Logística e Negociação para Eventos Luiz Fernando Rodrigues Campos Curitiba-PR 2012 Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância © INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil. Prof. Irineu Mario Colombo Reitor Prof. Joelson Juk Chefe de Gabinete Prof. Ezequiel Westphal Pró-Reitoria de Ensino - PROENS Gilmar José Ferreira dos Santos Pró-Reitoria de Administração - PROAD Prof. Silvestre Labiak Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação PROEPI Neide Alves Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos Estudantis - PROGEPE Bruno Pereira Faraco Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Prof. Marcelo Camilo Pedra Diretor Geral do Câmpus EaD Prof. Célio Alves Fibes Jr. Diretor Executivo do Câmpus EaD Luana Cristina Medeiros de Lara Diretora de Planejamento e Administração do Câmpus Prof.ª Márcia Denise Gomes Machado Carlini Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do Câmpus EaD Prof.ª Marlene de Oliveira Coordenadora do Curso Adriana Valore de Sousa Bello Giovanne Contini Menegotto Jéssica Stori Assistência Pedagógica Prof.ª Ester dos Santos Oliveira Prof.ª Sheila Cristina Mocellin Idamara Lobo Dias Prof.ª Maria Angela Motta Revisão Editorial Vanessa Trevisan Marcon Diagramação e-Tec/MEC Projeto Gráfico Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Paraná e-Tec Brasil 2 Administração Estratégica Apresentação e-Tec Brasil Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Nosso contato [email protected] e-Tec Brasil Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil Sumário Palavra do professor-autor 11 Aula 1 – P rocesso produtivo de bens e serviços 1.1 Introdução 13 13 1.2 Economia: necessidades versus recursos 13 1.3 Conceito de produto 14 1.4 Conceito de serviço 14 Aula 2 – L ogística: conceito e técnicas 2.1 Um pouco de conceitos básicos 2.2 Demanda Aula 3 – L ogística, Eventos e Atividades Econômicas: a importância e o desenvolvimento a partir do planejamento estratégico 3.1 Abordando evento e planejamento 17 17 18 23 23 Aula 4 – E stratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos 27 4.1 Analisando o ambiente de atuação: matriz SWOT ou FOFA 27 4.2 Análise SWOT/FOFA Aula 5 – A rmazenagem, controle e distribuição logística 5.1 Um pouco de história 30 37 37 5.2 Muito estoque ou pouco estoque? Quais os riscos? 38 5.3 Gestão de estoques e de transporte 40 Aula 6 – E mbalagens e transportes de itens em eventos 6.1 Definições 6.2 Cuidados relativos a eventos 45 45 47 Aula 7 – O Negócio: planejamento e produção de eventos 51 7.1 Enfoque geral 51 7.2 Estruturação 51 7.3 Liderança 52 e-Tec Brasil Aula 8 – E struturação de eventos 8.1 Enfoque geral 57 57 8.2 Formatação 57 8.3 Operacionalização 58 Aula 9 – O rganização, execução e controle de eventos 9.1 Organização 61 61 9.2 Execução 62 9.3 Controle 63 Aula 10 – A plicação da logística de negócios nos processos de planejamento de eventos 10.1 Organização 10.2 Aplicabilidade 65 65 66 Aula 11 – A logística e os eventos de grande porte 11.1 Cultura 11.2 Eventos especiais 69 69 69 Aula 12 – A logística e os eventos de médio porte 12.1 Cultura 73 73 12.2 Eventos especiais de médio porte 73 12.3 Necessidades logísticas 74 Aula 13 – A logística e os eventos de pequeno porte 13.1 Semelhanças entre eventos 13.2 Necessidades logísticas 78 Aula 14 – A cadeia de suprimentos em eventos 14.1 Suprimentos e cadeia de suprimentos 14.2 Distribuição 79 79 80 Aula 15 – G estão e avaliação das ações logísticas 15.1 Detalhes 15.2 Processos/procedimentos 77 77 85 85 87 Aula 16 – Indicadores de desempenho das ações logísticas 91 16.1 Abordagem 91 e-Tec Brasil Logística e Negociação para Eventos Aula 17 – Técnicas de negociação para captação de patrocínios de eventos 17.1 Definição 95 95 17.2 Apoio de patrocínio e promoção 96 17.3 Adaptabilidade e flexibilidade 97 Aula 18 – O perfil do gestor negociador 18.1 O gerente de logística 101 101 18.2 Ferramentas de atuação 102 18.3 Negociação e tomada de decisão 104 Aula 19 – Negociação: a validação do processo 19.1 A postura do negociador 19.2 Ação e preparação do Negociador 107 107 109 Aula 20 – Desafios e melhorias 20.1 Fechamento 111 111 20.2 Conselhos práticos 112 Referências 117 Sites 119 Atividades autoinstrutivas 121 Currículo do professor-autor 141 e-Tec Brasil Palavra do professor-autor Caro aluno, O presente livro visa apresentar, de forma acessível, os principais conceitos sobre logística; mostrar a influência, as técnicas e os impactos referentes a ela em áreas de atuação, como negociação; e também apresentar a participação da logística nos mais variados tipos de eventos. Diversos autores de diferentes partes do mundo têm pesquisado a logística; têm estudado as respectivas técnicas de gestão e sua aplicabilidade em negócios de todo porte. As empresas, de um modo geral e também as ligadas à logística, precisam ter claro que itens como planejamento, organização e controle são de grande relevância no gerenciamento de qualquer organização empresarial. Desejamos contribuir, mesmo que de forma inicial, no auxílio à formação e ampliação do conhecimento de todos quantos desejarem participar da gestão ética de empresas, quer do setor público, privado ou misto. Boa leitura. Bons estudos. Prof. Dr. Luiz Fernando Rodrigues Campos 11 e-Tec Brasil Aula 1 – P rocesso produtivo de bens e serviços Nesta aula estudaremos as diferenças entre bens e serviços e a aplicabilidade de cada um deles. 1.1 Introdução A partir deste momento você será chamado a contextualizar alguns conceitos teóricos e a aplicação para as atividades de sua vida prática. Verá entre o que realmente é necessário e aquilo que possa ser considerado como supérfluo, seja na vida pessoal ou na profissional. 1.2 Economia: necessidades versus recursos “O supérfluo é uma coisa extremamente necessária.” (Voltaire) As questões de ordem econômica vêm tomando parte na vida do ser humano desde o início dos tempos. Isto pode parecer estranho, pois, conforme Freitas (2011), as primeiras moedas surgiram apenas no século VII a.C. Mas nosso enfoque aqui começa com as questões de sobrevivência, subsistência e depois, bem mais tarde, com o interesse em acumular bens, transformando-os em ganhos (lucros). É difícil, em alguns casos, determinar onde termina os bens (produtos e serviços) realmente necessários ao usuário e começam outros itens denominados de supérfluos. Primeiramente uma rápida abordagem relativa a produtos e serviços. Qualquer um deles é o resultado da transformação de insumos em um bem final, apresentando um valor maior que a soma de todos os itens que os compõem. Para saber mais sobre a história do dinheiro e o surgimento das moedas acesse: http://www. newton.freitas.nom.br/artigos. asp?cod=101 Normalmente são considerados insumos: a) matéria-prima; 13 e-Tec Brasil b) mão de obra; c) peças, partes e componentes; d) subconjuntos pré-preparados ou pré-montados; e) informações; f) energia elétrica, água, ar comprimido, e muito mais! A transformação ocorre por meio de um processo específico, que muitas vezes pode ser mais avançado do ponto de vista tecnológico e outras vezes nem tanto. Nesse cenário, o acompanhamento dos níveis de qualidade deve ocorrer em conformidade com as exigências feitas pelos consumidores finais. 1.3 Conceito de produto Interessante salientar que a principal diferença entre produtos e serviços está vinculada com o processo produção-consumo. O produto não precisa da presença do consumidor final para ser produzido. Podemos dizer então que uma característica marcante na comparação desses itens é que produtos não precisam da presença física do consumidor para serem feitos; enquanto que os serviços precisam da presença do consumidor para serem produzidos, recebidos ou atendidos. Veja exemplos de produtos na figura 1.1. Figura 1.1: Produtos Fontes: http://bbobbos.blogspot.com.br/; http://www.dicafeminina.net/; http://www.fazfacil.com.br/ 1.4 Conceito de serviço Por outro lado, para que seja possível a produção de um serviço, é mandatória a presença daquele que irá consumi-lo. Veja exemplos de serviços na figura 1.2. e-Tec Brasil 14 Logística e Negociação para Eventos Figura 1.2: Serviços Fontes: http://www.mantena.mg.gov.br/; http://www.mundodastribos.com/; http://www.usp.br/osusp/orquestra.html Tecnicamente falando, o produto é um bem tangível, e o serviço é um bem intangível. Levando-se em conta as empresas públicas e/ou privadas, tanto na área de prestação de serviços ou mesmo na produção de bens, a competitividade mundial tem exigido grandes esforços para todos os envolvidos. Algumas dessas forças de atuação podem ser assim classificadas como ação global da concorrência, regras rápidas alteradas rapidamente em função de exigências, vida útil dos produtos cada vez mais curta com padronização comunizada, além, claro da rápida disseminação das informações ao redor do mundo. Pode-se dizer que a forma de procedimentos (de quem quer que seja) deve primar por uma disciplina de atuação, porém apresentando alto grau de flexibilidade, sem cair em rigidez excessiva nem em descaso administrativo. Para recordar facilmente desse procedimento lembre-se da sequência das letras DEF DISCIPLINA E FLEXIBILIDADE. No caso de você gerenciar uma empresa de eventos voltada para um mercado público ou privado, deve observar que na atualidade o novo cenário econômico mundial vem exigindo cada vez mais um alto grau de profissionalização na prestação de serviços. Alguns itens como o processo de globalização da economia, da desregulação e privatização das empresas, da vida útil de bens e serviços mais curta hoje que há algum tempo, o interesse padronizado (às vezes até pasteurizado) da população consumidora, a redução de obstáculos físicos entre mercados, têm sido, dentre muitos outros, fatores que facilitam e promovem o atendimento às necessidades humanas. Aula 1 – Processo produtivo de bens e serviços 15 e-Tec Brasil Em um cenário como este, você poderá concluir que a economia mundial (cada vez mais exigente) demanda por empresas competitivas, que devem estar adequadamente preparadas para situações como fazer negócios no mundo inteiro, na velocidade adequada ao cliente e de conformidade com o grau de flexibilidade que cada negociação irá requerer. Conforme o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860): “Talento é quando um atirador atinge o alvo que os outros não conseguem. Genialidade é quando um atirador atinge o alvo que os outros não veem.” Fonte: http://www.pensador.info/frase/NDY5NzQy/ Nesse caso todos nós devemos estar sempre preparados para eventuais mudanças, na busca contínua por melhorias, inclusive em um lucro máximo. Assista ao filme O diabo veste Prada, e observe a valorização do consumismo se sobrepondo às ações a respeito do comportamento humano. Fonte:http://www.adorocinema. com/filmes/diabo-veste-prada/ Resumo Nesta aula foi possível ver algumas das muitas abordagens da economia como estudos das necessidades e das superficialidades a que as pessoas estão sujeitas. Também foram citados exemplos e ações que ocorrem no dia a dia, nas mais variadas partes do mundo. Atividades de aprendizagem Para reforçar os conceitos abordados, escolha a melhor alternativa: a) Produtos e serviços devem ser tratados exatamente da mesma forma, pois merecem a atenção adequada do mercado. b) Produtos podem ser armazenados ou estocados para utilização posterior, contrariamente aos serviços. c) Qualquer produto ou serviço deve sempre dar lucro financeiro, empresarial ou pessoal. d) O estudo da Economia é interessante somente para os economistas de plantão. e) Os atores que estão nos mercados internacionais são totalmente diferentes daqueles do mercado local. Resposta: b e-Tec Brasil 16 Logística e Negociação para Eventos Aula 2 – L ogística: conceito e técnicas Nesta aula abordaremos os conceitos de logística e a sua importância no planejamento empresarial pra atender a demanda de seu público.Você deverá observar alguns itens que normalmente passam de forma despercebida, por exemplo, o aspecto histórico das coisas. No final da aula você com certeza será capaz de esclarecer o que é logística e sua atuação no mercado 2.1 Um pouco de conceitos básicos A palavra logística expressa um conjunto de informações muito vasto, visto a grande utilização que lhe é dada, mas não raras vezes, com enfoque errado. Por vezes a falta de atenção ou descaso tem feito muitas pessoas considerarem que a logística é meramente transporte. Claro que a atividade de transporte é uma daquelas que compõem as ações da Logística e, algumas vezes, apresentam custos elevados. Talvez por isso mesmo haja essa confusão de conceitos. Na sua origem, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio. Foi o que ocorreu também nas empresas durante um bom período de tempo. Uma indústria precisa transportar seus produtos da fábrica para os depósitos ou para as lojas de seus clientes; precisa também providenciar e armazenar matéria-prima em quantidades suficientes para garantir os níveis de fabricação planejados. Por outro lado, em razão das descontinuidades entre o ritmo de produção e de demanda, precisa manter produtos acabados em estoque. Essas operações eram antigamente consideradas atividades de apoio, inevitáveis. Os executivos entendiam então que, no fundo, tais operações não agregavam nenhum valor ao produto. 17 e-Tec Brasil Dentro da organização empresarial, esse setor era encarado como um mero centro de custo, sem maiores implicações estratégicas e de geração de negócios. Em linguagem de hoje, diríamos que esse setor da empresa atuava de forma reativa e não proativa. [...]. Um elemento básico no processo produtivo é o distanciamento espacial entre a indústria e os mercados consumidores, de um lado, e as distâncias entre a fábrica e os pontos de origem das matérias-primas e dos componentes necessários à fabricação dos produtos, do outro. O produto, ao sair da fábrica, já tem um valor intrínseco a ele agregado, mas esse valor está ainda incompleto para o consumidor final. Para que o consumidor possa usufruir oproduto em toda sua plenitude, é necessário que a mercadoria seja colocada no lugar desejado. Por exemplo, a geladeira comprada por uma dona de casa só gera seu valor intrínseco quando for instalada na casa da compradora e passar a refrigerar os alimentos da família. Fonte: (NOVAES, 2004, p.31-32) Demanda Ato ou efeito de demandar. Manifestação de um desejo, pedido ou exigência; solicitação. Necessidade premente de; carecimento, precisão. Ex.: crianças têm uma demanda de atenção permanente. Ação de procurar alguma coisa; busca, diligência. Ex.: a demanda do cálice sagrado. Economia Qualquer bem ou serviço procurado no mercado por determinado preço e em determinado momento. Ex.: a demanda por guardachuvas diminui muito no período das secas. O texto apresentado nos fornece o elo entre o início das atividades logísticas em um passado bastante remoto, desde as primeiras guerras, até o presente momento onde as mais variadas necessidades do público consumidor devem ser atendidas. Importante observar que, para atender a essas necessidades dos clientes finais, há que se prestar atenção aos intermediários, aqueles que recebem os insumos, processando e agregando mais valor ao produto e, finalmente, entregam àqueles que estão ligados na cadeia da demanda. 2.2 Demanda Com relação ao crescimento das atividades logísticas, Rago (2011) observa que: a última fronteira para a equalização de suas atividades para atender as necessidades dos clientes e controlar seus custos é a área de Logística, Fonte: http://houaiss.uol.com. br/busca. que não era tão valorizada e notada como está sendo agora, daí a principal razão para esse crescimento que estamos presenciando. Por causa disso, as empresas necessitarão de um apoio da logística, integrando-as e qualificando-as para se manterem competitivas no mercado. e-Tec Brasil 18 Logística e Negociação para Eventos Tal fato deve ser levado em consideração prioritária assim como as áreas de atendimento ao cliente e marketing promocional, em especial as empresas que trabalham com o entretenimento, como exemplo, na área de eventos. A logística trará resultados operacionais rentáveis quando os dirigentes das empresas se conscientizarem do grande potencial que têm em mãos, envolvendo-se ao máximo juntamente à gestão da cadeia de suprimentos (veremos no capítulo 14), na busca constante do aumento de competitividade e eficiência organizacional. Observe, a seguir, alguns dos conceitos sobre Logística, disponíveis nos ambientes acadêmicos e empresariais. Tabela 2.1. Definições de logística AUTOR CONCEITO Ballou (1993, p.17) Estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Bowersox (2001, p. 23) É um esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente ao menor custo total possível. Christopher (1999, p. 2) Processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através das organizações e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. CSCMP Processo de planejamento, implementação e procedimentos de controle para transporte e armazenagem eficientes e efetivos de bens, incluindo serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos consumidores. Inclui também a movimentação interna e a externa. Dornier (2000, p. 39) É a gestão de fluxos entre funções de negócio. Inclui todas as formas de movimentos de produtos e informações. Ferraes e Kuehne (2002, p.39) É a junção de quatro atividades básicas como aquisição, movimentação, armazenagem e a entrega de produtos. Houaiss (dicionário online) 1. Organização teórica da disposição, do transporte e do abastecimento de tropas em operação militar. 2. Administração e organização dos pormenores de qualquer operação. IMAM (2000, p.1) Processo que integra, coordena e controla a movimentação de materiais, inventário de produtos acabados e informações relacionadas dos fornecedores, através de uma empresa; para satisfazer as necessidades dos clientes. CSCMP Do original em inglês: “Logistics is the process of planning, implementing, and controlling procedures for the efficient and effective transportation and storage of goods including services, and related information from the point of origin to the point of consumption for the purpose of conforming to customer requirements. This definition includes inbound, outbound, internal, and external movements.” Fonte:http://www.cscmp. org/Website/AboutCSCMP/ Definitions/Definitions.asp Fonte: Compilado pelo autor Assim, você poderá comparar tais conceitos com Campos e Brasil (2007, p.37) que consideram a logística das empresas como: Aula 2 – Logística: conceito e técnicas 19 e-Tec Brasil “sendo uma função essencial na empresa, pois aborda áreas relativas ao planejamento (geral, de produção e de materiais), à administração (estoques de materiais, manuseio e controle), distribuição física (movimentação e transporte) além das operações locais e globais”. O livro Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento abrange a conceituação, metodologia e evolução do supplychain (cadeia de abastecimento) no Brasil, reunindo em um único volume as referências que antes eram buscadas em congressos, artigos, na literatura estrangeira ou na internet. A leitura desse livro será de grande valia, pois o mesmo apresenta material de apoio. Fonte:http://www.submarino. com.br/produto/1/21529898/lo gistica+e+gerenciamento+da+ cadeia+de+abastecimento Dessa forma, devemos considerar a logística como uma componente imprescindível na gestão de suprimentos, com uma função bastante relevante para o bom funcionamento dos atores envolvidos nesse cenário competitivo. É responsabilidade da logística que o produto final (e/ou serviço) chegue ao consumidor na hora certa, no lugar certo, da forma correta, ao menor custo possível, mantendo os padrões de qualidade exigidos pelo cliente. Se você quiser gerenciar de forma adequada os serviços com os quais esteja envolvido, poderá atingi-los por meio dos processos logísticos relativos aos suprimentos dos eventos em questão. “Atualmente, a logística é tomada e considerada como perfeita quando há integração da administração de materiais em sua totalidade e distribuição física dos produtos e serviços com a plena satisfação do cliente e dos acionistas.” (POZO, 2008) Resumo Nesta aula você conheceu algumas definições de logística, mostrando que até mesmo sua definição é por demais abrangente. Observou ainda que é possível gerenciar melhor quando se tem uma visão mais geral do assunto em questão. Atividades de aprendizagem • Para reforçar os conceitos abordados, você poderá pesquisar a respeito da logística e sua influência sobre os seguintes itens: a) Experiência na área militar. e-Tec Brasil 20 Logística e Negociação para Eventos b) Aumento na oferta de produtos mais avançados tecnologicamente; c) Variação da população de uma cidade em função da chegada de uma grande empresa. d) Avanço na oferta de restaurantes do tipo fast food no centro da cidade. e) Necessidade de mão de obra especializada para atender eventos na região onde você está localizado. Aula 2 – Logística: conceito e técnicas 21 e-Tec Brasil Aula 3 – L ogística, Eventos e Atividades Econômicas: a importância e o desenvolvimento a partir do planejamento estratégico Você já deve ter notado que muitas pessoas não utilizam uma ferramenta chamada planejamento. Talvez por considerarem-na ineficaz, ou seja, não funciona e por isso elas não planejam. A estruturação de uma sistemática para planejamento é algo que dá trabalho, mas também apresenta resultados. No final da aula você deverá ser capaz de mostrar que planejar, executar e alcançar os resultados desejados é mais uma questão de disciplina que de dificuldades operacionais. 3.1 Abordando evento e planejamento Muitas são as definições de evento, sejam elas mais técnicas (livros acadêmicos), dicionários ou ainda dadas por profissionais gerais do ramo. O dicionário online Houaiss traz o significado de evento como “acontecimento (festa, espetáculo, comemoração, solenidade etc.) organizado por especialistas, com objetivos institucionais, comunitários ou promocionais”. Conforme Giacaglia (2003, p. 3) é possível que a característica principal de um evento seja “propiciar uma ocasião extraordinária ao encontro de pessoas, com finalidade específica, a qual constitui o tema principal do evento e justifica a sua realização”. De acordo com Zanella (2004, p.13) evento é: “Uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades realizada em data e local especial, com objetivo de celebrar acontecimentos importantes e significativos e estabelecer contatos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, familiar, religiosa, científica etc.” De maneira geral a apresentação dos eventos se dá caracterizada sob a forma de tipos ou modalidades, de conformidade com sua natureza, fato gerador, objetivos, qualificação ou nível dos participantes, amplitude, área, local etc. 23 e-Tec Brasil Observe a seguir a tabela 3.1 que contém alguns dos inúmeros exemplos de eventos com suas principais características, apresentados em ordem alfabética. Tabela 3.1. Exemplos e características dos eventos CLASSIFICAÇÃO EVENTOS ESPECÍFICOS Artístico-culturais Desfile, festival, concerto, show, amostra, exposição etc. Científicos ou técnicos Congresso, seminário, palestra etc. Comerciais Convenção, workshop, mostra, leilão, feira, exposição, desfile, encontro, reunião etc. Culturais Congresso, seminário, simpósio, conferência, curso, palestra, mesa-redonda, painel, fórum etc. Esportivos Competição, remate, excursão, premiação etc. Gastronômicos Banquete, coquetel, festival etc. Históricos Aniversário, inauguração, comemoração, desfile etc. Políticos Debate, reunião, palestra, homenagem, convenção etc. Religiosos Encontros, conclave, festa, concílio, cerimonial etc. Sociais Recepção, baile, casamento, formatura, gardenparty, aniversário, passeio etc. Fonte: Adaptado de Zanella (2004, p.19) “O pensamento sistêmico tem por objetivo lidar com fenômenos e situações que requerem explicação baseada na inter-relação de múltiplas forças.” (KASPER, 2006, p. 49) Independentemente da fonte, nota-se que de uma forma direta ou indireta há a questão do planejamento a ser devidamente estruturado. São pontos importantes para serem discutidos acerca do planejamento de um evento, tais como: sua relevância para seu sucesso geral, descrição passo a passo das ações a serem tomadas, além das estruturas de apoio necessárias ao bom andamento do trabalho. Mas, o que é planejamento? De acordo com Allen et al. (2003, p.50): “O processo de planejamento consiste em estabelecer em que ponto uma organização se encontra no presente e para que ponto seria mais aconselhável que ela se dirigisse no futuro, com as estratégias ou práticas necessárias para atingir aquele ponto.” e-Tec Brasil 24 Logística e Negociação para Eventos Em outras palavras, deve proporcionar uma visão tão abrangente que consiga contemplar o ponto de partida da empresa, o de chegada e identificar quais os meios necessários e suficientes para conseguir ligar o primeiro ao segundo. Usada na gestão de empresas desde o meio do século passado, em especial às do setor automotivo, algumas das ferramentas de controle de qualidade vêm se disseminando em várias áreas como apoio no processo de planejamento e auxílio no que diz respeito à tomada de decisão. Uma delas, denominada de 5W2H, pode parecer que tem um nome meio estranho, mas é de utilização muito fácil e dá uma visão geral dos itens de maior relevância. Na tabela 3.2 a seguir você pode observar uma proposta de se estabelecer informações gerais mais relevantes quando do planejamento e preparação para a execução de um evento. Tabela3.2. Desenvolvimento do conceito de evento com base em 5W2H. PONTOS QUESTÕES IMPORTÂNCIA POR QUÊ? (WHY?) Por que o evento está sendo feito? Devem existir razões muito fortes que confirmem a importância e a viabilidade de se produzir o evento. QUEM? (WHO?) Quais serão os parceiros do evento? Dentre eles incluem-se os parceiros internos, como conselho diretivo, o comitê, equipe e plateia ou convidados, e parceiros externos, como a mídia e políticos. QUANDO? (WHEN?) Quando o evento será realizado? Há tempo hábil para se pesquisar e planejar o evento? O timing atende às necessidades da plateia e, caso o evento seja ao ar livre, as condições climáticas estão sendo levadas em conta? ONDE (WHERE?) Onde o evento será montado? A escolha do local precisa representar a melhor equação entre as necessidades organizacionais do evento, a plateia, o conforto, a acessibilidade e o custo. QUAL? (WHAT?) Qual é o conteúdo ou produto do evento? Esse conteúdo deve corresponder às necessidades, desejos e expectativas da plateia, e precisa estar em sinergia com as quatro questões anteriores referentes ao evento. COMO? (HOW?) Como serão usados os recursos? O funcionamento estrutural é mandatório. A logística também deve fazer parte como peça de funcionalidade geral do sistema do evento. Não basta somente saber valores numéricos. Há que se ter uma ponderação acerca do retorno sobre o investimento, isto é, a respeito da viabilidade financeira do evento. Fonte: Adaptado de Goldblatt apud Allen (2003, p. 33) e Watt (2004, p.21) QUANTO CUSTA? (HOW MUCH?) Qual montante financeiro para se efetivar o evento? Aula 3 – Logística, Eventos e Atividades Econômicas: a importância e o desenvolvimento a partir do planejamento estratégico 25 e-Tec Brasil Resumo Nesta aula você tomou conhecimento que algumas ferramentas de gestão de uma área (empresas automotivas) podem e devem estar à disposição para servirem de apoio em outras, cujo escopo é bem distinto (empresas de eventos). Atividades de aprendizagem • Para reforçar os conceitos abordados, com base na tabela 3.2, complete a tabela abaixo, com a projeção da ferramenta 5W2H: Desenvolvimento do conceito de evento com base em 5W2H. PONTOS QUESTÕES POR QUE? (WHY?) Por que o evento está sendo feito? QUEM? (WHO?) Quais serão os parceiros do evento? QUANDO? (WHEN?) Quando o evento será realizado? ONDE (WHERE?) Onde o evento será montado? QUAL? (WHAT?) Qual é o conteúdo ou produto do evento? COMO? (HOW?) Como serão usados os recursos? QUANTO CUSTA? (HOW MUCH?) Qual montante financeiro para se efetivar o evento? RESPOSTA Fonte: Elaborado pelo autor adaptado de Allen (2003, p.33) e Watt (2004, p.21) e-Tec Brasil 26 Logística e Negociação para Eventos Aula 4 – E stratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos Nesta aula será estudado como as estratégias e objetivos podem melhorar a logística de um evento. Sempre vale lembrar que um planejamento bem feito deve ter por base os objetivos a serem alcançados e, para tanto, o profissional precisa determinar quais serão as melhores estratégias de atuação. Os serviços logísticos estarão à disposição do mercado de maneira adequada somente após uma análise bem criteriosa. 4.1 A nalisando o ambiente de atuação: matriz SWOT ou FOFA Imagine a seguinte situação: • Você é responsável por uma empresa de eventos e necessita desenvolver uma estratégia corporativa para concorrer nesse mercado. • Qual a estratégia logística que você poderia desenvolver a partir do que for exigido pelo mercado e disposto por sua empresa? • Você deverá distribuir os seguintes itens: mesas, cadeiras, toalhas, talheres, copos e guardanapos produzidos na RMC e serão utilizados em um evento em Campo Largo/PR. • Sugira uma sistemática de distribuição capaz de alcançar: • Redução de prazos de entrega • Redução de perdas/quebras de itens • Redução de custos • Redução de burocracia 27 e-Tec Brasil • Melhoria dos serviços prestados • Melhoria na satisfação dos clientes. É sabido que no que se referem às questões logísticas, os principais gestores das empresas envolvidas nesse processo devem ter em mente que suas ações deverão oferecer e/ou entregar: a) PRODUTO certo b) No LUGAR certo c) Na QUANTIDADE certa d) No TEMPO certo e) No CUSTO adequado. Algumas das técnicas da logística, como uma arma competitiva, em um cenário cada vez mais agressivo (mundialmente falando) levam em consideração: Tabela 4.1. Ações e vantagens em logística FAZER PROPORCIONA VANTAGEM EM Com MENOR custo MAIS lucro MAIS rápido MAIS tempo MAIS constância MAIS frequência MENOS estoque MAIS fluxo de Caixa Chegar onde NÃO se chega hoje MAIS mercado Chegar onde outros NÃO chegam MAIS fatia de mercado Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Christopher (1999) Na sequência das atividades de eventos da empresa na qual você trabalha, ocorre algo inesperado, um caso diferente que, ainda não se sabe se as consequências serão agradáveis ou não. Curiosidade Promoção* Você acaba de chegar de uma reunião com o proprietário da empresa de eventos que desde os últimos dez anos e recebeu a fantástica notícia de que, devido ao seu desempenho, foi selecionado, entre vários possíveis candidatos, para liderar um projeto especial, envolvendo um possível grande faturamento, do qual muito depende a própria sobrevivência do e-Tec Brasil 28 Logística e Negociação para Eventos negócio. Suas emoções, durante a discussão com o número 1 da empresa (proprietário), variaram da lisonja, orgulho, euforia, quando caiu em si quanto ao grau de confiança que estava sendo depositado em você, passando a ansiedade e preocupação. Caminhando por entre alguns itens de exposição, você tem a impressão de que o medo está no limiar do pânico. Já mais estável e de volta à sua mesa, você começa a pensar nas coisas que lhe foram ditas e na enormidade de itens que a tarefa que está à sua frente irá trazer. Entretanto, você não tem muita noção de por onde começar e tenta convencer a si mesmo de que deve ser uma questão de bom senso: “- Afinal tenho tido uma carreira de sucesso e já era hora de ser alocado para algo mais importante.” Você nunca liderou um projeto como esse antes, e ainda assim sente-se com autoconfiança suficiente para crer que, na verdade, pode, sim, encarar o desafio, afinal, por que outro motivo o representante máximo da empresa, juntamente com a diretoria, havia delegado a tarefa a você? Tendo tido sucesso no esforço de autoconvencimento, sua mente volta à questão que o assaltou há alguns minutos: “Por onde começar?” Na mesa, bem em frente a você está o estudo de viabilidade preparado há 5 meses por uma empresa de Consultoria Estratégica de Marketing, que você trouxe da reunião. Tarefa: Ler, analisar, estudar e, no máximo em uma semana, você compareça de novo junto à direção geral para, numa reunião, apresentar sua proposta de como colocar o projeto em andamento. De repente, toca o telefone e você cai em si para as asperezas do dia a dia. Estão pedindo a confirmação de sua presença na reunião com “aquele” cliente importante, representante de uma classe especial de executivos, onde serão discutidos os pobres níveis de serviço prestados no mais recente congresso da classe de formandos de 1980 – e você também é esperado para levar alguma proposta lá. Quando olha no relógio, percebe que a reunião de que estão falando começou há 15 minutos! Você se preocupa com sua reputação de organização e pontualidade e, guardando o relatório com o estudo de viabilidade, dirige-se à reunião, prometendo a si mesmo que precisa dar um jeito Aula 4 – Estratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos 29 e-Tec Brasil nestas reuniões – “afinal, não é possível tocar um projeto destes e ainda estar atolado em questões do dia a dia”. E você sente um frio na barriga quando se lembra de que de fato isso não foi tratado de manhã. “Mas ficou implícito que eu deixaria pelo menos boa parte das minhas funções de linha... ou não?” Se esta história fictícia não soou familiar para você, um dia vai soar. Bem-vindo ao mundo da “gestão de projetos”. *Fonte: Elaborado a partir de Corrêa e Corrêa (2005, p.184-185) A seguir você encontrará certas diretrizes para analisar em que situação sua empresa está, como se encontra, qual o comportamento do mercado e algumas possibilidades de atuação. 4.2 Análise SWOT/FOFA É uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas como parte do planejamento de marketing, como Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades), Threats (Ameaças). SWOT – Forças (Características internas da empresa) Correspondem aos recursos e capacidades da empresa que podem ser combinados para gerar vantagens competitivas com relação a seus competidores, por exemplo: • Marcas de produtos • Conceito da empresa • Participação de mercado • Vantagens de custos • Localização e-Tec Brasil 30 Logística e Negociação para Eventos • Fontes exclusivas de matérias-primas • Controle sobre a rede de distribuição. SWOT – Fraquezas (características internas da empresa) São os pontos mais vulneráveis da empresa em comparação com os mesmos pontos de competidores atuais ou em potencial, como: • Pouca força de marca • Baixo conceito junto ao mercado • Custos elevados • Localização não favorável • Falta de acesso a matérias-primas • Pouco controle sobre rede distribuição. SWOT – Oportunidades (características externas à empresa) Correspondem às possibilidades para crescimento, lucro e fortalecimento da empresa, tais como: • Necessidades não satisfeitas do consumidor • Aumento no poder de compra do mercado • Disponibilidade de linhas de crédito. SWOT – Ameaças (características externas à empresa) Correspondem a mudanças no ambiente que apresentam perigo real à sobrevivência da empresa, tais como: • Mudanças nos padrões de consumo; Aula 4 – Estratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos 31 e-Tec Brasil • Lançamento de produtos substitutivos; • Redução no poder de compra dos consumidores. Exemplos: A seguir você poderá comparar alguns quadros (SWOT/FOFA) de empresas bem estabelecidas no mercado internacional. É muito importante constatar que se um item é válido hoje como oportunidade, amanhã poderá aparecer uma ameaça tão relevante que a empresa deve sempre estar atenta aos detalhes que fazem a diferença. Pontos fortes Pontos fracos Pontos fortes CRIAR Pontos fracos F A Pontos fracos Pontos fortes Pontos fortes O ELIMINAR MELHORAR REDUZIR Ameaças F REDUZIR Oportunidades Ameaças ELIMINAR Ameaças A MELHORAR Oportunidades Oportunidades F CRIAR Ameaças O Oportunidades F Pontos fracos Aplicabilidade geral Figura 4.1: Análise geral Fonte: http://www.ocoruja.com/index.php/tag/mkt/ Aplicabilidade ao Cirque de Soleil Figura 4.2: Análise Cirque du Soleil Fonte: http://www.ocoruja.com/index.php/tag/mkt/ e-Tec Brasil 32 Logística e Negociação para Eventos Ameaças Pontos fortes A MELHORAR Pontos fracos Pontos fortes Oportunidades F CRIAR ELIMINAR REDUZIR Ameaças O Oportunidades F Pontos fracos Aplicabilidade à Microsoft 1. Leia o livro Gestão de eventos em lazer e turismo, de David C. Watt. Porto Alegre: Bookman, 2004. p. 83-44. Figura 4.3: Análise Microsoft Fonte: http://www.ocoruja.com/index.php/tag/mkt/ Ameaças Pontos fortes A MELHORAR Pontos fracos Pontos fortes Oportunidades F CRIAR ELIMINAR REDUZIR Ameaças O Oportunidades F Pontos fracos Aplicabilidade à Disney Figura 4.4: Análise Disney Fonte: http://www.ocoruja.com/index.php/tag/mkt/ 2. Planejamento estratégico de eventos, de Hélio Afonso Braga de Paiva e Marcos Fava Neves. A obra apresenta um roteiro para estudo ou aplicação do processo de planejamento estratégico em eventos. Oferece exemplos de ações fundamentadas em teorias apresentadas e contextualizadas em um processo de planejamento estratégico de eventos para o Brasil. Além disso, traz teorias em uma estrutura que pode ser utilizada como livro-texto ou manual para realização de processo de planejamento estratégico em empresas de evento. Fonte: http://www. livrariacultura.com.br/ “Nada é particularmente difícil se você dividi-lo em pequenas tarefas.” (Henry Ford) Resumo Nesta aula você entrou em contato com algumas das muitas faces da gestão de empresas, em especial a análise de pontos internos relevantes (fortes e fracos), da mesma forma os externos (oportunidades e ameaças). Assim, você poderá aumentar as chances de sucesso empresarial. Atividades de aprendizagem • Você deverá primeiramente tentar responder as questões abaixo e, caso tenha maiores dificuldades, pesquise em alguns livros e/ou periódicos que possam auxiliá-lo na tarefa. Aula 4 – Estratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos 33 e-Tec Brasil 1. Defina logística de uma maneira bem breve e simples. 2. Aponte e justifique a característica marcante nas ações da logística? 3. Procure estabelecer uma relação entre Logística e Supply Chain Management. 4. Cite dois pontos importantes que poderiam indicar que a sua empresa de eventos está apta a atender alguma necessidade específica de mercado. Observe: Evento 1: Colação de grau da Faculdade Alfa. Evento 2: Preparar e fornecer coffee break para seminário de profissionais de Odontologia. e-Tec Brasil 34 Logística e Negociação para Eventos 5. Sugira uma característica específica que os profissionais de logística devam ter para se manterem cada vez mais competitivos na área de eventos. Anotações Aula 4 – Estratégias e objetivos: a melhoria dos serviços logísticos 35 e-Tec Brasil Aula 5 – A rmazenagem, controle e distribuição logística Nesta aula será abordado como a armazenagem pode ser feita de maneira eficiente, a partir de um plano que visa manter o controle do estoque e qualidade dos produtos armazenados. Para poder atender às necessidades dos clientes, especialmente pelas características apresentados por eventos, você enfrentará um impasse importante: manter alto nível de estoques de bens (caros ou baratos) e comprometer suas reservas econômicas, ou deixar pouco capital preso, mas não ter o que precisa, quando precisa. Armazenar ou não, eis a questão! 5.1 Um pouco de história Há bem pouco tempo, muitas empresas se esforçavam em investir em estoques, pois quanto maior o número de itens disponíveis, maiores as possibilidades de ganhar mercado, inclusive de maneira rápida. Talvez em épocas de inflação alta isto tivesse alguma validade, mas hoje, em relação à administração de estoques, você vai notar que a maioria das empresas trabalha com o mínimo de estoques, de tal modo que ainda permita atender os clientes, claramente, objetivando: • Determinar um fator de segurança para oferta de eventos • Garantir a independência entre as fases dos eventos • Obter vantagens de preço de mercado Lead time Tempo total entre a ordem dada (ou informação disponibilizada) e a tarefa concluída. Exemplo: Encomendei uma pizza por telefone às 19h30 e ela foi entregue adequadamente às 20h15. Isto significa que, apesar de o tempo de produção da pizza ser de apenas 15 minutos, o lead time (tempo incluindo todas as etapas do fornecimento) foi de 45 minutos. • Permitir uma produção constante • Possibilitar o uso de lotes econômicos • Reduzir os lead times produtivos • Etc. 37 e-Tec Brasil Os clientes estão dispostos a pagar por algo desde que consigam identificar quanto de valor agregado está incluso naquele item. Por exemplo, é fácil identificar que, em uma recepção, o canapé servido aos clientes tenha, além do sabor especial, uma beleza diferente do padrão, ou formato interessante, um tamanho incomum ou ainda algo inusitado que garanta seu consumo. Em tudo isso há um custo que, no final das contas, quem paga é o cliente final. Mas esse cliente não está disposto a pagar por algo que ele não consiga perceber, por exemplo, o volume de estoques de guardanapo existe no depósito, ou o grande volume de detergente que temos à disposição guardado em nossa filial, ou ainda as várias gravatas tipo borboleta que nossos garçons têm para serem usadas a qualquer momento. Você até poderá dizer que, do ponto de vista da gestão daquele que presta o serviço no evento, isto é importante. Pode ser, mas os custos necessários para se manter tudo isso à disposição é algo que obrigatoriamente será absorvido pela empresa! Claro que se você conseguir produzir com um mínimo de estoques terá menor flexibilidade, mas também menores custos, eliminando desperdícios com uma efetiva possibilidade de redução de custos, ofertando continuamente produtos e serviços, isto é, aumento de produtividade. Dessa forma, você estará despendendo um esforço contínuo na resolução de problemas o que, de certa forma aumenta a possibilidade de redução de custos em geral. 5.2 M uito estoque ou pouco estoque? Quais os riscos? Por uma questão operacional, há a necessidade de se trabalhar com um mínimo de estoques, ou seja, impossível produzir com zero de insumos disponíveis. Nosso equilíbrio gerencial e operacional deverá ter por base certos itens, tais como: • Custos e-Tec Brasil 38 mais caro ou mais barato? Logística e Negociação para Eventos • Eficácia mais eficaz ou nem tanto? • Estratégias mais agressivas ou mais conservadoras? • Localização mais próximo ou mais longe? • Princípios • Riscos mais práticos ou mais estruturados? maiores ou menores? Para que você tenha condições de eliminar (ou pelo menos diminuir) as causas dos estoques, deve estar preparado para estruturar corretamente: • Variações de incertezas: de demanda, de fornecimento e melhoramento de previsão de segurança • Direcionamento de produtos/serviços: de uma fonte para um destino • Otimização do tempo: adequação para realização das atividades • Otimização dos estoques sazonais • Otimização dos estoques especulativos. Existem riscos que devem ser superados sempre que possível e a centralização de estoques de certos itens poderá trazer certa tranquilidade com relação a: • Falta de bens em estoque • Custos de segurança do estoque e a média gasta (valores) por período • Diminuição de variação de itens • Diminuição de variação do comportamento da demanda de mercado e oferta de bens e serviços. Com relação a movimentação e transporte, observe se os depósitos para a adequada armazenagem dos itens serão: • Centralizados ou descentralizados; Aula 5 – Armazenagem, controle e distribuição logística 39 e-Tec Brasil • Com muitos ou poucos itens estocados; • Com um layout fixo ou passível de modificações; • Com uma maior segurança dos funcionários ou nem tanto; • De tamanho pequeno, médio, grande ou hiper; • De uma localização mais próxima ou mais distante; • Privado ou público. 5.3 Gestão de estoques e de transporte Para se obter uma movimentação física de matérias-primas, insumos, e até mesmo produtos acabados e semiacabados, no sentido do fornecedor para o cliente final, passando pela unidade transformadora, deve-se investir no processo pois, conforme Bowersox e Closs (2001, p. 44) “as operações logísticas têm início com a expedição inicial de materiais ou componentes por um fornecedor, e terminam quando um produto fabricado ou processado é entregue a um cliente.” Para que se possa integrar armazenagem e transporte, observe algumas das principais características: • Sistema de gestão de depósito: –– –– –– –– –– –– –– –– Controle de inventário Embalagem Escolha Estadiamento Planejamento de mão de obra Processamento do caminho de saída Reposição Slotting (encaixe) • Sistema de gestão de transporte: –– –– –– –– e-Tec Brasil 40 Classificação de itens Gestão de ativo (dinheiro preso no sistema) Oferta de carga Planejamento de carga e de frete e o respectivo pagamento Logística e Negociação para Eventos –– Acompanhamento e rastreabilidade –– Rotas e cronogramas • Funcionalidade compartilhada entre depósito e transporte: –– –– –– –– –– –– –– –– Diagramação da carga Gestão do pátio Gestão do trailer (transporte propriamente dito) Movimentação entre docas Planejamento de onda (frequência de transportes) Programação dos veículos e seus destinos porta a porta Recebimento e resultados Visibilidade do estoque Muitos devem ser os investimentos nessa área, visto ser possível melhorar os níveis dos serviços, incrementando economias no processo produtivo por meio de economias de escala, provendo proteção contra aumentos de preços, combatendo certas incertezas relativas ao reabastecimento e promovendo segurança contra contingências. Uma ferramenta importante no processo de gestão de estoques, armazenagem e transporte é chamada Classificação ABC ou Curva ABC, que é um método de diferenciação dos estoques segundo sua maior ou menor abrangência em relação a determinado fator, consistindo em separar os itens por classes de acordo com sua importância relativa. Observe a figura 5.1: % Valor 100 95 80 C B A 20 Figura 5.1: Curva ABC 50 100 % Quantidade de itens Fonte: http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-curva-abc-analise-de-pareto-regra-80-20/ Aula 5 – Armazenagem, controle e distribuição logística 41 e-Tec Brasil Existem várias possibilidades de distribuição nessa classificação tipo ABC, sendo esta uma das mais frequentes: Tabela 5.1. Relação de percentuais de quantidade e valores para Curva ABC. Itens Quantidade (em %) Valor (em %) A 15-20 60-80 B 20-50 15-30 > 50 5-10 C Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Tubino(2000). Pode-se elaborar a classificação ABC por demanda valorizada, empregando-se a seguinte rotina: • Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o valor da demanda pelo custo unitário do item • Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda valorizada • Calcula-se a demanda valorizada total dos itens • Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item em relação à demanda valorizada total, podendo-se calcular também as percentagens acumuladas • Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes A, B e C (ou quantas quisermos) Exercício Classificação ABC Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 Demanda Anual 9.000 4.625 1.075 15.000 59.500 16.000 10.000 4.250 13.500 1.000 Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17 Acumulado Classe Ordem Item Demanda Valorizada Individual % Demanda Valorizada Acumulada % 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fonte: Elaborado pelo autor e-Tec Brasil 42 Logística e Negociação para Eventos Resolução do Exercício Classificação ABC Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 Demanda Anual 9.000 4.625 1.075 15.000 59.500 16.000 10.000 4.250 13.500 1.000 Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17 Ordem Item Individual % Demanda Valorizada Demanda Valorizada Acumulada % Acumulado Classe 1 X5 297.500 35,0 297.500 35,0 A 2 X8 212.500 25,0 510.000 60,0 A 3 X1 90.000 10,6 600.000 70,6 B 4 X3 86.000 10,1 686.000 80,7 B 5 X6 80.000 9,4 766.000 90,1 B 6 X7 20.000 2,4 786.000 92,5 C 7 X2 18.500 2,1 804.500 94,6 C 8 X10 17.000 2,0 821.500 96,6 C 9 X4 15.000 1,8 836.500 98,4 C 10 X9 13.500 1,6 850.000 100,0 C Fonte: Elaborado pelo autor “Todo erro gerencial acaba gerando estoque.” Michael C. Bergerac, ex-presidente executivo da REVLON, Inc. Citado por Ballou (1993, p.204) Resumo Nesta aula você analisou algumas das necessidades de uma empresa de eventos em função das necessidades de atendimento ao mercado. Para isso, há que se estruturar para guardar o que for preciso sem, contudo exagerar nos custos, pois o mercado não paga por nada que não agregue valor ao produto ou serviço. Atividades de aprendizagem Responda: • Quais métodos de previsão sua empresa usa para se antecipar aos clientes de eventos? E um congresso? Aula 5 – Armazenagem, controle e distribuição logística 43 e-Tec Brasil • Qual a precisão desses métodos? • Como as previsões realizadas por sua empresa afetarão o suprimento para uma festa? Ou um seminário? Anotações e-Tec Brasil 44 Logística e Negociação para Eventos Aula 6 – E mbalagens e transportes de itens em eventos Abordaremos nesta aula a importância do uso correto de embalagens quanto ao manuseio de equipamento e produtos necessários à estrutura dos eventos. Você deverá observar que o item “embalagem” muitas vezes passa por nós e não é adequadamente observado, isto é, não damos a devida atenção a essa parte do produto tanto quanto ela merece. A embalagem tem tanta importância que são investidos conhecimento, tecnologia, tempo, dinheiro, pesquisa etc. para que se possa agir acertadamente. 6.1 Definições Todos nós, a cada dia, fazemos uso de embalagens nas mais diversas opções de aplicações. Mas afinal o que é embalagem? É todo invólucro que prepara um produto para sua distribuição ou para o seu uso final. Toda e qualquer embalagem pode ser classificada quanto às suas funções, finalidade, movimentação e utilidade. Vamos ver cada um desses itens! • Quanto às funções: –– Primária: é a que contém o produto (vidro, lata, plástico) podendo ser utilizada como uma medida de produção e/ou de consumo. –– Secundária: serve de acondicionamento que protege a embalagem primária. –– Terciária: normalmente é aquela usada pelo atacadista (caixas de madeira ou papelão, plástico ou outro material similar). –– Quaternária: ela envolve o contenedor (caixa maior ou envoltório de grande volume) e facilita a movimentação na distribuição. –– De quinto nível: caixote de metal para volumes ou pesos muito elevados (container). 45 e-Tec Brasil Na tabela 6.1, você entenderá melhor alguns dos exemplos citados anteriormente com relação às funções de uma embalagem: Tabela 6.1. Exemplos distintos de embalagens e suas funções. Função Nome Primária Pacote/Saco Secundária Caixa/Suporte Terciária Cesta/Caixa Quaternária Plástico stretch Quinto nível Container Exemplos Fonte: Elaborado pelo autor a partir de imagens livres disponíveis na internet e-Tec Brasil 46 Logística e Negociação para Eventos • Quanto à finalidade: –– –– –– –– –– Consumo: utilização direta. Expositora: apresentação do produto. Distribuição física: deslocamento. Transporte e exportação: deslocamento para longas distâncias. Industrial ou de movimentação: processo produtivo ou deslocamento interno. –– Armazenagem: guarda e/ou manutenção de longo prazo. • Quanto à movimentação: Uso próprio, em especial quanto à característica de poderem ser: –– Para manuseio: feita pela própria pessoa. –– Para movimentação mecânica: feita por meio de máquina ou equipamento. • Quanto à utilidade: Uso próprio, em especial quanto à característica de poderem ser: –– Retornáveis: para reutilização posterior ao uso do momento. –– Não Retornáveis: descartáveis no local do uso. Note ainda que quando a economia de um local (cidade, estado, país) vai bem, a indústria de embalagens já vem, há algum tempo, trabalhando a todo vapor. 6.2 Cuidados relativos a eventos O uso de embalagens nos eventos que participamos, em especial aqueles que estamos coordenando, deve atender às necessidades que o produto e/ ou o serviço demandar. Há uma necessidade de estudo para transportar objetos e itens em geral, com cuidados específicos para o manuseio de cada um deles. E obviamente tudo isto implica em embalagens específicas de acordo com cada caso. Aula 6 – Embalagens e transportes de itens em eventos 47 e-Tec Brasil Diferença de material: inovação de empacotamento A cada evento feito (entenda aqui como aquele que você participou, especialmente se esteve sob sua coordenação), que o conhecimento adquirido deve servir de base para as próximas ocasiões. Você poderá dizer: - Mas cada evento é único, tem suas características próprias, suas particularidades! É verdade, mas assim como na vida, cada um poderá (ou não) aprender com as dificuldades e até mesmo com erros cometidos ao longo do processo. Empresas de manufatura estão adaptando seus materiais (especialmente caixas de papelão) buscando uma mudança efetiva em sua cadeia de abastecimento. Por meio da redução de certos itens, como desperdícios, custos de transporte, eficiência etc. Algumas estratégias de inovação podem prover um ganho generalizado. Fonte: http://www.amecis.com. br/caixas/caixas-organizadora. html Lembre-se: Os cuidados tomados na montagem devem ser também na desmontagem e/ou encerramento de um evento, independentemente do tamanho, local, data, pessoas e dos custos envolvidos. Cuidado sempre! Curiosidade Marrom pensa verde O artigo escrito por Joseph O'Reilly aborda algumas ações tomadas nos últimos anos pela companhia de transporte UPS, que tem ajudado empresas a compreender a importância de embalagens. Como parte do programa de ecorresponsabilidade voltado para embalagens, a empresa identificou três categorias para medir sua performance: 1. Materiais: O material mais comum empregado é o corrugado, que além de bem proteger, é possível de ser reciclado em cerca de 83%. 2. Relação entre volume e embalagem: Preferencialmente, as caixas não devem ser maiores que o necessário, isto é, não há excesso de material gasto em sua confecção. 3. Elemento protetor: Proteger o conteúdo de uma embalagem significa eliminar os custos de estragos e quebras. Excesso de material protetor utilizado no processo certamente implicará custos extras de movimentação e distribuição. Fonte: http://www.inboundlogistics.com/cms/article/material-difference-packaging-innovation-inside-and-out/ Resumo Para ler o artigo “Marrom pensa verde” na íntegra, acesse o link: http://www.inboundlogistics. com/cms/article/materialdifference-packaginginnovation-inside-and-out/ e-Tec Brasil Nesta aula você tomou contato com certas informações que poderão ajudar a se prevenir com relação a quebras, estragos, perdas, enfim, ações que invariavelmente causarão prejuízos, tanto financeiros quanto na imagem da empresa que você atua. 48 Logística e Negociação para Eventos Atividades de aprendizagem • Você apontará alguns dos principais cuidados com relação a transportes e, obviamente, a questão das embalagens deverá obrigatoriamente ser considerada. • Procure desenvolver seu lado crítico, não no sentido de ser “do contra”, mas para estar preparado quando algum problema ocorrer. Dessa forma você terá uma sugestão adequada para a resolução do caso. EVENTO PRINCIPAIS ITENS A TRANSPORTAR PRINCIPAIS CUIDADOS A TOMAR Banquete ou Jantar de gala Conferência Congresso Coquetel Desfile de moda Feira de livros Exposição Agropecuária Fonte: Elaborado pelo autor Anotações Aula 6 – Embalagens e transportes de itens em eventos 49 e-Tec Brasil Aula 7 – O Negócio: planejamento e produção de eventos Nesta aula estudaremos o conceito de planejamento e sua importância para a gestão de eventos. 7.1 Enfoque geral Muitas são as definições de planejamento. Vários autores têm dado diferentes enfoques sobre o assunto, mas, apesar dessa grande variedade, podemos dizer que planejamento é uma atividade intelectual, que se antecipa à atuação de procedimentos, que estabelece metas e objetivos a serem alcançados, assim como propõe ações para atingi-los. Tabela7.1. Definições de planejamento de eventos AUTOR CONCEITO Allen et al. (2003, p.51) Se for feito pela primeira vez, o planejamento deve se utilizar de um estudo de viabilidade. Se este estudo garantir que o evento tem a possibilidade de atender a certos critérios decisivos (tais como lucratividade), ele então passa para a fase de desenvolvimento dos planos para a sua criação e aplicação. Borba (2012) A realização de um evento depende prioritariamente do planejamento, e para planejar é essencial reunir todas as informações necessárias, como o domínio de uma série de técnicas, para que se obtenha sucesso e lucro. Harvey-Jones (2003, p. 50) O planejamento é um processo antinatural: é muito mais interessante não fazer nada. O melhor da falta de planejamento é que o fracasso chega inteiramente de surpresa, em vez de ser precedido de um período de preocupação e depressão. Watt (2004, p.23) O planejamento é o processo que identifica metas e objetivos, estabelecendo os meios para obtê-los. O planejamento de eventos deve ser desenvolvido de forma estruturada e lógica Fonte: Compilado pelo autor 7.2 Estruturação Assim como qualquer atividade bem estruturada, os eventos necessitam de tempo e de compromissos assumidos (individual e organizacionalmente), sempre considerando-se um resultado benéfico como parte de um plano estratégico. Conforme Watt (2004, p.24) para que uma estratégia de eventos seja efetiva é necessário que, por meio dela, sejam especificados os seguintes itens, do ponto de vista da organização envolvida: 51 e-Tec Brasil a) O propósito do evento b) As metas e os objetivos do evento c) O tipo de pessoal envolvido d) O tipo de gestão (como será coordenado) e) A quem será delegada a responsabilidade da coordenação. “Sem um plano, não passamos de turistas.” Douglas MacArthur, general norte-americano que lutou na I e II Guerra Mundial. Citado por Watt (2004, p. 232) Uma decisão correta, bem estruturada, antes do gestor ir em frente, exige que o mesmo se assegure da capacidade geral da organização em dar continuidade ao evento, sempre considerando os custos envolvidos e os correspondentes benefícios a serem alcançados. Para isso, inúmeras devem ser as informações e os conceitos a serem considerados no que se refere a viabilidade do evento. Isto significa: dar certo e dar lucro. O planejador do evento deve obrigatoriamente considerar certos requisitos com base em orçamento; em necessidades técnicas (gerencial e operacional); conhecer os possíveis impactos (positivos e negativos) que a sociedade sofrerá; com quantos voluntários poderá contar ou se há necessidade de contratação de mão de obra; quais os patrocinadores que atuarão direta ou indiretamente sobre o acontecimento; quais as demandas legais deverão ser obedecidas; qual a necessidade e qual a possibilidade de apoio político etc. Deve-se ter em mente que “Um evento do porte das Olimpíadas, por exemplo, possivelmente irá requerer um processo mais demorado e meticuloso do que um campeonato estadual de esportes ou um congresso”. (ALLEN et al., 2003, p.53) 7.3 Liderança Nessa linha de atuação, há que se ter uma liderança eficaz, uma organização formal e estruturada, juntamente com um trabalho dedicado. Espírito de equipe é fundamental para o sucesso, seja qual situação for. e-Tec Brasil 52 Logística e Negociação para Eventos Conforme Watt (2004, p.22) independentemente do número de organizadores envolvidos, é necessário que UM deles seja a figura-chave, que combina os seguintes papéis: a) Administrador b) Planejador c) Coordenador de informações d) Especialista em apresentações e) Consultor de gerenciamento f) Responsável pelo pessoal g) Humorista h) Fonte de energia i) Coordenador de equipe j) Tomador de decisões k) Administrador de crises l) Pessoa com personalidade m)Anjo da guarda. Ainda segundo o mesmo autor, existem outras pessoas a serem consideradas como participantes do público e que também possam contribuir com ações operacionais e de captação de recursos. São elas: a) Observadores b) Público assistente c) Público participante d) Patrocinadores e) Parceiros políticos, dentre outros. Sem a consideração de todas essas pessoas, os esforços a serem envidados pelos organizadores serão totalmente em vão, visto ser o público o foco, a razão de ser do evento. Aula 7 – O Negócio: planejamento e produção de eventos 53 e-Tec Brasil Por meio da figura 7.1 a seguir, é possível de se estruturar uma sequência básica que servirá para fazer e acompanhar o planejamento de um evento. Figura 7.1: Sequência básica de planejamento de eventos Fonte: Studio Brasil (http://www.studiobrasil.com.br/news/01.html) Neste vídeo você conhecerá algumas etapas para o planejamento e para a organização do evento, sendo que cada passo é fundamental para o sucesso geral. Fonte: http://www.youtube.com/ watch?v=z3AAhBI3cPo e-Tec Brasil Resumo Por meio deste capítulo é possível ter uma visão geral das questões relativas a planejamento, em especial aquelas voltadas para a gestão de eventos. Importante salientar que o sucesso geral está embasado nos detalhes individuais. 54 Logística e Negociação para Eventos “O Brasil está entre os 10 países que mais organizam eventos no mundo. São Paulo é a cidade que mais recebe eventos nas Américas. O país está no circuito das maiores turnês de shows e musicais. Há cerca de 800.000 casamentos/ano. Não há mais espaço para amadorismo. É preciso planejamento.” Profª Líbia Lender Macedo, coordenadora de cursos de especialização em eventos: planejamento e produção. Universidade Anhembi Morumbi. SP-Capital. Fonte: http://www.youtube.com/ watch?v=JUU1_8eJVlY Para assistir a entrevista completa da professora Líbia Lender Macedo, acesse o link: http://www.youtube.com/ watch?v=JUU1_8eJVlY Atividades de aprendizagem • Pesquise na sua cidade e/ou região alguns dos eventos mais importantes que ocorreram nos últimos anos e compare o esforço empreendido pelo líder da organização e o resultado final do trabalho dos envolvidos. Aula 7 – O Negócio: planejamento e produção de eventos 55 e-Tec Brasil Aula 8 – E struturação de eventos Nesta aula será estudada a necessidade de se estruturar corretamente um evento e relacionar o que for necessário para se obter êxito. 8.1 Enfoque geral Conforme definição do PMI (Project Management Institute) um projeto “é um empreendimento temporário com o objetivo de criar um produto ou serviço único”. Para saber mais sobre o Project Management Institute acesse o site: www.pmi.org Para Menezes (2001, p. 43), é importante salientar que um projeto é “um empreendimento único que deve apresentar um início e um fim claramente definidos e que, conduzido por pessoas possa atingir seus objetivos respeitando os parâmetros de prazo, custo e qualidade”. Para que um projeto seja levado a termo é necessário que haja um trabalho de estruturação do mesmo, ou seja, é preciso um detalhamento do plano básico para a devida aquisição dos recursos necessários para sua efetivação. Podemos dizer que as estratégias usadas por uma organização de eventos, e seus objetivos são os produtos e/ou resultados de sua estrutura. 8.2 Formatação A estrutura da organização de um evento precisa fazer uso de várias atividades, como planejamento, desenvolvimento, operacionalização e foco nos objetivos. Deve ainda levar em consideração as mais variadas cadeias de suprimentos, pois um evento exige o fornecimento diferenciado de vários itens, tanto produtos como serviços. A estrutura deve ser feita de tal forma que os esforços se apresentem bem articulados. Daí a importância do gestor, do gerente, do coordenador ou qualquer outro nome que se dê para quem for reunir as tarefas, a fim de alcançar os objetivos estabelecidos. 57 e-Tec Brasil Independentemente do porte físico, da capacidade financeira, da abrangência das ações, todas as organizações (sem exceção) precisam de mecanismos e sistemas de coordenação, com ações, atribuições, tarefas claramente estabelecidas sendo do conhecimento geral dos envolvidos. Nesse contexto, você deve observar Watt (2004, p.55) quando diz que: “Todos devem trabalhar árdua e permanentemente, em um esforço para preservar essa unidade de propósitos, tão vital para eventos coesos e bem sucedidos, qualquer que seja o seu tamanho. Se a unidade de propósitos estiver presente e se for preservada [...], a articulação de esforços será uma consequência natural”. 8.3 Operacionalização Devido à grandeza das ações envolvidas na operacionalização de um evento, relativamente à complexidade, abrangência, grau de importância e impacto na sociedade, tudo isso exige tanto especialização (técnica) quanto experiência (prática). Para se efetivar a operacionalização de um evento, Zanella (2004, p.35-36) nos orienta que devemos: a) Definir de forma clara e precisa os objetivos, bem como a amplitude do evento. b) Estruturar o roteiro de planejamento e o respectivo cronograma de execução com bastante antecedência da data prevista para seu início. c) Prever recursos materiais, financeiros e de apoio para atender às exigências operacionais. O livro Gestão de projetos, de Luís César de Moura Menezes, apresenta conceitos e instrumentos sobre a eficácia de um projeto. Além de tratar de conceitos sobre ciclo de vida de um projeto, o livro é também uma ferramenta para quem irá gerenciar ou deseja conhecer o que vem a ser um projeto e os seus respectivos desdobramentos. Fonte: http://www. livrariacultura.com.br/ e-Tec Brasil d) Dispor de pessoas, grupos ou comissões para assumir a responsabilidade pela coordenação e execução dos trabalhos. e) Estabelecer sistema de integração e relacionamento permanente com patrocinadores, promotores, empresas vinculadas, autoridades, especialistas, imprensa, agentes de viagem, fornecedores, participantes e colaboradores colhendo subsídios e sugestões. f) Instituir canais de comunicação ágeis e eficientes entre todas as áreas de operação e serviços, a fim de prevenir e corrigir prontamente eventuais deficiências ou falhas no decorrer do evento. 58 Logística e Negociação para Eventos g) Assegurar a quantidade e qualidade dos materiais, produtos e equipamentos necessários para a operacionalização dos eventos. h) Estabelecer normas e procedimentos a serem observados pelos participantes dos eventos. i) Implantar sistema de controle e acompanhamento das providências e decisões tomadas no curso do evento. Muito importante sempre ter em mente qual o escopo, ou seja, o foco principal a ser atingido em cada evento. “Se você sempre reclamar dos outros por causa dos teus próprios erros, você nunca crescerá”. JoyGumz, diretora senior de projetos da empresa LLC Auditors. Traduzido pelo autor direto do original “If you always blame others for your mistakes, you will never improve”. Fonte: http://www.projectauditors.com/Company/Project_Management_Quotes.html Resumo Nesta aula você viu a importância que tem as estratégias ao serem utilizadas por uma organização de eventos, bem como suas tarefas e os possíveis resultados a serem alcançados. Atividades de aprendizagem Para que você possa exercitar o aprendizado desta aula, preencha o quadro abaixo focando na definição do escopo do projeto do evento: VARIÁVEL DE CARACTERIZAÇÃO DO EVENTO DESCRIÇÃO DA VARIÁVEL CARACTERÍSTICA ESCOLHIDA PARA O EVENTO Tipo de clientes Segmento definido na etapa de estratégias Abertura Aberto ao público ou restrito a convidados Tipo de adesão Participação gratuita ou paga (antecipada ou no evento) Aula 8 – Estruturação de eventos 59 e-Tec Brasil VARIÁVEL DE CARACTERIZAÇÃO DO EVENTO Abrangência DESCRIÇÃO DA VARIÁVEL CARACTERÍSTICA ESCOLHIDA PARA O EVENTO Municipal, regional, nacional ou internacional (de acordo com as regiões de origem dos visitantes) Finalidade Temática do evento e interesses dos clientes Frequência Tempo entre os eventos Tamanho Número de participantes (visitantes, turistas, conferencistas, expositores) e área necessária. Fonte: Paiva e Neves (2008, p. 91) Anotações e-Tec Brasil 60 Logística e Negociação para Eventos Aula 9 – O rganização, execução e controle de eventos Nesta aula serão estudadas as técnicas de organização de eventos, como executá-las e como controlá-las de forma eficiente a ponto de alcançar os objetivos estabelecidos pela coordenação. O planejamento é muito importante para se obter resultados positivos dos eventos, mas só é possível consegui-los se a execução do plano for detalhadamente controlada. Por isso é necessário desenvolver alguns mecanismos de controle adequados a cada situação, mantendo os projetos de cada evento em seu correto desenrolar ao longo do tempo, corrigindo as distorções do planejamento quando houver qualquer desvio significativo. O controle geral deverá afetar o gerenciamento de eventos, tais como logística, RH e a administração em geral. 9.1 Organização Cada evento deverá ter uma estrutura em sua organização que inclua as seguintes atividades: planejamento, desenvolvimento, relação de trabalho e maneiras de como atingir os objetivos propostos. Deve ainda considerar as cadeias de suprimentos e ação. Resumidamente deve ser específica e única para cada evento. Depois de tudo isso, teremos um bom resultado desde que os esforços feitos pelo pessoal envolvido sejam articulados, isto é, essa ação é fundamental para o sucesso da organização e do gerenciamento. Note que é mais fácil conseguir tudo isso a partir da divisão do trabalho, com cada especialista em sua área de atuação. Não existe organização que não precise de coordenação, sendo que os níveis de atuação e papéis a serem desempenhados devem ser claramente definidos. Além disso, as atribuições de cada grupo funcional devem ser bem detalhadas. 61 e-Tec Brasil Segundo Watt (2004, p.54), existem muitas questões pertinentes ao assunto e que devem ser verificadas, sendo algumas delas: a) Todas as tarefas e responsabilidades estão corretamente identificadas? b) O trabalho está dividido de forma adequada? c) Todos os esforços estão coordenados adequadamente? d) Existe superposição ou lacunas indevidas entre as alocações de trabalho? e) As atividades estão alocadas a indivíduos ou grupos com as qualificações adequadas? f) O trabalho está alocado de forma a facilitar o fluxo? g) As tarefas alocadas estão articuladas? h) O nível de tomada de decisões está correto? i) Existem indivíduos recebendo ordens de duas fontes? j) Existem sistemas de comunicação construídos de forma inadequada? k) Os relacionamentos individuais ou em grupo estão sendo acompanhados? l) A estrutura é adequada ao evento em questão? m)A estrutura irá produzir um bom resultado para o evento? n) Todos os envolvidos têm uma definição de cargo detalhada? o) Todos estão cientes das estruturas organizacionais e comunicacionais? 9.2 Execução Para a realização da etapa de execução de um evento várias atividades são recomendadaspara a sua devida realização. Como existe um número muito elevado de possibilidades de eventos, tem-se a seguir um resumo de ações aplicáveis no modo execução para diferentes tipos de eventos. Veja, na sequência, as sugestões dadas por Paiva e Neves (2008, p.97-98): a) Funcionar secretaria do evento: recepcionar os participantes, convidados e autoridades. b) Atender aos participantes: informações necessárias e provisão de materiais. e-Tec Brasil 62 Logística e Negociação para Eventos c) Atender ao plenário e às salas de comissões e apoiá-los. d) Preparar com antecedência os impressos e outros materiais necessários ao evento. e) Supervisionar os serviços oferecidos aos participantes, convidados e autoridades; efetuar novas inscrições, entregar materiais aos participantes, prestar informações em geral, entregar certificados, elaborar controles de tarefas sob sua responsabilidade, providenciar materiais aos palestrantes. f) Realizar serviços de recepção: escolher e montar um local apropriado; indicar com placas. g) Ter informações corretas à mão; elaborar rol de informações importantes. h) Cuidar do clima do evento como recepção e serviços pessoais cuidadosos. i) Instalar sala VIP, de imprensa e de comissões técnicas. j) Cuidar da infraestrutura operacional: instalações físicas, material de secretaria, equipamentos audiovisuais e apoio logístico. k) Cuidar da infraestrutura de apoio externo: aeroporto, hotel, transporte, tradução, outros atrativos. 9.3 Controle É primordial que se tenha uma sistemática de controle, pois, como se diz popularmente: quem não controla para onde vai, ou já passou do ponto ou nunca chegará nele. Controlar não pode ser algo, tétrico, sinistro ou desmotivador, nem tampouco manipular pessoas ou recursos. Trata-se sim de um processo de gerenciamento daquilo que deveria estar acontecendo e, se não está, como fazer para conseguir atender o necessário. Conforme Watt (2004, p.39) essa “é uma parte crucial na gestão de eventos, pois é necessário que as coisas realmente aconteçam e não fiquem apenas na promessa”. Apesar das muitas reclamações existentes em qualquer processo, o controle consiste em assegurar que os envolvidos tenham as condições necessárias e suficientes para que a organização do evento atinja os objetivos mais importantes. Aula 9 – Organização, execução e controle de eventos 63 O livro Gestão estratégica da qualidade, de Edson Pacheco Paladini, apresenta conceitos sobre a gestão da qualidade em tempos de crise, as ações gerenciais decorrentes da concepção da qualidade em função do planejamento e dos métodos de gerenciamento desse assunto tão importante nos dias de hoje. Fonte: http://www.livrariacultura. com.br/scripts/resenha/resenha. asp?nitem=22049863&s id=1031471611438612246934018 Max Leandro de Araújo Brito, em seu artigo “A execução e o controle”, comenta que as atividades de execução, de planejamento e de organização estão intimamente relacionadas à função denominada controle. Vale a pena conferir em: http://www.administradores.com. br/informe-se/artigos/a-execucaoe-o-controle/49148/ e-Tec Brasil O nível de abrangência do controle de um evento pode ocorrer desde uma simples vistoria ou presença do gestor no local e o acompanhamento do andamento das atividades juntamente aos envolvidos ou até um programa específico de regulação, implementação, relatórios e orçamentos. Por isso, no entender de Allen et al. (2003, p.189) o “controle de qualquer atividade de negócios, portanto, implica a comparação do progresso de todas as funções essenciais em relação ao plano e gerenciamento para assegurar que os resultados projetados sejam alcançados”. “O culpado já se foi. Só sobrou o problema.” W. Edwards Deming, estatístico norte-americano que contribuiu muito com o Japão pós 1945 com suas análises sobre controle e qualidade. Resumo Nesta aula foi possível observar a importância de se manter um controle ativo sobre as atividades de um evento, desde seu desenvolvimento até sua execução, verificando se os objetivos foram alcançados ou não. Atividades de aprendizagem • Faça uma pesquisa entre seus colegas de turma e verifique a experiência de pelo menos 2 deles com relação a organização, execução e controle de um evento específico. Peça para que cada um deles diga 2 pontos positivos e outros 2 negativos relativo àquele evento. Depois verifique entre alguns dos colegas quantos e quais foram os pontos comuns entre os colegas. e-Tec Brasil 64 Logística e Negociação para Eventos Aula 10 – A plicação da logística de negócios nos processos de planejamento de eventos Nesta aula abordaremos como unir eficientemente as necessidades atribuídas ao evento e as mais variadas formas de atendimento que a logística possa proporcionar. 10.1 Organização A ciência da gestão da logística para eventos é algo muito dinâmico e seu gerenciamento divide-se em várias partes, sendo que as mais relevantes são: suprimentos em geral; instalação de itens e equipamentos; realização do evento propriamente dito e, não menos importante, o seu encerramento. De acordo com Allen et al. (2003, p. 259) são vários os elementos da logística de eventos e que podem ser representados conforme mostra a figura 10.1: Suprimento de consumidores: • • • • marketing ingressos filas transporte Suprimento de Produtos: • • • transporte acomodação necessidades dos artistas Logística do local do Eventos: • • • • • • fluxo de público, artistas e equipamentos. comunicação infraestrutura de apoio. artigos de consumo. exigências dos VIPs e da mídia. procedimentos de estrutura. Suprimento de Instalações com: • • • • segurança força água firmas contratadas Encerramento do Evento: • • • retirada limpeza quitação do contrato Figura 10.1: Componentes do sistema de logística Fonte: Adaptado de Allen et al. (2003, p.259) 65 e-Tec Brasil Muitas são as teorias que abordam a logística, sendo que suas origens remontam às guerras da antiguidade até hoje. Ocorre que o principal de seu foco é o suprimento, daquilo que é necessário para que o evento (festival, feira, guerra, cerimonial, exposição, competição esportiva etc.) alcance o sucesso adequado, de conformidade com os objetivos previamente estabelecidos. Quando se fala em “aquilo que é necessário” estamos considerando os insumos indispensáveis para a confecção, mas também, a parte que irá transformá-los em produto final com maior valor agregado. A essa parte dá-se o nome de instalações, maquinários, equipamentos, ferramentas, móveis, utensílios, dentre tantos outros com funções similares. Com base nessas informações, pode-se dizer que a logística é uma atividade que exige um enfoque gerencial muito efetivo, uma visão geral sobre os mais variados pontos de atuação do grupo envolvido, direta ou indiretamente. 10.2 Aplicabilidade Com base na experiência militar, a logística em geral, e a de eventos em particular, deve se ocupar de um projeto estruturado, com planejamento amplo e generalizado, com um gerenciamento contínuo, ou seja, o gestor estará sempre bem informado, caso queira alcançar seus objetivos estabelecidos. Leia o livro Supply chain: uma visão gerencial, de Luiz Fernando R. Campos. Você já deve ter observado que é muito comum a inter-relação dos assuntos tratados tanto pela sistemática de atuação da logística como os do ambiente relativo à cadeia de suprimentos. Este livro aborda essas temáticas, como são apresentadas, discutidas e exercitadas, ao longo de vários estudos, sem que haja interferência maior, além da natural relação entre esses conceitos. Fonte:http://www.submarino. com.br/busca?q=supply+chain %3A+uma+vis%C3%A3o&dep =+&x=20&y=18 e-Tec Brasil Dentre os preparativos necessários para um evento, os dias que o antecedem, a execução no momento correto e sua finalização, contendo os desmontes e retorno de todo o material/equipamento deslocado, tudo isso requer planos e acompanhamentos constantes. Conforme vimos na aula 4, a logística deve oferecer e/ou entregar o produto certo, no local certo, na quantidade certa, no tempo certo e no custo adequado. Por isso, para se conseguir uma movimentação eficiente de produtos foi necessário um estudo especializado em várias partes da logística, em especial na questão do seu gerenciamento. De acordo com Allen et al. (2003, p. 260), “todas as seguintes áreas precisam ser consideradas ao se elaborar um plano de logística de eventos”. Senão vejamos: 66 Logística e Negociação para Eventos a) Suprimentos: dividido em três áreas – consumidor, produto e instalações. Os suprimentos também incluem a atividade da aquisição de bens e serviços. b) Transporte: o transporte de bens e serviços pode representar um alto custo para o evento e requer atenção especial. c) Ligação: a logística é parte do planejamento global de um evento e está ligada a todas as outras áreas. Em eventos grandes com múltiplas sedes, a logística se torna tão complexa que geralmente se nomeia um gerente de operações ou logística. d) Controle de fluxo: refere-se ao fluxo dos produtos, serviços e consumidores durante o evento. e) Rede de informações: o fluxo eficiente de informações durante o evento é geralmente o resultado do planejamento eficiente da rede de informações. “Uma boa logística é poder de combate.” (Traduzido pelo autor diretamente do original “Good logistics is combat power.”) William G. Pagonis, autor do livro Transpondo Montanhas: lições de liderança e logística desde a Guerra do Golfo. Harvard Business School Press, Boston. Fonte:http://www.military-quotes.com/database/p.htm Resumo Nesta aula você teve oportunidade de considerar certa parte da logística relativa a planejamento e execução, sem esquecer da necessidade das ações corretivas, quando for o caso. Atividades de aprendizagem Para reforçar os conceitos abordados, pesquise os seguintes termos e encontre os significados mais importantes voltados para a área de eventos: a) Logística Aula 10 – 67 Aplicação da logística de negócios nos processos de planejamento de eventos e-Tec Brasil b) Planejamento e Controle c) Negócios e Processos d) Fluxos Produtivos e) Infraestrutura de Apoio e-Tec Brasil 68 Logística e Negociação para Eventos Aula 11 – A logística e os eventos de grande porte Nesta aula estudaremos a complexidade dos grandes eventos e como utilizar a logística em seu planejamento. “Podem ser considerados eventos de grande porte: congressos, fóruns, feiras, simpósios”. (ZANELLA, 2004, p.19-31) 11.1 Cultura Você pode observar que os eventos que ocorrem nos dias de hoje estão ligados à nossa cultura, com um volume de ocorrências e de realizações que jamais foram em qualquer época. Nota-se que as pessoas estão trabalhando mais, estudando mais, envolvendo-se cada vez mais em muitas atividades nas mais variadas áreas. É de considerar também que, como uma válvula de escape para tanto empenho, as pessoas, da mesma forma, invistam em um tempo de lazer maior e de uma maneira mais centrada para poder aproveitar a vida. Por isso, a grande disseminação de eventos públicos, entretenimento, comemorações, celebrações, festas vêm ocorrendo muito fortemente, aparecendo nas mídias como jornais, telejornais, informativos radiofônicos, outdoors etc., ocupando grande parte de nosso tempo e enriquecendo nossa cultura. A partir da estabilização do real como moeda mais forte e mais estável que qualquer outra utilizada oficialmente aqui no Brasil, fato iniciado em 1994, pelo então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, durante o governo do presidente Itamar Franco, “os governos de hoje apoiam e promovem eventos como parte de suas estratégias para o desenvolvimento econômico, crescimento da nação e marketing de destino”. (ALLEN, 2003, p.4) 11.2 Eventos especiais Todo evento especial é aquele considerado excepcional ou ainda que não é realizado com muita frequência, ou seja, ocorrem fora de uma programação ou de uma série de atividades normais de uma entidade patrocinadora ou organizadora. 69 e-Tec Brasil Por outro lado, com relação ao consumidor ou visitante, o evento especial torna-se, via de regra, uma atividade social e/ou cultural, de lazer ou outro interesse, mas está fora do rol de escolhas que normalmente ele faz na vida do dia a dia. De acordo com Allen et al. (2003, p.5): “O termo eventos especiais foi criado para descrever rituais, apresentações ou celebrações específicas que tenham sido deliberadamente planejados e criados para marcar ocasiões especiais ou para atingir metas ou objetivos específicos de cunho social, cultural ou corporativo.” Entre eles estão incluídos os feriados e as festividades nacionais, além de comemorações cívicas, apresentações culturais específicas, competições esportivas de várias ordens, promoções comerciais e lançamentos de novos produtos. A gama de variação de eventos especiais é tão grande, não sendo possível estabelecer uma definição formal que venha a conter todas as diversas variações tipos de eventos. Segundo Getz (1997, p.4) “dentre os atributos que propiciam uma atmosfera especial estão o espírito festivo, a singularidade, a qualidade, a autenticidade, a tradição, a hospitalidade, a temática e o simbolismo”. Ainda hoje, com toda a tecnologia disponível (high tech) na mídia global, onde são encontrados grandes volumes de pessoas que perderam contato com as práticas religiosas coletivas, ou mesmo a questão de tradicionalismo cultural, necessitamos de eventos sociais de grande porte para marcar a importância de fatos comuns de nossas vidas. Em todas essas atividades a Logística se apresenta como uma ferramenta de apoio no planejamento, desenvolvimento, conclusão e reformulação das ações dos eventos de grande porte. “Em casos de megaeventos como uma copa do mundo de futebol ou jogos olímpicos, até mesmo o governo do país poderá atuar na captação [de recursos] por meio de uma comissão organizadora do evento, cabendo à empresa organizadora o apoio a esta organização.” Paiva e Neves (2008). e-Tec Brasil 70 Logística e Negociação para Eventos Resumo Nesta aula você conheceu algumas abordagens históricas acerca de eventos e sua importância na parte cultural na vida das pessoas. Atividades de aprendizagem • Faça uma pesquisa com os moradores da rua, do edifício ou do conjunto habitacional onde você mora e verifique, na opinião deles, quais os maiores benefícios e quais os maiores problemas que poderão ocorrer no Brasil devido à copa do mundo em 2014. Sorteio da Copa do Mundo de 2014 Neste vídeo, você poderá acompanhar alguns dos detalhes bem interessantes relativos à copa com repercussão mundial. Fonte:http://www.youtube.com/ watch?v=dNrzGM82ymU&feat ure=related Aula 11 – A logística e os eventos de grande porte 71 e-Tec Brasil Aula 12 – A logística e os eventos de médio porte Nesta aula abordaremos as necessidades logísticas em eventos de médio porte. “Podem ser considerados eventos de médio porte: rodadas de negócios, seminários, workshops, garden parties”. (ZANELLA, 2004, p.19-31) 12.1 Cultura Em continuação ao capítulo anterior, você deve considerar que eventos de médio porte seguem razoavelmente o mesmo trajeto que os de grande porte. Ocorre que as variações acontecem devido a alguns itens, tais como: Garden parties (plural) Novo conceito de espaço aberto para eventos, cercado por uma beleza natural, especialmente em jardins, com instalações super modernas e equipe especializada.Fonte: http://www. gardenparty.com.br/ a) Tamanho do evento; b) Valores a serem gastos; c) Importância cultural; d) Importância social; e) Localização, dentre outros. Conforme Zanella (2004, p.13) “um evento geralmente provoca fortes emoções para os participantes, para os promotores e organizadores e, enfim para todos que convivem com o turbilhão de atividades que compõem seu universo”. Essa afirmativa cabe bem aqui para se explicar o quanto se espera de um evento, em especial de médio porte, visto haver certa tendência da população utilizar valores médios ou medianos em suas tomadas de decisão. 12.2 Eventos especiais de médio porte É errôneo, porém muito comum, achar que por causa do tamanho do evento o gestor irá executar as tarefas de forma menor. Ledo engano! Todo evento é especial. Depende do foco que é dado a ele! 73 e-Tec Brasil As rodadas de negócios, os seminários, os workshops, as gardenparties são alguns dos exemplos de médio porte que normalmente estamos acostumados a encontrar. Novamente repetimos que em todas essas atividades, a Logística se apresenta como uma ferramenta de apoio no planejamento, desenvolvimento, conclusão e reformulação das ações dos eventos de médio porte. 12.3 Necessidades logísticas As ações logísticas devem procurar atender àquelas necessidades já anteriormente mencionadas (o produto certo, no local certo, na quantidade certa, no tempo certo e no custo adequado). Ocorre que os gestores estão, em sua grande maioria, acostumados a deixar para o último momento muitas das decisões realmente importante, o que pode contribuir para o fracasso do evento. O livro Organização de eventos, de Cleusa G. Gimenes Cesca, aborda importantes assuntos como a escolha do evento adequado para cada circunstância; a elaboração detalhada do projeto e minúcias operacionais, entre muitos outros. Vale a pena conferir! Fonte: http://www. livrariasaraiva.com.br/ produto/2616492/organizacaode-eventos-manual-paraplanejamento-e-execucao/ Uma visão geral, mais abrangente é sempre bem adequado ao cenário atual, cada vez mais exigente. Vejamos o que Campos (2009, p.37) tem a nos dizer: “Compreensão do processo logístico de forma integrada e a especialização de todas as áreas e executivos envolvidos, direta ou indiretamente, nas operações logísticas – compras, armazenagem, estocagem e expedição de produtos – garantem o crescimento de uma companhia.” “A melhor preparação para o bom trabalho de amanhã, é fazer um bom trabalho hoje.” Elbert Hubbard (1856-1915), autor, editor, artista e filósofo americano. Resumo Nesta aula você tomou contato com alguns pequenos detalhes de similaridade entre as ações logísticas para atender às necessidades de eventos de médio porte. Atividades de aprendizagem • No texto foram citados exemplos de eventos de médio porte como rodadas de negócios, os seminários, os workshops, as gardenparties, dentre outros. Escolha dois tipos de eventos de médio porte e pesquise dois itens que não podem faltar, pois na falta deles, o evento será um fracasso. e-Tec Brasil 74 Logística e Negociação para Eventos Anotações Aula 12 – A logística e os eventos de médio porte 75 e-Tec Brasil Aula 13 – A logística e os eventos de pequeno porte Nesta aula abordaremos como analisar e identificar as necessidades logísticas em eventos de pequeno porte. Podem ser considerados eventos de pequeno porte: mesas redondas, painéis, palestras, reuniões, aniversários. (ZANELLA, 2004, p.19-31) 13.1 Semelhanças entre eventos É senso comum que existe uma grande variedade de eventos e, por consequência, o porte deles influi diretamente em sua gestão, mas por outro lado, alguns autores pensam diferentemente. De acordo com Watt (2004, p.17) “os eventos têm características singulares, mas também possuem suas semelhanças. Os princípios básicos e as questões práticas gerais da organização de eventos podem ser aplicados a todos”. A inter-relação entre os mais variados tipos e portes de eventos é uma oportunidade de aprendizado geral; organizadores de uma exposição de artes têm muito a aprender com um cerimonial religioso, não na especificidade, mas no contexto geral. Ainda conforme o autor citado, “haverá semelhanças em cada festejo a ser organizado em uma pequena cidade, mas pode haver variações, dependendo de fatores como”: a) capacidade dos organizadores; b) idade da população; c) instalações e equipamentos disponíveis. d) localização geográfica; e) natureza do local; f) número de organizações voluntárias; g) participação da comunidade; h) tamanho da população. 77 e-Tec Brasil É de suma importância observar e distinguir as características específicas quando organizamos um evento. Cada um com sua característica, mas todos são importantes para serem realizados. 13.2 Necessidades logísticas Não deixe de assistir ao filme O Casamento dos Meus Sonhos, onde Maryé, ambiciosa assessora de eventos, especializada em casamentos, trabalha com muito empenho, extremamente organizada, ela sabe exatamente o que fazer e o que dizer para transformar qualquer festa de casamento em um evento espetacular. Fonte: http://www.imdb. com/title/tt0209475/plotsummary As tomadas de decisão feitas em relação aos suprimentos para eventos de pequeno porte podem influir sobremaneira o sincronismo da demanda. Conforme Bertaglia (2009, p. 175) as “decisões entre comprar e produzir devem ser estrategicamente orientadas para o negócio, e não somente analisadas em termos de custos. As negociações de preço devem priorizar as restrições de suprimento”. “Os problemas são apenas oportunidades em uniforme de trabalho.” (Henry J. Kaiser) Resumo Nesta aula você pôde comprovar a similaridade entre os mais variados tipos de eventos, inclusive quanto à questão do porte de cada um deles. Atividades de aprendizagem • Depois de ter assistido ao filme O casamento dos meus sonhos, faça um levantamento de custos de quanto seria necessário gastar em sobremesa para uma festa de casamento com 200 pessoas. Obs.: A renda bruta dos noivos não ultrapassa R$ 6.000,00 por mês. e-Tec Brasil 78 Logística e Negociação para Eventos Aula 14 – A cadeia de suprimentos em eventos Nesta aula estudaremos o conceito de cadeia de suprimentos e sua importância na organização de eventos. 14.1 Suprimentos e cadeia de suprimentos Conforme o Dicionário Houaiss, suprimento significa “ato ou efeito de suprir, acrescentar, suplementar, adicionar”. É aquilo que satisfaz as necessidades. http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm Segundo Campos (2009, p.44), uma cadeia de suprimentos: “pode ser considerada como o processo dentro do qual um número qualquer de entidades de negócios, as quais podem ser fornecedores, fabricantes, distribuidores ou varejistas, forme uma cadeia com o objetivo de adquirir matérias-primas para convertê-las em determinados produtos e, posteriormente, disponibilizar os produtos acabados e/ou serviços ao cliente final”. Em um evento temos vários tipos diferentes de consumidores, tal qual uma plateia (concertos e festivais), os espectadores (esportes) e os patrocinadores ou clientes (eventos corporativos). As necessidades e/ou expectativas deles devem ser atendidas para que haja um resultado positivo (sucesso). Vários aspectos da logística poderão influenciar (positiva ou negativamente) nesse resultado final, pois, segundo Allen et.al. (2003, p.260), áreas como suprimentos, transporte, ligação, controle de fluxo e rede de informações precisam ser consideradas ao se elaborar um plano de logística objetivando atender bem ao público, seja ele grande ou pequeno. Assim como os suprimentos de bens e serviços são por conta da área da produção, o de consumidores é da área de marketing. Isto significa que as mais variadas informações, a área de atuação, as possibilidades de alcance (geográfico e financeiro) do público-alvo, assim como suas expectativas de terem suas necessidades atendidas, ou seja, são objetos de atuação do marketing. 79 e-Tec Brasil Como consequência tudo isso afeta diretamente as atribuições e as atividades da logística empresarial. Ainda segundo Allen et al. (2003, p.261): “a escolha entre a publicidade para nichos de mercado e a publicidade irrestrita de um evento irá requerer um plano de logística com prioridades muito diferentes. Por exemplo, os requisitos de transporte para os consumidores irão variar de acordo com a distância percorrida”. Caso o departamento de marketing da empresa optar por uma ação grande, por exemplo, a publicidade de um evento com propagação nacional, a logística será muito diferente daquela necessária para um lançamento de produto com foco regionalizado, como de interesse apenas ao pessoal e aos consumidores mais próximos. 14.2 Distribuição Você pode observar que existem várias atividades da logística de um evento, sendo que a distribuição detém uma posição de destaque, desde pequenas tarefas até grandes movimentações. Conforme Allen et al. (2003, p.260-273), as tarefas que a logística pode contribuir para uma boa performance na organização e gestão de eventos são muitas. Dentre elas temos: distribuição de ingressos; transporte para o local do evento; suprimento de infraestrutura; local do evento; comunicação; e, procedimentos de emergência. 14.2.1 Distribuição de ingressos É considerada a primeira decisão importante na logística de um evento, pois é de sua venda que normalmente vem a maior parte dos recursos financeiros adquiridos, apesar de que o valor fixado, via de regra, é feito pelo marketing. Em função do tamanho e da estrutura do evento, a venda (antecipada ou não) dos ingressos pode ser crucial para o sucesso do mesmo, requerendo uma atenção mais que especial do diretor organizador. É também verdade que muitos eventos corporativos, inclusive festas de empresas e lançamentos de produtos, assim como alguns eventos públicos podem ser gratuitos, o que não significa que o gestor não deva se preocupar com custos. e-Tec Brasil 80 Logística e Negociação para Eventos 14.2.2 Transporte para o local do evento Normalmente o primeiro compromisso concreto para com o evento vem a ser o transporte para o local do evento. A decisão acerca dos horários de chegada (tanto para o transporte público quanto para o privado) é importante para o plano geral da atuação da logística. Dependendo do fluxo de entrada dos participantes de um evento, isto é, muita gente chegando ao mesmo tempo ou quase ninguém aparecendo, qualquer uma dessas situações requer uma estratégia de logística diferente. Uma primeira impressão errada pode fazer com que o público influencie surpreendentemente (positiva ou negativamente). Ainda é bom lembrar que se o evento incluir produtos internacionais, os problemas de logística podem incluir questões alfandegárias, requerendo especialistas para as liberações (despachante aduaneiro) e impostos a serem pagos (contabilistas) sobre as mercadorias que possam ser vendidas no evento. 14.2.3 Suprimento de infraestrutura Apresenta muitos dos conceitos da logística de negócios. Estoque e armazenamento de consumíveis (alimentos e bebidas) e equipamentos, além de sua manutenção, tornam-se visivelmente importantes. Os serviços alimentícios, os banheiros e a energia elétrica devem sofrer uma atenção especial por parte da organização do evento, dado que poderão comprometer os resultados finais. 14.2.4 Local do evento As opções de localização de um evento podem levar em consideração desde um velho galpão para dança típica até um estacionamento de supermercado para fazermos uma festa de Natal. Qualquer opção entre os dois exemplos citados, o gestor de logística deverá atentar para as necessidades que ocorrerão antes, durante e depois do término do evento, tais como materiais, itens, partes, pessoas, máquinas, equipamentos, ferramentas, dispositivos etc. Podemos observar que em ocasiões de maior porte como festivais, a movimentação e o deslocamento dos envolvidos como participantes, voluntários, artistas, máquinas e equipamentos podem requerer maior atenção e tempo do gestor responsável pela logística do que a preparação para o evento Aula 14 – A cadeia de suprimentos em eventos 81 e-Tec Brasil propriamente dito, especialmente se o local for de difícil acesso ou ainda se houver múltiplas sedes para o acontecimento. Em casos onde as vias de acesso de um evento são difíceis, os autores Allen et al. (2003, p. 269) explicam que (nós devemos considerar: o transporte de artistas e equipamentos; a remoção do lixo; o acesso ao corpo de bombeiros e primeiros socorros; a instalação, o suprimento contínuo e a remoção de quiosques; a segurança; o suprimento de alimentos e bebidas; o posicionamento, a manutenção e a remoção do equipamento de palco; a comunicação do local. 14.2.5 Comunicação A Logística é uma área de atuação empresarial que por si só possui uma característica bem marcante: integração. Tablet é um aparelho de informação e comunicação, cujo conceito de portabilidade é uma de suas características bem relevantes, e que se situa entre um netbook e um smartphone. Para saber mais acesse http:// www.techclube.com.br/ blog/?p=848 Para que haja uma boa integração entre as partes envolvidas, uma sistemática de comunicação é mandatória. Aparelhos como telefone, fax, e-mail, celulares e, mais recentemente, os chamados tablets. Marcas de identificação e placas de sinalização são de grande relevância, especialmente quando se trata de um público para o evento, sendo seu posicionamento e a clareza de informação características muito importantes. 14.2.6 Procedimentos de emergência Segurança é um item muito importante para o bom resultado de qualquer atividade, além de ser um requisito legal, tanto que em casos mais sérios a câmara municipal poderá interditar a qualquer tempo um evento que não cumpra as normas relativas a questões de emergências. De acordo com Allen et al. (2003, p.273): “Os procedimentos de emergência de um evento podem variar desde a contratação de pessoal qualificado em primeiros socorros, ao uso de ambulâncias de um serviço privado e até a elaboração de um plano abrangente de emergência. A localização dos primeiros socorros deve ser indicada no mapa do local e deve ser do conhecimento de todo o pessoal do evento.” “Nada é permanente, exceto a mudança.” Heráclito, filósofo, 550 (?) a.C. – 480(?) a.C. e-Tec Brasil 82 Logística e Negociação para Eventos Resumo Nesta aula você verificou que o conceito de cadeia de suprimentos demonstra que se deve atender o sistema como um todo, sendo integração a palavra chave para alcançar os maiores objetivos traçados. Atividades de aprendizagem Acesse http://www.youtube. com/watch?v=9e_iW7N3UVE e veja como Flávia Mastrobuono organizou, com sucesso, a XIV Conferência Nacional de Logística da ASLOG, em 2010, em São Paulo. • Assista ao vídeo sugerido a respeito da XIV Conferência Nacional de Logística, ocorrida em São Paulo, e sugira dois pontos para a melhoria do evento. Aula 14 – A cadeia de suprimentos em eventos 83 e-Tec Brasil Aula 15 – G estão e avaliação das ações logísticas Nesta aula aprenderemos como avaliar o resultado final das ações logísticas tomadas durante a estruturação e execução dos eventos. Todos nós sabemos da importância de sermos bem atendidos em nossas necessidades. Ocorre que para sermos atendidos alguém tem que nos atender. Nesse cenário de troca de produtos e serviços, os bons resultados somente aparecerão se você se posicionar corretamente; caso contrário, o mercado não perdoa. 15.1 Detalhes Já que você concorda que deve prestar um serviço, cujo nível de satisfação dos clientes seja atendido de acordo com cada situação, surgem os seguintes questionamentos: • Qual sistemática de ação a ser adotada? • Como buscar resultados? • Quais resultados mais nos interessam? • Como gerenciar situações-problemas? • Quais procedimentos a serem seguidos? • E as exigências de mercado? • Serão todas passíveis de atendimento? • Quais os indicadores mais relevantes? Com estes questionamentos, que são apenas uma pequena parte daquilo que o mercado exige, você deverá estar preparado para uma alternativa técnica bem adequada a cada momento específico. 85 e-Tec Brasil Mas o que normalmente o mercado exige? O que os clientes buscam? • Redução do prazo de entrega: todo mundo deseja pedir no último momento, mas quer receber o mais rápido possível. • Maior disponibilidade de produtos e serviços: o público quer sempre mais uma opção de escolha, assim exercerá um poder maior de decisão a respeito de cada item. • Maior facilidade de colocação de pedidos: deseja também maior facilidade de escolha e de determinação dos itens (produtos e/ou serviços) que serão utilizados. • Entrega com hora determinada: parece que o volume de atividades está cada vez maior, por isso, não há tempo suficiente para todas as coisas que se deseja fazer. Por isso a frase: não tenho tempo. Como uma forma de compensar situações como esta, deseja-se receber tudo em horário predeterminado. • Maior cumprimento dos prazos de entrega: em complemento ao item anterior, além de ter hora marcada, a clientela demanda um cumprimento de horário cada vez maior. • E muito mais! Com base em alguns dos pontos que o mercado estabelece como sendo de grande importância, você poderá determinar alguns indicadores mais relevantes, como: • Redução do prazo de entrega: todo mundo deseja pedir no último momento, mas quer receber o mais rápido possível; • Prazo de entrega: determinar data para entregar de maneira a ser competitiva no mercado. • Entrega no prazo: cumprir o prazo estabelecido no item anterior. • Atendimento de pedido: capacidade de atender aos requisitos estabelecidos pelo mercado comprador. e-Tec Brasil 86 Logística e Negociação para Eventos • Precisão de entrega: também conhecida como acuracidade, a precisão de entrega de produtos e/ou serviços deve considerar uma mescla dos itens exigidos, como quantidade, qualidade, acabamento, atuação, desempenho além de outros pontos. • Consistência: cumprimento e confiabilidade. • Custo total da distribuição e logística: valores competitivos considerando-se um mercado cada vez mais exigente. Para você fazer sempre melhor do que já faz, há a necessidade de saber o que está acontecendo; por isso, para gerenciar corretamente você deve medir adequadamente. 15.2 Processos/procedimentos Como proceder? Seguem algumas dicas a respeito: • Medir: meça o que for realmente importante. Não se deixe levar pelos extremos, como medir tudo, porque tudo é importante. Nem tampouco não meça nada, pois como as coisas mudam, não adiante mesmo. Isto não é verdade. Seja criterioso. • Base: estabeleça padrões e referências (KPI - Key Performance Indicator), pois indicadores chaves de desempenho irão te dar o suporte para uma melhoria constante. • Atitude: recompense seu pessoal que estiver envolvido, especialmente quando superarem as metas estabelecidas. Divida o sucesso com todos do grupo. • Gestão: recomece tudo novamente, sempre que for necessário! Para finalizar você poderia me perguntar: Como fazer tudo isso? Não haveria um resumo ou uma receita razoavelmente simples a ser seguida? Bom, temos abaixo um resumo sistematizado: • QUE medir? Estabeleça com objetividade Aula 15 – Gestão e avaliação das ações logísticas 87 e-Tec Brasil • COMO medir? Estabeleça com praticidade • COMO USAR os dados encontrados? Estabeleça critérios corretos • COMO continuar? Revise o processo sempre! Utilize o ciclo PDCA, criado por Shewhart (anos 1920), e disseminado no mundo por Deming (anos 1950) logo após a II Guerra Mundial. De simples manuseio e fácil orientação, propõe e promove uma ferramenta para melhoria contínua, seja qual for o processo. Plan Act Leia o livro “Qualidade total em serviços”, de Alexandre LuzziLas Casas. O autor não só transmite as principais técnicas utilizadas para o desenvolvimento de qualidade em serviços, desde a mudança da cultura organizacional até a aplicação das técnicas tradicionais de qualidade, como também aborda técnicas adequadas a todos os tamanhos de empresas, com vários exemplos de grandes, médias e pequenas. Fonte: http://www.editoraatlas. com.br/Atlas/webapp/ detalhes_produto.aspx?prd_ des_ean13=9788522447909 Do Check Figura 15.1: O Ciclo PDCA Fonte: Adaptado de http://www.sobreadministracao.com/ Resumo Nesta aula, foi possível observar quantos detalhes você poderá perceber antes de ocorrer um evento objetivando minimizar as dificuldades e os possíveis erros, que talvez aconteçam por falta de visão e de ações preventivas. Atividades de aprendizagem Escolha uma das propostas de eventos e, a partir daí, complete a tabela: a) Festival cultural de Morretes/PR b) Exposição de gado leiteiro em Uberaba/MG c) Festa comemorativa de 15 anos de uma jovem de classe média baixa que ocorrerá em São Paulo/ SP d) Estabeleça seu próprio evento. e-Tec Brasil 88 Logística e Negociação para Eventos Ações mercadológicas. Referencial de mercado Ações a serem tomadas Qual sistemática de ação a ser adotada? Como buscar resultados? Quais resultados mais nos interessam? Como gerenciar situações-problemas? Quais procedimentos a serem seguidos? Quais as exigências de mercado? Serão todas passíveis de atendimento? Quais os indicadores mais relevantes? Fonte: Elaborado pelo autor Anotações Aula 15 – Gestão e avaliação das ações logísticas 89 e-Tec Brasil Aula 16 – Indicadores de desempenho das ações logísticas Nesta aula abordaremos como o resultado do evento pode ajudar a identificar se as ações logísticas obtiveram êxito. 16.1 Abordagem Quando você for propor alguns indicadores de desempenho deve fazê-lo com o objetivo de medir o desempenho que ocorre em algumas áreas-chaves do negócio, tais como clientes, mercados, produtos, processos, fornecedores, recursos humanos e comunidade e sociedade. Conforme Martins e Costa Neto (1998), os “detalhes não são fornecidos sobre como os indicadores devem ser desdobrados para a organização, ou seja, qual o nível de abrangência. Isso apenas é mencionado como uma necessidade”. “É fundamental que cada evento, seja pequeno ou grande, tenha um processo de avaliação criterioso, que deve ser desenvolvido ao final ou durante a sua realização.” (WATT, 2004) Para que possamos ter uma ideia adequada a respeito de indicadores de desempenho, seguiremos uma série de questionamentos que servirá de base para este aprendizado. São eles: • Quais seriam alguns KPI para a manufatura na indústria de impressão? –– Qualidade da impressão –– Tipo de papel –– Impacto ambiental causado pela tinta da impressão • Sugestões para gestão de frotas? –– Velocidade média dos veículos –– Quantidade de acidentes ocorridos por motorista a cada 12 meses –– Distância média mensal percorrida por caminhão 91 e-Tec Brasil • Para medir a sistemática de Compras? –– Volume médio mensal (quantidade de itens) de aquisições ocorridas –– Valores médios mensais (dinheiro) gastos em aquisições –– Número de itens devolvidos por aquisições errôneas • Quais KPIs poderia propor para o Departamento de Armazenagem e Distribuição? • Tipos de embalagens descartáveis ou não e seus tempos médios de vida; • Quantos acessos diários ocorrem para o correto armazenamento dos itens produzidos e/ou consumidos. • Qual a quantidade de mão de obra direta gasta na distribuição de itens de consumo perecível? Para facilitar as possíveis respostas a serem dadas às questões acima, sugere-se que você observe com atenção a tabela 16.1, onde aparecem algumas das principais características dos KPIs. Tabela 16.1 Principais características de KPIs Nº Leia o livro “Balanced Scorecard e a Gestão Estratégica” de Emílio Herrero. A implementação da estratégia de uma empresa é crucial para a obtenção de bons resultados. O processo estratégico exige que os executivos tenham sensibilidade e discernimento para tratar tanto dos aspectos qualitativos e sutis da gestão estratégica, quanto dos fatores mais quantitativos e explícitos. A proposta do livro é resolver esse desafio, trazendo um sólido arcabouço teórico, exemplos práticos e as várias ferramentas analíticas explicadas de forma direta e objetiva. Fonte: http://www. livrariacultura.com.br/ scripts/resenha/resenha.asp e-Tec Brasil Características Importância 1 Devem refletir valor estratégico. Direcionam a empresa para o sucesso. 2 São definidos por Executivos. O ponto de partida das definições é de responsabilidade da alta direção. 3 Devem fluir ao longo da empresa. Todos na empresa têm entre si uma corresponsabilidade de desempenho. 4 São baseados em padrões corporativos. Devem haver padrões estabelecidos. 5 São baseados em dados válidos. Tem como base informações pertinentes e relevantes. 6 Devem ser de fácil compreensão. Todos devem saber do que se trata. 7 São sempre relevantes. Sempre importantes para a empresa. 8 Proporcionam contexto. Avaliar o desempenho em função das expectativas. 9 Criam "empowerment" nos usuários. Valorizam os usuários a partir da medição do desempenho de cada um. 10 Conduzem a ações positivas. Geram ações de melhoria conjunta. Fonte: Elaborado pelo autor com base em Neves (http://www.tigerlog.com.br/img/arquivos/Dez%20 Caracter%C3%ADsticas%20de%20um%20Bom%20KPI.htm) Resumo Aqui você teve oportunidade de entrar em contato com possibilidades de procedimentos que devem ser bem estruturados, conhecendo o que corrigir assim como onde aumentar o seu valor empresarial, com o objetivo principal de se manter cada vez melhor no mercado. 92 Logística e Negociação para Eventos Atividades de aprendizagem • Complete a tabela abaixo: Sugestões de KPI para os seguintes eventos Nº Características 1 Banquete ou Jantar de gala 2 Conferência 3 Congresso 4 Coquetel 5 Desfile de moda 6 Feira de livros 7 Exposição Agropecuária KPIs Fonte: Elaborado pelo autor Anotações Aula 16 – Indicadores de desempenho das ações logísticas 93 e-Tec Brasil Aula 17 – T écnicas de negociação para captação de patrocínios de eventos Nesta aula estudaremos quais são as técnicas de negociação que auxiliam a identificar possíveis patrocinadores. 17.1 Definição Aceito nos dias de hoje como sendo uma das armas promocionais mais eficazes como promoção de vendas, vendas gerais e vendas pessoais, relações públicas, anúncios, dentre outras, o patrocínio “é a principal fonte de renda da maioria dos eventos novos e já existentes”. (ALLEN et al., 2003, p.168) Patrocínio não é doação, mas sim uma ação de investimento voltada para a área comercial, e que deve ter um retorno mais ou menos assegurado, em níveis aceitáveis para quem investe, com base em certas garantias, por parte de quem recebe tais recursos, podendo atingir os mais variados tipos de eventos (sociais, culturais, esportivos, recreativos). Captação de patrocínios é uma relação puramente comercial e financeira, mas que pode afetar diretamente em dois pontos importantes: a) resultado financeiro do evento; b) imagem de mercado das empresas envolvidas no evento. Conforme Zanella (2004, p. 169-170) as formas tradicionais de patrocínio ou de apoio a um evento são: • Contribuição financeira • Doação de brindes para distribuição gratuita ou venda (toalhas, canetas, chaveiros, aventais, materiais de escritório, copos e taças, camisetas etc.) • Empréstimos de equipamentos, utensílios, móveis etc. • Prestação de serviços técnicos 95 e-Tec Brasil • Cessão de locais ou dependências • Instalação de pontos de vendas • Serviços de transporte • Fornecimento gratuito de produtos para vendas (consignação) • Hospedagem e transporte para os convidados e participantes especiais de evento (conferencistas, músicos, estilistas etc.). O Evento Busca: • Investimento financeiro • Exposição à mídia • Serviços gratuitos O Negócio Busca: • Conscientização crescente • Melhoria da imagem • Teste do produto • Oportunidade de vendas Figura 17.1: Relacionamento de troca de patrocínio de eventos Fonte: Allen et al. (2003, p.169) 17.2 Apoio de patrocínio e promoção As organizações precisam de patrocínio, pois ele é a base da estrutura operacional, mas isso dependerá dos objetivos estratégicos que as empresas queiram alcançar. Nesse caso, Zanella (2004, p.170) nos alerta que o apoio promocional poderá proporcionar os seguintes benefícios imediatos aos patrocinadores: • Inscrição da logomarca na mídia especializada do evento. • Divulgação da empresa patrocinadora por meio da assessoria de imprensa da promotora do evento. • Promoção da empresa patrocinadora por meio de cartazes publicitários, mala direta, boletins, convites, release de imprensa, painéis, murais publicitários etc. e-Tec Brasil 96 Logística e Negociação para Eventos • Utilização de mailing list da promotora para divulgação de produtos e serviços da patrocinadora. • Divulgação institucional em mídia eletrônica e imprensa. • Inscrição de nome, marca ou logotipo do patrocinador em uniformes, vestuário, utensílios etc. • Inclusão de publicações do patrocinador no encarte oficial do evento. Em contrapartida aos vários tipos de patrocínios existentes, há também fontes diferenciadas que podem impactar mais ou menos nos resultados de um evento. Algumas delas estão exemplificadas na figura 17.2: Patrocínio Cliente Venda de ingressos Faturamento do Evento Merchandising Propaganda Levantamento de fundos Concessão, Doação Direitos TV e Rádio Figura 17.2: Fontes de faturamento para eventos. Fonte: Adaptado de Lamont e Dowell (2008) http://epubs.scu.edu.au/ 17.3 Adaptabilidade e flexibilidade Os mercados estão sempre em constante mutação e, por consequência, uma adaptação às várias necessidades se faz presente. Você deve observar que há um desafio constante para atender ao mercado. Isto requer uma adaptação e também grande flexibilidade dos atores que agem nesse cenário. Por conta disso, as empresas de logística, assim como as cadeias de suprimentos devem ser “muito mais ágeis e capazes de lidar com mudanças rápidas e níveis elevados de variedade e mesmo de personalização”. (CHRISTOPHER, 2011, p.317) Aula 17 – Técnicas de negociação para captação de patrocínios de eventos 97 e-Tec Brasil Tais empresas estão buscando um grau de flexibilidade que as permita ter resultados positivos tanto para o cliente quanto para elas mesmas. Para Christopher (2011, p. 317), o grau de flexibilidade estrutural que as empresas têm de “adaptar ou reconfigurar sua arquitetura em respostas a mudanças significativas no lado da demanda ou no lado da oferta”. “Sistemas de informação ágeis e objetivos podem ser a chave do sucesso para uma avaliação oportuna das medições de desempenho”. (SERRA, 2010) Resumo Nesta aula você percebeu que para se ter uma ação estruturada de logística de eventos é mandatória a presença de um patrocínio, com objetivos claros e resultados possíveis de serem alcançados. Atividades de aprendizagem Para reforçar os conceitos abordados, responda as seguintes questões: a) Dê sua própria definição de patrocínio. Assista ao filme “Cruzada”, Balian de Ibelin (interpretado por Orlando Bloom) viaja durante as cruzadas do século XII, e lá ele se porta como um defensor da cidade e do povo. Você verá as ações da logística em praticamente todas as operações de guerra; notará também a grande importância do patrocínio todo o tempo. Fonte: http://www.imdb.com/ title/tt0320661/ e-Tec Brasil b) Cite um exemplo inadequado de patrocínio que você tenha observado nos últimos meses. Justifique. 98 Logística e Negociação para Eventos c) Escolha um evento. Identifique quais os potenciais benefícios diretos que ele possa proporcionar aos seus patrocinadores. d) Como as ações logísticas podem dar aos patrocinadores algum benefício de ordem não financeira? Aula 17 – Técnicas de negociação para captação de patrocínios de eventos 99 e-Tec Brasil Aula 18 – O perfil do gestor negociador Nesta aula abordaremos a necessidade de um negociador na organização de eventos e mostraremos qual o melhor perfil para o desempenho desta função. 18.1 O gerente de logística Cabe ao gerente da logística de eventos uma atuação abrangente, pois é ela, a logística, que mantém um contato com, praticamente, todas as demais áreas da empresa e fora dela também. A flexibilidade que a função exige desse profissional é tanta que ele precisa ser responsável pelo pessoal, pela manutenção de máquinas e equipamentos, por móveis e utensílios, pelo planejamento e pela organização etc. Isto faz desse profissional um excelente negociador antes, durante e depois de todo o evento, visto ser ele aquele que irá unir, de forme eficiente, todas as áreas envolvidas para o melhor resultado final. O gerente de logística está sempre ligado a todos os demais gerentes de um evento (pequeno, médio ou grande), devido à complexidade e às múltiplas tarefas e localidade a serem atendidas no melhor espaço de tempo. Você poderá ter estranhado a palavra melhor, pois esperava encontrar a palavra menor. Ocorre que aqui ela é a mais apropriada possível, isto é, quando o evento precisar de grande velocidade, o gerente de logística deverá assim proceder. Exemplo: providenciar a reposição de um microfone que apresentou defeito. Para isto é mandatório uma alta velocidade de atendimento. Por outro lado, quando o evento precisar de baixa velocidade, o gerente de logística atuará para que isto ocorra. Exemplo: providenciar que as ações feitas em um hotel fazenda ou um SPA tragam a sensação que uma hora demore um dia no sentimento do público atendido. A figura 18.1 mostra as várias ligações de um gerente de logística com os demais gerentes das outras áreas de um evento. 101 e-Tec Brasil Gerente de Materiais Gerente de Produto ou Serviços Gerente de Produção GERENTE DE LOGÍSTICA Gerente de Pós Venda Gerente de Processos Gerente de Qualidade Gerente de Marketing Figura 18.1: Linhas de comunicação entre o gerente de logística e vários outros envolvidos em um evento Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Allen et al. (2003, p.276) A tabela 18.1 mostra uma relação entre alguns dos envolvidos em um evento, e apresenta as informações necessárias para o bom desempenho de um gerente de logística, que atua como um grande negociador o tempo todo. Tabela 18.1: Informações requeridas pelo gerente de logística de eventos Cargo Atribuição Geral Informações enviadas ao Gerente de Logística Diretor Artístico Seleção e negociação com os artistas Viagem, acomodação, exigências de montagem e equipamentos. Gerente de Palco Seleção e negociação com firmas contratadas Requisitos de som, luzes e bastidores, e horários da programação. Diretor Financeiro Análise de orçamentos e contratos Como e quando os recursos serão aprovados e liberados, e o cronograma de pagamentos. Coordenador de Voluntários Recrutamento e gerenciamento de voluntários Voluntários selecionados e demandas (requisitos) Gerente de Promoção Promoção durante o evento Exigência da mídia e dos VIPs Selecionar comerciantes adequados ao evento Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Allen et al. (2003, p.276) Gerente Comercial Requisitos dos comerciantes (tema, água, eletricidade, posicionamento, licenças) 18.2 Ferramentas de atuação Há uma possibilidade de aplicação direta na logística de eventos das ferramentas usadas tanto pela logística militar quanto aquela usada pelos negócios em geral. Temos que prestar muita atenção ao fato que “a natureza dinâmica dos eventos e a forma como as áreas funcionais estão tão intimamente ligadas e-Tec Brasil 102 Logística e Negociação para Eventos implica que uma pequena mudança em uma área pode resultar em mudanças sérias por todo o evento”. (ALLEN et al., 2003, p.277) O grande negociador desse processo, isto é, o gerente da logística, deve ter como habilidade a capacidade de identificar quais seriam os possíveis problemas, quando ocorreriam, preparar-se e preparar os demais para a resolução de tais situações. Um gestor que atua no gerenciamento de eventos tem muitas atividades e funções. Dentre elas, as mais importantes são o planejamento, a organização, a comunicação com várias áreas (interna e externamente), a criação do evento propriamente dito juntamente com a motivação do pessoal envolvido e o controle das ações praticadas. Podemos concluir que o gestor deverá ser aquele) que está apto a resolver os problemas que, por ventura, venham a surgir, esperada ou inesperadamente. Isto demanda muita flexibilidade de pensamento e de ação. “Obter resultados através de pessoas é uma habilidade que não se aprende na sala de aula.” (J. Paul Getty) A solução de problemas é uma habilidade essencial para o bom funcionamento do evento. Esta é uma característica absolutamente vital para aqueles que trabalham no setor, e qualquer um que tenha experiência pode comprová-lo. Os problemas sempre ressurgem, e é necessário um pensamento positivo e inovador para resolvê-los. O pensamento criativo e periférico pode ser muito útil para enfrentar dificuldades e encontrar soluções. Conforme Watt (2004, p.38) “a solução de problemas tem várias etapas”: 1. Levantar os fatos 2. Especificar os objetivos 3. Identificar o problema 4. Formular soluções alternativas 5. Escolher a melhor solução Aula 18 – O perfil do gestor negociador 103 e-Tec Brasil 6. Pôr em prática a solução escolhida 7. Continuar observando para garantir que a solução escolhida funcione 8. Escolher uma nova solução, ou adaptar uma ação corretiva, ou voltar à primeira etapa. Com base no exposto, você poderá dizer que a estruturação de problemas e suas possíveis soluções passam pelo gerenciamento de crises e, o que é melhor, quando se trata de um bom gestor de logística, acostumado aos vários tipos de negociação, ele resolve tais situações antes que elas se transformem em crises. O ideograma chinês abaixo que significa crise é composto por duas partes: WEI (perigo) e JI (oportunidade) Figura 18.2: Wei Ji Fonte: http://www.luispellegrini.com.br/ Por analogia, podemos então olhar para uma crise com os olhos daqueles que só veem perigo, ou, se preferirmos, encontraremos uma oportunidade de bons resultados. 18.3 Negociação e tomada de decisão Nesse cenário que você vem acompanhando ao longo dos estudos, já deve ter observado que a atividade de tomar decisões pertence ao gestor de qualquer organização, firma ou empresa. Claro que várias são as possibilidades de uma tomada de decisão. Podemos até dizer que tomar decisão é fácil. Difícil é tomar a decisão correta, pois elas ocorrem em diversos níveis dos eventos: individual, grupal e organizacional. Como o resultado final de qualquer decisão certamente irá afetar a todos, sugere-se sempre que possível tomar decisões de maneira conciliadora, democrática, envolvendo o melhor conteúdo das pessoas inseridas neste processo. e-Tec Brasil 104 Logística e Negociação para Eventos Conforme Watt (2004, p.42): “também é interessante utilizar o conhecimento coletivo do grupo para ajudar a tomar a decisão correta, contribuindo para a construção de uma unidade de propósitos, de forma que as decisões acordadas contribuam para a apropriação conjunta do projeto”. “O verdadeiro líder não tem necessidade de mandar. Ele se contenta em apontar o caminho.” (Henry Miller) Resumo Nesta aula você tomou contato com algumas informações sobre a função de gerente de logística, que deve ser um gestor negociador, conciliador e até mesmo o líder que mais ouve antes de qualquer ação. Atividades de aprendizagem Tome por base um evento na área gastronômica e responda: a) Quais as áreas de apoio à logística precisam estar presentes nos acordos iniciais desse evento? b) Estabeleça um plano de emergência para gelar as bebidas que foram compradas de última hora. Aula 18 – O perfil do gestor negociador 105 Marcelo Mariaca, em seu livro Erre mais! compartilha com o leitor um pouco da experiência dele mesmo como headhunter e sócio de uma das maiores empresas de caça-talentos do globo, além de mostrar que o mundo corporativo pode ser rico, interessante e prazeroso, feito à base de muito planejamento e persistência. Fonte: http://www.submarino. com.br/produto/1/21872012/ erre+mais+! e-Tec Brasil c) Pesquise com alguns de seus amigos quantos deles possuem intolerância à lactose. Como atender tais convidados nesse evento? d) Como o evento acontecerá em uma chácara quais os possíveis problemas que poderão ocorrer? Como se preparar para resolvê-los? e-Tec Brasil 106 Logística e Negociação para Eventos Aula 19 – N egociação: a validação do processo Nesta aula abordaremos a importância de uma negociação clara e correta, para que o evento seja realizado com qualidade. 19.1 A postura do negociador Como existem situações que requerem ações específicas, fica aqui a proposta para o aprofundamento deste assunto. A gama de possibilidades de liderança pode ir desde a liberalidade total até a conduta ditatorial, com uma série de etapas entre uma e outra. Um estilo adequado e a qualidade do gestor serão fatores decisivos para o devido sucesso de um evento, seja de qual porte for. Certamente ocorrerão casos em que haverá a necessidade do Gestor se portar de forma mais firme com o pessoal envolvido, seja por questões legais (EPI: equipamento de proteção individual), seja por distúrbios da natureza (chuva, fogo, terremoto) ou mesmo por motivo de força maior. O estilo de gestão de pessoas que está totalmente descartado é o liberal. Às vezes confunde-se o conceito de liberal, achando que é o líder que gerencia com liberdade. Ledo engano! É liberalidade o estilo que está sendo empregado. Isto significa que cada um faz o que quer, quando quer, do jeito que quer. Dá para se ter uma ideia para onde irá o navio, não é mesmo? Já que está sem timoneiro. À deriva, sem dúvida! Da mesma forma é inconcebível que hoje em dia haja um ditador, especialmente pela grande quantidade de exemplos não tão adequados que a história tem nos mostrado, causando problemas de várias ordens, desde econômicas, políticas até sociais. Não podemos nos esquecer que muitas vezes o gestor de logística terá que negociar inclusive com um grupo de voluntários, ou seja, verdadeiros colaboradores que atuam gratuitamente. O gestor adequado ao processo manifesta-se claramente ao pessoal que está sob sua responsabilidade, independentemente do nível hierárquico de cada um deles, dividindo sua experiência com todos e direcionando recompensas 107 e-Tec Brasil ou corrigindo o que for necessário. Liberdade de opinião é aquela onde serão chamados a opinar todos quanto possam contribuir, de conformidade com sua área de atuação e de conhecimento. O estilo deste líder, que irá se adequar a cada situação, permitirá a real contribuição dos funcionários, voluntários e até mesmo de alguns patrocinadores, conforme o caso. De acordo com Watt (2004, p.44), “um líder adequado também deverá oferecer previsão, orientação e conhecimento sobre o contexto para garantir o sucesso, além de manter-se atento ao que acontece ao seu redor, para que tudo fique sob controle”. Acima Exteriormente Gerenciamento de financiadores e parceiros importantes Gerenciamento do atendimento ao cliente Monitoramento e controle de recursos, pessoal e sistemas . Antes Líder do Event o Depois Realinhamento de alvos e recursos Avaliação do próprio desempenho Gerenciamento da Equipe Interiormente Internamente Figura 19.1: Atenção dispensada pelo líder em relação ao cenário de evento. Fonte: Adaptado de Watt (2004, p. 45) Independentemente do tamanho do evento que o gestor de logística esteja gerenciando, há que se considerar sempre um acordo mútuo entre fornecedores e clientes do tipo negociação ganha-ganha, isto é, cada uma e todas as partes estarão de conformidade com o foco principal. Como existem vários tipos de eventos, cada um tem o seu foco principal diferenciado: mais rápido, mais lento, mais sofisticado, mais simples, com características políticas e/ou religiosas, ou totalmente isento de qualquer conotação dessas últimas áreas citadas. e-Tec Brasil 108 Logística e Negociação para Eventos O importante é que o gestor da logística saiba muito bem como conduzir todo o processo, desde o início até as ações que ocorrerão após o término do evento. Conforme Marsh, citado por Allen et al. (2003, p.283) negociação é “um processo dinâmico de ajuste pelo qual as duas partes, cada qual com seus objetivos, se juntam para chegar a um acordo mutuamente satisfatório sobre uma questão de interesse comum”. 19.2 Ação e preparação do Negociador O gestor de logística deve se preparar para abordar todas as questões de sua área desde o início, firmando os detalhes mais importantes com as pessoas (físicas e/ou jurídicas) que forem contratadas para o evento sob sua responsabilidade. Pelo dinamismo que caracteriza os eventos, do gestor da logística se espera que ele tome decisões e faça acordos de forma que o processo de avaliação e reavaliação da qualidade da organização seja uma constante durante todo o tempo que o evento esteja sua responsabilidade. Nesse contexto, flexibilidade é palavra de ordem. Não aquela flexibilidade que permite tudo, pois aí seria melhor chamada de permissividade. Também a correta flexibilidade não se mantém engessada, antes está sempre se adequando da melhor maneira às situações, mesmo que adversas. Conforme comentários do general Pagonis, citado por Allen et al. (2003, p. 284), será sempre necessário que: “antes de implementar determinado plano, eu geralmente tento reunir todas as partes envolvidas para um exercício coletivo. O grupo inclui representantes de todas as áreas relevantes do comando, e a meta das sessões cerebrais é identificar e discutir todos os aspectos desconhecidos da situação. Nós conversamos sobre todos os possíveis problemas e tentamos chegar a soluções concretas.” Por sessões cerebrais, Pagonis considerava que exercícios dessa natureza (mental) normalmente poderiam reduzir as incertezas, reforçando a inter-relação entre as mais diversas áreas ou setores de especialização, estimulando dessa forma, um processo de resolução coletiva dos problemas propostos com grande possibilidade de visão futura sobre questões nevrálgicas. Aula 19 – Negociação: a validação do processo 109 e-Tec Brasil “A liderança é uma influência interpessoal, exercida em situações críticas e direcionada pelo processo de comunicação, rumo à realização de uma ou várias metas determinadas.” (Robert Tannenbaum e Fred Massarik, professores norte-americanos.) Resumo Nesta aula foi possível observar que o processo de negociação é tão importante quanto delicado, isto é, pode-se pôr tudo a perder por um detalhe mal resolvido. Atividades de aprendizagem • Para reforçar os conceitos abordados, responda: a) Procure um exemplo onde a precipitação causou um erro bastante influente na tomada de decisão de um evento do tipo _________________ (escolha sua própria opção). b) Você será o principal organizador da festa da prefeitura municipal de sua cidade. Quais os principais problemas que você consegue antever? E as possíveis soluções? Márcio Miranda em seu livro Negociando para ganhar fornece as ferramentas necessárias para que o leitor se torne um grande negociador, descobrindo ajudando a descobrir como ganhar um tanto mais; como fazer concessões; como se preparar para qualquer tipo de negociação; como partir para o processo ganha-ganha sem ser inocente. Fonte:http://www. livrariacultura.com.br/scripts/ resenha/resenha.asp e-Tec Brasil c) Você, que é o gestor da logística da empresa responsável pelos eventos da sua cidade, deverá estabelecer um plano de emergência para suprir a falta de garçons na festa de hoje à noite. Festa: Baile de Debutantes. 110 Logística e Negociação para Eventos Aula 20 – D esafios e melhorias Nesta aula abordaremos os aspectos considerados desafiadores e a importância da avaliação no processo de melhoria. 20.1 Fechamento A avaliação da organização, ou a avaliação de desempenho dos participantes, é algo que pode ser medido por meio de um processo de mensuração, avaliação e correção das distorções ao longo do ciclo de gerenciamento do evento. Buscamos as respostas com o objetivo de que possam contribuir para o planejamento geral e o aperfeiçoamento dos eventos futuros propriamente ditos. Os custos e benefícios prováveis dos eventos, assim como os possíveis prejuízos devem ser previamente determinados por meio de cálculos chamados de Estudos de Viabilidade Econômica e não somente calculá-los, mas também acompanhar esses números, refazendo-os durante o decorrer da atividade. Quando terminado o evento, e antes que a administração geral se dissolva e comece a preparação para o próximo, muita atenção é necessária para a finalização desta etapa importante, solucionando pendências e gerenciando o que ainda necessita de atenção. De acordo com Allen et al. (2003, p.326-327), propõe-se a seguinte lista de tarefas a ser verificada na finalização de um evento. • Marcar um reunião de coleta de informações e oferecer oportunidade para feedback de todos os parceiros. • Fechar as contas e preparar um relatório financeiro auditado. • Cumprir todas as obrigações contratuais e estatutárias. • Preparar um relatório completo dos resultados do evento e distribuir a todos os parceiros. 111 e-Tec Brasil • Fazer recomendações para futuros refinamentos e aperfeiçoamentos do evento. • Agradecer a todo o pessoal, participantes e parceiros por seu apoio no evento. 20.2 Conselhos práticos Você acompanhou ao longo das aulas que muitas das afirmativas feitas já eram de conhecimento do público. Claro, as informações estão disponíveis no mercado exatamente para poder contribuir com o desenvolvimento de toda e qualquer área de atuação. Para poder contribuir um tanto mais com o gestor da logística, ou ainda qualquer profissional da área de eventos, fomos buscar alguns conselhos práticos voltados diretamente a esses gestores de eventos. Seguem alguns conselhos e regras importantes para uma correta organização e gestão de eventos (WATT, 2004, p. 202-203). São eles: • A meta é a qualidade, não a quantidade • Você deve manter controle sobre as despesas • É melhor aprender com os erros dos outros do que com os próprios • Não reinvente a roda; geralmente alguém já passou por esta situação • Todo evento é o primeiro da vida de alguém • Estamos aqui para servir ao público/espectadores/participantes • As pessoas são a chave para eventos bem-sucedidos • Se não puder fazer algo bem feito, não o faça • O sucesso vem com esforço, raciocínio, gerenciamento de pessoal e planejamento • A publicidade positiva é fundamental; ninguém virá se não ouvir falar do evento e-Tec Brasil 112 Logística e Negociação para Eventos • Não tente chegar ao céu se o teto já for suficiente • Os voluntários são bons servidores, mas péssimos mestres • As habilidades em eventos são transferíveis; por exemplo, dos esportes para o patrimônio ou vice-versa • A atenção aos detalhes mostra dedicação e funciona, mesmo não sendo notada o tempo todo • Lembre-se de que os seres humanos são falíveis. Escreva tudo. A pessoa mais importante da organização do evento pode ser atropelada por um ônibus • Um bom locutor vale seu peso em ouro • Verifique tudo mais de uma vez! • As coisas não estarão funcionando bem à noite • Não planeje apresentações ou mesmo cerimônias de encerramento longas demais. Elas deixam uma má impressão, mesmo de um bom evento • Todos os eventos precisam de alguém para solucionar problemas ou “apagar incêndios”, alguém que faça as coisas acontecerem • Não interessa o quanto sua equipe é boa; se tiver um coordenador fraco, o evento não terá sucesso • O problema de elaborar estimativas financeiras é que sempre surgirão despesas inesperadas • Uma decoração agradável, bem planejada, adequada e equilibrada é essencial para eventos atraentes • Uma programação informativa é vital para manter o público interessado e participante • Nunca é demais prestar atenção aos detalhes Aula 20 – Desafios e melhorias 113 e-Tec Brasil • Organizar um evento é como montar um quebra-cabeças gigante; mexer com as peças sabendo que, ao final, todas irão se encaixar. Apenas certifique-se de que você terá todas as peças para encaixar quando elas forem necessárias • Não importa o quão minucioso seja o seu planejamento, algo inesperado sempre vai acontecer • Mantenha a equipe permanentemente informada; faça reuniões de atualização regularmente • Coloque todos os acordos no papel • Cada evento deve ter seu “executivo-chefe”; um político, um diplomata, alguém que desempenhe muitos papéis • Envolva seu patrocinador • É preferível ter um número menor de pessoas que estejam prontas a dar o melhor de si para que um evento aconteça do que 1000 pessoas que estão ali pela experiência • Grande parte dos eventos importantes aparenta funcionar perfeitamente, enquanto uma série de problemas é resolvida nos “bastidores” • Seja pessimista na elaboração de orçamentos. Nem otimista, nem realista, mas pessimista • Senso de humor é fundamental. Se for sério demais, o evento não acontecerá, os organizadores ficarão exaustos. O bom humor ajuda a manter uma visão geral do evento • Você precisa ser capaz de pensar por conta própria • Detalhes, detalhes, detalhes. “Nada é permanente, exceto as mudanças.” Heráclito de Éfeso, filósofo grego. e-Tec Brasil 114 Logística e Negociação para Eventos Resumo Nesta aula você viu que alguns dos aspectos de maior importância são os desafios encontrados no dia a dia das organizações. Talvez o mais difícil seja estar disposto a fazer as mesmas coisas só que de uma forma melhor, visto a grande competitividade internacional. Atividades de aprendizagem Responda as seguintes questões: a) Identifique um evento que você tenha familiaridade e formule um plano de avaliação do mesmo. b)Escolha um evento (diferente do escolhido na letra “a”) que tenha impactado positiva ou negativamente para a comunidade do seu próprio bairro. Comente como foi a repercussão junto aos vizinhos. Assista ao “Cirque Du Soleil – Alegria”. O espetáculo apresentado neste vídeo mostra o quanto há de superação nas ações mais comuns de uma atividade circense. O desafio de se fazer melhor é uma tônica que pode ser observada em todos os números apresentados pela equipe. Fonte: http://www.imdb.com/ title/tt0312571/ c) Trace um plano, imaginando como terminará a copa do mundo no Brasil em 2014. Esta atividade deverá ser feita de preferência junto com alguns colegas de turma. Aula 20 – Desafios e melhorias 115 e-Tec Brasil d)Faça uma lista com as atividades mais difíceis de serem mudadas durante o período de planejamento de um evento na área musical. Anotações e-Tec Brasil 116 Logística e Negociação para Eventos Referências ANDRADE, Aurélio L. et al. Pensamento sistêmico: caderno de campo: o desafio da mudança sustentada nas organizações e na sociedade. Porto Alegre: Bookman, 2006. ALLEN, Johnny et al. Organização e gestão de eventos. Rio de Janeiro. Elsevier, 2003. BALLOU, Ronald H. 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Podemos AFIRMAR que o estudo da Economia é: a) um bem tangível; b) interessante apenas para aqueles que desejam se graduar nesta área; c) um importante recurso para todos os que desejam entender sobre produtos e serviços, lucro, produtividade, ações corretivas nos mercados financeiros; d) vantajoso apenas para quem trabalha na área internacional, como Comércio Exterior; e) um assunto que vem apresentando corretas alternativas para o estudo de mercado após a II Guerra Mundial. 2. Assinale a alternativa INCORRETA: a) Qualquer produto ou serviço, deve sempre dar lucro financeiro, empresarial ou pessoal. b) As pessoas de todas as nacionalidades exigem qualidade, tanto na prestação de serviços, quanto nos produtos a serem consumidos. c) Os produtos de forma geral podem e devem ser armazenados ou guardados em estoques, a fim de poderem ser utilizados posteriormente. d) Os serviços são também considerados produtos no mercado, portanto podemos afirmar que podem ser guardados. e) A globalização é uma realidade; portanto, as empresas que querem se manter no mercado devem sempre se atualizar e estar preparadas para entrar no mercado mundial. 121 e-Tec Brasil 3. Dentre os conceitos de Logística, podemos afirmar que: a) é um processo que pode fazer uso de planejamento, organização e controle; b) são todas atividades de movimentação de armazenagem e estoques, ou seja, basicamente transporte; c) é um processo de compra ou aquisição, movimentação e armazenagem de materiais e serviços; d) é um processo que considera, manuseia e controla movimentação de materiais, inventários de produtos etc.; e) é um processo que integra todas as atividades de planejamento, controle de materiais, controle de custos, movimentação, aquisição, entrega, além de inovação tecnológica. 4. Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com o que foi estudado: a) A logística das empresas é uma função essencial, pois ela engloba áreas relativas ao estoque de materiais, administração, controle, distribuição física, etc. b) A logística serve para manter a empresa sob controle em todos os seus setores, tanto de estocagem, produção, distribuição. c) A logística teve origem nas movimentações militares, a fim de manterem os contingentes de soldados em condições de lutar, ou seja, alimentados e medicados quando necessário. d) A logística é uma ferramenta que deve ser usada por poucos setores da empresa, não permitindo que se confundam tarefas, onde cada um cuida do seu trabalho independentemente da atividade do departamento em questão. e) As atividades logísticas podem trazer grandes resultados para a empresa, tanto operacionais quanto financeiros. e-Tec Brasil 122 Logística e Negociação para Eventos 5. Podemos AFIRMAR que: A logística cada vez mais se integra aos processos tanto produtivos quanto da prestação de serviços, fazendo com que as empresas tenham um fluxo de produção mais adequado e a entrega dos produtos finais seja feito com mais eficiência e economia de tempo. Indique quais características de uma boa logística são perceptíveis por ocasião de um show musical ao ar livre. Com V para as VERDADEIRAS e F para as FALSAS: ( )Sinalização indicativa e número adequado de sanitários; ( )Várias opções de alimentação em lugar de fácil acesso; ( )Transporte coletivo especial atendendo à localização do evento; ( )Serviço de atendimento de primeiros socorros bem posicionados; a) V, V, V, V b) V, V, F, F c) F, F, V, V d) V, F, V, F e) F, F, F, F 6. O processo de planejamento consiste em: a) estabelecer estratégias hoje para atingir resultados futuros; b) forçar uma organização estruturada em ações diárias; c) trabalhar no presente para encontrar resultados no presente; d) estabelecer qualquer referência mesmo sem planejamento, pois se for para dar errado, isto acontecerá; e) trabalhar sempre com o olhar no presente, independente do futuro. Atividades autoinstrutivas 123 e-Tec Brasil 7. Existe uma classificação para cada tipo de evento específico. Coloque na 2ª coluna a letra correspondente à 1ª, conforme visto em aula. 1ªCLASSIFICAÇÃO 2ª EVENTOS ESPECÍFICOS ( )Convenção, workshop, mostra, leilão, feira, exposição, desfile, encontro, reunião etc. B Científicos ou técnicos ( )Desfile, festival, concerto, show, amostra, exposição etc. CComerciais ( )Competição, remate, excursão, premiação etc. DCulturais ( )Congresso, seminário, palestra etc. ( )Congresso, seminário, simpósio, EEsportivos conferência, curso, palestra, mesaredonda, painel, fórum etc. AArtístico-culturais a) A, B, C, D, E b) C, A, E, B, D c) B, C, D, E, A d) C, B, E, D, A e) D, A, E, C, B 8. Uma característica interessante da Logística é que ela: a) Teve origem nas movimentações militares, a fim de conquistar novos mercados. A isto damos o nome de militarização. b) É uma função essencial, engloba áreas internas e externas, como estoque de materiais e controle. A isto damos o nome de materialização. c) Deve proporcionar uma visão tão abrangente que consiga contemplar o ponto de partida da empresa, o de chegada e identificar quais os meios necessários e suficientes para conseguir ligar o primeiro ao segundo. A isto damos o nome de integração. e-Tec Brasil 124 Logística e Negociação para Eventos d) Deve indicar possibilidades de verificação do ponto de partida da empresa, o de chegada e identificar se tais pontos estão de acordo com o mercado. A isto damos o nome de terceirização. e) Serve para manter a empresa atualizada e sob controle, em todos os seus setores de produção. A isto damos o nome de distribuição. 9. Logística é: a) Um modismo da atualidade. b) Uma função essencial apenas para empresas de grande porte. c) Um mecanismo que auxilia na gestão das lojas. d) Um mecanismo que verifica as ações internacionais do ponto de vista nacional. e) Um mecanismo que auxilia na gestão das empresas, servindo de apoio em vários de seus setores. 10. Sigla contida na matriz FOFA significa: a) Fraqueza, Operacional, Feitio, Arremate b) Franqueza, Otimização, Força, Amparo c) Pontos Fáceis, Organização, Pontos de Fábrica, Acesso facilitado d) Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças e) Força, Oportunidade, Facilidade, Atuação 11.Algumas ações da Logística proporcionam certas vantagens, como: a) Fazer mais constantemente proporciona mais mercado. b) Fazer com menos estoques proporciona mais fluxo de caixa. c) Fazer mais rápido proporciona menos tempo. d) Fazer mais mercado proporciona mais gastos. e) Fazer com menos estoques proporciona menos produtos. Atividades autoinstrutivas 125 e-Tec Brasil 12. Se você tomar por base os estudos feitos em uma Curva ABC poderá dizer que: a) Os itens A serão os de maior volume em um estoque. b) Os itens B serão os itens bons de uso em um evento. c) Os itens C serão os itens certos de um evento d) Os itens D não são importantes, por isso nem aparecem na lista. e) Os itens E já foram excluídos anteriormente ao processo de análise que você fez. 13. Escolha a alternativa que melhor responde a seguinte afirmativa: Apesar de os estoques demandarem algum volume de capital (dinheiro) preso, sem maiores possibilidades de utilização, indique quais seriam alguns pontos positivos que eles trariam, com V para as verdadeiras e F para as falsas: ( )Proporcionar falta de bens em estoque; ( )Diminuir as faltas de materiais e garantir produção; ( )Diminuir os custos de segurança do estoque; ( )Fornecer bens e serviços apesar da variação do comportamento da demanda. a) F, F, V, V; b) F, V, F, V; c) V, F, V, F; d) V, V, F, F; e) F, F, F, F. 14. Com relação à EMBALAGEM é sabido que: a) Sendo não retornável ela não tem utilidade. b) Sua função primária é a de acondicionamento focado em armazém. e-Tec Brasil 126 Logística e Negociação para Eventos c) Sua finalidade de consumo é a de apresentação do produto. d) Desde que tudo em seu evento esteja embalado tudo estará seguro. e) Ela é grande indicador de desenvolvimento e de vendas no mercado em geral. 15. EMBALAGEM é: a) Todo envoltório que despacha um produto para seu destino parcial ou final. b) Todo invólucro que agrega um produto para sua movimentação ou para seu deslocamento inicial. c) Todo invólucro que prepara um produto para sua distribuição ou para seu uso final. d) Todo envoltório que desagrega as ações ineficazes para a movimentação ou deslocamento de um produto. e) Toda contenção de bens e serviços à disposição planejada para o mercado. 16. Você já estudou algumas abordagens acerca de Planejamento. Agora classifique as sentenças abaixo como verdadeira V e falsa F: ( )O planejamento é o processo que identifica metas e objetivos, estabelecendo os meios para obtê-los; ( )O planejamento de eventos deve ser desenvolvido de forma estruturada e lógica; ( )O melhor da falta de planejamento é que o fracasso chega inteiramente de surpresa; ( )O planejamento deve se utilizar de um estudo de viabilidade. a) F, F, V, V; b) F, V, F, V; c) V, F, V, F; d) V, V, V, V; e) F, F, F, F. Atividades autoinstrutivas 127 e-Tec Brasil 17. Para que uma estratégia de eventos atinja sucesso é necessário que: a) O propósito do evento seja verificado somente depois do orçamento feito. b) As metas e os objetivos do evento possam ser estabelecidas na fase 2. c) O tipo de pessoal envolvido seja sempre terceirizado. d) Seja estabelecido qual será o tipo de gestão, ou seja, como será coordenado. e) Seu principal gestor seja poliglota. 18.Com relação à estruturação de um evento é que o planejador considere: a) A velocidade do reconhecimento de seu nome pela sociedade. b) É sempre bom para o evento ter o maior número de voluntários possível. c) O orçamento com bases em necessidades técnicas. d) Sempre terceirizar, pois é mais barato. e) Informar os patrocinadores, sempre ao final do evento, a respeito do controle e acompanhamento dos resultados. 19. A estrutura de eventos deverá ser feita de tal forma que: a) Planejamento e Desenvolvimento possam atuar de maneira firme e independente das demais, devido à importância desses dois citados. b) A abrangência das ações, em todas as organizações nem sempre precisam de mecanismos e sistemas de controle intensivo, desde que já apresentem um bom planejamento anterior. c) Independentemente do porte físico, a capacidade financeira da cadeia de suprimentos vem diminuindo sua atuação com vistas ao processo de redução de custos. d) Operacionalização é de suma importância e os objetivos vêm logo em seguida. e) Os esforços gerenciais se apresentem bem articulados, a fim de alcançar os objetivos estabelecidos. e-Tec Brasil 128 Logística e Negociação para Eventos 20. A questão operacional para se estruturar um evento deve, dentre outras ações: a) Definir de forma clara e precisa os objetivos, bem como a amplitude do evento. b) Montar o roteiro de um cronograma, assim como a execução de um planejamento junto com a data prevista para o início da estruturação. c) Reservar recursos materiais e patrimoniais, estocando-os de conformidade com a necessidade de utilização financeira. d) Prever apoio de deliberação para atender às exigências operacionais. e) Dispor de pessoas ou grupos alternativos com vistas à execução e redução de custos. 21.Com relação à estruturação de um evento, marque V para as verdadeiras e F para as falsas: ( )Um projeto é um empreendimento único que deve apresentar um início e um fim claramente definidos. ( )PMI (Project Management Instituté um órgão norte-americano que há muito contribui com a formatação e controle de um projeto, em diversas áreas. ( )Um projeto é conduzido por pessoas e deve atingir seus objetivos respeitando os parâmetros de prazo, custo e qualidade. ( )A utilização de ferramentas de gestão é algo sofisticado, que gera muitas despesas e poucos resultados. a) F, F, V, V b) F, V, F, V c) V, V, V, F d) V, V, V, V e) F, F, F, F Atividades autoinstrutivas 129 e-Tec Brasil 22. A estrutura de eventos deverá ser feita de tal forma que: a) O planejamento é muito importante para se obter resultados negativos dos eventos, mas só é possível consegui-los se a operacionalização de pessoal for considerada a partir dos dados de vendas do evento. b) O planejamento é muito importante para se obter resultados positivos dos eventos, mas só é possível consegui-los se a execução do plano for detalhadamente controlada. c) O planejamento é muito importante para se obter resultados positivos dos eventos, mas só é possível consegui-los se houver contribuições financeiras. d) O planejamento é muito importante para se obter resultados negativos dos eventos, mas só é possível consegui-los se o plano de execução for detalhadamente observado. e) O planejamento é muito importante para se obter resultados positivos dos eventos, mas só é possível consegui-los se a operacionalização de marketing for controlada, pois é lá (no marketing) onde tudo começa. 23.Cada evento deverá ter uma estrutura em sua organização que inclua planejamento, desenvolvimento, relação de trabalho e maneiras de como atingir os objetivos propostos, observando também as cadeias de suprimentos. Por isso pode-se dizer que: a) Não existe organização que não precise de manutenção, sendo que os níveis de verificação de papéis a serem desempenhados devem ser claramente restringidos, com as atribuições de cada grupo. b) Não existe organização que não precise de coordenação, sendo que os níveis de atuação e papéis a serem desempenhados devem ser claramente definidos com as atribuições de cada grupo. c) Não existe organização que não precise de estruturação, sendo que os níveis de verificação de papéis a serem modificados devem ser claramente restringidos com as atribuições de cada grupo. d) Não existe organização que não precise de materiais, sendo que os níveis de armazenagem de papéis a serem desempenhados devem ser claramente modificados com as atribuições de cada grupo. e-Tec Brasil 130 Logística e Negociação para Eventos e) Não existe organização que não precise de deliberação, sendo que os níveis de verificação de papéis a serem modificados devem ser claramente restringidos com as atribuições de cada grupo. 24.Marque a alternativa errada: a) É primordial que se tenha uma sistemática de controle de eventos, pois quem não controla para onde vai ou já passou do ponto, ou nunca chegará nele. b) Controlar eventos não pode ser algo tétrico nem sinistro. c) Controlar eventos é um processo de gerenciamento das ações normais que estão acontecendo e, se não estão, elas naturalmente irão se ajustando como em um cenário normal de atendimento. d) O controle de eventos é parte crucial na gestão de eventos, pois é necessário que as coisas realmente aconteçam e não fiquem apenas na promessa. e) Um sistema de controle de eventos não pode ser desmotivador nem manipulador de pessoas. 25.Marque a opção correta: a) A gestão da logística de eventos é muito dinâmica, sendo seu gerenciamento composto por suprimentos em geral, instalação de itens e equipamentos, a realização do evento propriamente dito e o seu encerramento. b) A gestão da logística de eventos é pouco dinâmica, sendo que seu gerenciamento requer suprimentos especiais, instalação de itens e equipamentos, a realização do evento propriamente dito e o seu fornecimento. c) A gestão da logística de eventos é muito dinâmica, sendo que seu gerenciamento requer suprimentos normais e especiais, instalação de equipamentos, a realização do evento propriamente dito e o seu fornecimento. d) A gestão da logística de eventos é pouco dinâmica, sendo que seu gerenciamento requer suprimentos normais e especiais, instalação de equipamentos, a realização do evento propriamente dito e o seu fornecimento. e) A gestão da logística de eventos é pouco dinâmica, sendo que seu manuseio requer suprimentos normais, instalação de equipamentos, a realização do evento propriamente dito e o seu fornecimento. Atividades autoinstrutivas 131 e-Tec Brasil 26.Várias são as áreas que precisam ser consideradas ao se elaborar um plano de logística de eventos, tais como: a) Suprimentos: dividido em três áreas – consumidor, produto e instalações, sendo que eles não incluem a atividade da aquisição de bens e serviços. b) Transporte: o transporte de bens e serviços pouco representa em termos de custos para o evento. c) Ligação: a logística é independente do planejamento global de um evento e está fora da atuação de outras áreas. d) Controle de fluxo: refere-se somente ao fluxo dos produtos durante o evento. e) Rede de informações: o fluxo eficiente de informações durante o evento é geralmente o resultado do planejamento eficiente da rede de informações. 27.A estrutura de eventos deverá ser feita de tal forma que: a) Todo evento especial é aquele considerado excepcional ou que não acontece com muita frequência, ou seja, ocorre fora de uma programação ou de uma série de atividades normais de uma entidade patrocinadora ou organizadora. b) Todo evento excepcional é aquele considerado especial ou ainda que acontece com muita frequência, ou seja, ocorre fora de uma programação ou com alguma atividade normal de uma entidade patrocinadora ou organizadora. c) Todo evento especial é aquele considerado excepcional ou ainda que acontece com certa frequência, ou seja, ocorre fora de uma programação ou com alguma atividade especial de uma entidade patrocinadora ou organizadora; d) Todo evento excepcional é aquele considerado diferente ou ainda que não acontece com pouca frequência, ou seja, ocorre dentro de uma programação ou com alguma atividade normal de uma entidade patrocinadora ou organizadora; e) Todo evento especial é aquele considerado diferente do comum ou ainda que não acontece com rara frequência, ou seja, ocorre dentro de uma programação ou com alguma atividade especial de uma entidade patrocinadora ou organizadora. e-Tec Brasil 132 Logística e Negociação para Eventos 28.As possibilidades de variação de eventos especiais são inúmeras. É difícil estabelecer todas as possíveis variações de seus tipos. Apesar disso existem algumas características e/ou atributos que nos ajudam a identificá-los. Marque a alternativa errada: a) Espírito festivo e hospitalidade b) Nível de qualidade apresentado c) Autenticidade de conteúdo e tradição d) Igualdade apresentada com outros e) Temática e simbolismo. 29.Existem vários eventos especiais de porte médio. Marque a alternativa errada: a) Rodadas de negócios b) Copa do Mundo de Futebol c) Seminários d) Garden Parties e) Workshops. 30.Uma cadeia de suprimentos pode ser: Considerada um processo pelo qual algumas entidades de negócios formem um conjunto com o objetivo de adquirir matérias-primas. I. Formada por qualquer empresa, ou seja, pode participar de todas as cadeias de suprimentos existentes, desde que próximas do local de consumo. II. C onsiderada um projeto simples e de fácil condução, desde que seja feito com grande velocidade para o atendimento de mercado. III. Certo grupo de empresas, tais como fornecedores, fabricantes, distribuidores, varejistas, dentre outros. Atividades autoinstrutivas 133 e-Tec Brasil Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas. Depois assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA. a) F, F, V, V b) V, F, F, V c) V, V, F, F d) V, V, V, V e) F, F, F, F 31.Dentre as tarefas que a logística pode contribuir para uma boa performance na organização e gestão de eventos, marque a opção ERRADA: a) Distribuição de ingressos b) Local e transporte para o local do evento c) Suprimento de infraestrutura d) Procedimentos de emergência e) Acolhimento. 32.Existe uma relação entre as atividades de distribuição para os mais diversos tipos de evento. Coloque na 2ª coluna a letra correspondente à 1ª 1ªATIVIDADES DE DISTRIBUIÇÃO 2ªELEMENTOS DAS ATIVIDADES DE DISTRIBUIÇÃO ( )Preparação feita a partir de ambulatório médico, primeiros socorros, pessoal da área da saúde, helicóptero etc. BTransporte ( )É considerada a primeira decisão importante na logística de um evento CInfraestrutura ( )É o primeiro compromisso concreto para com o evento. D Local do evento ( )Muitas opções, desde uma simples sala até uma arena olímpica. EComunicação ( )Composta por telefone, fax, e-mail, placas, sinais, celulares etc. FEmergência ( )Estoque, armazenagem, manutenção, banheiros, lanchonetes, restaurantes etc. AIngressos e-Tec Brasil 134 Logística e Negociação para Eventos a) A, B, C, D, E, F b) C, A, F, E, B, D c) C, A, F, D, B, E d) F, A, B, D, E, C e) D, F, A, E, C, B 33.Marque a alternativa INCORRETA com relação à prestação de um serviço cujo nível de satisfação dos clientes deva ser atendido. a) Observar qual sistemática de ação a ser adotada. b) Esquematizar formas de como buscar resultados. c) Seguir sempre o lema: O cliente tem sempre razão! d) Estabelecer quais os resultados que mais interessam. e) Ditar normas de como gerenciar situações-problemas. 34.Ainda com relação à prestação de um serviço cujo nível de satisfação dos clientes deva ser atendido, marque a alternativa ERRADA: a) Estabelecer os procedimentos a serem seguidos. b) Observar as exigências de mercado. c) Constatar que atendimento é melhor que planejamento do evento. d) Verificar normas para atendimento do mercado. e) Estabelecer quais são os indicadores mais relevantes. 35.De acordo com a sistemática de atuação de DEMING (1990-1993), a sigla PDCA significa: a) Purpose, Doubt, Check, Arrange b) Ponto, Dúvida, Checagem, Avaliação c) Purchase, Do, Change, Actual d) Participação, Doação, Condição, Ação e) Plan, Do, Check, Act Atividades autoinstrutivas 135 e-Tec Brasil 36.De acordo com as expectativas acerca das ações logísticas, você deve observar que o mercado exige muito, pois os clientes BUSCAM: a) Aumento no prazo de entrega. b) Maior disponibilidade de produtos e serviços. c) Maior dificuldade na colocação de pedidos. d) Entrega a qualquer hora. e) Maior cumprimento dos prazos de entrega. 37.De acordo com a literatura estudada, o significado de KPI é: a) Key Performance Indicator b) Key Pong Iung c) Key Professoring Increment d) Key Performance Increment e) Key Planning Implement 38.São algumas das características dos KPIs: a) Devem refletir pouco valor estratégico. b) São definidos pelos operadores mais experientes. c) Devem fluir somente entre a alta gerência da empresa. d) São baseados em valores corporativos. e) São baseados em estimativas a serem validadas. 39.São algumas das importâncias dos KPIs: a) Sempre são importantes para a empresa. b) São definidos pelos líderes operacionais mais velhos na empresa. c) A responsabilidade na empresa é da diretoria. d) Não necessitam de padrões estabelecidos. e) Tem como base informações pertinentes e relevantes. e-Tec Brasil 136 Logística e Negociação para Eventos 40.Marque a opção correta a respeito da ação PATROCÍNIO de um evento: a) Não existe relação entre ele e a imagem da empresa envolvida no evento. b) Padrões e regras são estabelecidos a qualquer tempo. c) É uma relação puramente comercial e financeira. d) São importantes, mas não como resultado financeiro. e) É uma doação. 41.NÃO são formas tradicionais de PATROCÍNIO: a) Prestação de serviços técnicos. b) Contratação de empresa terceirizada. c) Cessão de locais e/ou dependências. d) Serviços de transporte. e) Hospedagem. 42.A coordenação de um evento tem contato com todas as demais áreas da empresa, por isso o gestor de logística DEVE: a) Ser rígido em suas posições, ou seja, não mostrar fraqueza. b) Ter visão pontual do evento, e suas ações serem gerais. c) Pertencer à diretoria da empresa. d) Ser excelente negociador. e) Ser organizado e inflexível nas considerações. 43.O gestor de logística de eventos necessita receber informações das áreas envolvidas, tais como: a) Do Diretor Artístico: Promoção durante o evento. b) Do Gerente do Palco: Recrutamento e gerenciamento de voluntários. c) Do Diretor Financeiro: Análise de orçamentos e contratos. d) Do Gerente Comercial: Seleção e negociação com os artistas. e) Do Gerente de Promoção: Seleção e negociação com firmas contratadas. Atividades autoinstrutivas 137 e-Tec Brasil 44.Marque a alternativa ERRADA: a) Os eventos têm uma natureza dinâmica, sendo que as áreas funcionais estão ligadas entre si. b) O gerente de logística deve ter a capacidade de se antecipar na identificação de possíveis problemas. c) É de suma importância que haja comunicação correta nas ações de antes, durante e depois de um evento. d) Planejamento e controle são ações importantes para a gestão de logística em eventos. e) A criação de um novo evento é sempre importante, independentemente da motivação do pessoal envolvido, desde que haja controle geral. 45.Escolha a alternativa INCORRETA: a) Liberal é um estilo recomendado para gestão de eventos; b) O Gestor de Logística deve ser firme com o pessoal envolvido; c) A qualidade do Gestor pode por a perder o resultado do evento; d) EPI é uma questão legal em muitos casos; e) Distúrbios da natureza (chuva, tsunami, vulcão) podem atrapalhar o resultado final de um evento. 46.Escolha a alternativa CORRETA: a) A negociação entre fornecedores deve ser do tipo ganha-ganha. b) Independentemente do tamanho do evento, o gestor de logística deve procurar acordos lucrativos, ou seja, unilaterais, assim poderá ganhar mais. c) O foco que um gestor de logística deve perseguir é aquele que mais faturamento trouxer. d) O foco melhor é sempre o mais rápido, mais fácil, mais agradável para o gestor de logística. e-Tec Brasil 138 Logística e Negociação para Eventos e) O mais importante é que o gestor de logística saiba como ganhar sempre nos fornecimentos. 47.Escolha a alternativa CORRETA: a) Negociação é a ação do negócio. b) Negociação é definida unicamente pelo julgamento do negociante. c) O gestor de logística deve se preparar para negociar até mesmo com um grupo de voluntários. d) O negociador deve planejar as ações depois de ter feito a gestão do evento. e) Segundo Pagonis, os exercícios de natureza mental aumentam as incertezas de negociação. 48.A avaliação da organização de um evento, assim como de seus integrantes, pode ser medida por meio de um: a) processo de movimentação b) processo de assimilação c) processo de coordenação d) processo de acomodação e) processo de mensuração. 49.A relação entre os custos e os possíveis benefícios a serem conseguidos por meio de um evento poderão ser previamente calculados por um: a) Estudo de Administração de Marketing b) Estudo de Programação e Controle da Produção c) Estudo de Responsabilidade Financeira d) Estudo de Viabilidade Econômica e) Estudo de Planejamento de Recursos Humanos. Atividades autoinstrutivas 139 e-Tec Brasil 50.Ao terminar um evento, não se deve: a) Fechar as contas, preparar um relatório financeiro auditado e expor os resultados em reunião. b) Transferir todas as obrigações contratuais e estatutárias. c) Entregar relatório completo dos resultados do evento a todos os parceiros. d) Recomendar processos de melhorias para os próximos eventos. e) Agradecer todo o pessoal envolvido. e-Tec Brasil 140 Logística e Negociação para Eventos Palavra dodoprofessor-autor Currículo professor-autor Luiz Fernando Rodrigues Campos Doutor em Engenharia da Produção pela UFSC em 2004, Mestre em Inovação Tecnológica pelo CEFET-PR (hoje Universidade Tecnológica do Paraná) em 1999. Especialista em Engenharia Econômica pela FAE/CDE em 1993. Economista pela Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e de Administração Prof. De Plácido e Silva em 1988. Técnico em Mecânica (nível médio) pela Escola Técnica Everardo Passos (ETEP), de São José dos Campos/SP em 1974. Acumulou vasta experiência profissional abrangendo a indústria automobilística entre 1975-1997 em multinacionais (General Motors do Brasil e Volvo do Brasil). Foi consultor associado da Meister Consultoria e Desenvolvimento Profissional (desde 2000). Professor Universitário desde 1997 em cursos de graduação e pós-graduação em várias instituições de ensino superior e pós-graduação. Atualmente é professor de graduação em cursos do Grupo UNINTER (FACINTER e FATEC Internacional), do UNICURITIBA (Centro Universitário Curitiba), assim como em cursos de pós-graduação no IBPEX, OPET e FACET. Também tem participado de bancas de mestrado e doutorado na UFPR e na UFSC. Possui livros publicados pela Editora IBPEX, Editora Aymará e também pelo IFPR. 141 e-Tec Brasil Anotações 143 e-Tec Brasil