FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza [email protected] [email protected]/edwin www.engenharia E Ementa t Introdução. Noções sobre geração, geração transmissão transmissão, distribuição e utilização de energia elétrica. Fundamentos de Corrente Alternada. Riscos de acidentes e problemas nas instalações elétricas. Dispositivos e equipamentos elétricos e eletrônicos eletrônicos. Introdução às fontes de suprimento de energia elétrica. Introdução à iluminação artificial. Introdução às máquinas elétricas. Noções sobre Geração, Transmissão, Distribuição ç e utilização ç de energia g elétrica Energia Elétrica ¾ Na história da sociedade, a energia elétrica, desde a sua descoberta, sempre ocupou lugar de destaque, tendo em vista a dependência da qualidade de vida e do progresso econômico da qualidade do produto e d serviços i l i d à energia i elétrica, lé i que por sua vez dependem d d d dos relacionados de como as empresas de eletricidade projetam, operam e mantêm os sistemas elétricos de potência. Energia Elétrica Qualidade de Serviço e do Produto Fundamentos de Eletricidade 4 Energia Elétrica ¾ A energia elétrica proporciona à sociedade trabalho, trabalho produtividade e desenvolvimento, e aos seus cidadãos conforto, comodidade, bem‐estar e praticidade, o que torna a sociedade moderna cada vez mais dependente de seu fornecimento e mais suscetível às falhas do sistema elétrico. elétrico ¾ Em contrapartida esta dependência dos usuários vem se traduzindo em exigências por melhor qualidade de serviço e do produto. ¾ A energia elétrica é uma das mais nobres formas de energia secundária. A sua facilidade de geração, transporte, distribuição e utilização, com as consequentes transformações em outras formas de energia, atribuem à eletricidade uma característica de universalização, disseminando o seu uso pela humanidade. ¾ No N mundo d de d hoje, h j eletricidade, l t i id d como alimento li t e moradia, di é um direito di it humano fundamental tendo como propósito assegurar a promoção de condições dignas de vida humana e de seu desenvolvimento. Fundamentos de Eletricidade 5 Energia Elétrica ¾ Eletricidade El t i id d é a dominante d i t f forma d de energia i moderna d para telecomunicações, tecnologia da informação, e produção de bens e serviços. ¾ Os crescimentos da população mundial e da economia nos países em desenvolvimento implicam, necessariamente, no aumento do consumo de g porém a p p produção ç de energia g deve seguir g os conceitos de energia, desenvolvimento sustentável e de responsabilidade ambiental. Fundamentos de Eletricidade 6 Geração Global de Energia ¾ No N mundo, d cerca de d 87% de d toda t d a energia i é gerada d por combustíveis b tí i fósseis, dos quais 33,1% provém do petróleo, 27% advém do carvão mineral, 21,1% do gás natural e 5,8% do urânio. O restante 12,9% provem renováveis como hidro e biomassa (inclui eólica, eólica solar e de fontes renováveis, geotérmica). Fundamentos de Eletricidade 7 Consumo Final Energético por Fonte no Brasil ¾ No observar que a N consumo final fi l energético éti por fonte f t no Brasil, B il pode‐se d b eletricidade representa 17,3% do consumo final ficando atrás apenas do óleo diesel – 18%, sendo, portanto a segunda forma de energia mais país consumida no país. Fundamentos de Eletricidade 8 Estrutura da Oferta de Energia Elétrica no Brasil ¾ No Brasil, Brasil dentre as fontes primárias e secundárias de energia a fonte hidráulica é a que mais contribui para produção de energia elétrica (74,9%) estando os locais produtores em regiões quase sempre distantes dos centros consumidores. Com isso são necessárias grandes extensões de linhas de transmissão e instalações para repartir e distribuir a energia nos centros de consumo. Fundamentos de Eletricidade 9 Importante ¾ A eletricidade apresenta uma combinação de atributos que a torna distinta de outros produtos, como: Ö dificuldade de armazenamento em termos econômicos; Ö variações i õ em tempo t reall na demanda, d d e na produção d ã em caso de d fontes f t renováveis; Ö falhas randômicas em tempo real na geração, transmissão e distribuição; e Ö necessidade de atender as restrições físicas para operação confiável e segura da rede elétrica. ¾ As condições de não armazenamento e de não violação das restrições operativas impõem à eletricidade sua produção no momento exato em que é requerida ou consumida fazendo com que o dimensionamento do sistema elétrico l seja determinado d d pelo l nívell máximo de d energia demandada, d d d resultando em ociosidade dessas instalações durante o período de menor demanda. Fundamentos de Eletricidade 10 Importante ¾ O atendimento dos aspectos de simultaneidade de produção e consumo, consumo exigem instalações dimensionadas para a ponta de carga, e a longa distância entre os locais de geração e os centros consumidores pode ser traduzido pela necessária existência de um sistema de transmissão e de distribuição longos e complexos. ¾ Estes sistemas deverão estar apoiados por uma estrutura de instalações e equipamentos que, além l d representar importantes investimentos, exigem de ações permanentes de planejamento, operação e manutenção, e estão como qualquer produto tecnológico sujeito à falhas. ¾ Os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos como: geração, transmissão, distribuição, utilização e comercialização. Fundamentos de Eletricidade 11 Importante ¾ A oferta da energia elétrica aos seus usuários é realizada através da prestação de serviço público concedido para exploração à entidade privada ou governamental. ¾ As empresas que prestam serviço público de energia elétrica o fazem por meio da concessão ou permissão concedidos pelo poder público. Fundamentos de Eletricidade 12 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro ¾ O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação organizacional. No modelo atual os sistemas elétricos são tipicamente divididos em segmentos como: geração, transmissão, distribuição e comercialização. distribuição, comercialização ¾ No Brasil, este processo de re‐estruturação foi desencadeado com a criação de um novo marco regulatório, a desestatização das empresas do setor elétrico, l e a abertura b d mercado do d de d energia elétrica. l Fundamentos de Eletricidade 13 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Fundamentos de Eletricidade 14 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Conselho Nacional de Política Energética – CNPE: Órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas nacionais e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o aproveitamento natural dos recursos energéticos do país, a revisão periódica da matriz energética e a definição de diretrizes para programas específicos. Ministério de Minas e Energia – MME: Encarregado de formulação, do planejamento e da implementação de ações do Governo Federal no âmbito da política energética nacional. O MME detém o poder concedente. Fundamentos de Eletricidade 15 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL: Autarquia vinculada ao MME, com finalidade de regular a fiscalização, fiscalização a produção, produção transmissão, transmissão distribuição e comercialização de energia, em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal. A ANEEL detém os poderes regulador e fiscalizador. Fundamentos de Eletricidade 16 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE: Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, com finalidade de viabilizar bl a comercialização l d energia elétrica de l no Sistema Interligado l d Nacionall ‐ SIN. Administra os contratos de compra e venda de energia elétrica, sua contabilização e liquidação. A CCEE é responsável pela operação comercial do sistema. Fundamentos de Eletricidade 17 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS: Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL, tem por objetivo executar as atividades d d de d coordenação d e controle l da d operação de d geração e transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela operação física do sistema e pelo despacho energético centralizado. Fundamentos de Eletricidade 18 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST: São documentos elaborados pela ANEEL e normatizam e padronizam d as atividades d d técnicas relacionadas l d ao funcionamento f e desempenho d h dos d sistemas de distribuição de energia elétrica. Fundamentos de Eletricidade 19 Estrutura Organizacional do Setor Elétrico Brasileiro Empresa de Pesquisa Energética – EPE: Empresa pública federal vinculada ao MME tem por finalidade prestar serviços na área de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético. energético Eletrobrás: A Eletrobrás controla grande parte dos sistemas de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil por intermédio de seis subsidiárias: Chesf, Furnas, Eletrosul Eletronorte, Eletronorte CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) e Eletrosul, Eletronuclear. A empresa possui ainda 50% da Itaipu Binancional e também controla o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel). Fundamentos de Eletricidade 20 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ¾ O objetivo de um sistema elétrico de potência (SEP) é gerar, gerar transmitir e distribuir energia elétrica atendendo a determinados padrões de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto ambiental e o máximo de segurança pessoal. pessoal Fundamentos de Eletricidade 21 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ¾ Confiabilidade e disponibilidade são duas importantes e distintas características que os SEPs devem apresentar. Ambos são expressos em %. o Confiabilidade representa a probabilidade de componentes, processo e sistemas realizarem suas funções requeridas por um dado período de tempo sem falhar. Confiabilidade representa o tempo que o componente, parte ou sistema levará para falhar. A confiabilidade não reflete o tempo necessário para a unidade id d em reparo retornar t à condição di ã de d trabalho t b lh . o Disponibilidade é definida como a probabilidade que o sistema esteja operando adequadamente quando requisitado para uso. Em outras palavras, é o percentual d tempo que o sistema i á pronto para uso se requisitado, i i d ou a probabilidade b bilid d de d de está um sistema não estar com falha ou em reparo quando requisitado para uso. A expressão abaixo quantifica a disponibilidade: Tempo médio entre falhas Tempo médio para reparo (inclui desde a d detecção até a retificação da falha) ã é ifi ã d f lh ) Fundamentos de Eletricidade 22 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ¾ Qualidade da energia é a condição de compatibilidade entre sistema supridor e carga atendendo critérios de conformidade senoidal. g está relacionado com a habilidade do sistema de responder a ¾ Segurança distúrbios que possam ocorrer no sistema. Em geral os sistemas elétricos são construídos para continuar operando após ser submetido a uma contingência. Fundamentos de Eletricidade 23 Estrutura de um Sistema Elétrico de Potência ¾ A estrutura do sistema elétrico de potência compreende os sistemas de geração, transmissão, distribuição e subestações de energia elétrica, em geral cobrindo uma grande área geográfica. Fundamentos de Eletricidade 24 Geração de Energia Elétrica Fundamentos de Eletricidade 25 Geração de Energia Elétrica ¾ Na N geração ã de d energia i elétrica lét i uma tensão t ã alternada lt d é produzida, d id a quall é expressa por uma onda senoidal, com frequência fixa e amplitude que varia conforme a modalidade do atendimento em baixa, média ou alta tensão. ¾ Essa onda senoidal propaga‐se pelo sistema elétrico mantendo a frequência constante e modificando a amplitude à medida que trafegue por transformadores. ¾ Os consumidores conectam‐se ao sistema elétrico e recebem o produto e o serviço de energia elétrica. Fundamentos de Eletricidade 26 Rede de Transmissão Fundamentos de Eletricidade 27 Rede de Transmissão ¾ A rede d de d transmissão t i ã liga li as grandes d usinas i d geração de ã às à áreas á d grande de d consumo. Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de energia elétrica são conectados às redes de transmissão onde predomina a estrutura de linhas aéreas. aéreas ¾ A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão. Qualquer Q q falta neste nível p pode levar a descontinuidade de suprimento p para um grande número de consumidores. ¾ A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um controle centro de controle. ¾ O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de tensão estabelecido está entre 220 kV e 765 kV. Fundamentos de Eletricidade 28 Rede de Sub-Transmissão Sub Transmissão Fundamentos de Eletricidade 29 Rede de Sub-Transmissão Sub Transmissão ¾ A rede d de d sub‐transmissão bt i ã recebe b energia i da d rede d de d transmissão t i ã com objetivo de transportar energia elétrica a pequenas cidades ou importantes consumidores industriais. O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV. ¾ Em geral, o arranjo das redes de sub‐transmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema. ¾ A estrutura dessas redes é em geral em linhas aéreas, aéreas por vezes cabos subterrâneos próximos a centros urbanos fazem parte da rede. A permissão para novas linhas aéreas está cada vez mais demorada devido ao grande social Como número de estudos de impacto ambiental e oposição social. resultado, é cada vez mais difícil e caro para as redes de sub‐transmissão alcançar áreas de alta densidade populacional. ¾ Os sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de transmissão e o controle é regional. Fundamentos de Eletricidade 30 Rede de Distribuição Fundamentos de Eletricidade 31 Rede de Distribuição ¾ As A redes d de d distribuição di t ib i ã alimentam li t consumidores id i d t i i de industriais d médio édi e pequeno porte, consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais. ¾ Os níveis de tensão de distribuição são assim classificados segundo o Prodist: 9 Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV. 9 Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV. 9 Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior i f i a 1kV. 1kV Fundamentos de Eletricidade 32 Segmentos de um Sistema de Potência Fundamentos de Eletricidade 33 Características do Sistema Elétrico Brasileiro Geração de Energia Elétrica no Brasil ¾ O sistema de produção de energia elétrica do Brasil pode ser classificado como um sistema hidrotérmico de grande porte, com forte predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários. ¾ A maior parte da capacidade instalada é composta por usinas hidrelétricas, que se distribuem em 14 diferentes bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país de maior atratividade econômica. São os casos das bacias d rios Tocantins, Madeira, dos d Parnaíba, b São Francisco, Paraguai, Paranaíba, b Grande, Paraná, Tietê, Paraíba do Sul, Paranapanema, Iguaçu, Uruguai e Jacuí onde se concentram as maiores centrais hidrelétricas. Fundamentos de Eletricidade 35 Fundamentos de Eletricidade 36 Fundamentos de Eletricidade 37 Fundamentos de Eletricidade 38 Sistema Interligado Nacional – SIN ¾ O parque gerador nacional é constituído, constituído predominantemente, predominantemente de centrais hidrelétricas de grande e médio porte, instaladas em diversas localidades do território nacional. ¾ Por outro lado, existe uma concentração de demanda em localidades industrializadas onde não se concentram as centrais geradoras. Estas características são imperativas para a implantação de um sistema de transmissão de d longa l d distância. ¾ Até 1999, o Brasil possuía vários sistemas elétricos desconectados, o que impossibilitava uma operação eficiente das bacias hidrográficas regionais e da transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras. ¾ Com o objetivo de ampliar a confiabilidade, otimizar os recursos energéticos éti e homogeneizar h i mercados d foi f i criado i d o sistema i t i t li d interligado nacional ‐ SIN, o qual é responsável por mais de 95% do fornecimento nacional. Sua operação é coordenada e controlada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS. ONS Fundamentos de Eletricidade 39 Sistema Interligado Nacional – SIN ¾ É importante ressaltar que um sistema interligado de eletrificação permite que as diferentes regiões permutem energia entre si, quando uma delas apresenta queda no nível dos reservatórios. ¾ Como o regime de chuvas é diferente nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste, os grandes troncos (linhas de transmissão da mais alta tensão: 500 kV ou 750 kV) possibilitam que os pontos com produção insuficiente d energia sejam abastecidos de b d por centros de d geração em situação favorável. f l Fundamentos de Eletricidade 40 Sistema Interligado Nacional – SIN ¾ VANTAGENS: Aumento da estabilidade – sistema torna‐se mais robusto podendo absorver, sem perda de sincronismo, maiores impactos elétricos. Aumento da confiabilidade – permite a continuidade do serviço em decorrência da falha ou manutenção de equipamento, ou ainda devido às alternativas de rotas para fluxo da energia. Aumento da disponibilidade do sistema – a operação integrada acresce a disponibilidade de energia do parque gerador em relação ao que se teria se cada empresa operasse suas usinas isoladamente. Mais econômico – permite a troca de reservas que pode resultar em economia na capacidade de reservas dos sistemas. O intercâmbio de energia está baseado no pressuposto p p de q que a demanda máxima dos sistemas envolvidos acontece em horários diferentes. O intercâmbio pode também ser motivado pela importação de energia de baixo custo de uma fonte geradora, como por exemplo, a energia hidroelétrica para outro sistema cuja fonte geradora apresenta custo mais elevado. Fundamentos de Eletricidade 41 Sistema Interligado Nacional – SIN ¾ DESVANTAGENS: Distúrbio em um sistema afeta os demais sistemas interligados. tornam‐se se mais complexas. A operação e proteção tornam Fundamentos de Eletricidade 42 Transmissão de Energia Elétrica no Brasil ¾ As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, extensas porque as grandes usinas hidrelétricas geralmente estão situadas a distâncias consideráveis dos centros consumidores de energia. Hoje o país está quase que totalmente interligado, interligado de norte a sul. sul ¾ Apenas o Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia e parte dos Estados do Pará ainda não fazem parte do sistema integrado de eletrificação. Nestes Estados, d o abastecimento b é feito f por pequenas usinas termelétricas l ou por usinas hidrelétricas situadas próximas às suas capitais Fundamentos de Eletricidade 43 Fundamentos de Eletricidade 44 Sistemas de Distribuição no Brasil ¾ Os sistemas de distribuição de energia elétrica no Brasil incluem todas as redes e linhas de distribuição de energia elétrica em tensão inferior a 230 kV, seja em baixa tensão (BT), média tensão (MT) ou alta tensão (AT). Fundamentos de Eletricidade 45 Tendências para o Mercado de Energia Elétrica Tendências para o Mercado de Energia Elétrica ¾ O desenvolvimento atual do modelo internacional de mercado de energia elétrica tem sido baseado em fluxo unidirecional de energia e, possivelmente, por razões tecnológicas, em alguns casos, e razões econômicas em muitos outros, econômicas, outros o mercado está baseado em tarifas fixas e limitações de informações em tempo real sobre gerenciamento de carga. ¾ O mercado de transmissão e distribuição de energia elétrica está caracterizado d por monopólios l naturais dentro d d áreas geográficas. de f A ausência de competição faz com que as tarifas sejam controladas por agentes reguladores. ¾ A nova tendência internacional é de liberalização do mercado de energia elétrica com o estabelecimento de comércio de energia on‐line e de p de energia g elétrica. consumidores com o direito de escolher seu supridor Fundamentos de Eletricidade 47 Tendências para o Mercado de Energia Elétrica ¾ Atualmente a maioria dos usuários da rede de energia elétrica são receptores passivos sem nenhuma participação no gerenciamento da operação da rede. ¾ Cada consumidor é simplesmente um absorvedor de eletricidade. As redes de energia elétrica deverão em um futuro não longínquo permitir que seus usuários exerçam um papel ativo na cadeia de suprimento de energia elétrica. l ¾ Com a consolidação da geração distribuída em um mercado liberalizado de energia elétrica, um novo modelo de geração deverá surgir em que coexistirão geração centralizada e geração descentralizada. ¾ Um grande número de pequenos e médios produtores de energia elétrica com tecnologia t l i baseada b d em fontes f t renováveis á i de d energia i deverá d á ser integrado à rede elétrica. Fundamentos de Eletricidade 48 Tendências para o Mercado de Energia Elétrica ¾ Milhares de usuários terão geração própria tornando‐se tornando se ambos, ambos produtores e consumidores de energia elétrica, denominados de prosumer. g elétrica deverá fazer uso pleno de ambos, g grandes ¾ O mercado de energia produtores centralizados e pequenos produtores distribuídos. ¾ Geradores quando conectados à rede de media tensão são classificados como mini‐geração (> 0,1 0 1 MW) e quando conectados à rede de baixa tensão são classificados de micro‐geração. ¾ Pequenos produtores quando operando interligados à rede de distribuição b i tensão dão d i i d sistema i d potência ê i em baixa origem a um novo tipo de de denominado de Micro‐redes. ¾ As micro micro‐redes redes podem operar em modo autônomo ou como parte da rede principal de energia elétrica. Quando várias fontes são conectadas entre si e operam de forma conjunta e coordenada dá origem ao que se denomina plantas de g geração ç virtual. de p Fundamentos de Eletricidade 49 Tendências para o Mercado de Energia Elétrica Fundamentos de Eletricidade 50 Tendências para o Mercado de Energia Elétrica ¾ As Plantas Virtuais de Geração são operadas coletivamente por uma entidade de controle centralizado, pois assumem a grandeza de uma planta convencional podendo operar no mercado de energia elétrica. Fundamentos de Eletricidade 51