(SJQT&EJUPSBt"OPt/t+VOIP+VMIPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS
Projeções para a
safra de cana
Recuo nas vendas de
implementos rodoviários
Fertilizantes aumentam
a produtividade
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ÍNDICE
Foto: Agência Petrobras
Foto: www.stockfresh.com
Edição 93 – Ano 10
4
5
6
8
14
16
19
Editorial
Novos tempos
Visão
“Tomate cru” e “feira da
fruta”: a nova linguagem da
democracia brasileira
Panoramas
Cana: Datagro atualiza
projeções para safra
Fertilizantes
Aumento de produtividade
Irrigação
Exportando novas tecnologias
Caminhões
Material rodante
20
21
22
25
26
27
28
Implementos rodoviários
Alimentos
Rede para segurança alimentar
Opinião
• Nossa agropecuária merece
mais
• PIB Brasil: mais uma vez, o
agro salvando a lavoura
Agricultura de precisão
Exportações
Exportações do agronegócio
em alta
Estatísticas
Sustentabilidade
Economia de defensivos
30
32
34
36
37
40
42
Gestão
O que precisamos para sair da
retranca
Clipping
Opinião
Eleições e agricultura
Solenidade
Eventos
• Expoforest
• Bahia Farm Show
• M&T Peças e Serviços
Business World
Anunciantes
Junho - Julho/2014 • Revista AgriMotor
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3
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EDITORIAL
Coordenação Geral
Henrique Isliker Pátria
Diretora Executiva
Maria da Glória Bernardo Isliker
NOVOS TEMPOS
TI
Vicente Bernardo
Editor e Jornalista Responsável
Henrique Isliker Pátria (MTb-SP 37.567)
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Reportagens e Entrevistas
Marcus Frediani (MTb 13.953)
Mário Rolim Cândido (MTb-SP 23.571)
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Edição de Arte
Ana Carolina Ermel de Araujo
Publicidade
Augusto Isliker - [email protected]
Jorge Camargo - [email protected]
Administrativo
Maria Rosangela de Carvalho
Colaboradores
"SOBMEP+BSEJNt$JSP"OUPOJP3PTPMFNt+PTÏ-VJ[5FKPO
+PTÏ0UBWJP.FOUFOt+PTÏ3JDBSEP3PSJ[$PFMIP
Impressão e Acabamento
Ipsis Gráfica e Editora
REVISTA AGRIMOTOR
É uma publicação de propriedade da
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com registro no INPI sob no 826584527
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Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002
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As matérias assinadas são de responsabilidade dos
autores. Reproduções de artigos e matérias estão
autorizadas desde que citada a fonte.
(SJQT&EJUPSBt"OPt/t+VOIP+VMIPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS
Projeções para a
safra de cana
Recuo nas vendas de
implementos rodoviários
Edição 93 - Ano 10
Junho - Julho 2014
Capa: Imagem: Shutterstock.com
Criação: Ana Carolina Ermel de Araujo
Circulação: Mensal
T
erminada a Copa do Mundo no Brasil, contabilizadas as perdas e
ganhos, sendo que no futebol mais perdas do que ganhos, é chegada a hora de colocar em execução o planejamento para o segundo
semestre e correr atrás do prejuízo que não foi pequeno para empresários de todos os portes e em todas as atividades.
Os balanços já apresentados do primeiro semestre mostram que o agronegócio mais uma vez salvou a balança comercial brasileira que vem descendo ladeira abaixo e só não é pior porque nossas safras espetaculares de
grãos e os minérios têm sustentado números que garantem a posição do
Brasil como um todo no cenário internacional.
Mas pouco se pode esperar, pois o Congresso que já andava devagar
agora parou de vez pois é o momento dos nobres senadores e deputados se dedicarem a respectivas campanhas e descobrirem uma nova forma de ludibriarem os eleitores para continuarem com sua posições já
consolidadas.
A revista Agrimotor em meio a toda esta turbulência está apresentando
uma edição em que falamos dos principais assuntos que movimentaram o
setor do agronegócio, a começar por uma entrevista com Plinio Nastari, um
dos titulares da Datagro, consultoria que se dedica a acompanhar o mercado mundial da cana-de-açúcar. Muito interessantes as suas abordagens e
comentários.
Falamos também com Carlos Eduardo Lustosa Florence, diretor executivo da Ama Brasil – Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil, que
com profundo conhecimento de causa nos alertou sobre a situação dos
defensivos, e as vantagens e dificuldades que enfrentam os empresários
do setor. Cabe lembrar que este é um setor que permanentemente está na
mira dos ambientalistas e é responsável direto pelo aumento de produtividade no campo.
O Professor Tejon aborda com toda a propriedade que lhe é peculiar as
manifestações nem sempre bem educadas da população que frequentou
nossos estádios, em relação à presidente da república.
Também passamos pelas dificuldades das empresas ligadas ao fornecimento de implementos rodoviários. Complementamos a edição com todas
aquelas seções de estatísticas, eventos, lançamento de novos produtos e
outros acontecimentos.
Chegou a hora de arregaçar as mangas. Como se diz no campo: pegar na
enxada e salvar o que resta da lavoura.
Vamos ter confiança e trabalhar para isto.
Boa leitura!
Fertilizantes aumentam
a produtividade
Henrique Isliker Pátria
Editor Responsável
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VISÃO
“TOMATE CRU” E “FEIRA DA
FRUTA”: A NOVA LINGUAGEM
DA DEMOCRACIA BRASILEIRA
4FBQSFTJEFOUB%JMNBBQBSFDFTTFTP[JOIBFFNQFTTPBOBGSFOUFEFVNBEFTTBT
manifestações, pergunto: poderia haver diálogo ou o que aconteceria?
José Luiz Tejon*
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Foto
com
ges.
ima
free
ww.
JSSFBMJ[ÈWFJT QPEF GB[FS DPN VNB TPciedade e com as pessoas.
Está na hora de um líder do país,
dentro do seu direito institucional, se
afastar das disputas eleitorais e colocar ordem em pensamentos, e naquilo que precisa ser feito, e representar
não os desejos, e os fetiches das merDBEPSJBTDPNPEJ[JB.BSYFJOJDJBSB
construção de uma política, de um diálogo e de uma realidade de resgate
de valores.
Não está certo xingar a presidenta
eleita democraticamente nas urnas. E
UBNCÏNFTUÈFSSBEPDPMPDBSBTVSOBT
a serviço do poder pelo poder. Falta
liderança de verdade.
Divulg
ação
povo brasileiro eleita em legítima democracia, ao contrário dos períodos
da ditadura militar, tem no exercício
do seu cargo um necessário respeito
dos brasileiros.
A brigalhada dos candidatos, e das
próprias facções do partido da presidenta, o ir para as ruas cobrar sonhos
prometidos e impossíveis de serem
entregues pela própria inoperância,
confusão, má intenção e incompeUÐODJB WJB NBOJGFTUBÎÜFT DPN NÈTcaras ou sem; não dignifica quem
manda o tomate cru para a presidenUB5BMWF[FMBOÍPFYQSFTTFNBTEFWF
retribuir mentalmente com um “feira
da fruta”. E assim criamos uma
nova linguagem da democracia brasileira (salvos pelo
agronegócio).
A ignorância, associaEBDPNWJPMÐODJBFJEFBJT
superiores da humanidade transformados em tábulas chulas, sempre foram
PDPNCVTUÓWFMEBTUSBHÏEJBT
de massa no planeta. Se a
presidenta Dilma aparecesse
TP[JOIB F FN QFTTPB OB GSFOUF EF
uma dessas manifestações, pergunto: poderia haver diálogo ou o
RVF BDPOUFDFSJB 0 RVF WPDÐ BDIB Eu tenho profundo receio do que a
democracia e a tolerância populista,
associadas com promessas de sonhos
Foto:
A
HBMFSBOPQPEFSEBWP[RVF
ecoa o anonimato de segmentos “das ruas”, passou
a mandar palavrão, xingamento e porrada virtual e ovacional
pra cima da presidenta. Tá certo que
D. Dilma tem casca grossa, dá suas
belas patadas na própria equipe,
UFN UBNCÏN B DPJTB EB EFDBEÐODJB
global da classe política, mudanças
sociais e o reino do marketing na ampliação de sonhos, vontades, desejos
humanos. Mas a representante do
*José Luiz Tejon Megido, diretor
vice-presidente de Comunicação do
Conselho Cientifico para a Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o núcleo
de agronegócio da ESPM, comentarista da Rede Estadão-ESPN.
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5
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PANORAMAS
CANA: DATAGRO ATUALIZA
PROJEÇÕES PARA A SAFRA
A consultoria Datagro divulgou que a colheita de cana deve alcançar 616,5 milhões
de toneladas, na próxima safra.
D
tais recuperáveis (ATR) foi de 86,4 e
86,2 milhões de toneladas respectivamente. Sendo assim, o recorde
de ATR da safra de 2010/11 continua sem ser superado pelo setor. “O
principal motivo para o menor nível
de ATR apesar do volume de cana
moído é o avanço do processo de
mecanização que aumenta o nível
de impurezas vegetais. A produção
de açúcar tem caído desde
2012”, explica Plinio Nastari.
O Índice Relativo de
Precipitações, calcu-
lado pela Datagro, desde agosto
do ano passado ficou abaixo da
média. Em dezembro de 2013, o
índice (que é desvio entre a média
ponderada para cada micro-região
e a média ponderada de 30 anos
de precipitações) foi de -28,6. Além
disso, o clima deste ano tem sido
muito seco, o que já está afetando
não só a cana de açúcar, mas também, por exemplo, café e a
oferta de energia.
O presidente da Datagro
comentou que as políticas
Foto: Agência Petrobras
urante o 3º Ethanoland
Sugar Summit – Brazil
Day, em Londres, Plínio
Nastari, presidente da
Datagro, apresentou as condições
atuais da safra 13/14 e as estimativas para a safra 2014/15. Mostrou
que o setor tem passado por um
terreno acidentado tendo chegado
a uma moagem recorde de cana na
safra 2010/11 de 620 milhões de toneladas. A safra de 13/14 chegou a
652,2 milhões de toneladas, no entanto a quantidade de açúcares to-
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PANORAMAS
públicas têm afetado negativamente a indústria de açúcar e etanol
brasileira. Para ele, o subsídio direto à gasolina e a política econômica difícil de se justificar, estão entre
os entraves. “O governo estimula o
consumo de um combustível fóssil,
quando o Brasil poderia estar continuando a tendência de aumento
de consumo de etanol na frota de
transporte, além de estar prejudicando a Petrobras e o setor sucroenergético”, diz.
Outro fator relevante, que afetou
a competitividade do etanol brasileiro, foi a eliminação da CIDE, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, sobre o preço da
gasolina. Na medida em que desonerou a gasolina, penalizou o etanol. Por fim, Plinio Nastari completa
que a política do Banco Central em
evitar a valorização do real, para
que não haja ainda mais pressão na
inflação, também reduz a competitividade do setor sucroenergético.
O subsídio à gasolina que é refletido na defasagem entre o preço internacional da gasolina e o
preço doméstico, que chegou em
julho de 2014 a 17,99%, tem sido
o maior responsável pela crise da
indústria de cana-de-açúcar do
Brasil. Essa política também gerou
uma maior dependência do Brasil
em importações de gasolina. O
que não faz sentido porque o Brasil teria condições em ser autossuficiente em energia.
A frota de veículos flex continua
crescendo. Hoje 63,1% dos veículos
são flex e a estimativa da Datagro
é que essa participação chegue a
85,4%, em 2020.
Quando a defasagem do preço da
gasolina for corrigida, medida inadiável e urgente, mas que tem um lado
impopular, e estamos em pleno período de campanha eleitoral, é provável que tenhamos um aumento da
demanda por etanol hidratado.
De qualquer maneira, o mercado espera um sinal relativo à alta
de preço para voltar a carrear recursos em investimentos para o setor. Para Nastari, além disso, os investimentos só vão retornar “se for
recuperada a confiança de que a
intervenção não vai retornar”. Caso
contrário, o nível de endividamento vai aumentar e usinas vão interromper suas atividades.
Para a safra 2014/15, a Datagro prevê uma safra mais alcooleira. Enquanto que para a safra 2013/14 a estimativa é que seja mais açucareira.
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Foto: www.dreamstime.com
FERTILIZANTES
AUMENTO DE
PRODUTIVIDADE
O mundo precisa aumentar sua produção de alimentos. E a intensificação do uso de
fertilizantes é o caminho viável para isso.
O
planeta Terra tem fome. E
esse apetite deverá crescer
substancialmente num futuro não muito distante. De
acordo com projeções feitas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), haverá
um crescimento da ordem de 60% na
demanda mundial por alimentos até
2050. Os cálculos apontam a necessidade de se produzir 1 bilhão de toneladas de grãos e 200 milhões de toneladas de carne a mais por ano. Para
se ter uma noção do impacto dessa
necessidade, estima-se que, nos próximos 40 anos, será necessário produzir
uma quantidade de alimentos similar
à que foi produzida nos últimos 8 mil
anos. E grande parte dessa produção
8
deverá ser feita em países emergentes,
em especial no Brasil.
As análises feitas por vários organismos internacionais, como Banco
Mundial e a própria FAO, indicam,
também, que o uso de fertilizantes –
hoje responsáveis por 50% do suprimento de alimentos produzidos no
mundo – vai desempenhar um papel
crucial e ainda mais proeminente para
a geração do aumento da produtividade necessária, a fim de que demanda projetada possa ser atendida.
Face a tais perspectivas e, é claro,
saber mais sobre o mercado e as capacidades do importante setor de fertilizantes no país, que, naturalmente, será
muito demandado e exercerá papel
preponderante para ajudar o Brasil e
o mundo a cumprir suas inequívocas
metas de aumento de produtividade
de alimentos, a Revista Agrimotor conversou com Carlos Eduardo Lustosa
Florence, diretor executivo da Ama
Brasil – Associação dos Misturadores
de Adubos do Brasil. E o resultado foi
essa entrevista imperdível. Confira!
Agrimotor: Como o senhor avalia
os dados recentemente divulgados
pela FAO sobre a necessidade de
aumento da produção de alimentos
no mundo? E qual o papel do Brasil
nesse cenário?
Carlos Eduardo Lustosa Florence:
São dados impactantes, sem dúvida, e,
por serem da FAO, têm toda confiabilidade. E vários são os fatores que tur-
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FERTILIZANTES
Como será possível viabilizar
esse aumento? E qual o papel dos
adubos e fertilizantes para a conquista dessas metas?
Bem, isso só será possível por meio
da utilização e implementação de vários tipos de tecnologias agrícolas. Os
fertilizantes entrarão nessa lista, sem
sombra de dúvida. Mas o uso destes
não deverá substituir outras tecnologias, mas, sim, somar-se a elas, pois
se isso fosse feito haveria, fatalmente,
uma queda na produtividade.
dia, R$ 1.000,00 por tonelada, o valor
movimentado pelo setor no país em
2013 foi da ordem de R$ 30 bilhões.
Toda essa produção foi consumida internamente ou houve alguma
exportação?
Foi praticamente tudo para o mercado interno, A exportação foi muito
pequena, algo em torno de 500 mil
toneladas, o que não chega a ser representativo.
E como se comportou esse mercado no primeiro semestre deste
ano? Os senhores já têm dados?
No acumulado de janeiro a julho
de 2014, observamos um aumento de
7% ante igual período em 2013. Mas
como a produção nos Estados Unidos
voltou a se normalizar em função da
estabilização das condições climáticas naquele país, os preços vêm diminuindo no mercado internacional.
Então, a relação de troca que temos
hoje, ou seja, o que você gasta de soja
ou saca de algodão para adquirir uma
tonelada de fertilizante, piorou. Também por causa disso, muito provavelmente, o ímpeto de crescimento do
setor deve se reduzir, no segundo semestre no Brasil. Em outras palavras,
no comparativo com o ano passado,
não deveremos assistir um aumento
significativo tanto na produção, quanto no faturamento em 2014.
Com esses números e demanda,
que posição o Brasil ocupa atualmente no cenário mundial entre os países
consumidores de fertilizantes?
O Brasil é, hoje, o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo
atrás da China, o primeiro, da Índia,
em segundo, e dos Estados Unidos,
o terceiro. Fato relevante, também, é
que entre os países de grande consumo, o crescimento anual apresentado
pelo Brasil é o mais destacado.
Qual é a representatividade da
participação das empresas internacionais na produção de adubos e
fertilizantes, hoje, no Brasil? As multinacionais dominam o mercado?
As empresas internacionais que
operam no Brasil têm um peso grande nesse cenário, sem dúvida. Mas as
nacionais também. Temos umas sete
ou oito empresas que dividem quase
Foto: www.stockfresh.com
binam esse aumento. Por exemplo, a
renda per capita nos países em desenvolvimento vem crescendo muito, e é
natural que as pessoas passem instintivamente a buscar uma alimentação
mais sofisticada, de melhor qualidade,
baseada em proteínas, o que certamente exige um aumento da produtividade nas áreas de grãos e carnes. O
papel do Brasil nesse cenário, aguardado também em projeções da FAO, será
de protagonista, em função de nossas
condições climáticas e de solo. Quase
todos os outros países têm problemas
climáticos, com cidades aumentando de maneira muito representativa,
mas nem sempre de forma ordenada.
Então, o Brasil vai ter que desenvolver
um papel de essencial. Por exemplo,
até 2022, o Brasil deverá responder por
até 40% da produção mundial, quando países como Estados Unidos, responderão por cerca de 20%, segundo
projeção da FAO feita em 2012.
Como vem caminhando o mercado de adubos no Brasil ao longo
dos últimos anos?
Vem aumentando significativamente. Em 2011, produzimos 28 milhões de toneladas. Em 2012, foram
29 milhões. E, em 2013, foram 31 milhões, o que representou um aumento de 5% sobre o ano anterior. Em termos de faturamento, como o preço
de venda dos fertilizantes é, em méJunho - Julho/2014 • Revista AgriMotor
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FERTILIZANTES
80% do mercado nacional. O restante
fica entre várias outras menores. É um
mercado muito competitivo, pois ainda somos dependentes da importação de fertilizantes. No ano passado,
importamos cerca 78% dos fertilizantes consumidos no mercado nacional,
e só produzimos 22%.
Foto: www.stockfresh.com
Não temos produção nacional de
insumos?
Sim, temos. Mas, muitas vezes, não
temos condições de produzir o suficiente para suprir as nossas necessidades. Então, importamos. Por exemplo,
produzimos no Brasil 35% do nitrogênio e 50% do fósforo. Mas, no caso
do potássio, 92% do que consumimos
atualmente no país são importados.
Então, a dependência externa é muito grande. Isso dá uma flexibilidade
muito grande para a entrada e saída
de empresas no mercado. Some-se a
isso o fato de que, embora seja extremamente bem atendido pelos fornecedores nacionais, nada impede que
10
o agricultor importe fertilizantes, de
maneira direta, sem qualquer barreira
ou dificuldade.
Esse alto grau de dependência da
matéria-prima importada não compromete a capacidade de os misturadores de adubos atenderem à demanda nacional, com riscos como
desabastecimento e a volatização
dos preços, por exemplo?
O papel do misturador é suprir essa
deficiência nacional. E ele faz isso buscando sempre o que existe de melhor
e mais adequado para a indústria. Por
exemplo, o Canadá tem uma mina
enorme de cloreto de potássio, e
aquele país não consome tudo. Então,
eles exportam bastante, a bom preço.
O Marrocos é o maior produtor de fósforo do mundo, e tem uma produção
de fertilizantes muito pequena. Por
isso, continua abastecendo o mundo
todo. Há um trabalho grande do ministério da Agricultura para proteger
o mercado e o agricultor, que isenta
de alíquota a importação
dos ingredientes para
produzir os fertilizantes.
Assim, a carga tributária
é zero. O que encarece,
é o preço do transporte
da importação. A infraestrutura é ineficiente.
Temos, por exemplo, um
problema muito grande
com nossos portos. É caro
para descarregar, tem fila.
O navio fica parado por
60, 90 dias na época de
safra. E isso é pago – navio parado é muito caro.
E, depois, temos que levar
as matérias-primas para
todas as regiões do Brasil,
com caminhões rodando
por longas estradas. Tudo
isso para dizer que, se o
Brasil estiver disposto a
comprar, ele irá pagar o
preço e dificilmente sofrerá com desabastecimento.
Estimular a produção nacional
desses insumos não seria uma saída viável?
Seria. Mas sem aumentar o custo
para o agricultor, pois isso não incentivaria a indústria.
Do ponto de vista técnico, quem
regula o setor de fertilizantes no
Brasil?
Esse controle é extremamente bem
feito pelo ministério da Agricultura.
Os técnicos operam desde a fase da
fabricação, coletam amostras no campo e verificam se os produtos estão
em conformidade com as especificações técnicas a que se propõem.
O Brasil é um país com diversos
biomas. Existem adubos customizados e/ou adaptados a determinadas condições de clima e solo, por
exemplo?
Tem-se uma análise de solo, para
saber dos excessos e carências de
nutrientes no solo em questão, sua
permeabilidade à água, quantidade
de ar. E, ainda, um estudo do clima,
quantidade de chuvas. Nesse trabalho, é necessário também levar-se
em consideração idade da planta. Por
exemplo, a adubação no momento em
que se planta um pé de café deve ser
voltada a formar um sistema radicular
profundo, com a colocação de fósforo. Quando a planta está crescendo,
tem que formar a folhagem, e necessitará de outros tipos de nutrientes,
em determinadas quantidades, como
o nitrogênio. Já no momento da produção de grãos, precisará de potássio). As dosagens deverão ser feitas de
acordo com a fase, e a velocidade de
crescimento de cada planta. Isso tudo
que estou dizendo é muito básico,
mas serve para ilustrar o fato de que,
para a correta utilização dos fertilizan-
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Foto: www.dreamstime.com
vem evoluindo o
segmento de fertilizantes orgânicos
por aqui?
Essa é uma área
grande, com muita
divulgação e pesquisa sendo feitas. Mas
não é o segmento
da Ama. Nós somos
focados nos fertilizantes químicos e
minerais. Essas informações técnicas,
de mercado mundial
e de logística da área de fertilizantes
orgânicos são muito específicas do
segmento. Naturalmente os fertilizantes químicos e minerais são produtos concorrentes aos orgânicos, e
o agricultor é quem vai decidir pelo
uso de uns ou outros, de acordo com
as características e exigências da sua
propriedade, dentro do que ele entende que irá supri-lo da melhor forma. O que ocorre com o fertilizante
orgânico é que, em primeiro lugar, a
produção dele é bastante limitada,
porque ela depende da oferta de resíduos, ou seja, algo que sobrou de
alguma coisa – e não dá para importar isso. Em segundo, há o problema
do transporte, principalmente por
grandes distâncias. E, em terceiro
lugar, existe a questão técnica: um
material orgânico tem poucos nutrientes, como nitrogênio, fósforo e
potássio, o que compromete muito
a sua eficiência.
tes, são muitas variáveis a serem consideradas. Há milhares de fórmulas e
cada agrônomo irá determinar qual a
melhor para as condições da propriedade. E há uma oferta muito grande
de ingredientes para fertilizantes,
para suprir tais necessidades, da maneira mais técnica possível.
Atualmente fala-se muito no
Brasil e no mundo sobre organicidade e agricultura orgânica. Como
fertilizantes2.indd 11
Foto: Am
a Bra
sil
E há muita inovação nesse
mercado?
Sendo muito claro, o fertilizante é
um produto bastante clássico. As matérias-primas já estão bem consolidadas em termos econômicos. São aqueles produtos disponíveis já disponíveis
no mercado interno ou externo, e não
há grandes variações ou oscilações
nesse cenário. Já os processos de aplicação, que não envolvem especificamente os fertilizantes, como o caso do
plantio direto – ou seja, a maneira de
se aplicar o fertilizante –, é que podem
ser modificados. Existem sim maquinários novos, tecnologias adicionais –
como a utilização de micronutrientes
e outras coisas que variam de acordo
com o conhecimento do solo, clima
etc. – ligadas ao uso e à aplicação de
fertilizantes, mas não é um mercado
com grandes evoluções tecnológicas.
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IRRIGAÇÃO
EXPORTANDO NOVAS
TECNOLOGIAS
Bomba ajuda nos sistemas de irrigação de pequenas propriedades a um custo muito
baixo, é carneiro hidráulico, que não usa energia fóssil.
A
e nem energia elétrica”. A operacionalização da bomba, garante ele,
contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Nessa primeira fase, o projeto prevê a implantação de 100 unidades de
sistemas de irrigação em pelo menos
200 hectares, beneficiando dezenas
de famílias. Serão montadas unidades piloto em pontos estratégicos do
país, onde os agricultores serão treinados para fabricar e utilizar o modelo. “Esse é o primeiro passo para que,
no futuro próximo, os agricultores
adotem sistemas de irrigação mais
avançados”, diz César Nogueira.
Os agricultores estão sendo treinados também na fabricação da bomba,
instalação e manutenção de todo o
sistema de irrigação. No trabalho de
investigação científica, os pesquisadores estão podendo acompanhar de
perto a evolução do cultivo sob irrigação em áreas historicamente onde
não há o uso do sistema. “Assim, encontraremos o indicador de sucesso
desse projeto”, prevê o pesquisador.
Financiado pela Fundação Bill e
Melinda Gates, com um orçamento
de US$ 80 mil, o projeto começou a
ser desenvolvido em janeiro de 2013
e terá duração de dois anos.
Foto: www.rgbstock.com
s bombas estão sendo
fabricadas e instaladas
através de um projeto de
desenvolvimento e transferência de tecnologia conduzido
pela Embrapa Meio-Norte e o Aeatrec, o instituto de pesquisa e desenvolvimento agrícola de Uganda,
na África Central.
Além de incentivar a irrigação
em pequenas propriedades, facilitando a produção de alimentos a
baixo custo, a tecnologia, segundo o pesquisador César Nogueira,
da Embrapa Meio-Norte, é “verde,
porque não usa combustível fóssil
14
Revista AgriMotor • Junho - Julho/2014
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Foto: www.embrapa.br
O CARNEIRO HIDRÁULICO
A gênese do carneiro hidráulico, também conhecido como bomba de aríete, balão de ar ou burrinho, foi
em 1796, pelo cientista francês Jacques E. Montgolfier. Máquina de elevação de água com energia própria, toda fabricada em aço, é simples e muito eficaz
no abastecimento de água na agricultura e pecuária.
No Brasil, ela é muito usada nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A versão mais simples, fabricada em ferro fundido, custa em torno de
R$ 300,00.
O nome carneiro hidráulico vem do som que
surge na bomba quando acontece o “golpe de aríete”, semelhante ao choque de cabeças entre ovinos
em luta. Trabalhando de forma ininterrupta durante
24 horas, todo dia, após a instalação, o carneiro hidráulico possui duas limitações de uso, segundo o
pesquisador.
A primeira, é a condição topográfica: é necessário
que a fonte de água – geralmente um riacho -, tenha
um desnível acentuado no leito, permitindo que a tomada da água fique na parte mais alta e a bomba instalada a pelo menos dois metros de desnível.
A segunda limitação, de acordo com César Nogueira, é que apenas uma fração da água é aproveitada.
Ou seja: no máximo um terço da vazão disponível
pode ser elevada pelo sistema.
O funcionamento então segue um rito, como explica o pesquisador: “E no momento que a água atinge uma velocidade elevada, a válvula de descarga
fecha-se rapidamente, gerando o golpe de aríete, e
dando origem a uma sobrepressão, possibilitando
a elevação de uma parte da água que nele penetra
a uma altura superior àquela de onde a água vem,
sem precisar de força externa, usando apenas uma
pequena queda hidráulica”.
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CAMINHÕES
NOVA GERAÇÃO DE
CAMINHÕES
A estreia mundial do caminhão que irá revolucionar o transporte rodoviário será
entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro, em Hanôver, na Alemanha.
D
gestores de transporte, que irão operar em atraentes estações de trabalho
sobre rodas com novos campos de
atuação profissional. Aumenta assim
a eficiência do transporte, com trânsito mais seguro para todos os usuários da estrada e diminuição a taxa de
emissões de CO2.
Para a Daimler, a condução autônoma já deixou de ser ficção científica. O protótipo mais próximo dessa
realidade, o Mercedes-Benz Future
Truck 2025 já superou a fase de desenvolvimento. O ponto de partida
tecnológico é o Mercedes-Benz Actros de 2014. Este caminhão comprova a viabilidade futura do líder
entre os caminhões europeus para
operações de longa distância, que
definiu o padrão de desempenho,
segurança e dirigibilidade desde sua
introdução no mercado em 2011.
O Future Truck 2025 com Highway
Pilot (piloto rodoviário) é o MercedesBenz Actros 1845. Seu motor desenvolve 449 cv de potência, com torque
máximo de 2.200 Nm. Para a transmissão de força foi adotado o câmbio
totalmente automatizado Mercedes
PowerShift 3 de 12 marchas.
O design do semirreboque já é
uma promessa de futuro. Ele é resultado do Aerodynamics Trailer da
Mercedes-Benz, que fez sua estreia
mundial na IAA 2012. As medidas de
Fotos: Divulgação
a visão à realidade. Na edição 2014 do Salão Internacional de Veículos Comerciais IAA – a ser realizado
entre 25 de setembro e 2 de outubro
em Hanôver, na Alemanha – a Daimler
AG faz a estreia mundial do MercedesBenzFuture Truck 2025, uma prévia
fascinante do caminhão para longo
percurso do amanhã. Dentro de dez
anos, eles poderão ser conduzidos em
regime autônomo por rodovias e vias
expressas europeias. Seus motoristas
não serão mais motoristas, mas sim
16
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CAMINHÕES
otimização da aerodinâmica deste
protótipo permitem reduzir o consumo em até 5%.
O pacote completo formado pelo
Future Truck 2025 e o semirreboque
Mercedes-Benz Aerodynamics Trailer
permite aproveitar as vantagens de
ambos os conceitos para configurar
uma composição do amanhã.
SENSORES DE PRÓXIMA GERAÇÃO
Aspecto decisivo do Future Truck
2025 como caminhão para a condução autônoma são seus equipamentos
tecnológicos. Na parte dianteira inferior, por exemplo, encontra-se um sensor de radar que explora a região de
curta e de longa distância adiante do
caminhão. O de curto alcance atinge
caminhões e rodante.indd 17
70 metros e possui
ângulo de abertura de 130 graus. Já
o de longo alcance
chega a 250 metros, monitorando
a estrada em um
ângulo de abertura de 18 graus.
O sensor de radar
toma por base os
equipamentos já
disponíveis no Actros, como o sistema de controle de proximidade e o
servofreio de emergência.
A câmera estereoscópica do Mercedes-Benz Future Truck 2025 consegue identificar uma ou duas pistas
da estrada, além de pedestres, obstáculos estáticos ou em movimento,
outros objetos dentro da área monitorada e as características da via. Ela
reconhece tudo o que se distingue do
fundo, para que possa calcular com
precisão o espaço livre disponível. O
equipamento registra também as informações dos sinais de trânsito.
Para monitorar as áreas da estrada
à esquerda e à direita do caminhão
são utilizados sensores de radar instalados nas laterais. Eles são montados em ambos os lados à frente do
eixo traseiro da unidade de tração.
Seu alcance é de 60 metros e os sensores cobrem um raio de 170 graus.
Os sensores do Mercedes-Benz
Future Truck 2025 são provenientes
da próxima geração desta técnica.
A precisão dos sensores é tão elevada que não só podem reconhecer o
acostamento com a ajuda das linhas
delimitadoras, como também identificar o traçado da estrada analisando
a configuração das bordas da calçada
(por exemplo, as proteções laterais ou
a vegetação).
A condução autônoma facilita o
trabalho do motorista, que não precisa conduzir em muitas situações,
especialmente nos trajetos monótonos de longo percurso. Já que
o caminhão regula por si mesmo
a velocidade e busca automaticamente a rota ideal com o aplicativo
de navegação, a empresa de transporte, o remetente e o destinatário
da carga estão informados sempre
em tempo real da localização do
veículo, da rota seguida e da hora
de chegada prevista.
Desse modo, fica atenuada a pressão que o motorista precisa suportar.
Os horários exigentes constituem
hoje em dia um dos principais fatores
de estresse.
25/07/2014 21:49:49
CAMINHÕES
A SUSTENTABILIDADE NA
PRODUÇÃO DE CAMINHÕES
Primeiro lugar no ranking das 50 marcas globais mais “verdes” de 2014, divulgado
pela Interbrand, é reconhecimento ao compromisso com a sustentabilidade.
A
rança. “Na Ford, trabalhamos
para desenvolver produtos
da mais alta qualidade
para nossos clientes
e, ao mesmo tempo,
fabricá-los da forma
mais ambientalmente
responsável em todo o
mundo. Este prêmio mostra que o mercado reconhece o nosso compromisso.”
Para identificar as 50 melhores marcas verdes globais a cada ano, a Interbrand começa com as 100 marcas que
compõem o seu relatório anual “Best
Global Brands”. Fazem parte desse
ranking marcas que têm presença global e um registro comprovado de entrega de valor para todos os parceiros da
cadeia de negócios. Em seguida, a Interbrand faz uma extensa pesquisa para
medir a percepção do público quanto
às práticas sustentáveis das marcas, que
é comparada com os dados de
desempenho ambiental coletados e analisados pela
Deloitte Consulting LLP.
“Ao longo dos últimos anos, a Ford provou ser uma líder em
sustentabilidade”, observou Jez Frampton, CEO
global da Interbrand. “A sustentabilidade está totalmente integrada à estratégia global de negócios
da Ford. Como tal, a empresa é capaz
de identificar e solucionar rapidamente
o seu impacto sobre o meio ambiente
e a sociedade, em todos os aspectos
de suas operações. Continuar a investir em fontes alternativas de energia e
tecnologias de economia de combustível – e educar os consumidores quanto
aos seus benefícios – será fundamental
para a evolução do seu negócio e o valor da marca ao longo do tempo.”
Foto: Divulgação
produção ambientalmente
responsável e sustentável e a
transparência nas operações
e divulgação de informações,
especialmente na área de manufatura,
com uma abordagem voltada para
o futuro, foram aspectos que contribuíram para levar a Ford ao topo do
ranking “50 Best Global Green Brands”.
O foco da Ford na conservação de
água, destacada no recém-lançado
15º Relatório Anual de Sustentabilidade da empresa, assim como os
esforços para redução de resíduos e
construção verde, também somaram
pontos na sua ascensão. A marca ficou em segundo lugar na lista do ano
passado e foi a 15ª em 2012.
“Estamos honrados em ser nomeados a número 1 entre as melhores marcas verdes globais”, diz Robert Brown,
vice-presidente de sustentabilidade,
meio ambiente e engenharia de segu-
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MATERIAL RODANTE
NOVOS PNEUS RADIAIS
Fábrica conta com linha completa de pneus com construção radial e diagonal que
atendem todos os segmentos do mercado de pneus fora de estrada.
A
Fotos: Divulgação
Goodyear completou seu
portfólio de pneus fora de
estrada com o lançamento, em junho, na feira M&T
Peças e Serviços, de pneus radiais
no mercado brasileiro. Destaque
para os pneus RL-5K para carregadeiras, RM-4A+ e RT-4A+ para caminhões rígidos. “Contamos com
uma linha completa de pneus com
construção radial e diagonal que
atendem todos os segmentos do
mercado de pneus fora de estrada”,
conta Fabio Garcia, gerente sênior
de marketing para pneus comerciais da Goodyear Brasil. A empresa
ainda mostra sua inovadora tecnologia hi-stability, patenteada pela
Goodyear globalmente, onde a
estrutura do pneu é reforçada proporcionando resistência superior
e maior estabilidade em
carregadeiras e caminhões articulados.
“Desta maneira,
temos produtos
e
tecnologia
que atendem
às necessidades do mercado de pneus
fora de estrada,
que pode contar
com a performance superior presente
em todos os produtos
Goodyear”, finaliza Garcia.
CARACTERÍSTICAS DOS
PRINCIPAIS PRODUTOS:
RL-5K: Desenvolvido para equipar carregadeiras de pequeno, médio e grande porte que operam com
velocidade de até 10 km/h. Possui a
tecnologia hi-stability. A banda de
rodagem do RL-5K foi desenvolvida com composto de borracha de
altíssima resistência a cortes e perfurações, e desenho com blocos
profundos que proporcionam excelente tração e autolimpeza. Ele
possui excelente rendimento em
condições severas de carregamento e alto torque. Disponível do aro
20 ao 45 em diversas medidas.
GP-4D: Desenvolvido para
equipar carregadeiras e caminhões
articulados que operam com velocidade de até 50 km/h. Tem a tecnologia hi-stability. Desenvolvido
com composto de borracha com
resistência superior a cortes e perfurações. Possui desenho em blocos que proporcionam excelente
tração e autolimpeza. Disponível nos aros 25 e
29 em 6 medidas
diferentes.
GT-4A: Criado
para equipar
caminhões articulados que
operam com
velocidade de
até 50 km/h.
Este pneu traz
dois compostos
especiais de borracha para aplicação em
operações de superfície e
também em minas subterrânea. Disponível no tamanho 29.5R25.
RM-4A+: Especialmente feito
para caminhões rígidos de grande
porte que operam com velocidade
de até 50 km/h. Esse produto entrega excelente tração, dirigibilidade, economia de combustível e
suporta cargas elevadas. Sua banda de rodagem leva um composto
especial para suportar as mais altas
temperaturas. Disponível no aro 49,
51, 57 e 63.
RT-4A+: Projetado para equipar caminhões rígidos de médio
e grande porte que operam com
velocidade de até 50 km/h. Desenvolvido com blocos agressivos que
proporcionam excelente tração,
durabilidade em qualquer tipo de
terreno. A banda de rodagem foi
construída com um composto especial que suporta altas temperaturas. Possui construção reforçada
que garante alta durabilidade e
recapabilidade da carcaça. Disponível no aro 33, 35 e 49.
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IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS
RECUO NAS VENDAS
Cenário da indústria de implementos rodoviários não aponta para sinais de
recuperação; segmento pesado registra queda de 10,55% e leve, de 6,06%.
A
s vendas de implementos
rodoviários no primeiro
semestre de 2014 ficaram
7,78% abaixo do registrado
no mesmo período de 2013. “Estamos
chegando à segunda metade do ano
sem perspectiva de qualquer melhora
no desempenho, mesmo com os incentivos em vigor postos à disposição
do mercado pelo governo federal”, afirma Alcides Braga, presidente da Anfir
(Associação Nacional dos Fabricantes
de Implementos Rodoviários). A consolidação da sequência de resultados
negativos somada ao cenário macroeconômico preocupa a indústria.
Segundo dados do IBGE, a produção industrial brasileira registrou em
maio queda de 0,6%, em relação ao
mês de abril, acumulando de janeiro
a maio retração de 1,6%. Os dados
fazem parte da Pesquisa Industrial
Mensal – Produção Física Brasil divulgada pela entidade. A pesquisa indica
que, em comparação com maio do
ano passado, a retração da indústria é
ainda maior: -3,2%.
A queda na produção pode ser
verificada também no consumo de
energia elétrica no Brasil. Em maio
houve crescimento de 1,5% graças ao
consumo residencial e do comércio
já que a indústria reduziu a demanda
em 4,3%. Essa redução foi causada
pela queda na produção em alguns
setores, como eletrointensivos e voltados ao mercado externo, segundo
a Empresa de Pesquisa Energética
(EPE). “O desaquecimento de algum
setor atinge diretamente os negócios
do setor de implementos rodoviários
e quando se verifica essa marcha len-
20
ta em diversos
segmentos
em
especial os de
maior peso industrial a indústria
de implementos
rodoviários sofre
em maior intensidade”, explica
Mario Rinaldi, diretor executivo
da Anfir.
O segmento
de reboques e semirreboques (pesado) apresentou
no primeiro semestre de 2014
vendas 10,55%
abaixo das apuradas no mesmo
período de 2013.
De janeiro a junho a indústria
vendeu
28.633
unidades contra
32.010 produtos
comercializados
no primeiro semestre de 2013.
No segmento
de carroceria sobre chassis (leve)
a retração foi de
6,06%. As vendas
de janeiro a junho
foram de 48.284
unidades, contra
51.398
produtos entregues no
mesmo período
de 2013.
EMPLACAMENTO DO SETOR - JANEIRO A JUNHO DE 2014
REBOQUES E SEMIRREBOQUES
FAMÍLIA
JAN/JUN. 2013 JAN/JUN. 2014
%
BASCULANTE
5.598
5.037
-10,02
PORTA CONTEINER
1.220
1.221
0,08
GRANELEIRO /
CARGA SECA
9.701
8.740
-9,91
CANAVIEIRO
2.480
2.242
-9,60
BAÚ CARGA GERAL
3.001
2.186
-27,16
CARREGA TUDO
999
812
-18,72
1.552
1.439
-7,28
ESPECIAL
852
877
2,93
TRANSPORTE DE TORAS
298
637
113,76
DOLLY
BAÚ FRIGORÍFICO
1.096
641
-41,51
BAÚ LONADO
1.908
1.441
-24,48
SILO
467
263
-43,68
2.087
2.400
15,00
TANQUE INOX
735
680
-7,48
TANQUE ALUMINIO
16
17
6,25
32.010
28.633
-10,55
TANQUE CARBONO
TOTAL
CARROCERIAS SOBRE CHASSIS
FAMÍLIA
JAN/JUN. 2013
JAN/JUN. 2014
%
GRANELEIRO /
CARGA SECA
15.936
12.964
-18,65
BAÚ ALUMÍNIO /
FRIGORÍFICO
20.039
16.372
-18,30
BAÚ LONADO
315
401
27,30
BASCULANTE
5.904
8.887
50,53
BETONEIRA
1.103
675
-38,80
TANQUE
2.190
3.010
37,44
OUTRAS / DIVERSAS
5.911
5.975
1,08
TOTAL
51.398
48.284
-6,06
TOTAL GERAL MERCADO INTERNO
IMPLEMENTOS
JAN/JUN. 2013
JAN/JUN. 2014
%
TOTAL
83.408
76.917
-7,78
MERCADO EXTERNO: EXPORTAÇÕES * (AC. ATÉ MAIO)
TOTAL EXPORTAÇÕES
1.987
1.640
-17,46
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ALIMENTOS
REDE PARA SEGURANÇA
ALIMENTAR
A
professora Maria Rita Marques de Oliveira, do Instituto de Biociências (IB)
da Unesp, campus de Botucatu, se reuniu com os representantes da presidência do Conselho
Sul-Americano de Ciência, Tecnologia e Inovação da União das Nações
Sul-Americanas para discutir as próximas iniciativas da Rede de Soberania e Segurança Alimentar.
Lançada oficialmente em maio
deste ano, a Rede SSAN Unasul é parte do Programa de Pesquisa, Extensão
e Ensino em Soberania e Segurança
Alimentar Nutricional Sustentável,
proposto pelo ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação do Brasil para
a Unasul. A professora de Botucatu,
como coordenadora do Núcleo de
Segurança Alimentar e Nutricional da
Unesp, foi escolhida como diretora
técnica do programa.
A rede é uma iniciativa que visa a
cooperação regional e integração dos
países preocupados em garantir a
qualidade dos alimentos e o abastecimento para populações em situação
de risco, inclusive risco de escassez
causada por desastres naturais.
A reunião ocorreu no consulado
do Equador, em São Paulo – uma vez
que o país andino tem a presidên-
implem alim opiniao e AP 2.indd 21
cia pro-tempore do
conselho –, e contou
com a presença de
seu
representante,
Diego Fernando Vega
Cevallos. Além do representante, também
estiveram presentes
o subsecretário de
Pesquisa Científica do
Equador, Jaime Felipe
Medina Sotomayor,
o coordenador de relações internacionais
do Equador, Vicente Benito Gil, e a
professora Thabata Koester Weber,
também professora do IB, da Unesp.
Por ser uma rede recém-criada, o
representante equatoriano destacou
que ainda é necessário deixar claro
aos demais membros da rede quais
serão as atividades previstas no programa. Nesse sentido, a solução proposta pela professora Maria Rita foi
a criação de uma página na internet
onde serão divulgadas essas atividades e que também permitirá ouvir
opiniões dos demais participantes da
rede. A página também apresentará o
trabalho que vem sendo realizado no
Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional da Unesp, que vai orientar as
ações da rede.
Foto: Divulgação
Professora da Unesp de Botucatu é coordenadora técnica do programa que envolve
países da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
A professora de Botucatu sugeriu
ainda a criação de uma revista de divulgação científica que trate do tema
da segurança alimentar e nutricional
e o desenvolvimento de programas
de TV que divulguem as ações da
SSAN nos países membros.
“A nossa reunião foi muito importante, tanto como meio de atualização
e esclarecimento de dúvidas, quanto
para estabelecer estratégias de divulgação do trabalho e aprovação do
estatuto do programa”, afirmou a professora Maria Rita. As propostas desta
reunião de trabalho serão submetidas
à aprovação dos ministros de Ciência
e Tecnologia dos países membros da
Unasul durante reunião que acontece
no dia 24 de julho, no Uruguai.
25/07/2014 21:51:27
Foto: www.freeimages.com
OPINIÃO
NOSSA AGROPECUÁRIA
MERECE MAIS
“Insisto que falta gerência, planejamento e projeto para o país. Não adianta tentar
atender a setor por setor, com desonerações e incentivos pontuais.”
Arnaldo Jardim*
A
té que o governo federal se
esforçou para cumprir o dever de casa. Mas não gerou
um voto de confiança da fatia rural brasileira na presidente Dilma.
Apesar de saudado comedidamente, o
Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15
(Plano de Safra), anunciado em 19 de
maio passado, não passou dos limites
de uma obrigação inalienável com o
agronegócio, responsável por 40% das
exportações brasileiras, 35% dos nossos empregos e 25% do PIB do País.
É um setor que não deveria ser tratado pelo governo federal com má
vontade ideológica e inadimplência
política como tem acontecido em várias oportunidades. Em quatro anos,
por exemplo, tivemos quatro ministros
da agricultura e este ministério tão fundamental é tratado como de “segunda
linha” e não tem poder real de influenciar na construção de políticas públicas,
na tomada de decisões econômicas. In-
22
felizmente! E só no ano passado, depois
de quase três administrações petistas
completas, a presidente se ocupou em
dar suporte estrutural e financeiro para
equacionar os problemas de armazenagem de grãos que deixa o Brasil refém
de vendas imediatas e impede a regulação de preços.
Além de aumentar todo ano a produção de grãos, garantir alimento na
mesa dos brasileiros, exportar US$ 100
bilhões/ano e gerar um saldo comercial
de US$ 83 bilhões o setor evita déficits
aflitivos na balança internacional do
nosso comércio. Agora está prevista
nova safra recorde estimada em 191,2
milhões de toneladas, distribuída por
56,4 milhões de hectares, em mais uma
demonstração do avanço de produtividade que o setor tem conquistado.
Por isso, para quem entende dos
negócios da terra, o anúncio do plano,
deveria ter mais feição de registro institucional do que de esplendor de comí-
cio. Especialmente por ter a presidente
se exposto a ler um texto dúbio – grafado com caligrafia da campanha atual
do seu partido – que atribui o início do
grande desenvolvimento da agricultura
brasileira ao primeiro dia de governança do presidente Lula.
O PAP se inicia no dia 1º de julho deste ano e vai até 30 de junho de 2015.
Mas o maior volume de recursos destinados ao plano não é muito diferente
do padrão das últimas safras: R$ 156,1
bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial, 14,7% mais que em
2013/14, quando foram liberados R$
136 bilhões, valor 18% superior ao de
2012/13. Reiteradas reivindicações por
créditos com menores juros e incremento de recursos para o crédito rural
(que só dará para assegurar 20% da
produção do País) não foram atendidas.
O aumento em um ponto porcentual
da taxa de juros no PAP custará ao setor
agropecuário R$ 890 milhões, segundo
Revista AgriMotor • Junho - Julho/2014
implem alim opiniao e AP 2.indd 22
25/07/2014 21:51:29
OPINIÃO
implem alim opiniao e AP 2.indd 23
a Melo
de outros custos para viabilizar o plantio.
Insisto que falta gerência, planejamento
e projeto para o país. Não adianta tentar
atender a setor por setor, com desonerações, incentivos pontuais. É preciso estabelecer políticas públicas além de um
plano anual de safra. Apesar de todas
as dificuldades, a agropecuária é o setor
que mais prosperou e que sustenta boa
parte do nosso desenvolvimento. Empresários e trabalhadores rurais, de qualquer porte, merecem minha admiração
e meu respeito pelo esforço e determinação com que tantas vezes têm levado
nas costas este nosso país gigante.
Lariss
Para continuar competitivo, bancando
parte importante das exportações nacionais com as commodities do campo,
o produtor brasileiro é desafiado todo
ano a reduzir seus custos. Boa parte desse sucesso tem base na criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, em 1973, cujos estudos
promoveram a espetacular ocupação do
cerrado, onde se concentram hoje 70%
da produção nacional de grãos.
Daí a necessidade de manter os investimentos em pesquisa e inovação
tecnológica, de buscar os “genéricos”
para a defesa animal, superar a dependência da importância de componentes para os fertilizantes, estruturar nosso
sistema de defesa e vigilância sanitária
e assim por diante.
Então, para o bem da verdade, não
foram Lula e Dilma que operaram o milagre da multiplicação da soja, do milho,
da cana-de-açúcar, do álcool combustível e dos bois brasileiros, que somados
ocupam o segundo maior rebanho bovino do mundo. Foi o trabalho de vários
governos e do brasileiro, sob diversos
climas – alguns muito adversos – e variadas circunstâncias.
No Brasil, a manutenção da atividade agrícola tem dependido do crédito
rural para financiamento de insumos e
Foto:
cálculos da Federação da Agricultura
do Rio Grande do Sul (Farsul). Outro
grave problema sequer foi mencionado, o da política de controle dos preços
da gasolina, que prejudica o segmento
sucroenergético.
O plano passou apertado pelo crivo do público especial que prestigiou,
na terça-feira, em Brasília (DF), a posse
da diretoria da Frente Parlamentar da
Agropecuária, da qual participo. Ninguém desconhece a necessidade do
apoio e planejamento governamentais
decorrentes da própria natureza da
produção agrícola, sujeita a eventos imprevisíveis como alterações climáticas.
Uma atividade de risco, essencial para
a manutenção da segurança alimentar
da população. Por isso a estranheza ao
constatar que o plano não aborda mudanças relevantes para a infraestrutura
de transporte, há muito tempo o principal gargalo do agronegócio brasileiro e
da sua competitividade.
Até os 1970, como já escrevi em outro
artigo, éramos importadores de alimentos. Nos últimos quarenta anos, segundo
o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 68% do crescimento da produção agrícola se relacionou à aplicação
de novas tecnologias, 9% ao aumento
da área de plantio e 2% à mão de obra.
*Arnaldo Jardim é deputado federal, membro da Frente Parlamentar da
Agropecuária e presidente da Frente
Parlamentar pela Valorização do Setor
Sucroenergético.
25/07/2014 21:51:32
OPINIÃO
PIB BRASIL: MAIS UMA
VEZ, O AGRO SALVANDO
A LAVOURA
O agro deve continuar sendo o setor mais competitivo da economia: mais de 20% do
PIB, 41% das exportações e de 25 a 30 milhões de pessoas trabalhando.
José Otavio Menten*
Foto: www.freeimages.com
24
ação
brasileira, representando mais de
20% do PIB (cerca de 1 trilhão de reais) e com 41% das exportações e 25
a 30 milhões de pessoas trabalhando
(cerca de 30% da população economicamente ativa). A produção de
grãos deve atingir 191 milhões de toneladas em 2014, mantendo taxa de
crescimento de 4% ao ano. A expectativa é de que, no próximo trimestre, o
agro mantenha a tendência crescente
devido ao término da colheita da safra de verão e inicio da colheita da segunda safra e de algodão.
Divulg
de transformação -0,8%, e o consumo das famílias -0,1%. Considerando
o acumulado dos últimos 12 meses,
o agro cresceu 4,8%, enquanto o PIB
total foi de 2,5%.
O bom desempenho do agro não
está sendo suficiente para evitar o
pífio crescimento do PIB do Brasil.
Considerando a variação no primeiro trimestre de 2014 em relação ao
primeiro trimestre de 2013, o PIB brasileiro cresceu 1,9%, abaixo da China (7,4%), Peru (4,8%), Coreia do Sul
(4,0%), Grã-Bretanha (3,1%), Japão
(3%), Chile (2,6%), Estados Unidos
(2,3%) e Alemanha (2,3%). O Brasil só
superou o México (1,8%), África do Sul
(1,6%), Portugal (1,2%), Rússia (0,9%),
França (0,8%), Espanha (0,6%) e Itália
(-0,5%).
As perspectivas não são animadoras para 2014. Certamente não será
repetido o resultado de crescimento
observado em 2013, de 2,5%, com o
agro crescendo 7,3%. Mesmo com a
estimativa do agro apresentar bom
desempenho em 2014, não será suficiente para evitar que a economia
brasileira cresça menos que seus principais competidores. O Brasil continuará a apresentar baixa eficiência e
capacidade produtiva.
O agro deve continuar sendo o
setor mais competitivo da economia
Foto:
O
PIB (soma de toda a renda
gerada no país) do primeiro trimestre de 2014 foi assunto de muita discussão.
Cresceu apenas 0,2% ante o trimestre anterior, trazendo preocupações,
devido, principalmente, a quedas no
consumo das famílias, da indústria e
dos investimentos. As previsões de
crescimento em 2014 estão sendo
revistas para baixo, variando entre
0,8 % e 1,9%, com mediana de 1,3%.
Trata-se de crescimento muito inferior
ao desejado e abaixo do previsto para
outros países, tanto desenvolvidos
como emergentes.
Mais uma vez, o agro impediu que
o crescimento do PIB brasileiro fosse
ainda mais desastroso. No primeiro trimestre, a agro cresceu 3,6% em
relação ao trimestre anterior, graças,
dentre outras, as safras de soja, arroz,
feijão e algodão. Outros setores positivos foram produção de eletricidade,
gás e água (1,4%), intermediação financeira, previdência complementar
(1,2%), atividades imobiliárias e aluguel (0,9%), transporte, armazenagem e correio (0,8%) e indústria extrativa mineral (0,5%). Os serviços, setor
de maior peso na economia, cresceram apenas 0,4%. A construção civil
apresentou queda de 2,3%, a taxa de
investimento foi de -2,1%, a indústria
Otavio
Menten,
presidente
**José
*J
éO
t i M
t
id
d
do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), vice-presidente
da Associação Brasileira de Educação
Agrícola Superior (Abeas), engenheiro-agrônomo, mestre e doutor em
agronomia, pós-doutorados em Manejo de Pragas e Biotecnologia, professor associado da USP/Esalq.
Revista AgriMotor • Junho - Julho/2014
SE
implem alim opiniao e AP 2.indd 24
25/07/2014 21:51:36
AGRICULTURA DE PRECISÃO
GERENCIAMENTO AGRÍCOLA PELA
INTERNET AO ALCANCE DE TODOS
Software que automatiza operações antes realizadas apenas por um consultor
especializado foi lançado em simpósio em Goiânia.
U
baseada na agricultura de
precisão, que engloba desde o manejo da fertilidade
do solo e mapas de produtividade, até previsão de safra
e planejamento agrícola, incluindo serviços como aplicação de herbicida em taxa
variável e imagens de biomassa. São diversos módulos para diferentes fases do
processo de gerenciamento
da lavoura.
O sistema foi desenvolvido pela
Apagri Consultoria Agrícola e é resultado de mais de uma década de experiência da empresa na área de agricultura de precisão. Com conhecimento
de todos os softwares disponíveis no
mercado brasileiro e usuária da maioria deles, a Apagri decidiu desenvolver uma plataforma para gerenciamento agrícola que solucionasse os
principais problemas que afetam a
produtividade e a fertilidade das culturas hoje no país e tornasse a tecnologia acessível a um número maior de
produtores rurais no Brasil.
Fotos: Divulgação
ma revolução no mercado
de agricultura de precisão
é o que promete um novo
software lançado durante o
Simpósio do Cerrado, de 16 a 18 de julho, em Goiânia. O InCeres AgSystem é
um sistema web desenvolvido no Brasil
de acordo com as condições de clima
e solo brasileiro, em português, e com
recursos avançados de SIG (Sistemas de
Informação Geográfica) automatizados.
A partir de agora, usuários atuais ou
novos que ainda não adotaram a tecnologia por conta dos custos, ganharão
autonomia através de um acesso direto ao seu banco de dados de grades,
análises, recomendações e arquivos de
aplicação, podendo alterar, editar, gerar
relatórios e criar novas recomendações.
O InCeres AgSystem é uma plataforma web para gerenciamento agrícola,
A LINHA COMPLETA
DE AGRICULTURA DE PRECISÃO
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Foto: Asscom/Appa
EXPORTAÇÕES
EXPORTAÇÕES DO
AGRONEGÓCIO EM ALTA
O agronegócio iniciou 2014 com avanço das exportações. No primeiro trimestre,
setor representou 45% do faturamento obtido com tudo que foi exportado pelo país.
S
egundo cálculos do Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/
USP, o faturamento das exportações do agronegócio em moeda nacional aumentou 9% no comparativo
do primeiro trimestre deste ano com
o mesmo período de 2013. O impulso
veio da combinação de desvalorização
cambial de 11% com aumento do volume exportado em pouco mais de 2%.
Em dólares, contudo, o faturamento
baixou 1,4%, já que os preços, também
em dólares, recuaram 4,8% no comparativo dos primeiros trimestres. Da
combinação entre valorização do real
e queda dos preços internacionais em
dólar resultou a elevação de 6% do índice de atratividade das vendas externas.
O volume exportado de soja mais
que dobrou no comparativo trimestral (101,27%); houve bons aumentos
também nas vendas de carne bovina
26
(21,92%), óleo de soja (20,79%), café
(10,5%), farelo de soja (12,20%), madeira (10,76%) e celulose (5,43%). As
exportações de etanol diminuíram
46,45% e as de açúcar, 8,71%. O volume de milho também baixou, 37,19%,
segundo os cálculos do Cepea.
Já os preços em dólar caíram para
quase todos os produtos, informam
os pesquisadores. As exceções foram
frutas, com aumento de 12,5%, e farelo de soja, com 0,93%. O preço médio do milho em dólar baixou 30,1%
no comparativo do primeiro trimestre
deste ano com o primeiro de 2013.
Com a ajuda do câmbio, no entanto,
carnes suína e bovina, suco de laranja,
soja em grão, etanol, celulose e madeira saíram do negativo quando se analisam os preços médios em reais. Note
que esse cálculo leva em conta a taxa
de câmbio efetiva real do agronegócio
(IC-Agro/Cepea), calculada pelo Cepea
com base nas moedas dos dez maiores
parceiros do Brasil no agronegócio.
Para os próximos meses, pesquisadores do Cepea esperam aumento nas
quantidades exportadas, principalmente dos produtos da soja. Quanto
aos preços de exportação, há incertezas. A equipe Cepea reitera que a demanda por alimentos deve continuar
firme mesmo com a redução no ritmo
de crescimento da economia chinesa,
principal parceiro comercial do Brasil.
Do lado da oferta, os pesquisadores
lembram que eventos climáticos já impactaram a safra brasileira no início de
2014, reduzindo a disponibilidade dos
produtos exportados e, que, nos Estados Unidos, a safra também pode ser
afetada por adversidades climáticas,
o que diminuiria a oferta mundial de
produtos agrícolas para este ano e poderia elevar os preços externos.
http://cepea.esalq.usp.br/macro/
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ESTATÍSTICAS
DADOS DO AGRONEGÓCIO
*Estimativa
PIB (Produto Interno Bruto) 2013: US$ 4,838 trilhões*
Crescimento do PIB em 2014: 1,8%*
Valor Bruto da Produção
agropecuária:
R$ 447,7 bilhões*
Produção de grãos safra
2013/2014:
193,87 milhões de toneladas (safra anterior: 188,7 milhões de toneladas)
Área cultivada:
56,82 milhões de hectares
Cana-de-açúcar (*Conab)
Safra 14/15:
Produção:
671,69 milhões de toneladas
Etanol:
28,37 bilhões de litros
Açúcar:
39,46 milhões de toneladas
Soja
Safra 2013/2014:
86,273 milhões de toneladas, produtividade média de 2.865 kg/hectare.
Milho
Safra 2013/2014:
78,2 milhões de toneladas, produtividade média de 4.966 kg/hectare.
Café
Safra 2014:
44,56 milhões de sacas (*Conab)
Veículos e Máquinas Agrícolas (Anfavea)
Produção de autoveículos:
3,34 milhões de unidades*
Janeiro a junho de 2014:
1,57 milhão unidades (-16,8% sobre as 1,88 milhão de igual período de 2013).
Produção de máquinas agrícolas: 87.000 unidades* (-13,3% sobre 2013)
Janeiro a junho de 2014:
40.407 máquinas (-16,5% ante igual período de 2013: 48.377 máquinas).
Implementos Rodoviários (Anfir)
2013:
177.876 unidades (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis), 10,89%
sobre as 160.414 unidades de 2012.
Janeiro a junho de 2014:
76.917 unidades (-7,78 sobre as 83.408 unidades produzidas de janeiro a junho de
2013).
exportação e estatísticas.indd 27
25/07/2014 21:53:14
SUSTENTABILIDADE
ECONOMIA DE DEFENSIVOS
Calibrar a aplicação é importante para evitar o desperdício e obter a máxima
eficiência na pulverização. Software Gotas, da Embrapa, é gratuito.
O
O problema de má aplicação ocorre
devido à falta de calibração dos pulverizadores ou por deriva e evaporação
de gotas. Calibrar a aplicação é importante para evitar o desperdício e obter
a máxima eficiência nessa atividade.
A técnica adequada também garante
maior segurança. Ela envolve desde a
seleção do alvo da aplicação, verificação
de padrão de deposição, regulagem do
pulverizador e o cálculo da quantidade
de agrotóxico a ser colocada no tanque
de pulverização. O agricultor também
deve observar as condições ambientais, como excesso de vento, previsão
de chuva, além de verificar os prazos de
carência dos produtos, respeitando os
intervalos entre a aplicação e a colheita.
COMO FUNCIONA
O processo é bastante simples. O
agricultor fixa cartões feitos de papel
sensível na parte alta, média e baixa das
plantas. Após a pulverização, os cartões
são recolhidos e digitalizados para uso
em computador ou fotografados para
processamento por celular ou tablet. As
gotas depositadas no cartão são então
medidas pelo software Gotas, que verifica a quantidade que atingiu o alvo.
Os produtores devem usar um
cartão sensível à água para alvo de
amostragem porque o programa tem
um sistema de correção de fator de
espalhamento específico.
O Gotas processa as imagens digitais dos cartões pulverizados, cal-
Foto: Eliana Lima
s prejuízos com a má aplicação dos agrotóxicos podem resultar em perdas dos
produtos da ordem de 40%,
afirma o pesquisador da Embrapa Meio
Ambiente (Jaguariúna, SP) Aldemir
Chaim. Para ajudar, a Embrapa criou o
Gotas, um software gratuito, que auxilia
a calibrar a deposição de pulverizações
dos produtos fitossanitários. Ele possibilita a análise da distribuição de gotas
no processo de pulverização e apresenta
parâmetros para que o agricultor decida
sobre a melhor combinação de bicos de
pulverização, consumo de calda, velocidade de aplicação, entre outros fatores,
que vão permitir aplicar adequadamente a deposição no alvo desejado.
28
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sustentabilidade 2.indd 28
25/07/2014 21:55:18
SUSTENTABILIDADE
culando parâmetros de deposição
de substâncias químicas. Entre eles
estão o número de gotas encontradas
na amostra; número de diâmetro de
gota; dispersão relativa, que é uma
medida de quão diferentes são as dimensões de gotículas de uma determinada pulverização; volume de calda da amostra em litros por hectare;
densidade de gotas, que representa o
número de gotas por centímetro quadrado; e porcentagem de cobertura
(relação entre a soma das áreas das
manchas e a área total da amostra).
O programa para uso em computadores conta com ferramenta para
recortar uma área da amostra e comando para salvar o experimento
em formato compatível para uso dos
resultados em planilhas de cálculo.
Além disso, possui comandos para salvar e recuperar o experimento inteiro,
sustentabilidade 2.indd 29
com todas as imagens das amostras
analisadas. Também foi desenvolvido
um aplicativo em versão mais simplificada para dispositivos móveis que
funcionam na plataforma Android.
Entre as várias funcionalidades,
é possível observar informações de
todas as manchas de gotas encontradas nas amostras e ainda eliminar
as amostras indesejadas. O software
inclui parâmetros de tamanho de gotas como diâmetro volumétrico 10%,
diâmetro volumétrico 50% e diâmetro volumétrico 90%.
Após obter a deposição adequada, é
necessário verificar o volume de calda
gasto para se colocar a dose correta de
agrotóxico no tanque do pulverizador.
COMO OBTER
As orientações sobre calibração de
pulverizadores estão na publicação
Manual de tecnologia de aplicação de
agrotóxicos, disponível para compra
na livraria da Embrapa. Há orientação gratuita disponível na Infoteca da
Embrapa, denominada Método para
calibração de pulverizadores utilizados
em videiras. A tecnologia Gotas pode
ser obtida pela internet, sem nenhum
custo. As duas versões, para PC e Android, estão disponíveis no repositório
da Rede AgroLivre, a Rede de Software Livre para a Agropecuária. No site, o
usuário tem acesso aos arquivos para
baixar em seu computador e também
na Play Store, a loja da Google onde
se encontra a versão para tablet e
smartphones chamada Gotas. Além
dos programas, também está disponível um manual de utilização, que
orienta sobre as especificações técnicas necessárias para o funcionamento
do software.
25/07/2014 21:55:20
Foto: www.freeimages.com
GESTÃO
O QUE PRECISAMOS PARA
SAIR DA RETRANCA
O primeiro passo é reduzir as despesas públicas, pois com o governo, em todas as
instâncias, gastando mal e muito, não temos como baixar os juros.
José Ricardo Roriz Coelho*
A
o contrário da Seleção Brasileira, que, apesar de não
fazer uma apresentação de
alto nível, jogou para frente
na estreia contra a Croácia na Copa do
Mundo, o nosso empresariado está na
retranca. A análise de fatos, dados, evidências, sensibilidade do mercado e
projeções da economia os tem forçado
a jogar na defesa. Tal atitude, porém,
não corresponde ao seu perfil empreendedor e ousado, mas evidencia as
dificuldades que têm reduzido a competitividade de nossa economia, em especial da indústria de transformação.
As estatísticas vão mostrando, a
cada mês, as dimensões dos problemas. Nos primeiros quatro meses
30
de 2014, por exemplo, a balança comercial dos transformados plásticos
teve saldo negativo de US$ 904,72
milhões. Ante números como esses,
que se repetem em distintos setores,
é importante analisarmos com mais
atenção os resultados de pesquisa da
Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp), realizada pelo
Departamento de Competitividade e
Tecnologia da entidade: pelo menos
um terço das indústrias brasileiras
não pretende fazer investimentos
este ano.
Trata-se do pior resultado do estudo nos últimos três anos. Dentre as
1.200 empresas consultadas em 2013,
mais de 80% iriam fazer algum tipo
de investimento. A mudança de tática
em 2014, com mais cuidados defensivos, expressa a percepção dos setores
produtivos de que a economia não
está oferecendo cenários que balizem
os riscos dos investimentos dentro de
padrões compatíveis com a normalidade do capitalismo. Por isso, a maioria está jogando na defesa.
Não é sem razão que tenho insistido na tese de que o Brasil precisa de
uma estratégia para iniciar um novo
ciclo de expansão. Sem investimentos, é impossível retomar níveis mais
elevados de crescimento do PIB. Necessitamos reagir. O primeiro passo
é reduzir as despesas públicas, pois
com o governo, em todas as instân-
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GESTÃO
gestão.indd 31
nossa economia. Por isso, precisamos
o quanto antes partir para o ataque!
Divulg
ação
Obviamente, não se pode falar
em competitividade sem lembrar as
agruras do custo Brasil (composto por
carga tributária, que incide inclusive
sobre investimentos, algo raro em
todo o planeta; burocracia, capital de
giro, energia/matéria-prima e infraestrutura/logística), somado à política
monetária na contramão da realidade
global. Tudo isso faz com que fabricar
no país seja pelo menos 34% mais
caro do que nas economias com as
quais concorremos.
Algumas vezes, fatores externos,
como ocorreu antes da crise de 2008,
contribuem para impulsionar as nações emergentes. Em cenários internacionais positivos, os problemas do
Brasil ficam mais latentes, mas acabam se manifestando com mais gravidade quando, como agora, a conjuntura global exige mais eficiência de
Foto:
cias, gastando mal e muito, não temos
como baixar os juros, e o alto preço do
dinheiro é inimigo do aporte de capital em empreendimentos produtivos.
Isso dificulta a obtenção de ganhos
de eficiência e produtividade e seus
reflexos positivos no equilíbrio entre
oferta e demanda, com produtos inovadores e de baixo custo.
Também é preciso racionalizar a
burocracia, que dificulta muito o trabalho das empresas. Não só emperra
e atrasa numerosos procedimentos,
como aumenta os custos. É importante, também, dinamizar programas
como as parcerias público-privadas
e realizar política monetária (juros
e câmbio) de estímulo à economia,
além da melhoria dos serviços públicos, pelos quais os brasileiros pagam
uma das mais altas cargas tributárias
do mundo.
*José Ricardo Roriz Coelho é
presidente da Associação Brasileira
da Indústria do Plástico (Abiplast) e
do Sindicato da Indústria de Material
Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast-SP), vice-presidente e diretor
do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp.
25/07/2014 21:56:19
CLIPPING
PAA PAGA R$ 9,1 MILHOES
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome pagou em maio R$
9,1 milhões a agricultores familiares que participam do
Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA), na modalidade de Compra com Doação
Simultânea. Foram mais de
8,6 mil famílias que venderam
sua produção, referentes a registros efetuados no sistema
de gestão do programa, pelas
prefeituras e governos estaduais, no período entre 17 de
abril e 15 de maio.
IC AGRO CAI
O Índice de Confiança do
Agronegócio, da Federação das
Indústrias do Estado de São
Paulo e Organização das Cooperativas Brasileiras, caiu dois
pontos no primeiro trimestre de
2014, em comparação ao último trimestre de 2013. Na escala
de 0 a 200, o IC Agro geral (que
abrange os segmentos “antes”
e “depois da porteira” mais o
“produtor agropecuário”) variou de 104,5 para 102,7 pontos,
demonstrando uma percepção
ainda mais cautelosa em todos
os elos da cadeia.
BIOTECNOLOGIA BENEFICIA
De acordo com estudo da
consultoria inglesa PG Economics, divulgado em maio, a biotecnologia agrícola, culturas
geneticamente modificadas,
racionalizou a utilização de defensivos químicos (1996-2012)
em 503.000 milhões de kg
(-8,8%). Isso equivale à quantidade total de ingredientes ativos aplicados a culturas aráveis
nos 27 estados membros da
União Europeia em quase dois
anos de cultivo.
CALCULANDO GEES
O Brasil será o primeiro país
do mundo no qual empresas e
produtores rurais poderão calcular suas emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE) e criar metas
de redução de forma confiável.
Dia 29 de maio, o World Resources Institute (WRI) lançou em São
Paulo o primeiro guia para cálculo de emissões na agropecuária.
Desenvolvida nos dois últimos
anos em parceria com Embrapa e
Unicamp, está sendo testado por
grandes empresas como Bunge,
JBS e AMaggi.
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ages
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ARIAR RECOLHE
Mais de oito toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram encaminhadas para a destinação correta por meio das
ações de recebimento itinerante que ocorreram no primeiro semestre em Borborema, Brotas, Nova Europa e São Carlos (SP). Promovidas
pela Associação das Revendas de Insumos Agrícolas de Araraquara
(Ariar), as ações consistem no recebimento temporário em locais próximos às propriedades rurais como forma de promover a devolução
destes resíduos.
32
CONTINENTAL INVESTE
A fabricante de pneus e componentes automotivos Continental está investindo R$ 60 milhões
em mais uma etapa de expansão
de sua fábrica de pneus localizada
no Polo Industrial de Camaçari, na
Bahia. O investimento é parte da
estratégia de crescer a operação
da linha de produção de pneus
para caminhões (CVT- Commercial Vehicle Tires), cuja produção
atual é de 550 mil e será elevada
para 772 mil pneus/ano até 2016.
MAIS GRÃOS
A produção de grãos no Brasil,
medida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
e divulgada dia 10 de junho,
deve chegar a 193,6 milhões de
toneladas. A estimativa é do 9º
Levantamento de Grãos da Safra
2013/2014 e representa um aumento de 2,6% ou o equivalente
a 4,9 milhões de toneladas acima
da safra passada que foi de 188,7
milhões de toneladas.
ADUBO EM DEBATE
Com a presença de importantes nomes das áreas do conhecimento econômico, infraestrutura, logística e agropecuária do
país, dentre outros, será realizado no dia 26 de agosto, em São
Paulo, o 4º Congresso Brasileiro
de Fertilizantes. Promovido pela
Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o encontro terá como tema central
Desafios e Oportunidades, que
resume bem o atual momento
vivido pelo setor.
Revista AgriMotor • Junho - Julho/2014
clipping.indd 32
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CLIPPING
MT E BIOTECNOLOGIA
Em 2014, o Brasil se consolidou
como a segunda maior área plantada com variedades transgênicas no mundo (40,3 milhões de
hectares), atrás apenas dos EUA
(70,2 milhões). Mato Grosso tem
11 milhões de hectares de área
cultivada com organismos geneticamente modificados (OGM), a
quarta maior do mundo, igual à
da Índia e superior à do Canadá
(10,8 milhões de ha) e da China
(4,2 milhões de ha).
BRT DE BOGOTÁ
A Volvo Bus Latin America
vendeu 155 ônibus para o Transmilênio, o BRT (Bus Rapid Transit)
de Bogotá, capital da Colômbia.
São 72 articulados e 83 biarticulados que vão ampliar a frota e
a capacidade de transporte do
Sistema Integrado de Transporte
Público (Sitp) da cidade. O valor
do negócio foi de U$ 28 milhões.
LIBRELATO, DE NOVO
A Librelato S.A. Implementos
Rodoviários recebeu pela quarta
vez, dia 24 de julho, em São Paulo,
o título Melhores do Setor Automotivo 2014 na categoria Produtor de Implementos Rodoviários
promovido pela AutoData.
Os jornalistas da AutoData Editora pontuaram os diferenciais
da Librelato: estar entre as maiores fabricantes de implementos,
investimentos em ampliação
e modernização das fábricas e
apresentação de produtos inovadores na Fenatran 2013.
FIM DO EMBARGO
A retirada do embargo chinês à carne bovina brasileira,
anunciada dia 17 de julho pelos
presidentes Dilma Rousseff e
Xi Jinping, é o resultado de um
intenso trabalho da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) ao lado do governo.
A China sustentou o embargo
desde dezembro de 2012, quando as autoridades sanitárias brasileiras identificaram um caso
atípico de encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca).
MENOS PNEUS
No primeiro semestre as vendas feitas pelos associados à Associação Nacional da Indústria
de Pneumáticos às montadoras
tiveram uma queda de 35,9%
no mês de junho e de 18% no
semestre (de 11,46 para 9,40 milhões), com o pico de -21,7% nos
pneus para veículos de passeio:
5,23 milhões ante 6,69 milhões
vendidos nos primeiros seis meses de 2013. Reflexo direto da
queda nas vendas de veículos.
DIA DO AGRICULTOR
O dia 28 de julho foi uma data
especial para o pequeno produtor rural de Araraquara e região.
A unidade regional do Sebrae-SP
e diversos parceiros realizaram o
Dia do Agricultor, que além da homenagem, foi uma oportunidade
para buscar informações atualizadas e orientações sobre mercado
rural. Evento realizado no Sest/
Senat, no Distrito Industrial, teve
missa sertaneja e “Dedo de prosa”.
PROJEÇÕES DATAGRO
Durante o 3º Ethanoland Sugar Summit – Brazil Day, em Londres, Plínio Nastari, presidente
da Datagro, apresentou as condições atuais da safra 2013/14 e as
estimativas para a safra 2014/15.
Mostrou que o setor tem passado por um terreno acidentado
tendo chegado a uma moagem
recorde de cana na safra 2010/11
de 620 milhões de toneladas. A
safra de 2013/14 chegou a 652,2
milhões de toneladas e 86,2 milhões de toneladas de açúcares
totais recuperáveis (ATR).
PAINEL SUPREMO
A Fockink traz para o mercado o que há de mais moderno em painéis para operação de pivôs de irrigação. A linha Supremo é a nova
geração de painéis desenvolvidos para tornar mais prático e moderno o dia a dia dos produtores rurais irrigantes. Os painéis Supremo
possuem tela de operação touch screen com software de operação
extremamente amigável, interativo e inteligente. Com todas as telas
em português, estes painéis contam com novas funções, aplicativos,
dispositivos de segurança e principalmente com a maior conectividade do mercado, tornando-o uma ferramenta modular preparada para
receber novas funções e periféricos conforme a necessidade detectada pelos gestores das propriedades.
Junho - Julho/2014 • Revista AgriMotor
clipping.indd 33
33
25/07/2014 21:45:59
OPINIÃO
ELEIÇÕES E AGRICULTURA
Onde estão as políticas públicas visando à manutenção do agronegócio, segmento
fundamental de nossa sociedade?
Ciro Antonio Rosolem*
A
que os preços internacionais de commodities agrícolas deverão cair nos
dois próximos anos. Até agora, crises
de preços baixos foram vencidas com
aumentos na produtividade, mas este
elástico está quase no limite. Não deve
ser mais esperado crescimento significativo nas produtividades, pois nossa
produtividade já é alta, cada vez mais
próxima do que o ambiente permite.
Grosseiramente, pode se dividir os
produtores rurais em três tamanhos. Os
pequenos (enquadrados normalmente
como agricultores familiares), os médios
e os grandes. Os pequenos, bem ou mal,
vêm sendo assistidos, muitas vezes sub-
sidiados por diversos programas governamentais especiais, dirigidos especialmente à agricultura familiar. Não quero
aqui discutir o uso de recursos públicos
em assentamentos que, muitas vezes, se
configuram como investimentos duvidosos. Os programas existem. Os grandes, por sua capacidade econômica e
gerencial, mais sua escala de produção,
têm conseguido produzir a custos muito competitivos. Existem problemas,
mas as grandes empresas têm recursos
para enfrentá-los. E os médios?
Os agricultores médios constituem
uma vasta legião, responsáveis por significativa parte da produção nacional.
Foto: www.tre-ms.jus.br/
pesar do aborrecimento pela
propaganda gratuita no rádio e TV, uma eleição, com a
possibilidade de mudança,
traz esperança. Uma chance de trocar
pessoas, pensamentos, objetivos, enfim, mudança de políticas públicas. A
agricultura brasileira precisa disso. E a
urgência vai muito além do problema
de logística, já bem conhecido. A agricultura tem, de muito, sido a âncora
econômica brasileira. Cresceu embalada por novas tecnologias, novos
investimentos, por vezes com preços
internacionais atrativos. Mas novos
tempos se avizinham. Foi divulgado
34
Revista AgriMotor • Junho - Julho/2014
visao ciro.indd 34
25/07/2014 21:43:30
OPINIÃO
visao ciro.indd 35
Eleições: tempo de discussão de
ideias e de mudar políticas. Quem
encampa a defesa do médio produtor
rural brasileiro?
Divulg
ação
arrendem suas terras para usinas? Outro exemplo: os pequenos ficaram desobrigados da área de reserva, no atual
Código Florestal, mas os médios foram
tratados como grandes, sem uma transição minimamente aceitável.
Nota-se um aumento no número
de grandes grupos, inclusive com empresas de capital aberto, atuando na
agricultura brasileira. Isso tem trazido
competitividade. Enquanto os preços
internacionais estiverem altos, há esperança para os médios agricultores,
mas isso deve mudar. Então, o que
será daqueles que estão sendo expulsos da atividade? É isso que queremos? De um lado grandes empresas
agrícolas, muito eficientes e de outro o agricultor familiar muitas vezes
subsidiado? No meio de um deserto?
Qual a consequência para a economia
da maioria dos municípios?
Foto:
Os agricultores médios vivem, trabalham, se divertem em sua cidade no interior. Compram na revenda da esquina, nas lojas de sua cidade, contratam
os profissionais do interior. Muito diferente das grandes empresas agrícolas.
Assim, em função de sua escala de produção, seu produto é mais caro. Sua
competitividade é menor no mercado.
Por isso a agricultura de médio porte
vem diminuindo de tamanho no Brasil. Em algumas regiões as cooperativas têm tido papel importantíssimo na
manutenção do médio agricultor. Mas,
onde estão os programas de governo?
Onde estão as políticas públicas visando à manutenção deste segmento
fundamental de nossa sociedade? Por
exemplo, o que acontecerá no estado
de São Paulo com os médios produtores de laranja expulsos da atividade
pelo greening? É desejável que todos
*Ciro Antonio Rosolem - Graduado
em Agronomia em 1973, mestre (1978)
e doutor (1979) em Agronomia-Solos e
Nutrição de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da
USP. Cientista Visitante da Universidade
da Califórnia, Davis, em 1984/85.
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Fotos: Divulgação
SOLENIDADE
RURAL É HOMENAGEADA
NA ALESP
Solenidade reuniu os presidentes das últimas duas décadas da entidade, além de
conselheiros e diretores.
O
s 95 anos da Sociedade
Rural Brasileira (SRB) foram
comemorados em sessão
solene da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizada no plenário Juscelino Kubitschek na manhã de 23 de maio.
Requerida pelo deputado Welson
Gasparini (PSDB), a solenidade reu-
36
niu os presidentes das últimas duas
décadas da entidade, além de conselheiros, diretores e representantes
do Sebrae, OCB e da Secretaria de
Agricultura de São Paulo. Na mesa
de trabalhos estava a secretária estadual da Agricultura e Abastecimento, Monika Bergamaschi, que já fez
parte do quadro diretivo da Rural,
representando o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin.
O presidente da
Rural, Gustavo Diniz
Junqueira, agradeceu
ao deputado Gasparini pela homenagem
e ressaltou a participação da entidade na
construção da agricultura brasileira, e
co n s e q u e n te m e n te
na trajetória contemporânea de São Paulo, e do país. “A Rural
trabalhou por políti-
cas públicas e modelos de gestão
e negócios voltados aos ganhos de
eficiência e produtividade de nossa agricultura. Sempre atuando por
convicção, nunca por conveniência”, declarou, acrescentando que
a SRB se constitui na entidade pensante da agricultura brasileira.
Junqueira também destacou a
pujança do agronegócio paulista.
“O agronegócio encontra aqui terreno fértil para crescer de modo
sustentável. Isso faz do interior do
estado, a região mais próspera do
país, com um dinamismo econômico e ascensão social que merecem
ser objeto de estudo para serem
replicados por todo o território nacional”, referendou.
Por fim, o presidente da Rural
relembrou o papel histórico da Assembleia Legislativa em favor do cidadão paulista e do brasileiro, e entregou o prêmio A Rural 2014 à casa,
que foi representada por Gasparini,
presidente da sessão especial.
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Fotos: Valterci Santos/ Expoforest
EVENTOS
PÚBLICO QUALIFICADO
A Feira Florestal Brasileira recebeu 25.107 visitantes, negociou mais de 152 milhões
de reais e teve 208 expositores.
A
Expoforest 2014, realizada
de 21 a 23 de maio, em Mogi
Guaçu-SP, bateu recordes
de visitação nos três dias do
evento. Ao todo, a Feira Florestal Brasileira recebeu um público 25.107 visitantes. Foram 9.352 profissionais no
primeiro, 11.112 no segundo e 4.643
no terceiro. Representantes de todos
estados do Brasil estiveram presentes
na Expoforest e dos seguintes países:
África do Sul, Alemanha, Argentina,
Áustria, Canadá, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Congo, Equador, Espanha,
EUA, Finlândia, Hungria, Índia, Itália, Japão, Paraguai, Peru,
Portugal, República
Checa, Senegal, Suécia, Suíça, Uruguai
e Venezuela.
Mais de 152 milhões de reais foram negociados em
máquinas e equipamentos. “Estes números comprovam
que a cada edição
a Expoforest se consolida como um
evento que propicia a realização
de bons negócios. Sem contar que
mostra a força e crescimento do setor de florestas plantadas”, avalia o
diretor de negócios da Expoforest,
Rafael A. Malinovski.
A Feira Florestal Brasileira contou com 208 expositores que apresentaram suas máquinas e equipamentos de forma dinâmica e
estática. “Novamente o público visitante pôde acompanhar os principais lançamentos do mercado
sendo operados in loco e observar
as vantagens de cada um”, destaca
Rafael Malinovski.
A próxima edição da Expoforest,
de acordo com a Malinovski Florestal, empresa organizadora da feira,
está programada para 2017.
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EVENTOS
FEIRA BATE RECORDE
Os setores que mais contribuíram para este resultado foram irrigação, drenagem,
aviação e automotivo. Mais de vinte aeronaves agrícolas foram vendidas.
A
10ª edição da Bahia Farm
Show surpreendeu em todos os sentidos. Contrariando uma tendência nacional
de baixos rendimentos nas feiras
agropecuárias do país em 2014, a
Bahia Farm Show, superou as expectativas ao atingir R$ 1,019 bilhão
em negócios realizados pelos 210
expositores presentes. A estimativa
foi feita pela coordenação da feira
com instituições financeiras e expositores, uma semana após o encerramento da edição comemorativa.
“No último dia da feira, verificamos, junto às instituições financeiras, um resultado parcial de R$ 840
milhões de reais em negócios. O
acompanhamento feito durante a
semana pós-feira nos traz o número histórico e emblemático para a
Bahia Farm Show de mais de um bilhão de reais”, comemorou Thiago
Pimenta, coordenador da feira.
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Os setores que mais contribuíram
para este resultado foram os de irrigação, drenagem, aviação e automotivo. Os fabricantes e representantes de aeronaves para utilização
agrícola venderam mais de vinte
unidades, totalizando um valor de
negócios para esse setor próximo
a 40 milhões de reais. As concessionárias de veículos de passeio e utilitários leves também tiveram um
desempenho satisfatório, chegando
a vender, no total, quase 400 veículos durante os cinco dias da feira.
“O desempenho das concessionárias e fabricantes de implementos e
máquinas agrícolas chegou a ser o
dobro do valor alcançado em 2013”,
informou Pimenta.
Com estes números, a feira se consolida nacionalmente como o melhor lugar para fazer bons negócios,
tanto para o expositor como para o
agricultor que encontrou produtos
com preços diferenciados e condições especiais de pagamento.
“Agradeço, imensamente, as seis
instituições financeiras presentes
na feira. Elas trouxeram seus presidentes e vice-presidentes, em uma
clara demonstração do reconhecimento da importância do setor
agrícola e de seu enorme potencial
de investimento, gerando emprego
e renda no Oeste da Bahia. Agradeço também aos Agricultores da
Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins
que fizeram este show acontecer
mais uma vez. Isso mostra que o
agricultor acredita em sua atividade e na região onde vive e produz”,
concluiu Júlio Cézar Busato, presidente da Bahia Farm Show.
Em 2015, a Bahia Farm Show será
realizada de 2 a 6 de junho e terá
novidades em infraestrutura, ampliação de área e novas metas a serem batidas.
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Foto:Divulgação
EVENTOS
TECNOLOGIA AVANÇADA
Com um público qualificado, M&T Peças e Serviços feira teve como destaque o Salão
da Tecnologia, que apresentou as inovações utilizadas no dia a dia de uma obra.
A
M&T Peças e Serviços – 2ª
Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração, realizada de 3 a 6
de junho, no centro de exposições
Imigrantes, em São Paulo, colocou
em evidência a importância do pósvenda de serviços, peças e componentes e, a tecnologia e gestão de
equipamentos para incrementar a
produtividade na construção e mineração brasileiras. Na edição deste
ano, a M&T Peças e Serviços inovou
criando o Salão de Tecnologia de
Equipamentos de Construção e Mineração, que comprovou o avançado nível de inovação utilizado por
construtoras brasileiras no cotidiano de uma obra e o desenvolvimento tecnológico de fabricantes e fornecedores para o aprimoramento e
criação de novos produtos, com reais ganhos de produtividade.
Com a participação de 239 expositores nacionais e internacionais
representando 266 marcas, a feira
destacou os investimentos realizados pelos fabricantes de equipamentos e fornecedores de peças
e componentes para garantir um
atendimento eficiente e rápido,
além do desenvolvimento de novas
soluções ainda mais completas de
gerenciamento- e monitoramento
de frotas. A feira atraiu um público
de 12.959 profissionais altamente
qualificados, incluindo empresários, gestores, decisores de compra,
engenheiros e técnicos do setor.
“A realização da M&T Peças e Serviços está alinhada com o momento
vivido pela construção e mineração
brasileiras, no qual uma das principais preocupações é manter os
equipamentos funcionando com
eficiência, uma vez que máquina parada representa prejuízo e atrasos”,
explica Afonso Mamede, presidente
da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e
Mineração, idealizadora, organizadora e promotora da feira.
www.mtps.org.br
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CORNACCHIONI É O NOVO DIRETOR
EXECUTIVO DA ABAG
BORTOLOZZO, NOVO PRESIDENTE
INSTITUCIONAL DA ABRAMILHO
A Associação Brasileira do
Agronegócio (Abag) acaba de
contratar o executivo Luiz Cornacchioni como seu mais novo
diretor executivo. Formado em
agronomia pela Esalq – Escola
Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz, da USP, Cornacchioni
possui MBA na Kellogg School
nos Estados Unidos e trabalhou
nos últimos 27 anos em empresas nas áreas de
papel e celulose, florestas plantadas e sucroalcooleiro. O principal objetivo da Abag com a
nova contratação é aproveitar a vasta experiência do executivo para aprofundar ainda mais
sua filosofia de disseminar e valorizar o conceito de cadeia produtiva. Antes de entrar para a
Abag, Cornacchioni exercia a função de diretor
executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf ). Ele também
foi diretor da Terracal Alimentos e Bioenergia e
da Suzano Papel e Celulose.
A Associação Brasileira dos
Produtores de Milho (Abramilho)
anunciou o produtor paulista Sérgio Bortolozzo como o novo presidente institucional da entidade.
Bortolozzo é produtor de perfil
arrojado, que o levou a desbravar
terras no estado do Piauí para a
produção de milho, soja e algodão.
O ex-ministro Alysson Paulinelli
segue como presidente-executivo da associação.
Segundo o novo presidente institucional, a prioridade da gestão será a finalização do Plano de Reestruturação da Cadeia Produtiva do Milho, trabalho
que já está em desenvolvimento sob a liderança de
Paulinelli. “Queremos que o Brasil seja conhecido
como o maior player do setor”, afirma Bortolozzo.
“Acreditamos que em dez anos nossa produção de
milho chegue a 150 milhões de toneladas. Hoje já
temos produção até de terceira safra. A concretização deste plano depende da articulação dos setores
público, privado e claro, dos produtores”, completa.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
BUSINESS WORLD
ivulgaç
Foto: D
ão
VW TEM NOVO VICE-PRESIDENTE DE VENDAS E MARKETING
40
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Ralf Berckhan, anteriormente managing director do Grupo Volkswagen da Polônia, será
o novo
n
vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, sucedendo Jutta
Dierks,
que se aposenta.
Di
Berckhan é administrador de empresas e ingressou no Grupo em 1987. Após seu início
na
n Controladoria de Vendas em Wolfsburg, foi transferido na mesma função em 1990 para
a Volkswagen do México e em 1991 para a Škoda, na República Tcheca. Em 1994 tornou-se
responsável por marketing na SEAT, Espanha. Em 1999, assumiu a área de marketing e gerenciamento da marca na Audi AG, Alemanha. Em 2001, retornou à Škoda com a responsabilidade por Vendas da Europa Ocidental e Mercados Internacionais. Em 2004, tornouse
s responsável por estratégia de vendas e marketing na Volkswagen do México, para, em
2007, acumular também as atividades de Vendas e Assistência Técnica. Ainda no México, tornou-se
Membro do Board para vendas e marketing em 2009. A partir de 2011, assumiu a responsabilidade
pela criação da Sales National Company da Volkswagen Polônia, sendo Managing Director, do Grupo
Volkswagen na Polônia desde 2012.
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BUSINESS WORLD
Foto: Divulgação
A Case IH recebeu,
dia 16 de julho, o prêmio Top of Mind por
ser a marca mais lembrada do agronegócio
brasileiro, na categoria
Colhedoras de Cana,
pela sétima vez consecutiva. A pesquisa é realizada pela Revista
Rural há 17 anos. Além de Colhedoras de
Cana, o prêmio é composto por outras 45
categorias, que vão desde o segmento de
saúde animal até máquinas agrícolas.
Para Everton Fim, especialista em marketing da Case IH, “o resultado obtido
através dos votos espontâneos representa o reconhecimento do público, que avaliou a força da marca em cada segmento.
Esta é uma conquista de todos os envolvidos, desde a engenharia até o serviço
de pós-vendas e assistência no campo. É
a união dos melhores profissionais com
a melhor tecnologia do mercado que fazem da Case IH a marca mais lembrada”.
AGRALE RECEBE PRÊMIO ESARH 2014
A Agrale, uma das principais
montadoras nacionais, recebeu o
Prêmio ESARH 2014, na categoria
Gestão de Pessoas, com o case Programa de Educação Financeira.
De acordo com Paulo Ricardo
dos Santos, gerente de Recursos
Humanos da Agrale, o Programa
de Educação Financeira proporciona orientação para os profissionais da empresa que apresentam dificuldades em administrar suas finanças. “Estamos muito honrados com este
reconhecimento, principalmente por termos atingido 93%
da nota máxima. A Agrale investe na qualificação e educação
das pessoas e da comunidade com programas educacionais
e de capacitação. O objetivo é focar em orientações que contribuam com o desenvolvimento de uma cultura de controle
de gastos individuais e familiares”, explica o executivo.
O Educação Financeira faz parte do Programa de Responsabilidade Social da Agrale que, desde 2004, realiza ações
em prol de seus profissionais e familiares. A empresa oferece
ações educativas e preventivas que ajudam na organização,
estímulo e desenvolvimento do hábito de planejar e criar
metas para o futuro.
Realizada pela ABRH Serrana (Associação Serrana de
Recursos Humanos), a premiação aconteceu dia 20 de
maio, em Gramado (RS).
Foto: Divulgação
CASE IH RECEBE PRÊMIO TOP
OF MIND PELA SÉTIMA VEZ
Foto: Divulgação
AGCO E SENAI LANÇAM ESCOLA MÓVEL DE MANUTENÇÃO DE TRATORES
Visando diminuir o percurso entre os produtores e o conhecimento, a
AGCO – detentora de marcas como Massey Ferguson e Valtra – e o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo (Senai-SP) lançaram a
Escola Móvel de Manutenção de Tratores, dia 23 de maio, em Araras (SP).
A oficina itinerante é montada dentro de uma carreta customizada para
servir de sala de aula para a realização de palestras e cursos completos
sobre a parte técnica e operacional das linhas de tratores Massey Ferguson e Valtra. A Escola Móvel de Manutenção de Tratores é equipada com
motores AGCO Power e componentes de mecânica, elétrica, e hidráulica,
sendo projetada especialmente para percorrer as agroindústrias, podendo também ser utilizada em
módulos, de acordo com o tipo de treinamento necessário para cada cliente. Ela está dividida em
dois ambientes, sendo uma sala de aula com capacidade para 15 alunos e um laboratório didático.
A solicitação da unidade móvel de treinamento pode ser feita de duas maneiras: diretamente com
o Senai-SP ou na secretaria da AGCO Academy, onde há um canal para atendimento ao cliente.
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Business World
CAMINHOS DA CANA: RUMOS PARA O SETOR SUCROENERGÉTICO
Com breves textos sobre negócios, planejamento e política, o livro Caminhos da Cana
traz opiniões de Marcos Fava Neves, professor da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade de Ribeirão Preto. É uma linha do tempo, que se inicia em 1997, quando
foi escrito o primeiro texto em apologia ao então Proálcool, chegando ao mais atual, que
mostra o tamanho da cadeia produtiva na safra 2013/14. Fava Neves errou, mas também
antecipou muita coisa que aconteceu e, principalmente, esteve sempre presente na luta
pelo setor, não se omitindo com os erros sequenciais cometidos nestes quase vinte anos.
A obra apresenta os caminhos para a cana no Brasil, e o que deve ser feito para recuperar a competividade nas agendas pública e privada, para que o país possa voltar a
ter o etanol como majoritário no consumo de combustíveis e dominar cada vez mais o
mercado mundial de açúcar, além da bioeletricidade e outros produtos.
Para atingir amplo público em todo o Brasil, o livro é gratuito e está à disposição de todos na web. Edições
impressas serão feitas sob demanda de empresas e organizações, a um custo estimado de R$ 7 por cópia.
O livro pode ser baixado de: http://bit.ly/caminhoscana
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Dagan Ind. e Com. de Produtos Siderúrgicos Ltda. . ................................................................................... 07
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Grips Editora........................................................................................................................................... 3a capa
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K Parts Indústria e Comércio de Peças Ltda. ................................................................................................ 29
Kashima Com., Imp. e Exp. de Auto Peças Ltda. .......................................................................................... 21
Mallas'Car Ind. e Com. de Autopeças Ltda. .................................................................................................. 17
Mercedes-Benz do Brasil Ltda. . ............................................................................................................ 12 e 13
Microgear Indústria de Peças Ltda. .............................................................................................................. 23
Nekarth Ind. e Com. de Peças e Máquinas Ltda. . ........................................................................................ 11
Valmont Indústria e Comércio Ltda. . ................................................................................................... 4a capa
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