I Congresso Internacional de Educação Cientifica e Tecnológica – Santo Ângelo – 2010
EXPERIMETOS COMO RECURSO DIDÁTICO DOS PROFESSORES
GENERALISTAS DE SÃO LEOPOLDO, RS.
Carolina Estrada1, José Cláudio Del Pino2
1
UFRGS/EMEF Rui Barbosa e EMEF São João Batista, [email protected]
2
UFRGS/Área de Educação Química, [email protected]
Em 2008, os professores atuantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede
Municipal de Ensino do município de São Leopoldo responderam um questionário
onde foi perguntado: especificamente quanto ao ensino de ciências, utiliza-se nas
suas aulas de ciências de experimentos como recurso didático? Conforme apontam
Lorenzetti e Delizoicov (2001), observar atentamente o fenômeno em estudo,
estabelecer hipóteses, testá-las via experimentação, registrar os resultados, permite
que os alunos ajam de forma ativa sobre o objeto de estudo, possibilitando uma
melhor compreensão do experimento através de concreto. Uma atividade atrativa e
com potencial extremamente significativo no que diz respeito à aprendizagem não é
frequentemente utilizada pelos professores do município de São Leopoldo nos anos
iniciais do Ensino Fundamental: apenas 45,77% dos professores realizam
experimentos nas aulas de Ciências. Giordan (1997) esclarece que a aula prática
não se trata de privilegiar o desenvolvimento de habilidades motoras genéricas e
desprovidas de conteúdo, nem de outras habilidades específicas associadas a
determinadas técnicas laboratoriais, mas de oportunizar ao aluno o acesso às
práticas de laboratório inseridas num contexto claramente problematizado,
decorrente de uma postura investigativa que se justifica através de objetivos
tornados como auxiliares no processo de construção do conhecimento. Trata-se de
concebê-las como mais um meio para se possibilitar a aprendizagem dos indivíduos
envolvidos, a qual não depende de seguir um roteiro correto, mas sim atentar aos
questionamentos emergidos durante sua realização e instigar a descoberta de novos
caminhos. Nesse sentido, Lorenzetti e Delizoicov (2001) colaboram indicando que as
aulas práticas podem se constituir em atividades significativas, à medida que
promovam a compreensão e ampliação do conhecimento em estudo. Muito se tem
criticado a realização de experimentos como “receita”, repetindo uma seqüência de
passos determinada pelo professor, cabendo ao aluno a simples execução mecânica
da experiência ou a simples observação e acompanhar os resultados da atividade
realizada pelo professor. O aluno precisa sentir-se desafiado, livre para agir e tomar
suas decisões. Experimentos em aulas de Ciências fazem sentido cognitivo quando
há exploração e experimentações conforme as necessidades do aluno, deixando de
lado os roteiros e passos determinados a seguir.
URI, 02-04 de setembro de 2010.
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