AS RELAÇÕES RACIAIS NA PERSPECTIVA DE UM GUERREIRO DA SOCIOLOGIA PROPOSITIVA. Autor(a): Maria Gisele de Alencar. Ciências Sociais. Universidade Estadual de Londrina. Orientador(a): Maria José de Rezende. Palavras-Chave: Ação Propositiva; desrecalcamento; negro brasileiro. O resgate das discussões acerca do negro brasileiro no interior do pensamento social, traz elementos, significativos para se pensar e compreender a própria formação da história do país; considerando que hoje, no século XXI são questões que ainda fazem parte da agenda pública, permite identificar o esvaziamento durante décadas de ações políticas efetivas e a uma carga teórica preconceituosa que foi construída ao longo de três séculos. O objetivo desse texto, portanto, é compreender as reflexões sobre a realidade brasileira tendo como norte às condições reais vividas pela população negra, a partir do pensamento do sociólogo Alberto Guerreiro Ramos, um intelectual baiano muito criticado no interior da academia e odiado pela aspereza de suas críticas aos estudiosos de seu tempo e aos que compuseram a cena intelectual brasileira desde o final do século XIX. Guerreiro Ramos entendia a Sociologia como um saber, um conhecimento interessado comprometido com o processo de mudança social; visto por esse prisma, a sociologia é dotada de funcionalidade, cuja finalidade é a organização da sociedade brasileira e dos países da América Latina. As suas obras são orientadas, sempre, no sentido de romper com os atrasos sociais, políticos, econômicos e culturais, a partir do desenvolvimento de uma sociologia propositiva1 e autenticamente nacional. A saber, serão utilizadas duas de suas obras a Introdução Crítica À Sociologia Brasileira (1957) e A Redução Sociológica (1965) como 1 A intervenção, a proposta de caminhos para a mudança social a partir do conhecimento sociológico, faz parte de uma gama de discussões que desde a década de 1950 são temas que se articulam tanto na sociologia estrangeira quanto na sociologia brasileira. Os estudos desenvolvidos por Karl Mannheim, por exemplo, fornece elementos significativos para compreender como a partir do conhecimento é possível se chegar à uma sociedade menos injusta. Para o autor os intelectuais possuem um papel extremamente importante nesse processo de intervenção. A pratica propositiva consiste na busca de apreender, compreender e então intervir mediante as propostas políticas que de fato respondam as demandas sociais. base de argumentação, delimitando assim, um período específico do pensamento do autor, que vai do final da década de 1940 e inicio da década de 1960. No desenvolvimento de sua crítica sobre os estudos de sociologia no Brasil, Guerreiro identificou duas formas de se produzir conhecimento que se definem em duas correntes de pensamento: a sociologia enlata ou em hábito e a sociologia em mangas de camisa ou em ato. A primeira, se desenvolve sobre os princípios teóricos e metodológicos da ciência européia e norte-americana; nessa prática os estudos analisam as estruturas nacionais a partir do olhar estrangeiro desconsiderando, do ponto de vista histórico, as singularidades e particularidades inerentes a sociedade brasileira, o que rechaça qualquer possibilidade de mudança, a medida que desconsidera o que é histórico. A adoção mecânica dos métodos e processos refinados da antropologia e da sociologia européias e norte-americanas tem levado grande parte dos profissionais brasileiros do campo dessas disciplinas a um certo descritivismo casuístico de escasso valor pragmático, isto é, pouco utilizável como contribuição para o esclarecimento dos principais problemas da sociedade brasileira. (RAMOS, Alberto Guerreiro. 1957, 35). A segunda, se desenvolve a partir da crítica objetiva da realidade instaurada pelo processo de ruptura – mediante a reflexão histórica – com os determinantes e condicionantes exógenos da ciência clássica; a verdadeira sociologia em mangas de camisa é a sociologia autêntica e propositiva. A essência de sociologia autêntica é, direta e indiretamente um propósito salvador e de reconstrução social. Por isso, inspira-se ela numa experiência comunitária vivida pelo sociólogo, em função da qual adquire sentido. Desvinculada de uma realidade humana efetiva, a sociologia é uma atividade do pif paf . Quem diz vida diz problema. A essência da vida é sua problematicidade incessante. Daí na medida em que o sociólogo exercita vitalmente a sua disciplina é forçosamente levado a entrelaçar o seu pensamento como a sua circunstancia nacional ou regional. (Idem, Ibid, 79). No sentido da ação propositiva como prática essencial do trabalho intelectual, é possível identificar no interior do pensamento do autor a definição de lei do comprometimento.Os pressupostos dessa lei são definidos a partir do que Guerreiro aponta por engajamento consciente e por engajamento ingênuo, haja vista, a necessidade de esclarecer a diferença significativa entre as duas definições. O engajamento consciente, consiste no comprometimento dos cientistas sociais, principalmente os dos paises latino-americanos, com as suas condições objetivas de existência, “o regional e o nacional, em tal compromisso, não são termos finais, são termos imediatos de concretização do universal”. (Idem, 1965, 113). Essa forma de engajamento emerge nas mentes dos sociólogos empenhados em romper com escravismo intelectual e em superar criticamente as imposições universais desenvolvendo um conhecimento situado em seu próprio contexto nacional e regional.(Idem, Ibid, 112). O engajamento ingênuo, consiste na prática daqueles que declaram cegamente o universalismo científico sem haver a reflexão de seus pressupostos e, àqueles que se ocupam de “auto-exaltações nacionais, pela manipulação de resíduos emotivos, sob o rotulo de ciências” (Idem, Ibid, 113). Acerca dos argumentos do autor em vistas do que define por sociologia em mangas de camisa, sociologia enlata, engajamento consciente, engajamento ingênuo são perceptíveis alguns elementos essências na compreensão de seu pensamento, a saber : a importância delegada à história, portanto é pensar que o homem não é um ser a-histórico; a assimilação crítica do universalismo científico, visto que o autor não nega a formação sociológica clássica, mas discorda sim do modo como a mesma é utilizada; o indeferimento à neutralidade do conhecimento em defesa de um conhecimento orientado e comprometido com o processo de mudança social. A crítica e a autocrítica são os elementos norteadores da sociologia nacional defendida pelo autor, pois, carecia à sociologia brasileira fundamentação e aprofundamento sobre a realidade do país. A crítica objetiva é o subsidio para o conhecimento orientado à superação dos problemas que emperravam o desenvolvimento dos países da América Latina e do Brasil; uma vez que, o homem de ciência detentor do conhecimento das especificidades de sua própria realidade nacional é, significativamente, capaz de propor soluções efetivas às mazelas sociais. [...] para que o trabalho sociológico se torne um fator operativo nas sociedades latino-americanas , é preciso que se integre na realidade econômica e social delas, isto é, que cada vez mais se esforce em vincular-se à vida coletiva. Embora a sociologia, como ciências, seja uma só verifica-se que ela que ela se diferencia quanto aos temas e problemas que trata. Esta diferenciação é imposta pelas diversidades de estrutura econômica e social dos países e deve ser tanto estimulada quanto mais desejem os sociólogos latino-americanos tornar-se úteis às coletividades de que participam. (Idem, 1957, 82). A partir dessas reflexões, Guerreiro Ramos procurou elaborar uma sociologia nacional para desvendar as reais condições de vida da população negra no Brasil; demonstra como as questões relacionadas a essa parcela da população brasileira têm sido analisadas à base da sociologia enlatada e como essa forma de fazer sociologia fomenta e cristaliza cada vez mais o preconceito e o racismo.O aspecto enlatado da sociologia brasileira reflete as lacunas no entendimento sobre a vida do homem de cor2; até aquele momento [década de 1950] os estudos legitimavam a noção pitoresca e exótica do negro. As percepções pitoresca e exótica são reflexos da sociologia que analisa homens e mulheres negros do ponto de vista da homogeneidade, como se fossem coisas dotadas de categorias estáticas no interior da dinâmica social, visto por esse ângulo “o elemento negro se torna <<assunto>>, tema de especialistas”. (Idem, Ibid, 128). A sociologia autenticamente nacional possui subsídios capazes de romper com a homogeneidade e analisar sobre o ponto de vista do negro vida, contrário à perspectiva do negro tema. Há o tema do negro e há a vida do negro. Como tema, o negro tem sido, entre nós, objeto de escalpelação perpetrada por literatos e pelos chamados <<antropólogos>> e <<sociólogos>>. Como vida ou realidade efetiva, o negro vem assumindo o seu destino, vem se fazendo a si próprio, segundo lhe tem permitido as condições particulares da sociedade brasileira. Mas uma coisa é negro tema; outra coisa é negro-vida. O negro tema é uma coisa examinada, olhada, vista, ora como ser mumificado, ora como ser curioso ou de qualquer modo como um risco, um traço da realidade nacional que chama a atenção . O negro-vida é, entretanto, algo que não se deixa imobilizar; é despistador, protéico, multiforme, do qual na verdade, não se pode dar versão definitiva, pois é hoje o que não era ontem e será amanhã o que não é hoje. (Idem, Ibid, 171). A análise da população negra deve estar em harmonia com a dinâmica da sociedade. O negro é brasileiro assim como o branco e deve ser olhado a partir do movimento 2 Expressão utilizada por Guerreiro Ramos. real; não há possibilidades de desenvolver uma análise objetiva baseada em princípios da homogeneidade das relações, uma vez que, existem as particularidades regionais e locais. Sobre o problema do negro no Brasil existe farta literatura de caráter histórico e sócio-antropológico produzidas por autores estrangeiros e nacionais. Nesta literatura, em sua quase totalidade, está implícito um modo de ver as relações raciais no país, que se revela [...], em contradição com as tendências de autonomia espiritual e material do Brasil. O negro tem sido estudado, no Brasil, a partir de categorias e valores induzidos predominantemente da realidade européia. (Idem, Ibid, 123). O desapego aos clichês da sociologia e antropologia estrangeira, seja ela européia ou norte-americana, para explicar a realidade brasileira e, como os homens e mulheres negros se relacionavam entre si e com essa realidade, seria para Guerreiro Ramos um dos principais pontos a serem seguidos por aqueles que se preocupavam, objetivamente, em minar com teorias racista e equivocadas em prol da ação efetiva contra o preconceito e o racismo. O primeiro passo nessa trajetória do desapego consiste, para o autor, na reflexão e a assimilação critica da produção sociológica, antropológica e histórica que se norteavam, em larga escala, sobre os auspícios da ciência clássica estrangeira. Ao desenvolver um exame sobre os estudos da população negra brasileira, Guerreiro Ramos, definiu três correntes de pensamento acerca do assunto. (Idem, Ibid, 128). A primeira considerada crítico-assimilativa da ciência estrangeira inaugurada por Sylvio Romero (1851-1914) tendo continuidade nos trabalhos de Euclides da Cunha (1866-1909), Alberto Torres (1865-1917) e Oliveira Vianna (1883-1951). (Idem, Ibid, 128). A segunda considerada monográfica, inaugurada por Nina Rodrigues (1862-1906) cujos trabalhos deixaram discípulos como Arthur Ramos (1903-1949) e, posteriormente Gilberto Freyre (1900-1987). A terceira considerada por Guerreiro como a fase mais lúcida do pensamento sobre o homem de cor brasileiro, se funda a partir da ação político social do Teatro Experimental do negro.(Idem, Ibid, 159). A exemplo da busca pelo desrecalcamento da imagem pitoresca e exótica, em larga escala, atribuído à população negra brasileira, esse texto se restringe a terceira corrente definida pelos desdobramentos da ação político-social do Teatro Experimental do Negro – T.E.N3. Aos homens e mulheres negros que integravam o movimento era oferecido curso de alfabetização, treinamentos dramáticos e de cultura geral. Nessa perspectiva, o que se buscava era direcionar um trabalho profundo em “defesa e promoção dos valores culturais” sobre a óptica do questionamento sistemático dos padrões estéticos da sociedade branca.(NASCIMENTO, Abdias, Família Cristã, n. 834, junho de 2005, pág 7); portanto, ultrapassou os limites de uma instituição de formação, era um trabalho intensivo e extensivo para desconstruir um padrão estético alienado e por conseqüência, fomentar e resgatar a autoestima da população negra. A metodologia de trabalho do T.E.N foi desenvolvida a partir de três objetivos fundamentais, segundo Guerreiro Ramos. O primeiro consistia em “formular categorias, métodos e processos científicos destinados ao tratamento do problema racial no Brasil;”, o segundo versava a ação de “reeducar os <<brancos>>brasileiros, libertando-os de critérios exógenos de comportamento” e o terceiro buscava “<<descomplexificar>> os negros e mulatos, adestrando-os em estilos superiores de comportamento, de modo que possam tirar vantagem das franquias democráticas em funcionamento no país.”(Idem, Ibid, 163). Guerreiro Ramos, que também compôs o quadro de intelectuais negros no interior do movimento, considerava que o T.E.N “representava mudança de 180 graus na orientação dos estudos sobre o negro” o que causou nos corredores acadêmicos aversão, pois, o que se questionava, entre outras coisas, era a própria prática dessa ciência acadêmica.. (Idem, Ibid, 162). [...] o T.E.N foi no Brasil o primeiro a denunciar a alienação da antropologia e da sociologia nacional, focalizando a gente de cor, à luz do pitoresco ou do histórico puramente, como se se tratasse de elemento estático ou mumificado. (Idem, Ibid, 162). 3 O T.E.N foi criado em 1944 pela iniciativa do militante negro Abdias Nascimento. A iniciativa de fundar esse movimento – o T.E.M – partiu de uma viagem feita por Abdias Nascimento em 1940 para o Peru. Em Lima assistiu a uma peça de teatro cujos atores eram todos brancos, a ausência do negro nos palcos suscitou no autor a possibilidade de realizar um teatro negro no Brasil. Suas idéias, a principio, foram rechaçadas e somente em 1944 o projeto se concretizou na cidade do Rio de Janeiro.(NASCIMENTO, Abdias. Apud, Família Cristã, n. 834, junho de 2005, pág. 6). A superação desse elemento ordenador das análises antropológicas e sociológicas consistia em uma atividade criativa que, a partir da vivência de mulheres e homens de cor fossem desenvolvidos conceitos autênticos e uma metodologia coerente com o Brasil; compreender e respeitar a população negra significa olha-la sobre a sua própria óptica, ou seja, coloca-la no devido lugar de sujeito na ação social. A prática do desvendamento mediante a condição de vida do próprio negro, torna-lo sujeito e não objeto, consiste em uma prática sociológica direcionada ao resgate dos movimentos de liderança, de luta política que a ciência branca coloca em gavetas e esquece. O Brasil foi palco de muitos protagonistas de destaque nesse processo de questionamentos e reivindicações como por exemplo, os movimentos organizados por Chico Rei, em Minas Gerais no principio do século XVIII, para alforriar negros escravos; as confrarias, os fundos de emancipação, as caixas de empréstimos, irmandades e juntas que foram instituições que se organizavam e arrecadavam dinheiro destinado à compra de cartas de alforrias; as insurreições de negros mulçumanos no Estado da Bahia; quilombos, como a famosa República de Palmares, em Alagoas; o movimento abolicionista em que se sobressaíram Luiz Gama e José do Patrocínio, intelectuais negros, e outras iniciativas e associações. (Idem, Ibid, 160). A superação da alienação é um exercício de crítica e de autocrítica e, esse por sua vez, consiste em um propósito árduo, pois, os alicerces que se fundamentaram na análise do negro brasileiro já estavam consagrados. Os alicerces, assim referidos, foram desenvolvidos à luz da estética social branca, cujo imperativo europeu modelou o padrão de ciência e de organização social. O modelo europeu de ciência e organização social eleva o negro a categoria de problema à medida que existe uma norma legitimada pelo ideal da brancura, todos os demais tipos e formas de organização são taxados de anormais e que portanto necessitam se enquadrar à norma. Por exemplo, a forma de organização que os africanos trouxeram para o Brasil e que deixaram aos seus descendentes. O que parece justificar esse aspecto é o fato de que ele é portador de pele escura. A cor da pele parece constituir o obstáculo, a anormalidade a sanar. Dir-se-ia que na cultura brasileira o branco é o ideal, a norma, o valor, por excelência. E, de fato, a cultura brasileira tem conotação clara, Este aspecto só é insignificante aparentemente. Na verdade, merece apreço especial para o entendimento do que tem sido chamado, pelos sociólogos, de <<problema do negro>>. (Idem, Ibid, 150). A mentalidade padronizada inibe o desenvolvimento de um caráter esteticamente autêntico, em harmonia com as determinações históricas e sociais. No campo do desenvolvimento da sociologia é possível analisar por esse viés estético, uma vez que, ao se apropriar das categorias científicas européias há um, significativo, distanciamento das determinações histórico-sociais. As categorias da estética social nas culturas autênticas são sempre locais e , em última análise, são estilizações de aspectos particulares de circunstancia histórica determinada. [...]. Cada sociedade, na medida em que se conserva dotada de autenticidade ou de integridade, inculca, em cada um de seus membros, pela aprendizagem, padrões de avaliação estética, os quais reforçam as suas particularidades. (Idem, Ibid, 152). Portanto, pensar na cultura autêntica equivale a pensar em estilizações elaboradas a partir da realidade vivida em sociedade. A sociedade que se vale de atributos exógenos, nesse sentido, os atributos europeus, promovem segundo Guerreiro Ramos, “manifestações patológicas” que desenvolvem as aspirações pela brancura. (Idem, Ibid, 152). Essa patologia traduz a adoção de critério artificial, estranho à vida, para a avaliação da beleza humana. Trata-se, aqui, de um caso de alienação que consiste em renunciar à indução de critérios locais ou regionais de julgamento do belo, por subserviência inconsciente a um prestígio exterior.(Idem, Ibid, 152-153) A propedêutica da sociologia que supera as limitações e vai ao encontro das condições objetivas do negro, parte de critérios psicológicos socialmente condicionados, assim, o autor defendia a necessidade de fomentar na consciência do homem pele escura4 que ele é sujeito de sua própria história e que deve se afirmar de maneira autêntica como homem negro; por esse prisma, os padrões e valores sociais dominantes – o da brancura – passam a ser desvelados e, o espírito da crítica orienta a transformação. (Idem, Ibid, 156-157), assim se define a atitude do niger sum. 4 A expressão homen de pele escura é utilizada por Guerreiro Ramos. A cultura ocidental criou, ao longo da história, uma teia de significados pejorativos destinados à cor negra, “são infinitas as sugestões, nas mais sutis modalidades, que atrapalham a consciência e a inconsciência do homem” no aspecto de inferiorizar a cor negra. (Idem, Ibid, 193). Guerreiro Ramos, cita o exemplo da linguagem que utiliza expressões como, “destino negro”, “lista negra”, “câmbio negro” para designar algo ruim, execrável. (Idem, Ibid, 193). O desrecalcamento da mentalidade petrificada do branco acerca do negro brasileiro, configura a essência de toda metodologia utilizada pelo T.E.N de maneira geral, e em particular aos escritos de Guerreiro Ramos; consistia, portanto, no desvendamento do preconceito e do racismo velado pelos proclamas da democracia racial e ao padrão estético do branco a partir de uma sociologia propositiva. Referência Bibliográfica NASCIMENTO, Abdias, REVISTA FAMÍLIA CRISTÃ, n. 834, junho de 2005, pág 6-8. RAMOS, Alberto Guerreiro. A Introdução Crítica a Sociologia Brasileira. Rio de Janeiro. Andes. 1957. _________________________ A Redução Sociológica: Introdução ao estudo da razão sociológica. Rio de Janeiro. Tempo Brasileiro. 2a Edição. 1965.