ANO 11 NÚMERO 122 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NOVEMBRO 2012
A cidade em nova
perspectiva
O prefeito eleito Alexandre Kireeff (PSD) fala sobre seus planos de desenvolvimento para a cidade. Ele garante
que vai administrar Londrina com independência e diálogo, em parceria com a sociedade organizada. “O que se
chamou de inovação em nossa candidatura na verdade é um resgate dos princípios da administração pública,
e assim nós vamos governar”, diz Kireeff. Em editorial, ACIL discute os novos rumos da cidade: “O grande
desafio de Kireeff é implantar a lógica do desenvolvimento na Prefeitura”.
Páginas 2, 16, 17 e 18.
IMPOSTOS
Um flagrante
caso de injustiça
tributária
Páginas 10 e 11
UNIÃO
A força e a
eficiência das
cooperativas
Páginas 4 e 5
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
2
Mudar para melhor
A razão de ser da ACIL está em uma palavra: desenvolvimento. Seis
sílabas que resumem a nossa história. Desenvolvimento não é o simples
sucesso, o simples crescimento, a simples mudança. Desenvolvimento é
o sucesso que beneficia a todos. Desenvolvimento é o crescimento com
qualidade. Desenvolvimento é a mudança para melhor. Uma cidade só se
desenvolve quando se conhece a si mesma; quando combina inteligência
e sensibilidade; quando ouve a razão e respeita o coração.
Nas eleições municipais, a população de Londrina não votou
simplesmente pela mudança, mas pelo desenvolvimento. Não votou
por uma cidade maior, mas por uma cidade melhor. Não votou contra
ninguém, votou a favor de uma ideia. Por falar em ideias, aqui está uma
boa definição de desenvolvimento: é a arte de mudar, crescer e vencer
com inteligência. Precisamos estar à altura desse desafio – que, por sinal,
tem sido o desafio ao longo de toda a nossa história.
Como havíamos dito mesmo antes da campanha, o candidato da ACIL
é o eleito – e o partido é Londrina. Os londrinenses elegeram Alexandre
Kireeff, do PSD. Portanto, nosso prefeito é ele. E nosso partido continua
sendo a cidade.
Justamente por ser o prefeito, Alexandre Kireeff não estará livre
de críticas, cobranças e fiscalizações. Exigir que o homem público
cumpra suas responsabilidades é mais do que um direito: é um dever
de lealdade de cada cidadão. As entidades da sociedade local nunca
estiveram tão atentas e organizadas. Seremos um espelho fiel de tudo
que for realizado.
O grande desafio de Kireeff é implantar a lógica do desenvolvimento
na administração pública. Os frutos da semente lançada agora serão
colhidos em indicadores econômicos, sociais e ambientais. Como bem
disse o prefeito eleito, em entrevista publicada nesta edição do Jornal da
ACIL, não se trata de uma política inovadora. É apenas um resgate do que
a política londrinense já foi um dia e nunca deveria ter deixado de ser.
E ser original, neste sentido, significa voltar às origens: ao exemplo dos
nossos pioneiros, ao exemplo dos nossos grandes administradores, ao
exemplo dos grandes homens e grandes mulheres da história de Londrina.
O desenvolvimento possui uma característica importante: ele não
acontece de forma isolada. Nenhum homem é uma ilha – e o mesmo
vale para partidos, coligações, ideologias, esferas do poder público.
A Prefeitura precisa mudar para melhor? Sim. Mas a nova Câmara de
Vereadores também precisa dar o seu salto de qualidade.
Queremos um desenvolvimento legislativo. É tempo de desenvolver
as melhores virtudes em nossa Câmara Municipal. Muitas dessas
virtudes já se encontram naquela Casa; outras precisam ser reanimadas
e reinventadas para fazer jus aos novos tempos. E isso só vai acontecer
com a dedicação e o trabalho de cada um dos vereadores. O interesse
público deve ser colocado acima das conveniências ou estratégias
particulares. O melhor projeto não é aquele que beneficia esse político
ou aquele partido; o melhor projeto é o que faz o bem para esta cidade.
O desenvolvimento de Londrina também passa por uma profunda
mudança nas mentalidades. Não somos uma cidadezinha, não podemos
continuar pensando pequeno. Não é justo que uma só categoria – a dos
comerciários – tenha o monopólio da decisão sobre o funcionamento
da economia londrinense. A cidade deve ser chamada a opinar sobre
o assunto. A liberdade de trabalhar e produzir é um valor importante
demais para ser deixado nas mãos do corporativismo.
O conceito de desenvolvimento também chega aos nossos lares,
às nossas famílias, à nossa vida cotidiana. Cada um de nós precisa
desenvolver dentro de si a cultura do consumo consciente, para que
2013 comece de maneira tranquila, sem dívidas ou preocupações. Saber
consumir também é desenvolvimento.
O final de ano está chegando – e a ACIL brinda a cidade com a
campanha Londrinatal, em apoio ao nosso comércio. Natal é tempo de
união, de harmonia, de entendimento. É tempo de renascer. Tempo de
desenvolver os nossos valores mais importantes e de fazer uma cidade
cada vez melhor.
No mês que vem, Londrina completa 78 anos. Que o desenvolvimento
seja o presente de aniversário para o lugar que tanto amamos.
Flávio Montenegro Balan
Presidente da ACIL
Fundada em 5 de junho de 1937
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Curta
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Presidente
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2º Diretor Secretário
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Diretor Financeiro
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2º Diretor Financeiro
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Diretor Comercial
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Diretor Industrial
Marcelo Bisatto Cardoso
Diretor de Serviços
Brasilio Armando Fonseca
Diretor de Comércio Internacional
Luigi Carrer Filho
Diretor de Produtos
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Presidente do Conselho da Mulher
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David Dequêch Neto
Eduardo Yoshimura Ajita
Enio Luiz Sehn Júnior
Fábio Aurélio Mansano Malaré
José Guidugli Júnior
Marcelo Massayuki Cassa
Nivaldo Benvenho
Oswaldo Pitol
Rubens Benedito Augusto
Silvana Martins Cavicchioli
Valter Luiz Orsi
Wellington Moreira
CONSELHO FISCAL
Titulares
Jaime Celeste Ponce
Michel Menegazzo Gouvêa
Ronaldo Pena Chineze
Suplentes
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Marcus Vinicius Gimenes
Rafael Andrade Lopes
O JORNAL DA ACIL É UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE LONDRINA.
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COORDENAÇÃO E EDIÇÃO
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REDATORA
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FOTOGRAFIA
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COLABORADORES
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EDSON VITORETTI
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HERIKA FONDAZZI
JOTA
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MURIEL AMARAL
DIAGRAMAÇÃO E TRATAMENTO
DE IMAGENS
THIAGO MAZZEI
IMPRESSÃO
FOLHA DE LONDRINA
TIRAGEM
8.000 EXEMPLARES
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
COMÉRCIO INTERNACIONAL
3
100 anos de business
Câmara de Comércio dos Estados Unidos
completa 100 anos como a maior
organização de negócios do mundo
Davi Baldussi
Especial para o Jornal da ACIL
A Câmara de Comércio dos Estados Unidos
completa neste ano 100 anos de fundação, com
a responsabilidade de representar mais de 3
milhões de empresas. É a maior organização de
negócios do mundo. A associação, que mantém
sua sede em Washington, se orgulha de possuir
um dos lobbies mais fortes com conquistas
históricas junto ao Governo e ao Congresso dos
Estados Unidos. Mas, além de exercer influência
no rumo econômico e político da nação mais
poderosa do mundo, a entidade também atua
bem além das suas fronteiras, inclusive no Brasil.
Em entrevista, a chefe de relações públicas
da Câmara, Sally Birkel, explicou que a relação
bilateral entre Estados Unidos e Brasil é
prioridade da entidade e que a Chamber’s
Brazil-U.S. Business Council (Busbc – Câmara
Brasil-Estados Unidos Assembleia de Negócios)
é a organização que trabalha para fortalecer o
relacionamento econômico entre as duas nações.
O órgão foi criado em 1976 e além de contar
com a Câmara Americana de Comércio, que
representa grandes empresas norte americanas
estabelecidas no país como Coca Cola e Pepsico,
atua em conjunto com a Confederação Nacional
da Indústria (CNI).
“A missão unificadora da Busbc é a de
proteger, manter e avançar a troca de experiência
e impulsionar os investimento entre Estados
Unidos e Brasil por meio do livre comércio”explica Sally. No início deste ano a Busbc divulgou
carta com recomendações para ambos os países,
entre elas o pedido para incluir o Brasil no
Programa de Isenção de Vistos para movimento
turístico e empresarial entre os dois países.
Em abril, durante visita de Dilma Rousseff
aos Estados Unidos, o presidente da Câmara
Americana de Comércio, Thomas Donohue,
recebeu a presidente. No evento Donohue
declarou que “é tempo de iniciar discussões
para definir um acordo econômico bilateral em
relação ao livre mercado, com regras de trocas e
novas questões de interesse do Brasil e dos EUA”.
Uma rede chamada Amigos da Câmara tem
sido utilizada a fim de escrever milhões de cartas
ou e-mails pressionando membros do congresso
americano em votações de assuntos de interesse
do movimento empresarial. Em 2008, o número
de contatos com congressistas não passava de 40
mil. No entanto em 2010 o número ultrapassou
a marca de 700 mil. Ainda segundo o jornal a
Câmara gastou US$ 144 milhões em lobby em
2010, aumento de 60% comparado a 2008.
Neste ano o grande objetivo da entidade é
a geração de empregos. Na sede da entidade
em Washington quatro letras gigantescas
ocupam a fachada: JOBS (Empregos). “A pior
crise econômica desde a Grande Depressão
(1929), tem abatido os negócios americanos e
aumentou a taxa de desemprego. Mesmo que
nossa economia esteja se recuperando, está
crescendo num ritmo insuficiente para gerar
as 20 milhões de vagas que os trabalhadores
americanos precisam agora”, afirmou Donohue.
Conforme ele, 75% de todos os empregos
gerados no país são de pequenos negócios e
96% dos membros da Câmara são pequenos
comerciantes. “Nosso plano exige expansão de
desenvolvimento energético, investimento em
infraestrutura, comércio global e inovação –
todos liderados pelo setor privado. E estamos
chamando o governo para reformar taxa de
imposto para restaurar nossa saúde fiscal”.
História
Thomas Donohue, presidente
da entidade: “Governo
precisa restaurar saúde fiscal”
A Câmara de Comércio dos EUA foi criada
em abril de 1912, a pedido do então presidente
americano William Howard Taft. Na época
700 delegados representantes de 44 estados
se reuniram em Washington. “Queremos sua
assistência no governo em relação a assuntos
que afetam negócios e o bem-estar do país.
Queremos que o seu conselho seja livre e
Sede da Câmara de Comércio dos Estados Unidos: empregos (jobs) é
a palavra de ordem
irrestrito quanto possível”, afirmou o então
presidente. Em menos de 24 horas a Câmara
foi criada. Oito anos depois, em 1920, a Câmara
já possuía 13,1 mil associados.
A criação da Nafta (North American Free
Trade Agreement) em 1993 é considerada
como uma das grandes conquistas da Câmara.
“A Nafta imediatamente eliminou tarifas em
mais da metade das importações dos EUA do
México e um terço das exportações para o
México”, afirma o documento.
Outro avanço da Câmara, desta vez
diretamente ligado ao pequeno empreendedor,
aconteceu em 2004, quando a organização
criou a Cúpula de Pequenos Negócios da
América. O evento é realizado anualmente e
reúne cerca de 1 mil pequenos comerciantes,
gerentes e empreendedores de todo o país em
Washington para aprender e discutir medidas
de gestão.
No encerramento do seu discurso em
comemoração ao centenário da Câmara, o
presidentedaorganizaçãoafirmou:“Emtempos
de alta ou baixa, o caráter da comunidade de
negócios americanos permanece firme. Nós
estamos comprometidos hoje, assim como
nos últimos 100 anos, a livre iniciativa e em
proteger a promessa do ‘sonho americano’
para as gerações futuras”.
Luta conjunta
Os principais temas na pauta de negociação
dos empresários brasileiros e norteamericanos são: fechar acordos que venham
a eliminar a bitributação, o reconhecimento
mútuo da propriedade intelectual e a garantia
de facilidade no fluxo de pessoas por meio
da eliminação da exigência dos vistos. Esses
assuntos foram discutidos no mês passado,
em Brasília, durante a 30ª reunião-plenária do
Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos
(Cebeu), na sede da Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Para Frederico Curado, diretor-presidente
da Embraer e presidente da Cebeu, o fim da
bitributação é um objetivo perseguido pelo
conselho de empresários há 40 anos, mas as
discussões em torno da questão se tornaram
mais relevantes porque, atualmente, não
são apenas as empresas americanas que
querem investir no Brasil – as companhias
brasileiras cada vez mais investem nos EUA.
“É importante que Brasil e Estados Unidos
consigam romper essa dificuldade histórica
e cheguem nesse acordo o mais rapidamente
possível. Isso vai facilitar o fluxo de comércio
e de investimentos.”
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
UNIÃO E EFICIÊNCIA
4
A era do cooperativismo
Escolhido pelas Nações Unidas como Ano Internacional das Cooperativas,
2012 marcou a força do setor. Conheça algumas ações desenvolvidas por
cooperativas para promover o desenvolvimento econômico e social
Muriel Amaral
Especial para o Jornal da ACIL
Profissionais e agentes das mais
variadas cooperativas de todo mundo
tiveram um motivo para comemorar
este ano. A Organização das Nações
Unidas (ONU) instituiu 2012 como o Ano
Internacional das Cooperativas.
E há boas razões para comemorar.
De acordo com informações do site da
Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), são 6.652 cooperativas associadas
à instituição, que reúne mais de nove
milhões de associados, tornando-se um
dos setores mais rentáveis da economia
brasileira, o que fez girar no ano passado
aproximadamente US$ 6 bilhões.
O sistema cooperativado não
proporciona exclusivamente o lucro aos
associados e a rentabilidade daquilo que
foi investido, mas também é uma forma
mais contemplativa de participação
no espaço social e competitividade em
vários setores da economia. Com a união
entre os cooperados, são estudadas e
viabilizadas as melhores estratégias para
que os produtos e serviços obtenham os
resultados mais eficazes e, assim, todos se
sintam satisfeitos.
Movida por esse propósito, há 17
anos a Cooperativa Integrada começou a
trilhar os próprios caminhos. Um grupo
de produtores rurais se reuniu para
ganhar mais competividade na venda das
commodities como soja, trigo e milho.
“Associar-se a uma cooperativa tem muitas
vantagens, e uma das principais é a
redução de custos”, afirma Carlos Murate,
presidente da Cooperativa Integrada. Hoje
são mais de 7 mil associados distribuídos
nas 13 regionais por todo o Estado do
Paraná. Com esses números, a cooperativa
se estabelece como a maior empresa com
sede em Londrina.
Gerir um contingente muito grande
de pessoas não é uma tarefa fácil: requer
muita sensibilidade e racionalidade para
administrar algumas situações. Entretanto,
por ser uma cooperativa, um espaço em
que contempla o diálogo e discussões,
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
são pensadas várias possibilidades e
escolhidas as melhores alternativas
em benefício do associado. “As nossas
estratégias são desenvolvidas com muita
conversa”, observa Murate. “Por isso
acho muito significativo declarar um ano
para comemorar o cooperativismo. É o
reconhecimento do trabalho em equipe”,
diz o presidente.
Wellington Ferreira, presidente da
Sicredi União Paraná, compartilha o ponto
de vista sobre o ano internacional do
sistema cooperativo. “Foi muito importante
instituir o ano das cooperativas. Isso
marca a credibilidade e a nossa atuação
na sociedade”, explica Ferreira. O Sicredi
é um banco organizado no sistema de
cooperativa e oferece linhas de créditos
de acordo com a necessidade dos clientes.
Atualmente, o Sicredi conta com 320
unidades espalhadas em todo o Paraná.
O banco Sicredi é um exemplo de
sucesso quando o assunto é cooperativismo.
Criado em 1985, primeiramente para
atender produtores agrícolas, abriu as
portas também para que outros setores
da economia pudessem ter acesso ao
desenvolvimento; foi, então, que em
2005 houve a livre admissão. Segundo o
presidente, um banco que opera dentro
desse sistema tem mais vantagens do que
as instituições tradicionais: como todos
são clientes e proprietários, todos têm
voz ativa nas negociações e tomadas de
decisão. Essa dinâmica de atuação é mais
democrática e os lucros podem ser divididos
entre os acionistas ou ir ao fundo de reserva
destinado a investimentos na instituição.
Outra vantagem destacada pelo
presidente do Sicredi é a possibilidade de
firmar parcerias e acordos. “Foi possível
realizar parcerias e projetos com algumas
entidades e apresentar nossos produtos e
serviços”, afirma Ferreira. “Nessa relação,
pudemos contar com a ACIL”, completa. De
acordo com o empresário, a ACIL foi peçachave na fase transitória para a livre admissão
e na solidificação da nova etapa que o banco
estava passando. “Através das parcerias com
a ACIL pudemos ter acesso ao empresariado
de Londrina, e assim desenvolver ações que
visassem o desenvolvimento e o crescimento
da economia de Londrina e região”, afirma.
“O trabalho de uma cooperativa não depende
apenas dos cooperados, mas também do
reconhecimento e parcerias que são feitas
entre entidades de classe, associações
e instituições que objetivam também o
crescimento das cidades.”
Mesmo havendo muitos motivos
para comemoração, alguns pontos ainda
impedem o crescimento no sistema
cooperativado. Para Ferreira, o maior
empecilho é o desconhecimento das
práticas do sistema. “Ainda permanecem
algumas dúvidas, mas que são amenizadas
quando esclarecidas e o comerciante
percebe que pode ser algo muito rentável”,
analisa.
De dentro para fora
Por serem pensadas em sistema de
cooperativismo, essas instituições não
visam apenas benefícios aos associados e
fornecedores, mas também volta a atenção
em ações de desenvolvimento humano,
preservação de recursos naturais e ações
sociais. Em algumas escolas e entidades
de ensino, a Cooperativa Integrada realiza
palestras e eventos sobre a importância
e os benefícios de se aplicar os conceitos
de cooperativismo. “Assim, desde cedo,
podemos repassar valores importantes
sobre colaboração e cooperação”, explica
Murate. Além de desenvolver ações nesse
sentido, essa cooperativa tenta amenizar
algumas dificuldades em comunidades
carentes das cidades em que a cooperativa
te m u n i d a d e , d i s t r i b u i n d o f ra l d a s
geriátricas e outros produtos.
O Sicredi também desenvolve ações no
sentido de promover o desenvolvimento
humano. Através do programa A União faz
a Força, professores universitários são
capacitados para repassar informações
sobre a importância do trabalho em equipe
e colaboração mútua. Em Londrina, esse
programa tem atividades em escolas
públicas tanto na cidade de Londrina,
quanto nos distritos de Guaravera e
Lerroville. “Além disso, desenvolvemos
ações de sustentabilidade para preservar
o meio ambiente”, diz Ferreira.
“As nossas estratégias são desenvolvidas com muita
conversa. Por isso acho muito significativo declarar
um ano para comemorar o cooperativismo. É o
reconhecimento do trabalho em equipe.”
Carlos Murate, presidente da Cooperativa Integrada
“Através das parcerias
com a ACIL pudemos
ter acesso ao
empresariado de
Londrina, e assim
desenvolver ações
que visassem o
desenvolvimento
e o crescimento da
economia de Londrina
e região.”
Wellington Ferreira,
presidente da Sicredi
União Paraná
5
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
REFORMAS NO TRÂNSITO
6
A via da discórdia
Ruins para alguns, ótimas para outros, mudanças na Avenida Maringá geram polêmica
Herika Fondazzi
Especial para o Jornal da ACIL
Que agradar a todos é tarefa difícil todo
mundo sabe. Mas a recente reforma feita
pela prefeitura na Avenida Maringá, em
Londrina, deixou muita gente insatisfeita. A
maioria dos descontentes é de comerciantes
do local; eles reclamam principalmente da
eliminação das vagas de estacionamento,
que saíram de cena para dar lugar a outras
duas vias de trânsito na movimentada
avenida.
Segundo o proprietário de uma loja de
móveis planejados – área na qual a Maringá
é referência na cidade – Marco Aurélio
Cotello, a reforma trouxe prejuízos para o
comércio local. “Nosso movimento caiu 35%
nos últimos meses. Às vezes passam-se dias
sem que ninguém entre na loja. No nosso
ramo ainda temos a possibilidade de visitar
os clientes, mas estou pensando em sair da
Maringá”, afirmou.
Quem também reclama da falta de vagas
para estacionar e da queda no movimento
é Washington Carvalho, que possui duas
lojas de móveis em pontos diferentes da
avenida. “Na loja mais próxima da avenida
Tiradentes está muito ruim. Penso em fechar
aquele ponto se as coisas continuarem como
estão”, diz ele, que acha que a obra falhou
em vários aspectos. “As vias estão estreitas,
não temos vagas para carga e descarga, o
canteiro central ficou feio e está perigoso
para as pessoas atravessarem.”
Andrea Ferraz, proprietária de uma
loja de material escolar, vai mais longe e
questiona a programação da obra. “Além
da falta de vagas, acho que o planejamento
foi mal feito. As ruas que ficam no entorno
não ajudam no trânsito; quem passa na
frente da minha loja e tenta voltar, precisa
fazer uma volta enorme e acaba desistindo.
Não há vias de acesso inteligente, faixas
de pedestre e placas de sinalização, o que
tem causado mais acidentes do que antes.
No início das obras, disseram que toda
a Maringá teria estacionamento em 45
graus (do tipo escama, com as calçadas de
pedestres recuadas para perto das lojas),
mas nada disso foi feito ainda”, reclama.
De acordo com a assessoria de imprensa
da Companhia Municipal de Trânsito e
Urbanização (CMTU), a obra de reforma
da Maringá ainda não está concluída e
o trabalho de sinalização e colocação de
novos semáforos e faixas irá começar
apenas depois da conclusão. O secretário de
Obras de Londrina, Ossamu Kaminagakura,
afirmou que o término dos trabalhos
depende apenas do asfalto da rotatória da
Maringá com a Castelo Branco, que deve
ser concluído antes do final de novembro.
Quanto aos estacionamentos em 45
graus previstos inicialmente, a gerente
de trânsito do Instituto de Pesquisa
e Planejamento Urbano de Londrina
(Ippul), Cristiane Biazzono, afirma que
não existe uma regulamentação no Plano
Diretor da cidade que obrigue os donos
de prédios a realizá-lo. “A Câmara precisa
aprovar as leis complementares que
foram enviadas em 2008 pela Prefeitura.
Depois dessa aprovação, a ideia é enviar
uma nova complementar tratando dos
estacionamentos. Até o momento não
conseguimos adesão dos proprietários
para que façam o rebaixamento de toda a
frente de seus imóveis e tragam a calçada
para o recuo. Como parte do terreno é
privada e parte é pública, não é possível
realizar qualquer mudança sem uma lei
que a regulamente. Mas os proprietários
podem fazê-lo por conta própria”, lembra.
Ela explica que sempre que uma via é
alterada, há reclamação de algumas pessoas
e que a população leva entre três e seis meses
para se adaptar às mudanças. “Talvez esse
prazo também seja necessário para que os
clientes se acostumem a estacionar nas ruas
próximas à Maringá para usar o comércio
local”, argumenta.
Recapeamento da via segue em andamento, desta vez na rotatória da
Maringá com a Av. Castelo Branco
Aprovação
Mas nem todo mundo reclama das
mudanças. Quem utiliza a Avenida Maringá
como via de tráfego é só elogios. “Acho que
a Maringá está sensacional. Antes eu levava
cerca de meia hora para cruzar toda a via no
horário da saída da escola. Agora chego no
final dela em 10 minutos. O asfalto está um
tapete”, elogia o motorista particular Lucas
dos Santos. “Entendo que para os lojistas
deve ter ficado ruim, mas para quem usa a
via está muito bom. O problema do excesso de
carros nas ruas é comum em cidades maiores,
que geralmente não têm um sistema de
transporte público de qualidade. Esse também
é um problema de Londrina”, completa o
engenheiro agrônomo José Maria de Andrade.
A gerente de uma loja de roupas infantis
Nara Souza Gonçalves dos Santos, que
trabalha há dois anos na avenida, garante
que a reforma eliminou um problema antigo.
“Antes as pessoas paravam até mesmo na
parte rebaixa da nossa calçada, onde temos
Sem espaço, descarga de mercadorias é feita pelo asfalto
a entrada para o estacionamento recuado.
Agora isso acabou. E como temos um
estacionamento lateral para atender nossos
clientes, não estamos sofrendo nenhum
prejuízo no movimento. Como motorista, eu
acho que ficou ótimo, tanto o fluxo de carros
quanto a qualidade do asfalto”, confirma.
E há até quem tenha tido melhorias
em seu negócio. Em um dos poucos
estacionamentos particulares da via, o
número de mensalistas aumentou depois
da reforma. “Das 35 vagas que temos,
25 são ocupadas por mensalistas – na
maioria gente que trabalha na Maringá
e não tem lugar para deixar o carro. O
movimento à noite também melhorou,
por causa dos restaurantes aqui de perto.
E o trânsito está muito melhor. Acho que
os congestionamentos caíram uns 90%”,
afirma o gerente Cleverson Donizete.
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
7
Calçadas e estacionamentos: alternativas possíveis
De acordo com a gerente de trânsito
do Ippul, Cristiane Biazzono, a reforma
retirou da Avenida Maringá 400 vagas de
estacionamento. Muitas lojas possuem
estacionamento em frente aos seus
prédios e se todas fizessem as vagas em
45 graus, a via ganharia 600 vagas.
Cristiane explica que existem hoje na
Maringá três modelos de estacionamentos
usados por lojistas e donos de prédios:
- Os imóveis que possuem apenas uma
única entrada, de no máximo 5 metros de
extensão, em frente ao seu lote e outras
vagas dentro de seu recuo, próximas à
entrada das lojas, podem considerá-las
particulares. A regra vale para qualquer
lote.
- Aqueles que fizeram rebaixamento
de toda a sua frente e colocaram vagas
em form a to de e s ca ma s , ta mb é m
próximas à loja, estão utilizando parte
de área privada e parte de área pública.
Por isso, não se pode considerar essas
vagas exclusivas para clientes. Essa regra
também vale para todos os locais.
- O que consta do projeto inicial
da reforma da Maringá, e que ainda é
pouco utilizado pelos estabelecimentos,
é levar as calçadas para perto da entrada
das lojas e utilizar o recuo para fazer
os estacionamentos em 45 graus. As
vagas passariam então a ser totalmente
públicas, mas isso depende de uma
regulamentação específica que precisar
ser elaborada pelos órgãos públicos.
Maringá em números
– 2,6 quilômetros de extensão
– 4 pistas de rolamento
– R$ 1,413 milhão gasto nas atuais obras
de recapeamento e construção de canteiro
central
– 950 carros por hora em cada sentido
no horário de pico, entre 17h45 e 18h45
Semáforos
Depois de concluída sua reforma, a
Avenida Maringá irá ganhar semáforos. De
acordo com a gerente de trânsito do Ippul,
Cristiane Biazzono, eles irão trabalhar em
sincronia para agilizar o trânsito. Confira
os cruzamentos escolhidos:
- Com Avenida Tiradentes (já existente)
- Com as Ruas Tomazina e Cristiano
Machado (também já existente)
- Com a Rua Ibiporã (já existente)
- Com a Rua Fernando de Noronha
- Com a Rua João XXIII
- Com a Rua Astorga (já existente)
- Com a Rua Maine
- Na rotatória com a Castelo Branco
- Com a Rua Oakland
- Com as Avenidas Humaitá e Faria Lima
(já existente)
- Com a Rua Dallas
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
INCENTIVO AO ESPORTE
8
Goleada de vantagens
Lei de Incentivo e outras vantagens de se investir no esporte
ainda são desconhecidas pelo empresariado
Edson Vitoretti
Especial para o Jornal da ACIL
Recentemente, o Governo Federal
lançou um programa de popularização
de uma lei que concede benefícios fiscais
a empresas que invistam no esporte.
Em geral, os empresários ainda não
conhecem as vantagens de se investir
no setor.
Regulamentada em 2007, a Lei
de Incentivo ao Esporte funciona
da seguinte forma: uma instituição
esportiva – um clube, uma associação
– elabora um projeto e o envia ao
Ministério do Esporte para ser avaliado.
Uma vez aprovado, a instituição fica
apta a procurar uma empresa para
adotá-lo. Ou seja, a empresa subsidia
financeiramente a instituição esportiva
e recebe em troca a isenção de 1% do
imposto de renda devido.
Aderindo à lei, a empresa só tem a
ganhar. Ganha com a melhoria de sua
imagem, associando sua marca aos
valores do esporte, como superação,
determinação e disciplina, conforme
diz Marcelo Risso, da Focco Marketing
Esportivo: “O esporte tem as qualidades
que uma empresa precisa ter para dar
certo. A marca é associada imediatamente
a conceitos como qualidade de vida,
bem-estar e saúde”, afirma Risso.
Além da melhoria da imagem da
empresa, o investimento traz também
um lucrativo retorno publicitário. “Com
a Lei de Incentivo, o empresário não
gasta um centavo e ainda ganha um
retorno publicitário enorme”, diz Júlio
Brevilheri, diretor esportivo do Colégio
Londrinense, que há anos tem sua marca
vinculada a uma experiência exitosa
no esporte de Londrina, a do futebol
de salão.
Brevilheri sabe bem do que está
dizendo. Normalmente, o retorno do
investimento publicitário no esporte é
maior que o do simples anúncio comum.
Gira em torno de três reais ganhos para
cada real investido. Isso se deve a uma
mídia espontânea e gratuita que o nome
da empresa ganha quando está vinculada
a esportes de competição, fortemente
cobertos pelos veículos de comunicação.
Ou seja, quando numa transmissão
esportiva por rádio, por exemplo, o
narrador diz dezenas de vezes o nome
da empresa vinculada ao time, realiza-se
uma publicidade gratuita que amplia o
retorno do investimento feito.
Outro fator positivo dessa mídia
espontânea refere-se à diferença entre
notícia e anúncio. Por mais criativo e
sedutor que possa ser um anúncio, o
leitor sabe que esse tipo de comunicação
está destinada a convencê-lo de algo, o
que pode deixá-lo reticente ao receber
a mensagem. A publicidade espontânea
inserida na notícia tem outro valor, o
da interatividade. Seja torcedor ou não,
quando o leitor busca a informação na
notícia, ele está propenso a consumi-la,
a satisfazer-se com sua mensagem, o que
faz toda a diferença para que o nome da
empresa e do produto sejam fixados.
“Quando a empresa anuncia, muitas
vezes o anúncio não chama a atenção ou
não é capaz de fixar nada no consumidor,
a não ser naquele consumidor que já
tem interesse no produto. O nome da
empresa inserido numa notícia o embala
em vários outros atrativos que o anúncio
não tem”, diz Brevilheri. Sobre o alcance
“O investimento do
Colégio Londrinense em
seu time de futsal que
disputa a Liga Nacional,
no início deste ano, foi
de um milhão de reais.
Até agosto, o retorno
desse investimento já
era de mais de oito
milhões de reais, ou
seja, oito reais para
cada real investido
em quase apenas um
semestre.”
Júlio Brevilheri, do Colégio Londrinense: “Uma empresa amiga do
esporte, que tira crianças da rua, é muito bem vista pela população.”
O empresário Marcelo Risso: “O
esporte tem as qualidades que uma
empresa precisa ter para dar certo.”
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
de público dessa mídia espontânea,
Brevilheri conta: “Tivemos neste ano
oito transmissões da Sportv com nosso
time. Oito transmissões representam 16
horas na tela da Globosat, um veículo
de alcance nacional e internacional.
Já imaginou o que é isso?”, comenta
Brevilheri.
Com tantas vantagens, às vezes o
retorno do investimento no esporte
alcança patamares surpreendentes. O
investimento do Colégio Londrinense
em seu time de futsal que disputa a Liga
Nacional, no início deste ano, foi de um
milhão de reais. Até agosto, o retorno
desse investimento já era de mais de
oito milhões de reais, ou seja, oito reais
para cada real investido em quase apenas
um semestre.
Esse retorno, tanto de imagem quanto
publicitário, vem também com outras
formas de visibilidade da empresa que
a vinculação com o esporte proporciona,
como por exemplo, o marketing de
relacionamento. “Quando as empresas
investem em marketing, elas não inserem
apenas a sua logomarca na camisa do
clube. Isso é publicidade. O marketing
tem um mix muito maior. Por exemplo,
levar um atleta prestigiado à empresa
para fazer um dia de autógrafos”,
diz Marcelo Risso. A concepção do
marketing de relacionamento é tornar
uma partida esportiva um evento,
conforme diz Brevilheri: “Durante os
jogos temos outras formas de divulgar
a marca. Nossos jogos são feitos dentro
do Colégio Londrinense, o que traz gente
que nunca estudou aqui para conhecer
nossa estrutura. Colocamos nossos
alunos para jogarem antes da partida
principal, fazemos promoções e várias
outras estratégias de divulgação”, conta.
Todas essas vantagens de se investir
no esporte ainda não são plenamente
conhecidas pelo empresariado. Para
acabar com essa desinformação, surgiram
empresas especializadas em assessorar
outras empresas que se interessem
pelo negócio. “Com relação à Lei de
Incentivo, nós fazemos a intermediação
entre a entidade esportiva e a empresa.
Verificamos tecnicamente a viabilidade
do projeto junto à instituição esportiva
e conscientizamos a empresa sobre as
vantagens de se adotar o projeto”, diz
Marcelo Risso.
O medo do investimento no esporte
é proporcional ao desconhecimento
do empresário sobre como funciona o
mundo esportivo. Há empresários que
pensam que se o time que sua empresa
apoia for mal no campeonato, essa
imagem de ineficiência seria transferida
para a imagem de sua empresa. Segundo
Risso, isso não acontece: “Se a empresa
9
que banca o time for séria e cumpre
o seu papel, pagando salários em dia,
utilizando bem os recursos, o torcedor
não associa o fracasso do time à
empresa”, afirma.
Responsabilidade social é a palavra
d e o rd e m d a s e m p re s a s s é r i a s e
modernas. Participando da Lei de
Incentivo, as empresas marcam pontos
também nesse quesito “Das 200 crianças
que participam das nossas escolinhas
de futsal, 80 são crianças carentes que
recebem bolsa de estudos desde os sete
anos de idade até o ensino superior.
Uma empresa amiga do esporte, que
tira crianças da rua, é muito bem vista
pela população”, afirma Júlio Brevilheri.
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
CARGA PESADA
10
O imposto do caminhão usado
Um caso de flagrante injustiça tributária: empresários precisam a
pagar pesados impostos ao vender equipamentos desvalorizados
Paulo Briguet
ACIL
O empresário João (nome fictício)
tem uma indústria de alimentos e resolve
vender um caminhão de entregas. O veículo
está com pouco mais de três anos de uso.
Quando foi comprado, o caminhão valia R$
180 mil. Agora João conseguiu vendê-lo
por R$ 150 mil.
João é um bom pagador de impostos.
Procurou o seu contador e informou-lhe
sobre a venda do veículo. O contador lhe
disse que seria preciso registrar a venda
como “ganho da capital”. E o ganho de
capital – disse o contador a seu cliente – é
a diferença entre o valor da venda e o valor
contábil do caminhão. Na ponta do lápis, a
conta ficaria assim:
–
=
R$ 150 mil
(valor da venda)
R$ 40 mil
(valor contábil)
_______________
R$ 110 mil
(ganho de capital declarado)
Aí vem a má notícia. Sobre este valor
de R$ 110 mil, que o Fisco considera como
ganho de capital, João terá de pagar 34% em
impostos. São 15% de imposto de renda, 9%
de contribuição social, mais um adicional
de 10% de IR (porque a empresa de João
ultrapassa os R$ 20 mil de lucro por mês).
Fazendo os cálculos, João teria que pagar
R$ 34.700 em impostos ao vender o veículo.
O comentário de João não poderia ser
outro:
– Se eu soubesse que ia pagar tanto
imposto assim, preferia continuar com o
caminhão!
O nome de João é fictício, mas a
história não é. Por falta de clareza, a
legislação tributária tem causado surpresas
desagradáveis aos empresários que optam
por vender bens como veículos e máquinas.
A carga extra de impostos prejudica
principalmente os empresários que optam
por declarar o imposto de renda sobre o
lucro presumido. No caso dos optantes
do Simples Nacional, a obrigação de fazer
o cálculo de depreciação também causa
dissabores, embora a “mordida” do Leão
seja menor: 15% sobre o ganho de capital
apurado.
A lei determina diferentes percentuais
de depreciação conforme o tipo de bem
adquirido pela empresa. Para veículos,
determina-se que a vida útil é de 20% ao
ano. Isso quer dizer: o valor contábil do
caminhão do João seria zero após cinco
anos. Para máquinas e equipamentos, a
depreciação é de 10% ao ano. Para imóveis,
4%.
Na prática, a necessidade de fazer o
cálculo de ganhos de capital tem sido uma
flagrante injustiça tributária. “As empresas
JORNAL DA ACIL SETEMBRO 2012
que optaram pelo lucro presumido
estão sendo penalizadas”, diz o contador
Euclides Nandes Correia, da Pontocom
Contabilidade. “Penso que deveria haver
uma alteração na lei para não se considerar a
depreciação para efeito de ganho de capital
nessas empresas. As pessoas estão pagando
uma tributação pesada sobre um bem que,
na verdade, está perdendo valor!”
Euclides dá o exemplo de um caminhão
1977 vendido recentemente por R$ 20 mil.
O dono do caminhão vai pagar 15% de
imposto de renda sobre esse valor (isso
porque é optante do Simples; se fosse do
lucro presumido, seriam 34%).
“A depreciação só beneficia os optantes
do lucro real, pois eles podem abater o
valor da depreciação diretamente na base
de cálculo do imposto”, avalia o contador.
“Mas, no caso dos empresários que optam
pelo lucro presumido, é uma penalização
injusta. Alguns industriais estão optando
por nem vender os caminhões. Preferem
deixar os veículos sucateando no pátio da
empresa, porque não vale a pena vender.”
Alguns profissionais da área dizem
a seus clientes que não é preciso fazer
o cálculo de depreciação na venda de
veículos e equipamentos. Mas não é isso
que diz a lei – e não é assim que tem sido
o entendimento dos fiscais da Receita
Federal. Uma resolução do Conselho Federal
de Contabilidade alerta: “É obrigatória a
contabilização dos encargos de depreciação,
amortização ou exaustão”. Euclides Correia
complementa: “Há quem diga ao empresário
que não é preciso depreciar. Lego engano.
Essas interpretações deixam o empresário
vulnerável a multas pesadas.”
Para Euclides Correia, a única solução
está na via política. Para acabar com a
aberração fiscal, ele sugere que as entidades
da ACIL levem propostas de alteração na
lei aos deputados federais e senadores
paranaenses. Nos próximos dias, a ACIL
pretende encaminhar aos parlamentares uma
carta defendendo a necessidade de alterar o
cálculo de imposto sobre bens imobilizados.
Só assim o João poderá pensar em
vender o outro caminhão que está lá, no
pátio da fábrica, esperando essa aberração
tributária chegar ao fim.
“É absurdo cobrar 34% em impostos
sobre um ganho de capital, quando
na verdade o empresário não teve
um ganho, mas perdeu. O grande
problema é pagar uma tributação
pesada sobre um bem que está
perdendo valor.”
Euclides Nandes Correia,
contabilista
11
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
SERVIÇO
12
Seguros para todos os bolsos
Companhias oferecem diversas modalidades de cobertura que podem
garantir mais tranquilidade a empresas e pessoas físicas
Guto Rocha
Especial para o Jornal da ACIL
Das pernas da atriz famosa a um simples
celular. Hoje em dia quase tudo pode ser protegido
por uma apólice de seguros. Mas no Brasil este é
um mercado que ainda tem muito espaço para
crescer. “O brasileiro ainda não tem uma cultura
para a contratação de seguros, a não ser para
os carros”, observa o delegado do Sindicato dos
Corretores de Seguro do Paraná para a região de
Londrina, Claudemir Rossetto.
O corretor afirma que o seguro mais popular
no país é o de automóvel. “No Brasil, a pessoa
não tem seguro de vida ou da casa, mas faz o
do carro muitas vezes antes mesmo de sair da
concessionária de veículos”, observa. Rossetto
afirma que os valores de um seguro poderiam
inclusive ser mais baixos se houvesse mais
pessoas contratando o serviço das seguradoras.
“Além disso, a frequência de sinistros é grande,
com o alto índice de violência, roubos de veículos
”, comenta.
No entanto, destaca o corretor, fazer um
seguro de um carro é mais caro do que o de
uma residência. Segundo ele, isso acontece por
que no Brasil não há tantos desastres naturais.
“Hoje uma pessoa faz o seguro de uma casa de
R$ 300 mil, com tudo dentro, contra incêndio,
vendaval e roubo, por cerca de R$ 300 reais por
ano. Enquanto que para um carro de R$ 30 mil o
seguro fica em cerca de R$ 1,5 mil por ano”, diz.
O corretor Adriano Luiz Alves dos Santos,
da A1 Corretora de Seguros, afirma que ao
contratar um seguro a pessoa ou empresa está
se protegendo contra imprevistos e garantindo
assim mais tranquilidade. “O seguro pode
minimizar os prejuízos provocados por um
sinistro e até dar mais segurança para uma família,
no caso da perda de um parente”, observa.
Santos afirma que hoje existe seguro para
quase tudo. Além dos mais tradicionais, como de
carro, de vida, casa e empresas, as companhias
oferecem coberturas para responsabilidade civil
para profissionais liberais e para determinados
serviços. “Uma pessoa que também fica
incapacitada de trabalhar temporariamente
por acidente ou doença pode fazer um seguro
de renda para assegurar seus ganhos enquanto
não puder retomar suas atividades”, observa.
Outra modalidade pouco conhecida é a do seguro
de riscos de engenharia, que cobre qualquer
construção civil em andamento. “Grandes
shoppings obrigam os lojistas a contratar este
tipo de seguro”, observa.
O seguro de partes do corpo, que é o exemplo
Adriano Luiz Alves dos Santos: “O bom corretor de seguros é o elo entre o
cliente e a seguradora”
O empresário Luiz Carlos Itakura: “Seguro é algo que a gente só sente falta
quando precisa e não tem”
que abre esta matéria, é mais comum entre
celebridades. Rossetto explica que nem todos
podem fazer este tipo de seguro, que antes de
ser contratado passa por uma rigorosa análise
por parte da seguradora. “A Claudia Raia fez
um seguro das pernas, mas ela é uma atriz e
dançarina que precisa das pernas para sobreviver.
Um cirurgião, por exemplo, pode fazer seguro de
invalidez e estipular que, caso perca um dedo,
que é essencial para sua atividade, quer receber
uma indenização específica para esta parte do
corpo”, diz.
O mercado de seguros no Brasil é controlado
e fiscalizado pela Superintendência de Seguros
Privados (Susep), autarquia do Ministério da
Fazenda, e normatizado pelo Conselho Nacional
de Seguros Privados (CNPS), órgão do Governo
Federal. Além disso, o Código de Defesa do
Consumidor (CDC) é a instância que protege
quem contrata seguros.
A recomendação do delegado do Sindicato
de Corretores de Seguros em Londrina é de que
sempreseopteporumaassessoriadeumcorretor
ao contratar um seguro. Segundo ele, para ser
um corretor, o profissional teve que passar por
uma formação específica na Escola Nacional de
Seguros que o habilita a orientar o consumidor
sobre o melhor contrato para suas necessidades.
“Depois de feita análise da demanda do cliente, o
corretor vai ao mercado em busca da companhia
que oferece o seguro mais adequado ao perfil do
contratante”, afirma.
Santos observa que além da formação,
o corretor deve ter registro profissional no
Susep. Ele afirma que, apesar de os bancos
e concessionárias de automóveis poderem
vender seguros, estes não são os melhores
lugares para se adquirir uma apólice. “Os
funcionários destes estabelecimentos não têm
formação específica e muitas vezes vendem
o seguro errado, e quando o cliente precisar
acionar o contrato pode ter seu pleito negado.
Banco é para investimento, seguro só com
corretores habilitados na Susep”, orienta.
Os dois corretores salientam ainda o trabalho
de pós-venda que o profissional habilitado irá
prestar ao cliente. “O bom corretor de seguros
é o elo entre o cliente e a seguradora, a oficina
mecânica, a vistoriadora, e o auxilia até com
os cuidados com terceiros que se envolvem no
sinistro”, observa Santos. Em caso de cometer
erros na formulação da proposta e contratar o
seguro de maneira errada, o corretor também
poderá responder na Justiça por isso. “Caso o
cliente não tenha seu prejuízo ressarcido por
um erro do corretor, este pode ser condenado a
indenizar o cliente”, afirma Rossetto.
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
“Seguro é manutenção de investimentos”
Enquanto concedia entrevista para o Jornal da
ACIL, o empresário Maximino Trevisan também
preparavaabagagemparairviajar.Elefalavasobre
as vantagens de se contratar seguros, e uma delas,
destacada por ele, é a tranquilidade de poder sair
de casa sem se preocupar com os ladrões. “Minha
casa tem seguro há mais de quatro anos. Isso me
dá um sossego na hora de sair, viajar. A gente torce
para não acontecer nada, mas, se acontecer, meu
patrimônio está protegido”, comenta Trevisan.
O empresário conta que é adepto dos seguros.
Além do residencial, também mantém seguro de
vida pessoal. “É uma maneira de garantir mais
tranquilidade para a família”, afirma. Trevisan
também mantém apólices de seguro patrimonial
de sua empresa e de sua frota de carros.
Ele afirma que já foi indenizado pela
seguradora duas vezes por causa do roubo de
dois de seus veículos. “Foram dois assaltos à mão
armada. E graças ao seguro conseguir repor as
perdas”, comenta. Trevisan afirma que sempre
faz seus seguros com o mesmo corretor e nas
duas vezes que teve se solicitar a indenização,
o trabalho ficou todo por conta do profissional
contratado. “Recebi o que me era de direito bem
rápido”, garante.
Outro empresário que não abre mão de
contratar seguros é o imobiliarista Luiz Carlos
Itakura. “Desde que comprei meu primeiro
carro, nunca mais fiquei sem contratar seguros.
Além de assegurar o bem, também posso contar
com assistência técnica ou um socorro em uma
situação mais grave”, comenta. Atualmente ele
mantém segurados dois carros, a sua imobiliária,
o apartamento alugado onde vive e até a casa que
está sendo construída já tem seguro. “Nunca
precisei acionar a seguradora. Mas prefiro
manter as apólices em dia. Porque seguro é algo
que a gente só sente falta quando precisa e não
tem”, afirma.
Itakura diz que encara o pagamento
mensal dos prêmios para a seguradora como a
manutenção de um investimento que fez. “Não
vejo a mensalidade que pago como despesa, mas
sim a continuidade e a garantia do investimento”,
comenta.
Claudemir Rossetto, do Sindicato dos Corretores:
“Seguro de um carro é mais caro do que o de uma
residência”
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13
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
VEREADORES
14
Câmara: entre mudança e continuidade
Eleitor londrinense renova mais de 50% do Legislativo para o próximo mandato.
Mas a nova configuração política da Casa ainda está se definindo
Felipe Brandão
Especial para o Jornal da ACIL
Tempo de eleições pode ser também
tempo de mudanças em algumas cidades
brasileiras. Em Londrina esse fato se
confirma, não só no governo municipal,
como também no Legislativo.
A Câmara Municipal inaugura o
novo mandato, em janeiro de 2013,
com 58% de renovação em relação à
última legislatura. Dos 19 vereadores em
exercício atualmente, apenas oito foram
reeleitos: Lenir de Assis (PT), Roberto
Kanashiro (PSDB), Pastor Gérson Araújo
(PSDB), Roberto Fu (PDT), Sandra Graça
(PP), Rony Alves (PTB), José Roque Neto
(PR) e Ederson Junior Santos Rosa (PSC)
. O restante é formado por nomes que já
exerceram mandatos anteriores, como Elza
Correia (PMDB), Sidney de Souza (PTB) e
Jamil Janene (PP), ou por novatos na esfera
política, a exemplo de Marcos Belinati (PP),
Emanoel Gomes (PRB), Gustavo Richa
(PHS), Vílson Bittencourt (PSL) e Fabinho
Testa (PPS).
Delegado de Polícia Civil há 17 anos,
Marcos Belinati se destacou como o mais
votado da eleição em outubro. Em sua
primeira candidatura a um cargo público,
o sobrinho do ex-prefeito Antônio Belinati
teve mais de 7 mil votos. Marcos admite
que o sobrenome contribuiu para o sucesso
nas urnas, mas não diminui os próprios
méritos. “Minha família tem tradição
na política, mas minha trajetória como
delegado de polícia em Londrina e região
com certeza pesou para que o povo me
escolhesse, e de forma tão massiva, como
seu representante”, acredita.
A poucos meses de iniciar o mandato,
Marcos aponta as áreas da saúde e
da segurança pública como as mais
necessitadas de atenção e investimento.
Seu plano de mandato, porém, também
dá ênfase ao segmento industrial. Belinati
não apenas pretende incentivar novas
indústrias a se instalarem na cidade,
como também promete “recuperar” as
empresas que, por falta de incentivo do
governo municipal, acabaram migrando
para cidades circunvizinhas como Ibiporã
e Rolândia. “Esse investimento beneficiaria
Londrina em diversas áreas, desde a
geração de emprego e impostos até a
arrecadação com o comércio. Precisamos
gerar um quadro benéfico para atrair esses
investidores, oferecendo, por exemplo,
isenção de impostos por um tempo
determinado”, sugere o parlamentar.
Sandra Graça também deve priorizar a
saúde na próxima legislatura, a quarta de
sua carreira. Além disso, ela promete dar
continuidade à luta por melhorias na coleta
seletiva de lixo, que se encontra em uma
Sidney de Souza: “Consciência
limpa, cabeça erguida,
transparência e dedicação”
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
DESENVOLVIMENTO
Sandra Graça: “Quando você
vota, está depositando a
esperança naquele candidato”
situação claudicante em Londrina. Sandra
considera que, depois de muitas conquistas
e avanços, a cidade parece involuir nesse
campo tão importante. “Protocolei este
ano um projeto pela eliminação do uso do
caminhão-compactador na coleta seletiva.
Isso já é uma política nacional, que espero
que o prefeito adote por aqui também.
Nossa luta também será pela criação de
uma política pública específica para a
coleta seletiva, que respeite o reciclador e
dê a ele condições de inserção no mercado
de trabalho, inclusive por meio de uma
remuneração mais digna”, explica Sandra.
Sidney de Souza integra o grupo dos que
voltam à Câmara após um breve período
de distância. Após exercer três mandatos
de 1994 a 2007, ele não conseguiu a
reeleição em 2008. O retorno de Souza,
conquistado com 2 mil votos, se dá em
um momento controverso de sua carreira
política. Em julho deste ano, o tribunal da
3ª Vara Criminal de Londrina o sentenciou
a 9 anos de prisão pelos crimes de lavagem
de dinheiro e formação de quadrilha, com
respeito ao envolvimento do vereador no
esquema conhecido como “Lista Caldarelli”,
em seu último mandato. Outro vereador
envolvido no escândalo, Jamil Janene,
incorreu na mesma condenação antes de
ser eleito em outubro.
Souza, que está recorrendo
judicialmente da sentença, segue afirmando
inocência e diz não temer ter um possível
afastamento da Câmara durante o mandato
por conta dos impasses com a Justiça. “As
acusações são totalmente infundadas.
Jamais participei ou participaria de
qualquer esquema de corrupção. Estou
convencido de que a sentença será revogada
no Tribunal de Justiça em Curitiba”, afirma
ele, que também se mostra otimista com
a volta ao Legislativo. “Sinto-me mais
amadurecido e focado em servir a minha
cidade. Mas a atuação será a mesma com
a qual procedi durante toda a minha vida:
com a consciência limpa, cabeça erguida,
transparência e dedicação.”
O cientista político londrinense Mário
Sérgio Lepre fez uma avaliação dos
resultados das urnas e das prospecções
para a Câmara em 2013. Para ele, os altos
índices de renovação nas eleições de
2008 e 2012 estão intimamente ligados
ao envolvimento dos parlamentares
em escândalos de corrupção nas duas
últimas legislaturas. “Trata-se de um filtro
que o eleitor faz a determinados nomes
da vida política. A breve disparidade
entre a renovação registrada em 2008
e em outubro último é proporcional à
quantidade de vereadores envolvidos
nesses episódios em cada período”, analisa.
Lepre defende que, ao contrário do
pensam alguns, a atenção do eleitor sobre
a rotina política de sua cidade não deve
ser subestimada. Basta observar o alto
índice de votos com que se reelegeram
parlamentares como Lenir de Assis (4
mil votos) e Roberto Kanashiro (3 9 mil
votos – que já vai para o sexto mandato
consecutivo na Câmara desde 1992).
“Kanashiro não se vincula a escândalos,
atua com seriedade, com transparência,
e isso desperta confiança no eleitorado.
A mesma avaliação se aplica à Lenir.
Sabemos que o PT tem forte rejeição em
Londrina, mas seu desempenho individual
ao longo de sua primeira gestão na Câmara,
somado à influência política do partido que,
mesmo abalada, ainda existe em Londrina,
garantiram a reeleição.”
Como explicar, então, a escolha de
parlamentares investigados por atos de
corrupção na legislatura retrasada? O
Marcos Belinati: “Precisamos
atrair investidores do segmento
industrial”
sociólogo aponta para a influência da
chamada “máquina eleitoral” de alguns
candidatos. “É uma espécie de ‘público
cativo’, um determinado segmento do
eleitorado que certos políticos conquistam
e mantêm por meio de troca de favores,
empreguismo e outros benefícios pessoais.
O voto consciente está desvinculado
dessa máquina eleitoral, mas ela existe e
influencia as decisões democráticas em
muitos locais, inclusive aqui”, argumenta.
Lepre aposta em um período de fortes
mudanças na atuação parlamentar, como
na política londrinense como um todo,
a partir da próxima legislatura: “Todos
esses episódios que temos visto até agora
– denúncias, escândalos, pagamento de
propina, vereador preso em flagrante –
conflitam diretamente com aquilo que a
população já mostrou que espera de seus
representantes. Essa conduta pode até
15
não desaparecer completamente, mas com
certeza terá de diminuir bastante. O político
que resistir a esses ventos de mudança, a
menos que tenha uma máquina eleitoral
muito forte, será defenestrado pela opinião
pública nas eleições que se seguirem.”
Sandra Graça também aposta em uma
renovação moral do Poder Legislativo. “Eu
sempre digo que voto é esperança. Quando
você vota, está depositando a esperança,
a confiança de que aquele candidato te
represente com dignidade, que honre o
seu voto. Por isso espero que os novos
vereadores cheguem conscientes e maduros
quanto ao compromisso de construir uma
trajetória digna de representatividade
política para a sociedade. Ao longo desses
12 anos na Câmara, meu trabalho tem se
pautado pela ética, pela transparência, o
respeito ao cidadão. E isso vale à pena,
porque o eleitor está consciente e valoriza
isso, inclusive nas urnas”, diz a vereadora.
Marcos Belinati concorda: “O povo
clama por mudanças, por representantes
realmente comprometidos com o interesse
público. Da minha parte, posso garantir que
nosso trabalho será feito de forma ética e
coerente, com total transparência.”
Cientista político Mário
Sérgio Lepre diz que se
aproxima um período
de fortes mudanças na
atuação parlamentar e
na política londrinense
como um todo
16
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
ENTREVISTA COM A
A política de um
Ele é o novo prefeito de Londrina. Saiu de irrisórios 0,8 pontos percentuais para a primeira colocaçã
Londrina uma administração técnica, cativou um eleitorado carente de novas opções, ansioso por mu
A quem pensa que ele tem grandes ambições pessoais, Alexandre Kireeff esclarece: “Quero que as pe
disso”. Para a cidade, os desejos são almejados com o pé no chão e cautela diante de uma cidade com
Fernanda Bressan
Jornal da ACIL
Jornal da ACIL: Tivemos uma eleição
diferente de todas as outras, o senhor
manteve a postura de uma candidatura
independente do começo ao fim. Agora,
eleito, como pensa em administrar essa
independência?
Alexandre Kireeff: Em parceria com
a sociedade civil organizada, com as
pessoas, com as associações de classe, os
conselhos municipais, foram essas forças
que acabaram nos elegendo, elegendo
nossa proposta, e essa proposta é de
independência.
Essas forças o elegeram, mas
sabemos da importância do Legislativo
e não existe a base do seu partido no
Legislativo. Como essa independência
vai se refletir nessa relação com a
Câmara de Vereadores?
Acredito na independência dos poderes
e defendo isso. Não vejo nenhuma
impossibilidade de governança nesse tipo
de relacionamento, muito pelo contrário, a
minha independência permite ao governo
ser parceiro de todos os vereadores, a
lógica é completamente revertida em
favor da população. Não tem nada a me
opor a qualquer iniciativa de qualquer
vereador e acredito que seja um ponto
positivo da gestão, porque vamos trabalhar
nesse sentido. Por outro lado, essa
manifestação da população compromete
também o Legislativo com um projeto de
governo, e não um projeto de poder, com a
apresentação e aprovação dos bons projetos
que pretendo apresentar. Acredito muito
nessa sinergia, na verdade resgatando uma
relação institucional que é original. Sim, a
relação original entre Prefeitura e Câmara
é essa, e não qualquer outra motivada por
ampla maioria, ou oposição e situação sob
o ponto de vista corporativo.
Essa postura vai se refletir também
na escolha do secretariado? Como um
“não político”, como o senhor, vai fazer
essa escolha?
Tenho total autonomia para fazer a
constituição do secretariado; liberdade,
independência e compromisso única e
exclusivamente com a administração
pública, com a administração da cidade e
execução do projeto de governo que nós
apresentamos.
Quais serão os critérios dessa
escolha?
Representatividade junto ao setor afim,
respeito pela sociedade, respeito pelos
servidores municipais da área, esses são
os critérios.
Podemos dizer que houve uma
inovação no modo de fazer campanha?
Resgate. Temos chamado de inovação
aquilo que na verdade é um resgate de
princípios.
E é possível inovar na administração
pública?
Não abro mão disso. Não abri mão da
inovação no processo eleitoral e não abrirei
mão no exercício do governo, com dedicação
especial aos princípios, aos valores, àquilo
que está aprovado pela população.
Entrando na área de projetos para
desenvolver a cidade, sabemos que
ela vem de situações de dificuldade,
com inúmeros gargalos herdados. As
deficiências do Ippul são um exemplo
disso. Existem projetos para alavancar
Londrina depois desses anos?
Vamos promover a reestruturação do
Ippul e também restabelecer o princípio
do planejamento de curto, médio e longo
prazo em todas as áreas da Prefeitura. Isso
é fundamental. Estamos vivendo agora, por
exemplo, o drama da falta das salas de aula,
de algo que é absolutamente previsível, que
poderia ter sido planejado e executado e
não foi. Esse tipo de circunstância não
pode mais acontecer, é algo que tem que
ser instituído pelo gestor de governo e é
isso que vamos fazer em todas as áreas. O
Ippul é um órgão fundamental no que se
“Acredito na independência
dos poderes e defendo
isso. Não vejo nenhuma
impossibilidade de
governança nesse tipo de
relacionamento, muito
pelo contrário, a minha
independência permite
ao governo ser parceiro
de todos os vereadores, a
lógica é completamente
revertida em favor da
população. Não há nada
a me opor a qualquer
vereador e acredito que
seja um ponto positivo
da gestão, porque vamos
trabalhar nesse sentido.”
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
ALEXANDRE KIREEFF
17
m “não político”
ão, com mais de 50% dos votos no segundo turno das eleições municipais. Com um discurso de dar a
udanças e por uma cidade que descanse um pouco das denúncias de corrupção e desvios de dinheiro.
essoas me vejam ao final desses quatro anos como o prefeito, o prefeito Alexandre Kireeff, nada além
m problemas financeiros, como mostra o novo prefeito nessa entrevista concedida ao Jornal da ACIL.
refere ao planejamento urbano da cidade;
vai ser valorizado e aparelhado para que
esse planejamento possa ser executado com
qualidade, evidentemente no horizonte de
quatro anos, porque para 2013, cá entre
nós, ele terá a dimensão de impacto que
teve este ano, porque ainda não haverá
como reestruturá-lo.
Fa l a n d o e m 2 0 1 3 , o s e n h o r te m
prioridades?
Implementar a gestão técnica, promover
as principais intervenções na área da saúde
e da educação e desencadear o processo
de desenvolvimento econômico, porque
assim nós teremos condições de garantir
a manutenção da assistência social, de
outros serviços públicos e de desencadear
o processo de reinício de investimentos
públicos na área de infraestrutura.
Alexandre Kireeff, prefeito de Londrina
E s s e p r i m e i ro a n o s e rá p a ra
reorganizar?
O primeiro ano será realmente de
reorganização da máquina pública, das
finanças, que não estão em uma situação
confortável, muito pelo contrário. Será um
ano de planejamento para implementar as
ações efetivamente a partir de 2014. O ano
que vem será um ano de muito trabalho
interno com expectativa de reorganização
da Prefeitura.
E vai dar para levantar debates
importantes, como o Arco Norte? Esse
é um projeto que terá a dedicação do
prefeito?
Sim, já coloquei muito claramente
minha posição sobre o Arco Norte, entendo
perfeitamente a dimensão do impacto que
o projeto pode causar, impacto positivo,
de criar novas soluções logísticas, de
pensar a logística capaz de desencadear o
desenvolvimento econômico. Esse aspecto
é fundamental para colocar Londrina em
condição diferenciada no Brasil. O Arco
Norte tem alguns pontos que precisam ser
enfrentados, e que todo mundo conhece,
que são a viabilidade econômica e a
sustentabilidade social e ambiental. Isso
também será enfrentado.
Mas o senhor vai “puxar” essa questão?
Nossa meta é realmente fazer com que
o Arco Norte aconteça aqui em Londrina.
O projeto tem um potencial gigantesco.
O horário do comércio é uma questão
que a ACIL discute há muitos anos e até
durante a sabatina ocorrida no primeiro
turno na entidade o senhor chegou
a dizer que, se houvesse demanda, o
debate poderia ser reaberto. Existe essa
possibilidade?
A flexibilização do horário do comércio
não é uma posição que possa ser tomada
unilateralmente; ela passa pelo acordo com
os trabalhadores do comércio. É preciso
haver esse entendimento, até porque
acabou de se discutir essa questão junto à
sociedade. Durante a sabatina, eu realmente
coloquei a minha dúvida em relação à
viabilidade econômica do processo, da
sustentação econômica da flexibilização do
horário do comércio. E a ACIL se colocou à
disposição para apresentar trabalhos nesse
sentido e serão sempre muito bem-vindos.
É fundamental entender que esse tipo de
questão tem que partir de todas as partes
envolvidas no processo, o patronato e os
funcionários. A partir desses princípios é
que se pode abrir novamente a discussão
no ambiente da Prefeitura. Agora, no
ambiente das representações de classe, é
fundamental que esteja em permanente
discussão o processo de desenvolvimento.
A última administração fez várias
intervenções no centro da Cidade,
retirando quiosques do Calçadão, o senhor
pensa em alguma revitalização para
esse espaço, podemos ter os quiosques
novamente?
Existe um recurso do BID de 21,4 milhões
de dólares que entre outras coisas prevê a
revitalização do Centro Histórico. Temos uma
reunião com o coordenador de projetos do
BID agendada para o dia 21 de novembro para
que haja o encaminhamento. Isso é ação da
gestão anterior que está se prolongando já
há muito tempo e tem uma série de trâmites
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
vai ser fruto exclusivo da ideia própria
do prefeito, sempre nós vamos seguir
rigorosamente a avaliação técnica e
orientação dos órgãos que de fato têm a
obrigação e capacitação para desenvolver.
que devem ser cumpridos e nós temos
monitorado para que eles sejam cumpridos.
Além de revitalização, de investimentos em
mobilidade urbana e na modernização da
gestão, existe a destinação de 5,4 milhões
para a revitalização do Centro Histórico.
Nesse sentido, aliado ao trabalho do Ippul,
nós pretendemos melhorar a condição do
Calçadão e outras áreas públicas.
Existem obras concretas previstas, o
que o senhor imagina para a área central?
Quem vai imaginar será o Ippul. Terei
a humildade de atender esse tipo de
trabalho criativo, de desenvolvimento,
de planejamento por especialistas. Nada
Isso chega ao Bosque também? Que
cuidados a arborização terá?
Nós temos na Lei Ambiental que prevê
a elaboração de um Plano Diretor de
Arborização e nós vamos cumprir. Nosso
projeto para o meio ambiente é baseado
na Lei Ambiental aprovada junto ao Plano
Diretor. É muito interessante, é muito bom.
Vamos fazer esse plano. Quem como eu,
morou na Rua Pernambuco, no quadrilátero
central, na infância, lembra-se muito bem
do nível de arborização que a gente tinha
aqui no centro. Londrina era extremamente
arborizada e isso foi se perdendo.
E pode ser resgatado?
Deve ser resgatado.
Alexandre, de certa forma o senhor já
está na história política de Londrina com
a eleição que saiu de 3 pontos percentuais
0,8%. Precisamente, 0,8%.
O senhor imaginou que chegaria em
primeiro?
Entramos para vencer. Acreditava nisso.
E o que Londrina pode esperar desse
prefeito que saiu do 0,8 e virou o jogo
aos 47 minutos do segundo tempo?
Não ficamos à frente em nenhuma
pesquisa, nenhuma delas apontou a nossa
vitória.
Qual será a marca Alexandre Kireeff?
Ao final dos quatro anos o que a cidade
vai entender dessa administração?
O que eu trabalhei em favor de Londrina,
com seriedade, honestidade e transparência,
motivado única e exclusivamente em trabalhar
em favor da cidade. Existe uma participação
cidadã nisso, me coloco como cidadão que em
um período da sua vida se dedica a trabalhar
pela própria cidade motivado pelo idealismo
dos princípios de participação, de cidadania.
É isso que eu quero fazer, sem nenhum tipo
de vinculação pessoal, mas com dedicação e
técnica, com os valores que fazem parte da
minha formação pessoal. E é isso, sem nenhum
tipo de expectativa maior: ser um prefeito
como se deve ser.
18
E como um prefeito deve ser?
Trabalhador, dedicado e honesto,
seguindo o planejamento, ouvindo as
pessoas, as instituições, a sociedade como
um todo, e devolvendo à sociedade esse
voto de confiança na forma de trabalho,
de realização em favor da cidade. Só isso.
Como sair desses quatros fazendo
história como foi feita durante a eleição?
Eu não tenho essa pretensão de ter uma
gestão emblemática, quero só ser o prefeito.
Ser um prefeito como está estabelecido na
Constituição. De fato é assim que todos
pensam, mas, por um momento, parece
que ninguém mais acreditava que fosse
possível. Na verdade, o que as pessoas
têm chamado de inovação é o resgate da
essência do processo político, que é uma
candidatura sem grandes coligações, mas
voltada ao projeto, aos princípios. Quero
que as pessoas me vejam ao final desses
quatro anos como o prefeito, o prefeito
Alexandre Kireeff, nada além disso.
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
COLUNA DA ACIL
Parceria com IBM traz descontos a
empresários de Londrina
Comprar equipamentos de informática e tecnologia, seja hardware ou software,
está mais acessível a empresários e empreendedores associados à ACIL. A associação
fez uma parceria com a IBM e dessa união surgiu um portal exclusivo de acesso
aos associados. Nele os empresários podem comprar computadores, notebooks,
processadores, sistemas de gestão e segurança, soluções para armazenamento de
dados, back up, dentre outras novidades tecnológicas oferecidas pela IBM.
Para ter acesso aos produtos e preços é preciso retirar um login e senha na entidade.
Isso pode ser feito por telefone (3374-3003). A IBM é mais uma das muitas parceiras da
ACIL, que busca realizar ações em prol do empresariado e de Londrina. “Aqui gostamos
de realizar ações que caminham de mãos dadas, que é base do associativismo. Essa
parceria com a IBM vai permitir que os associados adquiram produtos tecnológicos
com preços mais acessíveis, melhorando a competitividade deles no mercado”, diz
Flavio Balan, presidente da ACIL.
O link para acessar o portal ACIL/IBM já está disponível no site da entidade.
O endereço é: www.acil.com.br/consultas. O acesso aos descontos é exclusivo a
associados da entidade.
No dia 29 de outubro, a ACIL recebeu a visita de Pedro Germano
da Lima Neto, executivo da Regional Sul da IBM Brasil: novas
parceiras à vista
ACIL discute garantias de crédito em
Fórum Iberoamericano
O presidente da ACIL, Flavio Montenegro Balan, participou nos dias 24 e 25
de outubro do XVII Fórum Iberoamericano de Sistemas de Garantias de Crédito. O
evento foi realizado em Buenos Aires e reuniu cerca de 400 participantes de 20 países
da Península Ibérica e da América Latina. Palestras com autoridades nacionais e
especialistas em financiamento foram espaço para o compartilhamento de informações
sobre os sistemas de garantias de crédito e uma oportunidade de definir estratégias
e buscar soluções que aumentem a competitividade das micro e pequenas empresas.
“A nossa participação foi produtiva, pois com as experiências trocadas com as SGCs
iberoamericanas avançaremos nos nossos processos, saltando algumas etapas já
alcançadas por elas”, disse Balan.
Durante as seções do Fórum, foram abordadas a realidade, a problemática e
as perspectivas dos sistemas de garantia de crédito com o objetivo de destacar
as melhores práticas e incentivar a criação de novos projetos. “Várias entidades
brasileiras participaram do fórum”, relatou o presidente da ACIL. “Decidimos criar
uma associação brasileira de SGCs, o que reforça o nosso compromisso com a garantia
de crédito aos empreendedores.”
Flavio Balan esteve em Buenos Aires para discutir os
Sistemas de Garantias de Crédito
20
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
Encontro de Negócios para Empresas de
Software supera expectativas
Aproximar os profissionais do comércio varejista e das empresas produtoras de
tecnologia da informação. Essa foi a ideia principal do “1° Encontro de Negócios de
Empresas de Software com Comércio Varejista” promovido pela ACIL e pelo Sebrae/
PR no dia 25 de outubro. O evento reuniu profissionais dos dois segmentos para
promover a troca de informações. “O nosso objetivo foi fazer com que os empresários
do comércio varejista conhecessem melhor os produtos desenvolvidos para o seu
negócio e que, em um segundo momento, isso pudesse gerar a aquisição de novos
sistemas que contribuam para um ganho de competitividade”, destacou o gestor de
projetos do Sebrae/PR, Joel Franzim Junior.
Foram oito empresas de Londrina apresentando seus produtos, como softwares
para melhorar a segurança, gestão de loja, automação, emissão de cupom fiscal e
ponto eletrônico, para cerca de 60 empresários do setor varejista. De acordo com o
gestor de projetos do Sebrae/PR, o evento superou as expectativas.“O retorno está
sendo significativo não só pelo volume de participantes, mas também pela qualidade
dos atendimentos”, afirmou Franzim.
Encontro aproxima empresários e empresas de software
21
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
INTERNET & REDES SOCIAIS
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Mundo virtual, sucesso real
Capacitação, conscientização e muita informação pontuaram a
importância de ingressar corretamente no ambiente online, durante a
realização da 1ª Semana do Empreendedorismo Digital, na ACIL
Conrado Adolpho, 8P’s
Gustavo Santos, Ecommerce School
Kalinka Amorim
Especial para o Jornal da ACIL
Uma nova era composta por dispositivos
móveis, arquivos em nuvens e disseminação
de conteúdo nas redes sociais. As novas tecnologias não são egoístas a ponto de serem
as únicas a inovar. Junto com elas, arrastam
as mudanças tecnológicas, seguidas de mudanças sociais, políticas e culturais. Essa foi a
tônica debatida por especialistas na 1ª Semana
do Empreendedorismo Digital, realizada pela
ACIL em parceria com a ABRADi- PR, no final
de outubro. E-commerce, otimização dos
mecanismos de busca do Google, dicas de
como construir e atualizar os websites, informações sobre links patrocinados e adwords,
monitoramento social, web metrics, e os 8Ps
do marketing digital foram alguns dos temas
abordados.
A explosão de redes sociais que teve
seu início em 1997 e ganhou força nos
últimos anos, deve se estender por uma
década, e mexer com a estrutura das
Ana Carolina, K2 Comunicação
Semana do Empreendedor Digital supera as expectativas
empresas, principalmente as de varejo.
Essa é a opinião de Agostinho Villela,
gerente do Centro de Clientes da IBM
Brasil. Durante a palestra “Informação
Inteligente – CRM – Business Analytics and
Optmization (BAO)”, Villela revelou dados
que, se gerenciados de forma inteligente,
podem alavancar resultados e tornar as
empresas cada vez mais competitivas.
Para o executivo da IBM, a terceira fase da
Internet, a Web 3.0, trouxe para o mercado
uma explosão de informações que colidem
para formar uma revolução de ruptura e de
transformação. “Por dia o Facebook produz
10 terabytes de conteúdo, o Twitter sete,e,
no mundo existem 4,6 bilhões de celulares
espalhados que se conectam instantaneamente na rede. A realidade de se viver
em mundo integrado e interconectado é
que a cada década serão produzidos 50
vezes mais dados e conteúdo. Esses dados
são previstos com base em estudos de
renomadas instituições como The Guardian, IBM Institute for Business Value,
IBM CIO Study 2010, TDWI, etc.”, revela. O especialista considera que as empresas
devem pautar suas decisões a partir de fatos
concretos, com base na ciência analítica. “A
tecnologia está permitindo que tenhamos
um planeta mais inteligente, um mundo
mais instrumentado, interconectado,
inteligente.Viver num mundo integrado,
interconectado e repleto de informações
requer novas formas de gerenciamento,
uma vez que as informações definem uma
nova onda de possibilidades”, considera. Essa explosão de informações, conforme
ele, cria uma nova necessidade, a de se usar
a inteligência da ciência analítica em favor
dos negócios. “Esse assunto é muito importante para o mundo do varejo”, afirma. “Os
empresários podem ter na ciência analítica
a chave que abre e dispara os resultados no
que tange à competitividade. Empresas que
guiam seus negócios baseadas em dados
analíticos têm chances muito maiores de
prosperar do que aquelas que se norteiam
por feeling, intuição e achismos”, pondera.
Villela cita, por exemplo, que 83% do CIO’s
de empresas competitivas, citam o business
Sheila Dal Ry, Dal Ry Consultoria
intelligence e análise como ferramenta
estratégica para melhorar a produtividade.
Mudança de mercado
Planejar, estruturar e depois agir. Essas
são as dicas que as consultoras em marketing digital Sheila Dal-ry Issa, da Dal-Ry
Consultoria, que proferiu a palestra “Monitoramento Social e Web Metrics”, e Camila
Porto de Camargo, da pontocomteudo.com,
deixam àqueles que querem obter sucesso
em seus negócios. “Cada vez mais a Internet
está presente na rotina do brasileiro. A
comodidade e a facilidade ao acesso rápido
nas informações mudaram a forma de nos
relacionarmos, consequentemente mudou
a forma de consumir. Por esses motivos,
para que uma empresa se mantenha competitiva ela deve ter uma presença on-line
estruturada e, não apenas um site ou um
perfil criado nas redes sociais. É preciso
elaborar sua estratégia com foco na necessidade de seu cliente”, argumenta Sheila.
Camila Porto de Camargo, que discorreu
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
Agostinho Vilela, da IBM: “Empresas
que guiam seus negócios baseadas
em dados analíticos têm chances
muito maiores de prosperar do que
aquelas que se norteiam por feeling,
intuição e achismos”
sobre “Redes Sociais e Negócios”, vai além.
Ela explica que as redes sociais são o tema da
moda, mas que a falta de foco de muitas empresas pode prejudicar o posicionamento
nesses canais. “Muitos empresários pensam
que ter uma conta no Facebook ou Twiter é
algo inovador, mas fazer a mais é entender
como os consumidores mudaram e como
sua empresa pode atendê-los”, afirma.
Para a especialista, muito se fala em
inovação, mas na prática não é isso que
ocorre. “As empresas que são tidas como
exemplo nessa área continuam praticando
exclusões. Seja com os funcionários, com o
meio ambiente, com a ética. Penso que ser
moderno seja estar de acordo com as novas
demandas da sociedade”, aponta. Para ela,
na atualidade as empresas não têm mais escolha de estar ou não presente no ambiente
virtual. “A questão é como fazer isso bem.”
Nova visão
Estar presente no mundo virtual, conhecer as estratégias corretas que devem
ser utilizadas e, principalmente, saber que
a Internet é uma ótima ferramenta que pode
Camila Papali,
gerente de mídias
sociais da Züe:
“Era necessário
sair de Londrina
para buscar
aperfeiçoamento
nessa área. São
Paulo era o local
mais próximo. Hoje
a ACIL possibilita
isso”
e deve ser utilizada pelos empresários, seja
através de um website, de redes sociais ou
de aplicativos. Essa é a visão que a ACIL
pretendia e conseguiu repassar durante a
1ª Semana do Empreendedorismo Digital.
“Queríamos mostrar para o empresário
que algumas ferramentas do ambiente
on-line podem trazer bons negócios, novas oportunidades. Os empresários estão
muito acostumados a fazer negócios nos
canais de vendas tradicionais, com a mídia
tradicional e esse evento trouxe um novo
olhar”, considera a gerente de mercado da
ACIL, Maria Fernanda Beneli Vicente.
Para ela, é possível que o empresariado
trabalhe e obtenha ótimos resultados com
o Google, as redes sociais, e-commerce e
e-mail marketing. “Basta saber que rede Social não é sinônimo de qualquer postagem.
A informação tem que ter conteúdo e deve
ser elaborada por um profissional que tenha
habilidade para escrever e saber qual é o
momento de utilizar humor ou de ser mais
sério. Saber que não se pode brigar com
cliente pela Internet e isso é mais comum do
que se imagina”, exemplifica. “Imagino que
cada empreendedor ame suas marcas, por
isso devem ter esses cuidados”, recomenda.
Em todas as palestras do evento participaram em média 120 a 130 pessoas. “Como
são temas variados, dentro do segmento
digital, era possível não agradar a todos os
gostos, mas isso não ocorreu. O feedback foi
muito bom. O conteúdo apresentado será
muito válido para o empresário aplicar no
dia a dia da empresa”, analisa.
Tamanha foi a receptividade que a
segunda edição já tem data prevista para
ser realizada. Ela revela que a partir de
agora outubro entra no calendário oficial
de eventos da ACIL como o mês do empreendedorismo digital. Mas como os assuntos
digitais mudam com uma velocidade considerável não será possível esperar todo
esse tempo para colocar o papo em dia.
“Por esse motivo, no primeiro semestre,
provavelmente em janeiro, realizaremos
Vinícius Fiuza,
planner de
comunicação e
mídia da WSI:
“O evento foi
bom porque
possibilitou que
os empresários
tivessem acesso
a essa nova
realidade que a
internet ajudou a
construir”
um evento menor, um seminário ou um
workshop, com duração de três dias para
reunir os empreendedores digitais, empresários e profissionais do ramo”, garante.
Encontros informais, cursos pontuais e
algo incompleto. Essa era a realidade oferecida aos empresários, empreendedores
digitais e profissionais da área na cidade de
Londrina, antes da 1ª Semana do Empreendedorismo Digital, como conta a jornalista
Camila Papali. Há dois ela gerencia as redes
sociais da Züe Roupas Femininas. “No início
tudo era muito difícil, principalmente o
cenário local para capacitação profissional.
Era necessário sair de Londrina para buscar
aperfeiçoamento nessa área. São Paulo era
o local mais perto. Hoje a ACIL possibilita
isso”, afirma. “Esse evento ajudou a abrir
a mentalidade dos empresários. E nós,
profissionais, não precisamos sair daqui
para nos aperfeiçoar. Isso é muito importante para o segmento”, comemora. Ter uma
visão sistêmica da empresa, diz ela, ajuda
bastante a usar as mídias sociais de forma
correta. “Precisamos saber o que o cliente
quer para poder interagir corretamente
com ele”, afirma.
O planner de comunicação e conteúdo
na WSI Marketing Digital, Vinícius Fiuza
também considera o evento essencial
para a cidade. “Londrina estava carente
de informação nesse setor, principalmente
23
para os micro e pequenos empresários.
O evento não só foi importante como é
necessário que essa conscientização do
empresariado sobre atualizações da área
continue ocorrendo. Contamos com a ACIL
para isso, sempre”, diz.
Ele conta que os profissionais de
Londrina já atingiram um nível bom, são
capacitados e atendem empresas de grande
porte que não estão localizadas aqui. “A
WSI, uma empresa multinacional, veio para
cá justamente pelo potencial que Londrina
tem a oferecer. O nível dos profissionais não
estava compatível com o nível de informações do setor e o evento foi bom porque
possibilitou que os empresários tivessem
acesso a essa nova realidade que a internet ajudou a construir. Nós, profissionais
de marketing digital, oferecemos serviços
e o empresariado passa a entender que
é importante, é bom e que toda empresa
precisa disso.”
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
24
Cartão garante o uso de vagas especiais
Pessoas com mais de 60 anos ou com alguma deficiência motora têm
direito a 5% das vagas de Londrina
Karina Constancio
ACIL
Para garantir o acesso de idosos às vagas
exclusivas no estacionamento, a Prefeitura de
Londrina disponibiliza desde 2010 e de forma
gratuita um cartão que autoriza o uso desses
espaços. A Lei Federal 10.471 estabelece que
5% das vagas da cidade são destinadas a
pessoas com mais de 60 anos ou com alguma
dificuldade de locomoção, inclusive as vagas de
estabelecimentos comerciais, como shoppings
e supermercados.
Para estacionar nas vagas reservadas,
o idoso não precisa necessariamente ser o
condutor do veículo, basta que ele esteja
dentro do carro. O motorista, porém, deve
deixar o cartão sobre o painel de forma visível.
De acordo com o capitão Diógenes, diretor de
trânsito da CMTU, a fiscalização é feita pelos
agentes de trânsito. “Eles vão verificar se o
carro estacionado está com o cartão no painel
e também vão confirmar a autenticidade do
mesmo. Se houver alguma irregularidade,
o motorista pode sofrer uma notificação
considerada grave, o que equivale a uma multa
de 127 reais”, afirma.
A recomendação para o idoso que ao tentar
estacionar em uma vaga exclusiva, vê um
motorista de forma irregular usando o local é
imediatamente solicitar o agente de trânsito
mais próximo ou entrar em contato com a CMTU.
Diógenes explica que a legislação estabelece
a possibilidade de fiscalização em todos os
ambientes, mesmo sendo privados. “Esses
locais, apesar de serem restritos, são de
circulação constante”. De acordo com ele, a
CMTU está tentando uma negociação com os
donos de estabelecimentos comerciais para
melhorar a sinalização das vagas e estabelecer
um tempo máximo de utilização do local.
Claudio Ranieri, do Conselho Municipal
do Idoso, reforça a importância do cartão
e também concorda com a fiscalização das
irregularidades também nos estabelecimentos
privados. “Curitiba tem esse modelo há 3 anos e
nós estamos lutando por isso aqui em Londrina”.
O capitão Diógenes explica que o maior
problema é o desrespeito. “As pessoas utilizam
indevidamente as vagas, sem a preocupação
com as pessoas que realmente precisam desse
direito. Outro problema, é a permanência
em tempo prolongado, o que dificulta a
rotatividade”. Para tentar reverter a situação,
a CMTU está programando campanhas
para divulgar informações e promover a
conscientização do motorista que ainda insiste
em usar as vagas exclusivas.
Ranieriressaltaquealémdaconscientização,
deve haver uma fiscalização mais incisiva.
“Precisamos que as multas sejam realmente
aplicadas”. Para ele, respeitar as vagas é uma
questão de lógica. “Tem que ter respeito com
as pessoas, não deve existir outra alternativa”.
Desde o início do credenciamento, foram
requeridos 5 mil cartões. Quem ainda não fez
o pedido, deve se dirigir a CMTU, portando
identidade, CPF e comprovante de residência. Lá
mesmo é feito o cadastro para receber o cartão.
De acordo com o capitão Diógenes, o processo
normalmente é rápido, mas dependendo da
demanda pode demorar um ou dois dias.
Mais informações podem ser obtidas pelo
telefone 3379-7900. A CMTU fica na Rua
Professor João Cândido, 1213.
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
25
Fim de mandato, saldo positivo
Avaliação é feita por vereadores atuantes que fizeram diferença nos
episódios mais polêmicos vividos pela atual legislatura
Betânia Rodrigues
Especial para a ACIL
O turbilhão de escândalos políticos
que sacudiu Londrina nos últimos anos
serviu – pelo menos – para cobrar da
Câmara seu papel de fiscalizadora do
Executivo. Neste período, foram instaladas
cinco Comissões Especiais de Inquérito
(Transporte Coletivo, Guarda Municipal,
Saúde, Centronic e Educação) mais
duas Comissões Processantes (CPs) que
investigaram denúncias contra o vereador
Rodrigo Gouvêa (PTC) e o prefeito Barbosa
Neto (PDT).
O primeiro foi absolvido pelo plenário
da acusação de favorecer empresários
em projetos de mudança de zoneamento.
Porém, o segundo não obteve a mesma sorte.
Barbosa Neto foi cassado, no final de julho
deste ano, por improbidade administrativa
relativa aos contratos entre a prefeitura e
a empresa de vigilância Centronic.
Na opinião do presidente da Câmara,
Rony Alves (PTB), fiscalizar os atos do
prefeito e sua equipe é função precípua
do vereador. “Caso descubra algo ilícito
e coloque à tona, ele estará cumprindo
seu papel e o que fizer além é lucro”,
acrescentou. Assim como ele, os vereadores
Lenir de Assis (PT) e Antenor Ribeiro (PSC)
acreditam que a atual legislatura honrou
seu compromisso com a sociedade não
deixando nada “sob o tapete”.
Ainda com relação à tarefa fiscalizadora
do Legislativo, eles concordaram – em
entrevistas separadas – que a atuação
do Ministério Público colaborou com o
trabalho das CEIs e CPs, embora sejam
poderes independentes e autônomos.
“Houve uma época em que o Ministério
Público praticamente não existia. É muito
importante o entrosamento entre os
promotores e vereadores, principalmente,
quando a Câmara encontra dificuldades
em obter informações consistentes da
prefeitura. Vejo que esta relação mostrou-se
eficiente e benéfica para a comunidade e
assim deve continuar”, comentou Ribeiro,
que foi vereador em seis mandatos.
Entre os três entrevistados, ele foi o
único que não se reelegeu. Comunicador
experiente, Ribeiro acredita que o
afastamento das emissoras de rádio e
televisão, nos últimos anos, prejudicou sua
campanha. Porém, ele não admite tristeza.
Afirma que sempre deixou Deus guiar sua
vida e que a nova missão será ajudar o
diretório municipal do PSC a encontrar
um novo rumo. O partido sofreu com a
queda de José Joaquim Ribeiro (vice de
Barbosa Neto), réu confesso em um caso de
corrupção, e depois perdeu o ex-secretário
de Obras, Marcelo Theodoro, que preferiu
sair de cena para evitar respingos.
Lenir de Assis e Rony Alves estão
entre os oito vereadores reeleitos para
o mandato 2013-2016. Onze dos atuais
vereadores não obtiveram o sucesso nas
urnas. Seguindo o raciocínio da petista,
este resultado – provavelmente – está
ligado à maior exposição da Câmara nos
veículos de comunicação que realizam
a cobertura jornalística do Legislativo e
à rede criada nas mídias sociais (como
destaque o Facebook). “Na campanha de
2008, sentia que o desejo maior do eleitor
era pela renovação da Câmara. Desta
vez, em função das irregularidades que
cassaram um prefeito e levaram à prisão
vereadores, secretários e empresários,
a população mostrou-se preocupada
com a saúde, educação e outros serviços
imprescindíveis ao dia a dia e que foram
alvo de investigações”, lembra.
Apesar disto, os vereadores acreditam
que ainda há muito para fazer pela
consciência política do londrinense. Quando
solicitados a opinarem sobre o trabalho
da imprensa, nossos vereadores fazem
elogios e enfatizam a importância que o
Observatório de Gestão Pública representa
para a transparência no poder público.
Mesmo assim, algumas pessoas insistem
na manipulação das opiniões. Comparando
a legislatura atual às anteriores das quais
participou, Antenor Ribeiro denuncia uma
`maquiagem´ de números legalizada pelo
Regimento Interno da Câmara Municipal de
Londrina. “Tem vereador que faz questão
de assinar todo requerimento e projeto em
conjunto, mesmo quando não conhece o
problema, para dizer que é autor de não sei
quantas mil iniciativas e mostrar um serviço
que ele não faz. Isto é um parasitismo que
me surpreendeu nesta volta à Casa”.
A dois meses do final deste mandato, o
Legislativo precisa resolver o que fará com
os dois últimos projetos complementares ao
Plano Diretor que ainda não foram votados.
Uso e Ocupação do Solo (Zoneamento)
e Sistema Viário carecem de audiências
públicas e prováveis emendas antes de
submetidos ao plenário.
Lenir de Assis acha que – pelo menos –
o projeto de zoneamento deve ser votado
em função das cobranças que a Câmara
recebe. Antenor Ribeiro acha que é possível
votar ambos se houver vontade política.
Julgamento de Barbosa Neto: momento histórico da
Câmara de Vereadores
No entanto, Rony Alves adianta que –
dificilmente – isto será possível. De acordo
com ele, o projeto sobre Uso e Ocupação do
Solo voltou ao Legislativo, semana passada,
sem as correções técnicas necessárias.
“Nós temos um Plano Diretor vigente
desde 2008. O que estamos discutindo é
sua atualização. Precisamos conversar e
decidir o melhor caminho”, sentenciou o
candidato à reeleição para a presidência
da Mesa Executiva.
Para 2013, a Câmara prevê a reforma
do plenário e a construção de um anexo
que redistribuirá seus departamentos e
gabinetes. O aumento da bancada feminina
com a volta da ex-vereadora Elza Correia
(PMDB) é considerado positivo por todos.
Em contrapartida, a chegada de membros
jovens é vista com expectativa e sem
comemoração.
– Leia e comente o blog
www.omonitordacamara.com.br
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
Bons tempos aqueles
em que a ocasião
fazia o ladrão, mas
não havia um ladrão
para cada ocasião.
Com a zorra que é a segurança pública no Brasil, o crime
nem precisa ser organizado.
...
Esse pessoal que reclama muito da imprensa na verdade
só é a favor da liberdade de expressão de contentamento.
...
É sempre melhor encontrar uma bala perdida do que
ser encontrado por ela.
...
Guarda-chuva em dia de sol e honestidade na política
são coisas que se pode esquecer com muita facilidade.
26
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
ARTIGO
27
Gestão: efetividade e ética
Por Paulo Varela Sendin
A empresa de sucesso é aquela que
cumpre com seu objetivo de gerar lucros. E
o bom gestor é aquele que conduz a empresa
ao sucesso. Dito isso, ser gestor parece fácil...
O grande problema do gestor, no entanto,
não é o “chegar lá”, mas sim o “como chegar
lá”... Um bom mestre para nos orientar nessa
caminhada em direção aos nossos objetivos
é, com certeza, o Apóstolo Paulo. Ele foi
um grande empreendedor, pois divulgou o
Cristianismo e organizou a Igreja Cristã em
seus passos iniciais, estruturando-a em grande
parte do mundo “civilizado” da época. Para
aprender com Paulo as lições básicas de como
ser um bom gestor, é interessante ver o que ele
disse quando estava quase “se aposentando”...
Em uma das cartas que ele escreveu a
um de seus discípulos (sim, Paulo também se
preocupava em formar novos líderes para a
continuidade da “empresa”) ele resumiu sua
vida dizendo: “Combati o bom combate,
completei a carreira e guardei a fé”.
Essa frase é uma ótima definição
dos valores que devem nortear qualquer
empreendimento.
Em primeiro lugar ela afirma que
devemos “combater o bom combate”, ou
seja, a vida é dura e exige muito trabalho e
mesmo sacrifícios. O empreendimento não se
desenvolve se não houver dedicação, força de
vontade e disposição para superar os desafios
que se apresentam. E esse combate tem de ser
bom e não algo que detestamos fazer.
Em seguida Paulo nos orienta a que
“completemos a carreira”, ou seja, que
cheguemos realmente ao final. De nada
adianta “combater o bom combate” se não
conseguirmos atingir os objetivos. A carreira
tem que estar completa e não pela metade. E,
como em um empreendimento esse final para
o empreendedor não é o final para a empresa, é
preciso que, como Paulo, busquemos a formação
de novos líderes para dar continuidade e
sustentabilidade à organização.
Por fim, Paulo recomenda que “guardemos
a Fé”. Assim, ao combater o bom combate e
chegar com êxito aos resultados, é essencial
que valores maiores sejam respeitados e
mantidos. Se a trajetória do empreendedor
não levar em conta suas crenças fundamentais,
sua Fé, de nada adiantam os resultados
em termos do futuro e da perpetuidade do
empreendimento. Talvez seja este o conselho
de Paulo mais difícil de seguir. Alguns
empreendedores podem até ser bons em
“completar a carreira”, mas seus combates nem
sempre são positivos e os valores básicos são
esquecidos na gestão da empresa.
Extrapolando essas imagens da empresa
privada para o setor público, as orientações
de Paulo continuam perfeitas. Até porque a
“organização Igreja Cristã” tinha (e esperamos
que ainda tenha...) objetivos mais sociais do
que privados. Assim, o tradicional político cujo
lema é “rouba, mas faz” está pecando por não
“combater um bom combate” e mais ainda,
por não “guardar a fé”.
É imprescindível, portanto, que, tanto nas
empresas como no setor público, tenhamos
gestores que consigam levar a organização
a atingir seus objetivos de forma adequada
e, principalmente, respeitando os valores
éticos.
Paulo Varela Sendin é engenheiro
agrônomo, pesquisador e membro do Núcleo
de Desenvolvimento Empresarial/Fórum
Desenvolve Londrina.
NOVOS
JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012
28
ASSOCIADOS
COM/SERVIÇOS
MATERIAIS ESPORTIVOS
Redefit Aparelhos de Ginástica
R. Pernambuco, 1.253
PAINÉIS
Acrílicos Londrina
R. Guaiuvira, 391
PEÇAS DE AUTOMÓVEIS
Auto Vidros Sport
R. Tietê, 1.515
Barda Som
Av. Winston Churchill. 945
POSTO DE COMBUSTÍVEL
Araguaia Auto Posto
R. Araguaia, 1.089
CONFECÇÃO E COMÉRCIO DE VESTUÁRIO
Bem Vestit
R. Brasil, 649, sala 6
Flor Morena
Av. Robert Koch, 267
PAPELARIA
Eureka Store
Av. Maringá, 904, sala 2
FERRAGENS E MADEIRA
Soraya Aparecida Cerqueira Felipe
R. Itu, 84
SUPERMERCADOS
Supermercado Alvorada
R. Elias Daniel Tatti, 1.253
LOUÇAS
Porcelanas Schmidt
Av. Higienópolis, 1.362
Supermercado Oliveira
Av. Jules Vernes, 410
Parofiko Modas
R. Mangaba, 143
Styllo Moderno
R. Centenário do Sul, 98
VIDRAÇARIA
Vidraçaria Box e Cia
Av. Francisco Gabriel Arruda, 155, sala 3
COMÉRCIO
DECORAÇÃO
Di Decor
R. Prefeito Hugo Cabral, 577
APARELHOS ELÉTRICOS
Soltek Distribuidora
Av. Dez de Dezembro, 1.342
DOCES
Plast Fort Embalagens
Av. Saul Elkind, 1.777
ARTIGOS E APARELHOS DE SAÚDE
Casas dos Hospitais
R. Sergipe, 1.156
ELETRODOMÉSTICO
Sunerg Com. De Aquecedores
Rod. Carlos João Strass, 4.317
Fisiosan Comércio de Aparelhos Fisioterápicos
R. Francisco Claret de Rezende, 274
ELETRÔNICA
Eletro FM
Av. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, 254
ARTIGO PARA PRESENTES
Tulipa Presentes
Av. São João, 1.083, loja 1
ARTIGOS DOMÉSTICOS
Cia da Limpeza
R. Seido Oda, 28
FARMÁCIA
Farmácia Ouro Verde
Av. Winston Churchill, 1.493
MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO
Depósito São Miguel
Av. Francisco Gabriel Arruda, 1.540
Portobello Shop
R. Ayrton Sena, 850, loja 5
BRINQUEDOS E ARTIGOS RECREATIVOS
Arte e Cores
R. Mangaba, 302
MERCADO
Mercado Costa Comércio
R. Pompeu Soares Cardoso, 650
CALÇADOS
Casas Ajita Shopping
Av. Américo Deolindo Garla, 244
Mercado São Jorge
R. Oraldo Waldemar Sproger, 324
Fiorelli Calçados
Alameda Manoel Ribas, 60, sala 4
COMÉRCIO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
Eco Frutas
Eco Mercado Palhano, Rua João Huss, 74
Pão Puro II
R. Prefeito Hugo Cabral, 971
Juliano Macoto Sakama
R. Pio XII, 355
COSMÉTICOS E PERFUMARIAS
Ana Paula de Barros
R. Uruguai, 1.190
ARTESANATO
Kawai
Praça Sete de Setembro, 84
Maxxpan Panificação
R. Acre, 309
MÓVEIS
Barão Móveis
Av. Guilherme de Almeida, 2.245
Delliplan
Av. Robert Koch, 786, sala 4
VENDEDOR AMBULANTE
Eliane Rina Rossitto
Av. das Américas, 290
SERVIÇOS
AGÊNCIA DE EMPREGOS
Employer
R. Senador Souza Naves, 282, sala 502
AGÊNCIA DE PROPAGANDA
Pubblicitá Comunicação
R. Euclides da Cunha, 364
AGENTE DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
London Marcas e Patentes
Av. Juscelino Kubitscheck, 3.280
AGÊNCIA DE TURISMO
Max Joven
R. Tupi, 223, loja 4
ASSESSORIA E CONSULTORIA
Elos Conexão Empresarial
R. Montese, 163, sala 501
ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE
Escritório Fiel
R. Paraíba, 47
EVENTOS E FESTAS
Guilherme Cardoso Marconi
R. Alagoas, 1.674
IBTD Desenvolvimento Profissional
R. Almirante Barroso, 182
FACÇÃO
Evanir Pereira Aleixo Ferreira
R. Dr. Antônio Stocchero, 56
FACTORING
Seven Securatizadora
Av. Santos Dumont, 1.610, sala A
INFORMÁTICA
Prepara Cursos Profissionalizantes
R. Pernambuco, 229, 2º andar
MARKETING DIRETO
Barbara Bernardes de Souza
R. Pero Vaz de Caminha, 120
DBO Marketing
R. Talita Bresolin, 1.139, sala 4 – Apucarana
Otavio Manoel do Rosario Leite
R. Aurea Erthal Sorace, 126 A
ODONTOLOGIA
Paulo Roberto Gutierrez Junior
R. Quintino Bocaiúva, 180, sala 901
PINTOR
Carlos Alberto Antônio Viana
R. Guarapuava, 45
PROFESSOR
Eline Andrea Dornelas
R. Piauí, 1.404
Plantrade Consultoria e Treinamentos
Av. Engenheiro Francisco Rodolfo Smich, 295 –
Porto Alegre (RS)
SERVIÇO DE ESCRITÓRIO
Aldeia Coworking
R. Belo Horizonte, 1.037
CABELEIREIROS
Elizangela Estética e Cabelo
R. Santa Catarina, 86, sala 201
TRANSPORTADORA
Paulo Rogério Mattos
R. Dario Veloso, 882
Instituto de Beleza Pink
Av. Winston Churchill, 750
OUTROS
Angra Gerenciamento
R. Santiago, 581
Terezinha de Fátima de Almeida
R. Vital Ferreira Chagas, 700
CONSULTORIA, ASSESSORIA E
ADMINISTRAÇÃO
DER Negócios
R. Dr. Elias Cesar, 1.306 – Ed. City Hall
Ultracomex Assessoria em Importação e
Exportação
R. General Tasso Fragoso, 204, sala 1
CONTABILIDADE
Planej Contabilidade
Av. Saul Elkind, 1.065, sala 3
Mercado 2 Corações
Av. Aracy Soares Santos, 727
ÓTICA E RELÓGIOS
Ótica Boni
R. Piauí, 399, sala 12
Mercado Grande Família
R. Durval Fernandes, 93
Ótica Visoflex
R. Mato Grosso, 1.435
ELETRICISTA
Leandro Aparecido Roque
R. Antonio Cotarelli, 100
COMÉRCIO DE TINTAS
Camero Tintas
R. Cajarana, 433, sala 102
PANIFICADORA E CONFEITARIA
Isabela Yenes Doces Finos
Av. Pandia Calogeras, 37
ESCOLA DE IDIOMAS
Anglo Tradutor
Av. dos Pioneiros, 1.100
Isael Mercosul
R. Prefeito Faria Lima, 400
Luis Fernando Mescua Cardoso
R. Emma Anna Oldemberg Astafieff, 153
Vale Sorte
Av. Paraná, 21
IND/COM
CONSTRUÇÃO EM GERAL
Blokset Blocos e Pavers
Av. Liberdade, 80
SORVETES
Sorveteria Primo
R. Aliomar Balleiro, 26
EDITORIAL
OS MELHORES DO MERCADO | Uma das missões da
APP Londrina é capacitar e valorizar o talento na criação
publicitária. O APP Markmídia vem cumprindo a sua função
de ressaltar o que melhor se produz em Londrina aos olhos
do maior mercado nacional da propaganda, formado pelos
profissionais que atuam na capital paulista. Boa leitura!
INFORMATIVO
GESTÃO
:
Edifício Twin Business Tower
Av. Tiradentes, 501 - Térreo - Box 10
86070-545 Tel [43] 3329 5959
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paraleloz.com.br
ºPRÊMIO APP

MARKMÍDIA DESTACA
PRODUÇÕES LOCAIS
Na edição de , foram inscritas  peças publicitárias
por  agências. Os trabalhos vencedores tiveram como
destaque a criatividade e a inovação
N
O ÚLTIMO DIA 5 de novembro, 25
peças de publicidade veiculadas
em Londrina de 01 agosto de 2011
a 31 julho de 2012 foram premiadas na
9ª edição do Prêmio APP Markmidia.
Um total de 315 trabalhos inscritos no
Prêmio foram julgados por profissionais
de agências paulistanas convidados pela
APP Londrina. O anúncio dos vencedores
aconteceu no Teatro Marista em uma
cerimônia customizada com o mote
da campanha do Prêmio “Bota Fé APP”,
coordenada pela equipe da Via Mundo
Eventos.
Para Alessandro Cesário, diretor da APP
e coordenador técnico do prêmio, a edição
de 2012 teve como destaque a participação de novas agências, que trouxeram
novas ideias para as produções. “Vimos
que o jeito de fazer propaganda mudou
e as fórmulas de antes não funcionam
mais hoje”, afirma.
Segundo Cesário, um recurso para essa
inovação é a criação de vínculos com o
receptor da mensagem, na transmissão de conteúdos que emocionam. “As
empresas que estão caminhando nesta
direção conseguiram se sobressair das
demais. Isso não significa que há somente esse jeito de obter sucesso, mas não se
pode negar essa tendência”, considerou.
Spartaco Puccia, diretor da APP, apontou a demanda significativa por conteúdos publicitários em novos formatos
mostrados nos trabalhos premiados, com
ênfase nas ferramentas tecnológicas. “O
mercado está muito atento às grandes
transformações que agreguem criatividade e inovação. Os clientes também
estão atentos a isso e apostam em novos
formatos porque querem que suas
marcas sejam percebidas num ambiente
inovador”, destacou.
Tiago Gaum, diretor da Ogilvy &
Mather, que participou como jurado
convidado da APP Londrina, observou
que os mercados regionais estão crescendo com os novos talentos e que é possível
notar uma característica de produção
mais afinada às tendências globais de
criação. “A grande demanda de hoje não
é mais só ser criativo, mas ter a sensibilidade para poder atingir o consumidor,
levando em consideração seus hábitos”,
disse. Para ele, Londrina apresentou boa
qualidade nos trabalhos apresentados.
“Tivemos muitos trabalhos bons, principalmente de internet, com sites institucionais bem produzidos em termos de
usabilidade e layout”, declarou.
André Pinheiro, redator sênior na África Propaganda, outro jurado do prêmio,
também destacou o mercado digital pelo
retorno que o segmento é capaz de trazer.
“Esse tipo de publicidade se adéqua mais
facilmente às características financeiras
do mercado regional. Na publicidade
online, é possível ser criativo e não precisar gastar tanto para transmitir as ideias”,
ressaltou.
Daniel Xavier, publicitário na Leo
Burnett, que também participou do
julgamento dos prêmios, evidenciou que
o sucesso da propaganda pode ser alcançado quando ela é capaz de transformar
o comportamento humano, observando
que os trabalhos vêem se mostrando
desta forma. “Olho para o mercado de
hoje e percebo que estamos caminhando
para isso”, observou.
CONFIRA AS AGÊNCIAS
VENCEDORAS EM

La Casa
5 troféus
3 troféus
Pubblicità Marketing
e Propaganda
3 troféus
Giacometti
Céu Marketing e
Moda
2 troféus
2 troféus
Boyband
2 troféus
Bravo Propaganda
2 troféus
Napse
2 troféus
Atmosfera
Intuitiva Propaganda 2 troféus
1 troféu
SpB Propaganda
1 troféu
Z3 Web
Categorias especiais
Melhor Campanha Publicitária
SpB Comunicação • Cliente Unifil
Melhor Integração
Pubblicità Marketing e Propaganda
Cliente Romaneli
Prêmio Masmi de Fot. Publicitária
Céu Marketing e Moda
Cliente Dimy
Melhores fornecedores
Gráfico
Produtora Áudio
Fotógrafo
Produtora Vídeo
Midiograf
Ghima
Kiko Jozzolino
Usina de Ideias
Prêmio Universitário
Alunos da Unopar
Grupo Quintão • Vita Soja
IMPORTANTE:
BOLETIM INFORMATIVO SINCOVAL
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS IMEDIATAMENTE (EMISSÃO: 24/10/2012)
ABRANGÊNCIA:
TODAS AS EMPRESAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LONDRINA E DEMAIS CIDADES
ABRANGIDAS PELA BASE TERRITORIAL DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LONDRINA.
Ref.: CCT – CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2012/2013
A nossa CCT 2011/2012 firmada com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina,
em 2011, encerrou-se no dia 30/04/2012. Estamos sem Convenção.
Desde então, a Comissão de Negociação do Sincoval, criada e aprovada em Assembléia
do dia 27/03/2012, sempre em consonância com as orientações de suas Assembléias, vem
negociando com o Sindicato dos Empregados (em número de oito reuniões até a presente data)
a CCT 2012/2013 sem obter êxito a respeito.
A referida comissão, atendendo apelo da sua Assembléia, no sentido de fechar a CCT,
chegou a aceitar as condições impostas pelo Sindicato obreiro quais sejam: reajuste de
salários em 10,32% para o piso da categoria e 8,00% para os que ganham acima. Em
contrapartida, a nossa Assembléia exige a flexibilização do horário de funcionamento
do comércio para o terceiro, quarto e eventualmente quinto sábado de cada mês, após
as 13h00 e até as 18h00, como também para o segundo domingo que antecede o dia
de Natal, das 09h00 às 18h00 (O Novo Código de Posturas prevê abertura dos dois
primeiros sábados após o 5º dia útil do mês das 9h00 às 18h00). Esta reivindicação dos
empresários não é aceita pelo Sindicato dos Empregados. As negociações estão paradas
exatamente nestes pontos.
OS EMPRESÁRIOS DA CATEGORIA DO COMÉRCIO VAREJISTA, ADOTEM IMEDIATAMENTE
OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS:
Que ainda na folha de pagamento do mês de outubro ou mesmo em folha complementar,
concedam aumentos salariais “sugestivos” de até 8,00% para os que ganham acima do piso e
para o piso o seguinte:
a) Inicial: pacoteiro .........................................................R$ 626,40
a.1) Após 90 dias .......................................... R$ 712,80
b) Para as demais funções: inicial .............................R$ 626,40
b.1) Após 30 dias ..........................................R$ 683,64
b.2) Após 90 dias .......................................... R$ 811,80
c) Comissionistas ............................................................. R$ 825,12
É importante destacar que nenhum destes pisos poderá ser menor que o Salário Mínimo
Federal. A partir de janeiro de 2013, haverá reajuste do Salário Mínimo Federal, razão pela qual,
caso ainda a CCT não tenha sido fechada, os pisos iniciais acima, deverão ser o mínimo Federal.
OBSERVAÇÕES:
INFORMAÇÕES PRELIMINARES NECESSÁRIAS
(I) Esses aumentos deverão ser concedidos sob o título de “ANTECIPAÇÃO SALARIAL
COMPENSÁVEL” em holerites e em quaisquer outros documentos;
O Salário Mínimo (Piso Paraná), para as categorias não organizadas em Sindicato é de R$
811,80 desde 1º/05/2012. (O Piso Paraná foi criado em 2006). O reajuste deste ano foi de 10,32%.
III) Os empregados admitidos após maio de 2011 deverão ter seus salários ajustados
proporcionalmente aos meses trabalhados;
O Sindicato dos Empregados sempre se apoiou nos índices de reajustes do Piso Paraná
para as suas reivindicações.
Em todas as Convenções já fechadas no Paraná este ano, como a de Curitiba, Paranaguá,
Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Cianorte, Maringá, Ivaiporã etc, na categoria
de “comércio varejista”, foram concedidos reajustes de 8,00% para quem ganha acima do piso
e, no mínimo, o piso da categoria em R$ 812,00.
Face ao exposto, e, tendo em vista que já estamos em novembro sem sabermos até quando
poderá demorar o fechamento da CCT, É PRUDENTE, E ATÉ MESMO NECESSÁRIO, QUE TODOS
(II) As diferenças são retroativas a maio/2012;
São estas as sugestões do SINCOVAL que podem ser implantadas na folha de pagamento a
ser quitada até o 5º dia útil de novembro.
Muito provavelmente, antes do término da próxima semana, V.Sas. serão avisadas, através
de e-mail, fax etc, sobre todas as demais providências a serem adotadas com relação a Horários
de Abertura do Comércio, Jornada de Trabalho, Horas Extras etc.
Fiquem de olho em nosso site ou mantenham contato conosco em caso de dúvidas.
Diretoria do Sincoval.
EVENTOS CAPTADOS E ROTEIROS DE VIAGEM
EVIDENCIAM POTENCIAL TURÍSTICO
A expectativa com o desenvolvimento
do turismo rural e de lazer é das melhores,
impulsionado pela realização de eventos
técnicos-científicos em Londrina, o setor é uma
das apostas para fomentar a economia regional.
Além de se destacar como um importante centro
de realização de eventos, a cidade integra dois
roteiros turísticos, a Rota do Café e a Rota do
Agronegócio, que contemplam aspectos da
história da região.
Foto Wilson R. Vieira
Rota do Café, Rota do Agronegócio e eventos captados pelo Londrina
Convention potencial de desenvolvimento do turismo na região.
Diego Menão, diretor executivo do Londrina
Convention, é otimista ao falar sobre o
crescimento do turismo e sua relação com a
realização de eventos. “O Londrina Convention
tem trabalhado em ações estratégicas com
objetivo de viabilizar a realização de eventos que
contribuam para o desenvolvimento através da
geração de negócios. A história de Londrina, sua
localização, a presença de centros de ensino e
pesquisa e principalmente a presença da cultura
de agronegócio tem sido fator decisivo para o
sucesso das ações de captação da entidade”.
Somente em setembro o Londrina Convention
captou dois eventos para o setor, o 47º Congresso
Brasileiro de Fitopatologia e mais recentemente
o Sintag - Simpósio Internacional de Tecnologia
de Aplicação de Agrotóxicos. De acordo com
dados da entidade, os dois eventos movimentarão
cerca de R$ 3,55 milhões.
Outro ponto positivo dos eventos é a grande
visibilidade para o município, aproximadamente
2.000 visitantes são esperados, entre eles
pesquisadores, profissionais e estudantes que
discutirão soluções para problemas que atingem
a produção agrícola. Sobre os eventos, o Prof.
Dr. Marcelo Giovanetti Canteri, que participou
da captação do Sintag, salienta a importância
da troca de experiências. “Congressos anuais
são oportunidades de atualização, neles são
discutidas formas economicamente viáveis e
sustentáveis para o controle de patologias que
geram prejuízos consideráveis para a produção
agrícola. Somente uma patologia, a Ferrugem
Fazenda Palmeira, Rota do Café.
da Soja, pode resultar em um prejuízo de cerca
de 2 bilhões de dólares/ano para sojicultura
nacional” diz Canteri.
O agronegócio corresponde a cerca 30%
do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, que
se destaca entre os maiores exportadores do
país. No total, o agronegócio é responsável por
aproximadamente 70% das exportações do Paraná.
De acordo com Menão, os números reforçam
o potencial da realização de eventos como
oportunidade de desenvolvimento do turismo na
região. “Eventos são como vitrines para a cidade
e região, atraem pessoas que muitas vezes acabam
permanecendo em Londrina e conhecendo a
região e seus roteiros turísticos” afirma Menão.
Incentivado pelo trabalho pró-ativo de instituições
de ensino e pesquisa e de entidades como Londrina
Convention e SEBRAE, a realização de eventos
técnicos-científicos tem apresentado ótimos
indicativos de desenvolvimento.
gerou Rodadas de Negócios e trouxe movimento
para a cidade, cerca de 300 pessoas participaram
do Docomomo e mais de 50 setores da economia
foram impactados com a sua realização.
Docomomo
O 2° Seminário Docomomo Paraná teve como
tema a Arquitetura moderna em cidades de porte
médio. Um olhar demorado sobre edificações que
surgiram em um intenso processo de urbanização
no século XX. Londrina abriga duas importantes
obras desse período, a Rodoviária transformada
em museu e o Cine Ouro Verde, que recentemente
foi destruído em um incêndio, ambas projetadas
por Vilanova Artigas (1915-1985). Atualmente o
poder público, empresas privadas e a Universidade
Estadual de Londrina (UEL) estudam alternativas
para viabilizar a restauração do teatro Ouro Verde.
Entre os dias 17 e 19 de outubro, Londrina
sediou o 2° Seminário Docomomo Paraná, um
debate teórico-crítico sobre obras e espaços
urbanos relevantes da arquitetura do Movimento
Moderno em cidades de porte médio.
O evento, captado em 2011 pelo Londrina
Convention & Visitors Bureau em parceria com
Secretaria de Cultura do Município de Londrina
e a UNIFIL – Centro Universitário Filadélfia,
sicredi.com.br
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