Carmen Fridman Sirotsky Ferrovias apresentam ganhos sociais e econômicos para o país 1957 Carmen Fridman Sirotsky sempre gostou de ciências exatas e Graduada em Engenharia Civil, em 1957, esse foi um dos motivos que a levou a escolher o curso de Engenharia. “Poucas eram as opções à época. Como me sentia atraída pelas ciências ditas exatas, como matemática e também física, física e a Engenharia envolvia para mim um sentido de construção, muito forte quando se é jovem, me decidi aos 17 anos pela carreira”, conta. O início da profissão foi como calculista nos escritórios do professor Aderson Moreira da Rocha. Depois passou por grandes empresas como a Shell do Brasil e atualmente é sócia diretora da Sirotsky Empreendimentos, atuando como consultora na área de Infraestrutura de Transportes. Boa parte de sua trajetória profissional foi dedicada à área ferroviária. O interesse “era ra para um trabalho junto a Central do Brasil. Isso despertou espertou minha atenção e curiosidade para o caos dos serviços suburbanos, que eram interligados ao serviço de carga. Minha primeira tarefa foi fazer a separação física e operacional desses serviços, totalmente distintos, sendo então criada a EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos)”, lembra a engenheira, que foi a primeira rimeira mulher no Brasil a exercer a direção em empresas ferroviárias no Brasil. Brasil Na Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), (RFFSA Carmen Sirotsky foi diretora de Patrimônio e diretora de Engenharia, entre outros cargos. cargos Também atuou como Conselheira onselheira no Conselho de Administração de várias empresas, entre elas Armazéns Gerais Ferroviários (Agef), Trens Suburbanos do Estado do Rio Grande do Sul (Trensurb) e Companhia de Trens Urbanos (CBTU). Foi representante da Rede Ferroviária ria Federal junto ao Banco Mundial. Mundial E é com a autoridade de quem conhece bem o transporte público que ela lamenta a pequena participação ferroviária nos modais de transporte. transporte “A participação do transporte ferroviário se limita a 19,5%, contra 65% de rodovias considerando as vias utilizadas para o transporte de carga”, ”, diz, ressaltando que essa foi uma opção dos governos do país. “A partir da criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), os governos sucessivos fizeram a opção pelo transporte rodoviário, apesar das dimensões geográficas de nosso país. Embora a implantação da infraestrutura ferroviária e o material rodante sejam mais onerosos, os ganhos sociais e econômicos são incomparavelmente superiores. Para grandes massas a grandes distâncias não há como prescindir do transporte ferroviário. A situação atual de nossas nossa rodovias, o estrangulamento das exportações e o caos no transporte urbano são demonstrações ções do nosso equívoco histórico”, lembra a especialista, que fez diversos cursos no Brasil e no exterior. Entre eles: Construção de Estradas; Mecânica dos Solos; Pontes e Grandes Estruturas; Engenharia Econômica; Finanças; Business Administratin (University of California); Transportes; Análise e Implantação de Projetos.. Entre outras condecorações, Carmen Sirotsky recebeu a Medalha do Mérito Ferroviário e a Medalha a Paulo de Frontin.