Latin American Journal of Pharmacy (formerly Acta Farmacéutica Bonaerense) Trabajos originales Recibido el 31 de julio de 2007 Aceptado el 16 de diciembre de 2007 Lat. Am. J. Pharm. 27 (1): 56-61 (2008) Estudo Fitoquímico e Biológico de Vernonia tweediana Baker (Asteraceae) Gaspar DIAZ *1, Marisa A. NOGUEIRA 2, Conceição F. A. OLGUIN 3, Andressa SOMENSI 3 & Gentil J. VIDOTTI 4 Departamento de Química, Universidade Federal de Minas Gerais, 31270-901, Belo Horizonte, MG, Brasil 2 Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Universidade Federal de Viçosa, 36570-000, Viçosa, MG, Brasil 3 Departamento de Química, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 85903-000, Toledo, PR, Brasil 4 Departamento de Química, Universidade Estadual de Maringá, 87020-900, Maringá, PR, Brasil 1 RESUMEN. A mistura de α-amirina, β-amirina e lupeol e o ácido palmítico puro foram os principais constituintes químicos isolados do extrato clorofórmio da parte aérea de V. tweediana. Lupenil palmitato puro e a mistura de α-amiril palmitato e β-amiril palmitato foram isolados a partir do extrato clorofórmio das raízes. As estruturas foram caracterizadas por métodos químicos e espectroscópicos. Também foram investigadas as atividades biológicas dos extratos hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol das partes aéreas e raízes de V. tweediana. Os extratos mostraram atividades boas a moderadas. SUMMARY. “Phytochemical and Biological Study of Vernonia tweediana Baker (Asteraceae)”. The mixture of α-amyrin, β-amyrin and lupeol and pure palmitic acid were the main constituents isolated from chloroform extract of the aerial part of V. tweediana. Pure lupenyl palmitate and a mixture of α-amyril palmitate and β-amyril palmitate were isolated from chloroform extract of the roots. Their structures were established by chemical and spectroscopic methods. The biological activities of the hexane, chloroform, ethyl acetate and methanol extracts of the aerial parts and roots from V. tweediana were also investigated. The extracts showed good to moderated activities. INTRODUÇÃO As pesquisas com plantas medicinais, além de visar o desenvolvimento de medicamentos de baixo custo resgatam a preservação da cultura popular de grupos étnicos definidos referentes ao uso das plantas com fins terapêuticos, evitando-se deste modo, que este conhecimento seja perdido 1. Destaca-se também a importância destes estudos para a preservação dos ecossistemas onde existem tais espécies, além de agregar valor à biodiversidade da região 2-4. O gênero Vernonia (Asteraceae) contém mais de 1000 espécies distribuídas em áreas tropicais e subtropicais da Ásia, África e América, e destas, mais de 350 são encontradas na América do Sul, mais abundantemente no sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia 5. Muitas espécies do gênero Vernonia são utilizadas medicinalmente em alguns paises da África para o tratamento da malaria, amebíase, infecções e doenças sexualmente transmissíveis 6-9. Algumas espécies deste gênero já tiveram sua ação terapêutica comprovada cientificamente. Dentre estas destacamos, por exemplo, as espécies V. colorata, com atividade antibacteraiana e antiinflamatória 10,11, V. cinerea com atividade analgésica, antipirética, antiinflamatória e ação citotóxica 12,13, V. arborea com atividade antifúngica 14, V. amygdalina como agente antimalárico e anticancerígeno 15,16, V. scorpioides com atividade antifúngica 17 e V. liatroides com ação relaxante muscular 18. Os metabólitos secundários característicos do gênero Vernonia são os triterpenos, esteróides e lignóides 19,20. Entretanto, os constituintes químicos mais comuns são as lactonas sesquiterpênicas e flavonóides 21-27. A espécie Vernonia tweediana (assa-peixe), é uma espécie abundante na região Oeste do Paraná, sendo facilmente encontrada nos pastos. Além da sua utilização na medicina popular, ela é um problema para os pastos e lavouras, pois é considerada uma erva PALAVRAS CHAVE: Atividade biológica, Triterpenos, Vernonia tweediana. KEY WORDS: Biological activity, Triterpenes, Vernonia tweediana. * 56 Autor a quem a correspondência deve ser enviada: E-mail: [email protected] ISSN 0326-2383 Latin American Journal of Pharmacy - 27 (1) - 2008 daninha muito resistente e de difícil controle 28. Um levantamento bibliográfico 29,30,31 permitiu conferir a existência de estudos biológicos já feitos desta espécie, porém revelou a ausência de trabalhos relacionados ao estudo fitoquímico da mesma. Baseado nessa pesquisa bibliográfica, o presente trabalho teve como objetivo fazer um estudo fitoquímico e de algumas atividades biológicas complementares dos extratos orgânicos obtidos das raízes e partes aéreas de V. tweediana, assim como a elucidação estrutural dos compostos isolados utilizando-se técnicas espectroscópicas de RMN, IV e espectrometria de massas. MATERIAL E MÉTODOS Procedimentos Experimentais Os pontos de fusão foram determinados em placa de aquecimento utilizando capilar, sem correção dos valores. Os espectros de absorção na região do IV foram registrados em um espectrofotômetro Bomem, modelo MB - 100C26, em pastilha de KBr, na região de 400 a 4000 cm-1. Utilizou-se absorção em 1601 cm-1 de um filme de poliestireno como referência. Os espectros de RMN de 1H e 13C foram obtidos em espectrômetro Varian modelo Gemini 2000, operando a 300 MHz para 1H e 75,5 MHz para 13C, tendo como referência interna o tetrametilsilano (TMS) ou o próprio solvente. Os deslocamentos químicos (δ) foram dados em ppm e o solvente utilizado foi CDCl3. As cromatografias em coluna foram realizadas em colunas de vidro utilizandose sílica gel 60 (0,063-0,200 mm) da Merck. Nas cromatografias em placa utilizaram-se sílica gel 60 GF254 e sílica gel 60 G da Merck. As revelações das placas foram efetuadas por irradiação no ultravioleta λ = 254 e 366 nm, e pulverização com solução etanólica a 7% de ácido fosfomolíbdico, seguida de aquecimento. Material Vegetal As partes aéreas e as raízes de V. tweediana foram coletadas em janeiro de 2004 em Umuarama (PR). Uma exsicata (no. 2283) encontra-se catalogada no Herbário HUNOP-Unioeste, Departamento de Ciências Biológicas. Extração e Isolamento A planta coletada foi dividida em parte aérea e raiz, sendo seca e moída, obtendo-se, respectivamente, 100 e 300 g que foram submetidas à extração através de maceração contínua à temperatura ambiente com hexano fornecendo (1,12 g da raiz e 1,18 g da parte aérea), clorofórmio (0,767 g da raiz e 1,19 g da parte aérea), acetato de etila (0,294 g da raiz e 0,334 g da parte aérea) e metanol (7,0 g da raiz e 1,75 g da parte aérea). O extrato clorofórmio da parte aérea (1,19 g) foi fracionado em coluna de sílica gel e eluído com hexano/diclorometano até 100% obtendo-se 198 frações. As subfrações 80100 forneceram um precipitado branco correspondente à mistura de 1, 2 e 3 (21,0 mg) e as subfrações 111-140 forneceram à substância pura 4 (15,0 mg, PF=61-63 °C). O extracto clorofórmio da raiz (0,767 g) foi fracionado em coluna de sílica gel e eluído com hexano/diclorometano até 100%. A purificação das subfrações reunidas 84-96 forneceu a mistura dos triterpenos 5 e 6 (60,0 mg) e a purificação das subfrações 110-155 forneceu a substância pura 7 (75 mg, PF= 123-125 °C). Atividades Biológicas Os bioensaios foram feitos de acordo com as metodologias já pré-estabelecidas na literatura 32,33. No bioensaio de A. salina, os extratos obtidos da parte aérea e raiz foram pesados e diluídos nos respectivos solventes, preparando-se concentrações de 1000, 100 e 10 ppm. Após este procedimento prepararam-se dez frascos com os extratos e o branco, evaporou-se o solvente e adicionaram-se, aproximadamente 50 µL de DMSO, 3 mL de água salgada e 10 larvas de A. salina completando o volume para 5 mL. Os frascos foram deixados descobertos e após 24 h foram contados os sobreviventes. A ED50 a 95% de intervalo de confiança foi determinada pela análise de Probit. No bioensaio de bioautografia, os extratos obtidos da parte aérea e raiz foram diluídos em DMSO e nos respectivos solventes e aplicados na concentração de 100 µg/µL em cromatofolhas de alumínio sílica gel G F254 0,2 mm 6 x 6 cm (Branco e Amostra). O controle foi feito aplicando-se 2 µL da solução de ciclopirox olamina. As placas foram então desenvolvidos com Hexano/AcOEt (80:20), o solvente foi evaporado e a placa (amostra) foi colocada dentro de uma placa de Petri de 90 mm de diâmetro, contendo o meio de cultura (20 mL), após a solidificação do meio de cultura foi aplicado cerca de 100 µL da suspensão de microrganismo contendo, aproximadamente 108 células/mL com auxílio de uma alça de Drigalski e incubada a 37 °C. A leitura do resultado foi feita 24 h após a aplicação medindo-se os halos de inibição e comparando-os com o controle e com o branco. 57 DIAZ G., NOGUEIRA M.A., OLGUIN C.F.A., SOMENSI A. & VIDOTTI G.J. RESULTADOS E DISCUSSÃO A purificação do extrato clorofórmico da parte aérea (folhas e caules), foi feita por cromatografia em coluna de sílica gel, utilizando como eluente uma mistura de hexano/diclorometano em ordem crescente de polaridade, resultando na obtenção de uma fração (21 mg) composta de uma mistura dos triterpenos 1, 2 e 3 e (15 mg) do ácido palmítico puro (4), Figura 1. Os sinais simpletos intensos entre 0,8 e 1,2 ppm observados no espectro de RMN de 1H da mistura são característicos de hidrogênios metílicos de esqueletos triterpénicos, os dois sinais tripletos largos com integração para um hidrogênio cada, em 5,18 e 5,13 ppm, respectivamente, caracterizam os hidrogênios vinílicos em 1 e 2. Os sinais dupleto largo e duplo dupleto com integração para um hidrogênio cada, acoplando entre si, em 4,69 e 4,57 ppm caracterizam os hidrogênios vinílicos em 3. Já, a maioria dos sinais no espectro de RMN de 13C encontrase na região entre 14 e 35 ppm referente aos carbonos metílicos e metilênicos. Entretanto, a caracterização das substâncias nessa mistura foi feita a partir do método proposto por Gallegos e Roque 34. Este método se baseia na análise dos dados de RMN de 13C de vários triterpenos em mistura, que mostra um padrão inconfundível de deslocamentos químicos de carbonos sp2 característicos de cada esqueleto triterpênico oxigenados em C-3. A análise dos deslocamentos químicos dos carbonos sp2 desta mistura sugere que a mesma seja composta dos triterpenos cujas estruturas pertencem a α-amirina (1) (δ 139,8-C-13, 124,6-C12), a β-amirina (2) (δ 145,4-C-13; 121,9-C-12) e ao lupeol (3) (δ 151,2-C-20; 109,5-C-29), respectivamente. A comparação dos dados obtidos para os compostos 1, 2 e 3 com aqueles descritos por Gallegos e Roque é mostrada na Tabela 1. Os espectros de IV e de RMN de 1H e de 13C de 4 foram compatíveis com aqueles descritos na literatura. A purificação do extrato clorofórmico da raiz, por cromatografia em coluna de sílica gel, eluída com hexano/diclorometano em ordem crescente de polaridade forneceu a mistura dos triterpenos esterificados 5 e 6 (60,0 mg), além da substância pura 7 (37 mg). O espectro de infravermelho da mistura de 5 e 6 apresentou uma banda em 1731 cm-1, característica de carbonila de éster. Figura 1. Constituintes químicos isolados a partir dos extratos clorofórmico da parte aérea e da raiz de V. twee- diana. 58 Latin American Journal of Pharmacy - 27 (1) - 2008 α-amirina (1) β-amirina (2) Lupeol (3) C - δ (ppm) C - δ (ppm) - literatura 139,8 (C-13); 124,6 (C-12) 145,4 (C-13); 121,9 (C-12) 151,2 (C-20); 109,5 (C-29) 139,4 (C-13); 124,1 (C-12) 145,1 (C-13); 121,7 (C-12) 150,5 (C-20); 109,3 (C-29) Tabela 1. Principais dados observados de RMN-13C (75,5 MHz, CDCl3) dos C-sp2 nos triterpenos 1, 2 e 3 e os da literatura.* Usaram-se somente os valores considerados úteis para comparação. O sinal em 80,8 ppm no espectro de RMN de da mistura de 5 e 6 atribuídos ao carbono carbinólico (C-3), sugere a esterificação do oxigênio ligado a este carbono. Esta mistura também foi caracterizada com o auxilio do método proposto por Gallegos e Roque 34. O espectro de RMN de 13C dessa mistura apresentou 67 sinais, sendo que a maioria destes encontrase na região entre 14 e 35 ppm correspondendo aos carbonos metílicos e metilênicos. Os sinais dos carbonos sp2 observados sugerem que a mistura é composta pelos esteres α-amiril palmitato (5) (δ 139,8-C-13 e 124,5-C-12) e β-amiril palmitato (6) (δ 145,4-C-13 e 121,9-C-12), Figura 1. Além disso, a comparação dos dados de RMN de 13C do β-amiril palmitato (6) com aqueles descritos na literatura 35 foram totalmente concordantes com este composto. Hidrólise alcalina da mistura forneceu o correspondente ácido palmítico (4), que foi confirmado por comparação dos dados espectrais com aqueles descritos na literatura e por CCD com amostras autenticas, e outra mistura da αamirina (1) e β-amirina (2). Os principais deslocamentos químicos no espectro de RMN de 13C para os compostos 5 e 6 são mostrados na Tabela 2, com destaque para os carbonos sp2. A análise do espectro de RMN de 1H da mistura reforça as conclusões feitas a partir dos dados observados no espectro de carbono. Os 13C C 5, δ (ppm) 6, δ (ppm) 3 12 13 18 19 20 COO CH3 80,8 124,5 139,8 59,3 39,8 39,8 173,9 14,1 80,8 121,9 145,4 47,4 47,0 31,3 173,9 14,1 Tabela 2. Principais dados observados de RMN-13C (75,5 MHz, CDCl3) das substâncias 5 e 6, com desta- que para os carbonos sp2.* Usaram-se somente os valores considerados úteis para comparação e elucidação. principais deslocamentos químicos para os compostos 5 e 6 são mostrados na Tabela 3, com destaque para os sinais característicos de hidrogênios vinílicos. O espectro de infravermelho da substância 7 apresentou uma absorção em 1729 cm-1, confirmando a presença de carbonila de éster e outra banda em 1641 cm-1 atribuída ao estiramento de carbono olefínico. Observou-se também uma absorção em 720 cm-1, que caracteriza a presença de várias unidades metilénicas (-CH2-)n de uma cadeia hidrocarbonatada longa. A análise do espectro de RMN de 1H de 7 mostra um dupleto largo em δ 4,68 (dl, J=2,4 Hz) e outro duplo dupleto largo em δ 4,56 (ddl, J=1,2 e 2,4 Hz) integrando para um hidrogênio cada, característicos de hidrogênios olefínicos geminais presentes no esqueleto do lupeol 36 e outro duplo dupleto em δ 4,48 (dd, J=5,6 e 10,8 Hz) integrando para um hidrogênio, característico de α-hidrogênio carbinólico esterificado no C-3. O espectro de RMN de 13C de 7 apresentou um sinal em δ 173,6, atribuído a carbonila de éster. O sinal em δ 80,6 atribuído ao carbono carbinólico (C-3) sugere a esterificação nesse carbono. Os sinais referentes aos carbonos sp2 foram observados em 109,3 ppm (C-29) e 150,9 ppm (C-20), respectivamente. Os demais sinais foram atribuídos por técnicas conhecidas incluindo APT e DEPT (90°) e revelaram que a unidade éster de cadeia longa tem um efeito sobre os deslocamentos de RMN de 13C no C-2, C4 e C-24. Com a finalidade de determinar o tamanho da cadeia lateral do éster, foi obtido um espectro de RMN de 13C quantitativo com delay H δ (ppm) J (Hz) 3 12’ 12” RCH2COO 4,50 (ql) 5,18 (tl) 5,12 (tl) 2,29 (t) 5,40 3,90 3,30 7,50 Tabela 3. Principais dados observados de RMN-1H (300 MHz, CDCl3) nas substâncias 5 e 6.* Usaram-se somente os principais valores considerados úteis para elucidação. 59 DIAZ G., NOGUEIRA M.A., OLGUIN C.F.A., SOMENSI A. & VIDOTTI G.J. de 10 s para permitir a relaxação completa de todos os carbonos. As áreas dos sinais dos carbonos referentes à cadeia lateral mostraram a presença de 16 carbonos. Sob hidrólise alcalina o composto forneceu o correspondente ácido palmítico (4) e o lupeol (3), os quais foram confirmados por comparação dos dados espectrais e por CCD com amostras autenticas. A associação de todos esses dados e a comparação com os dados descritos na literatura 35,37 permitiu confirmar que a estrutura foi do lupenil palmitato (7). Os principais deslocamentos químicos observados no espectro de RMN de 1H e 13C para o composto 7 são mostrados na Tabela 4. Bioensaios Os extratos hexânico, clorofórmico, acetato de etila e metanólico obtidos, tanto da parte aérea quanto da raiz foram submetidos aos bioensaios de Artemia salina e bioautografia. No bioensaio de A. salina, apenas o extrato hexânico da raiz apresentou atividade citotóxica significativa com um DL50 de 9,32 ppm. No bioensaio de bioautografia, os extratos obtidos da parte aérea e da raiz apresentaram atividade bacteriana, para as bactérias Proteus vulgaris, Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis, Serratia marcescens, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii e Ba- Ca C δ (ppm) H - δ (ppm) J (Hz) 2 23,7 - - 3 80,6 4,48 (dd) 5,6 e 10,8 4 37,8 20 150,9 - - 29’ 109,3 4,57 (ddl) 1,2 e 2,4 29” 109,3 4,68 (dl) 2,4 COO 173,6 - - CH3 14,1 - - Tabela 4. Principais dados observados de RMN-1H (300 MHz, CDCl3) e RMN-13C (75,5 MHz, CDCl3) para a substância 7. * Usaram-se somente os valores considerados úteis para elucidação. cillus cereus, sendo que alguns apresentam halos de inibição maiores que o do controle (Tabela 5). Nesse sentido, supõe-se que as atividades citotóxicas e bactericidas dos extratos ativos estejam relacionadas a algumas substâncias presentes nestes extratos, dai o interesse em poder obtê-las em suas formas puras para verificar estas atividades. Agradecimentos. Ao CNPq pelo apoio financeiro, Processo no 479150/2004-4. Parte aérea b Raiz Halo de inibição (mm) c Microrganismos H C M H C M n/a n/a Acinetobacter baumannii * 10 n/a 12 n/a n/a Escherichia coli 10 n/a n/a n/a n/a n/a n/a Enterobacter aerogenes 12 15 15 15 8 n/a n/a Pseudomonas aeruginosa * 10 n/a 18 n/a 4 n/a n/a Proteus mirabilis * 12 8 15 n/a n/a n/a 8 Proteus vulgaris 12 n/a 15 n/a n/a 5 n/a Klebsiella pneumoniae 10 n/a n/a n/a n/a n/a n/a Staphylococcus aureus 10 n/a 18 n/a 12 n/a n/a Bacillus cereus 10 n/a 12 n/a 5 n/a 5 Salmonella typhimurium 10 n/a n/a n/a n/a n/a n/a Serratia marcescens 10 n/a 12 n/a 5 n/a n/a Shigella flexneri 10 n/a n/a n/a n/a n/a n/a Tabela 5. Atividade antibacteriana dos extratos hexânico, clorofórmico e metanólico da parte aérea e da raiz de V. tweediana Baker.* Bactérias multi-droga resistentes; a = Controle Ciclopirox Olamina; b = Folhas e Caules; c = Média de duas repetições; n/a = não ativo. 60 Latin American Journal of Pharmacy - 27 (1) - 2008 REFERÊNCIAS 1. Noldin, V.F., V.F. Cechinel, F.D. 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