Classificação dos Seres Vivos Por que é importante agrupar os seres vivos de acordo com suas características? 1. Facilita reconhecer e interpretar semelhanças e diferenças entre os seres vivos; 2. Estabelecer um padrão na nomenclatura dos seres vivos e de seus grupos (única e válida mundialmente); Nome científico: Loxosceles gaucho, L. laeta, L. intermedia Nome comum: Aranha Marrom É a aranha brasileira que possui veneno mais ativo. 3. Permitir estabelecer relações evolutivas (parentesco tanto entre seres existentes e extintos). Critérios para classificação dos seres vivos em Reinos Quantidade de células Pluricelulares Unicelulares Núcleo da célula Procariontes (não tem núcleo organizado) Nutrição Eucariontes (tem núcleo organizado) Autótrofos (sintetizam seu próprio alimento através da Fotossíntese) Heterótrofos (não realizam a Fotossíntese) Em 1969, Whittaker idealizou um moderno sistema de classificação que distribuiu os seres vivos em cinco reinos — Monera, Protista, Fungi, Metaphyta e Metazoa. Categorias taxonômicas Nomenclatura dos seres vivos O nome dos seres vivos Ao longo da história, os diversos povos criaram seus próprios nomes (códigos) para nomear o que viram a sua volta. Com todas as linguas existentes no mundo, um mesmo ser - um gato por exemplo - é identificado por diferentes nomes. Katze (alemão) Cat (ingês) Koshka (russo) Chat (frânces) Neko (japonês) Gato (português) Imagine esta situação: um cientista japonês escreve um artigo para divulgar uma descoberta referente ao neko. Como um cientista brasileiro, sem conhecimento da lingua japonesa, poderia entender que ser vivo o cientista japonês está se referindo? Para evitar esse problema de comunicação, utiliza-se uma nomenclatura científica. O nome científico do gato é Felis catus. Assim, já em 1735, o sueco Karl Von Linné , botânico e médico, lançava regras para classificar e denominar animais e plantas, mas só em 1758 foi que ele propôs efetivamente uma forma de nomenclatura mais simples, em que cada organismo seria conhecido por dois nomes apenas seguidos e inseparáveis. Assim surgiu a nomenclatura binomial que é ainda hoje adotada. No sistema binomial devem ser observadas algumas regras de nomenclatura: •O nome científico de uma espécie deve ser escrito em latim e deve estar destacado no texto (em Itálico ou sublinado) como já vimos. •É obrigatório o uso de duas palavras para designar o nome científico de uma espécie, daí a expressão sistema binomial de nomenclatura (a palavra binomial significa 'com dois nomes', 'com duas palavras'). A primeira delas deve ser escrita com letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula. •A primeira palavra, com inicial maiúscula, indica o gênero a que pertence a espécie. A expressão formada pela primeira palavra mais a segunda designa a espécie. Veja os exemplos: Equus caballus (cavalo) Gênero: Equus Espécie: Equus caballus Note que o cavalo pertence ao gênero Equus e à espécie Equus caballus ( e não simplesmente à espécie caballus). Girafa (Giraffa camelopardis) Abelha - Apis mellifera scutellata Arara vermelha (Ara macao) Leão - Panthera leo Tigre - Panthera tigris Alecrim -Rosmarinus officinalis Hortelã: Menta spicata Manjerona: Majorana hortensis Camomila: Matricaria chamomilla Biodiversidade e seres híbridos Golfeias - Eles seriam a mistura de golfinhos e baleias. Esse da foto é um cruzamento entre uma baleia assassina e um golfinho nariz de garrafa. A cor dele é similar à da baleia assassina e a sua cara tem a forma como a de um golfinho “tradicional”. Como você pode imaginar, seria o cruzamento entre um tigre e um leão. Normalmente as espécies não se encontram, porque vivem em áreas diferentes, mas se se encontrassem poderiam, sim, ter crias – mas, de novo, não é algo possível na natureza, apenas em cativeiro. Normalmente eles vivem poucos meses e apresentam defeitos de nascimento. Se a mãe for uma tigresa e o pai um leão, ela corre risco na gravidez, já que a cria é maior do que deveria. Crias dos cruzamentos entre Equus caballus e Equus asinus são sempre inférteis (não terão filhotes) Equus caballus: cavalo ou égua (64 cromossomos) Equus asinus: jumento ou jumenta (também recebem os nomes de asno e jegue) (62 cromossomos) Jumento + égua = burro (macho) ou mula (fêmea) Cavalo + jumenta = bardoto (macho ou fêmea) A variabilidade genética permite que indivíduos diferentes sejam formados dentro das populações de uma mesma espécie. Com conjuntos gênicos diferentes, cada indivíduo "responde" às variações ambientais de acordo com os genes que expressa. Assim sendo, alguns indivíduos, dependendo de suas respostas a tais variações, podem contribuir com um número maior ou menor de descendentes para a sua população. Aqueles que produzem menos descendentes podem ser considerados como "menos aptos" para as características ambientais vigentes, e aos poucos vão sendo eliminados da população, até desaparecerem completamente. Assim, podemos dizer que é a variabilidade genética que permite a ação da "mão invisível" da seleção natural.