Políticas de emprego e renda e Sistema público de emprego, trabalho e renda - SPETR Políticas de emprego e renda Fonte: Pochmann Políticas de emprego e renda - Como gerar e sustentar ocupações? Produção Depende de condições históricas e institucionais 1- Políticas macroeconômicas e de desenvolvimento: prioridades 2- Paradigma técnico-produtivo: condições operacionais do uso do trabalho e do capital 3- Políticas de bem-estar social: forma de distribuição dos frutos do progresso técnico, que dão sustentação ao crescimento, e geram ocupações e renda não mercantis 4- Sistema de relações de trabalho: regulação da concorrência entre trabalhadores 5- Políticas de emprego: setoriais, regionais, qualificação - Período recente com problemas no Mercado de Trabalho: 5 elementos desarticulados Ações mais focalizadas, descentralizadas, passivas Políticas macroeconômicas abandonam objetivo de pleno emprego Emprego passa a ser tratado com problema específico do mercado de trabalho - Duas visões: a) Tomar economia como um dado e focar na oferta de MO b) Mudar economia e focar na demanda de MO Políticas de emprego ativas e passivas: 1- Ativas: Atuam sobre a demanda de mão de obra Carga fiscal, crédito, gasto público, jornada de trabalho, investimentos públicos... 2- Passivas: Políticas compensatórias e sobre a oferta de mão de obra Intermediação de mão de obra, formação profissional, subsídios aos desempregados, redução da oferta de mão de obra... Sistema público de emprego, trabalho e renda SPETR - Nos períodos de pleno emprego, políticas de mercado de trabalho não tiveram historicamente papel de destaque Mas são importantes nesse caso, pois deslocam pontos de estrangulamento Precisa haver alternativas de emprego para os desempregados Problemas maiores em momentos de grandes mudanças tecnológicas Políticas com papel auxiliar Políticas de inclusão de mão de obra : qualificação, mobilidade, subsídios, jornadas máximas... Políticas de exclusão de mão de obra : crianças, idosos, renda... Funções do sistema público de emprego Funções básicas: 1- Intermediação de mão de obra 2- Sistema de informações sobre o Mercado de Trabalho 3- Administração de programas de ajuste e apoio ao emprego 4- Administração de benefícios aos desempregados 5- Contenção de oferta de mão de obra 1- Intermediação de mão de obra (colocação) Encontro de oferta e demanda Captação e aproveitamento de vagas Orientação profissional Verificar necessidade de qualificação profissional Prospecção e assessoria às empresas 2- Sistema de informações sobre o mercado de trabalho Geração de dados e produção de pesquisas e análises Caged, RAIS, PNAD, PME, PED, PIM (indústria), PMS (serviços), SINE Observatório do mercado de trabalho: estudos prospectivos 3- Administração de programas de ajuste e apoio ao emprego Aumentar empregabilidade Serviços de informações, orientação e assistência Programas de formação e qualificação profissional Apoio à criação de empregos: jovens, microcrédito, frentes de trabalho... 4- Administração de benefícios aos desempregados Seguro desemprego e assistência social para evitar pobreza Problemas de controle e de articulação com outros programas Específico do setor formal 5- Contenção da oferta de mão de obra Crianças e adolescentes e idosos Sistema público de emprego no Brasil Financiamento dos programas: Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Criado em 1990 Vinculado ao MTE e gerido pelo Codefat (Conselho Deliberativo do FAT, tripartite) FAT financia o seguro-desemprego, o abono salarial, programas de qualificação profissional e programas de desenvolvimento econômico Fontes de receita: recursos do PIS-PASEP, sobre o faturamento das empresas Distribuição dos recursos do FAT: 20% para DRU (Desvinculação de Receitas da União) 32% para o BNDES (40% do líquido) 48% para o MTE Existem também recursos de aplicações financeiras e do Tesouro RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização SINE (Sistema Nacional de Emprego): Intermediação de mão de obra e habilitação para o segurodesemprego Colocação de 7,3% do total de pessoas admitidas em 2005 Aproveitamento de 52% das vagas captadas em 2005 Cerca de 5 milhões de inscritos em 2005 Presente em ¼ dos municípios Qualificação profissional: - Planfor: Plano Nacional de Qualificação Profissional (1995) Substituído pelo PNQ: Plano Nacional de Qualificação (2003) 2,3 milhões de trabalhadores treinados em 1999 Críticas: desvios, cooptação, discursos ideológico (“colocar a culpa na vítima”), sem diagnósticos de necessidades, cursos que dependiam da oferta de cursos e não das necessidades Programas de geração de emprego e renda: - Proger: Projeto de Geração de Emprego e Renda (1994) Crédito para micro e pequenas empresas, cooperativas, associações de produção e setor informal, via BB, BNDES, BNB, CEF e Finep - Proger Rural e Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) - Proemprego, Protrabalho, Programa de Crédito Produtivo Popular, FAT Empreendedor Popular, Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado - Financiamento de exportações, capital de giro, competitividade: BNDES e BB - FAT Exportar e Proger Exportação - PNPE: Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para a Juventude (2003) - Sistema S (SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, SESCOOP, SEBRAE): 0,3% do PIB Conclusões: - Nos anos 1990 se completou a implantação de políticas básicas do sistema público de emprego: seguro-desemprego, serviço de emprego e qualificação profissional. - Substituindo políticas de desenvolvimento? Programas de geração de emprego e renda: pouco acompanhamento para verificar impactos. Políticas de emprego com grandes dificuldades: desemprego e deterioração do mercado de trabalho não foram contidos. Depois de 2004 o problema muda. - Problema de falta de articulação entre as diversas instâncias. Ex.: articulação do uso de recursos pelo BNDES com a formação prévia de mão-de-obra. Problemas de terceirização e alta rotatividade que desestimulam maior qualificação dos trabalhadores.