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ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: PERCURSO FORMATIVO DOS
ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA FACULDADE SÃO
TOMÁS DE AQUINO- FACESTA
GT8 Espaços Educativos, Currículo e Formação Docente (Saberes e Práticas)
Maria Verônica Tavares Neves1
Maria José França da Silva Ferreira2
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo analisar o estágio curricular supervisionado II no
percurso formativo de quatro acadêmicos do curso de licenciatura em Educação Física da
Faculdade São Tomás de Aquino – FACESTA. Levando em consideração os seguintes
critérios para a inclusão dos participantes, estarem cursando o 7º semestre do ano letivo de
2012; ter realizado o estágio curricular supervisionado I em redes distintas de ensino;
responderem a um questionário com perguntas abertas. Para tal optamos por uma
abordagem de cunho qualitativa, após, análise dos dados concluímos que os desafios desse
componente curricular, acenam para uma possibilidade de formar profissional capaz de
refletir sobre seu processo de formação acadêmica, percebendo as implicações da sua ação
no contexto escolar que demanda uma vivencia cidadã no entorno social amplo.
Palavras-chave: Educação Física. Estágio Curricular Supervisionado. Formação de
Professores.
CURRICULAR SUPERVISED TRAINING: JOURNEY OF ACADEMIC FORMATION
COURSE OF PHYSICAL EDUCATION COLLEGE OF SAINT THOMAS AQUINASFACESTA
ABSTRACT
The present study aimed to analyze the Curricular supervised training II, in the formative
path of four academic degree in Physical Education from St. Thomas Aquino College
FACESTA. Taking into account the following criteria for inclusion of participants: be attending
the 7th period, half of the 2012 school year, having held the traineeship I supervised teaching
in different networks; answering a questionnaire with open questions . We opted approach of
qualitative nature, after analyzing the data we conclude that the challenges of this curricular
component has beckoned as a possibility to train professionals capable of reflecting on their
academic learning process, realizing the implications of their action in the school context that
demands a citizen experiences the broader social environment.
Keywords: Physical Education. Curricular supervised training. Teacher Training.
1
Profª. Msc. em Educação pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL.
[email protected]
2
Profª. Esp. do Curso de Educação Física da Faculdade São Tomás de Aquino – FACESTA.
[email protected]
2
INTRODUÇÃO
A formação do professor é um tema vigente em importantes obras de
grandes pesquisadores nacionais – Lisita (2001), Barbosa (2003), Espírito Santo
(2002) e Libâneo (2003) e internacionais como Tardif (2002) e Perrenoud et al
(2001)
dentre
outros.
Tal
demanda,
reporta-nos
ao
Estágio
Curricular
Supervisionado (ECS), período que atende a formação inicial acadêmica e que se
configura como elemento preponderante da formação dos futuros profissionais.
Neste contexto, o estágio curricular supervisionado ocupa lugar ímpar para a
formação docente sendo lócus de reflexão e formação da identidade.
A formação inicial e o estágio devem pautar-se pela investigação da
realidade, por uma prática intencional, de modo que as ações sejam
marcadas por processos reflexivos entre os professores-formadores
e os futuros profissionais, ao examinarem, questionarem e avaliarem
criticamente o seu fazer, o seu pensar e a sua prática (KOSIK apud
BARREIRO; GEBRAN, 2006, p. 21).
O Estágio Curricular Supervisionado é uma disciplina que se destaca no
currículo do curso de licenciatura por colocar o futuro profissional em contato com a
realidade educacional, desenvolvendo estilos de ensino, possibilitando adequadas
seleções de objetivos, conteúdos, estratégias e avaliações, fornecendo subsídios
para a formação do educador, tanto teoria (pedagógica) e a prática (didáticometodológica), possibilitando assim o desenvolver um trabalho docente eficaz.
(TEIXEIRA, 1994).
Compreende-se, que está prática transforma-se em saberes destinado à
formação científica e erudita dos futuros professores, fornecendo um arcabouço
ideológico à profissão e por outro, acercar-se dos pilares que fundamentam o
processo educacional, aprender a conhecer, aprender-fazer, aprender a conviver e
aprender a ser. Integrado assim, o conjunto de saberes experiências e práticos que
devem compor a formação docente (TARDIF, 2002).
Para compreendermos como os acadêmicos significaram o seu percurso
formativo no curso de Licenciatura em Educação Física, buscamos perceber nas
entrelinhas das suas narrativas,
suas experiências
e
aprendizagens que
contribuíram na constituição do ser professor (PERES, 2006).
Consequentemente, o estudo teve como objetivo geral analisar o percurso
formativo dos acadêmicos do sétimo (7º) período do curso de educação física da
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Faculdade São Tomás de Aquino – FACESTA. Para tal, investigação delimitou-se
critérios para a inclusão dos participantes. Critérios de Inclusão: acadêmicos que
realizaram o estágio curricular supervisionado em instituições distintas (rede publica
municipal, estadual, federal e privada), ter cursado a disciplina estágio curricular
supervisionado I e participação o seminário de estágio curricular supervisionado.
A atual matriz curricular (2009) do curso de Licenciatura em Educação Física
da Faculdade São Tomás de Aquino - FACESTA proporciona o Estágio Curricular
Supervisionado I e II nos 6º e 7º semestres, realizados respectivamente em todas as
etapas e níveis da educação básica, com carga de 180 horas destinada a cada
estágio, somando-se a estas 360 horas, mais 40 horas de Seminário em Estágio
Curricular Supervisionado, totalizando então 400 horas.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
A formação profissional do professor é inversamente simétrica à situação de
seu exercício profissional. Quando se prepara para ser professor, ele vive o papel de
aluno. Para transformar esta prática a formação do professor precisa tomar como
ponto de referência, a organização institucional e pedagógica dos cursos, a simetria
invertida entre a situação de preparação profissional e o exercício futuro da
profissão. Para tal, a formação inicial de professores deve ter como primeiro
referencial as normas legais e recomendações pedagógicas da educação básica.
Os professores não são necessários para qualquer projeto pedagógico, mas
para aqueles que vão ser executados sob a orientação normativa das diretrizes
curriculares nacionais e sob a recomendação dos parâmetros e planos curriculares
formulados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), pelos sistemas públicos de
ensino e pelas escolas particulares (MELLO, 2000).
Em conforme com o art. 61 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
com a seguinte redação. Consideram-se profissionais da educação escolar básica
os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos
reconhecidos, são:
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a
docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia,
com habilitação em administração, planejamento, supervisão,
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inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de
mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso
técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de
modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades,
bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da
educação básica, terá como fundamentos:
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o
conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas
competências de trabalho;
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios
supervisionados e capacitação em serviço;
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em
instituições de ensino e em outras atividades (BRASIL, 1996, p.26).
Nesse contexto, aprender a ser professor não se constitui em um processo
definido por momentos ou períodos, como poderíamos nos referir a um curso de
formação, ou mais especificamente, as disciplinas do referido curso, mas ocorre
contínua e cotidianamente.
Entretanto, é relevante considerarmos que as aprendizagens somente serão
significativas a partir do momento em que exista uma tomada de consciência por
parte do sujeito aprendente sobre esse processo. Pois, a formação deve servir para
qualificar as pessoas, ou seja, estar em condições de integrar nela conteúdos
formativos no qual os sujeitos em formação poderão desenvolver e aprimorar como
consequência da formação que é oferecida a eles. Nesse sentido, as acadêmicas
revelam em suas narrativas como acreditam que o curso de formação contribuiu na
sua formação apontado elementos subjetivos a respeito do aprender a ensinar
(ZABALZA, 2004).
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
A formação inicial através do estágio curricular supervisionado provoca no
acadêmico, ansiedade perante a uma nova realidade que a ele será proporcionada,
rumo a uma imprescindível jornada através da qual vivenciar a educação física
efetivamente no cotidiano escolar. Fato esse que para Tardif (2002, p. 288), “[...] visa
habilitar os futuros alunos/professores – a prática profissional dos professores de
profissão e a fazer deles práticos reflexivos”. Marcelo Garcia (1999, p. 77),
acrescenta que a formação inicial de professores como instituição precisa cumprir
basicamente três funções, que são:
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(...) em primeiro lugar, a de formação e treino de futuros professores,
de modo a assegurar uma preparação consonante com as funções
profissionais que o professor deverá desempenhar. Em segundo
lugar, a instituição formativa tem a função de controle da certificação
ou permissão para poder exercer a profissão docente. Em terceiro
lugar, e segundo Clark e Marker (1975), a instituição de formação de
professores tem dupla função de ser, por um lado, agente de
mudança do sistema educativo, mas, por outro, contribuir para a
socialização e reprodução da cultura dominante.
Portanto, sendo o estágio curricular supervisionado uma disciplina de caráter
obrigatório no currículo dos Cursos de Licenciaturas e tem como principal objetivo a
construção de uma relação mais próxima com o campo de trabalho específico da
formação capaz de possibilitar atuação do futuro profissional de modo reflexivo e
autônomo. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996) propõe
a utilização de uma epistemologia da prática que valoriza as experiências
vivenciadas pelos acadêmicos e centraliza as ações em atividades curriculares que
buscam maior articulação entre teoria e prática. Desta forma, o estágio curricular
supervisionado passa a ser valorizado não mais como uma possibilidade concreta
de demonstrar a aquisição de conhecimentos teóricos, mas, como uma forma de
estabelecer uma relação mais coerente de teórico/prática a partir da convivência
mais intensa com o cotidiano escolar.
Consequentemente,
para
Teixeira
(1994),
o
Estágio
Curricular
Supervisionado (ECS) se destaca no currículo do curso de licenciaturas por colocar
o futuro profissional em contato com a realidade educacional, desenvolvendo estilos
de ensino, possibilitando adequadas seleções de objetivos, conteúdos, estratégias e
avaliações, fornecendo subsídios para a formação do educador, a fim de que possa
desenvolver um trabalho docente competente.
O Estágio Curricular Supervisionado tem como caracterizado pela
obrigatoriedade como atividade curricular, deve supervisionado e orientado por
professores, com o propósito de integrar a teoria e a prática dos conhecimentos
gerais e específicos aplicados à realidade escolar, superando assim, a ideia de que
o estágio é espaço reservando à prática, em que a sala de aula se discute a teoria
(MARQUES, 1992).
Assim, fundamentado no complexo âmbito da educação física e na formação
de professores, não há como negar que o estágio curricular supervisionado contribui
significativamente para o estilo de ensino do acadêmico-professor com também na
construção de sua identidade profissional.
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O estágio curricular supervisionado tem como característica a intervenção
prática na escola, é um momento que permite aos alunos a apropriação de
instrumentos teóricos e de metodologias para a atuação no ambiente escolar. De
posse do conhecimento específico o estágio traduz-se como o momento do aluno
tentar compreender o sistema de ensino, as políticas educacionais, a escola e os
sujeitos com os quais irá desenvolver/construir processos de aprendizagem (KRUG,
2008).
MATERIAIS E MÉTODOS
A investigação se caracteriza como estudo de caso, pois buscou descrever
um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu, com abordagem
qualitativa das informações. Pois, a construção do conhecimento encontra-se
relacionado com um processo de aprendizagem permanente que requer relatos dos
momentos vivencias buscando compreender a amplitude do objeto do estudo com o
intuito de responder às questões “como” e “por que” certos fenômenos ocorrem,
quando há pouca possibilidade de controle sobre os eventos estudados e quando o
foco de interesse é sobre fenômenos atuais, que só poderão ser analisados dentro
de um contexto de vida real (GODOY, 1995).
A presente investigação delimitou-se por analisar o percurso de quatro
acadêmicos do curso de licenciatura em Educação Física da Faculdade São Tomás
de Aquino- FACESTA, durante a realização do estágio curricular supervisionado II,
levando em consideração os seguintes critérios para a inclusão dos participantes.
Está cursando o 7º período, ter realizado o estágio curricular supervisionado II em
redes de ensino distintas. Para tal, foram utilizadas duas fontes para coleta de
dados um questionário contendo quatro questões abertas e a observação no lócus
do estágio. Cervo e Bervian (1996) relatam que: “o questionário representa a forma
mais usada para coletar dados, pois possibilita buscar de forma mais objetiva o que
realmente se deseja atingir”.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
1. As práticas pedagógicas realizadas no transcorrer da sua formação inicial
contribuiu para o planejamento das aulas do estágio curricular supervisionado II?
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Com base nas respostas obtidas, podemos destacar que os acadêmicos
foram unânimes ao afirmarem já ter tido experiências anteriores ao estágio curricular
supervisionado em relação ao planejamento de aula, através de atividades como: 1)
Práticas pedagógicas das disciplinas, Projetos de Extensão: A Prática Esportiva com
Ferramenta de Inclusão: Um Resgate da Cidadania de Crianças em Situação de
Risco no Município de Dois Riachos/AL, Um Yppon na Exclusão 2) Estágio Extra
Curricular: Programa Segundo Tempo, Saúde na Praça e Mais Educação. Porém
salientam, que: o período referente ao estágio curricular supervisionado I, no qual os
acadêmicos vão a lócus com o intuito de obter informações sobre a dinâmica
escolar, constituição e aplicabilidade do Projeto Político Pedagógico (PPP), a forma
que este contempla a educação física, a relação interdisciplinar com as demais
disciplinas, a interação professor/ coordenador pedagógico, professor/direção,
professor/professor e professor/aluno.
Para tal, acercaram-se de instrumentos tais como: observação sistemática e
entrevista com o professor de educação física, coordenação pedagógica e diretor.
Foi o principal elo na interface que prepara o estagiário para assumir a função de
acadêmico/professor.
Nesta perspectiva o professor é visto de forma abrangente e não
segmentada, os saberes são construído pelas diversas relações sociais as quais ele
estabelece no contexto no qual se encontra inserido (AMORIM FILHO, 2007). A
situação exposta proporcionou a construção prévia de um determinado perfil de
professor, fato imprescindível para o estágio subsequente.
2. Quais fatores interferem em relação à prática pedagógica no período do
estágio curricular supervisionado II?
As respostas sinalizaram para diversos problemas que interferiram na prática
pedagógica, constatamos também que as dificuldades diferem dentre as redes de
ensino, nas escolas públicas prevalece à falta de espaço físico para as aulas, fato
esse que gera a desmotivação e resistência dos alunos a participarem das
atividades propostas, indisciplina e dificuldade do acadêmico em criar estratégias
para resolver problemas. Nóvoa (2002), assinala que os professores vivem
momentos de grande instabilidade profissional, convivendo com tensões ao lidarem
com realidades locais e situações escolares marcadas por fenômenos de exclusão,
de agressividade e de conflito social. Diante do exposto, os acadêmicos ao
assumirem a sala de aula incorporam os conflitos e tensões existentes. Isto pode ser
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constatado no relato: “[...] uma situação que limita a realização de uma prática
pedagógica eficaz, causa assim frustração as expectativas” (ACADÊMICO X).
Entretanto, na rede privada a situação é totalmente diferenciada,
apresentamos as menções feitas pelos acadêmicos os quais atuaram na respectiva
rede de ensino. “[...] em algumas escolas, da rede privada falta de recursos matérias
como bola, arcos, cones é uma escassez de material, tal situação acarretava
desanimo em vários momentos no transcorrer do estágio” (ACADÊMICO K). Diante
do exposto, percebemos claramente que a desmotivação do acadêmico alcança os
educandos. “[....] a direção negligencia
a educação física, o fato fica explicito
quando o esporte é tratado como educação física e não como conteúdo da
educação física, tendo em vista que as escolinhas esportivas tem cobrança de
mensalidade” (ACADÊMICO Z). “[...] a atuação na escola fez com que tivéssemos
uma noção clara de que tudo que é planejado nem sempre existe a possibilidade de
ser executado, devido os inúmeros problemas que sujem” (ACADÊMICO Y). Sobre
isso Alves (2007, p.19), comenta: “ausência de significado sobre o real papel da
Educação Física no contexto escolar que identifique o professor”.
O estágio curricular supervisionado é um vasto campo de experiências,
acadêmica. Entretanto, sofre inúmeras limitações tendo em vista os entraves no que
diz respeito à infraestrutura, material didático e postura inadequada de alguns
gestores das escolas privadas. Para os coordenadores de Estágio Curricular
Supervisionado do curso de Educação Física da Faculdade São Tomás de Aquino –
FACESTA, fica claro a angústia dos acadêmicos/professores, pois, acompanha-os
sistematicamente.
3. Aprendizagens que ocorreram no período do estágio curricular II.
Diante dos escritos podemos destacar que o estágio oportunizou uma
vivência impar no ambiente escolar: “[...] o contato com o aluno possibilitou novas
experiência, desde os procedimentos metodológicos, até as condições adversas que
eles proporcionam” (ACADÊMICO Y).
Sacristán (1999, p. 47) afirma que: “reconhece que os caminhos que levam a
ação a se consubstanciar em uma prática nem sempre são retos e evidentes, para
quem a executa”. “[...] precisamos ouvir mais os alunos, despertar a curiosidade
sobre o que acontece a seu redor” (ACADEMICO X). O estágio curricular
supervisionado por excelência é espaço de reflexão e ação sobre a formação
acadêmica, para que dessa forma possa aprofundar conhecimentos e compreender
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o papel da escola na sociedade e a essência de ser educador neste contexto
(BARREIRO; GEBRAN, 2006).
Seguindo os escritos, “[...] possibilitou a construção do alicerce para o
desenvolvimento de trabalhos pedagógico durante o estágio” (ACADÊMICO Z).
Segundo KRUG (2008, p. 33), o estágio deve ser: “[...] concebido como uma
experiência, ou seja, como um conjunto de vivências significativas através das quais
o estagiário identifica, seleciona, destaca os conhecimentos necessários e válidos
para a atividade profissional”.
O escrito do (ACADÊMICO K) ressalta que: “o estágio curricular
supervisionado foi enriquecedor, pois, possibilitou refletir sobre as questões que
permeiam a educação, escola, sociedade e ser professor”. A aquisição e a
construção de uma postura reflexiva pressupõem o exercício constante do saberconhecer e saber-fazer, neste contexto a formação inicial ocupa lugar ímpar para a o
exercício da docência (BARREIRO; GEBRAN, 2006).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os acadêmicos discorreram sobre a importância das práticas pedagógicas
das disciplinas que compõe a matriz curricular do curso de educação física da
Faculdade São Tomás de Aquino – FACESTA, bem como a participação em
projetos de extensão, estágio extracurricular e do Estágio Curricular Supervisionado
I, enquanto espaço e tempo significativos na formação e construção de saberes
teórico/práticos,
vislumbrando,
assim,
a
possibilidade
de
elaboração
e
ressignificação desses saberes para atuação enquanto acadêmico/professor e na
formação do futuro professor de educação física na educação básica. As relações
com seus pares, à desmotivação diante das dificuldades apresentadas, a indisciplina
dos alunos, os problemas com a infraestrutura escolar e em alguns casos a
educação física relegada ao segundo plano.
Mediante esse prisma, percebe-se que o período acadêmico em especial o
de estágio curricular supervisionado II, deu início à apropriação dos conhecimentos
específicos e formalizados para as futuras práticas docentes, de modo que os
saberes experienciais contribuem significativamente para a construção da identidade
docente. Quando Tardif (2002, p. 12) afirma que: “todo saber do professor é um
saber social”, está utilizando um conceito de Freire, que afirma que os saberes
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sociais resultam de um comprometimento político e ético, constituídos no ambiente
social. Outra constatação decorre da analise dos relatos dos acadêmicos/ professor,
as suas práticas eram realizadas de acordo com o que as crianças, em muitas
ocasiões, solicitavam. Fato explicitado no relato do (ACADÊMICO Z), “[...] as aulas
foram dinamizadas de acordo com as necessidades dos alunos”.
Assim, foi possível analisar os limites, as possibilidades e os desafios desse
componente curricular no percurso de formação inicial, acenando como uma
possibilidade de formar profissional capaz de refletir sobre seu processo de
formação acadêmica, percebendo as implicações da sua ação no contexto escolar
que demanda uma vivencia cidadã no entorno social amplo.
Diante do exposto, reiteramos a importância do estágio curricular
supervisionado como um importante instrumento da formação acadêmica, sendo um
momento singular onde o acadêmico/professor começa a formar suas ideias e
opiniões sobre a profissão, com o intuito de formar sua identidade profissional.
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estágio curricular supervisionado: percurso formativo dos