1 Q1, Dilatando réguas nome : Rômulo Loiola Rodrigues Gaspar, Entregar 04/10/2010 1.1 Enunciado Uma régua de aço foi usada para medir o comprimento de uma barra de determinado material. A medida foi `B (20) = 20, 05 cm a temperatura de 20 o C. A barra e a régua foram colocada juntas em um forno. Na temperatura de 270 o C, a barra passou a medir `B (270) = 20, 11 cm de acordo com a mesma régua. Determine o coeficiente de expansão linear do material da barra. Dados: : αaço = 11 × 10−6 (o C)−1 . 1.2 Solução Na temperatura de 20 o C, a medida da barra coincide com uma medida na régua de `B (20) = `R (20) = 20, 05 cm. Quando a temperatura chega a 270 o C, essa medida na régua ainda é de `R (270) = 20, 05 cm(270) mas corresponde a um comprimento ”real” de `R (270) = (1 + αaço × 250) `R (20) = 20, 05 cm(270) O comprimento da barra medida pela régua é de 20, 11 cm(270) `B (270) = (1 + αB × 250) `B (20) = 20, 11 cm(270) Obtemos : 1 + αB × 250 2011 = 1 + αaço × 250 2005 Donde αB = 23 × 10−6 (o C)−1 1 2 Q2, A bela figura nome : Diogo Adelino da Silva, Entregar 04/10/2010 2.1 Enunciado A figura ao lado mostra, em corte, um recipiente de paredes adiabáticas que é munido de um pistão móvel, também feito de material adiabático, de massa M = 10 kg e área A = 200 cm2 . Este recipiente contém em seu interior 3 litros de gás Hélio (He, monoatômico, com masssa molar M = 4, 0 g/mol) na temperatura e 20 o C. Um aquecedor elétrico, interno ao recipiente, é posto para funcionar de modo a elevar gradualmente a temperatura do gás até 70 o C. Supondo que o pistão move-se sem atrito e que a pressão externa ao recipiente é de 1 atm, detemine para este gás : (a) (0,7) a sua densidade volumétrica ρ; Não essa :(b) (0,6) a velocidade quadrática média inicial vrms de seus átomos constituintes; (c) (0,6) o volume final Vf que ele ocupa; (d) (0,6) o trabalho Wif realizado ( pelo ou sobre o gás ???), a variação da energia interna ∆Uif e o calor Qif fornecido ao sistema. Dados : R = 8, 31 J/(mol K), patm = 1, 013 × 105 P a. 2.2 Solução (a) (0,7) A pressão dentro do recipiente compensa a pressão atmosférica e o peso do êmbolo : Mg p = patm + = 1, 062 × 105 P a A o que determina nR = pV (1, 062 × 105 ) × (3 × 10−3 ) = = 1, 087 J/K T 293 e a densidade : ρ= nM pM (1, 062 × 105 ) × 4, 0 = = g/m3 = 174, 5 g/m3 V RT 8, 31 × 293 2 Não essa : (b) (0,6) Para 1 mol temos : 1 3 M vrms 2 = R T 2 2 ⇒ vrms = s 3R T = 1351 m/s M (c) (0,6) Vf = Vi Tf = 3, 51 ` Ti (d) (0,6) A pressão fica constante de modo que Wif = p (Vf − Vi ) = n R (Tf − Ti ) = 54, 3 J Temos a capacidade térmica molar a pressão constante Cp = 5R/2 donde 5 Qif = n Cp (Tf − Ti ) = n R (Tf − Ti ) = 135, 8 J 2 e a variação da energia interna 3 ∆Uif = n R (Tf − Ti ) = 81, 5 J 2 Verificamos que ∆Uif = Qif − Wf 3 3 Q3, De novo, um cı́clo com 3 etapas nome : Thiago Coutinho Guerra, Entregar 04/10/2010 3.1 Enunciado Um mol de um gás ideal di-atômico sofre o processo mostrado no diagrama p × V da figura abaixo, em que p é dada em atmosferas (atm) e V em litros (`). Sabe-se que cada ciclo é descrito no sentido a → b → c → a, sendo o processo a → b uma expansão adiabática reversı́vel, o processo b → c uma compressão isotérmica e c → a um aumento de pressão isovolumétrico. Na figura Va = Vc = 25 ` e Vb = 40 `, a pressão no estado c vale pc = 1 atm (a) (0,6) Determine a pressão pa e a temperatura Ta no estado a. (b) (0,7) Calcule o calor Q trocado e o trabalho W realizado nos três processoa que compõem o ciclo. (c) (0,6 Obtenha o rendimento η de uma máquina térmica cujo agente opera neste ciclo. (d) (0,6) Compare η com o rendimento de uma máquina térmica de Carnot que operasse entre as temperaturas mais alta e mais baixa deste ciclo. 3.2 Solução (a) (0,6) O processo b → c é isotérmico donde pb = pc Vc /Vb = pc (Va /Vb ) e pa = pb Vb Va γ = pc Vb Va γ−1 = pc (1, 6)0,4 = 1, 21 atm Como 1 atm × 1 ` ≈ 100 J , achamos : R Ta = pa Va = 3025 J e Ta = pa Va 1, 21 × 25 = × 100 K = 364 K R 8, 31 4 (b) (0,7) Para o processo isovolumétrico c → a temos : Wca = 0 Qca = CV (Ta − Tc ) = (5/2) (RTa − RTc ) = 2, 5 × (pa − pc )Vc = 1312 J Para o processo adiabático a → b temos : Wab = − CV (Tb − Ta ) = CV (Ta − Tc ) = 1312 J Qab = 0 Para o processo isotérmico b → c temos : Wbc = Qbc = R Tc ln Vc = −1175 J Vb (c) (0,6) η= Wab + Wbc 1312 − 1178 = = 0, 10 Qca 1312 (d) (0,6) ηCarnot = Ta − Tc pa − pc 0, 21 = = = 0, 17 Ta pa 1, 21 5 4 Q4, Caliente no calorı́metro nome : Rafael Maiocchi Alves Costa, Entregar 04/10/2010 4.1 Enunciado Dentro de um calorı́metro com capacidade calorı́fica desprezı́vel, mistura-se 0, 5 ` de água a temperatura de 10 o C com 5, 0 kg de gelo a uma temperatura de −20 o C. Supondo que o sistema gelo ⊕ água se encontra isolado térmicamente, determine : (a) (0,5) a temperatura final de equilı́brio Teq do sistema; (b) (0,5) a massa de gelo restante meq no equilı́brio; (c) (0,5) a variação da entropia ∆Sa da água; (d) (0,5) a variação da entropia ∆Sg do gelo; (e) (0,5) a variação da entropia ∆Sa+g do sistema água + gelo. Dados : cagua = 1, 0 cal/(g o C) ; cgelo = 0, 5 cal/(g o C) ; Lf usao = 80, 0 cal/g 4.2 Solução (a) (0,5) A água vai se resfriar até 0 o C cedendo : Q1 = 500 × 1, 0 × 10 cal = 5000 cal, congelando em 0 o C vai ceder mais : Q2 = 500 × 80 cal = 40000 cal. O gelo para ir até 0 o C precisa de : Q3 = 5000 × 0, 5 × 20 cal = 50000 cal. Está faltando 5000 cal que vão resfriar 5, 5 kg de gelo a 0 o C até θ tal que : 5500 g × 0, 5 cal/(g o C) × θ + 5000 cal = 0, donde θ = −1, 8 o C (b) (0,5) Todo água foi congelada meq = 5500 g. (c) (0,5) O processo se faz em três etapas : 273 cal × ln = −17, 99 cal/K gK 283 −5000 g × 80, 0 cal/g = = −146, 52 cal/K 273 K cal 271, 2 = 500 g × 0, 5 × ln = −1, 65 cal/K gK 273 ∆S1 = 500 g × 1, 0 ∆S2 ∆S3 Com a soma ∆Sagua = −166, 16 cal/K 6 (d) (0,5) ∆Sgelo = 5000 g × 0, 5 cal 271, 2 × ln = +173, 67 cal/K gK 253 (e) (0,5) ∆Suniverso = +7, 51 cal/K que é positivo como deve ser. Para uma resposta em Joules : 1 cal = 4, 18 J 7 5 Q5, Conduzindo calor nome : Nadini Odorizi Carega, Entregar 04/10/2010 5.1 Enunciado (2,0) Um bastão cilı́ndrico de cobre, de comprimento L = 1, 2 m e área de seção reta ∆S = 4, 8 cm2 é isolado, para evitar perda de calor pela sua superfı́cie lateral. Os extremos são mantidos à diferença de temperatura de 100 o C, um colocado em uma mistura água-gelo e outro em água fervendo e vapor. (a)(1,0) Ache a taxa em que o calor é conduzido através do bastão. (b)(1,0) Ache a taxa em que o gelo derrete no extremo frio. A condutividade térmica do cobre vale κ = 400 W/m · K e o calor latente de fusão do gelo é Lf usao = 333 × 103 J/kg. 5.2 Solução (a)(1,0) H≡ ∆Q TC − TH = −κ ∆S ∆t ∆L = 400 × 4, 8 × 10−4 × 100 W = 16 W 1, 2 (b)(1,0) ∆M ∆Q/∆t 16 J/s = = ≈ 4, 8 × 10−5 kg/s ∆t Lf usao 333 kJ/kg 8 6 Q6, Um ciclo em três etapas nome : Ariane Campani Mattos, Entregar 04/10/2010 6.1 Enunciado Um gás ideal, diatômico, ocupa um volume V1 = 2, 5 `, a pressão p1 = 1 bar = 105 P a e à temperatura T1 = 300 K. Ele é submetido aos seguintes processos reversı́veis : (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua pressão quintuplicar, depois (2 ⇒ 3) uma expansão isotérmica até a pressão original e, finalmente, (3 ⇒ 1) uma transformação isobárica voltando ao estado inicial. (a)(0,5) Desenhe o ciclo do gás no diagrama de Boyle-Clapeyron (p versus V ), indicando a escala das unidades. (b)(1,8) Calcule, em Joules, o trabalho feito W pelo gás, o calor Q que ele absorve e a sua variação de energia interna ∆U em cada etapa do ciclo. (c)(0,2) O rendimento da máquina operando segundo este ciclo. 6.2 Solução O gás ideal, sendo diatômico, CV = 5R/2 de modo que ∆U = n (5R/2) ∆T . Achamos T2 = 5 × T1 = 1.500, 0 K ; V3 = 5 V1 ; n R = 250/300 J/K. (a)(0,5) Desenho do ciclo : (b)(1,8) Em Joules, W , Q e ∆U, são : (1.250 × ln 5 ≈ 2.012) W Q ∆U (1 ⇒ 2) 0 +2.500 +2.500 (2 ⇒ 3) +2.012 +2.012 0 (3 ⇒ 1) −1.000 −3.500 −2.500 (c)(0,2) r= Wtot Qabsorvido = 2.012 − 1.000 ≈ 0, 22 2.012 + 2.500 9 7 Q7 Maquinas nome : Felipe Romão Sousa Correia, Entregar 04/10/2010 7.1 Enunciado Uma maquina térmica opera entre a temperatura alta TA = 500 K e a temperatura baixa TB = 300 K, com um coeficiente de eficiência térmica ou rendimento, r = 0, 20. (a) (0,5) Determine a quantidade de calor QB cedida à fonte fria quando, em cada ciclo, uma energia de W = 200 J é produzido sob forma de trabalho. (b) (1,0) Calcule ∆Suniv , a variação , por ciclo, da entropia do universo termodinâmico formado pelos reservatórios térmicos e a maquina. (c) (0,5) Calcule o coeficiente de eficiência de uma máquina de Carnot operando entre as mesmas temperaturas ? (d) (1,0) Qual é a relação entre ∆Suniv e a energia desperdiçada, em cada ciclo, ao nâo usar uma máquina de Carnot ? 7.2 Solução (a) (0,5) QA = 5 W = 1.000 J donde QB = QA − W = 800 J (b) (1,0) A variação da entropia, no universo, é : ∆Stotal = −QA /TA + QB /TB = 2 J/K 3 (c) (0,5) O rendimento máximo é : rCarnot = TA − TB = 0, 4 TA (d) (1,0) WCarnot − W = (400 − 200) J e WCarnot − W 200 J = = 300 K ≡ TB ∆Stot (2/3) J/K 10 8 Q8 Outro ciclo em três etapas nome : Camila Silva Brasiliense, Entregar 04/10/2010 8.1 Enunciado Um mol de um gás ideal, monoatômico, à temperatura T1 = 300 K é submetido aos seguintes processos reversı́veis : (1 ⇒ 2) um aquecimento isovolumétrico até a sua temperatura dobrar T2 = 600 K, depois (2 ⇒ 3) uma expansão adiabática até o estado 3, onde a pressâo é igual à pressão inicial : p3 = p1 e, finalmente, uma transformação isobárica (3 ⇒ 1). (a)(0,5) Desenhe o ciclo no diagrama {p, V }. (b)(1,5) Calcule a temperatura T3 e, em Joules, o trabalho feito W pelo gás, o calor trocado Q e a sua variação de energia interna ∆U em cada etapa do ciclo. (c)(0,5) Se p1 = 105 P a, calcule {V1 , V3 }. 20,6 = 1, 52. 8.2 Solução Temos ∆U = (3/2) R ∆T , γ −1 = 0, 6 e 1 − γ −1 = 0, 4. A pressão, volume e temperatura são relacionados por : (1) p1 (2) p2 = 2 p1 (3) p3 = p1 ; V1 T1 = 300 K ; V2 = V1 T2 = 2 T1 = 300 K ; V3 = 20,6 V1 ≈ 1, 5 V1 T3 = 20,6 T1 ≈ 455 K (a)(0,5) Desenho do ciclo : (b)(1,5) T3 = 21/γ T1 ≈ 455 K e temos, em Joules : W Q ∆U (1 ⇒ 2) 0 +450 × 8, 3 +450 × 8, 3 (2 ⇒ 3) +217, 5 × 8, 3 0 −217, 5 × 8, 3 (3 ⇒ 1) −155 × 8, 3 −387, 5 × 8, 3 −232, 5 × 8, 3 ou W Q ∆U (1 ⇒ 2) 0 +3.735 +3.735 (2 ⇒ 3) +1.805 0 −1.805 (3 ⇒ 1) −1.286 −3.215 −1.929 (c)(0,5) Se p1 = 105 P a, V1 = 300 × 8, 3 × 10−5 m3 ≈ 25 ` , V3 ≈ 38 ` 11 9 Q9 Outras Máquinas nome : Jessica de Souza Panisset, Entregar 04/10/2010 9.1 Enunciado (3,0) Uma refrigerador opera entre as temperaturas TA = 300 K e TB = 270 K, . com um coeficiente de performance (desempenho) D = QB /W = 5, 0. (a) (0,5) Calcule em cada ciclo, a quantidade de calor QA transferida à fonte quente ao gastar no refrigerador uma energia, por ciclo, de W = 200 J . (b) (1,0) Calcule ∆Suniv , a variação , por ciclo, da entropia do universo termodinâmico formado pelos reservatórios térmicos e o refrigerador. (c) (0,5) Calcule o coeficiente de desempenho de um refrigerador de Carnot operando entre as mesmas temperaturas ? (d) (1,0) Qual é a relação entre ∆Suniv e o gasto EXTRA de energia que resulta da nâo utilização de um refrigerador de Carnot ? 9.2 Solução (a) (0,5) : QB = 1.000 J donde QA = W + QB = 1.200 J (b) (1,0) : ∆Stotal = QA −QB 8 + = J/K TA TB 27 (c) (0,5) : . DCarnot = TB = 9, 0 TA − TB (d) (1,0) : WEXT RA = W − WCarnot = ( 15 − 19 ) × 1000 J = 800 9 J, WEXT RA (800/9) J = = 300 K = TA ∆Stotal (8/27) J/K 12 10 Q10 Frio lá fora ! nome : Alice Helena Santos Alves de Sayão, Entregar 04/10/2010 10.1 Enunciado Um tanque de água foi construido ao ar livre em tempo frio e alı́ se formou uma camada de gelo de 5, 0 cm na superfı́cie da água. O ar acima da água stá a −10o C. Calcule a taxa de formação do gelo (em cm/h) na superfı́cie inferior da placa de gelo. Suponha que o calor não seja transferido pelas paredes ou pelo fundo do tanque. Dados : A densidade do gelo é ρ = 0, 92 g/cm3. O calor latente de transformação gelo - água é : Lf = 333 × 103 J/kg = 79, 5 cal/g e o coeficiente de conductividade térmica do gelo é dado por : κ = 4, 0 × 10−3 10.2 W cal/s = 1, 7 cm Km oC Solução A lei de condução fornece : ∆Q ∆T = κA ∆t h0 Essa quantidade de calor vai formar uma massa de gelo por unidade de tempo : ∆Q ∆M = ∆t Lf ∆t ou, um volume : ∆V ∆M = ∆t ρ ∆t A taxa de crescimento do gelo será : ∆h ∆V κ ∆T = = ≈ 1, 97 cm/h ∆t A ∆t ρ Lf h0 13 11 Q11 ciclo de Stirling 1816 nome : Jefferson Xavier de Melo, Entregar 04/10/2010 11.1 Enunciado A máquina de Stirling usa n = 8, 1 × 10−3 moles de um gás ideal, operando entre dois reservatórios de altae baixa temperatura TA = 368 K e TB = 297 K, funcionando à taxa de 0, 7 ciclos/s. Um ciclo consiste em quatro etapas : 1) uma expansão isotérmica a → b à temperatura TA do volume V0 até o volume V1 = 1, 5 V0 , seguida de 2) um processo iso-volumétrico b → c até a temperatura TB , seguido de 3) uma compressão isotérmico c → d à temperatura TB até o volume inicial V0 , seguida de 4) Um processo iso-volumétrico d → a até o estado inicial. (a) Determine o trabalho realizado por ciclo. (b) Qual é a potência da máquina ? (c) Supondo que o calor cedido pela máquina no processo b → c seja aproveitado inteiramente no processo d → a, qual será a eficiência da máquina ? (o que queremos/o que pagamos) 11.2 Solução (a) Ao longo das isotérmas, temos : Wa→b = n R TA ln Vb Vd , Wc→d = n R TB ln Va Vc Wtot = n R (TA − TB ) ln(1, 5) = 8, 1 × 10−3 × 8, 3 × 71 ln(1, 5) ≈ 1, 9 J (b) P ot = Wtot × 0, 7 ≈ 1, 3 W att (c) Os calores trocados são : Qa→b Qb→c Qc→d Qd→a = = = = Wa→b = n R TA ln(1, 5) n CV (TB − TA ) Wc→d = − n R TB ln(1, 5) n CV (TA − TB ) Teremos uma eficiência igual a eficiência de uma máquina de Carnot : Wtot TA − TB e= = ≈ 0, 20 Qa→b TA 14 12 Q12 ciclo de Otto O motor a gasolina de 4 tempos nome : Raphaella Barros Pereira da Silva, Entregar 04/10/2010 12.1 Enunciado A máquina de Otto opera em quatro etapas : 1) uma compressão adiabática a → b diminuindo o volume de Va até o volume Vb = Va /r e aumentando a temperatura de Ta até Tb , seguida de 2) um processo iso-volumétrico (a ignição ) b → c aquecendo a mistura até a temperatura Tc , seguido de 3) uma expansão adiabática dos gases aquecidas c → d até o volume inicial V0 , movendo o pistão, seguida de 4) Um processo iso-volumétrico, a queda de pressão associada à exaustão dos gases da combustão, d → a até o estado inicial. Considerando a mistura como um gás ideal com coeficiente adiabática γ, mostre que o rendimento do ciclo é dado por : γ−1 1 Td − Ta =1− e=1− Tc − Tb r Observação : A taxa de compressão r não pode ser muito grande (r < 10) para evitar a pre-ignição 12.2 Solução Os trabalhos e os calores trocados são : Wa→b Qb→c Wc→d Qd→a com rendimento : e= = = = = n CV n CV n CV n CV (Ta − Tb ) < 0 (Tc − Tb ) > 0 (Tc − Td ) < 0 (Ta − Td ) < 0 Wa→b + Wc→d Td − Ta = 1− Qb→c Tc − Tb 15 Ao longo de uma adiabática reversı́vel, temos T V γ−1 = constante, logo : Vd Tc = Td = Td rγ−1 Vc Va = Ta rγ−1 Tb = Ta Vb donde : γ−1 1 Td − Ta = Tc − Tb r 16 13 Q13 refrigerador de Carnot nome : Luiz Felipe Neris Cardoso, Entregar 04/10/2010 13.1 Enunciado Uma máquina de Carnot, sendo reversı́vel, pode operar em sentido inverso, i.e.como refrigerador. As quatro etapas consistem em : 1) a → b, uma compressão isotérmica à temperatura mais alta TA , seguida de 2) b → c, uma expansão adiabática até a temperatura mais baixa TB , seguida de 3) c → d, uma expansão isotérmica à temperatura mais baixa TB e, finalmente : 4) d → a, uma compressão adiabática até o estado inicial a. Com TA = 305 K e TB = 275 K e sabendo que o sistema refrigerante cede 300 J por ciclo à fonte quente, (a) Determine o trabalho W feito, por ciclo, sobre o sistema. (a conta da luz !) (b) Qual é a quantidade de calor QB , tirada da fonte frio ? (c) Definimos o coeficiente de performance K como a razão entre o que queremos QB e o que pagamos W . Mostre que K = TB /(TA − TB ) para um refrigerador de Carnot. 13.2 Solução Sabemos que, em um refrigerador de Carnot, a variação da entropia do universo é nula, logo QA QB = TA TB (a) W = QA − QB = QA TB 1− TA = 29, 5 J (b) QB = QA − W = 270, 5 J (c) K= QB 275 ≈ 9, 2 , TB /(TA − TB ) ≈ W 30 17 14 Q14 Entropia do Universo nome : Camilla de Assis Magalhães , Entregar 04/10/2010 14.1 Enunciado Uma máquina térmica opera entre reservatórios térmicos nas temperaturas TA e TB , sendo TA > TB . Sejam QA o calor tirado do reservayório RA a alta temperatura e QB , o calor cedido ao reservatório RB a baixa temperatura. Determine a variação de entropia de (1) o resrvatório RA , (2) do reservatório a baixa temperatura RB e (3) do sistema operando em ciclo. Mostre que o princı́pio ∆Suniverso ≥ 0 implica que o rendimento de uma máquina térmica qualquer é sempre menor do que ηCarnot = 1 − TB /TA . 14.2 Solução Temos ∆SA = QB − QA ; ∆SB = TA TB e ∆Suniverso = ∆SA + ∆SB = implica em : QB QA − ≥0 TB TA TB QB ≥ QA TA donde o rendimento : η= W QA − QB QB TB = = 1− ≤ 1− QA QA QA TA e 1− TB = ηCarnot TA 18 15 Q15 Entropia e Economia nome : Nathalia da Silva Henrique de Moura e Victor dos Santos Costa Entregar 04/10/2010 15.1 Enunciado Queremos resfriar um objeto metálico de capacidade calorı́fica C na temperatura de Ti = 290, 0 K até Tf = 270, 0 K. Dispomos de um refrigerador de Carnot, operando entre TA = 300, 0 K e TB = 275 K. Ele possue um compartimento de congelador, funcionando também como máquina de Carnot, entre as temperaturas TA = 300, 0 K e Tf = 270, 0 K. Podemos proceder de duas maneiras : 1. A primeira maneira, MI , consiste numa única etapa : colocar diretamente o objeto no compartimento congelador até chegar à temperatura Tf . 2. A segunda maneira, MII , se faz em duas etapas : E1 colocar o objeto refrigerador até ele atingir a temperatura TB , para numa segunda etapa E2 , colocar ele no comportamento do congelador até chegar à temperatura Tf . Supondo que o objeto não sofre perda de calor na transferência do refrigerador para o congelador, determine : (a) : A energia WI necessária para realizar MI . (b) : As energias WII (1) e WII (2) necessárias para realizar cada etapa E1 e E2 do segundo procedimento MII . (c) : Compare WI com WII (1) + WII (2). (d) : Calcule a variação da entropia ∆SI do universo termodinâmico formado pelo objeto e o refrigerador no primeiro procedimento MI . (e) : Calcule a variação da entropia ∆SII (1) e ∆SII (2), para cada etapa de MII , do universo termodinâmico formado pelo objeto, o refrigerador e o congelador. (f) : A razão entre W ≡ WI − (WII (1) + WII (2)) e ∆S ≡ ∆SI − (∆SII (1) + ∆SII (2)) tem a dimensão de uma temperatura. Que temperatura é essa ? 19 15.2 Solução (a) : Supomos que a capacidade calorı́fica fica constante de modo que o calor que precisamos tirar do objeto é QI = C (Tf − Ti ) = Via a fonte fria na temperatura do congelador Tf , esse calor é transferido para a fonte quente junto com a energia WI e a fonte quente absorbe QA = WI + QI , donde WI = QA − QI = QA − QI QI ! QI = TA − Tf QI = Tf (b) : De mesma maneira achamos os calores em cada etapa do segundo procedimento QII (1) = C (TB − Ti ) = QII (2) = C (Tf − TB ) = As energias gastas são : WII (1) = QA (1) − QII (1) = WII (2) = QA (2) − QII (2) = ! QA − QII (1) TA − TB QII (1) = QII (1) = QII (1) TB ! QA − QII (2) TA − Tf QII (1) = QII (2) = QII (1) Tf (c) : Como QI = QII (1) + QII (2), temos : ∆W ≡ WI − (WII (1) + WII (2)) = TA 1 1 − Tf TB ! QII (1) = que é positivo, logo o primeiro processo é mais caro ! (d) : Z Tf QA dT QI Tf ∆SI = + C = + C ln = TA T Tf Ti Ti (e) : TB QII (1) dT QII (1) TB + C = + C ln = TB T TB Ti Ti Z Tf QII (2) dT QII (2) Tf ∆SII (2) = + C = + C ln = Tf T Tf TB TB ∆SII (1) = Z (f) : A diferença entre as variações da entropia nos dois procedimentos é : ∆S ≡ ∆SI − (∆SII (1) + ∆SII (2)) = 20 QII (1) QII (1) − Tf TB Vemos que ∆W = TA ∆S Concluimos que o processo no qual a variação de entropia é maior, isto é menos reversı́vel, é o mais caro ! 21