A IMPORTÂNCIA DAS INCUBADORAS DE EMPRESAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO EMPREENDEDORISMO E PARA A CRIAÇÃO DE NOVAS EMPRESAS: O CASO DA FUNDAÇÃO EDUCERE DE CAMPO MOURÃO-PR Josimari de Brito Morigi, (G), UNESPAR/FECILCAM, [email protected] Adalberto Dias de Souza, (OR), UNESPAR/FECILCAM, [email protected] INTRODUÇÃO As micro e pequenas empresas integram uma fatia percentual significativa no total de empresas brasileiras. Elas ainda são responsáveis por empregar mais da metade da população economicamente ativa. Destarte, possuem um papel importante no desenvolvimento econômico e social do país. No Brasil o índice de mortalidade de micro, pequenas e médias empresas (MPME’s), sobretudo nos cinco primeiros anos de vida ainda é muito elevado. Apesar de algumas melhoras terem acontecido nas últimas décadas, tais como redução nos custos e na quantidade de documentação exigida, e consequentemente, no tempo necessário para se abrir uma nova empresa, maior acesso a linhas de créditos, programas de capacitação, fornecimento de consultorias, etc., o empresariado brasileiro ainda encontra limitações desde o processo inicial de abertura da nova empresa e também posteriormente, quando precisa de apoio financeiro e econômico para que a sua empresa venha a crescer e se estabilizar no mercado. Entretanto, não podemos esquecer que muitas vezes, o fracasso do empreendimento está relacionado ao despreparo do próprio empresário, pois muitos decidem dar início a um novo empreendimento sem nenhum tipo de preparo ou informação, outros ainda, atuam de maneira informal, prejudicando a manutenção e a sustentabilidade da empresa. Além da criação e implementação de diversas políticas e programas de apoio às micro, pequenas e médias empresas, nas últimas décadas, as incubadoras de empresas têm-se mostrado como uma maneira interessante e eficaz para a redução do índice de mortalidade de empresas no Brasil. O presente estudo tem por objetivo fazer uma reflexão a respeito da importância das incubadoras de empresas para a cultura do empreendedorismo e para a criação de novas empresas, com foco direcionado para a Fundação Educere que é um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na área de biotecnologia, cujo foco principal é a incubação de empresas, bem como garantir um número maior de mão de obra especializada disponível para trabalhar nas empresas que integram atualmente o Arranjo Produtivo Local de Insumos e Equipamentos Médicos, Odontológicos e Hospitalares de Campo Mourão, também conhecido como APL da saúde de Campo Mourão. O importante papel desenvolvido pelas incubadoras de empresas, tanto no que diz respeito ao incentivo a geração de empresas competitivas, como na formação de empreendedores, e também a escassez de estudos que abordem a temática das incubadoras de empresas, especialmente com foco direcionado para a Fundação Educere de Campo Mourão, motivou a realização deste estudo. Os procedimentos metodológicos adotados para a pesquisa foram: a pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos, teses, dissertações e diagnósticos setoriais. E o levantamento de dados junto a Fundação Educere e também o levantamento de dados secundários junto aos órgãos de pesquisa. Para alcançar o objetivo proposto, o artigo apresenta, inicialmente, o amparo analítico para o estudo, abrangendo os principais conceitos que articulam este texto, principalmente no que tange a concepção de incubadoras de empresas. Em seguida, há um recorte, balizando a investigação do presente estudo, para explicar sobre a importância da Fundação Educere para a cultura do empreendedorismo, para a criação de novas empresas e para o desenvolvimento das empresas que integram o Arranjo Produtivo de Insumos e Equipamentos Médicos, Odontológicos e Hospitalares, também conhecido como APL da saúde de Campo Mourão. Por fim, têm-se as conclusões do artigo. DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA DE UMA INCUBADORA DE EMPRESAS Nas últimas décadas observa-se na economia brasileira uma evidente aceleração do movimento de empreendedorismo. Muito já foi debatido sobre sua importância, e os estudos realizados na área mostraram como o papel do empreendedor não é apenas o de fundador de novas empresas, mas sim como o fator e uma ferramenta de suma importância para a ascensão da economia nacional (CHIAVENATO, 2007). Em meio aos diversos agentes de desenvolvimento econômico regional e de incentivo ao empreendedorismo, podem ser destacados no Brasil alguns fatores fundamentais para o sucesso empresarial dos empreendedores. Em decorrência de sua importância imponente, destaca-se em primeira análise o projeto das Incubadoras de Empresas. Considerando o elevado índice de mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil, é evidente a importância do suporte provido pelas Incubadoras no paradigma econômico nacional, visto que asseguram uma contribuição significativa para que novos negócios sobrevivam mesmo diante de um cenário conturbado e adverso como o brasileiro. Segundo dados do estudo intitulado Demografia das Empresas, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012), a partir de dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), o número de empresas registradas em 2010 excedeu o de 2009 em 6,1%, o que evidencia a entrada de 261,7 mil novas empresas no mercado. Sendo que a grande maioria das empresas novatas era de pequeno porte, mas, foram as empresas maiores que demonstraram ter capacidade de resistir por mais tempo no mercado. Ainda segundo o IBGE, com base nos dados estatísticos obtidos de 2007 a 2010, após três anos de existência, 48, 2% das empresas não sobreviveu. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (2013), cerca de 30 % das micro e pequenas empresas fecham suas portas antes do terceiro ano de vida, principalmente em consequência da falta de planejamento na abertura do negócio, falta de informações/conhecimentos do empresariado sobre o empreendimento, má administração e maus investimentos, dentre outros. Com o intuito de tentar diminuir o índice de mortalidade de empresas, surgiu a ideia de implementar um projeto que consiste em uma parceria entre ambientes de ensino e empresas. Tal projeto ficou conhecido como Incubadoras de Empresas. A Rede Paranaense de Tecnologia e Inovação – Reparte (2013), menciona outros fatores que acarretam o índice elevado de mortalidade de empresas, que são: as dificuldades burocráticas, que incluem uma legislação complexa, exigente e que origina altos custos burocráticos, tributários, de produção e comercialização, além das complexidades concorrenciais para os micro e pequenos empresários que atuam em mercados oligopolizados, onde empresas de grande porte determinam prazos e condições de pagamentos para a aquisição de produtos e fornecimento de insumos. Ademais, as altas taxas de juros sobre os empréstimos, superiores às que pagam as grandes empresas, bem como as exigências dos emprestadores por garantias reais, que na maioria das vezes os micros e pequenos empresários não podem oferecer, deixam-nos sem acesso ao crédito. Vale ressaltar que, o processo de incubação é considerado um dos mecanismos mais eficientes para disseminar e desenvolver novos empreendimentos. Segundo dados do relatório do MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia, no Brasil e no mundo as estatísticas evidenciam que a taxa de mortalidade de empresas que passam pelo processo de incubação é reduzida de 70% para 20% em comparação com as empresas que não passam por esse processo. Entretanto, cabe a ressalva de que as incubadoras de empresas, assim como qualquer outra organização, precisam elaborar um Plano de Negócios, uma vez que, este Plano representa um instrumento essencial para um planejamento adequado e eficiente e ainda serve como ferramentapadrão solicitada pelas entidades de fomento às incubadoras para análise e concessão de recursos financeiros e econômicos, fundamentais a sua operação. Antes de destacarmos a importância das incubadoras de empresas para a criação de novas empresas mais sólidas e competitivas no mercado, e a importância das mesmas para o desenvolvimento do empreendedorismo, torna-se necessário trazer à baila a definição do termo ‘incubadora de empresas’. De acordo com as informações da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos e Tecnologias Avançadas - ANPROTEC (2013), uma incubadora de empresas é: [...] uma entidade que tem por objetivo oferecer suporte a empreendedores para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso. Para isso, oferece infraestrutura, capacitação e suporte gerencial, orientando os empreendedores sobre aspectos administrativos, comerciais, financeiros e jurídicos, dentre outras questões essenciais ao desenvolvimento de uma empresa (ANPROTEC, 2013, p.01). Já o Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Empresas (PNI), sustentado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), define incubadora como: [...] um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais e que, além disso, facilita e agiliza o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas. Para tanto, conta com um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços e que, necessariamente, dispõe de uma série de serviços e facilidades [...] (BRASIL, 2008, p.01). Conforme as informações do Instituto Nacional de Comunicações - INATEL (2013), as incubadoras são organizações que podem apresentar vínculos com instituições de ensino públicas ou privadas, prefeituras e ainda, iniciativas empresariais independentes. Ademais, o alicerce de sustentação de um programa de incubação encontra-se consolidado na difusão da cultura empreendedora, do conhecimento e da inovação. Colaborando com o exposto, Medeiros (1996) explana que o conceito de incubadora está profundamente atrelado a um núcleo que na maioria das vezes abriga microempresas de base tecnológica, isto é, aquelas que têm no conhecimento seu principal bem de produção. Para Spolidoro (1999, p. 12), “incubadora é um ambiente favorável à criação e o desenvolvimento de empresas e de produtos (bens e serviços), em especial àqueles inovadores e intensivos de conteúdo intelectual (produtos em cujo custo a parcela do trabalho intelectual é maior que a parcela devida a todos os demais insumos)”. Em relação à origem do termo ‘incubadora de empresas’, Menezes (2004) enfatiza que este termo surgiu na década de 1950, no estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Quando uma grande empresa local veio a falir, e deixou um galpão de aproximadamente 80 mil metros quadrados sem utilização. Um homem chamado Joseph Mancuso teve a ideia de adquirir o imóvel e transformar o mesmo em um condomínio para pequenas empresas, com o intuito de viabilizar um novo negócio, além de gerar empregos para as pessoas que haviam sido demitidas. À infraestrutura física das instalações, Joseph Mancuso acrescentou um conjunto de serviços que poderiam ser compartilhados pelas empresas ali instaladas, tais como secretaria, contabilidade, vendas, marketing, dentre outros; reduzindo os custos operacionais das empresas e aumentando a competitividade delas. Uma das primeiras empresas instaladas na área foi um aviário, o que atribuiu ao prédio a denominação de "incubadora". No Brasil, as primeiras incubadoras de empresas surgiram na década de 1980 e cresceram abundantemente de lá pra cá. Lembrando que, a incubadora de empresas pioneira foi estabelecida na cidade de São Carlos (SP), com quatro empresas instaladas e é considerada a mais antiga da América Latina. Na mesma década outras incubadoras de empresas foram instituídas nas seguintes localidades: Florianópolis, Curitiba, Campina Grande, Rio de Janeiro, Distrito Federal, dentre outras. E com a criação da ANPROTEC em 1987, o movimento de criação de incubadoras tornou-se mais articulado e organizado. Segundo Medeiros et al. (1992, apud BAÊTA, 1999), no Brasil as incubadoras de empresas, surgiram inicialmente vinculadas à universidades ou à centros de pesquisas, contudo, posteriormente passaram a ser apoiadas por outras entidades. No início da década de 1990, o SEBRAE passou a apoiar o movimento de criação de incubadoras por meio de ações destinadas à sua implantação, desenvolvimento e fortalecimento, pois acreditava que as incubadoras seriam uma importante ferramenta de apoio às micro e pequenas empresas nacionais. Este apoio tem se viabilizado até os dias atuais através de uma série de ações como acesso a produtos e serviços que o sistema oferece, além do repasse de recursos financeiros. Atualmente, o Brasil possui o maior número de incubadoras na América Latina. Segundo dados de um estudo realizado em 2011 pela ANPROTEC, em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Brasil têm 384 incubadoras em operação, estas abrigam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho. Essas incubadoras também já graduaram 2.509 empreendimentos, que atualmente faturam R$ 4,1 bilhões e empregam 29.205 pessoas e, possuem 1.124 empresas associadas (residentes ou não no espaço físico da incubadora, mas que usufruem da mesma infraestrutura e dos mesmos serviços). O mesmo estudo apontou outro dado importante: 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 28% com foco no âmbito local, 55% no nacional e 15% no mundial. Além disso, o estudo evidencia que das 2.640 empresas incubadas do Brasil, 58% têm foco no desenvolvimento de novos produtos ou processos resultantes de pesquisa científica e 38% atuam na inserção de arranjos produtivos locais (APLs) de alta tecnologia. Um pouco mais da metade (52%) dessas firmas opera na prestação de serviços, enquanto que 43% delas estão na área industrial e 5% na agroindústria. Cabe ressaltar que, de maneira geral, o público alvo das incubadoras de empresas são os empreendedores que tenham um projeto de negócio; micros e pequenas empresas em operação; micro e pequenas empresas em fase inicial de funcionamento. No entanto, é importante ressalvar que para participar de uma incubadora é preciso que o negócio apresente viabilidade econômica e técnica e retorne um produto, serviço ou processo com diferencial competitivo, inovador e que se destaque daquilo que já existe no mercado. É importante enfatizar que o acesso às incubadoras de empresas acontece através de um processo seletivo, caracterizado por regras pré-estabelecidas (que podem variar de incubadora para incubadora). Geralmente os empreendedores interessados apresentam por meio de um documento, ou de entrevista, e/ou mediante uma apresentação oral.) um Plano de Negócios ao Conselho de Administração de Incubadoras, que irá avaliá-lo e decidir se será aprovado ou não. Aquele empreendedor que tiver a proposta aprovada estará apto para instalar a sua empresa na incubadora, por meio da assinatura de um contrato (SEBRAE/SC, 2009). No que concerne ao processo seletivo realizado pelas incubadoras, o SEBRAE/SC (2009), expõe que cada incubadora possui seus próprios critérios para selecionar os empreendimentos que serão incubados. Tais critérios são decorrentes das decisões tomadas ainda no momento da modelagem e do planejamento da própria incubadora. De maneira geral, as empresas, os empreendedores e os empreendimentos precisam atender no mínimo os seguintes critérios: a) grau de inovação de produtos ou serviços a ser desenvolvidos; b) viabilidade técnica e mercadológica; c) consistência das informações apresentadas no Plano de Negócios, d) empresa de um setor de desenvolvimento tecnológico já existente; e) qualidade e capacitação da equipe que irá compor o empreendimento; f) grau de motivação e comprometimento dos empresários com o empreendimento; g) capacidade de investimento financeiro próprio ou de terceiros. Conforme as informações da ANPROTEC (2013) existem diferentes tipos de incubadoras: as de base tecnológica (abrigam empreendimentos que realizam uso de tecnologias); as tradicionais (dão suporte a empresas de setores tradicionais da economia); as mistas (aceitam tanto empreendimentos de base tecnológica, quanto de setores tradicionais) e as sociais (que têm como público-alvo cooperativas e associações populares). Em relação aos estágios dos empreendimentos incubados, o SEBRAE/SC (2010), destaca que uma incubadora pode abrigar e/ou apoiar empreendimentos que estejam nos seguintes estágios: préincubação, incubação e pós-incubação. Lembrando que, o estágio de pré-incubação é caracterizado por um determinado período de tempo, disposto ao empreendedor para que ele possa finalizar sua ideia de negócio utilizando todos os serviços disponibilizados pela incubadora. O estágio de incubação por sua vez, refere-se ao processo de apoio ao desenvolvimento de pequenos empreendimentos já existentes ou que estejam em constituição, que tenham elaborado um plano de negócios bem estruturado, que tenham dominado a tecnologia e o processo produtivo; e que possuam um capital mínimo necessário para dar suporte ao início de suas operações e faturamento; Além disto, nesta fase, as empresas normalmente já iniciam com uma figura jurídica e com produtos e/ou serviços disponíveis para a serem comercializados. Por fim, tem-se o estágio de pós-incubação, no qual a incubadora presta apoio à fase de consolidação da empresa em seu mercado de atuação, com o acréscimo do número de clientes; os empreendimentos recebem a sua graduação na incubadora, mas permanecem associadas a mesma, obtendo suporte por meio de seus serviços de assessoria na gestão técnica e empresarial. No que diz respeito aos objetivos principais dos programas de incubação, o SEBRAE/SC (2009), de forma sintetizada, elenca os seguintes: a) ser um ‘lócus de referência em inovação’, apoiando o desenvolvimento e consolidação de empresas inovadoras; b) transformar ideias em produtos, processos ou serviços, que resultem em empreendimentos competitivos; c) desenvolver novos produtos e processos; d) atualizar os empreendimentos por meio da aplicação de conhecimentos tecnológicos; e) criar, desenvolver e consolidar empresas competitivas que venham a contribuir para o fortalecimento da tecnologia brasileira e o desenvolvimento sócio-econômico nacional; f) promover um salto quantitativo na geração de postos de trabalho e renda; g) agregar valor aos produtos e serviços das micro e pequenas empresas (MPE’s). Já para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) as incubadoras de empresas apresentamse como uma ferramenta interessante na tentativa de amortecer o alto índice de mortalidade de empresas nos cinco primeiros anos de vida: [...] em um contexto onde o conhecimento, a eficiência e a rapidez no processo de inovação passam a ser reconhecidamente os elementos decisivos para a competitividade das economias, o processo de incubação é crucial para que a inovação se concretize em tempo hábil para suprir as demandas do mercado. Em vista disso, é factível afirmar que a incubadora de empresas pode cumprir com eficácia e eficiência o papel nucleador do processo de criação de empresas sólidas (MCT, 2000, p. 4). Complementando as abordagens anteriores, Souza e Camargo (2010) salientam que o objetivo base de uma incubadora de empresas é a redução do percentual de mortalidade das MPE’s, através do apoio estratégico durante os primeiros anos do empreendimento. No entanto, a sua finalidade maior, está na preparação adequada das novas empresas para que elas possam manter-se competitivamente no mercado. Alguns autores, tais como (Chaves e Silva 2004); (Quadros 2004), Luzzardi; Oliveira; Duhá (2006) ressaltam que os empreendedores usam as incubadoras como catalisador das necessidades para o desenvolvimento de suas capacidades, promovendo os objetivos das incubadoras na minimização dos altos índices de fracasso e no incentivo para o nascimento de novos negócios. Conforme salienta Uggioni (2002) as incubadoras têm como escopo nos processos de incubação: a redução da taxa de mortalidade das empresas; geração de inovação tecnológica; geração de novos postos de trabalho; transferência de tecnologia entre universidades, centros de pesquisa tecnológica e novos empreendimentos; propiciar taxas de crescimento rápido entre os novos empreendimentos incubados e influenciar a cultura tecnológica da região onde está inserida. Contribuindo com o exposto, Dornelas (2002), ressalta que as incubadoras de empresas propiciam um ambiente delineado para abrigar as empresas incubadas, equipamentos e estruturas necessárias de suporte compartilhadas, como telefonia, Internet, fax e suporte administrativo; conta também com uma assessoria em marketing, finanças, jurídico, etc., muitas vezes terceirizada pelas incubadoras de empresas e que não poderiam ser utilizadas por empreendedores que ainda estão entrando no mercado. Estas ações de apoio impulsionaram de modo acelerado o movimento de empreendedorismo no Brasil, tornando natural a instituição de sistemas de suporte aos empreendedores, representados pelas incubadoras de empresas. Segundo informações da ANPROTEC (2013), nas incubadoras de empresas encontram-se as empresas residentes ou incubadas e as empresas graduadas. Lembrando que, as empresas residentes ou incubadas correspondem aos empreendimentos em processo de incubação. Fazem uso da infraestrutura, dos equipamentos e dos serviços oferecidos pela incubadora, ocupando espaço físico desta por tempo limitado. Já as empresas graduadas, correspondem aos empreendimentos que já passaram pelo processo de incubação, permanecendo ou não no mercado após esse período. O prazo para que cheguem ao mercado varia de dois a seis anos. No tocante aos benefícios que as incubadoras de empresas podem trazer aos empreendedores, a ANPROTEC (2013), esclarece que, ao proporcionar suporte ao empreendedor, a incubadora permite que o seu empreendimento tenha maiores chances de ser bem sucedido. Além de oferecer condições favoráveis de infraestrutura e capacitação dos empreendedores, as empresas por estarem situadas em um espaço onde há diversos empreendimentos inovadores do mesmo porte, contam com várias conexões, que beneficiam o crescimento do negócio e o acesso ao mercado. Ainda de acordo com a ANPROTEC (2013), quando se trata de empresas de base tecnológica, os empreendedores possuem, ainda, oportunidade de acesso a universidades e instituições de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com as quais muitas incubadoras encontram-se vinculadas. Isso contribui para a redução de custos e riscos do processo de inovação, pois oportuniza o acesso a laboratórios e equipamentos que exigiriam alto investimento. Segundo a ANPROTEC (2002), no Brasil a maioria das incubadoras de empresas é de natureza tecnológica e a introdução e difusão de novas tecnologias têm permitido às empresas participar de modo mais ativo no novo cenário econômico. Além disso, a criação de empresas de base tecnológica tem acontecido principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, em localidades que possuem infraestrutura científica e tecnológica de qualidade, disponibilidade de recursos humanos qualificados e proximidade de pólos industriais. A Fundação Educere de Campo Mourão, objeto de nosso estudo, é uma incubadora de empresas de base tecnológica e além de realizar incubação de empresas, também atende principalmente as empresas que integram atualmente o APL da saúde do referido município, dando suporte técnico para as mesmas. No item seguinte do artigo apresenta-se um enfoque direcionado para a análise da importância desta Fundação para a criação de novas empresas e também para o incentivo ao empreendedorismo e a criação de novos negócios. A FUNDAÇÃO EDUCERE DE CAMPO MOURÃO-PR A Fundação Educere de Campo Mourão foi criada no ano de 1997 pelo empresário Ater Carlos Cristófoli, com a finalidade principal de suprir a falta de mão de obra especializada no Município. A Educere é um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na área de biotecnologia e atualmente, seu foco principal é a incubação de empresas a partir de um projeto social inovador que atua na formação de jovens com potencial empreendedor. Bem como, a qualificação de mão de obra especializada para trabalhar principalmente, nas empresas que integram atualmente o APL da saúde de Campo Mourão. Além do mais, a Fundação fornece suporte para o desenvolvimento de novos negócios voltados para a difusão e transferência de tecnologia na área biomédica, e é referência em pesquisa e desenvolvimento de produtos inovadores e que agregam valor tecnológico, que estão presentes em todo o País e também no cenário internacional, uma vez que muitos produtos são exportados para diversos países da América, da Ásia e da Europa. Segundo Morigi e Souza (2012), a Fundação Educere é uma fundação privada sem fins lucrativos e é mantida principalmente pela empresa Cristófoli Biosegurança, que também pertence ao empresário Ater Carlos Cristófoli. No entanto, a Fundação também recebe um percentual do faturamento das empresas graduadas, oriundas da Fundação, como forma de devolução. Desta forma, a Fundação Educere pode gerar mais mão de obra qualificada, novos talentos e novas empresas. No que concerne aos cursos ofertados pela Fundação, todos são gratuitos e alguns deles direcionados especificamente para alunos de escolas públicas, que tenham entre 14 e 17 anos e que estejam estudando regularmente, que apresentam bom rendimento escolar e sem repetência. Essa característica segundo Ater Cristófoli, representa uma importante contribuição social com jovens que talvez não tivessem tal oportunidade. Cabe enfatizar que, na Fundação Educere os alunos recebem além do conhecimento específico industrial, instruções sobre gestão de empresas e motivação para o empreendedorismo por meio de atividades sócio-educacionais de caráter multidisciplinar. Deste modo, aqueles alunos que têm talento para a produção industrial, mas que não apresentam habilidades de gestão podem se tornar excelentes colaboradores industriais. E aqueles que possuem também habilidade de gestão, normalmente acabam tornando-se empreendedores e abrindo a sua própria empresa. Lembrando que, na Fundação Educere a qualificação de futuros empresários dá prioridade às competências que envolvem tomadas de decisões sócio-políticas, voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população local e regional e para o aumento da geração de empregos. Além disto, a experiência obtida pelos jovens durante sua permanência na Fundação também os torna profissionais requisitados no mercado de trabalho local. Dentre os cursos ofertados pela Fundação destacam-se: Cursos de eletrônica, mecânica e escultura clássica; Formação complementar: aulas de neurolinguística, palestras, viagens, visitas técnicas, e atividades extras que possam despertar nos jovens o interesse pela pesquisa e desenvolvimento; Curso de extensão em eletrônica, pós-médio para adultos, realizado em parceria com o SENAI de Campo Mourão. E ainda, por meio do estágio remunerado a Fundação também disponibiliza oportunidades para muitos alunos melhorarem a sua qualificação, enquanto atuam na elaboração de seus produtos. Além disso, a Fundação oferece aos jovens em situação de risco que fazem parte do Programa Agente Jovem mantido pelo Município e pela Polícia Militar, cursos gratuitos de formação nas áreas de informática básica, circuito eletrônico básico e Auto CAD. Conforme as informações da Fundação Educere (2013), a infraestrutura da mesma é constituída por: laboratórios de eletrônica e mecânica; salas individuais para empresas; salas de aula; sala de artes e escultura; sala de reunião; administração; área de lazer; recepção e estacionamento. E o espaço da própria Fundação é inteiramente disponibilizado para que os empreendedores que possuem suas empresas ali incubadas possam aplicar as técnicas mais modernas na condução de seus produtos e negócios. Além das melhores instalações, a Fundação também dispõe de uma equipe altamente qualificada e preparada para dar suporte aos alunos e jovens empreendedores, para que estes possam ampliar seu potencial com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado biomédico. A base tecnológica disponibilizada pela Educere é permeada por organização, criatividade e dedicação à pesquisa. Engenheiros de várias áreas se juntam às iniciativas e contribuem para a formação dos futuros empresários. Ademais, o suporte oferecido pela Fundação também envolve apoio mercadológico para a colocação dos novos produtos junto à clientes potenciais. Em compensação a todo o suporte recebido, todas as empresas que saíram do projeto de incubação reinvestem parte do seu faturamento para o desenvolvimento de novas pesquisas da Fundação. Além dos recursos econômicos provenientes das empresas graduadas, é importante elucidar que a Educere também recebe recursos especiais direcionados principalmente para o desenvolvimento de pesquisas, de institutos nacionais preocupados com o desenvolvimento socioeconômico do País, tais como a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Os bons resultados apresentados pela escola da Fundação ao longo dos dezesseis anos de atuação, despertou também o interesse de outras organizações que se mostraram interessadas em colaborar com esta iniciativa inovadora. Na lista de parceiros estão duas empresas do Sistema FIEP – Federação da Indústria do Estado do Paraná, o SESI-PR e o SENAI. A Educere também firmou parcerias com algumas instituições públicas e privadas, das quais recebe apoio: Cristófoli Biossegurança; Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR; Faculdade Integrado; UNESPAR/FECILCAM; Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão ACICAM; SEBRAE; AME Consultoria, dentre outras (FUNDAÇÃO EDUCERE, 2013). De modo geral, o processo de seleção de empresas para o processo de incubação é feito de maneira criteriosa, pois um processo mal formulado pode levar a incubadora a admitir empreendimentos que não sejam harmônicos com sua missão, colocando em risco o sucesso da própria incubadora. Na Fundação Educere o processo de seleção também é bem criterioso e leva-se em consideração o seguimento de atuação das empresas candidatas, o potencial de crescimento das mesmas e também é analisado o Plano de Negócios de cada empresa candidata, para verificar se o mesmo está bem elaborado e se o empreendimento é de fato viável. As empresas aprovadas no processo de seleção firmam um contrato de incubação com a Educere e podem manter-se incubadas por um prazo médio de duração de dois anos, porém em caso de necessidade este prazo pode ser prorrogado por mais um ano. Quando a empresa incubada já percorreu todas as etapas do processo de incubação e já se mostra apta para enfrentar o mercado, com uma instalação física própria, ela é então considerada uma empresa graduada. Nesta etapa, a empresa já graduada pode continuar mais um ano no programa de pós-incubação para usufruir dos serviços da incubadora, porém, sem permanecer instalada na incubadora. De acordo com dados obtidos junto à Fundação Educere, o número de empresas originadas pelo sistema de incubadora da própria Fundação totaliza 12 empresas de base tecnológica na área de insumos e equipamentos para a área da saúde, que em conjunto empregam mais de 140 pessoas no município de Campo Mourão, cooperando para o desenvolvimento econômico e social do município e conseguintemente, para a melhoria da qualidade de vida da população. Além disso, essas empresas deram impulso ao reconhecimento do Arranjo Produtivo Local de insumos e equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares no município. Ainda de acordo com a Educere, atualmente há seis empresas incubadas na Fundação: a Medstorm cujo seguimento está direcionado para a produção de equipamentos e máquinas de hemodiálise; a Da Capo que também desenvolve equipamentos e máquinas para a área médica, com destaque para a produção de equipamentos de hemodiálise e equipamentos para serem utilizados em cirurgias vasculares; a Efraim que atua no ramo de design industrial; a Aidel que é uma empresa prestadora de serviços, especificamente na área de Marketing; a Pettlizze que produz equipamentos para pet shop; a Eletrolizze que produz eletrodomésticos, e a Aqua que atua no desenvolvimento de biocombustíveis. E existem projetos em andamento para a incubação de mais duas empresas. Em relação aos produtos desenvolvidos até o presente momento, pelas empresas que passaram pelo processo de incubação na Educere, destacam-se: Clean-Test - indicador biológico autocontido utilizado para monitoramento de ciclos de esterilização a vapor; QUALITY 1 - Reprocessadora Automática de Dialisadores - é uma estação automática para reprocessamento de filtros de hemodiálise; STERN 6 - Banho-Maria - para uso universal nos mais variados tipos de laboratórios em aplicações sorológicas, clínicas e analíticas; Biojato - destinado a profilaxia dos dentes, utilizado para a remoção da placa bacteriana e retirada da camada oxidada do amálgama das restaurações, melhorando o polimento dentário; DUO - saboneteira conjugada com toalheiro e espelho; Ortusonic aparelho de ultra-som piezoelétrico e jato de profilaxia combinados, dentre outros (FUNDAÇÃO EDUCERE, 2013). Conforme explana Maybuk (2009), dentre os inúmeros ex-alunos da Fundação Educere que se tornaram empresários, pode-se citar o empresário Francisco Reigota que é proprietário da empresa Saubern – Vivax, que produz aparelhos de hemodiálise. Este empresário iniciou na Fundação o desenvolvimento do aparelho que comercializa atualmente. Apesar de ter enfrentado muitas dificuldades para finalizar a construção do aparelho e posteriormente para colocá-lo no mercado. Com o apoio de seus sócios ele conseguiu finalizar o processo de construção do aparelho de hemodiálise e, por meio da tática do convencimento de vários médicos conceituados, conseguiu deixar alguns exemplares deste aparelho que desenvolvera, em consignação nos hospitais. Ou seja, o aparelho de hemodiálise era utilizado pelos médicos durante o período de um mês, se o mesmo fosse aprovado ele seria pago, caso houvesse reprovação, o aparelho era devolvido à Francisco. Atualmente a empresa de Francisco vende seus produtos para todo o Brasil, em grandes hospitais, tais como o Hospital Albert Einstein de São Paulo. Além disso, grande parte dos funcionários da Saubern foram alunos da Fundação Educere. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio da pesquisa realizada, observou-se que no Brasil o índice de mortalidade de empresas, sobretudo nos cinco primeiros anos de vida ainda é muito elevado. E as incubadoras de empresas têm se mostrado como um mecanismo importante para a redução da mortalidade de empresas, uma vez que, o percentual de sobrevivência das empresas que passam pelo processo de incubação é muito maior se comparado ao percentual de sobrevivência das empresas que não passam por esse tipo de processo. Ademais, as incubadoras também atuam como agentes facilitadores e parceiros dos empreendedores, pois realizam as intermediações entre instituições financeiras e pequenos empresários para que estes últimos, possam ter acesso mais facilitado à linhas de crédito, realiza a inscrição e promove a participação dos empreendedores em feiras e exposições, auxiliando-os na divulgação de seus produtos e também nas negociações com compradores de outros países. A Fundação Educere de Campo Mourão desenvolve um importante papel para a economia local e regional, uma vez que, além de realizar incubação de empresas, contribuindo para a criação de novos empreendimentos bem sucedidos, também fornece diversos cursos de capacitação, principalmente para jovens com potencial empreendedor para que futuramente os mesmos possam a abrir a sua própria empresa, ou estarem qualificados e preparados para trabalharem no mercado de trabalho local e regional. Além disso, em decorrência das diversas parcerias firmadas com instituições de ensino públicas e privadas, a Educere desempenha um papel que vai além do apoio ao desenvolvimento econômico e regional. A incubadora é responsável também por um processo eficiente na transferência de tecnologia e cooperação institucional entre universidades, escolas técnicas, demais instituições vinculadas e as empresas locais. Por fim, salienta-se que as discussões teóricas apresentadas neste estudo, poderão contribuir para a ampliação do debate a respeito das incubadoras de empresas e sobre a importância destas instituições para o desenvolvimento do empreendedorismo, para a criação de novas empresas mais sólidas e competitivas e também para a redução do índice de mortalidade de empresas, visto que, foram consideradas apenas algumas argumentações relevantes ao objeto desse estudo, ficando nítida a necessidade de investigações mais aprofundadas. 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