Biomecânica
das lesões músculosqueléticas
Prof. Cesar Martins
Faculdade de Medicina
Universidade de Passo Fundo
Biomecânica
ƒ “É a avaliação de um fenômeno
biológico, do ponto de vista mecânico,
com a visão de identificar os
mecanismos responsáveis pelo
fenômeno.”
John H. Challis, 2001.
Biomecânica
ƒ Entender como as pessoas se movem.
(biomecânica externa)
ƒ Melhorar a performance em atletas
ƒ Avaliar a marcha e melhorar a qualidade de vida
Ramos da Biomecânica
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Cardiovascular e respiratória
Trauma
Ortopédica
Reabilitação
Celular
Esporte
Músculoesquelética
Objetivos da Biomecânica
Reduzir o risco de lesões
ƒ Aprimorar a técnica
ƒ Calçados
ƒ Órteses e “braces”
ƒ Movimentos “mais fisiológicos”
ƒ Setor automobilístico
Colisão
Fraturas
Objetivos da Biomecânica
Estudo da propriedade dos materiais
(biomecânica interna)
ƒ Tendões, ligamentos, cartilagem e ossos
ƒ Resistência dos tecidos
ƒ Propriedades estruturais
ƒ Qual enxerto tem a resistência necessária para
certa utilização ???
Enxerto para o ligamento
cruzado anterior
Forças e Alavancas
ƒ Aplicamos Força quando empurramos ou
puxamos algo.
ƒ Alavanca é basicamente uma estrutura rígida
utilizada com um ponto fixo apropriado para
multiplicar a força mecânica.
Alavanca
Forças
ƒ A força pode produzir 3 tipos de
movimentos:
Rotação:
Giro através
do centro
Translação:
Deslocamento
do ponto A
para ponto B
Deformação:
Altera a forma
de um corpo
Gravidade
ƒ É a principal força agindo em todas as
pare do corpo.
O centro de gravidade pode ser definido como o ponto em que
todas as partes do corpo estão em equilíbrio
O centro de gravidade do homem está a 57% da altura
na posição em pé e da mulher a 55% da altura
(elas tem mais massa nos quadris, abaixa o centro).
Regra geral: localizado ligeiramente
abaixo da cicatriz umbilical, posterior a ela.
Equilíbrio e Estabilidade
ƒ A probabilidade de manter o equilíbrio é
aumentada quando o centro de
gravidade é abaixada em relação a base
de suporte.
Equilíbrio e Estabilidade
ƒ Assim que partes do corpo
movem para longe do centro de
gravidade, a probabilidade de
manter o corpo estável é mover
outras partes para compensar.
ƒ Este atleta cairia se não abrisse
os braços e inclinasse o tronco
para cima.
Alavancas
ƒ Consiste de 3 partes:
ƒ Resistência
ƒ Esforço
ƒ Fulcro ou “Pivô”
Alavancas
ƒ Funções:
ƒ Ampliar a resistência que pode ser movida
com determinado esforço.
ƒ Aumentar a velocidade na qual um objeto
move com determinada força.
ƒ 3 classes
Alavancas
ƒ Primeira classe
Fulcro no meio
Alavancas
ƒ Segunda classe
Força
Resist.
Fulcro no final
Fulcro
Alavancas
ƒ Terceira classe
Fulcro no final, mas a força
entre o fulcro e resistência
Torque
ƒ É uma força no sentido de um
giro.
ƒ Força excêntrica produz
movimento em giro.
Torque – movimento
angular
ƒ Como produzir um topspin ou
backsin??
Resistência dos Materiais
ƒ Ligamentos, ossos, cartilagem, tendões, etc...
ƒ Resistência
ƒ É a força máxima que um corpo pode suportar
antes da falência.
Ligamento Cruzado Anterior
Resistência
ƒ Resistência
ƒ É a força máxima que um corpo pode suportar
antes da falência.
Módulo da Resistência ou
Módulo de Young
Biomecânica Básica
Elástica
Força - N
ƒ Deformação Elástica
ƒ Deformação Plástica
ƒ Energia absorvida
para ruptura
Plástica
Energia
Absorvida
Deslocamento - mm
Biomecânica Básica
Limite de
escoamento
ƒ Dúctil (flexível)
ƒ Frágil (quebradiço)
ƒ Duro - rígido - resistente
Elástica
Força - N
ƒ Limite de escoamento
ƒ Carga máxima para
ruptura
Plástica
Energia
Absorvida
Deslocamento - mm
Carga
máxima
Cinco solicitações que
agem nos tecidos
Tração
Compressão
Cisalhamento
Torção
Flexão
Mecânica da Fratura
Tencer. Biomechanics in OrthopaedicTrauma, Lippincott, 1994.
Força e Àrea
Grandes
Força Grande e
Àrea Pequena
Força e àrea
pequenas
Força de Flexão:
Compressão:
Fratura Angulada
ou Asa de
Borboleta
Fratura Oblíqua
Força de Tração:
fratura transversa
ou avulsão
Força Torsional
Combinação de
Cargas
Alguns Artigos a respeito
da Resistência Tecidual
Mecânica Óssea
Força x Alongamento Relativo
ƒDensidade óssea
ƒSutil mudança na densidade
óssea = grandes mudanças
em sua resistência.
ƒDensidade óssea depende de:
•Doenças
•Uso
•Desuso
Browner et al., Skeletal Trauma 2nd Ed. Saunders, 1998.
Idade x Massa Óssea
Diferenças massa óssea entre os sexos
“Alcançar o máximo de massa óssea
na adolescência/fase adulto jovem é crucial
para reduzir os efeitos da perda óssea e reduzir
o risco de fraturas quando idoso.”
Kaplan et al., Orthop Basic science, 1994.
Mechanical properties of tendons and ligaments II.
The relationships of immobilisation and exercise on
tissue remodeling.
A força para ruptura do ligamento
colateral medial de coelhos reduziu
em 66% quando submetidos
a 9 semanas de imobilização
do joelho com gesso.
Gráfico da Força x Alongamento Relativo
Woo, S. L-Y et al. (1982) Biorheology 19: 397-408
Estudo Biomecânico
Qual o Efeito dos ligamentos córacohumerais e capsulares
na estabilidade glenoumeral?
Teste biomecânico
em cadáver humano
O principal estabilizador
glenoumeral em abdução e
rotação externa:
- ligamento glenoumeral inferior
Malicky, D.M. et al. (1996) JOR 14: 282-288
ƒ 32 tibias bovinas
ƒ 4 diferentes parafusos 8, 9, 10 e 11 mm
ƒ Enxerto: aquiles bovino
ƒ Nenhuma diferença estat.
Arthroscopy, 2010.
ƒ Relevância clínica: parafuso de
interferência dá uma adequada fixação de
enxerto de partes moles
Colocado na máquina
de testes de materiais
p= 0,45
ƒ Biomecânica básica - 4. ed. / 2005 - ( Livros ) - Acervo 91934
HALL, Susan J.. Biomecânica básica. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005. 509 p.
ƒ Biomecânica - 1. ed. / 2009 - ( Livros ) - Acervo 99453
DUARTE, Mario Sergio. Biomecânica. 1. ed. Nova Odessa:
Napoleão, 2009. 379 p.
ƒ Bases biomecânicas do movimento humano /1999 - (Livros ) Acervo 46106
HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M.. Bases biomecânicas
do movimento humano. São Paulo: Manole, 1999
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Biomechanics – the study of cause and effect