ANO 11 NÚMERO 122 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA NOVEMBRO 2012 A cidade em nova perspectiva O prefeito eleito Alexandre Kireeff (PSD) fala sobre seus planos de desenvolvimento para a cidade. Ele garante que vai administrar Londrina com independência e diálogo, em parceria com a sociedade organizada. “O que se chamou de inovação em nossa candidatura na verdade é um resgate dos princípios da administração pública, e assim nós vamos governar”, diz Kireeff. Em editorial, ACIL discute os novos rumos da cidade: “O grande desafio de Kireeff é implantar a lógica do desenvolvimento na Prefeitura”. Páginas 2, 16, 17 e 18. IMPOSTOS Um flagrante caso de injustiça tributária Páginas 10 e 11 UNIÃO A força e a eficiência das cooperativas Páginas 4 e 5 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 2 Mudar para melhor A razão de ser da ACIL está em uma palavra: desenvolvimento. Seis sílabas que resumem a nossa história. Desenvolvimento não é o simples sucesso, o simples crescimento, a simples mudança. Desenvolvimento é o sucesso que beneficia a todos. Desenvolvimento é o crescimento com qualidade. Desenvolvimento é a mudança para melhor. Uma cidade só se desenvolve quando se conhece a si mesma; quando combina inteligência e sensibilidade; quando ouve a razão e respeita o coração. Nas eleições municipais, a população de Londrina não votou simplesmente pela mudança, mas pelo desenvolvimento. Não votou por uma cidade maior, mas por uma cidade melhor. Não votou contra ninguém, votou a favor de uma ideia. Por falar em ideias, aqui está uma boa definição de desenvolvimento: é a arte de mudar, crescer e vencer com inteligência. Precisamos estar à altura desse desafio – que, por sinal, tem sido o desafio ao longo de toda a nossa história. Como havíamos dito mesmo antes da campanha, o candidato da ACIL é o eleito – e o partido é Londrina. Os londrinenses elegeram Alexandre Kireeff, do PSD. Portanto, nosso prefeito é ele. E nosso partido continua sendo a cidade. Justamente por ser o prefeito, Alexandre Kireeff não estará livre de críticas, cobranças e fiscalizações. Exigir que o homem público cumpra suas responsabilidades é mais do que um direito: é um dever de lealdade de cada cidadão. As entidades da sociedade local nunca estiveram tão atentas e organizadas. Seremos um espelho fiel de tudo que for realizado. O grande desafio de Kireeff é implantar a lógica do desenvolvimento na administração pública. Os frutos da semente lançada agora serão colhidos em indicadores econômicos, sociais e ambientais. Como bem disse o prefeito eleito, em entrevista publicada nesta edição do Jornal da ACIL, não se trata de uma política inovadora. É apenas um resgate do que a política londrinense já foi um dia e nunca deveria ter deixado de ser. E ser original, neste sentido, significa voltar às origens: ao exemplo dos nossos pioneiros, ao exemplo dos nossos grandes administradores, ao exemplo dos grandes homens e grandes mulheres da história de Londrina. O desenvolvimento possui uma característica importante: ele não acontece de forma isolada. Nenhum homem é uma ilha – e o mesmo vale para partidos, coligações, ideologias, esferas do poder público. A Prefeitura precisa mudar para melhor? Sim. Mas a nova Câmara de Vereadores também precisa dar o seu salto de qualidade. Queremos um desenvolvimento legislativo. É tempo de desenvolver as melhores virtudes em nossa Câmara Municipal. Muitas dessas virtudes já se encontram naquela Casa; outras precisam ser reanimadas e reinventadas para fazer jus aos novos tempos. E isso só vai acontecer com a dedicação e o trabalho de cada um dos vereadores. O interesse público deve ser colocado acima das conveniências ou estratégias particulares. O melhor projeto não é aquele que beneficia esse político ou aquele partido; o melhor projeto é o que faz o bem para esta cidade. O desenvolvimento de Londrina também passa por uma profunda mudança nas mentalidades. Não somos uma cidadezinha, não podemos continuar pensando pequeno. Não é justo que uma só categoria – a dos comerciários – tenha o monopólio da decisão sobre o funcionamento da economia londrinense. A cidade deve ser chamada a opinar sobre o assunto. A liberdade de trabalhar e produzir é um valor importante demais para ser deixado nas mãos do corporativismo. O conceito de desenvolvimento também chega aos nossos lares, às nossas famílias, à nossa vida cotidiana. Cada um de nós precisa desenvolver dentro de si a cultura do consumo consciente, para que 2013 comece de maneira tranquila, sem dívidas ou preocupações. Saber consumir também é desenvolvimento. O final de ano está chegando – e a ACIL brinda a cidade com a campanha Londrinatal, em apoio ao nosso comércio. Natal é tempo de união, de harmonia, de entendimento. É tempo de renascer. Tempo de desenvolver os nossos valores mais importantes e de fazer uma cidade cada vez melhor. No mês que vem, Londrina completa 78 anos. Que o desenvolvimento seja o presente de aniversário para o lugar que tanto amamos. Flávio Montenegro Balan Presidente da ACIL Fundada em 5 de junho de 1937 RUA MINAS GERAIS 297 . 1º ANDAR, ED. PALÁCIO DO COMÉRCIO LONDRINA . PR . CEP 86010-905 TELEFONE (43) 3374-3000 FAX (43) 3374-3060 E-MAIL [email protected] Curta Flávio Montenegro Balan Presidente Luiz Carlos I. Adati Vice-Presidente Ary Sudan Diretor Secretário Fabricio Massi Salla 2º Diretor Secretário Rogério Pena Chineze Diretor Financeiro Rodolfo Tramontini Zanluchi 2º Diretor Financeiro Marcelo Paganucci Ontivero Diretor Comercial Herson R. Figueiredo Júnior Diretor Industrial Marcelo Bisatto Cardoso Diretor de Serviços Brasilio Armando Fonseca Diretor de Comércio Internacional Luigi Carrer Filho Diretor de Produtos Fernando Lopes Kireeff Diretor Institucional Rosangela Khater Presidente do Conselho da Mulher Empresária CONSELHO DELIBERATIVO Carlos Alberto De Souza Faria David Dequêch Neto Eduardo Yoshimura Ajita Enio Luiz Sehn Júnior Fábio Aurélio Mansano Malaré José Guidugli Júnior Marcelo Massayuki Cassa Nivaldo Benvenho Oswaldo Pitol Rubens Benedito Augusto Silvana Martins Cavicchioli Valter Luiz Orsi Wellington Moreira CONSELHO FISCAL Titulares Jaime Celeste Ponce Michel Menegazzo Gouvêa Ronaldo Pena Chineze Suplentes Marcus Vinícius Bossa Grassano Marcus Vinicius Gimenes Rafael Andrade Lopes O JORNAL DA ACIL É UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE LONDRINA. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA. CORRESPONDÊNCIAS PARA O “JORNAL DA ACIL”, INCLUINDO RECLAMAÇÕES E SUGESTÕES DE REPORTAGENS, DEVEM SER ENVIADAS À SEDE DA ASSOCIAÇÃO OU PELO E-MAIL [email protected] | ANUNCIE NO JORNAL: [email protected] COORDENAÇÃO E EDIÇÃO PAULO BRIGUET REDATORA FERNANDA BRESSAN FOTOGRAFIA JOSOÉ DE CARVALHO COLABORADORES DAVI BALDUSSI EDSON VITORETTI FELIPE BRANDÃO GUTO ROCHA HERIKA FONDAZZI JOTA KALINKA AMORIM MURIEL AMARAL DIAGRAMAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGENS THIAGO MAZZEI IMPRESSÃO FOLHA DE LONDRINA TIRAGEM 8.000 EXEMPLARES JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 COMÉRCIO INTERNACIONAL 3 100 anos de business Câmara de Comércio dos Estados Unidos completa 100 anos como a maior organização de negócios do mundo Davi Baldussi Especial para o Jornal da ACIL A Câmara de Comércio dos Estados Unidos completa neste ano 100 anos de fundação, com a responsabilidade de representar mais de 3 milhões de empresas. É a maior organização de negócios do mundo. A associação, que mantém sua sede em Washington, se orgulha de possuir um dos lobbies mais fortes com conquistas históricas junto ao Governo e ao Congresso dos Estados Unidos. Mas, além de exercer influência no rumo econômico e político da nação mais poderosa do mundo, a entidade também atua bem além das suas fronteiras, inclusive no Brasil. Em entrevista, a chefe de relações públicas da Câmara, Sally Birkel, explicou que a relação bilateral entre Estados Unidos e Brasil é prioridade da entidade e que a Chamber’s Brazil-U.S. Business Council (Busbc – Câmara Brasil-Estados Unidos Assembleia de Negócios) é a organização que trabalha para fortalecer o relacionamento econômico entre as duas nações. O órgão foi criado em 1976 e além de contar com a Câmara Americana de Comércio, que representa grandes empresas norte americanas estabelecidas no país como Coca Cola e Pepsico, atua em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “A missão unificadora da Busbc é a de proteger, manter e avançar a troca de experiência e impulsionar os investimento entre Estados Unidos e Brasil por meio do livre comércio”explica Sally. No início deste ano a Busbc divulgou carta com recomendações para ambos os países, entre elas o pedido para incluir o Brasil no Programa de Isenção de Vistos para movimento turístico e empresarial entre os dois países. Em abril, durante visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos, o presidente da Câmara Americana de Comércio, Thomas Donohue, recebeu a presidente. No evento Donohue declarou que “é tempo de iniciar discussões para definir um acordo econômico bilateral em relação ao livre mercado, com regras de trocas e novas questões de interesse do Brasil e dos EUA”. Uma rede chamada Amigos da Câmara tem sido utilizada a fim de escrever milhões de cartas ou e-mails pressionando membros do congresso americano em votações de assuntos de interesse do movimento empresarial. Em 2008, o número de contatos com congressistas não passava de 40 mil. No entanto em 2010 o número ultrapassou a marca de 700 mil. Ainda segundo o jornal a Câmara gastou US$ 144 milhões em lobby em 2010, aumento de 60% comparado a 2008. Neste ano o grande objetivo da entidade é a geração de empregos. Na sede da entidade em Washington quatro letras gigantescas ocupam a fachada: JOBS (Empregos). “A pior crise econômica desde a Grande Depressão (1929), tem abatido os negócios americanos e aumentou a taxa de desemprego. Mesmo que nossa economia esteja se recuperando, está crescendo num ritmo insuficiente para gerar as 20 milhões de vagas que os trabalhadores americanos precisam agora”, afirmou Donohue. Conforme ele, 75% de todos os empregos gerados no país são de pequenos negócios e 96% dos membros da Câmara são pequenos comerciantes. “Nosso plano exige expansão de desenvolvimento energético, investimento em infraestrutura, comércio global e inovação – todos liderados pelo setor privado. E estamos chamando o governo para reformar taxa de imposto para restaurar nossa saúde fiscal”. História Thomas Donohue, presidente da entidade: “Governo precisa restaurar saúde fiscal” A Câmara de Comércio dos EUA foi criada em abril de 1912, a pedido do então presidente americano William Howard Taft. Na época 700 delegados representantes de 44 estados se reuniram em Washington. “Queremos sua assistência no governo em relação a assuntos que afetam negócios e o bem-estar do país. Queremos que o seu conselho seja livre e Sede da Câmara de Comércio dos Estados Unidos: empregos (jobs) é a palavra de ordem irrestrito quanto possível”, afirmou o então presidente. Em menos de 24 horas a Câmara foi criada. Oito anos depois, em 1920, a Câmara já possuía 13,1 mil associados. A criação da Nafta (North American Free Trade Agreement) em 1993 é considerada como uma das grandes conquistas da Câmara. “A Nafta imediatamente eliminou tarifas em mais da metade das importações dos EUA do México e um terço das exportações para o México”, afirma o documento. Outro avanço da Câmara, desta vez diretamente ligado ao pequeno empreendedor, aconteceu em 2004, quando a organização criou a Cúpula de Pequenos Negócios da América. O evento é realizado anualmente e reúne cerca de 1 mil pequenos comerciantes, gerentes e empreendedores de todo o país em Washington para aprender e discutir medidas de gestão. No encerramento do seu discurso em comemoração ao centenário da Câmara, o presidentedaorganizaçãoafirmou:“Emtempos de alta ou baixa, o caráter da comunidade de negócios americanos permanece firme. Nós estamos comprometidos hoje, assim como nos últimos 100 anos, a livre iniciativa e em proteger a promessa do ‘sonho americano’ para as gerações futuras”. Luta conjunta Os principais temas na pauta de negociação dos empresários brasileiros e norteamericanos são: fechar acordos que venham a eliminar a bitributação, o reconhecimento mútuo da propriedade intelectual e a garantia de facilidade no fluxo de pessoas por meio da eliminação da exigência dos vistos. Esses assuntos foram discutidos no mês passado, em Brasília, durante a 30ª reunião-plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para Frederico Curado, diretor-presidente da Embraer e presidente da Cebeu, o fim da bitributação é um objetivo perseguido pelo conselho de empresários há 40 anos, mas as discussões em torno da questão se tornaram mais relevantes porque, atualmente, não são apenas as empresas americanas que querem investir no Brasil – as companhias brasileiras cada vez mais investem nos EUA. “É importante que Brasil e Estados Unidos consigam romper essa dificuldade histórica e cheguem nesse acordo o mais rapidamente possível. Isso vai facilitar o fluxo de comércio e de investimentos.” JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 UNIÃO E EFICIÊNCIA 4 A era do cooperativismo Escolhido pelas Nações Unidas como Ano Internacional das Cooperativas, 2012 marcou a força do setor. Conheça algumas ações desenvolvidas por cooperativas para promover o desenvolvimento econômico e social Muriel Amaral Especial para o Jornal da ACIL Profissionais e agentes das mais variadas cooperativas de todo mundo tiveram um motivo para comemorar este ano. A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. E há boas razões para comemorar. De acordo com informações do site da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), são 6.652 cooperativas associadas à instituição, que reúne mais de nove milhões de associados, tornando-se um dos setores mais rentáveis da economia brasileira, o que fez girar no ano passado aproximadamente US$ 6 bilhões. O sistema cooperativado não proporciona exclusivamente o lucro aos associados e a rentabilidade daquilo que foi investido, mas também é uma forma mais contemplativa de participação no espaço social e competitividade em vários setores da economia. Com a união entre os cooperados, são estudadas e viabilizadas as melhores estratégias para que os produtos e serviços obtenham os resultados mais eficazes e, assim, todos se sintam satisfeitos. Movida por esse propósito, há 17 anos a Cooperativa Integrada começou a trilhar os próprios caminhos. Um grupo de produtores rurais se reuniu para ganhar mais competividade na venda das commodities como soja, trigo e milho. “Associar-se a uma cooperativa tem muitas vantagens, e uma das principais é a redução de custos”, afirma Carlos Murate, presidente da Cooperativa Integrada. Hoje são mais de 7 mil associados distribuídos nas 13 regionais por todo o Estado do Paraná. Com esses números, a cooperativa se estabelece como a maior empresa com sede em Londrina. Gerir um contingente muito grande de pessoas não é uma tarefa fácil: requer muita sensibilidade e racionalidade para administrar algumas situações. Entretanto, por ser uma cooperativa, um espaço em que contempla o diálogo e discussões, JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 são pensadas várias possibilidades e escolhidas as melhores alternativas em benefício do associado. “As nossas estratégias são desenvolvidas com muita conversa”, observa Murate. “Por isso acho muito significativo declarar um ano para comemorar o cooperativismo. É o reconhecimento do trabalho em equipe”, diz o presidente. Wellington Ferreira, presidente da Sicredi União Paraná, compartilha o ponto de vista sobre o ano internacional do sistema cooperativo. “Foi muito importante instituir o ano das cooperativas. Isso marca a credibilidade e a nossa atuação na sociedade”, explica Ferreira. O Sicredi é um banco organizado no sistema de cooperativa e oferece linhas de créditos de acordo com a necessidade dos clientes. Atualmente, o Sicredi conta com 320 unidades espalhadas em todo o Paraná. O banco Sicredi é um exemplo de sucesso quando o assunto é cooperativismo. Criado em 1985, primeiramente para atender produtores agrícolas, abriu as portas também para que outros setores da economia pudessem ter acesso ao desenvolvimento; foi, então, que em 2005 houve a livre admissão. Segundo o presidente, um banco que opera dentro desse sistema tem mais vantagens do que as instituições tradicionais: como todos são clientes e proprietários, todos têm voz ativa nas negociações e tomadas de decisão. Essa dinâmica de atuação é mais democrática e os lucros podem ser divididos entre os acionistas ou ir ao fundo de reserva destinado a investimentos na instituição. Outra vantagem destacada pelo presidente do Sicredi é a possibilidade de firmar parcerias e acordos. “Foi possível realizar parcerias e projetos com algumas entidades e apresentar nossos produtos e serviços”, afirma Ferreira. “Nessa relação, pudemos contar com a ACIL”, completa. De acordo com o empresário, a ACIL foi peçachave na fase transitória para a livre admissão e na solidificação da nova etapa que o banco estava passando. “Através das parcerias com a ACIL pudemos ter acesso ao empresariado de Londrina, e assim desenvolver ações que visassem o desenvolvimento e o crescimento da economia de Londrina e região”, afirma. “O trabalho de uma cooperativa não depende apenas dos cooperados, mas também do reconhecimento e parcerias que são feitas entre entidades de classe, associações e instituições que objetivam também o crescimento das cidades.” Mesmo havendo muitos motivos para comemoração, alguns pontos ainda impedem o crescimento no sistema cooperativado. Para Ferreira, o maior empecilho é o desconhecimento das práticas do sistema. “Ainda permanecem algumas dúvidas, mas que são amenizadas quando esclarecidas e o comerciante percebe que pode ser algo muito rentável”, analisa. De dentro para fora Por serem pensadas em sistema de cooperativismo, essas instituições não visam apenas benefícios aos associados e fornecedores, mas também volta a atenção em ações de desenvolvimento humano, preservação de recursos naturais e ações sociais. Em algumas escolas e entidades de ensino, a Cooperativa Integrada realiza palestras e eventos sobre a importância e os benefícios de se aplicar os conceitos de cooperativismo. “Assim, desde cedo, podemos repassar valores importantes sobre colaboração e cooperação”, explica Murate. Além de desenvolver ações nesse sentido, essa cooperativa tenta amenizar algumas dificuldades em comunidades carentes das cidades em que a cooperativa te m u n i d a d e , d i s t r i b u i n d o f ra l d a s geriátricas e outros produtos. O Sicredi também desenvolve ações no sentido de promover o desenvolvimento humano. Através do programa A União faz a Força, professores universitários são capacitados para repassar informações sobre a importância do trabalho em equipe e colaboração mútua. Em Londrina, esse programa tem atividades em escolas públicas tanto na cidade de Londrina, quanto nos distritos de Guaravera e Lerroville. “Além disso, desenvolvemos ações de sustentabilidade para preservar o meio ambiente”, diz Ferreira. “As nossas estratégias são desenvolvidas com muita conversa. Por isso acho muito significativo declarar um ano para comemorar o cooperativismo. É o reconhecimento do trabalho em equipe.” Carlos Murate, presidente da Cooperativa Integrada “Através das parcerias com a ACIL pudemos ter acesso ao empresariado de Londrina, e assim desenvolver ações que visassem o desenvolvimento e o crescimento da economia de Londrina e região.” Wellington Ferreira, presidente da Sicredi União Paraná 5 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 REFORMAS NO TRÂNSITO 6 A via da discórdia Ruins para alguns, ótimas para outros, mudanças na Avenida Maringá geram polêmica Herika Fondazzi Especial para o Jornal da ACIL Que agradar a todos é tarefa difícil todo mundo sabe. Mas a recente reforma feita pela prefeitura na Avenida Maringá, em Londrina, deixou muita gente insatisfeita. A maioria dos descontentes é de comerciantes do local; eles reclamam principalmente da eliminação das vagas de estacionamento, que saíram de cena para dar lugar a outras duas vias de trânsito na movimentada avenida. Segundo o proprietário de uma loja de móveis planejados – área na qual a Maringá é referência na cidade – Marco Aurélio Cotello, a reforma trouxe prejuízos para o comércio local. “Nosso movimento caiu 35% nos últimos meses. Às vezes passam-se dias sem que ninguém entre na loja. No nosso ramo ainda temos a possibilidade de visitar os clientes, mas estou pensando em sair da Maringá”, afirmou. Quem também reclama da falta de vagas para estacionar e da queda no movimento é Washington Carvalho, que possui duas lojas de móveis em pontos diferentes da avenida. “Na loja mais próxima da avenida Tiradentes está muito ruim. Penso em fechar aquele ponto se as coisas continuarem como estão”, diz ele, que acha que a obra falhou em vários aspectos. “As vias estão estreitas, não temos vagas para carga e descarga, o canteiro central ficou feio e está perigoso para as pessoas atravessarem.” Andrea Ferraz, proprietária de uma loja de material escolar, vai mais longe e questiona a programação da obra. “Além da falta de vagas, acho que o planejamento foi mal feito. As ruas que ficam no entorno não ajudam no trânsito; quem passa na frente da minha loja e tenta voltar, precisa fazer uma volta enorme e acaba desistindo. Não há vias de acesso inteligente, faixas de pedestre e placas de sinalização, o que tem causado mais acidentes do que antes. No início das obras, disseram que toda a Maringá teria estacionamento em 45 graus (do tipo escama, com as calçadas de pedestres recuadas para perto das lojas), mas nada disso foi feito ainda”, reclama. De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), a obra de reforma da Maringá ainda não está concluída e o trabalho de sinalização e colocação de novos semáforos e faixas irá começar apenas depois da conclusão. O secretário de Obras de Londrina, Ossamu Kaminagakura, afirmou que o término dos trabalhos depende apenas do asfalto da rotatória da Maringá com a Castelo Branco, que deve ser concluído antes do final de novembro. Quanto aos estacionamentos em 45 graus previstos inicialmente, a gerente de trânsito do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Cristiane Biazzono, afirma que não existe uma regulamentação no Plano Diretor da cidade que obrigue os donos de prédios a realizá-lo. “A Câmara precisa aprovar as leis complementares que foram enviadas em 2008 pela Prefeitura. Depois dessa aprovação, a ideia é enviar uma nova complementar tratando dos estacionamentos. Até o momento não conseguimos adesão dos proprietários para que façam o rebaixamento de toda a frente de seus imóveis e tragam a calçada para o recuo. Como parte do terreno é privada e parte é pública, não é possível realizar qualquer mudança sem uma lei que a regulamente. Mas os proprietários podem fazê-lo por conta própria”, lembra. Ela explica que sempre que uma via é alterada, há reclamação de algumas pessoas e que a população leva entre três e seis meses para se adaptar às mudanças. “Talvez esse prazo também seja necessário para que os clientes se acostumem a estacionar nas ruas próximas à Maringá para usar o comércio local”, argumenta. Recapeamento da via segue em andamento, desta vez na rotatória da Maringá com a Av. Castelo Branco Aprovação Mas nem todo mundo reclama das mudanças. Quem utiliza a Avenida Maringá como via de tráfego é só elogios. “Acho que a Maringá está sensacional. Antes eu levava cerca de meia hora para cruzar toda a via no horário da saída da escola. Agora chego no final dela em 10 minutos. O asfalto está um tapete”, elogia o motorista particular Lucas dos Santos. “Entendo que para os lojistas deve ter ficado ruim, mas para quem usa a via está muito bom. O problema do excesso de carros nas ruas é comum em cidades maiores, que geralmente não têm um sistema de transporte público de qualidade. Esse também é um problema de Londrina”, completa o engenheiro agrônomo José Maria de Andrade. A gerente de uma loja de roupas infantis Nara Souza Gonçalves dos Santos, que trabalha há dois anos na avenida, garante que a reforma eliminou um problema antigo. “Antes as pessoas paravam até mesmo na parte rebaixa da nossa calçada, onde temos Sem espaço, descarga de mercadorias é feita pelo asfalto a entrada para o estacionamento recuado. Agora isso acabou. E como temos um estacionamento lateral para atender nossos clientes, não estamos sofrendo nenhum prejuízo no movimento. Como motorista, eu acho que ficou ótimo, tanto o fluxo de carros quanto a qualidade do asfalto”, confirma. E há até quem tenha tido melhorias em seu negócio. Em um dos poucos estacionamentos particulares da via, o número de mensalistas aumentou depois da reforma. “Das 35 vagas que temos, 25 são ocupadas por mensalistas – na maioria gente que trabalha na Maringá e não tem lugar para deixar o carro. O movimento à noite também melhorou, por causa dos restaurantes aqui de perto. E o trânsito está muito melhor. Acho que os congestionamentos caíram uns 90%”, afirma o gerente Cleverson Donizete. JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 7 Calçadas e estacionamentos: alternativas possíveis De acordo com a gerente de trânsito do Ippul, Cristiane Biazzono, a reforma retirou da Avenida Maringá 400 vagas de estacionamento. Muitas lojas possuem estacionamento em frente aos seus prédios e se todas fizessem as vagas em 45 graus, a via ganharia 600 vagas. Cristiane explica que existem hoje na Maringá três modelos de estacionamentos usados por lojistas e donos de prédios: - Os imóveis que possuem apenas uma única entrada, de no máximo 5 metros de extensão, em frente ao seu lote e outras vagas dentro de seu recuo, próximas à entrada das lojas, podem considerá-las particulares. A regra vale para qualquer lote. - Aqueles que fizeram rebaixamento de toda a sua frente e colocaram vagas em form a to de e s ca ma s , ta mb é m próximas à loja, estão utilizando parte de área privada e parte de área pública. Por isso, não se pode considerar essas vagas exclusivas para clientes. Essa regra também vale para todos os locais. - O que consta do projeto inicial da reforma da Maringá, e que ainda é pouco utilizado pelos estabelecimentos, é levar as calçadas para perto da entrada das lojas e utilizar o recuo para fazer os estacionamentos em 45 graus. As vagas passariam então a ser totalmente públicas, mas isso depende de uma regulamentação específica que precisar ser elaborada pelos órgãos públicos. Maringá em números – 2,6 quilômetros de extensão – 4 pistas de rolamento – R$ 1,413 milhão gasto nas atuais obras de recapeamento e construção de canteiro central – 950 carros por hora em cada sentido no horário de pico, entre 17h45 e 18h45 Semáforos Depois de concluída sua reforma, a Avenida Maringá irá ganhar semáforos. De acordo com a gerente de trânsito do Ippul, Cristiane Biazzono, eles irão trabalhar em sincronia para agilizar o trânsito. Confira os cruzamentos escolhidos: - Com Avenida Tiradentes (já existente) - Com as Ruas Tomazina e Cristiano Machado (também já existente) - Com a Rua Ibiporã (já existente) - Com a Rua Fernando de Noronha - Com a Rua João XXIII - Com a Rua Astorga (já existente) - Com a Rua Maine - Na rotatória com a Castelo Branco - Com a Rua Oakland - Com as Avenidas Humaitá e Faria Lima (já existente) - Com a Rua Dallas JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 INCENTIVO AO ESPORTE 8 Goleada de vantagens Lei de Incentivo e outras vantagens de se investir no esporte ainda são desconhecidas pelo empresariado Edson Vitoretti Especial para o Jornal da ACIL Recentemente, o Governo Federal lançou um programa de popularização de uma lei que concede benefícios fiscais a empresas que invistam no esporte. Em geral, os empresários ainda não conhecem as vantagens de se investir no setor. Regulamentada em 2007, a Lei de Incentivo ao Esporte funciona da seguinte forma: uma instituição esportiva – um clube, uma associação – elabora um projeto e o envia ao Ministério do Esporte para ser avaliado. Uma vez aprovado, a instituição fica apta a procurar uma empresa para adotá-lo. Ou seja, a empresa subsidia financeiramente a instituição esportiva e recebe em troca a isenção de 1% do imposto de renda devido. Aderindo à lei, a empresa só tem a ganhar. Ganha com a melhoria de sua imagem, associando sua marca aos valores do esporte, como superação, determinação e disciplina, conforme diz Marcelo Risso, da Focco Marketing Esportivo: “O esporte tem as qualidades que uma empresa precisa ter para dar certo. A marca é associada imediatamente a conceitos como qualidade de vida, bem-estar e saúde”, afirma Risso. Além da melhoria da imagem da empresa, o investimento traz também um lucrativo retorno publicitário. “Com a Lei de Incentivo, o empresário não gasta um centavo e ainda ganha um retorno publicitário enorme”, diz Júlio Brevilheri, diretor esportivo do Colégio Londrinense, que há anos tem sua marca vinculada a uma experiência exitosa no esporte de Londrina, a do futebol de salão. Brevilheri sabe bem do que está dizendo. Normalmente, o retorno do investimento publicitário no esporte é maior que o do simples anúncio comum. Gira em torno de três reais ganhos para cada real investido. Isso se deve a uma mídia espontânea e gratuita que o nome da empresa ganha quando está vinculada a esportes de competição, fortemente cobertos pelos veículos de comunicação. Ou seja, quando numa transmissão esportiva por rádio, por exemplo, o narrador diz dezenas de vezes o nome da empresa vinculada ao time, realiza-se uma publicidade gratuita que amplia o retorno do investimento feito. Outro fator positivo dessa mídia espontânea refere-se à diferença entre notícia e anúncio. Por mais criativo e sedutor que possa ser um anúncio, o leitor sabe que esse tipo de comunicação está destinada a convencê-lo de algo, o que pode deixá-lo reticente ao receber a mensagem. A publicidade espontânea inserida na notícia tem outro valor, o da interatividade. Seja torcedor ou não, quando o leitor busca a informação na notícia, ele está propenso a consumi-la, a satisfazer-se com sua mensagem, o que faz toda a diferença para que o nome da empresa e do produto sejam fixados. “Quando a empresa anuncia, muitas vezes o anúncio não chama a atenção ou não é capaz de fixar nada no consumidor, a não ser naquele consumidor que já tem interesse no produto. O nome da empresa inserido numa notícia o embala em vários outros atrativos que o anúncio não tem”, diz Brevilheri. Sobre o alcance “O investimento do Colégio Londrinense em seu time de futsal que disputa a Liga Nacional, no início deste ano, foi de um milhão de reais. Até agosto, o retorno desse investimento já era de mais de oito milhões de reais, ou seja, oito reais para cada real investido em quase apenas um semestre.” Júlio Brevilheri, do Colégio Londrinense: “Uma empresa amiga do esporte, que tira crianças da rua, é muito bem vista pela população.” O empresário Marcelo Risso: “O esporte tem as qualidades que uma empresa precisa ter para dar certo.” JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 de público dessa mídia espontânea, Brevilheri conta: “Tivemos neste ano oito transmissões da Sportv com nosso time. Oito transmissões representam 16 horas na tela da Globosat, um veículo de alcance nacional e internacional. Já imaginou o que é isso?”, comenta Brevilheri. Com tantas vantagens, às vezes o retorno do investimento no esporte alcança patamares surpreendentes. O investimento do Colégio Londrinense em seu time de futsal que disputa a Liga Nacional, no início deste ano, foi de um milhão de reais. Até agosto, o retorno desse investimento já era de mais de oito milhões de reais, ou seja, oito reais para cada real investido em quase apenas um semestre. Esse retorno, tanto de imagem quanto publicitário, vem também com outras formas de visibilidade da empresa que a vinculação com o esporte proporciona, como por exemplo, o marketing de relacionamento. “Quando as empresas investem em marketing, elas não inserem apenas a sua logomarca na camisa do clube. Isso é publicidade. O marketing tem um mix muito maior. Por exemplo, levar um atleta prestigiado à empresa para fazer um dia de autógrafos”, diz Marcelo Risso. A concepção do marketing de relacionamento é tornar uma partida esportiva um evento, conforme diz Brevilheri: “Durante os jogos temos outras formas de divulgar a marca. Nossos jogos são feitos dentro do Colégio Londrinense, o que traz gente que nunca estudou aqui para conhecer nossa estrutura. Colocamos nossos alunos para jogarem antes da partida principal, fazemos promoções e várias outras estratégias de divulgação”, conta. Todas essas vantagens de se investir no esporte ainda não são plenamente conhecidas pelo empresariado. Para acabar com essa desinformação, surgiram empresas especializadas em assessorar outras empresas que se interessem pelo negócio. “Com relação à Lei de Incentivo, nós fazemos a intermediação entre a entidade esportiva e a empresa. Verificamos tecnicamente a viabilidade do projeto junto à instituição esportiva e conscientizamos a empresa sobre as vantagens de se adotar o projeto”, diz Marcelo Risso. O medo do investimento no esporte é proporcional ao desconhecimento do empresário sobre como funciona o mundo esportivo. Há empresários que pensam que se o time que sua empresa apoia for mal no campeonato, essa imagem de ineficiência seria transferida para a imagem de sua empresa. Segundo Risso, isso não acontece: “Se a empresa 9 que banca o time for séria e cumpre o seu papel, pagando salários em dia, utilizando bem os recursos, o torcedor não associa o fracasso do time à empresa”, afirma. Responsabilidade social é a palavra d e o rd e m d a s e m p re s a s s é r i a s e modernas. Participando da Lei de Incentivo, as empresas marcam pontos também nesse quesito “Das 200 crianças que participam das nossas escolinhas de futsal, 80 são crianças carentes que recebem bolsa de estudos desde os sete anos de idade até o ensino superior. Uma empresa amiga do esporte, que tira crianças da rua, é muito bem vista pela população”, afirma Júlio Brevilheri. JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 CARGA PESADA 10 O imposto do caminhão usado Um caso de flagrante injustiça tributária: empresários precisam a pagar pesados impostos ao vender equipamentos desvalorizados Paulo Briguet ACIL O empresário João (nome fictício) tem uma indústria de alimentos e resolve vender um caminhão de entregas. O veículo está com pouco mais de três anos de uso. Quando foi comprado, o caminhão valia R$ 180 mil. Agora João conseguiu vendê-lo por R$ 150 mil. João é um bom pagador de impostos. Procurou o seu contador e informou-lhe sobre a venda do veículo. O contador lhe disse que seria preciso registrar a venda como “ganho da capital”. E o ganho de capital – disse o contador a seu cliente – é a diferença entre o valor da venda e o valor contábil do caminhão. Na ponta do lápis, a conta ficaria assim: – = R$ 150 mil (valor da venda) R$ 40 mil (valor contábil) _______________ R$ 110 mil (ganho de capital declarado) Aí vem a má notícia. Sobre este valor de R$ 110 mil, que o Fisco considera como ganho de capital, João terá de pagar 34% em impostos. São 15% de imposto de renda, 9% de contribuição social, mais um adicional de 10% de IR (porque a empresa de João ultrapassa os R$ 20 mil de lucro por mês). Fazendo os cálculos, João teria que pagar R$ 34.700 em impostos ao vender o veículo. O comentário de João não poderia ser outro: – Se eu soubesse que ia pagar tanto imposto assim, preferia continuar com o caminhão! O nome de João é fictício, mas a história não é. Por falta de clareza, a legislação tributária tem causado surpresas desagradáveis aos empresários que optam por vender bens como veículos e máquinas. A carga extra de impostos prejudica principalmente os empresários que optam por declarar o imposto de renda sobre o lucro presumido. No caso dos optantes do Simples Nacional, a obrigação de fazer o cálculo de depreciação também causa dissabores, embora a “mordida” do Leão seja menor: 15% sobre o ganho de capital apurado. A lei determina diferentes percentuais de depreciação conforme o tipo de bem adquirido pela empresa. Para veículos, determina-se que a vida útil é de 20% ao ano. Isso quer dizer: o valor contábil do caminhão do João seria zero após cinco anos. Para máquinas e equipamentos, a depreciação é de 10% ao ano. Para imóveis, 4%. Na prática, a necessidade de fazer o cálculo de ganhos de capital tem sido uma flagrante injustiça tributária. “As empresas JORNAL DA ACIL SETEMBRO 2012 que optaram pelo lucro presumido estão sendo penalizadas”, diz o contador Euclides Nandes Correia, da Pontocom Contabilidade. “Penso que deveria haver uma alteração na lei para não se considerar a depreciação para efeito de ganho de capital nessas empresas. As pessoas estão pagando uma tributação pesada sobre um bem que, na verdade, está perdendo valor!” Euclides dá o exemplo de um caminhão 1977 vendido recentemente por R$ 20 mil. O dono do caminhão vai pagar 15% de imposto de renda sobre esse valor (isso porque é optante do Simples; se fosse do lucro presumido, seriam 34%). “A depreciação só beneficia os optantes do lucro real, pois eles podem abater o valor da depreciação diretamente na base de cálculo do imposto”, avalia o contador. “Mas, no caso dos empresários que optam pelo lucro presumido, é uma penalização injusta. Alguns industriais estão optando por nem vender os caminhões. Preferem deixar os veículos sucateando no pátio da empresa, porque não vale a pena vender.” Alguns profissionais da área dizem a seus clientes que não é preciso fazer o cálculo de depreciação na venda de veículos e equipamentos. Mas não é isso que diz a lei – e não é assim que tem sido o entendimento dos fiscais da Receita Federal. Uma resolução do Conselho Federal de Contabilidade alerta: “É obrigatória a contabilização dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão”. Euclides Correia complementa: “Há quem diga ao empresário que não é preciso depreciar. Lego engano. Essas interpretações deixam o empresário vulnerável a multas pesadas.” Para Euclides Correia, a única solução está na via política. Para acabar com a aberração fiscal, ele sugere que as entidades da ACIL levem propostas de alteração na lei aos deputados federais e senadores paranaenses. Nos próximos dias, a ACIL pretende encaminhar aos parlamentares uma carta defendendo a necessidade de alterar o cálculo de imposto sobre bens imobilizados. Só assim o João poderá pensar em vender o outro caminhão que está lá, no pátio da fábrica, esperando essa aberração tributária chegar ao fim. “É absurdo cobrar 34% em impostos sobre um ganho de capital, quando na verdade o empresário não teve um ganho, mas perdeu. O grande problema é pagar uma tributação pesada sobre um bem que está perdendo valor.” Euclides Nandes Correia, contabilista 11 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 SERVIÇO 12 Seguros para todos os bolsos Companhias oferecem diversas modalidades de cobertura que podem garantir mais tranquilidade a empresas e pessoas físicas Guto Rocha Especial para o Jornal da ACIL Das pernas da atriz famosa a um simples celular. Hoje em dia quase tudo pode ser protegido por uma apólice de seguros. Mas no Brasil este é um mercado que ainda tem muito espaço para crescer. “O brasileiro ainda não tem uma cultura para a contratação de seguros, a não ser para os carros”, observa o delegado do Sindicato dos Corretores de Seguro do Paraná para a região de Londrina, Claudemir Rossetto. O corretor afirma que o seguro mais popular no país é o de automóvel. “No Brasil, a pessoa não tem seguro de vida ou da casa, mas faz o do carro muitas vezes antes mesmo de sair da concessionária de veículos”, observa. Rossetto afirma que os valores de um seguro poderiam inclusive ser mais baixos se houvesse mais pessoas contratando o serviço das seguradoras. “Além disso, a frequência de sinistros é grande, com o alto índice de violência, roubos de veículos ”, comenta. No entanto, destaca o corretor, fazer um seguro de um carro é mais caro do que o de uma residência. Segundo ele, isso acontece por que no Brasil não há tantos desastres naturais. “Hoje uma pessoa faz o seguro de uma casa de R$ 300 mil, com tudo dentro, contra incêndio, vendaval e roubo, por cerca de R$ 300 reais por ano. Enquanto que para um carro de R$ 30 mil o seguro fica em cerca de R$ 1,5 mil por ano”, diz. O corretor Adriano Luiz Alves dos Santos, da A1 Corretora de Seguros, afirma que ao contratar um seguro a pessoa ou empresa está se protegendo contra imprevistos e garantindo assim mais tranquilidade. “O seguro pode minimizar os prejuízos provocados por um sinistro e até dar mais segurança para uma família, no caso da perda de um parente”, observa. Santos afirma que hoje existe seguro para quase tudo. Além dos mais tradicionais, como de carro, de vida, casa e empresas, as companhias oferecem coberturas para responsabilidade civil para profissionais liberais e para determinados serviços. “Uma pessoa que também fica incapacitada de trabalhar temporariamente por acidente ou doença pode fazer um seguro de renda para assegurar seus ganhos enquanto não puder retomar suas atividades”, observa. Outra modalidade pouco conhecida é a do seguro de riscos de engenharia, que cobre qualquer construção civil em andamento. “Grandes shoppings obrigam os lojistas a contratar este tipo de seguro”, observa. O seguro de partes do corpo, que é o exemplo Adriano Luiz Alves dos Santos: “O bom corretor de seguros é o elo entre o cliente e a seguradora” O empresário Luiz Carlos Itakura: “Seguro é algo que a gente só sente falta quando precisa e não tem” que abre esta matéria, é mais comum entre celebridades. Rossetto explica que nem todos podem fazer este tipo de seguro, que antes de ser contratado passa por uma rigorosa análise por parte da seguradora. “A Claudia Raia fez um seguro das pernas, mas ela é uma atriz e dançarina que precisa das pernas para sobreviver. Um cirurgião, por exemplo, pode fazer seguro de invalidez e estipular que, caso perca um dedo, que é essencial para sua atividade, quer receber uma indenização específica para esta parte do corpo”, diz. O mercado de seguros no Brasil é controlado e fiscalizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia do Ministério da Fazenda, e normatizado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNPS), órgão do Governo Federal. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é a instância que protege quem contrata seguros. A recomendação do delegado do Sindicato de Corretores de Seguros em Londrina é de que sempreseopteporumaassessoriadeumcorretor ao contratar um seguro. Segundo ele, para ser um corretor, o profissional teve que passar por uma formação específica na Escola Nacional de Seguros que o habilita a orientar o consumidor sobre o melhor contrato para suas necessidades. “Depois de feita análise da demanda do cliente, o corretor vai ao mercado em busca da companhia que oferece o seguro mais adequado ao perfil do contratante”, afirma. Santos observa que além da formação, o corretor deve ter registro profissional no Susep. Ele afirma que, apesar de os bancos e concessionárias de automóveis poderem vender seguros, estes não são os melhores lugares para se adquirir uma apólice. “Os funcionários destes estabelecimentos não têm formação específica e muitas vezes vendem o seguro errado, e quando o cliente precisar acionar o contrato pode ter seu pleito negado. Banco é para investimento, seguro só com corretores habilitados na Susep”, orienta. Os dois corretores salientam ainda o trabalho de pós-venda que o profissional habilitado irá prestar ao cliente. “O bom corretor de seguros é o elo entre o cliente e a seguradora, a oficina mecânica, a vistoriadora, e o auxilia até com os cuidados com terceiros que se envolvem no sinistro”, observa Santos. Em caso de cometer erros na formulação da proposta e contratar o seguro de maneira errada, o corretor também poderá responder na Justiça por isso. “Caso o cliente não tenha seu prejuízo ressarcido por um erro do corretor, este pode ser condenado a indenizar o cliente”, afirma Rossetto. JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 “Seguro é manutenção de investimentos” Enquanto concedia entrevista para o Jornal da ACIL, o empresário Maximino Trevisan também preparavaabagagemparairviajar.Elefalavasobre as vantagens de se contratar seguros, e uma delas, destacada por ele, é a tranquilidade de poder sair de casa sem se preocupar com os ladrões. “Minha casa tem seguro há mais de quatro anos. Isso me dá um sossego na hora de sair, viajar. A gente torce para não acontecer nada, mas, se acontecer, meu patrimônio está protegido”, comenta Trevisan. O empresário conta que é adepto dos seguros. Além do residencial, também mantém seguro de vida pessoal. “É uma maneira de garantir mais tranquilidade para a família”, afirma. Trevisan também mantém apólices de seguro patrimonial de sua empresa e de sua frota de carros. Ele afirma que já foi indenizado pela seguradora duas vezes por causa do roubo de dois de seus veículos. “Foram dois assaltos à mão armada. E graças ao seguro conseguir repor as perdas”, comenta. Trevisan afirma que sempre faz seus seguros com o mesmo corretor e nas duas vezes que teve se solicitar a indenização, o trabalho ficou todo por conta do profissional contratado. “Recebi o que me era de direito bem rápido”, garante. Outro empresário que não abre mão de contratar seguros é o imobiliarista Luiz Carlos Itakura. “Desde que comprei meu primeiro carro, nunca mais fiquei sem contratar seguros. Além de assegurar o bem, também posso contar com assistência técnica ou um socorro em uma situação mais grave”, comenta. Atualmente ele mantém segurados dois carros, a sua imobiliária, o apartamento alugado onde vive e até a casa que está sendo construída já tem seguro. “Nunca precisei acionar a seguradora. Mas prefiro manter as apólices em dia. Porque seguro é algo que a gente só sente falta quando precisa e não tem”, afirma. Itakura diz que encara o pagamento mensal dos prêmios para a seguradora como a manutenção de um investimento que fez. “Não vejo a mensalidade que pago como despesa, mas sim a continuidade e a garantia do investimento”, comenta. Claudemir Rossetto, do Sindicato dos Corretores: “Seguro de um carro é mais caro do que o de uma residência” Twin Towers o lugar ideal para sua empresa crescer Salas com área real privativa de 57m2 até 262m2 (área total de 93m2 até 459m2 ) Flexibilidade comercial para expandir para salas maiores dentro do edifício, quando disponíveis. • Ar condicionado nas salas, lojas e hall • Monitoramento por câmeras e controle de acesso • Vigilância armada no hall do edifício • Auditório e salas de treinamento • Área de convivência, com TV e salão de jogos • Ótima localização e conforto LOCAÇÃO SALAS 43 3371-1918 Av. Tiradentes, 501 Londrina • PR LOCAÇÃO AUDITÓRIOS 43 3376-3100 www.edificiotwintowers.com.br Restaurante no edifício twinrestaurante.com.br 13 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 VEREADORES 14 Câmara: entre mudança e continuidade Eleitor londrinense renova mais de 50% do Legislativo para o próximo mandato. Mas a nova configuração política da Casa ainda está se definindo Felipe Brandão Especial para o Jornal da ACIL Tempo de eleições pode ser também tempo de mudanças em algumas cidades brasileiras. Em Londrina esse fato se confirma, não só no governo municipal, como também no Legislativo. A Câmara Municipal inaugura o novo mandato, em janeiro de 2013, com 58% de renovação em relação à última legislatura. Dos 19 vereadores em exercício atualmente, apenas oito foram reeleitos: Lenir de Assis (PT), Roberto Kanashiro (PSDB), Pastor Gérson Araújo (PSDB), Roberto Fu (PDT), Sandra Graça (PP), Rony Alves (PTB), José Roque Neto (PR) e Ederson Junior Santos Rosa (PSC) . O restante é formado por nomes que já exerceram mandatos anteriores, como Elza Correia (PMDB), Sidney de Souza (PTB) e Jamil Janene (PP), ou por novatos na esfera política, a exemplo de Marcos Belinati (PP), Emanoel Gomes (PRB), Gustavo Richa (PHS), Vílson Bittencourt (PSL) e Fabinho Testa (PPS). Delegado de Polícia Civil há 17 anos, Marcos Belinati se destacou como o mais votado da eleição em outubro. Em sua primeira candidatura a um cargo público, o sobrinho do ex-prefeito Antônio Belinati teve mais de 7 mil votos. Marcos admite que o sobrenome contribuiu para o sucesso nas urnas, mas não diminui os próprios méritos. “Minha família tem tradição na política, mas minha trajetória como delegado de polícia em Londrina e região com certeza pesou para que o povo me escolhesse, e de forma tão massiva, como seu representante”, acredita. A poucos meses de iniciar o mandato, Marcos aponta as áreas da saúde e da segurança pública como as mais necessitadas de atenção e investimento. Seu plano de mandato, porém, também dá ênfase ao segmento industrial. Belinati não apenas pretende incentivar novas indústrias a se instalarem na cidade, como também promete “recuperar” as empresas que, por falta de incentivo do governo municipal, acabaram migrando para cidades circunvizinhas como Ibiporã e Rolândia. “Esse investimento beneficiaria Londrina em diversas áreas, desde a geração de emprego e impostos até a arrecadação com o comércio. Precisamos gerar um quadro benéfico para atrair esses investidores, oferecendo, por exemplo, isenção de impostos por um tempo determinado”, sugere o parlamentar. Sandra Graça também deve priorizar a saúde na próxima legislatura, a quarta de sua carreira. Além disso, ela promete dar continuidade à luta por melhorias na coleta seletiva de lixo, que se encontra em uma Sidney de Souza: “Consciência limpa, cabeça erguida, transparência e dedicação” JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 DESENVOLVIMENTO Sandra Graça: “Quando você vota, está depositando a esperança naquele candidato” situação claudicante em Londrina. Sandra considera que, depois de muitas conquistas e avanços, a cidade parece involuir nesse campo tão importante. “Protocolei este ano um projeto pela eliminação do uso do caminhão-compactador na coleta seletiva. Isso já é uma política nacional, que espero que o prefeito adote por aqui também. Nossa luta também será pela criação de uma política pública específica para a coleta seletiva, que respeite o reciclador e dê a ele condições de inserção no mercado de trabalho, inclusive por meio de uma remuneração mais digna”, explica Sandra. Sidney de Souza integra o grupo dos que voltam à Câmara após um breve período de distância. Após exercer três mandatos de 1994 a 2007, ele não conseguiu a reeleição em 2008. O retorno de Souza, conquistado com 2 mil votos, se dá em um momento controverso de sua carreira política. Em julho deste ano, o tribunal da 3ª Vara Criminal de Londrina o sentenciou a 9 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com respeito ao envolvimento do vereador no esquema conhecido como “Lista Caldarelli”, em seu último mandato. Outro vereador envolvido no escândalo, Jamil Janene, incorreu na mesma condenação antes de ser eleito em outubro. Souza, que está recorrendo judicialmente da sentença, segue afirmando inocência e diz não temer ter um possível afastamento da Câmara durante o mandato por conta dos impasses com a Justiça. “As acusações são totalmente infundadas. Jamais participei ou participaria de qualquer esquema de corrupção. Estou convencido de que a sentença será revogada no Tribunal de Justiça em Curitiba”, afirma ele, que também se mostra otimista com a volta ao Legislativo. “Sinto-me mais amadurecido e focado em servir a minha cidade. Mas a atuação será a mesma com a qual procedi durante toda a minha vida: com a consciência limpa, cabeça erguida, transparência e dedicação.” O cientista político londrinense Mário Sérgio Lepre fez uma avaliação dos resultados das urnas e das prospecções para a Câmara em 2013. Para ele, os altos índices de renovação nas eleições de 2008 e 2012 estão intimamente ligados ao envolvimento dos parlamentares em escândalos de corrupção nas duas últimas legislaturas. “Trata-se de um filtro que o eleitor faz a determinados nomes da vida política. A breve disparidade entre a renovação registrada em 2008 e em outubro último é proporcional à quantidade de vereadores envolvidos nesses episódios em cada período”, analisa. Lepre defende que, ao contrário do pensam alguns, a atenção do eleitor sobre a rotina política de sua cidade não deve ser subestimada. Basta observar o alto índice de votos com que se reelegeram parlamentares como Lenir de Assis (4 mil votos) e Roberto Kanashiro (3 9 mil votos – que já vai para o sexto mandato consecutivo na Câmara desde 1992). “Kanashiro não se vincula a escândalos, atua com seriedade, com transparência, e isso desperta confiança no eleitorado. A mesma avaliação se aplica à Lenir. Sabemos que o PT tem forte rejeição em Londrina, mas seu desempenho individual ao longo de sua primeira gestão na Câmara, somado à influência política do partido que, mesmo abalada, ainda existe em Londrina, garantiram a reeleição.” Como explicar, então, a escolha de parlamentares investigados por atos de corrupção na legislatura retrasada? O Marcos Belinati: “Precisamos atrair investidores do segmento industrial” sociólogo aponta para a influência da chamada “máquina eleitoral” de alguns candidatos. “É uma espécie de ‘público cativo’, um determinado segmento do eleitorado que certos políticos conquistam e mantêm por meio de troca de favores, empreguismo e outros benefícios pessoais. O voto consciente está desvinculado dessa máquina eleitoral, mas ela existe e influencia as decisões democráticas em muitos locais, inclusive aqui”, argumenta. Lepre aposta em um período de fortes mudanças na atuação parlamentar, como na política londrinense como um todo, a partir da próxima legislatura: “Todos esses episódios que temos visto até agora – denúncias, escândalos, pagamento de propina, vereador preso em flagrante – conflitam diretamente com aquilo que a população já mostrou que espera de seus representantes. Essa conduta pode até 15 não desaparecer completamente, mas com certeza terá de diminuir bastante. O político que resistir a esses ventos de mudança, a menos que tenha uma máquina eleitoral muito forte, será defenestrado pela opinião pública nas eleições que se seguirem.” Sandra Graça também aposta em uma renovação moral do Poder Legislativo. “Eu sempre digo que voto é esperança. Quando você vota, está depositando a esperança, a confiança de que aquele candidato te represente com dignidade, que honre o seu voto. Por isso espero que os novos vereadores cheguem conscientes e maduros quanto ao compromisso de construir uma trajetória digna de representatividade política para a sociedade. Ao longo desses 12 anos na Câmara, meu trabalho tem se pautado pela ética, pela transparência, o respeito ao cidadão. E isso vale à pena, porque o eleitor está consciente e valoriza isso, inclusive nas urnas”, diz a vereadora. Marcos Belinati concorda: “O povo clama por mudanças, por representantes realmente comprometidos com o interesse público. Da minha parte, posso garantir que nosso trabalho será feito de forma ética e coerente, com total transparência.” Cientista político Mário Sérgio Lepre diz que se aproxima um período de fortes mudanças na atuação parlamentar e na política londrinense como um todo 16 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 ENTREVISTA COM A A política de um Ele é o novo prefeito de Londrina. Saiu de irrisórios 0,8 pontos percentuais para a primeira colocaçã Londrina uma administração técnica, cativou um eleitorado carente de novas opções, ansioso por mu A quem pensa que ele tem grandes ambições pessoais, Alexandre Kireeff esclarece: “Quero que as pe disso”. Para a cidade, os desejos são almejados com o pé no chão e cautela diante de uma cidade com Fernanda Bressan Jornal da ACIL Jornal da ACIL: Tivemos uma eleição diferente de todas as outras, o senhor manteve a postura de uma candidatura independente do começo ao fim. Agora, eleito, como pensa em administrar essa independência? Alexandre Kireeff: Em parceria com a sociedade civil organizada, com as pessoas, com as associações de classe, os conselhos municipais, foram essas forças que acabaram nos elegendo, elegendo nossa proposta, e essa proposta é de independência. Essas forças o elegeram, mas sabemos da importância do Legislativo e não existe a base do seu partido no Legislativo. Como essa independência vai se refletir nessa relação com a Câmara de Vereadores? Acredito na independência dos poderes e defendo isso. Não vejo nenhuma impossibilidade de governança nesse tipo de relacionamento, muito pelo contrário, a minha independência permite ao governo ser parceiro de todos os vereadores, a lógica é completamente revertida em favor da população. Não tem nada a me opor a qualquer iniciativa de qualquer vereador e acredito que seja um ponto positivo da gestão, porque vamos trabalhar nesse sentido. Por outro lado, essa manifestação da população compromete também o Legislativo com um projeto de governo, e não um projeto de poder, com a apresentação e aprovação dos bons projetos que pretendo apresentar. Acredito muito nessa sinergia, na verdade resgatando uma relação institucional que é original. Sim, a relação original entre Prefeitura e Câmara é essa, e não qualquer outra motivada por ampla maioria, ou oposição e situação sob o ponto de vista corporativo. Essa postura vai se refletir também na escolha do secretariado? Como um “não político”, como o senhor, vai fazer essa escolha? Tenho total autonomia para fazer a constituição do secretariado; liberdade, independência e compromisso única e exclusivamente com a administração pública, com a administração da cidade e execução do projeto de governo que nós apresentamos. Quais serão os critérios dessa escolha? Representatividade junto ao setor afim, respeito pela sociedade, respeito pelos servidores municipais da área, esses são os critérios. Podemos dizer que houve uma inovação no modo de fazer campanha? Resgate. Temos chamado de inovação aquilo que na verdade é um resgate de princípios. E é possível inovar na administração pública? Não abro mão disso. Não abri mão da inovação no processo eleitoral e não abrirei mão no exercício do governo, com dedicação especial aos princípios, aos valores, àquilo que está aprovado pela população. Entrando na área de projetos para desenvolver a cidade, sabemos que ela vem de situações de dificuldade, com inúmeros gargalos herdados. As deficiências do Ippul são um exemplo disso. Existem projetos para alavancar Londrina depois desses anos? Vamos promover a reestruturação do Ippul e também restabelecer o princípio do planejamento de curto, médio e longo prazo em todas as áreas da Prefeitura. Isso é fundamental. Estamos vivendo agora, por exemplo, o drama da falta das salas de aula, de algo que é absolutamente previsível, que poderia ter sido planejado e executado e não foi. Esse tipo de circunstância não pode mais acontecer, é algo que tem que ser instituído pelo gestor de governo e é isso que vamos fazer em todas as áreas. O Ippul é um órgão fundamental no que se “Acredito na independência dos poderes e defendo isso. Não vejo nenhuma impossibilidade de governança nesse tipo de relacionamento, muito pelo contrário, a minha independência permite ao governo ser parceiro de todos os vereadores, a lógica é completamente revertida em favor da população. Não há nada a me opor a qualquer vereador e acredito que seja um ponto positivo da gestão, porque vamos trabalhar nesse sentido.” JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 ALEXANDRE KIREEFF 17 m “não político” ão, com mais de 50% dos votos no segundo turno das eleições municipais. Com um discurso de dar a udanças e por uma cidade que descanse um pouco das denúncias de corrupção e desvios de dinheiro. essoas me vejam ao final desses quatro anos como o prefeito, o prefeito Alexandre Kireeff, nada além m problemas financeiros, como mostra o novo prefeito nessa entrevista concedida ao Jornal da ACIL. refere ao planejamento urbano da cidade; vai ser valorizado e aparelhado para que esse planejamento possa ser executado com qualidade, evidentemente no horizonte de quatro anos, porque para 2013, cá entre nós, ele terá a dimensão de impacto que teve este ano, porque ainda não haverá como reestruturá-lo. Fa l a n d o e m 2 0 1 3 , o s e n h o r te m prioridades? Implementar a gestão técnica, promover as principais intervenções na área da saúde e da educação e desencadear o processo de desenvolvimento econômico, porque assim nós teremos condições de garantir a manutenção da assistência social, de outros serviços públicos e de desencadear o processo de reinício de investimentos públicos na área de infraestrutura. Alexandre Kireeff, prefeito de Londrina E s s e p r i m e i ro a n o s e rá p a ra reorganizar? O primeiro ano será realmente de reorganização da máquina pública, das finanças, que não estão em uma situação confortável, muito pelo contrário. Será um ano de planejamento para implementar as ações efetivamente a partir de 2014. O ano que vem será um ano de muito trabalho interno com expectativa de reorganização da Prefeitura. E vai dar para levantar debates importantes, como o Arco Norte? Esse é um projeto que terá a dedicação do prefeito? Sim, já coloquei muito claramente minha posição sobre o Arco Norte, entendo perfeitamente a dimensão do impacto que o projeto pode causar, impacto positivo, de criar novas soluções logísticas, de pensar a logística capaz de desencadear o desenvolvimento econômico. Esse aspecto é fundamental para colocar Londrina em condição diferenciada no Brasil. O Arco Norte tem alguns pontos que precisam ser enfrentados, e que todo mundo conhece, que são a viabilidade econômica e a sustentabilidade social e ambiental. Isso também será enfrentado. Mas o senhor vai “puxar” essa questão? Nossa meta é realmente fazer com que o Arco Norte aconteça aqui em Londrina. O projeto tem um potencial gigantesco. O horário do comércio é uma questão que a ACIL discute há muitos anos e até durante a sabatina ocorrida no primeiro turno na entidade o senhor chegou a dizer que, se houvesse demanda, o debate poderia ser reaberto. Existe essa possibilidade? A flexibilização do horário do comércio não é uma posição que possa ser tomada unilateralmente; ela passa pelo acordo com os trabalhadores do comércio. É preciso haver esse entendimento, até porque acabou de se discutir essa questão junto à sociedade. Durante a sabatina, eu realmente coloquei a minha dúvida em relação à viabilidade econômica do processo, da sustentação econômica da flexibilização do horário do comércio. E a ACIL se colocou à disposição para apresentar trabalhos nesse sentido e serão sempre muito bem-vindos. É fundamental entender que esse tipo de questão tem que partir de todas as partes envolvidas no processo, o patronato e os funcionários. A partir desses princípios é que se pode abrir novamente a discussão no ambiente da Prefeitura. Agora, no ambiente das representações de classe, é fundamental que esteja em permanente discussão o processo de desenvolvimento. A última administração fez várias intervenções no centro da Cidade, retirando quiosques do Calçadão, o senhor pensa em alguma revitalização para esse espaço, podemos ter os quiosques novamente? Existe um recurso do BID de 21,4 milhões de dólares que entre outras coisas prevê a revitalização do Centro Histórico. Temos uma reunião com o coordenador de projetos do BID agendada para o dia 21 de novembro para que haja o encaminhamento. Isso é ação da gestão anterior que está se prolongando já há muito tempo e tem uma série de trâmites JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 vai ser fruto exclusivo da ideia própria do prefeito, sempre nós vamos seguir rigorosamente a avaliação técnica e orientação dos órgãos que de fato têm a obrigação e capacitação para desenvolver. que devem ser cumpridos e nós temos monitorado para que eles sejam cumpridos. Além de revitalização, de investimentos em mobilidade urbana e na modernização da gestão, existe a destinação de 5,4 milhões para a revitalização do Centro Histórico. Nesse sentido, aliado ao trabalho do Ippul, nós pretendemos melhorar a condição do Calçadão e outras áreas públicas. Existem obras concretas previstas, o que o senhor imagina para a área central? Quem vai imaginar será o Ippul. Terei a humildade de atender esse tipo de trabalho criativo, de desenvolvimento, de planejamento por especialistas. Nada Isso chega ao Bosque também? Que cuidados a arborização terá? Nós temos na Lei Ambiental que prevê a elaboração de um Plano Diretor de Arborização e nós vamos cumprir. Nosso projeto para o meio ambiente é baseado na Lei Ambiental aprovada junto ao Plano Diretor. É muito interessante, é muito bom. Vamos fazer esse plano. Quem como eu, morou na Rua Pernambuco, no quadrilátero central, na infância, lembra-se muito bem do nível de arborização que a gente tinha aqui no centro. Londrina era extremamente arborizada e isso foi se perdendo. E pode ser resgatado? Deve ser resgatado. Alexandre, de certa forma o senhor já está na história política de Londrina com a eleição que saiu de 3 pontos percentuais 0,8%. Precisamente, 0,8%. O senhor imaginou que chegaria em primeiro? Entramos para vencer. Acreditava nisso. E o que Londrina pode esperar desse prefeito que saiu do 0,8 e virou o jogo aos 47 minutos do segundo tempo? Não ficamos à frente em nenhuma pesquisa, nenhuma delas apontou a nossa vitória. Qual será a marca Alexandre Kireeff? Ao final dos quatro anos o que a cidade vai entender dessa administração? O que eu trabalhei em favor de Londrina, com seriedade, honestidade e transparência, motivado única e exclusivamente em trabalhar em favor da cidade. Existe uma participação cidadã nisso, me coloco como cidadão que em um período da sua vida se dedica a trabalhar pela própria cidade motivado pelo idealismo dos princípios de participação, de cidadania. É isso que eu quero fazer, sem nenhum tipo de vinculação pessoal, mas com dedicação e técnica, com os valores que fazem parte da minha formação pessoal. E é isso, sem nenhum tipo de expectativa maior: ser um prefeito como se deve ser. 18 E como um prefeito deve ser? Trabalhador, dedicado e honesto, seguindo o planejamento, ouvindo as pessoas, as instituições, a sociedade como um todo, e devolvendo à sociedade esse voto de confiança na forma de trabalho, de realização em favor da cidade. Só isso. Como sair desses quatros fazendo história como foi feita durante a eleição? Eu não tenho essa pretensão de ter uma gestão emblemática, quero só ser o prefeito. Ser um prefeito como está estabelecido na Constituição. De fato é assim que todos pensam, mas, por um momento, parece que ninguém mais acreditava que fosse possível. Na verdade, o que as pessoas têm chamado de inovação é o resgate da essência do processo político, que é uma candidatura sem grandes coligações, mas voltada ao projeto, aos princípios. Quero que as pessoas me vejam ao final desses quatro anos como o prefeito, o prefeito Alexandre Kireeff, nada além disso. JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 COLUNA DA ACIL Parceria com IBM traz descontos a empresários de Londrina Comprar equipamentos de informática e tecnologia, seja hardware ou software, está mais acessível a empresários e empreendedores associados à ACIL. A associação fez uma parceria com a IBM e dessa união surgiu um portal exclusivo de acesso aos associados. Nele os empresários podem comprar computadores, notebooks, processadores, sistemas de gestão e segurança, soluções para armazenamento de dados, back up, dentre outras novidades tecnológicas oferecidas pela IBM. Para ter acesso aos produtos e preços é preciso retirar um login e senha na entidade. Isso pode ser feito por telefone (3374-3003). A IBM é mais uma das muitas parceiras da ACIL, que busca realizar ações em prol do empresariado e de Londrina. “Aqui gostamos de realizar ações que caminham de mãos dadas, que é base do associativismo. Essa parceria com a IBM vai permitir que os associados adquiram produtos tecnológicos com preços mais acessíveis, melhorando a competitividade deles no mercado”, diz Flavio Balan, presidente da ACIL. O link para acessar o portal ACIL/IBM já está disponível no site da entidade. O endereço é: www.acil.com.br/consultas. O acesso aos descontos é exclusivo a associados da entidade. No dia 29 de outubro, a ACIL recebeu a visita de Pedro Germano da Lima Neto, executivo da Regional Sul da IBM Brasil: novas parceiras à vista ACIL discute garantias de crédito em Fórum Iberoamericano O presidente da ACIL, Flavio Montenegro Balan, participou nos dias 24 e 25 de outubro do XVII Fórum Iberoamericano de Sistemas de Garantias de Crédito. O evento foi realizado em Buenos Aires e reuniu cerca de 400 participantes de 20 países da Península Ibérica e da América Latina. Palestras com autoridades nacionais e especialistas em financiamento foram espaço para o compartilhamento de informações sobre os sistemas de garantias de crédito e uma oportunidade de definir estratégias e buscar soluções que aumentem a competitividade das micro e pequenas empresas. “A nossa participação foi produtiva, pois com as experiências trocadas com as SGCs iberoamericanas avançaremos nos nossos processos, saltando algumas etapas já alcançadas por elas”, disse Balan. Durante as seções do Fórum, foram abordadas a realidade, a problemática e as perspectivas dos sistemas de garantia de crédito com o objetivo de destacar as melhores práticas e incentivar a criação de novos projetos. “Várias entidades brasileiras participaram do fórum”, relatou o presidente da ACIL. “Decidimos criar uma associação brasileira de SGCs, o que reforça o nosso compromisso com a garantia de crédito aos empreendedores.” Flavio Balan esteve em Buenos Aires para discutir os Sistemas de Garantias de Crédito 20 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 Encontro de Negócios para Empresas de Software supera expectativas Aproximar os profissionais do comércio varejista e das empresas produtoras de tecnologia da informação. Essa foi a ideia principal do “1° Encontro de Negócios de Empresas de Software com Comércio Varejista” promovido pela ACIL e pelo Sebrae/ PR no dia 25 de outubro. O evento reuniu profissionais dos dois segmentos para promover a troca de informações. “O nosso objetivo foi fazer com que os empresários do comércio varejista conhecessem melhor os produtos desenvolvidos para o seu negócio e que, em um segundo momento, isso pudesse gerar a aquisição de novos sistemas que contribuam para um ganho de competitividade”, destacou o gestor de projetos do Sebrae/PR, Joel Franzim Junior. Foram oito empresas de Londrina apresentando seus produtos, como softwares para melhorar a segurança, gestão de loja, automação, emissão de cupom fiscal e ponto eletrônico, para cerca de 60 empresários do setor varejista. De acordo com o gestor de projetos do Sebrae/PR, o evento superou as expectativas.“O retorno está sendo significativo não só pelo volume de participantes, mas também pela qualidade dos atendimentos”, afirmou Franzim. Encontro aproxima empresários e empresas de software 21 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 INTERNET & REDES SOCIAIS 22 Mundo virtual, sucesso real Capacitação, conscientização e muita informação pontuaram a importância de ingressar corretamente no ambiente online, durante a realização da 1ª Semana do Empreendedorismo Digital, na ACIL Conrado Adolpho, 8P’s Gustavo Santos, Ecommerce School Kalinka Amorim Especial para o Jornal da ACIL Uma nova era composta por dispositivos móveis, arquivos em nuvens e disseminação de conteúdo nas redes sociais. As novas tecnologias não são egoístas a ponto de serem as únicas a inovar. Junto com elas, arrastam as mudanças tecnológicas, seguidas de mudanças sociais, políticas e culturais. Essa foi a tônica debatida por especialistas na 1ª Semana do Empreendedorismo Digital, realizada pela ACIL em parceria com a ABRADi- PR, no final de outubro. E-commerce, otimização dos mecanismos de busca do Google, dicas de como construir e atualizar os websites, informações sobre links patrocinados e adwords, monitoramento social, web metrics, e os 8Ps do marketing digital foram alguns dos temas abordados. A explosão de redes sociais que teve seu início em 1997 e ganhou força nos últimos anos, deve se estender por uma década, e mexer com a estrutura das Ana Carolina, K2 Comunicação Semana do Empreendedor Digital supera as expectativas empresas, principalmente as de varejo. Essa é a opinião de Agostinho Villela, gerente do Centro de Clientes da IBM Brasil. Durante a palestra “Informação Inteligente – CRM – Business Analytics and Optmization (BAO)”, Villela revelou dados que, se gerenciados de forma inteligente, podem alavancar resultados e tornar as empresas cada vez mais competitivas. Para o executivo da IBM, a terceira fase da Internet, a Web 3.0, trouxe para o mercado uma explosão de informações que colidem para formar uma revolução de ruptura e de transformação. “Por dia o Facebook produz 10 terabytes de conteúdo, o Twitter sete,e, no mundo existem 4,6 bilhões de celulares espalhados que se conectam instantaneamente na rede. A realidade de se viver em mundo integrado e interconectado é que a cada década serão produzidos 50 vezes mais dados e conteúdo. Esses dados são previstos com base em estudos de renomadas instituições como The Guardian, IBM Institute for Business Value, IBM CIO Study 2010, TDWI, etc.”, revela. O especialista considera que as empresas devem pautar suas decisões a partir de fatos concretos, com base na ciência analítica. “A tecnologia está permitindo que tenhamos um planeta mais inteligente, um mundo mais instrumentado, interconectado, inteligente.Viver num mundo integrado, interconectado e repleto de informações requer novas formas de gerenciamento, uma vez que as informações definem uma nova onda de possibilidades”, considera. Essa explosão de informações, conforme ele, cria uma nova necessidade, a de se usar a inteligência da ciência analítica em favor dos negócios. “Esse assunto é muito importante para o mundo do varejo”, afirma. “Os empresários podem ter na ciência analítica a chave que abre e dispara os resultados no que tange à competitividade. Empresas que guiam seus negócios baseadas em dados analíticos têm chances muito maiores de prosperar do que aquelas que se norteiam por feeling, intuição e achismos”, pondera. Villela cita, por exemplo, que 83% do CIO’s de empresas competitivas, citam o business Sheila Dal Ry, Dal Ry Consultoria intelligence e análise como ferramenta estratégica para melhorar a produtividade. Mudança de mercado Planejar, estruturar e depois agir. Essas são as dicas que as consultoras em marketing digital Sheila Dal-ry Issa, da Dal-Ry Consultoria, que proferiu a palestra “Monitoramento Social e Web Metrics”, e Camila Porto de Camargo, da pontocomteudo.com, deixam àqueles que querem obter sucesso em seus negócios. “Cada vez mais a Internet está presente na rotina do brasileiro. A comodidade e a facilidade ao acesso rápido nas informações mudaram a forma de nos relacionarmos, consequentemente mudou a forma de consumir. Por esses motivos, para que uma empresa se mantenha competitiva ela deve ter uma presença on-line estruturada e, não apenas um site ou um perfil criado nas redes sociais. É preciso elaborar sua estratégia com foco na necessidade de seu cliente”, argumenta Sheila. Camila Porto de Camargo, que discorreu JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 Agostinho Vilela, da IBM: “Empresas que guiam seus negócios baseadas em dados analíticos têm chances muito maiores de prosperar do que aquelas que se norteiam por feeling, intuição e achismos” sobre “Redes Sociais e Negócios”, vai além. Ela explica que as redes sociais são o tema da moda, mas que a falta de foco de muitas empresas pode prejudicar o posicionamento nesses canais. “Muitos empresários pensam que ter uma conta no Facebook ou Twiter é algo inovador, mas fazer a mais é entender como os consumidores mudaram e como sua empresa pode atendê-los”, afirma. Para a especialista, muito se fala em inovação, mas na prática não é isso que ocorre. “As empresas que são tidas como exemplo nessa área continuam praticando exclusões. Seja com os funcionários, com o meio ambiente, com a ética. Penso que ser moderno seja estar de acordo com as novas demandas da sociedade”, aponta. Para ela, na atualidade as empresas não têm mais escolha de estar ou não presente no ambiente virtual. “A questão é como fazer isso bem.” Nova visão Estar presente no mundo virtual, conhecer as estratégias corretas que devem ser utilizadas e, principalmente, saber que a Internet é uma ótima ferramenta que pode Camila Papali, gerente de mídias sociais da Züe: “Era necessário sair de Londrina para buscar aperfeiçoamento nessa área. São Paulo era o local mais próximo. Hoje a ACIL possibilita isso” e deve ser utilizada pelos empresários, seja através de um website, de redes sociais ou de aplicativos. Essa é a visão que a ACIL pretendia e conseguiu repassar durante a 1ª Semana do Empreendedorismo Digital. “Queríamos mostrar para o empresário que algumas ferramentas do ambiente on-line podem trazer bons negócios, novas oportunidades. Os empresários estão muito acostumados a fazer negócios nos canais de vendas tradicionais, com a mídia tradicional e esse evento trouxe um novo olhar”, considera a gerente de mercado da ACIL, Maria Fernanda Beneli Vicente. Para ela, é possível que o empresariado trabalhe e obtenha ótimos resultados com o Google, as redes sociais, e-commerce e e-mail marketing. “Basta saber que rede Social não é sinônimo de qualquer postagem. A informação tem que ter conteúdo e deve ser elaborada por um profissional que tenha habilidade para escrever e saber qual é o momento de utilizar humor ou de ser mais sério. Saber que não se pode brigar com cliente pela Internet e isso é mais comum do que se imagina”, exemplifica. “Imagino que cada empreendedor ame suas marcas, por isso devem ter esses cuidados”, recomenda. Em todas as palestras do evento participaram em média 120 a 130 pessoas. “Como são temas variados, dentro do segmento digital, era possível não agradar a todos os gostos, mas isso não ocorreu. O feedback foi muito bom. O conteúdo apresentado será muito válido para o empresário aplicar no dia a dia da empresa”, analisa. Tamanha foi a receptividade que a segunda edição já tem data prevista para ser realizada. Ela revela que a partir de agora outubro entra no calendário oficial de eventos da ACIL como o mês do empreendedorismo digital. Mas como os assuntos digitais mudam com uma velocidade considerável não será possível esperar todo esse tempo para colocar o papo em dia. “Por esse motivo, no primeiro semestre, provavelmente em janeiro, realizaremos Vinícius Fiuza, planner de comunicação e mídia da WSI: “O evento foi bom porque possibilitou que os empresários tivessem acesso a essa nova realidade que a internet ajudou a construir” um evento menor, um seminário ou um workshop, com duração de três dias para reunir os empreendedores digitais, empresários e profissionais do ramo”, garante. Encontros informais, cursos pontuais e algo incompleto. Essa era a realidade oferecida aos empresários, empreendedores digitais e profissionais da área na cidade de Londrina, antes da 1ª Semana do Empreendedorismo Digital, como conta a jornalista Camila Papali. Há dois ela gerencia as redes sociais da Züe Roupas Femininas. “No início tudo era muito difícil, principalmente o cenário local para capacitação profissional. Era necessário sair de Londrina para buscar aperfeiçoamento nessa área. São Paulo era o local mais perto. Hoje a ACIL possibilita isso”, afirma. “Esse evento ajudou a abrir a mentalidade dos empresários. E nós, profissionais, não precisamos sair daqui para nos aperfeiçoar. Isso é muito importante para o segmento”, comemora. Ter uma visão sistêmica da empresa, diz ela, ajuda bastante a usar as mídias sociais de forma correta. “Precisamos saber o que o cliente quer para poder interagir corretamente com ele”, afirma. O planner de comunicação e conteúdo na WSI Marketing Digital, Vinícius Fiuza também considera o evento essencial para a cidade. “Londrina estava carente de informação nesse setor, principalmente 23 para os micro e pequenos empresários. O evento não só foi importante como é necessário que essa conscientização do empresariado sobre atualizações da área continue ocorrendo. Contamos com a ACIL para isso, sempre”, diz. Ele conta que os profissionais de Londrina já atingiram um nível bom, são capacitados e atendem empresas de grande porte que não estão localizadas aqui. “A WSI, uma empresa multinacional, veio para cá justamente pelo potencial que Londrina tem a oferecer. O nível dos profissionais não estava compatível com o nível de informações do setor e o evento foi bom porque possibilitou que os empresários tivessem acesso a essa nova realidade que a internet ajudou a construir. Nós, profissionais de marketing digital, oferecemos serviços e o empresariado passa a entender que é importante, é bom e que toda empresa precisa disso.” JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 24 Cartão garante o uso de vagas especiais Pessoas com mais de 60 anos ou com alguma deficiência motora têm direito a 5% das vagas de Londrina Karina Constancio ACIL Para garantir o acesso de idosos às vagas exclusivas no estacionamento, a Prefeitura de Londrina disponibiliza desde 2010 e de forma gratuita um cartão que autoriza o uso desses espaços. A Lei Federal 10.471 estabelece que 5% das vagas da cidade são destinadas a pessoas com mais de 60 anos ou com alguma dificuldade de locomoção, inclusive as vagas de estabelecimentos comerciais, como shoppings e supermercados. Para estacionar nas vagas reservadas, o idoso não precisa necessariamente ser o condutor do veículo, basta que ele esteja dentro do carro. O motorista, porém, deve deixar o cartão sobre o painel de forma visível. De acordo com o capitão Diógenes, diretor de trânsito da CMTU, a fiscalização é feita pelos agentes de trânsito. “Eles vão verificar se o carro estacionado está com o cartão no painel e também vão confirmar a autenticidade do mesmo. Se houver alguma irregularidade, o motorista pode sofrer uma notificação considerada grave, o que equivale a uma multa de 127 reais”, afirma. A recomendação para o idoso que ao tentar estacionar em uma vaga exclusiva, vê um motorista de forma irregular usando o local é imediatamente solicitar o agente de trânsito mais próximo ou entrar em contato com a CMTU. Diógenes explica que a legislação estabelece a possibilidade de fiscalização em todos os ambientes, mesmo sendo privados. “Esses locais, apesar de serem restritos, são de circulação constante”. De acordo com ele, a CMTU está tentando uma negociação com os donos de estabelecimentos comerciais para melhorar a sinalização das vagas e estabelecer um tempo máximo de utilização do local. Claudio Ranieri, do Conselho Municipal do Idoso, reforça a importância do cartão e também concorda com a fiscalização das irregularidades também nos estabelecimentos privados. “Curitiba tem esse modelo há 3 anos e nós estamos lutando por isso aqui em Londrina”. O capitão Diógenes explica que o maior problema é o desrespeito. “As pessoas utilizam indevidamente as vagas, sem a preocupação com as pessoas que realmente precisam desse direito. Outro problema, é a permanência em tempo prolongado, o que dificulta a rotatividade”. Para tentar reverter a situação, a CMTU está programando campanhas para divulgar informações e promover a conscientização do motorista que ainda insiste em usar as vagas exclusivas. Ranieriressaltaquealémdaconscientização, deve haver uma fiscalização mais incisiva. “Precisamos que as multas sejam realmente aplicadas”. Para ele, respeitar as vagas é uma questão de lógica. “Tem que ter respeito com as pessoas, não deve existir outra alternativa”. Desde o início do credenciamento, foram requeridos 5 mil cartões. Quem ainda não fez o pedido, deve se dirigir a CMTU, portando identidade, CPF e comprovante de residência. Lá mesmo é feito o cadastro para receber o cartão. De acordo com o capitão Diógenes, o processo normalmente é rápido, mas dependendo da demanda pode demorar um ou dois dias. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3379-7900. A CMTU fica na Rua Professor João Cândido, 1213. JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 25 Fim de mandato, saldo positivo Avaliação é feita por vereadores atuantes que fizeram diferença nos episódios mais polêmicos vividos pela atual legislatura Betânia Rodrigues Especial para a ACIL O turbilhão de escândalos políticos que sacudiu Londrina nos últimos anos serviu – pelo menos – para cobrar da Câmara seu papel de fiscalizadora do Executivo. Neste período, foram instaladas cinco Comissões Especiais de Inquérito (Transporte Coletivo, Guarda Municipal, Saúde, Centronic e Educação) mais duas Comissões Processantes (CPs) que investigaram denúncias contra o vereador Rodrigo Gouvêa (PTC) e o prefeito Barbosa Neto (PDT). O primeiro foi absolvido pelo plenário da acusação de favorecer empresários em projetos de mudança de zoneamento. Porém, o segundo não obteve a mesma sorte. Barbosa Neto foi cassado, no final de julho deste ano, por improbidade administrativa relativa aos contratos entre a prefeitura e a empresa de vigilância Centronic. Na opinião do presidente da Câmara, Rony Alves (PTB), fiscalizar os atos do prefeito e sua equipe é função precípua do vereador. “Caso descubra algo ilícito e coloque à tona, ele estará cumprindo seu papel e o que fizer além é lucro”, acrescentou. Assim como ele, os vereadores Lenir de Assis (PT) e Antenor Ribeiro (PSC) acreditam que a atual legislatura honrou seu compromisso com a sociedade não deixando nada “sob o tapete”. Ainda com relação à tarefa fiscalizadora do Legislativo, eles concordaram – em entrevistas separadas – que a atuação do Ministério Público colaborou com o trabalho das CEIs e CPs, embora sejam poderes independentes e autônomos. “Houve uma época em que o Ministério Público praticamente não existia. É muito importante o entrosamento entre os promotores e vereadores, principalmente, quando a Câmara encontra dificuldades em obter informações consistentes da prefeitura. Vejo que esta relação mostrou-se eficiente e benéfica para a comunidade e assim deve continuar”, comentou Ribeiro, que foi vereador em seis mandatos. Entre os três entrevistados, ele foi o único que não se reelegeu. Comunicador experiente, Ribeiro acredita que o afastamento das emissoras de rádio e televisão, nos últimos anos, prejudicou sua campanha. Porém, ele não admite tristeza. Afirma que sempre deixou Deus guiar sua vida e que a nova missão será ajudar o diretório municipal do PSC a encontrar um novo rumo. O partido sofreu com a queda de José Joaquim Ribeiro (vice de Barbosa Neto), réu confesso em um caso de corrupção, e depois perdeu o ex-secretário de Obras, Marcelo Theodoro, que preferiu sair de cena para evitar respingos. Lenir de Assis e Rony Alves estão entre os oito vereadores reeleitos para o mandato 2013-2016. Onze dos atuais vereadores não obtiveram o sucesso nas urnas. Seguindo o raciocínio da petista, este resultado – provavelmente – está ligado à maior exposição da Câmara nos veículos de comunicação que realizam a cobertura jornalística do Legislativo e à rede criada nas mídias sociais (como destaque o Facebook). “Na campanha de 2008, sentia que o desejo maior do eleitor era pela renovação da Câmara. Desta vez, em função das irregularidades que cassaram um prefeito e levaram à prisão vereadores, secretários e empresários, a população mostrou-se preocupada com a saúde, educação e outros serviços imprescindíveis ao dia a dia e que foram alvo de investigações”, lembra. Apesar disto, os vereadores acreditam que ainda há muito para fazer pela consciência política do londrinense. Quando solicitados a opinarem sobre o trabalho da imprensa, nossos vereadores fazem elogios e enfatizam a importância que o Observatório de Gestão Pública representa para a transparência no poder público. Mesmo assim, algumas pessoas insistem na manipulação das opiniões. Comparando a legislatura atual às anteriores das quais participou, Antenor Ribeiro denuncia uma `maquiagem´ de números legalizada pelo Regimento Interno da Câmara Municipal de Londrina. “Tem vereador que faz questão de assinar todo requerimento e projeto em conjunto, mesmo quando não conhece o problema, para dizer que é autor de não sei quantas mil iniciativas e mostrar um serviço que ele não faz. Isto é um parasitismo que me surpreendeu nesta volta à Casa”. A dois meses do final deste mandato, o Legislativo precisa resolver o que fará com os dois últimos projetos complementares ao Plano Diretor que ainda não foram votados. Uso e Ocupação do Solo (Zoneamento) e Sistema Viário carecem de audiências públicas e prováveis emendas antes de submetidos ao plenário. Lenir de Assis acha que – pelo menos – o projeto de zoneamento deve ser votado em função das cobranças que a Câmara recebe. Antenor Ribeiro acha que é possível votar ambos se houver vontade política. Julgamento de Barbosa Neto: momento histórico da Câmara de Vereadores No entanto, Rony Alves adianta que – dificilmente – isto será possível. De acordo com ele, o projeto sobre Uso e Ocupação do Solo voltou ao Legislativo, semana passada, sem as correções técnicas necessárias. “Nós temos um Plano Diretor vigente desde 2008. O que estamos discutindo é sua atualização. Precisamos conversar e decidir o melhor caminho”, sentenciou o candidato à reeleição para a presidência da Mesa Executiva. Para 2013, a Câmara prevê a reforma do plenário e a construção de um anexo que redistribuirá seus departamentos e gabinetes. O aumento da bancada feminina com a volta da ex-vereadora Elza Correia (PMDB) é considerado positivo por todos. Em contrapartida, a chegada de membros jovens é vista com expectativa e sem comemoração. – Leia e comente o blog www.omonitordacamara.com.br JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 Bons tempos aqueles em que a ocasião fazia o ladrão, mas não havia um ladrão para cada ocasião. Com a zorra que é a segurança pública no Brasil, o crime nem precisa ser organizado. ... Esse pessoal que reclama muito da imprensa na verdade só é a favor da liberdade de expressão de contentamento. ... É sempre melhor encontrar uma bala perdida do que ser encontrado por ela. ... Guarda-chuva em dia de sol e honestidade na política são coisas que se pode esquecer com muita facilidade. 26 JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 ARTIGO 27 Gestão: efetividade e ética Por Paulo Varela Sendin A empresa de sucesso é aquela que cumpre com seu objetivo de gerar lucros. E o bom gestor é aquele que conduz a empresa ao sucesso. Dito isso, ser gestor parece fácil... O grande problema do gestor, no entanto, não é o “chegar lá”, mas sim o “como chegar lá”... Um bom mestre para nos orientar nessa caminhada em direção aos nossos objetivos é, com certeza, o Apóstolo Paulo. Ele foi um grande empreendedor, pois divulgou o Cristianismo e organizou a Igreja Cristã em seus passos iniciais, estruturando-a em grande parte do mundo “civilizado” da época. Para aprender com Paulo as lições básicas de como ser um bom gestor, é interessante ver o que ele disse quando estava quase “se aposentando”... Em uma das cartas que ele escreveu a um de seus discípulos (sim, Paulo também se preocupava em formar novos líderes para a continuidade da “empresa”) ele resumiu sua vida dizendo: “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé”. Essa frase é uma ótima definição dos valores que devem nortear qualquer empreendimento. Em primeiro lugar ela afirma que devemos “combater o bom combate”, ou seja, a vida é dura e exige muito trabalho e mesmo sacrifícios. O empreendimento não se desenvolve se não houver dedicação, força de vontade e disposição para superar os desafios que se apresentam. E esse combate tem de ser bom e não algo que detestamos fazer. Em seguida Paulo nos orienta a que “completemos a carreira”, ou seja, que cheguemos realmente ao final. De nada adianta “combater o bom combate” se não conseguirmos atingir os objetivos. A carreira tem que estar completa e não pela metade. E, como em um empreendimento esse final para o empreendedor não é o final para a empresa, é preciso que, como Paulo, busquemos a formação de novos líderes para dar continuidade e sustentabilidade à organização. Por fim, Paulo recomenda que “guardemos a Fé”. Assim, ao combater o bom combate e chegar com êxito aos resultados, é essencial que valores maiores sejam respeitados e mantidos. Se a trajetória do empreendedor não levar em conta suas crenças fundamentais, sua Fé, de nada adiantam os resultados em termos do futuro e da perpetuidade do empreendimento. Talvez seja este o conselho de Paulo mais difícil de seguir. Alguns empreendedores podem até ser bons em “completar a carreira”, mas seus combates nem sempre são positivos e os valores básicos são esquecidos na gestão da empresa. Extrapolando essas imagens da empresa privada para o setor público, as orientações de Paulo continuam perfeitas. Até porque a “organização Igreja Cristã” tinha (e esperamos que ainda tenha...) objetivos mais sociais do que privados. Assim, o tradicional político cujo lema é “rouba, mas faz” está pecando por não “combater um bom combate” e mais ainda, por não “guardar a fé”. É imprescindível, portanto, que, tanto nas empresas como no setor público, tenhamos gestores que consigam levar a organização a atingir seus objetivos de forma adequada e, principalmente, respeitando os valores éticos. Paulo Varela Sendin é engenheiro agrônomo, pesquisador e membro do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial/Fórum Desenvolve Londrina. NOVOS JORNAL DA ACIL NOVEMBRO 2012 28 ASSOCIADOS COM/SERVIÇOS MATERIAIS ESPORTIVOS Redefit Aparelhos de Ginástica R. Pernambuco, 1.253 PAINÉIS Acrílicos Londrina R. Guaiuvira, 391 PEÇAS DE AUTOMÓVEIS Auto Vidros Sport R. Tietê, 1.515 Barda Som Av. Winston Churchill. 945 POSTO DE COMBUSTÍVEL Araguaia Auto Posto R. Araguaia, 1.089 CONFECÇÃO E COMÉRCIO DE VESTUÁRIO Bem Vestit R. Brasil, 649, sala 6 Flor Morena Av. Robert Koch, 267 PAPELARIA Eureka Store Av. Maringá, 904, sala 2 FERRAGENS E MADEIRA Soraya Aparecida Cerqueira Felipe R. Itu, 84 SUPERMERCADOS Supermercado Alvorada R. Elias Daniel Tatti, 1.253 LOUÇAS Porcelanas Schmidt Av. Higienópolis, 1.362 Supermercado Oliveira Av. Jules Vernes, 410 Parofiko Modas R. Mangaba, 143 Styllo Moderno R. Centenário do Sul, 98 VIDRAÇARIA Vidraçaria Box e Cia Av. Francisco Gabriel Arruda, 155, sala 3 COMÉRCIO DECORAÇÃO Di Decor R. Prefeito Hugo Cabral, 577 APARELHOS ELÉTRICOS Soltek Distribuidora Av. 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Paraíba, 47 EVENTOS E FESTAS Guilherme Cardoso Marconi R. Alagoas, 1.674 IBTD Desenvolvimento Profissional R. Almirante Barroso, 182 FACÇÃO Evanir Pereira Aleixo Ferreira R. Dr. Antônio Stocchero, 56 FACTORING Seven Securatizadora Av. Santos Dumont, 1.610, sala A INFORMÁTICA Prepara Cursos Profissionalizantes R. Pernambuco, 229, 2º andar MARKETING DIRETO Barbara Bernardes de Souza R. Pero Vaz de Caminha, 120 DBO Marketing R. Talita Bresolin, 1.139, sala 4 – Apucarana Otavio Manoel do Rosario Leite R. Aurea Erthal Sorace, 126 A ODONTOLOGIA Paulo Roberto Gutierrez Junior R. Quintino Bocaiúva, 180, sala 901 PINTOR Carlos Alberto Antônio Viana R. Guarapuava, 45 PROFESSOR Eline Andrea Dornelas R. Piauí, 1.404 Plantrade Consultoria e Treinamentos Av. Engenheiro Francisco Rodolfo Smich, 295 – Porto Alegre (RS) SERVIÇO DE ESCRITÓRIO Aldeia Coworking R. Belo Horizonte, 1.037 CABELEIREIROS Elizangela Estética e Cabelo R. Santa Catarina, 86, sala 201 TRANSPORTADORA Paulo Rogério Mattos R. Dario Veloso, 882 Instituto de Beleza Pink Av. Winston Churchill, 750 OUTROS Angra Gerenciamento R. Santiago, 581 Terezinha de Fátima de Almeida R. Vital Ferreira Chagas, 700 CONSULTORIA, ASSESSORIA E ADMINISTRAÇÃO DER Negócios R. Dr. Elias Cesar, 1.306 – Ed. City Hall Ultracomex Assessoria em Importação e Exportação R. General Tasso Fragoso, 204, sala 1 CONTABILIDADE Planej Contabilidade Av. Saul Elkind, 1.065, sala 3 Mercado 2 Corações Av. Aracy Soares Santos, 727 ÓTICA E RELÓGIOS Ótica Boni R. Piauí, 399, sala 12 Mercado Grande Família R. Durval Fernandes, 93 Ótica Visoflex R. Mato Grosso, 1.435 ELETRICISTA Leandro Aparecido Roque R. Antonio Cotarelli, 100 COMÉRCIO DE TINTAS Camero Tintas R. Cajarana, 433, sala 102 PANIFICADORA E CONFEITARIA Isabela Yenes Doces Finos Av. Pandia Calogeras, 37 ESCOLA DE IDIOMAS Anglo Tradutor Av. dos Pioneiros, 1.100 Isael Mercosul R. Prefeito Faria Lima, 400 Luis Fernando Mescua Cardoso R. Emma Anna Oldemberg Astafieff, 153 Vale Sorte Av. Paraná, 21 IND/COM CONSTRUÇÃO EM GERAL Blokset Blocos e Pavers Av. Liberdade, 80 SORVETES Sorveteria Primo R. Aliomar Balleiro, 26 EDITORIAL OS MELHORES DO MERCADO | Uma das missões da APP Londrina é capacitar e valorizar o talento na criação publicitária. O APP Markmídia vem cumprindo a sua função de ressaltar o que melhor se produz em Londrina aos olhos do maior mercado nacional da propaganda, formado pelos profissionais que atuam na capital paulista. Boa leitura! INFORMATIVO GESTÃO : Edifício Twin Business Tower Av. Tiradentes, 501 - Térreo - Box 10 86070-545 Tel [43] 3329 5959 [email protected] www.applondrina.com.br diagramação paraleloz.com.br ºPRÊMIO APP MARKMÍDIA DESTACA PRODUÇÕES LOCAIS Na edição de , foram inscritas peças publicitárias por agências. Os trabalhos vencedores tiveram como destaque a criatividade e a inovação N O ÚLTIMO DIA 5 de novembro, 25 peças de publicidade veiculadas em Londrina de 01 agosto de 2011 a 31 julho de 2012 foram premiadas na 9ª edição do Prêmio APP Markmidia. Um total de 315 trabalhos inscritos no Prêmio foram julgados por profissionais de agências paulistanas convidados pela APP Londrina. O anúncio dos vencedores aconteceu no Teatro Marista em uma cerimônia customizada com o mote da campanha do Prêmio “Bota Fé APP”, coordenada pela equipe da Via Mundo Eventos. Para Alessandro Cesário, diretor da APP e coordenador técnico do prêmio, a edição de 2012 teve como destaque a participação de novas agências, que trouxeram novas ideias para as produções. “Vimos que o jeito de fazer propaganda mudou e as fórmulas de antes não funcionam mais hoje”, afirma. Segundo Cesário, um recurso para essa inovação é a criação de vínculos com o receptor da mensagem, na transmissão de conteúdos que emocionam. “As empresas que estão caminhando nesta direção conseguiram se sobressair das demais. Isso não significa que há somente esse jeito de obter sucesso, mas não se pode negar essa tendência”, considerou. Spartaco Puccia, diretor da APP, apontou a demanda significativa por conteúdos publicitários em novos formatos mostrados nos trabalhos premiados, com ênfase nas ferramentas tecnológicas. “O mercado está muito atento às grandes transformações que agreguem criatividade e inovação. Os clientes também estão atentos a isso e apostam em novos formatos porque querem que suas marcas sejam percebidas num ambiente inovador”, destacou. Tiago Gaum, diretor da Ogilvy & Mather, que participou como jurado convidado da APP Londrina, observou que os mercados regionais estão crescendo com os novos talentos e que é possível notar uma característica de produção mais afinada às tendências globais de criação. “A grande demanda de hoje não é mais só ser criativo, mas ter a sensibilidade para poder atingir o consumidor, levando em consideração seus hábitos”, disse. Para ele, Londrina apresentou boa qualidade nos trabalhos apresentados. “Tivemos muitos trabalhos bons, principalmente de internet, com sites institucionais bem produzidos em termos de usabilidade e layout”, declarou. André Pinheiro, redator sênior na África Propaganda, outro jurado do prêmio, também destacou o mercado digital pelo retorno que o segmento é capaz de trazer. “Esse tipo de publicidade se adéqua mais facilmente às características financeiras do mercado regional. Na publicidade online, é possível ser criativo e não precisar gastar tanto para transmitir as ideias”, ressaltou. Daniel Xavier, publicitário na Leo Burnett, que também participou do julgamento dos prêmios, evidenciou que o sucesso da propaganda pode ser alcançado quando ela é capaz de transformar o comportamento humano, observando que os trabalhos vêem se mostrando desta forma. “Olho para o mercado de hoje e percebo que estamos caminhando para isso”, observou. CONFIRA AS AGÊNCIAS VENCEDORAS EM La Casa 5 troféus 3 troféus Pubblicità Marketing e Propaganda 3 troféus Giacometti Céu Marketing e Moda 2 troféus 2 troféus Boyband 2 troféus Bravo Propaganda 2 troféus Napse 2 troféus Atmosfera Intuitiva Propaganda 2 troféus 1 troféu SpB Propaganda 1 troféu Z3 Web Categorias especiais Melhor Campanha Publicitária SpB Comunicação • Cliente Unifil Melhor Integração Pubblicità Marketing e Propaganda Cliente Romaneli Prêmio Masmi de Fot. Publicitária Céu Marketing e Moda Cliente Dimy Melhores fornecedores Gráfico Produtora Áudio Fotógrafo Produtora Vídeo Midiograf Ghima Kiko Jozzolino Usina de Ideias Prêmio Universitário Alunos da Unopar Grupo Quintão • Vita Soja IMPORTANTE: BOLETIM INFORMATIVO SINCOVAL PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS IMEDIATAMENTE (EMISSÃO: 24/10/2012) ABRANGÊNCIA: TODAS AS EMPRESAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LONDRINA E DEMAIS CIDADES ABRANGIDAS PELA BASE TERRITORIAL DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LONDRINA. Ref.: CCT – CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2012/2013 A nossa CCT 2011/2012 firmada com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina, em 2011, encerrou-se no dia 30/04/2012. Estamos sem Convenção. Desde então, a Comissão de Negociação do Sincoval, criada e aprovada em Assembléia do dia 27/03/2012, sempre em consonância com as orientações de suas Assembléias, vem negociando com o Sindicato dos Empregados (em número de oito reuniões até a presente data) a CCT 2012/2013 sem obter êxito a respeito. A referida comissão, atendendo apelo da sua Assembléia, no sentido de fechar a CCT, chegou a aceitar as condições impostas pelo Sindicato obreiro quais sejam: reajuste de salários em 10,32% para o piso da categoria e 8,00% para os que ganham acima. Em contrapartida, a nossa Assembléia exige a flexibilização do horário de funcionamento do comércio para o terceiro, quarto e eventualmente quinto sábado de cada mês, após as 13h00 e até as 18h00, como também para o segundo domingo que antecede o dia de Natal, das 09h00 às 18h00 (O Novo Código de Posturas prevê abertura dos dois primeiros sábados após o 5º dia útil do mês das 9h00 às 18h00). Esta reivindicação dos empresários não é aceita pelo Sindicato dos Empregados. As negociações estão paradas exatamente nestes pontos. OS EMPRESÁRIOS DA CATEGORIA DO COMÉRCIO VAREJISTA, ADOTEM IMEDIATAMENTE OS SEGUINTES PROCEDIMENTOS: Que ainda na folha de pagamento do mês de outubro ou mesmo em folha complementar, concedam aumentos salariais “sugestivos” de até 8,00% para os que ganham acima do piso e para o piso o seguinte: a) Inicial: pacoteiro .........................................................R$ 626,40 a.1) Após 90 dias .......................................... R$ 712,80 b) Para as demais funções: inicial .............................R$ 626,40 b.1) Após 30 dias ..........................................R$ 683,64 b.2) Após 90 dias .......................................... R$ 811,80 c) Comissionistas ............................................................. R$ 825,12 É importante destacar que nenhum destes pisos poderá ser menor que o Salário Mínimo Federal. A partir de janeiro de 2013, haverá reajuste do Salário Mínimo Federal, razão pela qual, caso ainda a CCT não tenha sido fechada, os pisos iniciais acima, deverão ser o mínimo Federal. OBSERVAÇÕES: INFORMAÇÕES PRELIMINARES NECESSÁRIAS (I) Esses aumentos deverão ser concedidos sob o título de “ANTECIPAÇÃO SALARIAL COMPENSÁVEL” em holerites e em quaisquer outros documentos; O Salário Mínimo (Piso Paraná), para as categorias não organizadas em Sindicato é de R$ 811,80 desde 1º/05/2012. (O Piso Paraná foi criado em 2006). O reajuste deste ano foi de 10,32%. III) Os empregados admitidos após maio de 2011 deverão ter seus salários ajustados proporcionalmente aos meses trabalhados; O Sindicato dos Empregados sempre se apoiou nos índices de reajustes do Piso Paraná para as suas reivindicações. Em todas as Convenções já fechadas no Paraná este ano, como a de Curitiba, Paranaguá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Cianorte, Maringá, Ivaiporã etc, na categoria de “comércio varejista”, foram concedidos reajustes de 8,00% para quem ganha acima do piso e, no mínimo, o piso da categoria em R$ 812,00. Face ao exposto, e, tendo em vista que já estamos em novembro sem sabermos até quando poderá demorar o fechamento da CCT, É PRUDENTE, E ATÉ MESMO NECESSÁRIO, QUE TODOS (II) As diferenças são retroativas a maio/2012; São estas as sugestões do SINCOVAL que podem ser implantadas na folha de pagamento a ser quitada até o 5º dia útil de novembro. Muito provavelmente, antes do término da próxima semana, V.Sas. serão avisadas, através de e-mail, fax etc, sobre todas as demais providências a serem adotadas com relação a Horários de Abertura do Comércio, Jornada de Trabalho, Horas Extras etc. Fiquem de olho em nosso site ou mantenham contato conosco em caso de dúvidas. Diretoria do Sincoval. EVENTOS CAPTADOS E ROTEIROS DE VIAGEM EVIDENCIAM POTENCIAL TURÍSTICO A expectativa com o desenvolvimento do turismo rural e de lazer é das melhores, impulsionado pela realização de eventos técnicos-científicos em Londrina, o setor é uma das apostas para fomentar a economia regional. Além de se destacar como um importante centro de realização de eventos, a cidade integra dois roteiros turísticos, a Rota do Café e a Rota do Agronegócio, que contemplam aspectos da história da região. Foto Wilson R. Vieira Rota do Café, Rota do Agronegócio e eventos captados pelo Londrina Convention potencial de desenvolvimento do turismo na região. Diego Menão, diretor executivo do Londrina Convention, é otimista ao falar sobre o crescimento do turismo e sua relação com a realização de eventos. “O Londrina Convention tem trabalhado em ações estratégicas com objetivo de viabilizar a realização de eventos que contribuam para o desenvolvimento através da geração de negócios. A história de Londrina, sua localização, a presença de centros de ensino e pesquisa e principalmente a presença da cultura de agronegócio tem sido fator decisivo para o sucesso das ações de captação da entidade”. Somente em setembro o Londrina Convention captou dois eventos para o setor, o 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia e mais recentemente o Sintag - Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação de Agrotóxicos. De acordo com dados da entidade, os dois eventos movimentarão cerca de R$ 3,55 milhões. Outro ponto positivo dos eventos é a grande visibilidade para o município, aproximadamente 2.000 visitantes são esperados, entre eles pesquisadores, profissionais e estudantes que discutirão soluções para problemas que atingem a produção agrícola. Sobre os eventos, o Prof. Dr. Marcelo Giovanetti Canteri, que participou da captação do Sintag, salienta a importância da troca de experiências. “Congressos anuais são oportunidades de atualização, neles são discutidas formas economicamente viáveis e sustentáveis para o controle de patologias que geram prejuízos consideráveis para a produção agrícola. Somente uma patologia, a Ferrugem Fazenda Palmeira, Rota do Café. da Soja, pode resultar em um prejuízo de cerca de 2 bilhões de dólares/ano para sojicultura nacional” diz Canteri. O agronegócio corresponde a cerca 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, que se destaca entre os maiores exportadores do país. No total, o agronegócio é responsável por aproximadamente 70% das exportações do Paraná. De acordo com Menão, os números reforçam o potencial da realização de eventos como oportunidade de desenvolvimento do turismo na região. “Eventos são como vitrines para a cidade e região, atraem pessoas que muitas vezes acabam permanecendo em Londrina e conhecendo a região e seus roteiros turísticos” afirma Menão. Incentivado pelo trabalho pró-ativo de instituições de ensino e pesquisa e de entidades como Londrina Convention e SEBRAE, a realização de eventos técnicos-científicos tem apresentado ótimos indicativos de desenvolvimento. gerou Rodadas de Negócios e trouxe movimento para a cidade, cerca de 300 pessoas participaram do Docomomo e mais de 50 setores da economia foram impactados com a sua realização. Docomomo O 2° Seminário Docomomo Paraná teve como tema a Arquitetura moderna em cidades de porte médio. Um olhar demorado sobre edificações que surgiram em um intenso processo de urbanização no século XX. Londrina abriga duas importantes obras desse período, a Rodoviária transformada em museu e o Cine Ouro Verde, que recentemente foi destruído em um incêndio, ambas projetadas por Vilanova Artigas (1915-1985). Atualmente o poder público, empresas privadas e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) estudam alternativas para viabilizar a restauração do teatro Ouro Verde. Entre os dias 17 e 19 de outubro, Londrina sediou o 2° Seminário Docomomo Paraná, um debate teórico-crítico sobre obras e espaços urbanos relevantes da arquitetura do Movimento Moderno em cidades de porte médio. O evento, captado em 2011 pelo Londrina Convention & Visitors Bureau em parceria com Secretaria de Cultura do Município de Londrina e a UNIFIL – Centro Universitário Filadélfia, sicredi.com.br SICREDI E ACIL TRAZEM UM NATAL COM MUITO MAIS VENDAS PARA VOCÊ! O fim do ano está próximo e junto com ele vem a época mais aquecida de vendas. 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