Marcelo Bicudo Classificação e organização do mundo ao nosso redor Aparentemente, em um curso de tipografia, podemos pensar que aprenderemos a escolher bem a tipografia que utilizaremos. Poderemos ao final do curso dizer o que é uma boa fonte, discuti-la em termos de legibilidade e ainda analisar a época em que foi produzida. Classificação e organização do mundo ao nosso (Marcelo Bicudo) 1 Aparentemente, em um curso de tipografia, podemos pensar que aprenderemos a escolher bem a tipografia que utilizaremos. Poderemos ao final do curso dizer o que é uma boa fonte, discuti-la em termos de legibilidade e ainda analisar a época em que foi produzida. Poderemos experimentar novas linguagens e formas de representação, transgredindo normas e experimentando novos arranjos gráficos. Isso tudo é verdade. Provavelmente, aqueles mais esforçados conseguirão isso, mas devemos também atentar-nos ao que vem antes de tudo isso. Devemos perceber que as formas ao longo da história do design, se é que podemos assim falar, passam necessariamente pelo desenvolvimento da linguagem no ser humano, pela compreensão, ou pelo menos, pela tentativa de se compreender o mundo, decompondo-o em linguagem, entendendo os códigos que o organizam e dão forma. Por que também não dizer que dão função ao mundo? Enfim, as escolhas que seremos obrigados a fazer nesse curso, bem como em nossa vida profissional ou acadêmica, deverão ser embasadas no sentido de que os elementos constituintes de uma peça de design devem possuir um DNA comum, possuir um fio condutor que organiza nossa produção. Afinal, deveremos sempre começar um trabalho peguntando-nos: “– Afinal, o que eu quero dizer aqui?”. Por isso, é necessário que voltemos no tempo e nos questionemos de onde surgiu nossa escrita. É próprio do ser humano organizar e tentar compreender o mundo ao seu redor, reduzindo e muitas vezes interpretando aquilo que vê. Essa tendência classificatória tem muito a ver com a forma comunicativa com que o ser humano se relaciona com o mundo conhecido ou podemos dizer reconhecível. Isso quer dizer que o ser humano só entende aquilo que ele consegue descrever. Por exemplo, podemos desenhar três quadrados absolutamente iguais na lousa e pedir a um aluno que distribua dentro do primeiro quadrado dezesseis pontos, como quiser. Poderemos perceber que grande parte das pessoas fará essa distribuição de maneira organizada, provavelmente alinhando os pontos, ou buscando alguma relação entre eles. Isso acontece porque a própria forma do quadrado nos induz a isso e nossa tendência classificatória e organizativa também. Se pedirmos a outro aluno que dentro do segundo quadrado faça esses dezesseis pontos, maneira ordeira, começaremos a perceber quais os critérios de seleção que esse aluno desenvolveu para ordenar os pontos, sendo que muito provavelmente os distribuirá de maneira matricial, induzido pelas verticais e horizontais do quadrado. Ao pedirmos a um terceiro aluno que coloque os dezesseis pontos de maneira desordenada dentro do terceiro quadrado, poderemos perceber que provavelmente ele levará mais tempo para fazê-lo do que os dois alunos anteriores e que, ao fazê-lo, seu desenho buscará uma ordem, mesmo que aparentemente caótica, buscando equilibrar a disposição dos pontos. Isso acontece porque em primeiro lugar o ser humano vê o mundo a sua imagem e semelhança, buscando seu reflexo simétrico no mundo. E muitas vezes poderemos tentar identificar figuras contidas naqueles pontos, aparentemente, dispostos de maneira aleatória, como fazemos ao vermos nuvens no céu. Afinal, o que é mais fácil de fazer? Pontos de maneira desordenada, ou pontos de maneira ordenada? Por quê? 2 Classificação e organização do mundo ao nosso redor Essa questão não possui uma resposta exata, mas podemos buscar uma explicação no repertório e na formação de cada pessoa. Alguns tendem a desenvolver estruturas mais exatas e outros, estruturas aparentemente desorganizadas. Essas maneiras de representar o mundo têm relação direta com nossa percepção do conhecimento estruturado. Por conta de tudo isso, torna-se praticamente impossível para todos nós, ao olharmos as nuvens, não tentar descobrir uma organização ou uma figura. Sem dúvida, nossa tendência à classificação e viver em uma sociedade essencialmente imagética ajuda nisso. Se nós, seres modernos e evoluídos, instruídos em termos de linguagem fazemos isso olhando pontos dentro de um quadrado, ou vendo nuvens no céu, imaginem o ser humano primitivo olhando as estrelas em um quadrado imenso e desconhecido que é o céu. Como vocês acham que as constelações começaram a surgir? Sua classificação, seus nomes, seu desenho. O homem ligando pontos com linhas imaginárias, buscando uma ordem no universo, buscando decodificá-lo. Podemos pedir a mais um aluno que desenhe uma linha na lousa. A maioria certamente entenderá por linha, uma linha reta, enquanto que alguns poucos desenharão uma linha curva ou circular. Nosso repertório mais uma vez parece limitado demais para enxergar o que uma linha pode significar. Por que uma linha reta? Porque uma linha curva? É claro, os dois são linhas, mas linhas de natureza muito diferentes. Uma linha reta pode significar muita coisa e uma linha curva também. Se desenharmos uma linha vertical e outra horizontal, qual teremos mais dificuldade de desenhar perfeitamente reta? A horizontal, certamente, pois a influência da gravidade nos dificulta o traço. Desenhemos uma linha diagonal de cima para baixo e outra de baixo para cima. Qual é a diferença entre elas? Certamente não é apenas a posição do início e do fim de cada uma. Nossos gestos, nossos desenhos e representações têm que significar mais do que simplesmente suas formas. Podemos fazer interpretar as linhas desenhadas e os pontos dentro do quadrado a partir da relação do homem com o mundo e das constantes naturais que o envolvem, condicionando assim os sinais por ele feitos. Assim, o homem gosta de se comparar à linha vertical, pois é sua exata espacialização, sua posição no mundo. Ao passo que a linha horizontal pode significar morte, ou a própria terra. A linha diagonal sugere uma situação de instabilidade, ou pelo menos de movimento,seja ele ascendente ou descendente. Quanto mais próxima da vertical, mais a linha nos passa a sensação de subida, enquanto uma linha próxima à horizontal passa-nos a sensação de velocidade, de aerodinâmica. A linha inclinada que aponta para baixo nos transmite a sensação de morte, enquanto uma linha apontando para cima transmite-nos uma sensação positiva, de vida. De tudo isso, o que se depreende? Que há uma tendência do ser humano em tentar compreender e classificar tudo o que ocorre a sua volta. Primeiro, desenhando sinais. Esses sinais, por se parecerem com a realidade, foram chamados de ícones. Quando um ícone, ou simplesmente um sinal é firmado por uma convenção social, define-se o símbolo. Classificação e organização do mundo ao nosso 3 Assim: Sinal Qualquer representação proposital do homem, desvinculada ou não de um objetivo. Geralmente é vinculada, pois inicia-se de uma tentativa de entender o universo à sua volta. Compreende na maioria das vezes sinais básicos ou primordiais, como ponto, linha e formas simples. Para a semiótica, o sinal só é definido dentro dom código de uma cultura. Índice O índice opera em uma relação de contigüidade natural, ligada a um fato de experiência que não é provocado pelo homem. Opõe-se à idéia de ícone, no sentido em ele é natural e não proposital ao ser humano. Para nós, o índice terá uma definição muito mais ampla, que se refere à tudo aquilo que é imediatamente perceptível, que nos faz reconhecer uma coisa a propósito de outra que não é. Ícone Definido por sua relação de semelhança com a realidade do mundo exterior; ou seja, quando um sinal passa a fazer sentido para alguém. Ou quando alguém reconhece alguma coisa do mundo exterior naquele sinal. Pode ser formado por um sinal básico até pela união de diversos sinais. Símbolo Um sinal ou ícone baseado na simples convenção social. Não admite em um determinado contexto senão uma única interpretação. Fora da semiótica, símbolo significa aquilo que representa outra coisa em virtude de uma correspondência analógica. Signo Resultado da junção do plano de expressão com o plano de conteúdo. Comumente é descrito como algo que existe para representar outra coisa. Para a semiótica, signo é definido como uma forma de expressão qualquer, encarregada de traduzir uma idéia ou outra coisa. 4 Classificação e organização do mundo ao nosso redor saiba mais le aparentemente Diversas definições podem ser encontradas, muitas vezes contraditórias. Não que essa ou aquela seja correta ou errada. O que acontece é que muitas vezes, as linhas teóricas, que analisam esses conceitos partem de premissas diferentes. Assim, para nós, as definições acima são suficientes, pois nos dão base para discutirmos o resto do curso. Para um aprofundamento no tema é recomendada a leitura do livro: SANTAEL LA, Lúcia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2003. Das três principais correntes semióticas que analisam as produções visuais humanas, ao longo do nosso curso destacaremos principalmente a semiótica da cultura para explicarmos a noção de contexto e a semiótica discursiva para tentarmos explicar os fenômenos da interação, legibilidade e novas formas de leitura na tipografia contemporânea. Para o último tema, quem tiver interesse em se aprofundar recomendo o livro: FIORIN, J. L. Elementos da análise do discurso. São Paulo, Atica, 1995 Semiótica da cultura Para compreendermos como o ser humano relaciona-se com o mundo e passa a operar diversas linguagens para compreender o universo ao seu redor, podemos evocar a noção de contexto da semiótica da cultura. Entendendo que o ser humano é sempre influenciado pelas coisas que acontecem ao seu redor e que qualquer manifestação cultural (as que mais nos interessam aqui são as visuais) depende das interações entre os seres humanos e entre o homem e o mundo, em uma relação sujeito e objeto. Assim, no momento em que entendemos as produções humanas como textos, sejam elas imagens, vasos e objetos de toda ordem, podemos perceber que cada elemento da nossa cultura que possua o mínimo de raciocínio humano dedicado àquilo, pode ser lido como códigos, enquanto linguagem. Por conseguinte, nossa escrita ocidental não possui formas aleatórias. Seus elementos constituintes não surgiram à toa. E nós designers, compreendendo esse processo, em que o homem escreveu a própria escrita, podemos nos utilizar desses elementos de maneira correta e até quem sabe, transgressora, pois saberemos o que estamos fazendo. Ritmo Duas linhas paralelas isoladas podem significar algo. No momento em que eu coloco mais três linhas separadas por um espaço, transmito a noção de contagem e assim sucessivamente. No momento em que eu coloco várias linhas, isso nos dá a sensação de uma superfície. Ou seja, o ritmo é definido por um deslocamento espacial em um determinado tempo. O ritmo define como o objeto ou ação vai ser percebido. Assim, os tipos gráficos também possuem um ritmo, o que incitará um ritmo de leitura. A composição da tipografia mais uma vez não é aleatória e seus elementos constituintes possuem relação de peso, proporção, forma, direção, trabalhando o olhar na leitura do que se pretende. Classificação e organização do mundo ao nosso 5 Ritmo também é a relação diacrônica (linear) e sincrônica (conexão entre diacronias) do universo. Vivemos em um mundo diacrônico, segundo após segundo, minuto após minuto, em que precisamos descobrir a sincronia entre elementos distintos, cada um no seu tempo e espaço. Precisamos, como designers, interrompermos a diacronia cotidiana das pessoas para que possamos comunicar o que pretendemos. Enfim, o ritmo é fundamental em uma leitura, é fundamental para redesenharmos e compormos o mundo ao nosso redor. Ponto de vista Temos que ter a percepção de que tanto nós quanto o observador, ou destinatário da mensagem estão, cada um imerso em seu tempo e espaço. Como resgatar então esse receptor da mensagem e como impor sua visão de mundo ao observador? Sim, porque uma peça de design é a visão do designer sobre aquele problema, sobre o mundo. Como podemos estabelecer um vínculo comunicativo, no sentido de captarmos a atenção de nosso receptor, fazendo com que se debruce, com que se interesse por aquilo que queremos dizer. O ponto de vista do receptor pode não ser o mesmo que o seu, enfim pode ser que simplesmente o receptor da mensagem não consiga compreender o que queremos dizer. É necessário, então, sempre que fazemos design, seja ele tipográfico ou não, que tenhamos em mente o mundo, no qual nossos receptores estão imersos. Ou seja, existe função no design, existe propósito, o que difere o design radicalmente da arte. Simetria e assimetria Todo observador procura centrar-se em relação ao objeto para poder admirá-lo. Isso, devido à busca de semelhanças consigo mesmo, não nos esquecendo de que o ser humano é perfeitamente simétrico se fizermos um corte longitudinal em nosso corpo. A assimetria provoca desconforto e nesse sentido deve ser buscada sempre com alguma intenção. Na verdade, podemos pensar em equilíbrio harmônico e desequilíbrio. Uma estrutura simétrica é, inicialmente, mais harmônica do que uma estrutura assimétrica. Isso quer dizer que os prédios clássicos gregos são mais harmônicos do que, por exemplo, um prédio de Peter Eisenman. 6 le mais repertório Peter Einsenman é um arquiteto famoso por suas “descontruções” arquitetônicas, fundindo planos, linhas e curvas em seus projetos. Conhecido como pós-modernista, cria uma instabilidade proposital na arquitetura. Abre portas para que arquitetos como Frank Gehry faça o famoso museu de Bilbao. Classificação e organização do mundo ao nosso redor Entretanto, uma construção bem proporcionada pode ser desequilibrada por colocarmos adereços em demasia na fachada. Isso acontece com os prédios neoclássicos contemporâneos. Ou seja, uma construção, um projeto, ou uma peça de design fora de contexto e com elementos em demasia, mascaram a estrutura harmônica inicial do objeto proposto e tornam-no desequilibrada no fim. E o que tudo isso tem a ver com tipografia? Em primeiro lugar, tema ver com design. Ou seja, grande parte de uma peça de design é uma composição bem feita. Os elementos internos da peça têm que ser coerentes e sintéticos, para que construam um todo equilibrado. A tipografia é elemento constituinte de uma peça de design. Misturar diversos tipos gráficos (com serifa e sem serifa) e fontes que em si não guardam um bom desenho pode ser extremamente prejudicial. Não podemos nos esquecer ainda que muitos dos tipos serifados tenham sua origem nas inscrições arquitetônicas presentes nos templos gregos e romanos. le mais repertório A arquitetura grega é famosa por seu equilíbrio estético e por sua exata simetria e proporções adequadas. O que pouca gente sabe é que devido às distorções de perspectiva, os prédios gregos sofriam pequenos ajustes em sua escala, bem como no tamanho e inclinação das colunas. Com isso, eles enganavam nossos olhos, parecendo perfeitamente retos e bem proporcionados. O homem vive nessa ambigüidade entre simetria e assimetria, partindo de seu corpo e seu interior, até suas próprias produções culturais. Percebemos simetria e assimetria na arquitetura e até na escrita. Possuímos tipos que são simétricos e outros que são assimétricos. Nossa maneira de leitura é assimétrica, da esquerda para a direita. Esse universo muda se pensarmos nos hebreus que lêem da direita para a esquerda e nos chineses que lêem de cima para baixo. A grande dificuldade da tipografia é encontrar o equilíbrio em uma estrutura que alterna simetria e assimetria. Comportamento do observador Diante dos sinais e símbolos é quase que imprevisível o comportamento que os observadores assumem. Por isso, Adrian Frutiger preparou tabelas morfológicas que nos ajudam a compreender esse comportamento. A primeira é construída a partir de três verticais e três horizontais e suas possíveis variações, levando a algumas interpretações. A principal conclusão que assumimos a partir da tabela é: sinais sem área delimitada tendem a evocar conceitos abstratos, enquanto que formas fechadas lembram objetos. Toda vez que um sinal assemelha-se a uma letra, torna-se praticamente impossível relacioná-lo com alguma outra figura. Ê baseado nisso que o alfabeto como o conhecemos vai sendo construído. A grande diferença entre a tabela 1 e 2, é que na tabela 2 foram retirados alguns pontos de contato entre as linhas, assim como algumas linhas foram divididas. O número de formas resultantes é ,sem dúvida, muito maior do que o da tabela anterior, embora não sejam representadas nessa tabela todas as figuras. O que podemos perceber é que a composição geométrica dessas figuras tornam-se mais complexas criando sinais mais elaborados. Com isso, o ritmo das figuras -e entre elas- torna-se muito importante. Certamente, muitas dessas figuras já assemelham-se a letras do alfabeto ocidental. Classificação e organização do mundo ao nosso 7 Topologia dos sinais Em primeiro lugar, precisamos entender o que é topologia. Topologia tem sua origem em duas palavras: topo quer dizer plano, enquanto logia vem de lógica. Poderíamos, então, traduzir topologia como o estudo ou a lógica entre planos. Acontece que plano não precisa significar unicamente um plano físico, podendo significar um encadeamento, uma conexão entre pontos diferentes no espaço. Assim, podemos entender topologia como a lógica que une diferentes partes de um todo ou como aquilo que dá coerência e união entre os elementos de um todo. Isso quer dizer que os sinais, quando agrupados, precisam que fazer sentido uns ao lado dos outros, o todo tem que fazer sentido. E não é assim que lemos hoje? Cada letra faz sentido ao lado de outra. O desenho, as hastes, as perfurações, o espaçamento entre as letras, bem como o espaçamento entre as linhas têm que possuir absoluta conexão com os próprios tipos gráficos. O todo precisa ser harmônico e proporcional. São milhares de medidas que devem ser exatas para construir um bom alfabeto. Não é à toa que a maioria das fontes que surgem hoje, não são boas fontes para escrever textos. Se transpusermos essa lógica de análise para o alfabeto, pensando nele como formas complexas que possuem relação entre si, teremos a maior parte do alfabeto como formas abertas, e isso significa que ao longo da história, os símbolos foram abstraídos e começaram a ser abertos constantemente, levando ao branco não ficar aprisionado. Isso tem relação direta com o ritmo de construção do alfabeto e certamente com o ritmo de leitura. Poucos, mas significativos espaços em branco, são isolados, marcando mais uma vez o ritmo de leitura. O ritmo do branco ajuda a dar continuidade às palavras e linhas inteiras de texto, ao passo que formas fechadas vão pontuando esse ritmo. 8 Classificação e organização do mundo ao nosso redor Anotações: bibliografia _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ SANTAELLA, Lúcia. O _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ que é Semiótica. São _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Paulo: Brasiliense, 2003. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ FIORIN, J. L. Elementos da análise do discurso. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ São Paulo, Atica, 1995 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ FRUTIGER, Adrian _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (1999 [1978]). Sinais e _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ símbolos. São Paulo: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Martins Fontes. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 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