O ANIMADOR
1
PARTE UM
determinados desportos ou jogos, a
dirigirem os treinos, a organizarem
provas,
competições,
formarem
equipas, aconselhar o equipamento
e a alimentação, marcarem horários
e programas, arbitrando, registando
marcas,
etc..
Quase
sempre
anónimo, o seu trabalho é muito
positivo nas comunidades.
Uma outra definição que
podemos
destacar
são:
os
animadores de colónias de férias,
com a responsabilidade por grupos
de crianças ou adolescentes, a
vigiarem,
dirigirem
as
suas
actividades (programadas), bem
como ocuparem todos os tempos
livres.
Todas estas definições têm
como
objectivo
sensibilizar
os
nossos escoteiros para o importante
papel que tem o Animador de
bando, patrulha ou equipa.
Definições...
Quando
pensamos
em
animador vem-nos à ideia aquele
que anima algo (locais, pessoas,
acontecimentos, etc.). O que nos diz
o dicionário? Que é quem tem alma,
vida, que é um ser animado,
corajoso, esperançado e que possui
animação e esta revela-se pela sua
vivacidade
e
entusiasmo.
Resumindo, podemos dizer que é o
que
estimula
espiritualmente,
socialmente...
E que nos diz a enciclopédia?
Que
é
um
técnico
de
desenvolvimento comunitário, que
procura a participação das pessoas
através da realização de actos
culturais ou similares. O Animador
tem como função promover e
desenvolver, fora do quadro escolar,
actividades
com
finalidades
educativas (recreativas, culturais ou
desportivas). Estas actividades, que
têm como objectivo uma educação
global e permanente, podem dirigirse a grupos especiais ou ser abertas
a toda a comunidade.
Todos vemos na televisão o
trabalho dos animadores do público,
guiando a assistência nos programas
a fazerem gestos, aplaudindo e
gritando ou revelando as reacções
mais convenientes para aquele
determinado
momento.
São
profissionais e o seu trabalho é
muito meritório.
Igualmente, também vamos
encontrar animadores desportivos,
em relvados, alamedas, ringues de
patinagem, areais e outros locais, a
orientarem
os
jovens
em
Animador é…
o guardião das tradições da
patrulha/equipa
e
tem
como
principais atribuições: coordenar as
cerimónias e rituais; preparar os
novos elementos da patrulha/equipa
para estas cerimónias; transmitir o
historial
da
patrulha/equipa;
coordenar
a
encenação
das
actividades
da
patrulha/equipa;
planificar e coordenar o protocolo da
patrulha/equipa.
É ainda o responsável pela
animação dos fogos de conselho,
convívios, vigílias, celebrações e
outras festas. Selecciona e prepara
os diferentes tipos de animação,
bem como os textos, as músicas e
os
equipamentos
audiovisuais.
Mantém actualizado o repertório
2
cénico da patrulha/equipa, bem
como o guarda-roupa necessário à
sua execução. É o encenador e o
ensaiador da patrulha/equipa por
excelência.
encontrar a pista ou o azimute
exacto, quando se sente que o
caminho não está certo e o
desânimo aproxima-se...
•
Animador é aquele... que leva
uma música gravada, muito
especial, para os momentos de
reflexão ou de partilha, para
ajudar a criar um "ambiente"
favorável ao recolhimento e à
interiorização...
•
Animador é aquele... que
sonha com o teatro, com a
declamação de poesia, com a
música, com os seus intérpretes
e as suas bandas, com os
espectáculos,
com
as
variedades…
•
Animador é aquele... que
constrói e brinca com fantoches e
marionetas,
manipula
as
personagens, imita os mimos
(aqueles que reproduzem gestos
e tiques), faz sombras chinesas,
constrói gigantones, utiliza a
dramatização...
•
Animador é aquele... que gosta
de ajudar os companheiros na
maquilhagem
ou
na
caracterização, improvisa guardaroupa e os adereços, cuida da
iluminação
e
do
som
dos
espectáculos, ensaia e gosta de
encenar...
•
Animador é aquele... que
anima e dirige os fogos de
conselho, prepara o local, recolhe
as actuações e organiza o
programa, conduz o ritmo do
Parte dois
Perante as definições descritas
no capítulo anterior, podemos agora
referir que o oposto de animador é o
desanimador, isto é, aquele que
anda
permanentemente
triste,
deprimido,
aborrecido,
melancólico... e infeliz, e à sua volta
só pode espalhar um "clima"
pessimista. Ora o Animador é
exactamente o contrário, porque é
alegre, bem disposto, simpático,
sabe agir no momento próprio e à
sua volta ajuda a criar um "clima"
optimista. Podemos assim dizer que:
•
•
Animador é aquele... que nos
piores
momentos
assobia,
arranca com uma cantiga, dedilha
uns acordes na viola ou uns sons
na flauta, promove um jogo
divertido na altura certa, conta
uma anedota, narra uma piada,
faz um truque de ilusionismo...
Animador é aquele... que nas
pausas
dos
acampamentos,
aproveita esses momentos para
incentivar os seus companheiros,
quer seja para obterem uma boa
pontuação,
quer
seja
para
vencerem um duro obstáculo,
3
fogo
até
oração...
ao
momento
de
•
Animador é aquele... que
inventa
gritos,
aclamações,
danças, gestos, hinos e marchas,
praxes... fazendo reviver as
tradições escotistas da unidade
ou da história do grupo...
•
Animador é aquele... que num
mau momento colectivo tem uma
atenção especial com os seus
companheiros,
oferecendo-lhes
um
pedaço
de
chocolate,
bombons,
gomas,
pastilhas,
rebuçados... de forma a ajudar a
quebrar
aquele
momento
ocasional e partirem para outra…
com
outra
disposição,
mais
doce...
•
Animador é aquele... que imita
artistas ou figuras públicas mais
notáveis, imita as vozes dos
animais e o piar das aves, imita
diversos sons e ruídos...
•
Animador é aquele... que gosta
de comédias, arraiais, festas
populares... e não se limita ao
papel de mero espectador, mas
pelo contrário procura participar
e ser útil, ajudar no que for
possível, mesmo que isso não lhe
seja pedido...
•
•
Animador é aquele... que está
atento aos jornais, revistas,
notícias e outras formas de
comunicação, para recolha de
notas,
recortes,
etc.,
que
posteriormente
possam
ser
aproveitados
com
vantagem
pelos seus companheiros...
•
Animador é aquele...
Não se assustem com tantas ideias
mencionadas, nem pensem que é
um cargo para o "Super-Homem" ou
"Super-Mulher"ou qualquer outro
Super-Herói; estamos a abordar
uma função para um escoteiro bem
disposto,
alegre,
um
bom
companheiro, que procura com o
seu esforço obter o bom rendimento
do seu pequeno grupo. Se o
conseguires
parabéns,
senão,
continua a tentar. Lembra-te do 8º
artigo da Lei do Escoteiro que nos
pede: "para assobiar perante as
dificuldades.
PARTE TRÊS
Os cognomes...
Animador é aquele... que
compra os bilhetes para o
cinema,
teatro,
concertos,
exposições,
visitas,
festivais,
torneios desportivos ou qualquer
outro tipo de espectáculo...
Consoante
os
seus
dons
pessoais, são várias as facetas
assumidas pelo Animador. Estas
dependem sempre das situações.
Aqui deixamos algumas:
4
"O mágico da cartola"
É o escoteiro que deseja ser
um ás da magia; para isso deve
fazer três coisas: desenvolver ao
máximo a imaginação, desenvolver
ao máximo a habilidade manual e
praticar, praticar, praticar. E é
praticando que ele consegue ficar
com "as mãos mais rápidas que a
vista", e é pondo a cabeça a
funcionar que ele desenvolve a
imaginação.
Entre um número e outro de
ilusionismo e/ou magia por exemplo,
ele deve demonstrar a sua destreza
ao manipular um baralho de cartas,
argolas, caixas com lenços... e é aí
que os seus companheiros vão
poder ver que ele é mesmo um
mágico, e não apenas simplesmente
alguém que decorou uns truques. O
"artista"
vai
necessitar
da
colaboração de alguns elementos,
quer
seja
para
servir
de
apresentador,
quer
seja
como
assistente.
Nestas
coisas
de
ilusionismo o segredo é a alma do
negócio.
rendas, material de caracterização,
cabeleiras,
barbas
e
bigodes,
agulhas, alfinetes, linhas, bolas,
bandeirolas, espias, giz, redes...
"O guardião dos sucessos"
Outro dos cognomes que um
Animador pode receber é de "o
guardião dos sucessos". Porquê?
Porque
ele
é
um
elemento
preocupado com o passado do
Escotismo e por isso procura, junto
de antigos elementos, reunir no seu
caderno de animação, histórias,
factos, acontecimentos já vividos e
merecedores de serem contados ou
apresentados
num
momento
oportuno ou num futuro próximo.
Por estas razões ao efectuar a
pesquisa sobre estes temas, poderá
colocar
assim
as
seguintes
interrogações:
"O mestre dos jogos"
E outro sobrenome que o
Animador pode receber. Jogando
com alegria, com certo mistério e
intimidade à mistura, o jogo
alcançará sem dúvida êxito. Os
jogadores estão sempre à espera de
novidades. Por isso o "mestre"
organiza pequenos jogos durante as
reuniões e nos chamados tempos
mortos.
Igualmente
gosta
de
colaborar
na
organização
dos
grandes jogos. Pode também ter a
seu cargo a "arca do tesouro", onde
se
guardam
panos,
cartolinas,
•
Quais
foram
as
melhores
actuações que viu em fogos de
conselho?
•
Quais os números que mais
apreciou no Jamboree? E no
Nacional?
•
Qual o maior êxito que a sua
Divisão apresentou?
•
Que equipamentos utilizaram?
•
.Etc., etc…
Depois
vêem
os
apontamentos, os desenhos, as
informações que vão enriquecendo o
teu património (caderno).
5
É com base nestas notas que
podes melhorar o nível de actuação
da tua patrulha, nos próximos fogos
de conselho ou festas de Escoteiros.
Muitas
vezes
verificam-se
actuações muito fracas, mesmo de
baixo nível, repetitivas, com uso de
uma
linguagem
imprópria
de
Escoteiros, etc. Por isso, tudo o que
Animador possa fazer para corrigir
essas situações será positivo, tanto
para quem participa como para
quem
assiste
(pais,
antigos
escoteiros, amigos, proprietários das
quintas, populações...).
Bem haja pois "o guardião dos
sucessos".
as festas com as suas trovas
(composições líricas, ligeiras e de
carácter mais ou menos popular).
Ele é um jogral porque a sua poesia
revela um gosto refinado pelas
cantigas (algumas muito críticas
mas com um forte sentido de
humor). Um dos mais destacados
trovadores foi o nosso rei D. Dinis. O
Animador
deverá
usar
essas
faculdades nos fogos de conselho ou
festas de Escoteiros, funcionando
como "o menestrel", arauto da sua
patrulha e quem sabe mais tarde do
próprio Grupo. Nos dias de hoje
pode-se chamar "a alma da festa".
"O senhor... alegrete"
É como também chamam em
muitos lados ao Animador. E é muito
bom ser chamado assim.
"O
agitador
dos
molengões"
Esta alcunha é-lhe atribuída
quando procura evitar que alguém
do seu pequeno grupo se encontre
amorfo,
estático,
desanimado,
apagado.
Para isso, recorre a todas as
suas capacidades para alterar esta
situação.
Normalmente tem um grande
aliado (interessado nesta tarefa),
que é o seu guia e/ou chefe de
equipa. Por isso os primeiros
responsáveis dos pequenos grupos o
admiram e o auxiliam. Juntos
procuram acordar para a acção os
mais adormecidos e por isso lhe
chamam muitas vezes "o agitador
dos molengões" (no bom sentido).
PARTE QUATRO
Esquema de progresso...
•
•
•
"O menestrel"
Também o podem chamar
assim. Esta figura medieval era
conhecida como o poeta lírico, o
trovador, o músico que encantava
•
•
•
6
Lobitos
Saber algumas canções usadas
na Alcateia...
Saber alguns gritos de animação
e aplauso
Construir um instrumento musical
simples
Participar com o seu bando em
jogos...
Praticar
diversos
jogos
tradicionais...
Contar uma história ou lenda...
•
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•
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•
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•
•
Ler
episódios
em
banda
desenhada...
Executar um disfarce...
Interpretar uma personagem técnica mímica...
Cantar canções Escotistas
Executar algumas danças dos
Lobitos
Ajudar
a
organizar
provas
desportivas...
Dirigir
sessões
de
ginástica
matinal
Representar com o bando um
número de mímica
Fazer uma representação com o
bando
Coordenar um sketch simples
Compor uma quadra adaptada a
música conhecida...
Preparar
com
Àquêlà
um
número...
Animar um momento da reunião
•
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•
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•
•
•
•
•
•
Escoteiros juniores
Conhecer
várias
técnicas
(instrumentos
musicais,
fantoches, máscaras)
Conhecer gritos de animação e
agradecimento
Cantar cinco canções Escoteiras
Participar
activamente
em
reuniões, actividades...
Actuar numa peça de fogo de
conselho
Utilizar expressão corporal num
convívio...
Organizar e animar uma manhã
desportiva...
Cooperar na animação de uma
oficina (atelier) de expressão
Elaborar uma peça tipo fogo de
conselho...
Animar a patrulha em actividades
de exterior
•
•
•
•
•
•
•
•
•
7
Criar e animar um momento de
oração
Escoteiros Seniores
Conhecer técnicas de sombras
chinesas
Aplicar caracterização facial
Executar traje para teatralização
Fazer parte de um coro...
Organizar e realizar torneio
desportivo
Animar ginástica matinal
Animar oficina sobre história da
ONU
Participar/animar projecto social
ou cultural
Preparar "sketch" para fogo de
conselho/convívio...
Conceber um audiovisual...
Animar uma acção de serviço...
Ajudar a preparar tempo de
animação da fé
Animar tempo de oração e
reflexão...
Caminheiros
Participar num curso de animação
de grupos...
Fazer a animação de um fogo de
conselho
Executar
uma
caracterização
pessoal...
Animar
acções
informais
/
formativas / sensibilização...
Animar sessões de preparação
física...
Animar oficinas (atelier)...
Organizar a festa do Grupo
Animar uma oficina (brinquedos,
encadernação...)
Especialidades
Actor
•
•
•
•
Artista
Comediante
Músico
Cantor Litúrgico
compassadamente em voz alta,
faz
convenientemente
a
acentuação gráfica, não omitas
as pausas, etc. Tudo num tom
que
os
outros
ouçam.
Experimenta
gravar
os
"discursos" e ouvi-los várias
vezes
com
atenção,
para
descobrir as falhas e corrigi-las.
PARTE CINCO
•
O
cancioneiro
–
É
uma
"ferramenta" conveniente para
ser usado quando necessário. Se
o cancioneiro incluir além das
letras também as músicas, então
trata de aprender o solfejo (ler
música), pois isso facilitará na
hora dos ensaios. Por vezes
sabemos
as
letras
mas
esquecemos as músicas. Se
desejas ensinar uma cantiga
nova, distribui uma cópia da letra
a cada elemento. Resulta!
•
A bateria – Se ainda não sabes
tocar
nenhum
instrumento
musical
convencional,
esta
técnica encontra-se virada para a
construção
de
instrumentos
musicais rudimentares, mas que
resultam
imenso
como
acompanhamento.
São
por
exemplo: bombos, pandeiretas,
ferrinhos,
castanholas,
recorécos, e tantos outros. Leva os
teus companheiros a construí-los
e verás como a animação dos
fogos de conselho vai melhorar.
•
A biblioteca – Procura angariar,
pouco a pouco, livros, revistas,
jornais... sobre as mais variadas
técnicas de animação. Assuntos
Técnicas de animação...
Corno
podem
calcular
é
totalmente impensável abordarmos
neste caderno todas as técnicas
auxiliares do Animador, para melhor
desempenhar as suas funções.
Porém, não deixamos de
indicar, embora resumidamente,
algumas
das
técnicas
que
consideramos importantes e que
servirão para estarem "Sempre
Prontos" para um posterior estudo e
seu aprofundamento.
•
A postura – É indispensável
manter urna postura firme mas
bem disposta, um sorriso natural
para derrotar os pessimistas; isso
ajudará a transformá-los em
escoteiros úteis, activos e felizes.
Para ajudar deves usar o
uniforme
com
aprumo,
demonstrares
urna
higiene
completa,
possuíres
simpatia
natural e irradiá-la.
•
A dicção – É outra "arma" que
deves utilizar. Falar mal não
ajuda nada. Por isso treina a ler
8
como:
manuais
de
jogos,
trabalhos manuais, palhaços e
circo,
danças
populares,
máscaras, instrumentos musicais,
truques
de
magia,
técnicas
desportivas, moda e guardaroupa,
maquilhagem
e
caracterização, cancioneiros, etc.,
são motivos de muito interesse.
•
•
movimentam-se ao som de uma
pandeireta. Vamos treinar!
Gravações
em
vídeo,
cassetes, CD, são meios que
ajudam
a
estudar
algumas
técnicas de animação. Procura
aproveitar todas as formas que
as novas tecnologias te oferecem,
para delas tirar vantagens.
Oguarda-roupa – Confecciona a
tua capa de honra, decora-a com
emblemas, símbolos e outras
recordações. Esta dar-te-à a
figura característica dos grandes
animadores
de
fogos
de
conselho. Junta-lhe um gorro ou
chapéu exótico e melhoras ainda
mais o teu visual. Para dirigir
utiliza uma lanterna com duas ou
três cores que servirá, ao
dividires os diversos grupos
intervenientes,
nas
suas
entradas. Improvisa em papel
peças de vestuário para serem
utilizadas nas actuações.
PARTE SEIS
Características...
Já falámos das qualidades, dos
dons e dos talentos que o Animador
deve possuir. Pois bem, se a essas
qualidades
juntarmos
algumas
características pessoais, a seguir
indicadas, o desempenho desta
função
em
muito
beneficiará.
Vejamos algumas:
Expressão corporal – É uma
técnica física em que a parte
gestual
e
a
postura
são
importantes. Os movimentos do
corpo ajudam a enriquecer as
actuações. Nos treinos podes
mandar
imitar
uma
árvore
abanada pelo vento, andar à
chuva, as ondas do mar, uma ave
a voar, uma profissão violenta,
um atleta em acção, um animal
na selva, etc. Estas técnicas
devem ser dirigidas por um
"mestre" e são normalmente
colectivas; está-se descalço e
•
Ser
entusiasta
–
Revela-se pela excitação; pela
alegria por vezes ruidosa; dedica-se
vivamente às suas tarefas; "
exprime-se com entusiasmo; é
arrebatador; fica animado com os
êxitos obtidos...
•
Ser brilhante – Tomase notado pela qualidade do seu
9
trabalho; é perfeccionista no bom
sentido...
•
Ser curioso – Porque
não se conforma com o medíocre; é
um forte opositor às banalidades, às
ordinarices; gosta de fazer, de
aprender, de ensinar logo que tenha
atingido
um
mínimo
de
conhecimentos...
•
Ser vivo – Quer-se dizer
activo, aquele que estimula, que é
persistente, fervoroso, diligente,
ardente, eficaz, rápido, persuasivo...
•
Ser
imaginativo
–
Porque pode ajudar os restantes
elementos, procurando que a sua
actuação seja inédita, moderna, com
nível, valorizada; tem muitas ideias
e algumas na "manga"...
•
Ser
estimulante
–
Porque incita, porque excita, porque
aviva, resumindo, porque espicaça…
Passagens de Divisão – animação da
cerimónia, decoração, símbolos...
•
Ser simpático – Bem
humorado; sorri muito; o sorriso
oferece
a
quem
se
dirige,
confiança...
Atribuição de insígnias de progresso
– cânticos, beberete, prendas...
Inauguração Partida – de sede, de
embarcações....
E as ocasiões?
São várias as ocasiões em que
o Animador poderá "brilhar". Dessas
podemos destacar as mais vulgares:
•
Aniversários
–
dos
elementos, da chefia, do Grupo, da
AEP, dos patronos e muitos outros...
•
Festas – Escoteiras ou
não; projecções, dramatizações...
•
Fogos de conselho –
restritos, de Divisão, de Grupo...
•
Vigílias
e
Compromissos de Honra - coro,
cânticos, música, leituras...
•
Visitas
–
a
outros
Grupos,
oferta
de
lembrança,
discursos...
•
Agradecimentos – aos
visitantes, "grande uivo", gritos,
aclamações...
Compromissos – de responsáveis,
guias, chefes de equipa...
Outros...
Como
podes
verificar
as
ocasiões são muitas, por isso
procura estar atento às solicitações,
quer seja integrado no teu grupo,
quer seja a nível pessoal. O teu
lema abrangente será:
" O Melhor Possível
Sempre Pronto"
está
•
Ser vivaço – É ter a
qualidade de quem é vivaz, activo e
finório; usa um modo expressivo a
falar ou a gesticular.
10
•
•
PARTE SETE
Sabias que...
•
•
•
•
•
•
•
O Animador é o escoteiro que
apoia de forma relevante os
membros da sua patrulha/equipa.
O Animador é aquele que
promove actividades espontâneas
na área da animação.
O Animador é o vulgar "carola",
que sem qualquer preparação
junta
à
sua
volta
vários
elementos, com o objectivo de
criar e desenvolver acções que
provoquem a boa disposição.
O Animador é o elemento que
orienta,
dirige
e
organiza
momentos recreativos, com a
finalidade de obter bom humor
entre os seus companheiros.
O Animador é o escoteiro cujo
trabalho se reflecte na sua
patrulha, divisão ou Grupo.
O Animador é o elemento que
tem
a
seu
cargo
acções
desportivas e a "improvisação" de
alguns jogos momentâneos, com
o intuito de criar um ambiente
descontraído.
O Animador é o companheiro que
procura aprofundar os seus
conhecimentos de técnicas de
animação, com os escoteiros
chefes, antigos escoteiros e
•
•
•
•
•
11
outras pessoas que estejam
ligadas a essas áreas.
O Animador é aquele a quem a
sua
"mensagem"
não
se
assemelha a nenhuma outra,
dado a grande variedade de
assuntos que deve dominar.
O Animador é o escoteiro que
domina e investe no seu porte,
aparência geral, tom de voz,
articulação, dicção, respiração,
gestos (mímica), etc. sempre
com a intenção de melhorar o
seu desempenho.
O Animador é o elemento que
distrai
os
outros
membros,
porém,
não
monopoliza
a
situação, nem se sente vexado
quando aparece alguém que
demonstre
mais
competência
num determinado assunto.
O Animador é aquele que procura
constantemente
aumentar
as
competências, aumentar a sua
cultura, porque deseja que os
outros
beneficiem
da
sua
experiência.
O Animador é o escoteiro que
reconhece que o perigo desta
função
é
o
culto
da
protagonismo; por isso esforçase por não retirar aos outros a
importância que cada um possui,
no cargo que desempenha.
O Animador é o membro do
pequeno grupo que tem mais
facilidade
em
estabelecer
contacto
com
os
outros
elementos os e sabe criar um
clima amigável dentro dele.
O
Animador
tem
vários
obstáculos a vencer logo à
partida, como sejam: a timidez
(como vou ultrapassar esta
situação?); os complexos (como
vou vencer estes obstáculos?); a
ser introvertido, isto é, ser
metido
consigo
mesmo
ou
voltado muito para dentro de si
próprio (como vou sair desta?);
etc.
•
A dança de Tábàqui – esta
dança parte das características
do chacal (Tábàqui) e do tigre
(Xer Cane), perante os Lobos.
Estes
começam
por
ficar
agachados em observação a
verem o poderoso tigre a desafiar
todos,
depois
de
várias
peripécias. Esta dança é muito
engraçada e termina com a
presença de Máugli que põe um
ponto final à dança.
•
A dança de Bálu – Bálu era o
urso que ensinava a lei da selva.
E
uma
dança
de
roda,
acompanhada musicalmente, em
que os Lobitos uns atrás dos
outros, marcham fazendo gestos
e olhares engraçados.
•
A dança de Bàguirà – Bàguirà
era a pantera negra caçadora
ágil, valente e rija que ensina e
defende Máugli dos perigos da
selva. Nesta dança os Lobitos
procuram imitar a pantera que
procura
caçar
um
antílope.
Rastejam,
avançam,
recuam,
etc., até que a um grito como
sinal todos saltam sobre a peça,
imitando a pantera. Esta dança
tem um misto de imitação e de
canto:
•
A dança de Cá – Cá a grande
jibóia luta contra os macacos
(Bândarlougues) para libertar
Máugli
que
se
encontrava
encerrado numa velha cidade
abandonada no meio da selva. A
dança imita uma grande serpente
formada pelos Lobitos a devorar
PARTE OITO
As danças...
A dança é um dos modos de
expressão mais primitivos com que
o
Homem
procura
simbolizar
sentimentos, mediante movimentos
corporais, gestuais e mímica. É
geralmente
acompanhada
de
instrumentos musicais. A Bíblia faz
referências
frequentemente
a
danças sagradas profanas. Muitas
das danças partem, ou partiram, de
uma história ou situação em
determinados povos ou locais. Estas
foram evoluindo até aos dias de
hoje.
Danças da Selva – BadenPowell criou cinco danças para os
Lobitos tiradas de "O Livro da
Selva", como forma de animação,
brincadeira,
imaginação
ou
representação, em que , se procura
tirar sempre uma lição educativa.
Elas são:
12
um a um os macacos, por meio
de silvos, gestos e movimentos
vagarosos.
•
tambores, onde quase sempre os
dançarinos usam guizos à volta
dos tornozelos e agitam as suas
armas. As mais conhecidas são:
A dança da morte de Xer Cane
– esta dança procura fazer
reviver o momento em que
Máugli com a colaboração dos
búfalos esmagam o terrível Xer
Cane. É uma dança de roda que
termina quando Máugli tira a pele
ao tigre e a apresenta na rocha
do conselho.
Poderás encontrar estas descrições
mais completas no "Manual do
Lobito" ou no livro "Alaiii".
•
•
Danças Folclóricas – Portugal é
um país muito rico em folclore
regional.
Através
dos
seus
ranchos estes tem divulgado por
todo o mundo as nossas danças
tradicionais. Os jovens gostam
imenso de as interpretar dado
serem muito animadas, alegres e
cheias
de
significados.
Evidentemente, que necessitam
de
bastantes
ensaios
para
atingirem
uma
apresentação
satisfatória em público. O vira, os
pauliteiros, a chula, o fandango,
o corridinho, o bailinho, as
marchas, etc., são algumas das
danças mais representativas da
cultura portuguesa.
•
A dança-do-Sol – em que o
feiticeiro agita um bastão em
círculos enquanto os pelesvermelhas vão dançando batendo
forte com os pés no chão;
•
A dança-da-Chuva – em que os
dançarinos imitam o barulho da
queda de água;
•
A
dança-da-Guerra
que
assinala
a
cerimónia
do
desenterrar
o
machado
de
guerra, preparando os bravos
para a luta já usando as pinturas
de guerra.
Por várias outras razões também se
tomaram célebres:
•
•
•
•
A dança-da-Morte;
A dança-das-Colheitas;
A dança-dos-Espectros;
tantas outras...
Dança dos Maoris – BP
descreve assim a dança-de-Guerra
destes indígenas da Nova Zelândia:
"Quando uma Haka (dança e coro)
tem lugar, todos dançam e cantam
em perfeito coro, fazendo horríveis
caretas que a pouco e pouco os
levam a um estado de completo
frenesim. Os guerreiros empunham
as suas armas na mão direita e
formam colunas de dois, dançando
juntos em cadência; saltam no ar
As danças dos Índios – São
mito famosas, descritas em
livros,
revistas,
banda
desenhada, cinema e televisão.
São normalmente danças de roda
em volta da fogueira, ao som de
13
levantando o joelho bem alto e
erguendo ao mesmo tempo o ombro
correspondente. Saltam deste modo,
de quatro em quatro passos,
cantando em coro, ao mesmo
tempo, muito alto e batendo na coxa
com a mão a marcar o ritmo".
A descrição que o fundador faz das
marchas dos Zulus é também
magnífica e em parte semelhante. O
coral "Ingonyama" cantado por
quatro mil guerreiros, o bater do
cacete no escudo, os saltos no ar, a
cadência
da
marcha,
são
espectaculares e belo de ver e de
imaginar.
Igualmente
são
maravilhosas as danças do povo
Massai com os enormes saltos em
altura que dão e os movimentos das
lanças.
dança dos arcos; a dança da maçã
ou da batata; a dança sorteada...
Os bailes mais tradicionais
são: finalistas, máscaras, pinhata,
carnaval, debutantes, mandado, etc.
Outras danças – Neste ponto
procuramos dar relevo a danças
modernas
como
o
sapateado
(influenciado pelo Jazz); a dança
sobre o gelo (patinagem artística); o
ballet (dança em ! pontas); as
danças de quadrilhas (do Oeste
Americano); e muitas mais.
Resumindo
Todos
os
escoteiros, de todas as idades,
podem encontrar nas danças uma
forte componente de animação e de
saúde.
Danças de Salão – São até
hoje as mais divulgadas e algumas
mantém-se
mais
conservadoras
(antigas) e outras mais evoluídas
(modernas). Neste leque evolutivo
tiveram relevo as danças da idade
média e do renascimento. Muitas
das danças apareceram como marca
do seu país de origem.
É o caso do Samba do Brasil;
o Tango da Argentina; o Passo
Doble. o Flamengo e o Bolero da
Espanha; a Tarantela de Itália; a
Valsa da Áustria; o Rock'n'Rol da
América do Norte; a Rumba e o
Mambo de Cuba; a Mazurca da
Polónia; as Czardas da Hungria e
tantas outras.
PARTE NOVE
Os fogos de conselho...
Podemos dizer que o sucesso
ou insucesso de um fogo de
conselho depende em grande parte
daquele que o orienta e anima.
Ele é verdadeiramente a alma
do fogo e o fogo das almas. Papel
difícil e cheio de exigências o seu.
Por isso diremos que se trata de um
artista. E como tal nasce. De
maneira nenhuma se improvisa,
podendo entretanto formar-se e
construir-se ao longo de vários anos
de treino.
Danças de Animação – São
aquelas que se introduzem nos
bailes, como sejam: a dança da
vassoura; a dança das cadeiras; a
14
Será ele que criará a unidade
e a boa organização do fogo,
dialogando
com
o
coro
e
conseguindo deste harmonia com o
público.
O entusiasmo comunitário à
roda do fogo será resultante da sua
magia e do seu talento. Qualidades
próprias? Sem dúvida. Qualidade de
chefe – um chefe que não impõe
nem
comanda,
mas
suscita,
sugestiona e lança na acção.
Para isso terá uma voz, forte e
expressiva;
terá
amor
pela
responsabilidade do seu cargo; um
espírito imaginativo, capacidade de
improvisação e oportunidade nas
intervenções. Capaz de conseguir o
tal ritmo progressivo e variedade.
Deve ser um verdadeiro "demagogo"
de multidões e um bom condutor de
assembleias. A ele se deverá a
animação do fogo de conselho.
Porém, deve acautelar-se para
não parecer um comediante vulgar;
muito menos palhaço de circo ou rei
carnavalesco
disfarçado.
Não
esquecerá que o fogo de conselho é
uma transição do dia para a noite,
do cómico para o mistério, da
alegria para o amor.
Será então um "Homem" entre
outros homens, um jovem entre
outros jovens.
Deste
modo
o
fogo
de
conselho levar-nos-à do mito da
chama para o mistério do amor.
grande destreza corporal -o corpo
jogará de acordo com a expressão
da máscara.
«Tomando
inexpressivas
expressões de rosto, obriga o actor
a centrar o seu jogo sobre
movimentos do corpo; a mímica
amplifica-se, estende-se a todo o
Homem». É o homem inteiro a
participar na acção. A máscara exige
que se vá até ao fundo do gesto fazendo-o energicamente. Inutiliza
assim toda a trapaça. Mas também
não há dúvida de que a máscara
tem uma expressão congelada.
Como não instalar uma monotonia
grande e sem interesse? Será o
próprio autor que resolverá esta
dificuldade. Por ele a máscara deve
viver, animar-se; começará a ser
"este personagem". Fá-lo-à viver,
torná-lo-à expressivo, explorar-lhe-à
todos os sentimentos. «É o passado,
que nós interrogamos, o sonho que
se anima.
E ele fala, sem cessar de
respirar o ar doutra coisa, sem
deixar este rosto fabricado, que foi
feito para nos esconder a realidade
que está por trás -o acto que
esconde o actor. Quanto mais se
mostra, tanto mais nos mostra
aquilo que ele esconde!».
Encontrarás nas revistas ou
nos
manuais,
para
Escoteiros,
diversas formas da sua construção:
máscaras
simples,
feitas
com
cartuchos, com cartão, em papel
metalizado, em barro ou gesso...
Uso da máscara
É grande o seu papel de
sugestão, de disfarce e de criar
efeito. O jogo mascarado é diferente
do da face descoberta. O actor
necessita de maior treino. Exige
A bateria
As canções do fogo de
conselho devem ser animadas,
sustentadas e conduzidas por uma
15
bateria com instrumentos musicais
ou de barulho. Ela marcará o ritmo
dos gestos e produzirá os ruídos
imitativos!
Instrumentos
possíveis:
acordeão,
concertina,
clarinete,
flauta, harmónica, pífaro, banjo,
viola, cavaquinho, bandolim, etc.
Estes acompanhão as canções, farão
fundo musical, criarão o ritmo das
danças, lançarão um coro, etc.
trabalhar nelas. Porque não lançarvos a isso seriamente, de modo a
poderem apresentar, chegado o
momento, uma trupe em boa
forma?»
NOTA
«Dirijam-se aos espectadores
da última fila e façam de maneira a
eles não perderem uma palavra».
«Canções
cómicas?
Neste
caso, o volume ou a qualidade da
vossa
voz
não
têm
grande"
importância, desde que articulem
clara e distintamente as palavras – é
este o segredo do sucesso».
Deves possuir um cadernoarquivo de números de fogos de
conselho e festas Escoteiras, que
servirá como "base de dados". É
preciso ires variando o tipo de
espectáculo quanto ao assunto e
quanto à maneira de os interpretar;
mas também é indispensável que
cada
elemento
desempenhe
o
melhor possível o seu papel.
«É muito divertido representar
comédia. Para se ter sucesso tem de
se falar com clareza, de se
representar o nosso papel com a
maior naturalidade que for possível,
como se estivéssemos a vivê-lo...».
«o ilusionismo? Também já o
fiz, e a experiência ensinou-me que
são os truques mais simples os que
mais agradam ao público. Mas todos
os truques, sejam eles simples
sejam eles complicados, devem ser
repetidos cem vezes antes de serem
executados em público».
PARTE DEZ
«Força escoteiros. Aproveitem
os serões de Inverno e montem
bons
espectáculos,
novos
e
originais. Dêem uma récita para
divertir os vossos amigos ou para
alimentar os fundos do vosso
grupo».
O que disse o fundador...
Resumimos aqui em forma de
notas, o que Baden-Powell nos
descreve sobre o Animador, no seu
livro "Mil e Uma Actividades para
Escoteiros":
«Muitos de vocês treinam-se
nas habilidades de palhaço... têm
diante de vós o Inverno para
«Com um pouco de treino...
saltem através de um arco mantido
no ar e quando estiverem seguros
16
de vós, estendam um papel por
dentro do arco. Executem então a
vossa cambalhota e depois saltem
pelo arco».
Em todo o mundo, os ensinos
escolares, catequese, escoteiros e
outros,
utilizam
o
teatro
de
fantoches – como todo o , outro
teatro -com real proveito educativo.
Com sessões de
fantoches, os
pequenos intervalos tomam-se focos
de atenção, e permitem desdobrar
actividades nos programas das
festas Escoteiras. Se a figura ou
figuras
apresentam
um
tom
caricatural, então o caso será falado
e certamente ironizados os diálogos.
Aliás, antes mesmo de levantar a
cortina, já o fantoche foi um centro
de
interesse
completo,
um
esplêndido trabalho de equipa, no
aproveitamento
das
qualidades
naturais dos participantes.
Vai ser preciso imaginar a
acção, compô-la em pormenor,
desenhar, pintar, talhar e coser,
modelar ou esculpir, coordenar
atitudes e palavras, trazer a fantasia
até à realidade, transformar a
massa amorfa em vida trepidante.
Os fantoches tomam-se afinal para a
gente miúda (e não só...) um meio
de expressão livre, um meio de
jogar - só ou com alguns amigos.
Depois vêem as técnicas de
construção
dos
fantoches,
a
montagem do teatro, a realização do
espectáculo, etc.
Das técnicas da construção
destacam-se:
• com pasta de madeira;
• com pasta de papel;
• com uma luva ou meia;
• com os dedos pintados;
• com caixas de fósforos, cartão,
rolos de papel higiénico;
• com um sapato velho;
• com uma colher de pau;
«Andar sobre uma corda
esticada é uma das habilidades mais
úteis e sempre de muito sucesso. Ao
começarem com a corda esticada a
pouca distância do solo, depressa
ganharão confiança e levantá-la-ão
aos poucos...».
«Com cadeiras também se
pode fazer habilidades que, embora
simples e fáceis de executar com um
pouco de treino, são de bom efeito
quando feitas».
«Em volta do fogo de conselho
podem executar-se pequenas peças,
canções e recitativos, e todo o
escoteiro
deve
colaborar
no
programa, quer se julgue artista
quer não».
PARTE ONZE
Os fantoches...
Todos se sentem presos do
encantamento que um modesto
palco de Robertos de Feira pode
provocar.
Aliás
os
desenhos
animados
(cinema,
vídeo,
televisão...) seduzem velhos e novos
e podem-se equiparar a esta
modalidade de teatro. Simplesmente
o encanto do teatro de bonecos é
maior.
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com esferovite;
com cartuchos;
com sacos de plástico;
com cascas de ovo;
com cascas de frutos;
com frascos;
com caixas de ovos;
até com legumes...
Resumindo
O teatro de fantoches ou de
marionetas
são
sempre
um
passatempo divertido, seja para os
que preparam o espectáculo, seja
para os que assistem a ele.
Construir os adereços necessários
não é difícil. Deixa-se a decoração e
a criação dos personagens ao bom
gosto e à inspiração de cada...
Animador. As pequenas peças de
teatro podem ser inspiradas no
reportório das fábulas tradicionais
ou em obras originais imaginadas
pelo espírito inventivo de quem
assume o encargo de ser bonecreiro.
A tua função de Animador
deve fazer-se sentir em todas as
fases, mas poderás ter um papel
mais activo na manipulação dos
bonecos e na sua voz.
Tens
de
o
movimentar
procurando definir acções concretas,
tais como: saltar, dançar, rir,
suspirar, chorar, andar (em várias
direcções), etc.
Marionetas
PARTE DOZE
Nas Marionetas de fios, a
construção dificulta-se um pouco. O
modelo mais perfeito recorrerá à
madeira com junções articuladas.
Urge então construir uma cabeça,
um torso, a bacia, os braços, as
pernas que se dobrarão ainda pelo
cotovelo e pelo pulso, pelo joelho e
pelo tornozelo, se se pretender
requintar o trabalho.
Ligar-se-ão as peças entre si
por charneiras e movimentar-se-ão
mercê de uma cruz de controle; no
seu aspecto mais rudimentar uma
cruz lorena, em que dois fios se
prendem aos braços, dois às pernas
e um terceiro à cabeça. Agora
bastará segurar na cruz com a mão
esquerda e dominar os movimentos
levantando e baixando os fios com a
mão direita...
Importante é...
Situamo-nos num grupo que
procuramos animar. Por vezes não é
fácil "quebrar o gelo", porque
lidamos com pessoas e cada uma
tem o seu feitio, digo personalidade.
Para isso existem algumas receitas e
alguns truques: por vezes cantar
uma música agitada serve, arrancar
com um jogo que obrigue a alguma
movimentação também dá, falarem
uns com os outros rapidamente,
etc., pode ajudar a criar o "tal"
ambiente favorável, para o que vier
a seguir.
Compete ao Animador fazer
respeitar as regras do jogo desde
que tenha sido ele o organizador.
Fora disto é um papel a ser
18
desempenhado pelo guia ou chefe
de equipa.
O Animador, pela sua atitude,
pode
influenciara
sua
Patrulha/Equipa, sempre no bom
sentido.
Deve
esforçar-se
por
conservar a unidade do seu grupo,
por
isso
o
seu
papel
é
preponderante e se necessário
lembrar as decisões anteriormente
tomadas.
A sua responsabilidade baseiase em três necessidades: querê-lo,
ter capacidade e ter possibilidade.
Então podemos dizer que um
dos factores fundamentais para o
Animador consiste em não se pôr
em contradição, desejar ser solidário
com ele na procura do bem comum.
O Animador pode sugerir
várias hipóteses de animação, pode
propor, mas é o grupo que dispõe e
que tem de dar a sua opinião sobre
aquilo que o Animador propôs. O
difícil é encontrar o equilíbrio. Pouco
importa o termo que se utilize, quer
seja o prestígio, quer seja a
influência, o importante é sempre o
bom senso.
Quanto ao procedimento em
público - não é fácil traçar o limite
entre a animação que deve ser
apoiada, e a balbúrdia incómoda
para os outros, mas o limite tem de
ser traçado e é o conselho de
guias/conselho de chefes de equipa
que melhor o pode fazer. Como é
natural, a maioria das unidades
encontram-se sob os olhares do
público, nos transportes públicos,
nas deslocações, nas ruas das
localidades em que vivem, etc. Os
"líderes" precisam de estabelecer as
normas de procedimento na cidade
e no campo, e talvez de modo
especial quanto aos acampamentos
de Verão.
Relativamente à linguagem poucas coisas se divulgam mais
rapidamente numa unidade de
escoteiros que o desleixo no falar. O
10º artigo da Lei é mesmo para se
cumprir.
A linguagem obscena é a
manifestação de ignorância e de
grande pobreza de adjectivos; em
vez de empregar a expressividade
da língua materna cada substantivo
é acompanhado sempre pelo mesmo
adjectivo.
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Mais dicas
A expressão e a criatividade
multiplicam as formas mais
usuais
da
expressão,
como
sejam: música, desenho, teatro,
vídeo, etc.; estas oferecem
alternativas à escrita e à fala.
Cada um no seu lugar e um lugar
para cada um, é uma norma a
respeitar.
Dar coragem aos outros, praticar
a caridade do sorriso, explorar o
lado bom das coisas, são alguns
dos objectivos a alcançar.
O riso franco não implica a má
educação, bem como, não deve
perder o sentido de saber quando
se deve parar.
Quando se anima uma excursão
(p. ex. em autocarro) faz a
locução, apresenta os "artistas",
faz jogos, conta anedotas, canta
músicas
conhecidas...
para
melhor passar o tempo. Anima e
arrasta
os
outros
com
entusiasmo.
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Em campo, ajuda a relançar
todos os dias o ambiente no seu
pequeno grupo. Propõe temas ou
ajuda a concretizá-los.
Avaliar o desempenho do próprio
cargo, quanto ao cumprimento
dos deveres e quanto à perfeição
das actuações...
Os mais maravilhosos serão
sempre aqueles que aparecem
como fruto exclusivo da sua
imaginação e iniciativa.
Quando sabes uma história
engraçada ou uma anedota
recente e interessante, quando
apresentas
um
truque
com
baralhos de cartas... não tens?
desejo imediato de os executares
diante dos outros? E esse o
espírito do Animador.
O papel do Animador é saber tirar
todo o "fruto possível" de
qualquer reflexão ou partilha que
seja feita em grupo. Não fiques
calado!
Tem
sempre
uma
opinião! Toma a iniciativa!
Desenvolve
o
espírito
de
iniciativa e de o pôr em execução
com energia; mostra alegria de
viver (com sentido de bom
humor); não é proibido ser
audacioso, pois por vezes só
imaginar não chega; assobia e
canta nas dificuldades, goza a
vida com amor alegre e oferece
um sorriso amigo aos outros.
Procura ter sempre disponível,
isto é, na "manga", um jogo
animado
para
tapar
algum
espaço vazio imprevisto que
possa vir a prejudicar a reunião
ou em campo (como durante
uma chuvada inesperada).
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Os cargos ou funções nos
Escoteiros
são
importantes
dentro do método educativo, já
que desenvolvem o sentido da
responsabilidade
em
cada
escoteiro que o desempenha.
Estes cargos devem ser rotativos.
Devem existir funções para todos
os elementos. Todos os cargos
são iguais no seu desempenho e
cada escoteiro deve assumir a
responsabilidade do cargo que
desempenha.
Uma montanha de ideias:
cenas
animadas,
palhaçadas,
teatro coral mímico (pantomina);
representações de feitos famosos
da história do mundo, do nosso
país ou de lendas locais;
realizações com o auxílio de luz e
som - em movimentos rítmicos
(poesia e imagem);
dramas curtos (dramatização),
improvisações,
orquestras,
charadas,
tentativas
de
espectáculos
mais
artísticos
(bailados);
concurso de moda com disfarces
feitos de jornais ou outro
material reciclável;
truques
de
magia
e
prestidigitação;
sombras chinesas;
fabrico de disfarces, máscaras e
adereços
para
actividades,
caracterização;
utilização
de
fantoches
ou
marionetas;
canções,
coros,
aclamações,
gritos, imitações; passatempos;
orfeão,
jograis,
fanfarras,
conjuntos musicais;
danças, bailados, folclore;
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desenhos,
caricaturas,
fotografias, recortes.
…
Um monte de ocasiões:
fogos de conselho, celebrações,
festas Escoteiras ou não;
encontros,
concentrações,
desfiles;
torneios, concursos, excursões,
campeonatos;
fóruns,
feiras,
arraiais,
exposições, debates;
concertos, festivais, conselhos,
actuações em hospitais, lares,
orfanatos...;
projectos
de
actividades,
seminários, congressos, serões.
…
21
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O ANIMADOR - SanchoScouts