Expresso, 23 de julho de 2011 ECONOMIA I Ana Fontoura Luís Mira Amaral A diretora do gabinete de comunicação e imagem da Império Bonança considera que este desafio conquistou um lugar na gestão. Ana Fontoura revela ainda que foi o carácter de inovação que atraiu a empresa a esta prova e a levou a tornar-se sua patrocinadora P4 O presidente do International Supervisory Board do Global Management Challenge explica que este organismo tem como função controlar os resultados das simulações na final internacional e responder atempadamente a qualquer reclamação apresentada pelas equipas P4 Expresso Este caderno faz parte integrante do Expresso n.º 2021 de 23 de julho de 2011, não podendo ser vendido separadamente Luís Alves Costa, presidente da SDG, com Ana Zuzarte, João Duque e Helena Laymé, do Instituto Superior de Economia e Gestão, na festa de verão Competição nacional forma gestores em todo o mundo O Global Management Challenge está atualmente na sua 32.ª edição. Em Portugal esta competição de estratégia e gestão tem mantido a sua performance, tendo registado este ano a inscrição de 640 equipas. Um número que coloca o país em terceiro, depois da China e da Rússia, no que respeita a equipas inscritas. Fora do território nacional, tem vindo a Numa altura de crise este desafio realiza-se em 33 países. Acabam de aderir mais nove e espera-se para breve a entrada dos EUA crescer e registaram-se novas adesões a esta iniciativa portuguesa. Atualmente e incluindo Portugal, o Global Management Challenge é desenvolvido em 33 países. Recentemente aderiram nove países africanos, nomeadamente: Burkina Faso, Camarões, Congo Brazzaville, Guiné Conacri, Mali, Níger, Nigéria, Senegal e Togo. Espera-se que a competição comece em breve nestes destinos. Os EUA tem sido um mercado ambicionado pela organização. Pedro Alves Costa, CEO da SDG, revela que está para muito breve a adesão deste país. Já se estabeleceram as parcerias locais, falta apenas formalizar a adesão. Com estas entradas sobem para 43 os locais onde a prova está presente. Foi com este enquadramento que se realizou no BBCafé, em Lisboa, a 14 de julho, a festa de Verão desta iniciativa. Estiveram presentes dezenas de convidados, entre elementos das equipas, organizações que as patrocinam, membros do júri nacional e diversas personalidades que têm vindo a acompanhar ao longo dos anos a competição. Dezenas de convidados, entre os quais se contaram estudantes e quadros de empresas, reuniram-se em Lisboa para mais um momento de confraternização desta prova de estratégia e gestão II Expresso, 23 de julho de 2011 ECONOMIA COMPETIÇÃO O e per d EQUIPAS Das 640 que estiveram presentes na primeira volta, apenas 80 se qualificaram para a próxima etapa. As formações fazem um balanço da competição e revelam o que retiram desta experiência Espaço de aprendizagem Os quadros de empresas estão em maioria na segunda volta Textos Maribela Freitas Fotos Nuno Botelho edição deste ano do Global Management Challenge contou na primeira volta com 640 equipas que tiveram de tomar cinco decisões para garantirem a sua presença na próxima etapa da prova, agendada para o final de setembro. A tarefa não foi fácil, a competição foi renhida e apenas 80 formações vão continuar no desafio. Na fase seguinte, terão de tomar mais cinco decisões para chegarem à final nacional, marcada para novembro. Ao todo vão estar presentes na segunda volta 40 equipas de quadros, 25 de estudantes, 12 mistas e três alumnigmc, ou seja, cujo líder é um antigo participante da competição. No dia 14 de julho, as formações do Global Management Challenge e as empresas que as apoiaram reuniram-se em mais uma festa de verão, realizada no Belém Bar Café, em Lisboa. Em jeito de balanço, algumas equipas e patrocinado- A res fizeram no evento um balanço da sua participação e explicaram o que se aprende com esta experiência. Para André Carinhas, líder da formação de quadros Bobinas/Lusosider a competição desenvolve o espírito de equipa e permite perceber a importância da decisão estratégica. Quer vencer na segunda volta e chegar à final nacional, apesar de saber que vai ser difícil, pois terá de enfrentar equipas bem preparadas e que tal como ele, também querem vencer. E para chegar a essa ambicionada etapa é preciso, na sua opinião, “liderança, coesão, objetividade e ousadia para ganhar”. A ideia de que o Global Management Challenge é um espaço de aprendizagem é partilhada por diversos chefes de equipas. José Octávio da Silva, líder da formação de quadros HP/Amazing Doers é disso exemplo. “Aprendemos a utilizar ferramentas de análise como instrumento essencial para processos de decisão rápidos e eficazes, a pensar de forma diferente do previsível, a simular cenários e a respeitar as decisões da maioria”, revelou. Muito do que viu na prova são práticas correntes na empresa onde trabalha. Contudo na competição teve a oportunidade de ter uma visão mais abrangente do impacto que uma decisão pode ter nos resultados de uma organização. A pensar na segunda volta, José Octávio da Silva apontou a ousadia, capacidade de análise e vontade de trabalhar em conjunto, como fundamentais para singrar na prova. Na perspetiva de Daniel Gomes, líder da formação de estudantes Staples/Miskmait, o mais fascinante do Global Management Challenge é “estarmos inseridos numa empresa e ser responsáveis pelas decisões com a finalidade de a tornar líder de mercado. A responsabilidade, o trabalho em equipa, cooperação, dedicação, liderança, respeito, criatividade e profissionalismo, são alguns dos pontos relevantes que levamos desta competição”. Sendo a primeira participação desta formação, sentiram algumas dificuldades que foram superadas pelo trabalho de equipa. Na próxima etapa esperam ser igualmente bem sucedidos. “Conta para o currículo participar numa competição internacional e quanto mais longe formos, mais prestígio ganhamos, podendo abrir portas para as grandes empresas associadas a esta iniciativa”, salientou Daniel Gomes. Ao contrário da anterior equipa, a Go- A PROVA TESTA A CAPACIDADE DE LIDERANÇA, PROMOVE O TRABALHO EM EQUIPA E MOSTRA O IMPACTO DE UMA DECISÃO DENTRO DA EMPRESA mes Acebo&Pombo não passou para a segunda volta. Inês de Sousa Godinho, membro desta formação mista conta que “a conjugação de uma perspetiva mais teórica dada pelos estudantes, com a visão e experiência dos quadros, criou um espaço rico de discussão para a descoberta de novas soluções”. Foi o que de mais importante retirou deste desafio. José Vaz Pinto, diretor da Singular International conta com uma das suas equipas na próxima etapa da competição. Na festa de verão revelou que iniciativas como esta são importantes para qualificar recursos humanos. Alberto de Castro, membro do júri nacional da prova esteve também na festa de verão. “Na atual conjuntura, este projeto continuar a ter sucesso é marcante. Mostra que boas ideias, bem fundamentadas e com as parcerias certas vingam”, afirmou. Em Portugal a competição tem mantido a sua pujança e tem crescido internacionalmente. Pedro Alves Costa, da SDG, revelou que nove países do continente africano aderiram recentemente à competição e que a organização está em conversações com os EUA, estando para muito breve a adesão deste país. Expresso, 23 de julho de 2011 ECONOMIA III Inovação e atualização regular do simulador garantem o sucesso da competição Luís Alves Costa, presidente da SDG, conta os segredos por trás do crescimento nacional e internacional desta prova Belém Bar Café, em Lisboa, acolheu mais uma festa de verão do Global Management Challenge. O convívio durou toda a noite e juntou num só espaço as organizações que patrocinaram as equipas, os elementos das formações que participaram na primeira volta, bem como diversas sonalidades do mundo académico e empresarial nacional que ao longo os anos têm apoiado esta iniciativa organizada pelo Expresso e a SDG O Global Management Challenge foi criado em 1980 e desde essa altura que não tem parado de crescer, tanto em Portugal como no estrangeiro. Luís Alves Costa, presidente da SDG — empresa parceira do Expresso na organização desta iniciativa — explica como inovação, qualidade e constante atualização do simulador têm sido fundamentais para fazer singrar a competição. Revela ainda as dificuldades sentidas para entrar nalguns mercados e deixa conselhos de atuação a quem quer lançar um negócio ou pretende desenvolver uma ideia inovadora. “Era professor no Instituto Superior de Economia e Gestão quando utilizei pela primeira vez simuladores empresariais. Estávamos em 1971 e os meus alunos ficaram tão entusiasmados que compreendi o potencial desta metodologia”, relembra Luís Alves Costa. Anos mais tarde não teve dúvidas em aproximar-se do Expresso e lançar o desafio ao seu presidente, Francisco Pinto Balsemão, para avançarem em conjunto com o então ‘Gestão Global — o grande jogo das empresas’. “Na altura o simulador era muito inovador e as ideias inovadoras provocam o interesse das pessoas”, conta o presidente da SDG. Em 1981 começou a expansão internacional da competição com a ida para o Brasil. A partir daí chegou a diversos países. Luís Alves Costa diz que nunca sentiu hostilidade ou desconfiança por esta ser uma iniciativa portuguesa. “Temos um país pequeno, mas com grandes mentes e com gente empreendedora. Somos bem recebidos em qualquer lado porque nos adaptamos a diferentes culturas. Por exemplo, na China estamos presentes há já 15 anos”, revela. Mas na expansão internacional, nem tudo tem sido fácil. A principal dificuldade em entrar num novo mercado é ter uma instituição de ‘acolhimento’ credível. Lançar o Global Management Challenge num país novo exige uma estrutura credível, Luís Alves Costa explica que para se ser bem-sucedido é preciso manter os horizontes abertos com patrocinadores, parceiros de media e com uma empresa organizadora conhecedora do respetivo mercado. Refere o presidente da SDG que “temos tido algumas dificuldades em entrar em determinados mercados, nomeadamente nos Estados Unidos da América. Mas como estamos habituados a ultrapassar dificuldades, esperamos em breve lançar o Global Management Challenge USA”. Na perspetiva empreendedora de Luís Alves Costa, os mercados aparentemente mais difíceis são por vezes agradáveis surpresas. Outros há que possuem características para um sucesso imediato e na prática revelam-se difíceis quanto a parceiros locais. Com estas experiências aprendeu que “não há países difíceis, mas sim parceiros certos ou errados. O fundamental é termos parceiros fortes”. A SDG está constantemente a receber pedidos de adesão à competição. A que se deve esta procura e reputação de sucesso que mantém esta prova no topo? Antes de mais é a atualização regular que é feita ao simulador e que o mantém a par das tendências atuais e futuras na área da estratégia e gestão. Não existem mercados difíceis, o fundamental é encontrar os parceiros certos que ajudem a fazer singrar o negócio “Também a vertente internacional é uma característica diferenciadora, bem visível nas finais internacionais que se tornaram num grande evento de intercâmbio entre diferentes países e culturas”, explica Luís Alves Cos- ta. Acrescenta ainda que o estreito relacionamento com o mundo académico, abrangendo universidades e institutos das mais variadas áreas, tem também contribuído para o seu protagonismo. Para o presidente da SDG, “participar no Global Management Challenge é hoje importante para qualquer universitário”. Numa perspetiva mais de empreendedor, Luís Alves Costa revela que para se implementar um negócio, nos dias de hoje, é preciso ser ambicioso. Depois ter uma atitude pró-ativa, estar atento às notícias, ao contexto nacional e internacional, procurando sempre novas oportunidades. De acordo com a sua experiência explica que “é importante nunca fecharmos horizontes, pois é isso que irá garantir, ou não, o sucesso do negócio, sobretudo quando se trata da sua internacionalização”. Empresas querem que as suas equipas apliquem os conhecimentos adquiridos A Exictos, Banco Best e SIBS acreditam que as suas equipas vão sair desta iniciativa mais preparadas para enfrentar o dia a dia Elementos de equipas reúnem-se à conversa na confraternização de verão (foto em cima). Francisco Maria Balsemão, do Expresso, e Pedro Alves Costa, da SDG (na foto em baixo), em pleno convívio num evento que marca a passagem das formações da primeira para a segunda volta do Global Management Challenge Com equipas na segunda volta do Global Management Challenge, a Exictos, o Banco Best e a SIBS fazem um balanço positivo da sua participação. Esperam que estudantes e quadros saiam da prova com mais conhecimentos, que aprendam a operar em equipa e apliquem o que aprenderam no seu trabalho diário. A Exictos conta com uma equipa de quadros e três de estudantes na próxima etapa da competição. Participar neste evento “é um investimento com retorno, inserido no ciclo de formação e fortalecimento de competências dos participantes internos e aproximação da empresa ao meio universitário”, revela Rui Osório Nunes, administrador da Exictos. Acrescenta que as formações são expostas à pressão da tomada de decisão, comum à atividade empresarial. É assim uma experiência que contribui para o crescimento de quem nela participa. Rui Osório Nunes está confiante nas capacidades das equipas que apoia. “É importante sob o ponto de vista motivacional das formações sentirem que as suas decisões foram acertadas e que conseguiram dar visibilidade à empresa que representam”, revela. A Exictos é uma empresa com elevada empregabilidade recorrendo ao meio académico para esse efeito. Conta o administrador da empresa que o Global Management Challenge permite a esta estrutura estar mais próxima do meio académico. Também Isabel Ferreira, presidente da comissão executiva do Banco Best, valoriza a experiência formativa que é o Global Management Challenge. “Trata-se de dar a possibilidade a algumas das nossas pessoas de serem confrontadas com desafios de gestão de empresas que extravasam em muito a sua atividade do dia-a-dia e que ao mesmo tempo as leva a pensar mais ‘out of the box’, a trabalhar em equipa e a aprofundar ou rememorar os seus conhecimentos técnicos”, revela. O banco conta com uma equipa de quadros na segunda volta. Tratando-se de uma competição, a ambição de Isabel Ferreira é que esta formação vença, por que só com esse espírito e atitude se garante que o empenho foi o devido. “Que façam o seu ‘best’ para fazer jus ao nome do banco, que aprendam e se divirtam”, salienta. Para Hélder Neves, diretor da SIBS Gest, o Global Manage- ment Challenge é um desafio que dá oportunidade aos seus quadros de mostrarem o que valem e de competirem entre si. Também com uma equipa formada por colaboradores na segunda volta acredita que a prova é “uma oportunidade de formação de elevada qualidade num mercado competitivo que procura os mais qualificados e abertos à progressão profissional”. Desenvolve capacidades como antecipar as necessidades dos clientes e compreender e interagir com o mercado. “A aprendizagem de métodos mais eficazes de planeamento e gestão de risco em situações de pressão, é uma mais-valia que também destacamos”, frisa Hélder Neves. Acredita na capacidade de gestão da sua equipa e espera que os elementos desta aprendam, e crescem com esta experiência. IV Expresso, 23 de julho de 2011 ECONOMIA PROTAGONISTAS Ana Fontoura diretora do gabinete de comunicação e imagem da Império Bonança analisa este desafio “A prova conquistou um espaço na gestão” Império Bonança faz parte da história do Global Management Challenge. Quando este desafio começou, foi uma das empresas que acreditou no seu potencial. Tanto assim é que continua até hoje a fazer parte do conjunto de entidades que patrocinam esta iniciativa. Ana Fontoura, diretora do gabinete de comunicação e imagem da Império Bonança passa em revista esta parceria e realça o que considera mais importante na competição. Para Ana Fontoura o balanço da ligação da seguradora ao Global Management Challenge é muito positivo. “A prova conseguiu ganhar o seu espaço na área da gestão aplicada e é hoje quase um dado adquirido. Por isso a Império Bonança orgulha-se de fazer parte de um projeto conduzido por uma equipa que sabe o que quer e tem procurado uma constante atualização”, salienta. Além da notoriedade da marca, esta associação tem sido muito enriquecedora, uma vez que tem dado à seguradora a oportunidade de criar equipas mistas formadas por quadros da companhia e estudantes universitários que, reciprocamente, beneficiam das suas práticas. Mas há mais de 30 anos quando os desafios de gestão eram uma novidade em Portugal, o que é que atraiu a Império Bonança e a levou a apoiar esta iniciativa? Ana Fontoura revela o segredo. Conta que o fator inovação pesou na balança, uma vez que a seguradora é também ela uma empresa inovadora no mercado, identifi- A Ana Fontoura revela que o fator inovação contido nesta iniciativa atraiu a Império Bonança ‘‘ O entrosamento entre equipas de quadros e de estudantes dá a ambas valor acrescentado para as suas vidas profissionais cou-se desde logo com este desafio. “Acredito que temos dado um contributo importante para a divulgação e promoção de um maior interesse pela temática da gestão aplicada”, acrescenta a diretora de comunicação e imagem. Numa análise mais detalhada à competição, Ana Fontoura considera que este desafio prepara os jovens quadros para en- FOTO ALBERTO FRIAS frentarem a concorrência do mercado real, para o qual têm de dominar diversas técnicas que lhes permitam criar a sua estratégia. Aprendem também a trabalhar em equipa. “O facto de lhes proporcionar a troca de ideias e um raciocínio conjunto permite-lhes preparar o que avaliam como sendo a melhor estratégia para a conquista dos objetivos, dando-lhes a formação necessária ‘on the job’ para enfrentar o mercado real”, comenta Ana Fontoura. Na sua perspetiva as empresas têm todo o interesse em patrocinar equipas de quadros e também aproveitar a oportunidade para realizar um recrutamento junto dos jovens estudantes que se destaquem na prova. Acrescenta ainda que “o Global Management Chal- lenge é um excelente complemento aos conhecimentos adquiridos nas escolas de gestão. O entrosamento entre equipas de quadros e de estudantes dá a ambas um enorme valor acrescentado para as suas vidas profissionais já que combina conhecimentos teóricos e práticos, além do saudável convívio e competição que este desafio proporciona. Será também, com certeza, uma experiência de e para a vida”. Sempre na linha da frente da inovação empresarial em Portugal, a Império Bonança viu uma oportunidade neste desafio de ser pioneira na participação da atividade seguradora na competição. Durante o tempo em que tem estado ligada à prova, tem contribuído para o seu enriquecimento. Ana Fontoura lembra que “tivemos uma intervenção direta no aperfeiçoamento da prova introduzindo a problemática dos seguros, fator imprescindível na atual prática de gestão de risco das empresas”. E como os tempos que se vivem em Portugal são de crise económica, mais uma vez tem de entrar em campo a inovação e há que fazer a diferença para ser bem sucedido. “Os tempos são difíceis para qualquer sector, por isso temos que saber adaptar-nos. A recente conjuntura económica obriga a um maior rigor na gestão em geral”, revela a diretora de comunicação e imagem da Império Bonança. É nesta procura de soluções inovadoras para os riscos das empresas que esta estrutura se quer distinguir no domínio dos seguros em Portugal. Luís Mira Amaral presidente do International Supervisory Board explica os objetivos deste órgão ‘‘Este organismo credibiliza ainda mais a competição” organização do Global Management Challenge criou este ano o International Supervisory Board (ISB). A primeira reunião deste organismo deu-se em Macau, no passado mês de abril, durante a final internacional da edição de 2010 da competição. Luís Mira Amaral, presidente do Banco BIC Portugal, foi convidado a dirigir este órgão cuja missão é controlar e supervisionar os resultados das simulações da semifinal e final internacional e vai integrar personalidades oriundas dos países onde esta competição portuguesa se desenrola. A primeira reunião do ISB contou com elementos oriundos de Portugal, Rússia, Ucrânia, Macau e China. “Não houve nenhuma equipa a contestar os resultados, por isso, não foi necessário intervir. Mas em caso de reclamações, não pode ser a entidade que está a gerir o simulador a dar uma resposta”, explica Luís Mira Amaral. É aí que o organismo a que preside entra em campo. “O ISB tem de estar por dentro do simulador, conhecer as regras e em cada eliminatória acompanhar e validar os resultados. Os membros devem cobrir todos os continentes e áreas geográficas onde a competição se desenrola para dar logo à partida uma imagem de maior credibilização. Temos assim um A Para Luís Mira Amaral a competição mostra aos estudantes como é a realidade empresarial FOTO LUÍS FAUSTINO organismo com pessoas de diversos países envolvidos e que vai supervisionar a execução da competição a nível internacional”, revela Luís Mira Amaral. ‘‘ O ISB tem de estar por dentro do simulador, conhecer as regras e em cada eliminatória acompanhar e validar os resultados Numa apreciação à competição, o presidente do ISB refere que o Expresso e a SDG foram pioneiros na criação de uma competição que simula a vida das empresas. Na cadeira de introdução à gestão que leciona no curso de engenharia e gestão industrial do Instituto Superior Técnico, utiliza uma versão deste simulador nas aulas. Os benefícios para os alunos são vários. “Podemos explicar bem a teoria, mas os estudantes só percebem quando põem a mão na massa e nada melhor do que este simulador para perceberem como é a vida real”, refere Luís Mira Amaral.