1 O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Profª Ma. Roseli Araujo Barros-UEG [email protected] Profª Ma. Maria Lidia Paula Ledoux-UFPA [email protected] RESUMO O Estágio Curricular Supervisionado na Licenciatura representa a introdução do futuro professor no campo de atuação profissional e a possibilidade dos acadêmicos atribuírem significados ao ensino e à aprendizagem. Investigar as situações que envolvem esse componente curricular torna-se relevante ao oferecer reflexões sobre a formação inicial de professores. Assim, o texto discute o Estágio Supervisionado em Matemática na Universidade Estadual de Goiás, na Unidade de Jussara, Goiás. Trata-se da análise dos relatórios desenvolvidos pelos acadêmicos do terceiro ano de Licenciatura em Matemática, nas atividades de Estágio Supervisionado I, em 2013. O Estágio deve oferecer, ao estagiário, a oportunidade de vivenciar a realidade na qual será inserido, após o término da sua formação, criando condições de observação, análise e reflexão, de forma integrada, dos conhecimentos adquiridos no curso, possibilitando o exercício da ética profissional, o intercâmbio de informações e experiências concretas, preparando-lhe para o efetivo exercício da profissão docente. Portanto, o Estágio constitui-se num momento relevante do processo de formação do futuro professor, oportunizando uma reflexão partilhada, de troca de experiências, aportes teóricos e interlocução com os diferentes sujeitos da prática docente. Palavras chave: Estágio Supervisionado. Formação Inicial de professores. Matemática. JUSTIFICATIVA Para discutirmos o Estágio Curricular Supervisionado no Curso de Licenciatura em Matemática na Universidade Estadual de Goiás-UEG, se faz necessário compreender como o Estágio é pensado e organizado no documento que regula o Estágio. Assim, na UEG, o Estágio Supervisionado está sujeito às normas e regulamentos que têm por objetivo resguardar seu caráter de instrumento de formação profissional, dependendo da validação da UEG, para que tenha seus efeitos legais. De acordo com o regulamento do Estágio Supervisionado dos cursos regulares da 2 Unidade Universitária de Jussara, Goiás, cuja matriz entrou em vigor a partir de 2013, este deve ser considerado enquanto atividade que permita ao aluno um contato com a realidade do campo profissional, objetivando: • Aprender e refletir sobre a realidade do campo profissional; propor e participar de todo processo relacionado ao exercício profissional; articular a perspectiva do currículo com a realidade, utilizando-se das teorias existentes como possibilitadoras da reflexão e da ação no campo profissional e da formação humana. • Desenvolver uma postura ética e compromissada com a educação, utilizando-se das teorias educacionais para o seu embasamento teórico, possibilitando o diagnóstico acerca do ensino da disciplina ministrada nas escolas de Ensino Fundamental e Médio; • Elaborar, através de estudos, novas técnicas e novas metodologias para o ensino, refletindo o papel da formação do profissional de educação, dinamizando o cotidiano da sala de aula através de um planejamento coerente. Sua duração e carga horária estabelecida pela Resolução do Conselho Nacional de Educação-CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002, e o cumprimento deste componente curricular ocorre principalmente nas escolas de Educação Básica, nas séries finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. As atividades do Estágio Supervisionado dos cursos regulares serão divididas nas seguintes etapas: Diagnóstico escolar, Docência participativa, Projetos e/ou Oficinas, Regência, Produção Acadêmica e Orientação Didático-Pedagógica. As referidas etapas são realizadas tanto no terceiro ano, quanto no quarto ano de cada curso. As etapas, acima citadas, constituem-se de atividades bimestrais, que abordaremos nas análises dos relatórios, de acordo com a organização da Proposta Pedagógica. A primeira etapa, o Diagnóstico escolar, totaliza-se em vinte horas, sendo que, dessas, são destinadas duas horas para a visita de reconhecimento da escola campo, dezoito horas de pesquisa para análise e elaboração do relatório do diagnóstico da realidade escolar da escola campo. E quando há dúvidas em relação aos questionários aplicados junto aos professores de Matemática, a Coordenação Pedagógica, ao Gestor Escolar e Secretaria Escolar e, ainda, dados discrepantes nos documentos analisados, o Professor Orientador de Estágio retorna a escola campo, acompanhado de um estagiário, buscando saná-las. Esta 3 vivência é realizada pelos estagiários do terceiro ano de formação nas séries finais do Ensino Fundamental e, pelos estagiários do quarto ano de formação, no Ensino Médio, onde são concretizados o diagnóstico e mapeamento da realidade escolar. A segunda etapa é a Docência Participativa, num total de sessenta horas, sendo que dez horas são destinadas ao acompanhamento do professor titular na escola campo e cinquenta horas às microaulas. Assim, a docência participativa é o momento em que o estagiário observa as aulas do professor titular, fazendo uma análise da prática do professor em sala de aula. Além disso, posterior as observações, os estagiários ministram, individualmente, nas aulas de Metodologia do Ensino Fundamental (terceiro ano) e Metodologia do Ensino Médio (quarto ano), na Unidade universitária, microaulas envolvendo tanto conteúdo das séries finais do Ensino Fundamental, quanto do Ensino Médio. Os projetos de intervenção pedagógica, terceira etapa das atividades do Estágio, somam um total de cinquenta horas e podem ser desenvolvidos em unidades escolares que trabalhem com alunos de acordo com as especificidades dos cursos, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Os Professores Orientadores de Estágio, docentes da UEG, devem orientar os estagiários nos projetos e/ou Oficinas, desde sua elaboração, desenvolvimento e culminância, no contraturno, nas horas destinadas ao atendimento do aluno na UEG. A quarta etapa trata-se da Regência, com dez horas, importantes para o processo de conclusão de curso. Tal etapa dará condições ao Professor Orientador de estágio, de avaliar o estagiário e orientá-lo na sua prática pedagógica. O estagiário deverá ministrar duas aulas, individualmente, sempre acompanhado pelo Professor titular da sala e pelo Professor Orientador de Estágio. Se necessário, será solicitada mais uma aula, para concluir o processo avaliativo do estagiário. Neste contexto, o estagiário assumirá o planejamento das atividades didático-pedagógicas, bem como a responsabilidade do ensino na sala de aula na Escola Campo. Cada aluno estagiário deverá participar das Orientações Didático-Pedagógicas oferecidas no contraturno, na Unidade Universitária, em horário e cronograma estabelecido pelo Professor Orientador de Estágio. Este atendimento é de duas horas aulas a cada quinze dias. O total de horas de atendimento será de vinte horas/ano para cada etapa do Estágio (3º e 4º anos de cada curso). 4 Também são destinadas quarenta horas para Produção Acadêmica, que tem por objetivo a elaboração do Relatório Final de Estágio. Cabe ressaltar que todas as etapas devem ser registradas diariamente e os resultados constarem no relatório final, entregue no final do ano letivo ao Professor Orientador de Estágio. As disciplinas que orientam o Estágio Supervisionado em Matemática na UEG são Metodologia do Ensino Fundamental e Metodologia do Ensino Médio, ambas com uma carga horária de duas horas semanais. Segundo a proposta pedagógica de Estágio Curricular Supervisionado (2013), a disciplina tem por função dar suporte teórico/prático aos alunos durante o processo de Estágio, seja nas discussões de textos referentes ao Ensino e Didática em Matemática, seja na proposição e análises dos meandros da docência. No regimento consta que a sistemática de organização, orientação, coordenação e avaliação do Estágio Supervisionado é estabelecida pelos Professores Orientadores de Estágio, juntamente com a Coordenação Adjunta de Estágio, em forma de Proposta Pedagógica, observando a legislação vigente. De acordo com o Caderno de Orientações da Pró-Reitoria de Graduação- PRG (2010), Art. 2º, o Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo de acadêmicos, que estejam frequentando o ensino regular em instituições de Educação Superior, Educação Profissional, Ensino Médio, Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos. O Estágio Supervisionado deve oferecer, ao acadêmico do curso de Matemática, a oportunidade de vivenciar a realidade na qual será inserido após o término da sua formação, criando condições de observação, análise e reflexão de forma integrada dos conhecimentos adquiridos no curso, possibilitando também o exercício da ética profissional, o intercâmbio de informações e experiências concretas que o preparem para o efetivo exercício da profissão docente. Logo, a universidade deve “[...] promover situações de ensino que contribuam para a formação do futuro professor” (MOURA, 1999, p. 09). Assim, a escolha do tema justifica-se diante da necessidade de discutir o Estágio Supervisionado nos cursos de Licenciatura em Matemática. No caminho para uma formação docente bem elaborada, são necessárias estratégias reflexivas que possam servir de base na atuação da prática. Nesse sentido, o Estágio é um espaço de reflexão e construção de conhecimento. Logo, investigar as situações que envolvem esse componente curricular 5 torna-se relevante ao oferecer reflexões sobre a formação inicial de professores. Assim sendo, procuramos nos valer da oportunidade de apresentar o depoimento dos estagiários sobre o que foi vivenciado por eles no decorrer das atividades, retratando e apresentando fatos que marcaram a sua formação e experiência docente. Portanto, neste texto, discutimos o Estágio Supervisionado na UEG, Unidade-UnU de Jussara, Goiás, a partir da análise dos relatórios das atividades desenvolvidas no Estágio Supervisionado I, produzidos pelos acadêmicos do terceiro ano de Licenciatura em Matemática em 2013. OBJETIVOS • Investigar o Estágio Supervisionado na formação do professor de Matemática na Universidade Estadual de Goiás, Unidade de Jussara, Goiás, tendo por base a análise dos relatórios elaborados pelos acadêmicos nas atividades do Estágio Supervisionado I, em 2013; • Investigar as situações que envolvem o Estágio Supervisionado, tornando-se relevante ao oferecer reflexões sobre a formação inicial de professores. METODOLOGIA Para o desenvolvimento da pesquisa, optamos por uma metodologia qualitativa, por acreditarmos que esta pode responder a questionamentos muitos particulares, se absorvendo a um grau de realidade que não pode ser quantificado, possibilitando um contato subjetivo do pesquisador com o fenômeno pesquisado. Essa metodologia cogita sobre um universo de significados, causas, anseios, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um aprofundamento das relações entre sujeitos e pesquisadores, dos procedimentos e dos fenômenos que não podem ser abreviados à operacionalização de variáveis (MINAYO, 1994). Bogdan e Biklen (1994) apontam cinco características da pesquisa qualitativa: a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal descritivos; a preocupação instrumento, com o processo os dados é muito são predominantemente maior do que com o 6 produto; o “significado” que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador e a análise dos dados tende a seguir um processo indutivo. Portanto, nossa pesquisa se enquadra na abordagem qualitativa, já que investigamos a complexidade da formação inicial de professores, contextualizada no Estágio Supervisionado, baseada na coletada de dados desse evento a partir do ponto de vista de cada estagiário. Dentro da abordagem qualitativa, trata-se de um estudo de natureza exploratória, pois tem por intuito obter informações mais esclarecedoras e consistentes sobre uma temática (FIORENTINI E LORENZATO, 2006), neste caso, acerca do Estágio Supervisionado. Logo, os dados foram coletados a partir da análise dos relatórios das atividades desenvolvidas no Estágio Supervisionado I, pelos acadêmicos de licenciatura em Matemática. Os mesmos foram descritos e analisados de forma indutiva e interpretativa, buscando compreender a contribuição do Estágio na formação inicial dos acadêmicos. RESULTADOS As atividades de Estágio, denominadas de vivências, foram elaboradas considerando simultaneamente as expectativas dos acadêmicos, bem como os propósitos das etapas do Estágio Supervisionado I. Para tanto, procuramos aprofundar a integração Universidade e Escola, buscando dinamizar essas relações por meio de ações que favoreçam a autonomia de novas práticas dentro da escola. Também, documentando essas ações desenvolvidas, inserindo os acadêmicos na realidade escolar, estimulando a interação entre acadêmicos e professores da Rede Pública Estadual. Na primeira vivência, o diagnóstico, fez-se necessário conhecer o ambiente escolar como um todo, ou seja, os conhecimentos e as dificuldades enfrentadas pela escola a partir de sua estrutura física e material. Partindo dessa visão, o principal objetivo foi a percepção da necessidade do estagiário: conhecer a realidade em que irá atuar; realizar o planejamento e sua execução do estágio de acordo com a realidade diagnosticada; conhecer e levantar informações a partir de documentos como o Projeto Político Pedagógico1, Plano de 1 É um conjunto de princípios e práticas que conjetura e recria essa cultura, projetando a cultura, projetando a cultura organizacional que se deseja visando à intervenção e transformação da realidade [...] o projeto pedagógico, portanto, orienta a prática de produzir uma realidade: conhece-se a realidade presente, reflete-se sobre ela e traça-se coordenadas para a construção de uma nova realidade, propondo-se as formas mais adequadas de atender de formas mais adequadas de atender necessidades sociais e individuais dos alunos (LIBÂNEO 2001, p.125). 7 Desenvolvimento Escolar e Regimento Escolar, fazendo uma análise crítica baseada em fundamentos teóricos. Portanto, nesta vivência acontece a primeira visita dos acadêmicos a escola campo, ambiente onde se realizará as demais atividades de Estágio. A visita a escola campo é possível observar como, por exemplo, o bom trabalho da equipe pedagógica, a organização de cada sala e da secretaria escolar. Também que a Unidade Escolar dispõe de instrumentos de escrituração referentes à documentação e assentamentos individuais de alunos e professores e funcionários. Os documentos ficam em armários separados por letras do nosso alfabeto em uma sala pequena, dividindo o mesmo espaço com a sala dos professores (Estagiário E). Para a coleta dos dados, visando o mapeamento da realidade educativa, são aplicados questionários junto aos professores de Matemática, a Coordenação Pedagógica, ao Gestor Escolar e Secretaria Escolar e, ainda, a análise dos documentos como o PPP, PDE e Regimento Escolar da Escola Campo. O mapeamento da realidade, da organização e sistematização dos dados coletados, surge com o intuito de priorizar algumas problemáticas com relação à escola e buscando apresentar alternativas de solução. Tais resultados foram documentados por meio de um relatório, segundo roteiro (em anexo) proposto por Libâneo (2008). Uma das alunas estagiárias caracteriza a importância de tal roteiro. A análise do texto foi de grande aproveitamento, por meio deste tivemos condições de ver a instituição com um olhar mais critico em aspectos educacionais, já que apenas quatro alunas de nossa turma têm experiência em docência. Mesmo sendo pequeno o texto roteiro de Libâneo trouxe a nós um leque muito abrangente de informações como: contexto histórico, socioeconômico, mecanismo avaliativo e estrutura de colaboração de todos envolvidos no processo de ensino (corpo de funcionário, pais, alunos, comunidade (Estagiária T). Outra estagiária afirma que o diagnóstico escolar consiste na utilização de recursos, [...] meios e processos técnicos com o objetivo de localizar e avaliar os problemas e, ainda, as dificuldades dos alunos, determinando suas causas, para preveni-las e corrigi-las. Sendo uma análise mais específica sobre a realidade escolar que temos. Contudo, vai além dos limites estreitos de um levantamento de dados e informações referentes à realidade escolar, pois requer também a leitura e interpretação (Estagiária E) A partir do diagnóstico foi possível verificar problemas relacionados ao espaço físico da Escola Campo, ou seja, a ausência de uma quadra de esportes para a realização de atividades esportivas. Nesse sentido, o Colégio tem certas dificuldades para “[...] guardar 8 os materiais de projetos e realização de atividades externa que requeiram mais espaço e transporte. [...] apesar da dificuldade na falta de espaço os profissionais que ali trabalham conseguem manter uma organização muito boa” (Estagiária T). Os estagiários também apontam as dificuldades com a compreensão do PPP e PDE. [...] estes estão sempre em elaboração e requerem algumas modificações periódicas, estas dificuldades foram a leitura turva de tabelas, percepção do assunto, projetos em execução, quadro de funcionários, alunos e nível escolar atendido no colégio (Estagiária T). A segunda vivência é a docência participativa, dividida em duas etapas. Sendo que na primeira, o estagiário observa a prática pedagógica do professor titular, na Escola Campo, a partir de roteiro (em anexo) proposto pela professora orientadora de Estágio Supervisionado. O objetivo desta vivência é de levar o estagiário a detectar os problemas da prática docente e fazer uma análise crítica dessa problemática, fundamentando-se em autores que abordam tais concepções. Esta etapa é reveladora da importância da observação e análise das aulas antes do ingresso do acadêmico como estagiário-regente. De acordo com D’Ambrósio (1996, p.91), “[...] cada indivíduo tem sua prática. Todo professor, ao iniciar sua carreira, vai fazer na sala de aula, basicamente, o que ele viu alguém fazer, que o impressionou, fazendo. E vai deixar de fazer algo que viu e não aprovou”. Assim, por meio da observação, busca-se perceber a prática educativa desenvolvida pelo professor regente, partindo do princípio de que o aluno deve ser participativo, e que o professor deve desenvolver uma ação pedagógica comprometida com as necessidades da escola e esta ação exige a participação de todas as pessoas envolvidas no processo. Nas observações, os estagiários também analisam a interação dos alunos com o conteúdo, interação aluno/aluno e alunos/professor, quais os procedimentos metodológicos utilizados em sala, como o professor regente acompanha o desenvolvimento dos alunos e como os avalia. A segunda etapa da docência participativa trata das microaulas, nas quais o estagiário ministra uma aula de quarenta minutos na UEG, envolvendo um conteúdo das séries finais do Ensino Fundamental, sendo avaliado tanto pela professora orientadora de Estágio quanto pelos outros estagiários. Tais conteúdos são escolhidos pela professora orientadora de Estágio, juntamente com os estagiários e, posteriormente, realiza-se um sorteio com os respectivos conteúdos. Nesta vivência, discutem-se questões relacionadas ao planejamento, como a elaboração do plano de ensino e dos planos de aula, a partir de uma oficina 9 pedagógica, realizada pelo professor orientador de Estágio, em sala de aula, com os estagiários. Tais resultados são documentados por meio de relatório das atividades desenvolvidas. Assim, foi possível observar a análise crítica realizada por duas estagiárias sobre as microaulas. Acreditamos que poderíamos ter sido melhores, já que o nervosismo não permitiu que conseguíssemos explorar o conteúdo proposto como registramos no plano de aula. Além de não termos muita noção de como estar portando-me na frente de uma sala de aula, mas a partir das avaliações dos colegas foi possível perceber alguns pontos que serão importantes futuramente, como relacionados ao tempo e o assunto proposto, a tonalidade de voz e a atenção (Estagiária T). As apresentações destas foram boas, algumas, é claro, bem melhores do que outras, mas podemos assim aprender com os nossos erros e com os dos outros para futuramente não cometê-los. A parte mais chata nisso tudo é o nervosismo que atrapalha em muito, as interrupções ou imprevistos que aconteceram em algumas aulas (Estagiária J). Ainda sobre as microaulas, uma das estagiárias afirma que “Avaliar cada colega foi muito difícil, sei que poderíamos ter nos esforçado mais um pouco, mas vamos nos dedicar e esforçar mais da próxima vez, pois é errando que se aprende e, consequentemente se cresce” (Estagiária J). Outra estagiária ressalta a importância do planejamento, apontando que: Nas aulas houve duas divergências uma em relação ao conteúdo apresentado e outro em decorrência da resolução de um exemplo. Essas decorrências foram muito importantes, pois através delas podemos ver o quão fundamental é a preparação das aulas, e que essas sejam estritamente fundamentadas e bem centradas, não se esquecendo de resolver todos os exercícios propostos antes das aulas. Nesse sentido, Melo (2004) descreve que o planejamento consiste em primeiro lugar, [...] um instrumento para o aluno, no qual o professor estabelece com objetividade, simplicidade, validade e funcionalidade e ação educativa em matemática, cuja finalidade é contribuir com a formação do aluno em dimensão integral. Todavia, as ações matemáticas educativas necessitam serem pensadas, de forma critica e consciente, pois devem visar ao atendimento de melhoria de vida dos alunos como pessoas (p. 2). Cabe ressaltar que os alunos ministram apenas uma microaula individualmente, e caso seja necessário, ministram outra aula envolvendo o mesmo conteúdo abordado. Outra 10 possibilidade futura, seria ministrar aulas em dupla e outro individual, buscando avaliá-las refletindo como os estagiários interagem ao planejarem em dupla e individualmente. A terceira vivência, envolvendo a elaboração de um projeto e desenvolvimento das oficinas. O projeto é discutido em sala com os estagiários, nas aulas de Metodologia do Ensino Fundamental, onde ficou estabelecido que o projeto abordaria as quatro operações fundamentais nas turmas de sexto ano do Ensino Fundamental, o conteúdo foi sugerido por uma das professoras de Matemática da Escola Campo. Assim, foram desenvolvidos dois projetos, um no período matutino e outro no vespertino. No matutino, os estagiários optaram por desenvolver uma gincana matemática, intitulada Gincana Brincar e Educar usando as quatro operações. Nela, foram desenvolvidos jogos como: bingo da divisão, quebra-cabeça de multiplicação, corrida de sacos envolvendo a multiplicação, uma brincadeira com os balões, onde os participantes tinham que correr pegar os balões, estourar e responder a questão que estava indicada no quadro, ganhando a equipe que respondessem primeiro e corretamente, dentre outros. Os estagiários confeccionaram lembrancinhas para serem ofertadas a todos os participantes e outra para a equipe vencedora. De acordo com os estagiários, esta etapa foi gratificante, já que: Nós, acadêmicos responsáveis pela gincana trabalhamos sempre unidos, foi um grupo muito bem organizado do começo ao fim do projeto, e prova disso, foi o resultado obtido na execução do mesmo. Fizemos um bom trabalho junto com a professora de Estágio e [...] dos alunos do 6º ano, que se comportaram muito bem o tempo todo. Foi uma experiência ótima e gratificante para todos, tanto ensinamos como aprendemos, e nos divertimos também (Estagiária J). A realização do projeto foi muito boa [...] o resultado de trazer uma aula diferente e dinâmica aos alunos foi alcançado, além de apresentar o conteúdo aprendido em sala de aula para praticar em brincadeiras. Também foi possível perceber uma grande dificuldade em algumas operações, como a multiplicação e, principalmente, a divisão. Todavia, percebemos que o projeto teve influência direta sobre os alunos, despertando o interesse pelas atividades desenvolvidas (Estagiário JS). A utilização dos jogos em sala de aula é reconhecida como meio de fornecer ao aluno um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Todavia, a estrutura que envolve o jogo pode possibilitar ao professor observar o desenvolvimento do aluno com relação ao conteúdo abordado. Os estagiários, ao refletir sobre a elaboração e desenvolvimento do projeto, afirmam que este permitiu a junção da teoria com a prática, tão aclamados nos cursos de Licenciatura. 11 Mais do que isso a oficina nos permitiu verificar diferenças entre a teoria e a prática. A meu ver este projeto foi satisfatório para todos os estagiários, já que tivemos um ótimo resultado vindo dos alunos, pois tudo que planejamos deu certo, conseguindo concluir o projeto com sucesso (Estagiário JS). A realização da oficina traz experiências subestimáveis para os futuros professores, como nós. De modo geral, tudo o que aconteceu, desde as reuniões aos preparativos dos jogos, terá uma grande contribuição na nossa formação. E sabemos que de alguma forma contribuímos alguém com o nosso saber. E levamos algo a mais para nossa formação profissional (Estagiária C). O segundo projeto optou por desenvolver uma oficina em sala de aula. Nela trabalharam jogos como a minitrilha da adição, dominó das frações, pontinhos da multiplicação, trilha das quatro operações, escopa de 15 e bingo da divisão. No entanto, no relatório desenvolvido pelos estagiários, alguns enfatizaram pontos positivos e negativos. [...] a escolha dos jogos e a confecção proporcionaram, uma dimensão de como é desenvolver um projeto em conjunto. Acredito que fomos dedicadas na preparação do material, sempre buscamos o melhor de nos no planejamento das atividades, trocamos experiências de jogos já utilizados anteriormente e sugestões (Estagiária T). A ideia proposta para o projeto das quatro operações é excelente. Apesar da turma não estar muito interessada, conseguimos desenvolver o projeto, só ficou faltando desenvolver um jogo, o bingo. Através desse projeto realizado com os jogos detectamos que muitos alunos têm muita dificuldade nas operações de multiplicação e divisão. E, ainda, tem dificuldade de interação para trabalharem em grupos (Estagiária R). Alguns estagiários consideram que não alcançaram os objetivos propostos com o desenvolvimento do projeto, já que os alunos demonstraram desinteresse nas atividades. [...] tiramos grande experiência desta vivencia, já que desenvolvemos no trabalho em grupo e aperfeiçoamos nossa percepção do quanto é importante para um professor saber o que o aluno já tem de conhecimento adquirido e do interesse pelo conteúdo, para que o uso do jogo seja estimulante e não desmotivador. [...] para se obter o sucesso de qualquer atividade desenvolvida em sala de aula e necessário que o professor conheça o nível de desenvolvimento e interesse dos seus alunos. Estejam preparados para o fracasso sabendo lidar com eles e, por meio deles poderemos melhorar se de certa forma não alcançamos nossos objetivos, saímos mais estruturados e sabemos uma maneira de como não fazer no futuro (Estagiária T). 12 Alguns alunos levaram a sério o nosso trabalho desenvolvido ali, se mostraram otimista quanto ao nosso projeto e elogiaram. Alguns alunos até queriam mais, porém, foram poucos alunos diante dos que se mostravam desinteressados (Estagiária R). Outra estagiária afirma que “[...] Essa nova experiência de desenvolvimento de projetos na escola, não foi bem o que nós esperávamos. Mas não ficamos abatidos por isso, já que para nós é um desafio e queremos estar preparados para poder lidar com essas situações (Estagiária R). Assim, os pontos negativos e positivos do desenvolvimento do projeto foram discutidos, em sala de aula, pela professora orientadora de Estágio e estagiários. Logo, acreditamos que a execução dos projetos promoveu a integração entre a universidade e escola campo, um momento de interação dos estagiários com a realidade escolar. A elaboração e desenvolvimento dos projetos criaram a “[...] vivência da iniciativa pedagógica e a familiarização com a pesquisa participante” (PENTEADO, 1988, p.10). A quarta vivência é a regência, onde os estagiários ministram duas aulas na escola campo, sendo exigido que estes elaborem o plano de aula e uma apostila com o conteúdo da aula a ser ministrado, obedecendo a seguinte sequência: teoria, exercícios resolvidos, exercícios propostos e a proposição de uma atividade manipulável, por exemplo um jogo. Acreditamos que este tipo de planejamento é um momento onde o futuro professor pode pensar como desenvolveria um determinado conteúdo de modo contextualizado, buscando fazer uso de materiais diferenciados. Cabe lembrar que o mesmo planejamento foi exigido nas microaulas. Sobre a regência, os estagiários afirmam que a sua realização foi: [...] uma atividade muito significativa para todas as partes envolvidas. Nesse sentido, não conseguimos tirar nada de negativo da regência, pelo contrário, nos proporcionou uma grande contribuição profissional e pessoal (Estagiária C). [...]a etapa mais importante do Estagio Supervisionado I, pois é onde vivenciamos o que é ser professor, já que é o momento que temos para planejar nossas aulas e, constatarmos a importância do planejamento na vida do docente. [...] uma grande experiência, pois a troca de conhecimentos com alunos nos proporcionou que toda às vezes em que o professor entra na sala de aula, ele aprende com os seus alunos. (Estagiária KM). Alguns estagiários apontam a regência como um momento de planejamento e aprendizado. 13 [...] aprendemos muito com a regência [...] levaremos coisas positivas para nossa vida como futura professora [...] A elaboração do plano de aula, buscando o melhor caminho para ministramos nossa aula, que é na verdade essencial para o professor, já que nos mostra a sequencia de tudo que vai ser desenvolvido em sala de aula [...] o material que foi desenvolvido como apoio pedagógico foi de grande importância para realização da aula, para que realmente pudéssemos conduzir o conteúdo com segurança (Estagiária T). [...] a experiência adquirida no decorrer da preparação e da aplicação da regência, aprendemos algumas coisas que esperamos levar para toda minha vida. A primeira delas é a importância de se planejar as aulas. Aulas bem planejadas são realmente melhores de se aplicar e se mostram mais fáceis de “controlar”. Ter tudo sob controle é sem dúvida um ferramenta eficaz para manter a ordem dos alunos e a própria calma do estagiário regente [...] de todas as experiências vividas até agora, enquanto estagiário, a que mais se mostrou importante, para o bom andamento que as aulas tiveram, foi o planejamento delas (Estagiário K). [...] a regência é de suma importância a todos os acadêmicos. Nela, colocamos em prática a teoria e, ainda, como futuros professores de matemática, a partir da elaboração do plano de aula, material didático a ser utilizado na regência (Estagiária AF). Outro estagiário aponta a importância de se utilizar em sala de aula metodologias diferenciadas. [...] a regência foi de grande relevância para compreender as dificuldades dos alunos e então nos esforçarmos cada vez mais para ser um profissional com qualidade, daqueles que possam ver as dificuldades dos seus alunos e não ignorá-los, mais sim procurar trabalhar de forma que posso despertar nos alunos a curiosidade em relação ao o conhecimento, trabalhando com lúdico e jogos, buscando uma metodologia diferenciada da aula tradicional (Estagiário JS). Os estagiários não sentiram muita dificuldade durante a regência, já que ministram as aulas nas salas onde realizaram a observação da prática pedagógica do professor titular, isso contribuiu para conhecerem melhor a turma, observando os alunos mais participativos e a interação entre eles. Assim, após a realização de todas as vivências do Estágio, na tentativa de definir a importância do estágio, os estagiários explicitam: Através das demais etapas do estágio, aprendemos a importância do mesmo, que nos leva a conhecer a realidade em que se encontram as escolas, fazendo uma junção da teoria com a prática, nos colocando frente a frente ao meio no qual seremos inseridos após o término de conclusão do nosso curso. Aprendemos que é necessário fazer um bom planejamento de 14 aula, e tentar diferenciá-las a fim de despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, para que estes consigam aprender o que lhes é ensinado de maneira divertida e fora da rotina (Estagiária R). [...] foi prazeroso trabalhar na turma do 6° ano da escola campo [...], pois se tratava de uma turma com autoestima elevada, eles prestavam atenção em tudo, participavam de todas as perguntas [...] Foi muito gratificante o estágio, pois aprimorou os nossos conhecimentos [...] podemos afirmar que a cada dia tiramos o receio que tínhamos de enfrentar uma classe cheia de alunos, pois o nervosismo todos tem, apenas temos que controlar para ele não tomar conta da mente (Estagiária E). A elaboração desta pesquisa provocou a necessidade de rever apontamentos e registros dos relatórios, resgatando marcas e impressões que se estabeleceram no decorrer da trajetória dos estagiários ao longo das vivências. Entretanto, a elaboração escrita dessas reflexões, desde que não encaradas em favor de meras atividades burocráticas, podem se transformar em documentos para que professor que trabalha com o Estágio Supervisionado repense sua prática docente. Portanto, o professor orientador de Estágio deve preparar seus estagiários para atuarem com adolescentes nas escolas de Ensino Fundamental e Médio e seus objetivos têm de estar vinculados às atividades que estão além dos muros da universidade, no contexto ativo do desenvolvimento social. A multiplicidade de enfoques dessa ação nos leva à percepção do estágio “[...] enquanto atividade teórica instrumentalizadora da práxis” (PIMENTA, 1999, p.121). Logo, a orientação e o apoio do professor orientador, no acompanhamento e orientação de atividades dos futuros professores, são fundamentais para as análises a respeito das possibilidades de ação docente na escola, diante de seus condicionamentos estruturais. Deste modo, percebemos que o papel do professor orientador de Estágio é de ajudar os futuros professores a interiorizarem, durante a formação inicial, a disposição e capacidade de estudarem “[...] além da maneira de como ensinam e de a melhorar com o tempo, responsabilizando-se pelo seu próprio desenvolvimento profissional” (ZEICHNER, 1993, p.17). Para tanto, se faz necessário propiciar ao acadêmico um maior contato com a realidade escolar e uma das ferramentas é o Estágio. REFERENCIAL TEÓRICO No início da formação, tudo o que se aprende são teorias de aprendizagem e 15 conteúdos, e alguns alunos acham que para ser um professor, basta ter conhecimento e dominar todo o conteúdo. Todavia, além do domínio do conteúdo específico, necessita-se também da prática, e o Estágio é o responsável por essa tarefa, já que por meio dele o acadêmico aprendiz passa a ter o primeiro contato com os alunos e com a realidade da sala de aula, ou seja, com o campo de atuação futura no qual será inserido após sua formação. Assim, o Estágio realizado no curso de formação inicial de professores é importante, pois o mesmo faz uma junção entre teoria e prática. Pimenta (2006), afirma que o Estágio compreende “[...] as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao campo futuro de trabalho” (p.21). Assim, o Estágio e as disciplinas compõem o currículo acadêmico, sendo obrigatório o cumprimento delas para obtenção do certificado de conclusão da graduação. Deste modo, o Estágio pode ser visto como um momento de reflexão sobre a prática, noutras palavras, a efetivação da práxis docente. Moura (1999) aponta que o Estágio é um componente do currículo que não se configura como disciplina, mas como atividade de ensino. [...] o pressuposto básico é que a atividade de ensino, ao ser planejada conjuntamente, é capaz de gerar elementos de reflexão, proporcionando o desenvolvimento de consciência do futuro professor sobre os vários aspectos a serem considerados na atividade pedagógica. A tomada de decisão sobre os conteúdos a serem adotados, qual a metodologia a ser empregada e como avaliar as ações formativas e os seus resultados são, potencialmente, importantes momentos de formação, no professor, de competências que transcendem o já complexo domínio dos conteúdos (MOURA, 1999, p. 11). Cabe ressaltar que, o tipo de estágio ao qual estamos nos referindo é o Estágio Curricular Supervisionado, que em exercício, o futuro professor toma o campo de atuação como objeto de estudo, de análise, de investigação e de interpretação crítica, fundamentando-se no que é estudado nas disciplinas do curso de formação. Logo, vai além do Estágio Profissional, aquele que busca inserir o profissional no campo de trabalho de modo que ele treine as rotinas de atuação (PASSERINI, 2007). Os Estágios Curriculares são compreendidos como experiências que podem ser consideradas como exemplos de práticas profissionais futuras. Nesse sentido, Moura (2003) afirma que Estágio refere-se a uma formação anterior à prática profissional e Curricular, ao domínio de elementos, que tem por objetivo a consolidação dessa prática, sabendo lidar com 16 o conhecimento organizado para ensinar alguém acerca de um conhecimento estabelecido. O Estágio possibilita a vivência dos alunos dos cursos de formação de professores com a realidade escolar, diminuindo o impacto que seria o primeiro encontro do recémformado professor com uma turma para o seu exercício profissional, tornando-se o eixo central na formação de professores, já que é por meio dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia a dia (PIMENTA E LIMA, 2008). O Estágio na licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, que visa à inserção do futuro professor na prática docente e no contexto profissional, “[...] constituindo-se em um espaço de formação, que deverá acontecer sob a supervisão e orientação direta de profissionais da universidade e, ainda, considerar a participação/intervenção dos profissionais que atuam em diferentes espaços educativos” (BELLO; BREDA, 2007, p.1). Representa também a oportunidade de intercâmbio entre universidade, a escola básica e a comunidade, com a articulação de ações voltadas ao ensino, à pesquisa e à extensão. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, instituídas pelo CNE, em 2002, a carga horária dos cursos de licenciatura de graduação plena deve ser garantida através da integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, das quais 400 (quatrocentas) horas devem ser reservadas à Prática de Ensino e outras 400 (quatrocentas) horas ao Estágio Supervisionado. Este documento aponta que o Estágio seja desenvolvido na segunda metade do curso, a partir de uma parceria entre a escola e a universidade para que, de modo conjunto e em colaboração, acompanhem e avaliem essa etapa da formação. As escolas de educação básica são, ainda, responsáveis na formação dos futuros professores (BRASIL, 2002a; BRASIL, 2002b). Assim, o Estágio supervisionado se apresenta como uma atividade de ensino obrigatória no Curso de Formação Inicial de Professores. Nesta, em virtude de aprendizagem, o estagiário se apresenta como professor, cuja atividade é ensinar. Nessa situação, esse estagiário convive como professor, com a oportunidade de ensinar, e ainda como estudante acadêmico, com a oportunidade da prática docente. REFERÊNCIAS 17 BELLO, Samuel Edmundo López; BREDA, Adriana. Saberes, práticas e dificuldades pedagógicas: implicações curriculares para os novos estágios de docência nos cursos de licenciatura em matemática. In: IX ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2007. BRASIL. LEI No 9.394 / 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. ________. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1/2002. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. Brasília, 2002a. ________. RESOLUÇÃO CNE/CP No 2/2002. Duração e Carga horária dos cursos de Licenciatura. Brasília, 2002b. D’ AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação matemática: da teoria à prática. 2.ed. Papirus: Campinas, 1997. FIORENTINI, Dario; CASTRO, Franciana Carneiro de. Tornando-se professores de matemática: O caso de Allan em Prática de Ensino e Estágio Supervisionado. In: FIORENTINI, Dario. (Org.) Formação de Professores de Matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003, p. 121-156. FIORENTINI, Dario; LORENZATO, Sergio. Investigação em Educação Matemática: percursos teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores Associados, 2006. MELO, Gilberto Francisco Alves. Planejar ou não planejar o ensino da matemática. Recife, Pernanbuco, Julho de 2004. Disponível em: http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/07/MC2 1621926249.pdf. Acessado em junho de 2013. MOURA, Manoel Oriosvaldo de. A prática e o estágio curricular no contexto dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. In: III Encontro Interinstitucional de Estágio Curricular. Fortaleza. Anais do III Encontro Interinstitucional de Estágio Curricular, 2003. ________________ (Coord.). O estágio na formação compartilhada: retratos de uma experiência. São Paulo: Feusp, 1999. PASSERINI, Gislaine Alexandre. O Estágio Supervisionado na formação inicial do professor de matemática na ótica de estudantes do Curso de Licenciatura em Matemática da UEL- Londrina, 2007. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas, Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, 2007. PENTEADO, Heloisa Dupas. Professores de prática pensando a didática: considerações sobre uma vivência. In: EDUCAÇÃO & SOCIEDADE/CEDES. Campinas: Cortez Editora, n. 21. p. 07-12, 1988. 18 PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro. Estágio e Docência. São Paulo, Cortez, 2008. PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática?. 5ed. São Paulo: Cortez, 2006. _____________________Saberes pedagógicos e atividade docente. In: PIMENTA, Selma Garrido. (Org) Saberes da docência. São Paulo: Cortez, 1999. REGIMENTO, Caderno de Orientações da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Estadual de Goiás- PRG, 2010. REGULAMENTO de Estágio Supervisionado dos Cursos Regulares da Unidade Universitária de Jussara, 2013. ZEICHNER, kenneth. A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993. ANEXOS ROTEIRO DE COLETA DE DADOS PARA DIAGNÓSTICO ESCOLAR 1- Breve Histórico da Escola 1.1- Caracterização Socioeconômica e Cultural Características gerais da comunidade e sua influência na composição da clientela escolar: caracterização do bairro ou setor quanto à urbanização (tipo de casas, ruas, igrejas, indústrias, tipo de comércio, transporte urbano, etc), nível socioeconômico das famílias, aspectos culturais e de lazer, assistência social e saúde, outras escolas existentes. 2. Estrutura Física e Material 2.1 Edifício Escolar • Tipo de Construção, aspecto físico geral. • Salas de aula: quantidade, dimensões (ideal: 1m² por aluno), condições ambientais (iluminação, ventilação, etc.) • Salas de administração: quantidade, dimensões, destinação de uso, se o número de salas é suficiente (diretoria, vice-diretoria, secretaria, coordenação pedagógica, coordenação de turno, orientação educacional sala de professores, atendimento de alunos). • Salas e ambientes especiais: verificar os mesmos aspectos nas salas para: laboratórios, biblioteca, salas de projeção (filmes, vídeos, slides), cozinha, refeitório, despensa, almoxarifado, auditório, etc. • Instalações sanitárias: quantidade conforme o número de usuários, condições higiênicas, forma de escoamento dos detritos. • Bebedouros e lavatórios: quantidade, água tratada ou não. • Áreas Livres: cobertas, descobertas, a que se destinam. 2.2 Mobiliário • Carteiras: tipo, quantidade, estado de conservação. 19 • Mesas, escrivaninhas, armários e outros: tipo, quantidade, estado de conservação, adequação ao uso, suficientes ou não. • Equipamentos. • Material Didático (computador, retroprojetor, copiadora, televisores, vídeos, cartazes, mapas, etc): tipo, quantidade, condições de uso, como são adquiridos. 2.3 Espaços de lazer e recreação • Área disponível para lazer, recreação e esportes: dimensão, condição de uso. 2.4 Recursos Financeiros • Verbas de que dispõe a escola • Sistemática de efetuação das despesas, formas de controle. 3. Pessoal 3.1 Alunos: número por série, adequação, idade/série, número por sala. 3.2 Professores: número, qualificação 3.3 Especialistas: número, coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, diretor, vice-diretor, qualificação desses profissionais. 3.4 Funcionários: número por cargo (inspetores de alunos, serventes, merendeiros, porteiros, vigias) 4. Estrutura, Organização e Funcionamento 4.1 Aspectos Organizacionais • Organograma da escola • Principais atribuições de cada setor (direção, coordenação pedagógica, orientação educacional, secretaria, serviços gerais, etc. • Formas de gestão e formas de relacionamento entre o pessoal técnico, pessoal administrativo, pessoal docente, pessoal auxiliar. • Existe Regimento Escolar? É do conhecimento de todos os membros da escola? É utilizado? Em que circunstâncias? • Há informações explícitas em mural sobre nome do diretor, vice-diretor, coordenador pedagógico, professores, funcionários e seus horários de trabalho? Há clareza sobre quem está substituindo o diretor ou diretora quando esses estão ausentes? 4.2 Coordenação pedagógica e orientação educacional • Existe o trabalho de assistência pedagógico-didática ao professor? Há um programa de formação continuada dos professores e pessoal administrativo? • Há uma unidade de ação da equipe técnica ou o trabalho é fragmentado? Há conflitos de funções entre direção e equipe técnica? Ou entre equipe técnica e professores? • O trabalho do pessoal técnico funciona em termos de garantir a qualidade do trabalho dos professores em sala de aula? Há acompanhamento do trabalho do professor em sala de aula, do rendimento dos alunos (análise dos resultados das avaliações) por classe? 4.3 Secretaria Escolar • A secretaria está bem organizada? Há pessoal suficiente? • Há prontuários de cada aluno? Há ficha cadastral com dados de identificação, residência, profissão dos pais, etc.? • Os registros e controles do rendimento escolar estão corretamente organizados? • Os arquivos estão corretamente organizados? • Há normas da Secretaria da Educação sobre a organização e funcionamento da secretaria escolar? 4.4 Relacionamento com a Secretaria da Educação e Delegacia de Ensino • A Delegacia traz para a escola instruções e procedimentos a serem cumpridos pela escola? Quem é o portador dessas instruções? 20 • Que tipo de atuação tem a Delegacia na parte administrativa e pedagógica da escola? O acompanhamento é freqüente ou esporádico? • Qual é o grau de autonomia da escola para tomar decisões? 4.5 Relacionamento com pais e comunidade • A escola tem APM (Associação de Pais e Mestres)? Conselho da Escola? • A escola possui informações confiáveis sobre os pais dos alunos (dados pessoais, profissão , endereço, telefone da residência e do trabalho dos pais para uma emergência, dados sobre a saúde dos alunos, etc.)? • Existe um trabalho sistemático com os pais? São feitas reuniões? Com que freqüência (mensal, semestral, anual)? Que tipo de reuniões (com todos os pais, por classe...)? Os pais comparecem? • A escola mantém relacionamento com outras instâncias da comunidade (políticos, associações de bairro, empresários, outros)? • A escola cede suas instalações para a comunidade (reuniões, prática de esportes, lazer, etc.)? 4.6 O Planejamento Escolar • Há uma sistemática de levantamento de dados e informações para o diagnóstico? • Há o Plano da Escola ou Projeto Pedagógico-Curricular? Quando e como é feito? Existe documento escrito? Há definição explícita de objetivos e metas para o ano letivo e explicitação de atividades administrativas, financeiras e pedagógico-didáticas? • O Plano ou Projeto é utilizado para a elaboração de planos de ensino? Que outros usos faz do Plano ou Projeto ao longo do ano letivo? 5. Organização Geral da Escola 5.1 Aspectos administrativos Gerais • Tipo de Gestão existente na escola (colegiada, democrática, autoritária, centralizada, participativa). • Facilidade de execução das atividades ou excesso de burocracia. • Relacionamento do diretor com o pessoal da escola (técnico, docente, administrativo) a respeito das decisões a serem tomadas. • Em que e como o diretor ocupa o seu tempo (administração, supervisão pedagógica, contato com professores/funcionários/alunos, contatos com a comunidade/delegacia de ensino/políticos, reuniões, acompanhamento e avaliação do trabalho de cada setor, etc.)? • Há democratização das informações? Há uma prática de ampla difusão de informações para a equipe da escola? 5.2 Funcionamento da rotina da escola • Como é fixado o número de vagas? Existem critérios explícitos de seleção de alunos? Quais são os critérios de distribuição de alunos por turnos em que funciona a escola? São levadas em conta as necessidades da comunidade? Há restrições de matrículas? São feitas exigências descabidas? • Como é organizado o horário? Quem organiza? Como é a distribuição das atividades (disciplinas)? Há uma fixação de horas semanais para cada atividade ou disciplina? • Como é feita a distribuição de alunos por classe? Há critérios de distribuição por idade, rendimento escolar ou outros? Como é a organização e localização das salas considerando-se o fluxo de alunos pelos corredores e o tipo de cada turma? • Como é feita a distribuição de classes entre os professores? Quais são os critérios? • Há remanejamento de alunos durante o ano letivo? Quais são os critérios? • Há conselho de classe? Quando e como são feitos? Funciona em termos de uma avaliação diagnóstica? 21 • Como é feita a recuperação? Quais os objetivos das aulas de recuperação? Funciona? Dentro do horário ou fora do horário? • Como é controlada a freqüência dos alunos? Há muitas faltas? A escola verifica causas de ausência de alunos faltosos? Há controle de evasão escolar e uma análise de suas causas? • Há merenda escolar? Quem fornece? A escola complementa? Os alunos gostam da merenda? Em que horário é servida? A distribuição dos alimentos interfere nas atividades em sala de aula? • Como funciona a entrada e saída dos alunos no início e término das aulas, nas trocas de aulas e no recreio? • A escola exige uniforma? Controla o uso do uniforme? Há reclamações dos pais nesse sentido? 5.3 Aspectos de Organização pedagógico-didática • O Plano da Escola ou Projeto Pedagógico-Curricular é utilizado para elaboração dos planos de ensino? • Como é organizada a Semana de Planejamento? Como são elaborados os planos de ensino (os professores isolados ou em conjunto)? • Qual é o procedimento utilizado na escolha dos livros didáticos? • Existe articulação entre as séries em termos de programação de objetivos e conteúdos? • Os professores têm assistência pedagógica efetiva da equipe técnica? • A escola dispõe de meios de informar os professores sobre o material pedagógico-didático existente, recursos áudios-visuais, lista de jogos e brinquedos, livros e revistas disponíveis na biblioteca, etc;? • Há reuniões pedagógicas freqüentes? Que assuntos são tratados nessas reuniões? Há algum tipo de encontro para estudo, reflexão ou discussão sobre a prática docente? • Há atividade extra-classe (visitas a locais da comunidade para estudo do meio, exposições, competições esportivas, etc.)? • Como é a organização interna da sala de aula (decoração, cartazes, armários, cantinho da leitura, cantinho da música, disposição das carteiras, material didático de uso coletivo...)? Há salas-ambiente e como funcionam? • Quais os problemas de disciplina e infrações disciplinares mais constantes? Quais os procedimentos utilizados para resolver esses problemas? • Há uma sistemática de desenvolvimento profissional dos professores e funcionários e de capacitação nas situações de trabalho? É feita pelo pessoal técnico da escola ou pela Secretaria da Educação? Em que periodicidade? 6. Direção e Gestão da Escola • Qual é o tipo de Gestão adotado na escola? • Qual é a sistemática de tomada de decisões? Há ordens prontas ou há uma prática de gestão participativa? • Há uma liderança efetiva da direção? Como é o relacionamento pessoal da direção com o pessoal técnico, administrativo e auxiliar? • As responsabilidades estão claramente definidas? • Há uma sistemática de acompanhamento, controle e avaliação das decisões tomadas? • Há um clima de trabalho positivo, que estimula e incentiva a equipe escolar? 7. Avaliação • É feita a avaliação da execução do PDE ou PPP? Como se faz essa avaliação? Que procedimentos são utilizados? • Há um efetivo acompanhamento das atividades pedagógicas e administrativas, em termos de sua eficiência e realização de objetivos? 22 • Quem realiza a avaliação? Há uma reflexão conjunta sobre a prática desenvolvida, para detectar desvios, dificuldades, e reorientar os trabalhos? Referência LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. Ed. revista e ampliada. Goiânia, p. 304-311: Editora Alternativa, 2004. ROTEIRO OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR TITULAR (Docência Participativa) 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome do (a) Professor (a):__________________________________________ Nome da Escola:___________________________________________________ Turma:___________________________________________________________ Conteúdo da aula:__________________________________________________ Turma: ________Turno:____________Data da observação:________________ 2. ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS: PLANEJAMENTO • (Este item envolve a análise do plano de aula e sua conseqüente execução) • Existe coerência entre o proposto no plano de aula e o que foi realizado na prática do (a) professor (a)? • Os planos são desenvolvidos de acordo com os Referenciais do Ensino Fundamental (2ª fase), ou seja, dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, documento referente à Matemática. A INTERAÇÃO ENTRE OS ALUNOS E O CONTEÚDO • O conteúdo é adequado às necessidades de aprendizagem da turma? • As atividades e os problemas propostos são desafiadores e proveitosos para todos os alunos ou para alguns foi muito fácil e, para outros, muito difícil? • Há a retomada de conhecimentos trabalhados em aulas anteriores como um ponto de partida para facilitar novas aprendizagens ou as atividades apenas coloca em jogo o que já é conhecido pela turma? • Os recursos utilizados são adequados ao conteúdo? • Como está organizado o tempo da aula? Foram reservados períodos de duração suficiente para os alunos fazerem anotações, exporem as dúvidas, debaterem e resolverem problemas? A RELAÇÃO PROFESSOR E ALUNO • A relação desenvolvida em sala de aula apresenta-se de forma harmônica. Justifique. • Como ocorrem às relações interpessoais entre o professor e os alunos? Comente. • Como o professor lida com as diferenças em relação ao ritmo de aprendizagem dos alunos? • Os objetivos de aprendizagem de curto e longo prazo dos conteúdos em questão estão claros para a turma? 23 • • • • • As propostas de atividades foram entendidas por todos? Seria necessário o professor explicar outra vez e de outra maneira? As informações dadas por ele são suficientes para promover o avanço do grupo? As intervenções são feitas no momento certo e contêm informações que ajudam os alunos a refletir? O professor aguarda os alunos terminarem o raciocínio ou demonstra ansiedade para dar as respostas finais, impedindo a evolução do pensamento? As hipóteses e os erros que surgem são levados em consideração para a elaboração de novos problemas? As dúvidas individuais são socializadas e usadas como oportunidades de aprendizagem para toda a turma? OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS • A metodologia utilizada em sala de aula contempla atividades interdisciplinares? De que forma? • A mediação desenvolvida pelo (a) professor(a) permite uma aprendizagem significativa? • Os conteúdos são contextualizados com a realidade sócio-cultural dos alunos? • A prática pedagógica apresenta-se de forma estimulante e desafiadora? • As atividades propostas para a turma são, em sua maioria, de natureza individual ou coletiva? A RELAÇÃO ALUNO-ALUNO • Existe clima de cooperação entre os alunos? • Os trabalhos em grupo são facilmente desenvolvidos? Justifique. • Como você avalia as relações interpessoais existentes entre os alunos? Comente. • Os alunos se sentem à vontade para colocar suas hipóteses e opiniões na discussão? • Nas atividades em dupla ou em grupo, há uma troca produtiva entre os alunos? • Com que critérios a classe é organizada? UTILIZAÇÃO DE RECURSOS • Os recursos são utilizados de forma adequada? • São recursos são apropriados para a 2ª Fase do Ensino Fundamental. • Os recursos são motivadores e enriquecem o desenvolvimento da aula? AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM • O professor avalia o aluno consecutivamente? • A avaliação é diagnóstica? Ou seja, o professor utiliza-a para identificar o nível de aprendizagem do aluno em relação ao conteúdo? • Utiliza a avaliação para identificar os obstáculos didáticos? CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A OBSERVAÇÃO • Qual o perfil apresentado pelo (a) professor(a) em sua prática pedagógica? • Quais os pontos considerados positivos na prática pedagógica do (a) professor (a)? • Quais os pontos considerados negativos na prática pedagógica do (a) professor (a)? 24 • Que tipos de intervenções pedagógicas apresentam-se necessárias na prática pedagógica observada?