medidas protecionistas pelos EUA, em
cujo mercado determinados produtos brasileiros não poderiam entrar livremente. Além disso, essa integração
poderia atrapalhar o desenvolvimento do Mercosul, assim como sua ampliação. Também é possível dizer que essa
seria mais uma ferramenta da hegemonia norte-americana no continente, a qual impediria seus vizinhos de
desenvolver-se de forma autônoma.
15- a) O texto se refere à recente crise política ocorrida em Honduras, país latino-americano localizado na América Central.
b) O populismo e as ditaduras na América Latina são correlacionados. Muitos governos ditatoriais justificam suas
atitudes mais repressivas em nome de um bem maior, colocando seus presidentes e ditadores como "pais" e
"protetores" de uma população desprotegida e despreparada. Tal população representa, então, um alvo a ser
atingido com aparentes benesses sociais, e ao mesmo tempo conduzido e reprimido, para não pensar na liberdade
que na prática não tem.
16- a) A Revolução Mexicana (1910) tem como traço distintivo a luta pela reforma agrária e os direitos indígenas. Na época,
uma ditadura de mais de 30 anos governava o México, no qual apenas uma pequena parcela da população
desfrutava do desenvolvimento econômico do país. A maioria da população à margem ficava composta de
camponeses, indígenas e analfabetos, que se organizou na luta por seus direitos políticos e civis. No caso da
Revolução Cubana (1959), ela é mais ligada à sua independência política de fato. O país também sofria com a
desigualdade econômica, que era agravada pela constante intervenção dos EUA na ilha, autorizada na constituição
cubana pela Emenda Platt. Sob a bandeira dos excluídos e na busca pela independência política, os revolucionários
derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista e instauraram o governo que perdura até hoje.
b) Emiliano Zapata, caudilho da região sul do México, é considerado o líder dos camponeses durante a Revolução
Mexicana. Juntamente com Pancho Villa, organizou o movimento agrário de resistência ao governo até sua morte em
combate, em 1919. Fidel Castro, por sua vez, era bacharel em direito e líder estudantil. Juntamente com seu irmão,
Raul, e seu amigo, Ernesto Guevara, Fidel organizou um movimento armado de oposição à ditadura de Fulgêncio
Batista, baseado no sistema de guerrilhas. Aos poucos, derrubou o governo central e instaurou um novo regime em
Cuba, país que governou durante quase 50 anos.
17- a) Deve-se apontar como fatores para o processo de independência das colônias hispano-americanas o grande
desenvolvimento das elites criollas locais, que almejavam maior liberdade e participação política. Essas elites eram
influenciadas pelo ideário iluminista, que defendia o anticolonialismo e o liberalismo. Por fim, a ocupação napoleônica
desestabilizou o reino espanhol, enfraquecendo seu controle sobre as colônias e abrindo caminho para as
independências.
b) A independência do Haiti, além de ter sido a primeira da América Latina, foi pautada por um movimento
revolucionário de escravos e ex-escravos, que, inspirados pelos ideais franceses, dizimaram a elite branca e
fundaram uma república popular.
18- Baseando-se num nacionalismo de novo tipo que esboça uma crítica radical à presença americana na região, na luta
anti-imperialista e antiliberal, apoiado por parte significativa da população venezuelana e no projeto de união da região
em torno de uma aliança com Cuba que tem como intuito fazer avançar a Revolução Bolivariana; o presidente Hugo
Chavez cunhou o termo para sintetizar as propostas de mudanças político-econômicas do seu governo, assentada na
alternativa socialista, dando uma nova dimensão ao estado venezuelano, uma nova utilização para os recursos do
petróleo e redefinição da política educacional. Além disso, suas propostas apoiam-se no passado libertário da América
Latina, especialmente na figura de Simon Bolívar.
19- E
A década de 1990 foi marcada pelo fim da Guerra Fria e hegemonia dos EUA. Com sua aparente vitória sobre a URSS,
o capitalismo foi adotado por vários países que antes eram socialistas. Na América Latina, houve um importante
movimento de redemocratização dos países que eram governados por ditaduras militares. As novas democracias
adotaram, em sua maioria, um governo neoliberal, adequando-se às exigências da nova ordem mundial. Assim, não
houve a deflagração de golpes militares nem a implantação de um modelo socialista. Também não
houve a necessidade de um governo central forte, pois buscava-se diminuir a influência do Estado na sociedade. Para
tal objetivo, as reformas políticas ocorridas no período foram realizadas pelos governos, não por movimentos sociais.
Assim, a estratégia adotada por movimentos populares foi a oposição política visando o desgaste do governo,
dispensando a tomada efetiva de poder para alcançar seus objetivos.
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20- B
Na estrutura do poder colonial espanhol na América, as elites locais, os criollos, ocupavam uma posição secundária em
relação aos administradores espanhóis, os chapetones. Enquanto estes eram responsáveis pelas esferas superiores do
poder, aos criollos era possível ascender apenas à administração local, os cabildos. Nos processos de independências,
a elite criolla, ao romper os laços coloniais, pôde elevar-se ao controle dos Estados nascente.
21- D
O populismo foi um fenômeno político que caracterizou o processo de modernização e industrialização latinoamericano. O populismo configurou um “Estado de compromisso” entre as classes sociais, com o objetivo de viabilizar
seu projeto industrializante, concedendo vários direitos aos trabalhadores, o que onerava a produção mas também
estabilizava as relações de trabalho, e por outro lado desenvolvendo uma política econômica nacionalista, que afastava
a concorrência externa.
22- Logo no início da década de 1960, alguns acontecimentos envolvendo as relações entre Cuba e Estados Unidos,
vinculados com as disputas geopolíticas, no contexto da Guerra Fria, explicam a projeção internacional de Cuba, tais
como:
• a invasão militar frustrada da Baía dos Porcos, em Cuba, organizada e financiada pelos Estados Unidos, logo após a
proclamação por Fidel Castro do caráter socialista da revolução cubana, em 1961;
• a pressão dos Estados Unidos, exercida sobre os demais pa ses-membros, para a expulsão de Cuba da Organização
dos Estados Americanos (OEA), o que acabou ocorrendo em 1962, paralelamente à intensificação da presença
soviética na ilha;
• a chamada "crise dos m sseis" (1962), provocada pela instalação de m sseis sovi ticos na ilha, não tolerada pelos
Estados Unidos, incidente que, no auge da corrida armamentista, colocou Cuba no centro de uma crise entre as duas
superpotências, na iminência de uma nova guerra mundial.
Esses acontecimentos corroboraram as palavras de Fidel Castro no sentido de que o processo revolucionário havia
extrapolado os marcos nacionais. Exatamente como "ideia", "esperança" e "exemplo", a alternativa cubana era ora
projetada ora rechaçada no contexto da geopolítica mundial, alimentando sonhos e temores daqueles que se
colocavam de um ou de outro lado na divisão entre os blocos socialista e capitalista.
23- a) No primeiro plano da pintura de Helguera, dois símbolos constitutivos da nacionalidade mexicana estão
representados:
• a figura do padre Miguel Hidalgo, considerado o “Pai da Pátria”, localizada no centro e com a mão e a cabeça
levantadas, estabelece sua importância como liderança das rebeliões camponesas nas aldeias;
• o Estandarte da ossa enhora de Guadalupe, empunhado pelo padre, expressa a importância da Virgem como
símbolo da interação entre as culturas hispânica e indígena.
b) Para construir a relação entre os referidos símbolos e a independência mexicana, há dois pontos a serem
considerados:
• Primeiro, registre-se o apoio de religiosos do “baixo clero” às reivindicações populares que surgiram nesse
contexto. No processo de independência mexicana, dois padres – Hidalgo e Morelos – defendiam a divisão da
terra com os camponeses (inclusive, a terra que era patrimônio da Igreja). Em 1810, por meio do Decreto de
Guadalajara, decretava-se, nas terras livres do domínio espanhol pela luta dos exércitos populares liderados
por Hidalgo, a abolição da escravidão e do tributo indígena.
• egundo, anote-se que a presença do Estandarte de Guadalupe indicava o potencial mobilizador desse símbolo
em virtude da crença religiosa das populações camponesas, que lutavam pelo acesso à terra dominada pelos
espanhóis.
24- B
A ilha de Cuba, após a revolução de 1959, sob comando de Fidel Castro, apresentou de forma rápida e incontável os
melhores resultados latino-americanos na medicina, na saúde pública e no combate ao analfabetismo. Tais avanços
estão ligados a uma postura de caráter socialista aliada a um forte dirigismo e a subsídios oriundos da então URSS.
25- E
Ao contrário do que diz a afirmativa I, a abolição da escravidão nos Estados Unidos só ocorreu após a Guerra da
Secessão, em 1865. A Independência da América Espahola foi um processo complexo e muito particularizado em cada
região. Portanto, não se pode generalizar as alianças políticas ocorridas nos diversos territórios, que depois se
fragmentaram.
26- a) Independência das treze colônias norte-americanas.
b) A influência nas independências da América espanhola e do Haiti; difusão de ideias iluministas e igualitárias.
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27- a) O candidato deverá ser capaz de analisar que dentro do contexto de Guerra Fria, havia o temor de expansão do
comunismo no continente americano, já concretizada em Cuba.
b) O candidato poderá destacar, dentre outras: a maior organização da sociedade civil (a exemplo do fortalecimento do
movimento operário e sindical, dos setores católicos e do movimento estudantil); o enfraquecimento dos conflitos
característicos do período da Guerra Fria; a crise econômica; a luta pela anistia política.
28- A expansão da globalização, principalmente com o fim da Guerra Fria, em 1991, trouxe muitas mudanças para os
Estados. Algumas delas são: adoção da democracia capitalista liberal; políticas públicas direcionadas pela economia;
tomada de decisões multilaterais – um país não pode tomar decisões sem levar em consideração o cenário
internacional; construção de blocos econômicos entre os quais há fronteiras flexíveis em relação à capital, mão de obra
e propriedade. Pode ser apontada como a mais marcante dessas mudanças a adoção da democracia capitalista liberal.
Com o fim da URSS, restou como potência da Guerra Fria os EUA – o que, para muitos, simboliza a vitória do
capitalismo como organização econômica e política. Assim, muitos países outrora socialistas ou governados por
ditaduras militares adotaram o modelo norte-americano de democracia liberal. Houve, de forma generalizada, a
diminuição do papel do Estado e a abertura das economias para o capital externo e as empresas transnacionais. Tal
movimento, apesar de vantajoso para as empresas dos países desenvolvidos, foi, em certa medida, nocivo para o
crescimento das economias subdesenvolvidas, as quais não tiveram condições de competir no mercado mundial e,
consequentemente, tornaram-se rapidamente dependentes de empréstimos e ajudas externas.
29- A Revolução Cubana simbolizou aos EUA que sua influência sobre o continente latino-americano não estava tão
garantida quanto se pensava. Durante a década de 1950, os EUA se preocuparam em demasia com a reconstrução da
Europa, pois um de seus temores era que as ideias socialistas encontrassem terreno nos países dilacerados pela II
Guerra Mundial. No entanto, países latino-americanos, de economias dependentes e empobrecidas, também se
sentiram atraídos por esses ideais. Em Cuba, os EUA poderiam interferir na política da ilha através da Emenda Platt.
Com a Revolução, além de conviver com um país socialista em sua órbita direta, os EUA perderam seus privilégios da
referida emenda, e passaram a preocupar-se com a expansão dessa Revolução. O maior reflexo disso são os
inúmeros golpes militares latino-americanos durante a década de 1960, em sua maioria apoiados pelos EUA para
combater a "ameaça vermelha" e manter o continente alinhado ao condomínio de poder capitalista em meio à Guerra
Fria.
30- C
A Revolução Cubana de 1959 foi realizada por um grupo de guerrilheiros nacionalistas, liderados por Fidel Castro, que
depôs o governo ditatorial de Fulgêncio Batista, plenamente alinhado aos Estados Unidos e que havia transformado a
ilha em um paraíso de investimentos turísticos norte-americanos. O objetivo da revolução era nacionalizar a economia e
eliminar a influência norte-americana; contudo, após a tentativa de contrarrevolução encabeçada pelos Estados Unidos
na Baía dos Porcos em 1961, o regime castrista foi se alinhando cada vez mais à União Soviética, afirmando-se como
uma revolução socialista, em busca de proteção contra os norte-americanos. O regime cubano, ao mesmo tempo em
que marca a chegada do socialismo no continente americano, tendo sido, para muitos, uma esperança de
transformação nos outros países da América Latina, também, indiretamente, inviabilizou a eclosão de outras revoluções
socialistas, pois a partir desse momento os Estados Unidos teriam uma postura muito mais agressiva quanto à sua
zona de influência na América, financiando durante os anos seguintes diversos golpes militares para afastar o perigo do
socialismo nos países latino-americanos.
31- C
Tal afirmação nos faz concluir que o objetivo desse personagem era, mais do que obter a liberdade política da região,
conquistar a plena liberdade para alavancar a lucratividade do comércio de ouro e pedras preciosas na região. A
alternativa adotada seria a de romper com o domínio lusitano e obviamente com o pacto colonial.
32- O candidato pode citar um dos seguintes aspectos relacionados às ditaduras latino-americanas que são vistos na
charge:
- Centralização do poder ("Ora! O poder será centralizador..."): governo centralizado no Poder Executivo, o qual,
nessas situações, controlava o Legislativo e o Judiciário.
- Censura ("Cortaremos as bolas de toda a oposição!"): censura aos meios de comunicação, imprensa, partidos
políticos e organizações civis contrárias ao governo instituído.
- Desigualdade social ("Sy! La classe mutcho pobre e la mutcho rica!"): desenvolvimento econômico desigual, que
privilegiava as elites do país em detrimento de grande parte da população, em geral pobre e destituída de
representatividade política.
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33- E
O fim da dominação espanhola sobre Cuba ocorreu em 1898, quando os Estados Unidos interviram no conflito ao lado
dos cubanos e libertaram a colônia – o que exclui os itens (A) e (B). Essa liberdade, no entanto, foi restrita, pois, a partir
de então, Cuba tornou-se um protetorado dos Estados Unidos, os quais intervinham na ilha por meio de uma emenda
na Constituição cubana conhecida como Emenda Platt. Com a Revolução Cubana de 1959, o país passou por uma
nova mudança política, a qual não se declarou imediatamente comunista. A oposição de proprietários de terras e do
governo norte-americano às políticas públicas de Fidel Castro – como a reforma agrária – fez com que o novo governo
cubano se aproximasse da União Soviética e, dois anos depois da tomada do poder, instaurasse um regime orientado
pelo Partido Comunista – o que elimina (C). A invasão da Baía dos Porcos – uma tentativa de Batista, apoiado pelos
Estados Unidos, de retomar o poder – ocorreu em 1961; a Guerra Fria, por sua vez, tem como marco inicial o
telegrama do embaixador norte-americano George Kennan, de 1946, no qual ele afirma o caráter expansionista da
União Soviética e a necessidade dos Estados Unidos de combatê-lo – o que exclui (D). Assim, a alternativa correta é a
(E).
34- C
O Consenso de Washington visava a adequação dos países em desenvolvimento à economia capitalista liberal norteamericana. Para isso, requeria desses países a diminuição da máquina pública, assim como da participação do Estado
na economia. Nesse espírito, muitas empresas – principalmente na América Latina da década de 1990 – foram
privatizadas, e a economia foi aberta para o capital internacional. Além disso, os países tinham que seguir uma rígida
política fiscal para diminuir seus gastos, aumentar o seu Produto Interno Bruto, e, também, a distância entre este e a
dívida pública, renegociada, na maioria das vezes, para os países que adotassem as medidas do Consenso. Assim, a
alternativa correta é a (C).
35- 07
001 + 002 + 004 = 007
Dentre as alternativas, (008) e (016) estão incorretas. A globalização, enquanto contexto histórico, se dá na década de
1990, depois da Guerra Fria e da aparente vitória capitalista sobre o comunismo. As ditaduras militares na América
Latina, por sua vez, ainda obedeciam a ordem bipolar do sistema condominial de poder – o que elimina (008). Hugo
Chávez, por sua vez, é presidente da Venezuela. Seu golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Perez
Rodriguez foi mal sucedido, mas Chávez conseguiu chegar à presidência nas eleições de 1998. Seu governo é
fortemente contra os EUA, o que elimina (016).
36- E
Uma das bandeiras eleitorais de Fernando Lugo foi a revisão dos termos do Tratado de Itaipu, assinado na década de
1970, quando o Brasil e o Paraguai viviam sob ditaduras militares. O argumento usado por Lugo refere-se à
impossibilidade do Paraguai vender a energia não usada da usina a preços de mercado.
37- C
A "onda vermelha" latino-americana começou a ocorrer no final da década de 1990. Depois do fim da Guerra Fria, a
grande maioria dos países latino-americanos adotaram as exigências do Consenso de Washington, visando assim
adequar-se à economia capitalista liberal norte-americana, a qual norteava o sistema internacional com a dissolução da
URSS e o fim da potência antagônica. Essas exigências requeriam um Estado mais liberal, sem interferência na
economia, e um mercado aberto ao capital estrangeiro. Sem estruturas sólidas para competir no mercado internacional
com os países desenvolvidos, os países latino-americanos sofreram demasiadamente a crise asiática de 1997 e, a
partir de então, buscaram retroceder um pouco em relação ao Consenso. Nesse contexto, a vitória de presidentes
ligados a partidos de esquerda representa uma reação à política liberal norte-americana e um apelo da sociedade latina
por um Estado mais forte e provedor. Os principais nomes dessa onda são, na ordem de suas primeiras eleições, Hugo
Chávez (1999/2000), Luiz Inácio Lula da Silva (2002/2003) e Evo Morales (2005/2006).
38- 19
001 + 002 + 016 = 019
Depois da assinatura do Nafta, a economia mexicana teve uma aparente melhora, ocasionada pelo estabelecimento de
empresas norte-americanas e canadenses no país. Isso, no entanto, não foi suficiente para um desenvolvimento real.
Além disso, a produção agrícola foi prejudicada, pois atrelou-se à norte-americana e, consequentemente, às políticas
dos Estados Unidos em relação ao setor, o que elimina o item (004). Quanto à violência e ao narcotráfico, eles não
necessariamente estão vinculados ao movimento de Chiapas, o qual propõe a ampliação dos direitos dos indígenas e a
reforma agrária em favor dessas comunidades, diferentemente do que expõe (008).
39- C
Realmente, a América Latina mergulha, nos anos de 1960 e 1970 do século XX, em ditaduras militares após golpes
com a participação da CIA e de suas black operations, no contexto da Guerra Fria e da Doutrina de Segurança no
Hemisfério Sul – propagada pela América Latina através da Escola do Panamá. Os EUA sabotaram diversos governos
(Argentina, Brasil, Uruguai, Bolívia e Chile, por exemplo) conduzindo-os a regimes opressivos e autoritários, tudo em
nome de conter a "ameaça comunista" no subcontinente.
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40- 21
01 + 04 + 16 = 21
01- Verdadeira. Acrescentamos a isso o descrédito dos regimes militares, como por exemplo, o argentino com o fiasco
que foi a Guerra das Malvinas, em 1982.
02- Falsa. De fato, Pinochet deixou o poder em Santiago após plebiscito, mas tornou-se senador vitalício para blindar-se
contra futuras acusações; recentemente foi preso em Espanha, acusado de uma série de crimes hediondos
durante a ditadura.
04- Verdadeira. As mães da Praça de Maio são um símbolo de luta contra a guerra suja e a impunidade dos
responsáveis por uma das repressões mais violentas do subcontinente.
08- Falsa. A concessão da anistia deu-se antes da transição para os governos civis; tal concessão remonta aos
governos Geisel-Figueiredo; a referida transição está na eleição de Tancredo Neves.
16- Verdadeira. Diversas denúncias de crimes perpetrados pelos regimes militares latino-americanos ainda são,
atualmente, alvo de investigações por parte da Anistia Internacional.
41- I - V
42- I - II - III
A Revolução Cubana ocorreu no auge da chamada Guerra Fria, quando as alianças entre as grandes potências
militares e suas respectivas "zonas de influência" era fundamentais. No caso, Cuba e URSS eram aliados importantes
na expansão da ideologia socialista. Com a Crise dos Mísseis (1962), a tensão de uma guerra nuclear só aumentou,
aproximando ainda mais os dois aliados. Porém, dias depois da crise, em outubro, a URSS enviava uma carta aos
Estados Unidos informando suas intenções pacíficas, com a promessa retirar dos mísseis de Cuba se Washington se
comprometesse a não invadir a ilha.
43- I - II - IV
Raul Alfonsín foi o primeiro presidente democrático da Argentina, depois dos sete anos de ditadura militar (1976-1983).
Considerado “defensor da democracia”, durante seu governo (1983-1989) foi restabelecido a vigência das instituições
republicanas e dos direitos e garantias constitucionais.
44- V F V F V
(0-0) VE DADEI O O ano de 1968 conhecido como “o ano que não terminou”, e entrou para a história como um ano
extremamente movimentado e cheio de acontecimentos importantes e inúmeras manifestações, sobretudo
estudantis, contra a Guerra do Vietnã e contra os regimes autoritários vigentes em diversos países do mundo,
sobretudo na América Latina.
(1-1) FALSO: Há o crescimento de partidos socialistas, com propostas democráticas, como por exemplo no Chile e na
Nicarágua, mas, em um contexto mundial, não são governos importantes. Também permanecem propostas
liberais nesses exemplos.
(2-2) VERDADEIRO: Na segunda metade do século XX, os movimentos ecologistas ampliaram suas lutas com muitas
denúncias, fóruns de discussões, ações radicais como as do Greenpeace.
(3-3) FALSO: O desenvolvimento econômico mundial permanece injusto, provando o crescimento das desigualdades
sociais. A fome persiste como um dos maiores problemas da humanidade.
(4-4) VERDADEIRO: O autoritarismo militar na América Latina chegou ao seu fim, iniciando um período de
redemocratização, mas os problemas socioeconômicos permanecem.
45- F V F F F
(0-0) Falso. Cuba tem feito política de aproximação, estando bem localizada entre os países da América Latina, não
enfrentando as perseguições do passado.
(1-1) Verdadeiro. Algumas modificações foram feitas, sem contudo representarem alterações, efetivamente, radicais na
forma de governar.
(2-2) Falso. Cuba ainda enfrenta desequilíbrios econômicos e conta com a falta de apoio de muitos países, sobretudo
dos Estados Unidos.
(3-3) Falso. As adversidades são outras, pois as relações internacionais transformaram-se com a globalização.
(4-4) Falso. Não há mudanças expressivas, apesar de certos sinais políticos de busca de alternativas diferentes.
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46- F V V V V
(0-0) Falsa. Houve muita influência do Modernismo europeu nas culturas das nações latino-americanas.
1-1) Verdadeira. Há dificuldades dos governos e da historiografia em realizar estudos e vencer preconceitos
relacionados à cultura indígena na América Latina.
(2-2) Verdadeira. Muitos governos autoritários censuraram e reprimiram a liberdade de expressão cultural. Na
colonização, a presença dos ideais europeus foi sufocante.
(3-3) Verdadeira. Há muitos escritores famosos no mundo atual, além dos citados, que fazem parte da produção latinoamericana no século XX. Lembramos Guimarães Rosa, Manuel Scorza, Mario Vargas Llosa.
(4-4) Verdadeira. Historicamente, houve falta de interesse de muitos governos em investimentos na cultura e na
educação, o que contribui para a falta de maior reflexão em todas as áreas sociais.
47- A
(A) Verdadeira. Cuba sofre com bloqueios econômicos e desigualdades sociais internas.
(B) Falsa. O governo centralizado, com poucas práticas democráticas, faz parte da história cubana.
(C) Falsa. Não há equilíbrio social. Não se pode negar as conquistas feitas, mas a desigualdade social é visível.
(D) Falsa. Há melhores relações de Cuba com outros países, porém as nações europeias mantêm um certo
afastamento diplomático com Cuba.
(E) Falsa. Fidel continua sendo o grande líder do país e uma figura respeitada, apesar de estar afastado do governo por
motivo de doença.
48- O populismo postula uma ideologia de salvação através da mediação demiúrgica do Estado, superando as tensões de
classe e unificando a população a partir de uma perspectiva nacionalista que canalize a hostilidade popular contra os
"imperialistas".
a) Podemos citar, na Argentina, o peronismo, que tinha como bases de sustentação do regime a burguesia industrial, a
Igreja Católica, o Exército e o proletariado. O peronismo – ou justicialismo – procurou acentuar os elementos
emocionais que ligavam o presidente Juan Domingo Perón aos trabalhadores: reorganizou, nos moldes do
corporativismo, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e manteve uma política de altos salários, sendo que o
Estado continuava subvencionando a classe patronal.
b) Isso ocorre por causa das políticas ancoradas nas Forças Armadas, forte apelo às massas e nacionalização de
empresas estrangeiras, como se verifica nos governos de Hugo Chávez e Evo Morales – que comemorou sua eleição à
presidência com um ritual indígena, a fim de reforçar publicamente sua origem.
49- B
José Antonio de la Santíssima Trinidad Simón Bolívar y Palácios (1783-1830), o Libertador, o Salvador dos Povos, o Pai
Comum foi, indiscutivelmente o maior libertador da América: Venezuela, Grã-Colômbia, Peru, Bolívia. Em 26 de julho de
1822, Bolívar e o general José de San Martín (1778-1850) encontram-se em Guayaquil para enfrentar tropas
espanholas e decidir sobre o futuro do Peru – com suas vitórias em Junin e Ayacucho, em 1824, estava praticamente
encerrado o domínio espanhol na América.
50- B
(A) Incorreta. A escravidão na América do Norte foi uma das principais motivações da Guerra de Secessão (18611865).
(B) Correta.
(C) Incorreta. Apesar de a Revolução Francesa pregar a "Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade", esses ideais não
foram estendidos para as colônias, acirrando o conflito entre elas e a metrópole. A independência do Haiti, por
exemplo, resulta dessa situação.
(D) Incorreta. Praticamente todos os países da América Latina aboliram a escravidão durante seu processo de
independência.
(E) Incorreta. A independência Haiti ocorreu no início do século XIX, já a dos EUA, no fim do século XVIII. Apesar disso,
o tráfico de escravos nos EUA só acabou no século seguinte.
51- Apontar uma das seguintes diferenças:
• Em Cuba, a experiência socialista iniciou-se pela luta armada, e a chilena, pela via eleitoral.
• o Chile, foram mantidas as liberdades democráticas (liberdade de imprensa e de opinião, por exemplo), enquanto,
em Cuba, foi montada uma estrutura política que descartou as liberdades democráticas.
• O modelo de socialismo de Cuba foi o sovi tico, enquanto o Chile buscou construir uma alternativa própria de
socialismo.
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52- 56
08 + 16 + 32 = 56
01. Falsa. Certo seria o ataque ao Quartel de Moncada; o assalto ao La Moneda marcou a morte de Salvador Allende,
no Chile, em 1973.
02. Falsa. O Sendero Luminoso era uma organização guerrilheira de orientação maoista que atuava no Peru, não em
Cuba.
04. Falsa. Apesar do governo Eisenhower "parabenizar" o MR26 pela derrubada de Batista, este era homem forte do
governo norte-americano em Cuba.
08. Verdadeira. Várias empresas norte-americanas estavam instaladas em Cuba àquela época, podemos citar, a título
de exemplo, a United Fruit Company. Não obstante, Cuba era um dos lugares para lavagem de dinheiro da máfia.
16. Verdadeira. Cuba teria convergido para o Socialismo (URSS) por pressão dos EUA no contexto da Guerra Fria e
não por afinidade ideológica dos revolucionários. Nenhum integrante do MR26 era filiado ao PCC (Partido
Comunista Cubano) à época da tomada de poder.
32. Verdadeira. A Revolução Cubana é, antes de tudo, uma reação ao imperialismo norte-americano na América Latina
e a tentativa, por meio da revolução, de se criar um regime socialista no subcontinente.
43- 04 + 08 + 16 = 28
01. A obtenção de lucros por meio da exploração das colônias europeias na América visava a acumulação de recursos
nas metrópoles.
02. Na América do Norte estabeleceram-se tanto colônias de povoamento, na região nordeste do atual Estados
Unidos, quanto colônias de exploração, no sul dos Estados Unidos e México, com predomínio destas.
04. O arrocho fiscal promovido pela Inglaterra em meados do século XVIII provocou o acirramento das tensões na
colônia, o que levou à Declaração de Independência, em 1776.
08. O interesse das elites criollas, influenciadas pelo liberalismo, em controlar plenamente os territórios coloniais
espanhóis foi um dos fatores que contribuíram para as independências na América Latina.
16. Os processos de independências na América Espanhola foram realizados localmente, o que originou diversos
países. No caso brasileiro, a condução da Independência por um membro da casa reinante portuguesa e o pacto
político firmado entre as elites brasileiras possibilitou a construção de um Estado monárquico centralizado.
32. Fidel Castro é um líder revolucionário cubano, responsável pela condução da Revolução Cubana de 1959.
54- E
Em 1973, no Chile, o governo democraticamente eleito de Salvador Allende, de orientação socializante, se encerra com
um golpe de Estado comandado pelo exército e apoiado pelos grupos conservadores e pela CIA. A partir de então se
organiza um Estado ditatorial, liderado pelo general Augusto Pinochet, que persegue, tortura e assassina todos aqueles
que se opunham a seu governo, sobretudo os socialistas. A constituição aprovada em 1980 determinava que Pinochet
permanecesse como presidente do Chile por mais oito anos, quando seria realizado um plebiscito para decidir se ele
prosseguiria com seu governo ou se seriam realizadas novas eleições presidenciais. A sociedade chilena, martirizada
por quinze anos de ditadura, aprovou o “não”, que possibilitou o in cio do processo de redemocratização no país.
55- A
A Guerra do Chaco foi um conflito entre Paraguai e Bolívia, pela disputa da região do Chaco Boreal, entre 1932 e 1935.
A região, além da existência de petróleo, permitia o acesso ao oceano Atlântico através do rio Paraguai. A Bolívia
perdeu a guerra e, portanto não reconquistou o território, que no antigo Vice-Reinado do Rio da Prata lhe pertencia. Os
conflitos provocaram a morte de cerca de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios.
56- a) Podem ser citados: 1917, Revolução Russa (uma tentativa de implantar o socialismo na Rússia); 1949, Revolução
Chinesa (a proclamação da República Popular da China por Mao Tsé-tung); 1959, Revolução Cubana (uma
revolução de cunho nacionalista, que em seguida também tentou implantar o socialismo na ilha).
b) O fim do Antigo Regime (sistema de governo que vigorou na Europa principalmente entre os séculos XVI e XVIII)
ocorreu com a derrubada do absolutismo e da política econômica desse regime, isto é, o mercantilismo. A ascensão
econômica da burguesia criou condições para que seus membros disputassem o poder político e, inspirados pelos
ideais iluministas, liderassem revoluções, principalmente na segunda metade do século XVIII, o que levou ao fim do
Antigo Regime.
57- B
Em relação às independências na América Espanhola, nem todas foram incentivadas por líderes das classes
dominantes, como é o caso do Peru e do Haiti. Além disso, Bolívar e San Martín eram republicanos, mas não radicais,
pois o que lhes interessava, em primeiro lugar, era a manutenção do status quo dos criollos. Miranda, por sua vez, foi
entregue por Bolívar às tropas espanholas, apesar de sua participação na independência da Venezuela, o que exclui o
item (A). Em geral, os movimentos de independência não estavam ligados às classes urbanas, pequenas à época, mas
sim aos interesses dos camponeses e das elites criollas, o que elimina (C). Os indígenas, nesse contexto, lutaram ao
lado dos criollos contra a coroa espanhola, diferentemente do que apresenta (D). Foco da última resistência espanhola,
o Peru contou, em sua independência, com representantes do campesinato e da elite criolla para vencer os espanhóis,
o que exclui (E). Assim, a alternativa correta é (B).
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58- B
Podemos responder à questão compreendendo alguns processos históricos distintos, aos quais as várias alternativas
se referem. No Brasil, a relação entre o Estado e a Igreja rompeu-se no final do século XIX, com a proclamação da
República. Durante o século XX, a Igreja não se opôs ao varguismo, mantendo-se, contudo, aliada aos grupos
conservadores. No que concerne à história da Inglaterra sob a dinastia Tudor, são de grande importância os conflitos
religiosos do período e as perseguições religiosas contra os católicos e puritanos. Após a Revolução Gloriosa de 1688,
o Anglicanismo ganhou força, com a conversão do rei Guilherme de Orange.
Sobre a história mexicana, podemos dizer que a Constituição de 1917 remonta aos ideais liberais da Constituição de
1857, não se baseando na ética católica, que sempre viu com reservas a formação dos Estados liberais modernos. Por
fim, a afirmativa B está correta, pois na formação dos Estados Unidos foi determinante a participação de protestantes,
sendo que a mobilização desses valores entre as camadas mais conservadoras da sociedade norte-americana é ainda
hoje muito presente, como, por exemplo, nos discursos moralistas do ex-presidente Bush.
59- D
Após o período de descolonização, encerrado em meados do século XX, não se criou uma consciência acolhedora nos
países europeus. Nos últimos anos vemos a ampliação do número de exigências para a emigração de pessoas
advindas das ex-colônias para os países da comunidade europeia e até manifestações ostensivamente xenofóbicas,
sobretudo na França e na Alemanha.
60- A
No princípio da década de 1970, o Chile viveu um período de grande efervescência política, em virtude da eleição
democrática de Salvador Allende, comprometido com a implantação do socialismo no país. Contudo, os setores
reacionários da sociedade chilena, em articulação com o governo estadunidense, prepararam um golpe de Estado que
resultou no assassinato do presidente e na instauração de uma ditadura militar, liderada por Augusto Pinochet, que
durou até a década de 1980, sendo um dos regimes mais violentos de toda a história da América Latina.
61- O texto de Monteagudo reflete a tensão existente nos movimentos de independência da América hispânica –
comandados pelas elites criollas, detentoras do poder econômico, mas com pouca participação política na estrutura
administrativa colonial e desejosa de autonomia para a aplicação de seus projetos políticos e econômicos liberais –,
expondo a necessidade de reformas sociais mais profundas que não se limitassem a uma substituição dos grupos
dominantes (de espanhóis para criollos), mas possibilitasse uma transformação social mais intensa (eliminando, por
exemplo, a escravidão). Monteagudo, quando foi ministro de Estado do Peru, durante o protetorado de San Martin,
efetivou algumas dessas reformas, mas sofreu muita pressão das elites, que conseguiram a reversão de algumas
dessas leis.
62- B
Hugo Chávez tem um discurso fundamentado nas ideias pan-americanistas de Simón Bolívar, ícone do período de
independência do continente, responsável pela libertação de vários países sul-americanos, dentre eles a Venezuela.
Bolívar pretendia unificar os territórios hispânicos da América do Sul em uma grande república, que dividisse o espaço
continental com o Brasil; contudo, seus ideais colidiam com os interesses das elites regionais, que almejavam a
fragmentação territorial para deter maior poder político. Chávez recupera esse discurso como um instrumento de luta
contra o imperialismo norte-americano no continente afirmando os interesses nacionais venezuelanos e apoiando
outros países e governos com postura semelhante.
63- C
A Associação das Mães da Praça de Maio, da Argentina, reúne familiares de pessoas que foram mortas pela última
ditadura militar do país (1974-1982) e constitui uma das mais importantes organizações da sociedade civil argentina,
tendo por objetivo lutar pela condenação dos culpados por crimes como sequestro, tortura e assassinato de opositores
durante a ditadura e pela obtenção de informações sobre o paradeiro dos corpos dos militantes assassinados. Dessa
associação surgiu as Avós da Praça de Maio, pessoas que procuram descobrir o paradeiro de milhares de crianças,
filhas de opositores da ditadura, que foram sequestradas pelos órgãos de repressão e entregues para adoções ilegais.
64- C
Apesar de o governo de Porfírio Díaz ressaltar as origens astecas do país em seu discurso nacionalista, seu intuito era
construir uma sociedade de descendentes de europeus. Os indígenas, nesse cenário, eram considerados cidadãos de
segunda classe, aos quais não foi concedido espaço político.
65- B
O movimento de Chiapas tem como principal reivindicação a reforma agrária. Fortemente contrário às políticas
neoliberais do governo mexicano, vários confrontos armados já aconteceram entre militantes do movimento e as forças
estatais, o que elimina C. A liderança do movimento não é apenas composta de indígenas, mas também de
camponeses e lideranças urbanas insatisfeitas com as políticas implantadas no país, o que exclui D. Por fim, nem todos
os movimentos de esquerda ou de cunho marxista apoiam Chiapas, já que suas reivindicações, em conjunto, são muito
específicas para a realidade camponesa, o que elimina A.
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66- C
O populismo é um fenômeno político geralmente relacionado à América Latina, no qual direitos e concessões são
garantidos para determinados grupos sociais (geralmente as classes populares) em troca de apoio político para
governos autoritários ou centralizadores. O texto transcrito no enunciado, no entanto, não discute tanto esse aspecto
do populismo (o que exclui B e D), e sim a força que grupos sociais podem ter quando unidos, o que elimina A.
Segundo os autores do texto, foi importante levar em consideração, no caso argentino, os interesses dos
trabalhadores, transformando-os em sujeitos sociais e políticos entre as décadas de 1930 e 1940.
67- B
A independência das colônias espanholas na América está diretamente ligada à invasão napoleônica na Península
Ibérica, pois além da óbvia fragilização do Estado espanhol após a invasão, com o início dos combates com a França,
as tropas estacionadas na América foram deslocadas para a Europa, facilitando a eclosão de movimentos separatistas.
Apesar de contingencial, o processo de independência tem suas raízes na crise do sistema colonial e na disseminação
das ideias liberais no continente, suporte ideológico fundamental para os movimentos de emancipação. Comandado
pelas elites econômicas e intelectuais do continente, as independências serviram muito mais aos interesses políticos
desses caudilhos do que ao desejo de transformações sociais da população pobre, que foi mantida à margem das
decisões, ainda que participassem das guerras de libertação.
68- C
O neoliberalismo se define pela redução da participação do Estado na economia, defendendo a privatização de estatais
e a abertura das economias à livre circulação de bens e pessoas. Contudo, essas ideias, desenvolvidas pelos países
capitalistas avançados, ao serem aplicadas aos países em desenvolvimento geraram a ampliação da desigualdade
social, a elevação do custo de vida e o aumento da dependência econômica, pois se ampliou a participação de
multinacionais em setores básicos como energia, saneamento e comunicação.
69a) 1. O governo ditatorial de Porfírio Diaz, sustentado por meio de eleições fraudulentas.
2. A expropriação das terras indígenas, que constituíam grande parte da população mexicana.
b) 1. Emiliano Zapata foi um líder indígena da Revolução Mexicana.
2. Pancho Villa foi um líder popular do norte, ainda que não ligado diretamente aos indígenas.
70- A
A imagem reproduzida no enunciado faz alusão ao Brasil Império, já independente, e aos diferentes componentes de
sua sociedade. Sendo assim, não retrata a chegada de D. Maria I ao Brasil em 1808 (o que elimina a alternativa B). A
monarquia, por sua vez, não foi adotada por todas as nações latino-americanas independentes. Ao contrário do que
afirma a alternativa C, a grande maioria adotou o regime republicano. No Brasil, apesar dos movimentos regionais
emancipacionistas, não houve rebeldia de escravos em grande proporção a ponto de ela se tornar a principal
preocupação do governo brasileiro em 1822, o que exclui D.
71- C
A Revolução Mexicana, de 1910, derrubou o governo de Porfírio Diaz, uma ditadura de 35 anos (1876-1911), cuja base
era popular. O famoso líder Emiliano Zapata e seus seguidores invadiam grandes latifúndios e organizavam um
exército popular. Ao norte do país, o movimento camponês teve em Pancho Villa seu ícone, que também defendia a
reforma agrária. Depois de muitos reveses políticos, em 1917 era promulgada uma Constituição Mexicana, de caráter
progressista, com grande apoio popular.
Ao longo de 1910 e 1911, os exércitos camponeses ampliaram sua atuação, combateram o exército federal e os
grandes proprietários, conquistando vilas e cidades em sua marcha em direção à capital.
72- D
O século XIX é assinalado pelos processos de independência dos países sul-americanos e pelo estreitamento das
relações com a Inglaterra, que passa a exercer grande influência sobre as nações recém-independentes, alvos de
profundas transformações políticas e sociais. Marcado por disputas políticas e conflitos entre grupos divergentes, com a
sucessão de governos conservadores e liberais e de diferentes propostas políticas, o período também foi palco de
conflitos externos entre os países que buscavam definir suas fronteiras. Entre tais confrontos pode-se citar a Guerra do
Pacífico, envolvendo Bolívia, Chile e Peru, a qual teve início com a disputa territorial por parte do deserto do Atacama,
devido à exploração mineral empreendida por empresas chilenas de capital inglês.
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73- C C C E E
C – A virada da década de 1950 para a de 1960 foi marcada por uma grande efervescência política e cultural, pela
ampliação dos movimentos de independência das colônias europeias na África e na Ásia e pela expansão do
socialismo pelos países do Terceiro Mundo, sendo de grande relevância a Revolução Cubana de 1959. O período foi
marcado também pela crescente tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética, que estiveram muito próximos
de um enfrentamento direto.
C – A construção de Brasília realizou-se como parte do projeto desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek,
que procurou aliar o capital estrangeiro ao capital nacional. Esse foi um momento de grande euforia artística, marcado
pelo surgimento da bossa nova e pelas primeiras expressões cinematográficas que originariam o Cinema Novo
alguns anos depois.
C – A primeira metade da década de 1960 caracterizou-se pela crise da república populista brasileira, causada em
parte pela instabilidade política interna, mas também pelo clima de acirramento das disputas entre Estados Unidos e
União Soviética e a ação daquele país no financiamento de golpes militares que garantissem a manutenção da ordem
social e econômica na América Latina.
E – Apesar da produção cinematográfica brasileira atual não se valer mais da estética do Cinema Novo, ainda são
valorizados temas ligados às populações mais pobres, sejam elas urbanas ou rurais, as quais procuram expor uma
opinião sobre as mazelas sociais brasileiras que, apesar do inegável crescimento do país, ainda não foram
superadas.
E – A leitura do texto e da imagem aponta para uma interpretação distinta do que está afirmado no enunciado. A
imagem representa um casal mestiço, aparentemente pobre, e o tratamento fotográfico é bastante cru, maximizando
o efeito de real, condizendo, portanto, às temáticas exploradas pelo Cinema Novo.
74- C E E C
C- A proposição está correta.
E- Marquês de Pombal foi ministro de Dom José I, rei de Portugal. Sua administração é exemplo do despotismo
esclarecido português, a qual foi responsável, dentre outras ações, pela expulsão dos jesuítas da colônia brasileira.
E- Antes das ditaduras militares do século XX, a prática da tortura e dos castigos cruéis já existia na América Latina.
Um exemplo são os maus tratos empreendidos contra os escravos, africanos ou nativos.
C- A proposição está correta.
75- C
O primeiro monarca mexicano, Augustín de Iturbide, governou o país por dois anos, de 1822 a 1824, quando a
República foi proclamada. Já Maximiliano de Habsburgo-Lorena reinou de abril a outubro de 1865, durante a segunda
intervenção francesa no México, desencadeada pela moratória decretada pelo governo de Benito Juarez em 1861.
76- C,C,E,E
(C) A Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra, no século XVIII, promovendo grandes transformações.
(C) Fora da Europa, a maior industrialização ocorreu nos EUA, no século XIX.
(E) À época da Independência do Brasil, não foi criada uma aliança militar entre os grupos pró-independência, Uruguai
e Argentina. Nesse contexto, os conflitos foram apenas internos.
(E) No que se refere à expansão da Revolução Industrial, ela não está diretamente ligada a regimes democráticos de
governo. Exemplos disso são a Alemanha, um dos países mais industrializados da Europa entre os séculos XIX e
XX, cujos governos, com poucos anos de exceção, foram autoritários até 1945; e o Japão, governado por
imperadores, praticamente de forma absoluta, até meados do século XX. Hoje, o país vive sob uma monarquia
constitucional.
77- 05
O cangaço foi o aparecimento simultâneo de diversos agrupamentos paramilitares pelo sertão nordestino que
procuravam obter recursos achacando os grandes proprietários e, eventualmente, distribuir parte desses recursos para
a população, sendo por isso considerado uma forma de banditismo social. Diferentemente do cangaço, que possuía
uma consciência política e social apenas vaga, a Revolução Mexicana foi um grande processo de luta social que
eclodiu no México entre 1910 e 1920, em que disputaram o poder projetos políticos advindos das classes médias e da
população pobre indígena, que teve em Zapata seu grande líder. Apesar de o projeto liberal-burguês ter sido vitorioso,
os indígenas obtiveram amplas conquistas, como a garantia de acesso à terra.
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78- 04
(01) No século XIX, em especial durante a era napoleônica, as autoridades coloniais se autogovernaram por um breve
período, defendendo seus próprios interesses. Com a volta da monarquia espanhola e a tentativa de
restabelecimento do pacto colonial, essas autoridades e suas populações se rebelaram e proclamaram a
independência de seus respectivos territórios.
(02) A colonização francesa e inglesa na África incluía não apenas a dominação econômica da região, mas
principalmente política, de forma a assegurar os interesses europeus. O exemplo mais conhecido é o da África do
Sul e sua política do apartheid, que negava aos negros direitos sociais e políticos.
(03) A violência observada em países como Ruanda e Uganda é derivada da colonização exploradora dessas regiões,
a qual deixou como legado uma significativa desigualdade social e uma piora no relacionamento entre grupos
étnicos inimigos, os quais disputam, ainda hoje, o governo de seus respectivos países.
(05) Não houve um modelo único na descolonização afro-asiática. Enquanto alguns países adotaram a democracia
capitalista, mesmo que tardia, como foi o caso da África do Sul, outros adotaram ditaduras, como Uganda. Em
alguns casos, o governo ainda não conseguiu se estabilizar, como na Somália, ou houve o surgimento
de governos teocráticos, como na Líbia.
79- (04)
(01) O fim do processo expansionista do Império Romano resultou em uma significativa diminuição do número de
escravos, responsáveis por grande parte das atividades rurais e urbanas. Em decorrência dessa diminuição, o
império sofreu, entre outras coisas, uma crise agrícola sem precedentes, agravada pelo início das invasões
bárbaras nos territórios da Europa ocidental.
(02) A expansão muçulmana na Península Ibérica não está associada, no período, à intolerância religiosa. Além disso, a
cultura islâmica contribuiu no desenvolvimento da matemática, do comércio e da navegação na região, o que
possibilitou seu posterior pioneirismo nas navegações ultramarinas.
(03) Os nativos americanos não eram indolentes, mas "fingiam" aceitar o domínio europeu e, como forma de resistência,
sabotavam seus próprios trabalhos ou simplesmente não os realizavam. Já os escravos africanos não aceitavam
sua condição, o que resultou em inúmeras formas de resistência apresentadas durante o Brasil colônia, como a
formação dos quilombos.
(05) Na década de 1960, muitos países latino-americanos sofreram golpes militares, seguidos de ditaduras que
permaneceram no poder por décadas. Esses regimes eram apoiados pelos EUA, os quais não só exerciam forte
influência política e econômica sobre esses países, mas também evitavam a instituição de governos pró-URSS na
região.
80- 01
(01) Correta.
(02) Incorreta. O cercamento dos campos ingleses criou um excedente de mão de obra no campo e um consequente
êxodo dessa população para a cidade. Esses mesmos trabalhadores foram utilizados nas nascentes indústrias
inglesas e criaram, posteriormente, os sindicatos, nos quais foi criado e difundido um ideário político que associava
os males sociais ao capitalismo.
(03) Incorreta. As tensões sociais entre empresas e operários foram significativas durante o segundo Governo Vargas,
no qual não foi estabelecido um pacto entre esses setores em prol do desenvolvimento do país.
(04) Incorreta. Durante o governo de Jânio Quadros e João Goulart, os conflitos no campo inquietavam tanto
proprietários como camponeses. Nesse contexto, as Ligas Camponesas pressionavam o governo para a
realização imediata da reforma agrária, a qual, apesar de figurar entre as Reformas de Base pretendidas por
Jango, não chegou a concretizar-se.
(05) Incorreta. Depois da Revolução Cubana, partidos políticos de extrema direita ascenderam ao poder em muitos
países da América Latina, diretamente apoiados pelos EUA. Foram implantadas nesses países ditaduras militares
que governaram por aproximadamente 20 anos, como foi o caso de Brasil, Chile e Argentina.
81- 04
(01) Incorreta. A frase "América para os americanos" resume a Doutrina Monroe, a qual defendia a consolidação dos
novos governos latino-americanos e o afastamento político e econômico das ex-metrópoles em relação às suas excolônias. Nesse contexto, o continente tornou-se em uma grande área de influência estadunidense, econômica e
politicamente.
(02) Incorreta. A teoria do foco revolucionário de Che Guevara defendia que uma revolução pode ser iniciada a partir
de um pequeno foco, o qual não necessariamente deveria esperar por condições ideais; esse também seria
suficiente para incentivar o desenvolvimento de uma convulsão generalizada. Essa teoria não foi apoiada
militarmente pela URSS e não foi a base da chamada Crise dos Mísseis de 1962.
(03) Incorreta. A Revolução Bolivariana de Chávez também é conhecida como socialismo do século XXI, o qual
defende princípios socialistas na organização da atual sociedade latino-americana. O presidente venezuelano, no
entanto, não propõe a militarização do Mercosul ou uma aliança com o Bric, até porque essa sigla não representa
uma organização institucionalizada, e sim o grupo de países emergentes que podem ser considerados futuras
potências mundiais (Brasil, Rússia, Índia e China). Nesse grupo, aliás, já foi inclusa a África do Sul, modificando-se
a sigla para Brics (S de South Africa).
(04) Correta.
(05) Incorreta. Evo Morales não almeja romper relações diplomáticas com o Brasil ou o Chile. Em relação ao Chile, há,
atualmente, o desejo boliviano de retomar sua saída para o mar, anexando territórios chilenos, o que pode causar
certo conflito diplomático, mas não necessariamente o rompimento entre os dois países.
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82- B
O separatismo na Bolívia envolve as províncias mais ricas, particularmente Santa Cruz, lideradas por grupos políticos e
econômicos, aliadas aos interesses norte-americanos e que repudiam o projeto político de caráter popular do
presidente Evo Morales.
83- E
Apesar de a Junta Governativa ter, num primeiro momento, estatizado a economia, ela não seguia o modelo da
Revolução Cubana de 1959. A Revolução Sandinista contava com membros liberais – assim como a Junta Governativa
–, e foi apoiada pelos EUA até 1981, quando os norte-americanos acusaram o novo governo de apoiar a guerrilha em
El Salvador.
84- C
Brasil e Bolívia não chegaram a romper relações diplomáticas por conta da nacionalização da Petrobras em território
boliviano, o que exclui A.
O item B está errado porque, apesar dos planos bolivianos sobre uma saída para o mar ainda não terem se
concretizado, o país ainda não chegou a ameaçar militarmente o Chile.
Em relação ao Equador, Rafael Correa rompeu relações diplomáticas com a Colômbia em 2008 por conta de
divergências no combate ao tráfico de drogas; as relações foram retomadas em novembro de 2009, o que exclui o item
D.
Em 2009, o governo brasileiro renegociou com o Paraguai a compra do excedente de energia elétrica produzida em
Itaipu. O Brasil pagará mais pela energia paraguaia, a qual também poderá ser vendida no mercado privado brasileiro.
O item E, portanto, também está errado.
85- A
Dentre as alternativas, a incorreta é a A. A URSS, em 1929, foi um dos poucos países que conseguiram resistir à crise
iniciada com a queda da bolsa norte-americana. Isso se deve ao fato de que a economia soviética, comunista, não
estava ligada à dos EUA como a europeia e a latino-americana, por exemplo. Tal autonomia fez com que os soviéticos
não participassem da crise mundial, mantendo sua economia protegida.
86- E
Os fatores que ocasionaram o processo de Independência do México distinguem dos outros países da América Latina.
Nestes, a elite regional assumiu a liderança e defendeu seus interesses, ainda que contando com a participação
popular; já no México, ao contrário, as camadas populares iniciaram o movimento revolucionário e estavam mais
preocupadas com reformas sociais, como a abolição do trabalho compulsório e a reforma agrária.
87- Para Barraclough, não é possível analisar a Revolução Cubana apenas pela óptica do comunismo internacional (e
consequentemente da Guerra Fria). Para o autor, a revolução de Fidel Castro deve ser relacionada com outros
movimentos sociais e políticos que eclodiam no chamado Terceiro Mundo, bem como às ações imperialistas dos
Estados Unidos na América Latina ou, mais especificamente, na América Central e em Cuba.
88- Os principais motivos que levaram as colônias espanholas à independência foram a influência das ideias iluministas e o
pouco poder político delegado aos criollos nas colônias. Os criollos eram filhos de espanhóis nascidos na América.
Ativos economicamente, não tinham voz política, uma vez que ela era controlada por espanhóis nomeados
diretamente pela Coroa, os chapetones. Com a independência dos EUA e a Revolução Francesa, as ideias iluministas
chegaram aos portos das colônias. Durante o governo de Napoleão, a América espanhola vivenciou um período de
relativa independência política, através das juntas governativas – chapetones e criollos se uniram para governar as
colônias enquanto a Espanha estava sob o domínio francês. Ao recuperar a autonomia, o rei espanhol decidiu retomar
a administração colonial tal como era antes, o que acabou por desencadear o processo de independência.
89- C
A independência do Haiti foi conduzida por escravos e libertos. No caso cubano, o que atrasou o processo foi a
resistência espanhola e não os senhores de escravos. Em ambos os países, as lavouras não foram destruídas nos
processos de independência.
Para emancipar-se, Cuba recebeu ajuda norte-americana, tornando-se, logo após a sua independência, protetorado
dos EUA. O socialismo só foi adotado no país após a Revolução Cubana de 1959.
O atual cenário miserável do Haiti desenvolveu-se na segunda metade do século XX, principalmente quando o país
aderiu, na década de 1990, ao Consenso de Washington, quando promoveu sua abertura econômica, sem, no entanto,
ter condições de competir com as economias internacionais.
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90- C
Os ingleses não pretendiam expandir o território britânico até o extremo sul: seu objetivo era preservar a posse das
Malvinas, geograficamente estratégicas e ricas em combustíveis fósseis, o que exclui A. O Brasil manteve-se neutro
durante o conflito, e os EUA, apesar de signatários do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, apoiaram os
ingleses, o que exclui B e D. A ONU, por sua vez, condenou a ofensiva argentina e tentou auxiliar, sem sucesso, na
resolução diplomática do conflito, o que exclui E.
91- O exemplo mais significativo de prática econômica comum entre os habitantes da região do Prata no período colonial é
a pecuária e as atividades dela derivadas, como a produção de couro. Em relação aos conflitos ocorridos na região
durante o século XIX, o candidato poderia citar qualquer um dos chamados Conflitos Platinos, relacionados à
delimitação das fronteiras entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Foram eles: a Guerra da Cisplatina (1825-1828);
a Guerra do Prata (ou Guerra contra Oribe e Rosas, 1851-1852); a Guerra contra Aguirre (1864-1865); e a Guerra do
Paraguai (1864-1870). Atualmente, a integração desses países é marcada por relações políticas e comerciais
estabelecidas pelo Mercosul (Mercado Comum do Sul), iniciado com a assinatura do Tratado de Assunção em
1991. Na época, estabeleceu-se uma zona de livre-comércio entre os países, a qual, em 1995, ganhou o status de
união aduaneira. Além de estabelecer trânsito livre de pessoas, mercadorias, força de trabalho e capital entre seus
membros, a união aduaneira permite a implementação de uma tarifa externa comum para produtos importados de
países externos ao bloco. Além disso, em 2004, foi criado o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, cujo
objetivo é solucionar possíveis conflitos e, assim, fornecer segurança jurídica para seus membros e associados.
92- a) A partir da leitura do texto, o candidato deveria perceber que as duas visões opostas a respeito da conquista da
América presentes no século XVI caracterizavam-se, de um lado, pela denúncia do desequilíbrio, da injustiça e da
ausência de direitos na sociedade que se organizava naquele período. De outro lado, uma visão otimista defendia
que aquela sociedade era benéfica para os indígenas, uma vez que a civilização europeia seria superior às
civilizações americanas encontradas pelo colonizador.
b) São numerosos os exemplos que podem ser citados; dentre esses, os mais conhecidos são: o movimento zapatista
de Chiapas, no México, e o movimento dos cocaleros da Bolívia, do qual emergiu o atual presidente Evo Morales.
93- a) A partir da leitura do texto, o candidato poderia identificar as seguintes características da "segunda escravidão":
desenvolveu-se após a crise de produção no Haiti e o fim do tráfico para as colônias britânicas; levou a um
crescimento do trabalho escravo em Cuba e no Brasil; aproximou-se de um sistema industrial pela disciplina de
trabalho e pela inovação técnica na produção.
b) O candidato poderia identificar, por exemplo, a influência da Revolução Francesa, o fato de ser realizada por
escravos, levando à independência da colônia francesa.
94- a) Uma das semelhanças entre a independência do Brasil e as das demais nações da América do Sul é que todos os
processos começaram com a chegada de Napoleão Bonaparte ao poder na França. No caso brasileiro, a família real
fugiu para o Brasil, abrindo os portos às nações amigas em 1808. Em relação às colônias espanholas, nessa época
a sua elite local pôde experimentar, pela primeira vez, uma certa autonomia política. Além disso, ambos os
movimentos lutaram contra a tentativa de reinstalação do pacto colonial nos moldes tradicionais nas colônias. Suas
elites buscavam liberdade de comércio e o fim do entreposto metropolitano.
b) Apesar das semelhanças, as independências tiveram diferenças cruciais. No caso brasileiro, ela foi arquitetada por
uma elite portuguesa no Brasil, cujo representante máximo, D. Pedro I, era membro da Casa de Bragança, a qual
administrou o novo Império nos moldes da monarquia europeia. Já nas ex-colônias espanholas, o movimento foi
encabeçado pelas elites coloniais, as quais, em sua maioria, implantaram repúblicas a serviço de seus próprios
interesses. A população participou mais do movimento latino-americano, comparado com o brasileiro, mas em
ambos os casos elas permaneceram basicamente nas mesmas condições sociais de outrora. Além disso, não
houve o desejo, nas novas repúblicas do Sul, de manter as mesmas fronteiras coloniais, o que gerou uma série de
pequenas repúblicas difusas e independentes. No Brasil, a unidade territorial foi mantida, apesar das tentativas
separatistas.
MCS/1206/BANCODEQUESTOES/CHTS/CHTS - 3a SERIE – ENSINO MEDIO – 2a ETAPA – 2012 – HISTORIA DA AMERICA LATINA (02).DOC
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História Exercícios História América Latina 02