UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO
COMPEXO IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ,
SUL DO ESTADO DA BAHIA
SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA
Monografia apresentada como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Geologia pela
Universidade Federal da Bahia.
Orientadora: Dra. Maria de Lourdes da Silva Rosa
Co-Orientador: Dr. Herbet Conceição
Salvador-Bahia
-2008-
S586
Silva, Sâmia de Oliveira,
Aspectos petrográficos e litogeoquímica do Complexo Ibicuí Ipiaú, na Região de Potiraguá, sul do Estado da Bahia / Sâmia
de Oliveira Silva. - Salvador, 2008.
77 f. : il.
Orientadora: Profa. Dra. Maria de Lourdes da Silva Rosa.
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) – Graduação
em Geologia. Instituto de Geociências. Universidade Federal da
Bahia, 2008.
1. Petrologia – Complexo Ibicuí-Ipiaú (BA). 2. Geoquímica –
Complexo Ibicuí-Ipiaú (BA). 4. Rochas – Análise. I. Título.
CDU 552 (813.8) (043)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO
COMPEXO IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ,
SUL DO ESTADO DA BAHIA
Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Universidade Federal da
Bahia, pela seguinte banca examinadora:
1º Examinador – Dra. Maria de Lourdes da Silva Rosa – Orientadora
Doutora em Geologia
Núcleo de Geologia, UFS
2º Examinador – Dra. Débora Correia Rios
Doutora em Geologia
Instituto de Geociências, UFBA
3º Examinador – MSc. Rita Cunha Leal Menezes
Mestre em Geologia
Instituto de Geociências, UFBA
Salvador, 18 de Julho de 2008.
DEDICATÓRIA
“É preciso viver, não apenas existir”.
(Plutarco)
Aos meus pais, pelo infinito e sincero amor.
E ao meu irmão, pelo exemplo de perseverança e integridade.
AGRADECIMENTOS
Inicialmente a Deus, pela vida. Aos meus pais e irmão, pelo eterno amor, dedicação e
apoio em todas as etapas da minha vida.
Aos meus exemplares e admirados orientadores Drs. Maria de Lourdes Rosa e Herbet
Conceição, pela indefinida dedicação durante a elaboração deste trabalho.
A toda equipe do Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral – GPA pela
agradável convivência e contribuição.
À Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM e ao CNPq (Edital Universal 2006
- Processo 475852/2006-0) pelo apoio no campo e analítico.
Aos meus companheiros formandos Manoel Queiroz, Rose Paixão, Tiago Costa e
Uyara Machado pelo apoio nas horas difíceis e pelo compartilhamento do conhecimento
durante o curso e, principalmente, nesta etapa final.
Às minhas eternas amigas de todas as horas Ana Carolina, Fabiane Natividade,
Joilma Prazeres, Rose Paixão, e Uyara Machado, pelo apoio insubstituível e amizade única e
inexplicável.
Aos amigos Adelino Ribeiro, Aloísio Pires, Ana Carla, Ana Carolina, André Luis, Bruno
Pianna, Carlito Neves, Carlos Amorim, Carlos Emanuel, Cristiane Maciel, Esdras Varjão,
Fabiane Natividade, Gilcimar Machado, Henrique Balogh, Joilma Prazeres, Jofre Borges,
José Elvir, Lisálvaro Lucas, Noelinda Ribeiro, Rose Paixão, Tiago Costa e Uyara Machado,
pela ajuda nos momentos necessários, pela ótima companhia e pelas horas, horas e horas
compartilhadas de estudo em diversas disciplinas; e a Henrique Rocha e Cleiton Santos pelo
destinado apoio e agradável companheirismo durante parte do curso e nas preparações das
amostras aqui trabalhadas.
Aos funcionários da BIGEO pela orientação, paciência e compreensão concedidas.
Aos professores Vilton Fernandes, Haroldo Sá, Débora Rios, Antônio Marcos, Flávio
Sampaio, Castro Mello, Ângela Leal, Simone Cruz e Telésforo Martinez, que me ensinaram a
enxergar o caminho a ser trilhado nessa linda ciência que é a Geologia.
E finalmente, a todos que, de alguma forma, contribuíram para esta minha vitória.
RESUMO
As rochas arqueano-paleoproterozóicas do Complexo Ibicuí-Ipiaú que ocorrem
no município de Potiraguá pertencem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e
representam parte do embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia.
Elas são em geral de coloração cinza esverdeados, bandadas, anisotrópicas de
granulação média a grossa.
Os estudos petrográficos permitiram dividir estas rochas em três conjuntos:
biotita gnaisses, gnaisses e anfibolitos. Elas são predominantemente leucocráticas e
de composições monzograníticas e granodioríticas. Os gnaisses são compostos por
quartzo, andesina, feldspato alcalino pertítico, diopsídio, epídoto, clorita, carbonato,
apatita, titanita, minerais opacos e zircão. O anfibolito é composto essencialmente por
honblenda e, possui minerais opacos como acessórios, sendo denominado de
hornblendito.
Os dados químicos mostram que estas rochas, de forma geral, apresentam
pouca variação nos conteúdos de SiO2 (62 a 67%), são metaluminosas e encontramse distribuídas entre as séries toleítica, cálcio-alcalina e cálcio-alcalina alto K. O
horblendito tem os teores mais elevados de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555
ppm). Os biotita gnaisses possuem os conteúdos elevados de Zr (122 ppm), Y (57
ppm), Sr (811 ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm). O fácies gnaisse tem altos
conteúdos de La (229 ppm) e Ce (408 ppm).
Palavras-chave: Complexo Ibicuí-Ipiaú, Potiraguá, petrografia, litogeoquímica.
ABSTRACT
The archean paleoproterozoic rocks from Ibicuí-Ipiaú complex are located
around the Potiraguá village, and belonging to the Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen.
These rocks represent part of the basement from the South Bahia Alkaline Province.
There rocks have green to grey colors, been banded, isotropic, phaneritic, and present
coarse to medium granulation.
The petrography studies allaw to divide these rocks in three types: biotite
gneisses, gneisses and amphibolites. They are leucocratic rocks of monzogranitic and
granodioritc compositions. The gneisses are composed by quartz, andesine, pertitic
alkali feldspar, diopside, epidote, clorite, carbonate, titanite, apatite, opaque minerals
and zircon. The amphibolite is essentially composed by hornblende with opaque
mineral as accessory, and have been denominated of hornblendite.
The geochemical data show that these rocks have straight silica variation (62 to
67%), are metaluminous, and have tholeitic, calc-alkaline and high K calc-alkaline
affinities. The hornblendites have the highest values of Cr (658 ppm), V (167 ppm)
and Cu (555 ppm). The biotite gneisses show high Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr (811
ppm), Ba (2205 ppm) and Zn (129 ppm) contents. The gneissic facies present high
values of La (229 ppm) and Ce (408 ppm).
Keywords: Ibicaraí Ibicuí-Ipiaú, Potiraguá, petrography, lithogeochemistry.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FOTOGRAFIAS
LISTA DE MICROGRAFIAS
9
10
11
12
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
I.1 – APRESENTAÇÃO
I.2 – OBJETIVOS
I.3 – LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
I.4 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
I.4.1 – Clima & Vegetação
I.4.2 – Geomorfologia & Hidrografia
I.4.3 – Aspectos Sócio-Econômicos
13
14
14
15
16
16
16
17
CAPITULO II – MÉTODOS APLICADOS
18
II.1 – INTRODUÇÃO
19
II.2 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
II.3 – ETAPA DE CAMPO
II.4 – SELEÇÃO E PREPRAÇÃO DAS AMOSTRAS
II.5 – ANÁLISES PETROGRÁFICAS
II.6 – ANÁLISES QUÍMICAS
II.7 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO
19
19
20
20
21
26
CAPÍTULO III – CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL
III.1 – INTRODUÇÃO
III.2 – EMBASAMENTO
III.3 – DIQUES
III.4 – PROVINCIA ALCALINA DO SUL DO ESTADO DA BAHIA
III.5 – BACIA DO RIO PARDO
III.6 – SEDIMENTOS RECENTES
26
27
29
29
30
30
31
CAPÍTULO IV – GEOLOGIA LOCAL & PETROGRAFIA
IV.1 – INTRODUÇÃO
IV.2 – ASPECTOS GEOLÓGICOS DO COMPLEXO IBICUÍ–IPIAÚ
IV.3 – ASPECTOS PETROGRÁFICOS DO COMPLEXO IBICUÍ–IPIAÚ
32
33
33
36
CAPÍTULO V – LITOGEOQÚIMICA
V.1 – INTRODUÇÃO
V.2 – ELEMENTOS MAIORES
V.2.1 – Classificação Química
V.2.2 – Diagramas de Variação
V.3 – ELEMENTOS TRAÇOS
43
44
44
44
51
51
CAPÍTULO VI – CONCLUSÕES
54
REFERÊNCIAS
56
ANEXOS
60
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 –
Mapa de situação, localização e vias de acesso.
Figura 02 –
Mapa da América do Sul com a localização do Estado da Bahia
[A]. Mapa da Bahia com a localização da PASEBA no Cráton
do São Francisco (CSF) [B]. Mapa geológico simplificado da
PASEBA [C], segundo Rosa et. al. (2007)
16
28
Figura 03 –
Mapa geologico simplificado com a localização das amostras
estudadas.
Figura 04 –
[A] Nomenclatura das rochas, com base nos dados modais,
segundo os critérios estabelecidos por Streckeisen (1976).
38
Diagrama TAS (álcalis versus sílica) para classificação de
rochas plutônicas, segundo Middlemost (1985), aplicado às
rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
46
Figura 05 –
34
Figura 06 –
Diagrama SiO2 versus K2O (Peccerillo & Taylor 1976), aplicado
às rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
48
Figura 07 –
Diagrama A (Na2O+K2O) - F (F2O3) - (MgO), aplicado às rochas
do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
49
Figura 08 –
Diagrama Al2O3/(Na2O+K2O) versus Al2O3/(CaO+Na2O+K2O),
em moles, segundo Shand (1943), aplicado às rochas do
Complexo Ibicuí-Ipiaú.
50
Figura 09 –
Diagramas relacionando SiO2 versus outros elementos
maiores, aplicado às rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
52
Figura 10 –
Diagramas relacionando SiO2 versus outros elementos
menores, aplicado às rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
53
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 –
Distribuição faciológica das amostras descritas na petrografia.
36
Tabela 02 –
Dados litogeoquímicos das rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú
45
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Foto 01 –
Amostra reduzida a fração brita.
22
Foto 02 –
Pulverização da amostra utilizando Shater Box.
22
Foto 03 –
Amostra pulverizada. Granulação inferior a 200 meshs.
22
Foto 04 –
Análise petrográfica utilizando microscópio binocular.
22
Foto 05 –
Colocação de pesa filtros na estufa.
22
Foto 06 –
Secar amostra em dessecador.
22
Foto 07 –
Relevo marcado por serras mais esparsas.
35
Foto 08 –
Vegetação exibindo porte arbóreo-arbustivo.
35
Foto 09 –
Rocha gnáissica exibindo bandamento composicional.
35
Foto 10 –
Dobras abertas.
35
Foto 11 –
Orientação mineral evidenciada por fenoclastos estirados.
35
Foto 12 –
Presença de veios de quartzo deslocados
35
LISTA DE MICROGRAFIAS
Micrografia 01 –
Cristais de quartzo agregados em formato ocelar.
39
Micrografia 02 –
Geminação segundo a Lei Albita em plagioclásio.
39
Micrografia 03 –
Cristais de epídoto sobre plagioclásio alterado.
39
Micrografia 04 –
Faixas de carbonato preenchendo fraturas.
39
Micrografia 05 –
Cristais de zircão inclusos em feldspato alcalino.
39
Micrografia 06 –
Cristais subdioblásticos de hornblenda.
39
I. Introdução
14
I.1 – APRESENTAÇÃO
A Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA), de idade
neoproterozóica, é a única região no Brasil de sua natureza. Nos últimos anos, o
estudo das rochas desta província tem se intensificado, graças às pesquisas
desenvolvidas pelo Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral (GPAUFBA).
Enfoques sobre aspectos petrográficos, químicos e geocronológicos têm
direcionado as pesquisas das rochas alcalinas, por exemplo, buscando estabelecer
sua gênese e critérios que permitam identificar novas áreas de ocorrência.
Entretanto, os dados disponíveis sobre seu embasamento, formado por rochas
gnáissicas pertencentes ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e ao Complexo
Itapetinga, são quantitativamente insuficientes.
Este Trabalho Final de Graduação encontra-se inserido no contexto dos
projetos de pesquisa em desenvolvimento pelo GPA, onde foi possível aliar
conhecimentos obtidos durante o curso de graduação ao dia-a-dia prático dos
métodos laboratoriais e procedimentos científicos, permitindo abranger trabalhos de
campo e geração de dados em laboratório.
I.2 – OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo contribuir para os estudos das rochas do
Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, correspondentes ao Complexo Ibicuí-Ipiaú, que
afloram nas proximidades do município de Potiraguá. Esta contribuição será
materializada por caracterizações petrográficas e geoquímicas destas rochas.
Desta forma, espera-se contribuir para melhor compreensão do embasamento
da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia.
15
I.3 – LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
A área estudada situa-se no Sul do Estado da Bahia (Fig. 1). O objeto de
estudo, as rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú, está situado na região próxima aos
municípios de Itororó e Potiraguá, localizados a aproximadamente 600 km de
Salvador, respectivamente.
O acesso principal à região é o rodoviário. Partindo de Salvador, este pode
ser feito, inicialmente, pela BR-324. Antes de chegar à Feira de Santana, perto do
quilômetro 90, há um entroncamento com a BR-101 e segue-se por esta em direção
ao sul do Estado até a cidade de Itabuna. Chegando a Itabuna, segue-se pela BR415 até a cidade de Itororó. Após Itororó, segue-se até o entroncamento com a BA270, distando cerca de 60 km até a cidade de Potiraguá (Fig. 1)
I.4 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
I.4.1 – CLIMA & VEGETAÇÃO
O clima característico nesta região é do tipo subúmido a seco. É marcado por
um período de poucas precipitações, que se concentram de outubro a janeiro, tendo
precipitação média anual de 800 mm.
O ecossistema principal de região é a Floresta Caducifólia Tropófila (Lima
1981), o qual se relaciona diretamente com as condições climáticas e geológicas da
área, e vem sofrendo ações antrópicas, para a implantação e desenvolvimento da
pecuária, principal atividade da região.
I.4.2 – GEOMORFOLOGIA & HIDROGRAFIA
A região em estudo situa-se numa área de relevo ondulado, marcado por
porções mais elevadas que correspondem às Serras das Araras, de Anápolis e das
Palmeiras. Ocorre também um relevo mais aplainado, que corresponde às rochas do
embasamento.
17
Toda a área está inserida na bacia hidrográfica do Rio Pardo, tendo sua foz
localizada próxima ao município de Canavieiras. Os córregos do Nado e Palmeirão
são os afluentes principais. O padrão da drenagem varia entre retangular e
dendrítico.
I.4.3 – ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
O município de Potiraguá possui uma área de 989,5 Km2, e população
estimada em 16.729 habitantes (Anuário IBGE, 2006). A economia da região é,
principalmente, voltada para pecuária. A atividade mineira é praticada na região,
onde existem pedreiras de sodalita sienito. A atividade agrícola também é
empregada. O ramo da construção civil implementa a extração de areia,
movimentando a economia local.
II. Métodos Aplicados
19
II.1 – INTRODUÇÃO
Para a elaboração deste trabalho, que tem como objetivo produzir dados
sobre o embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA),
foram realizadas atividades no decorrer de seis etapas distintas e descritas a seguir:
II.2 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Esta etapa correspondeu ao desenvolvimento do levantamento bibliográfico
sobre a geologia da região sul do Estado da Bahia. Os trabalhos mais importantes
sobre essa região encontram-se em: Silva Filho et al. (1974), Inda & Barbosa (1978),
Menezes (2003, 2005), Moraes Filho et al. (2006) e Moraes Filho (2007). Além
destes
trabalhos,
foram
utilizadas
as
informações
obtidas
em
pesquisas
desenvolvidas por outros pesquisadores do Laboratório de Petrologia Aplicada à
Pesquisa Mineral (GPA-UFBA) na região foco deste estudo.
II.3 – ETAPA DE CAMPO
Nesta fase, foi realizada uma missão de campo com duração de quatro dias,
onde foi possível visitar diferentes unidades geológicas da PASEBA. Durante a
missão foram descritos afloramentos e coletadas amostras, que foram devidamente
identificadas
e
acondicionadas.
Adicionalmente
foram
obtidas
informações
geológicas sobre relações texturais das rochas, orientações minerais e relações de
contato dos corpos.
Para auxiliar no desenvolvimento desta etapa foram utilizados os seguintes
equipamentos: Global Position System (GPS), bússola, martelo, marreta, lupa de
bolso (20 X) e máquina fotográfica digital.
20
II.4 – SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS
As amostras utilizadas no desenvolvimento deste trabalho foram previamente
coletadas por Menezes (2003, 2005) e Cruz Filho (2005). Estas rochas estão
arquivadas na litoteca do GPA. Elas são devidamente preparadas para a confecção
de lâminas delgadas que, permitam a obtenção de descrições petrográficas
macroscópica e microscópica; e para realização de análises químicas.
A preparação das amostras para a confecção das lâminas consiste, em obter
pedaços de aproximadamente 6 cm2 e enviá-los para o laboratório de laminação,
onde serão cortadas seções milimétricas condicionadas à uma placa de vidro. Já a
preparação para as análises químicas exige alguns procedimentos específicos como
a britagem, onde cada amostra foi processada no Britador de Mandíbulas de marca
WEDAG, no Laboratório de Preparação de amostras – IGEO/UFBA, tendo sua
granulometria reduzida ao tamanho brita (Foto 01). Após a britagem, os fragmentos
de rocha foram levados a um moinho do tipo Shatterbox (Foto 02), tendo sua
granulometria reduzida ao tamanho inferior a 200 mesh (Foto 03).
II.5 – DESCRIÇÕES PETROGRÁFICAS
A realização das descrições macroscópicas das amostras das rochas do
Complexo Ibicuí-Ipiaú, foi feita com o auxílio de lupa de bolso (20 X) e lupa binocular
(Zeeis Stemi 2000 C). Nestas mesmas amostras, foram efetuadas descrições das
lâminas delgadas, com o objetivo da caracterização petrográfica, observando as
asosociações mineralógicas e relações texturais da área estudada. Elas foram
executadas utilizando-se de microscópio binocular marca Leitz, modelo Ortholux II
(Foto 04). Estas descrições foram realizadas na sala de Microscopia, no Laboratório
de Petrologia aplicada à Pesquisa Mineral – GPA/IGEO/UFBA.
21
II.6 – ANÁLISES QUÍMICAS
As análises químicas de elementos maiores e menores, e a determinação da
perda ao fogo, foram realizadas nas amostras estudadas no Laboratório do Plasma
do IGEO-UFBA. O equipamento utilizado para dosagem dos elementos foi um
Espectometro de Emissão Atômica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP OES)
marca VARIAN, modelo Liberty.
Os procedimentos para a análise de Elementos Maiores consistem em duas
fases, descritas abaixo:
• Secagem e Pesagem das Amostras:
9 Pesagem de 3 g/amostra, acondicionar esse material em um pesa-filtro de 30
mL e, após isto, alocar esse material em estufa a uma temperatura de 105° –
110 °C (Foto 05). O material deve permanecer na estufa por três horas para a
secagem.
9 Após a secagem, transferir os pesa-filtros para o dessecador (Foto 06) e
aguardar aproximadamente duas horas para o retorno da amostra à
temperatura ambiente.
9 Atingida a temperatura ambiente, pesar cerca de 0,1000 g da amostra no
cadinho de teflon.
• Decomposição das Amostras:
Nesta fase foi utilizado o método de adição de H3BO3 cristalizado, que tem por
objetivo dissolver os fluoretos insolúveis e liberar o Si, evitando a sua perda sob a
forma de SiF4. Para a realização desse método foram realizadas as seguintes
etapas:
9 Dosar 2,8 g de H3BO3 (ácido bórico) cristalizado em recipientes de acrílico.
9 Aquecer cerca de dois litros de água ultra-pura (T= 70-80 °C) durante cerca
de duas horas, na placa aquecedora.
9 Adicionar um pouco de ácido bórico no cadinho de teflon contendo a amostra.
23
9 Lavar a tampa do cadinho com água ultra-pura aquecida (T= 80 °C) e
transferir a solução aquosa para o cadinho, repetindo o procedimento três
vezes.
9 Adicionar mais uma porção de ácido bórico no cadinho. Colocar a bagueta
magnética, para a homogeneização da amostra, e levá-lo à placa de
aquecimento / agitação. Continuar acrescentando ácido bórico e ir diluindo
com água deionizada aquecida. Após a adição total do ácido, manter o
aquecimento até a completa dissolução deste.
9 Transferir as soluções aquosas para balões volumétricos de 100 mL e
esperar que atinjam a temperatura ambiente e realizar a aferição do balão
com água ultra-pura.
9 Agitar os balões para a homogeneização da solução e transferir
imediatamente para o frasco de polietileno. Transportar os frascos contendo
as soluções das amostras para serem analisadas no ICP OES.
Os procedimentos para a análise de Elementos Menores também são
similares, em alguns aspectos, aos realizados em maiores e consistem em duas
fases, descritas a seguir:
• Secagem e Pesagem das Amostras:
9 Pesagem de 3 g / amostra, acondicionar esse material em um pesa-filtro de
30 mL e após isto, alocar esse material em estufa (T= 105 – 110 °C). O
material deve permanecer na estufa por três horas para a secagem.
9 Após a secagem, transferir os pesa-filtros para o dessecador e aguardar
aproximadamente duas horas para a obtenção da temperatura ambiente em
cada amostra.
9 Atingida a temperatura ambiente, pesar cerca de 0,5000 g da amostra no
cadinho de teflon.
24
• Decomposição das Amostras:
Nesta fase foi utilizado o método de digestão multiácida. Neste são
necessários reagentes como o ácido fluorídrico (HF) que tem por função atacar a
sílica; o ácido perclórico (HClO4) e o ácido nítrico (HNO3), que funcionam como
agentes oxidantes; além da solução 1:1 de HCl em água ultra-pura utilizada
durantes os procedimentos. Para a realização desse método foram realizadas as
seguintes etapas:
9 Principiar obtendo os reagentes – ácido fluorídrico a 40% ou 48%, ácido
perclórico, ácido nítrico PA 65% e a solução 1:1 de ácido clorídrico em água
ultra-pura.
9 Adicionar em cada béquer de teflon contendo as amostras, anteriormente
pesados, HF, HClO4 e HNO3. Após, transportá-los para a placa de
aquecimento a uma temperatura de 80 °C para a evaporação total dos ácidos,
ou seja, até que a amostra esteja completamente seca.
9 Adicionar 5 mL da solução de 1:1 de HCl e aquecer até dissolver os sais
resultantes.
9 Transferir as soluções aquosas para balões volumétricos de 50 mL e esperar
que atinjam temperatura ambiente e realizar a aferição do balão com água
ultra-pura.
9 Agitar os balões para a homogeneização da solução e transferir
imediatamente para o frasco de polietileno. Transportar os frascos contendo
as soluções das amostras para serem analisadas no ICP OES.
O processo de Perda ao Fogo, utilizou a técnica de calcinação de amostra de
rochas silicatadas e consiste nas seguintes etapas:
9 Colocar numa mufla, cadinhos de porcelana vazios, referente a cada amostra
a ser analisada, e esperar o aparelho estabilizar em 950 ºC.
9 Calcinar os cadinhos, retirar da mufla e transportar para um dessecador para
resfriar a temperatura ambiente por cerca de duas horas.
25
9 Pesar os cadinhos vazios numa balança analítica. Em seguida os mesmos
são pesados um a um, com cerca de 1,0 g da amostra.
9 Levar os cadinhos para a mufla com as amostras, cerca de 24 horas depois, e
aguardar a estabilização do aparelho a 950 ºC.
9 Deixar os cadinhos na mufla por duas horas e meia.
9
Retirar da mufla e transportar para um dessecador para resfriar a
temperatura ambiente por cerca de duas horas.
9 Pesar os cadinhos com amostras numa balança analítica.
II.7 – ELABORAÇÃO DO TRABALHO
Para finalizar, foi feita a integração de todas as informações obtidas, tendo
como meta a caracterização petrográfica e geoquímica das rochas do Complexo
Ibicuí-Ipiaú com a elaboração deste Trabalho Final de Graduação.
III. Contexto Geológico Regional
27
III.1 – INTRODUÇÃO
Estudos desenvolvidos por Fujimori (1967) sobre as rochas alcalinas do sul
do Estado da Bahia, reunidas por Silva Filho et al. (1974) sob a terminologia de
Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA) foram pioneiros na região.
Este mesmo autor descreveu microscopicamente a mineralogia de algumas destas
rochas. Todo o conjunto litológico da província encontra-se distribuído em uma faixa
de 8.500 Km2, orientada NE-SW por 185 km de extensão e se estende desde as
proximidades do litoral até a divisa com o Estado de Minas Gerais.
A PASEBA tem sua porção norte inserida no Cráton do São Francisco
(Almeida 1977) de idade arqueana-paleoproterozóica, e sua porção sul situada na
Faixa Móvel Araçuaí, de idade neoproterozóica (Fig 2).
De forma geral, reconhece-se nesta região que a unidade de embasamento, é
formada por duas subunidades distintas: (i) localizada na parte nordeste da área de
estudo, é constituída por rochas granulíticas, pertencentes ao Orógeno ItabunaSalvador-Curaçá (OISC) (Barbosa et al. 2003) de idade arqueano-paleoproterozóica;
e (ii) situada no extremo sul da província, é o Complexo Itapetinga (Moraes Filho
2007), sendo constituída por rochas arqueano-paleoproterozóicas gnáissicomigmatíticas. Segundo Silva Filho et al. (1974), o sistema de falhas NW-SE,
denominado por estes autores de Planalto-Potiraguá, coloca em contato as rochas
granulíticas situadas a nordeste com as rochas gnáissico-migmatíticas situadas a
sudoeste (Fio 2). Diques basálticos de idade mesoproterozóica (Renné et al. 1990)
truncam este embasamento.
Na PASEBA, o neoproterozóico é marcado pela colocação de rochas
alcalinas que agregam alguns batólitos (Itabuna, Floresta Azul, Serra das Araras e
Itarantim), vários stocks (p. ex. Rio Pardo, Itajú do Colônia e Serra da Gruta) e
grande números de diques que não são visíveis na escala 1:1.000.000 do mapa
geológico simplificado da PASEBA (Fig 2). A unidade de sedimentos recentes é
constituída pelas coberturas terciárias através da Formação Barreiras e pelo grupo
Rio Pardo.
29
III.2 – EMBASAMENTO
O embasamento da PASEBA é constituído por duas unidades metamórficas
distintas, as quais são limitadas pela falha Planalto-Potiraguá. A porção NE da
província é composta pelos terrenos pertencentes ao OISC e a porção SW tem-se o
Complexo Itapetinga (Fig. 2C). O OISC é constituído por rochas granulíticas de
idade arqueana-paleoproterozóicas. Segundo Barbosa & Sabaté (2004), os padrões
de terras raras exibidos pelos granulitos ácidos sugerem uma filiação cálcio-alcalina
de baixo potássio. Na região de interface da falha Planalto-Potiraguá, Moraes Filho
(2007) individualizaram dois complexos:
• Complexo Ibicuí-Ipiaú: composto por duas subunidades: uma constituída por
ortognaisses granidioríticos, monzogranitíco, tonalítico e monzonítico, milonitos com
metagabronorito e gnaisses migmatíticos subordinados e outra unidade como sendo
formada
por
ortognaisses
sienogranítico,
granodiorítico,
monzogranítico,
monzonítico e tonalítico, miloníticos com níveis de metagabronorito e restos de
rochas supracrustais. Representa o objeto deste trabalho e será descrito de forma
mais detalhada nos capítulos subseqüentes.
• Complexo Itapetinga: constituído por hornblenda biotita ortognaisses
sienograníticos a tonalitos, milonítico com níveis de anfibolito e biotitito; hornblenda
biotita ortognaisse migmatítico, paragnaisse granatífero e muscovita biotita gnaisse,
com intercalações de muscovita, cianita quartzito, associados a rochas metabásicas
ou metaultrabásicas.
III.3 – DIQUES
Segundo Renné et al. (1990), o Mesoproterozóico na província é marcado
pela presença de diques basálticos que truncam os granulitos e gnaisses. Esses
diques
geralmente
apresentam
mergulho
sub-verticais
e
aproximadamente perpendiculares à linha de costa, N 70° E/N 100° E.
têm
atitudes
30
III.4 – PROVÍNCIA ALCALINA DO SUL DO ESTADO DA BAHIA
A PASEBA reúne diversos maciços alcalinos, sendo os maiores Itabuna,
Floresta Azul, Serra das Araras e Itarantim. Estes corpos são essencialmente
constituídos por sienitos e nefelina sienitos.
As intrusões alcalinas da província apresentam um alinhamento regional
segundo uma direção NE-SW. Este controle estrutural pode ser justificado pelo
sistema de falhas que facilitou a colocação desses corpos, que possuem uma
distribuição alinhada interpretada por Mascarenhas (1979) como devida ao controle
tectônico regional. Posteriormente, vários estudos ratificam esse controle Rosa et al.
(2002, 2003) propuseram que a província expressa um estágio tectônico distensivo
anterior ao sistema colisional brasiliano, produzido pela Faixa Móvel Araçuaí.
As relações de contato entre as rochas alcalinas e o embasamento são bem
definidas e indicam alto contraste térmico e de viscosidade, revelando que as
condições dominantes durante a instalação dos magmas nas câmaras atualmente
expostas, situavam-se entre 6-8 Km de profundidade (Rosa et al., 2005).
Estudos elaborados por Rosa et al. (2002, 2003 e 2004) permitiram delimitar o
tempo de atuação do magmatismo alcalino desta província, utilizando-se de idades
Pb-Pb e U-Pb em zircão, como compreendido entre 732 Ma – 676 Ma.
III.5 – BACIA DO RIO PARDO
Segundo Pedreira (1999), o embasamento da Bacia Metassedimentar do Rio
Pardo no domínio do Cráton do São Francisco consiste em granulitos quartzo
feldspáticos, khondalitos, hiperstênio granulitos, enderbitos e granulitos básicos
(Souto et al. 1972), intrudidos por gabros e diques. No domínio da Faixa Araçuaí, no
sul da bacia, as rochas compreendem gnaisses e migmatitos, com intercalações de
anfibolitos, quartzitos, xistos e rochas calcissilicáticas (Mascarenhas, 1979).
31
As rochas metassedimentares do Grupo Rio Pardo, da base para o topo,
compreendem as formações Panelinha, Camacã, Água Preta, Santa Maria Eterna,
Serra do Paraíso e Salobro.
III.6 – SEDIMENTOS RECENTES
Estão representados pelas coberturas tércio-quaternárias situadas na porção
oriental da área estudada.
grosseiras
e
arenitos
Esses sedimentos são representados por areias
grossos
a
conglomeráticos
interestratificadas evidenciando a Formação Barreiras.
que
exibem
argilas
Aluviões recentes e
depósitos coluvionares areno-argilosos também completam estes sedimentos,
segundo Silva Filho et al. (1974).
Os sedimentos cenozóicos são representados pela Formação Barreiras,
composta por areias, argilas, camadas e lentes de cascalho, terraços formados por
conglomerados inconsolidados (Formação Pau-Brasil) e aluviões recentes, arenosos
e argilosos.
IV. Geologia Local & Petrografia
33
IV.1 – INTRODUÇÃO
O Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá na sua porção sul, segundo Barbosa et
al. (2003), está dividido em três unidades: (i) Bloco Jequié, na parte oeste, formado
por granulitos heterogêneos, orto e paraderivados, (3.2-2.9 Ga), além de rochas
enderbíticas, charnoenderbíticas e charnockíticas (2.8-2.7 Ga); (ii) Bloco ItabunaSalvador-Curaçá, na parte leste, composto por metatonalitos-metatrondhjemitos
(2.6-2.5 Ga) e metamonzonitos (2.4 Ga); e (iii) Banda de Ipiaú, que ocorre em uma
faixa estreita entre esses dois mega-blocos, constituída por intercalações de bandas
de anfibolitos e de rochas quartzo-feldspáticas, além de granitos, todos equilibrados
no fácies anfibolito.
Segundo
Barbosa
(1986),
o
complexo
estudado
corresponderia
ao
prolongamento sul da Banda de Ipiaú. Martins & Santos (1997) o denominou de
Complexo Ibicuí. Dalton de Souza et al. (2003), reuniram esses conjuntos litológicos
no Complexo Ibicuí–Ipiaú, o qual foi dividido em duas subunidades, que fazem
contato ao longo da zona de cisalhamento de direção NNW e diferem basicamente
pela presença de supracrsutais na subunidade ocidental. Os dados geológicos e
petrográficos destas rochas serão abordados a seguir.
IV.2 – ASPECTOS GEOLÓGICOS DO COMPLEXO IBICUÍ–IPIAÚ
Está localizado entre o Complexo Itapetinga, a oeste, com quem possui
contato tectônico, e o Complexo Ibicaraí, a leste, com quem, também, possui contato
tectônico. Ocorrem também contatos intrusivos com a suíte alcalina ItarantimPotiraguá-Itajú do Colônia e com a suíte intrusiva Pau Brasil (Figura 3).
O relevo deste complexo apresenta-se ondulado sob forma de serras
alinhadas, a oeste, a suavemente ondulado, a leste, onde é constituído por serras
alinhadas mais esparsas (Foto 7). A vegetação é marcada, muitas vezes, por mata
nativa, apresentando porte arbóreo-arbustivo (Foto 8); além de áreas antropizadas
representadas por extensas pastagens e cortes de estrada.
36
Quanto às litologias, predominam rochas anisotrópicas de coloração cinza,
com estrutura gnáissica, marcada por bandamento composicional, exibindo faixas
milimétricas a centimétricas de minerais máficos e félsicos (Foto 9), sendo comum
observar dobras abertas (Foto 10). Estas rochas possuem granulação média à fina,
orientação mineral, representada por fenoclastos estirados (augens) e minerais
máficos (Foto 11).
Em alguns afloramentos, ocorrem veios de quartzo deslocados (Foto 12) e em
outros níveis quartzosos paralelos ao bandamento composicional. Estes níveis
geralmente ocorrem de forma descontínua e chegam a ser centimétricos.
IV.3 – ASPECTOS PETROGRÁFICOS DO COMPLEXO IBICUÍ–IPIAÚ
O estudo petrográfico do Complexo Ibicuí-Ipiaú na área foco deste trabalho
(Fig. 3) foi elaborado a partir de descrições macroscópicas e microscópicas de 9
(nove) amostras das rochas representativas das fácies identificadas. As lâminas
descritas são apresentadas em Anexo.
A partir das características petrográficas das rochas estudadas, como por
exemplo, associações mineralógicas e relações texturais, foi possível identificar três
faciologias distintas (Tabela 1).
Tabela 1: Distribuição faciológica das amostras descritas na petrografia.
Fácies
Biotita Gnaisse
Gnaisse
Hornblendito
Amostras
47, 134, 204, 438, 497 e 598
104-A e 721
437
37
Para a determinação dos nomes das rochas, primeiramente estabeleceu-se a
moda através de estimativas visuais a partir da média obtida por 10 campos. Os
resultados obtidos foram lançados no diagrama QAPF (Fig. 4), seguindo-se as
recomendações da IUGS (Le Maître et al., 1989).
A maioria das amostras posicionou-se nos campos dos monzogranito e
granodiorito. Apenas uma amostra distinguiu-se das demais, a que corresponde um
anfibolito (amostra 437). As rochas estudadas ocorrem com granulação fanerítica
média a fina. As estruturas identificadas ao microscópico evidenciam a presença de
bandamento composicional, marcado por faixas máfica e félsica descontínuas. Elas
são essencialmente constituídas por quartzo, feldspato alcalino, biotita, moscovita,
anfibólio e minerais opacos.
ƒ FÁCIES BIOTITA GNAISSE
As rochas que compõem este fácies foram encontradas sob a forma de
lajedos e corte de estrada na região estudada (Fig. 3). Trata-se de rochas
anisotrópicas que, geralmente, apresentam coloração cinza escura quando
intemperizadas e cinza clara quando sãs. Elas exibem bandamento composicional
milimétrico, marcado por níveis máficos e félsicos. Exibem textura granoblástica
inequigranular e decussada, contendo limites curvos e retos entre os grãos. Sua
mineralogia é composta de quartzo, andesina, feldspato alcalino pertítico, biotita,
diopisídio, epídoto, clorita, carbonato, apatita, titanita, minerais opacos e zircão.
• Quartzo: ocorre como cristais xenoblásticos que, por vezes, concentram-se em
agregados ocelares (Fotomicrografia 01) ou faixas descontínuas. Os seus
contatos são irregulares com os cristais de andesina, biotita e minerais opacos, e
reentrantes quando em contato entre si. Geralmente exibem extinção ondulante
fraca a difusa e identificou-se a presença de cristais de zircão inclusos.
• Andesina: apresenta-se como cristais xenoblásticos, exibindo contatos curvos
com cristais de quartzo, biotita e microclina e retos com a biotita. Ocorrem
geminações
segundo
as
leis
Albita,
Albita-Carlsbad
e
Albita-Periclina
(Fotomicrografia 02). Geralmente esses cristais exibem alterações para
saussurita e sericita.
40
• Feldspato Alcalino Pertítico: mostra-se como cristais xenoblásticos, os quais
exibem contatos curvos com quartzo e biotita, reentrantes com o quartzo.
Observa-se a existência de populações devido a variação granulométrica. As
lamelas da geminação segundo a Lei Albita exibem formatos variados.
• Biotita: encontra-se na lâmina como cristais subdioblásticos de cor marrom,
exibindo pleocroísmo fraco, variando em tons de marrom. Os seus limites são
retos com outros cristais de biotita e curvos com grãos de quartzo e minerais
opacos. Possui inclusões de minerais opacos em diversos cristais, além de
zircão. É possível observar clorita nas bordas e processos de cloritização
também nas bordas.
• Diopisídio: ocorre como cristais xenoblásticos. Apresenta duas populações
granulométricas distintas, porém existe a predominância dos indivíduos de menor
tamanho. Os contatos são retos e curvos com cristais de biotita e quartzo. Em
vários cristais observa-se uralitização.
• Epídoto: ocorre como cristais subidioblásticos a xenoblásticos, normalmente
reunidos em agregados sobre os plagioclásios alterados e nas bordas dos
minerais opacos (Fotomicrografia 03). Seus contatos mostram-se irregulares com
cristais de quartzo, plagioclásio, biotita e minerais opacos.
• Clorita: ocorre como cristais xenoblásticos e subidioblásticos. Exibem contatos
retos com biotita e curvos com quartzo.
• Carbonato: mostra-se como cristais anédricos. Normalmente preenche fraturas
de espessuras milimétricas (Fotomicrografia 04) em cristais de biotita, quartzo e
andesina.
• Apatita: ocorre como cristais subdioblásticos a xenoblásticos e de forma
esporádica em quase todas as lâminas desta faciologia.
• Minerais Opacos: ocorrem como cristais xenoblásticos. Seus contatos são curvos
com cristais de quartzo, biotita, plagioclásio e feldspato, e ora retos com cristais
41
de biotita. A maioria destes cristais está rodeada por outros cristais menores de
epídoto, formando uma espécie de coroa.
• Zircão: ocorre como cristais subédricos a anédricos, inclusos na mineralogia
principal (Fotomicrografia 05).
ƒ FÁCIES GNAISSE
As rochas desta fácie foram encontradas sob a forma de lajedos e corte de
estrada na região estudada (Fig 3). Elas compreendem rochas de coloração cinza
escura com estrutura anisotrópica, exibindo faixas descontínuas de minerais félsicos
e máficos. Os cristais apresentam-se xenoblásticos e os limites entre os grãos são
retos e curvos. Exibem textura inequigranular e granoblástica granular e decussada.
A mineralogia essencial é composta, basicamente, por quartzo, feldspato,
plagioclásio, biotita e minerais opacos.
• Quartzo: ocorre como cristais xenoblásticos, muitas vezes em agregados.
Exibem contatos reentrantes com cristais de quartzo e irregulares com minerais
opacos, biotita e andesina. Alguns grãos exibem extinção ondulante a difusa.
• Feldspato Alcalino: ocorre como cristais geralmente xenoblásticos, observandose a existência de duas populações. Uma com granulação compreendida entre
0,3 e 0,8 mm e outra, reunindo os cristais maiores que apresentam granulação
variando de 0,92 mm a 1,76 mm. Os seus contatos apresentam-se curvos com
quartzo, plagioclásio e biotita.
• Plagioclásio: apresenta-se frequentemente como cristais xenoblásticos. Os seus
contatos são curvos com grãos de quartzo e feldspato, e retos com cristais de
biotita. Observa-se a presença de geminações segundo as leis Albita e AlbitaCarlsbad. Exibe alteração para saussurita.
• Biotita: ocorre como cristais subdioblásticos de cor marrom, com pleocroísmo
fraco, variando em tons de marrom. Seus limites são retos com cristais de biotita
e curvos com grãos de quartzo e minerais opacos. Possui inclusões de minerais
opacos. É possível observar clorita nas bordas e processos de cloritização
também nas bordas.
42
• Minerais Opacos: ocorrem como cristais xenoblásticos, possuindo contatos
curvos com cristais de quartzo e feldspato. Alguns cristais possuem bordas de
biotita. Por vezes, estão rodeados por pequenos grãos de epídotos.
ƒ HORNBLENDITO
São rochas anisotrópicas que, geralmente, apresentam coloração verde
escura a clara. Exibem texturas inequigranular e composta essencialmente por
hornblenda e minerais opacos.
• Horblenda: ocorre como cristais subidioblásticos e apresentam pleocroísmo
fraco, variando de verde a verde pálido, exibindo contatos retos entre si e,
possuem inclusões de minerais opacos.
• Minerais Opacos: mostram-se xenoblásticos e possuem contatos irregulares com
cristais de hornblenda.
V. Litogeoquímica
44
V.1 – INTRODUÇÃO
Neste capítulo será apresentada a litogeoquímica dos elementos maiores e
elementos menores de 09 (nove) amostras. Estas correspondem às estudadas no
capítulo precedente, abrangendo as faciologias observadas no complexo (Tab. 1).
Os resultados analíticos são apresentados na Tabela 2.
V.2 – ELEMENTOS MAIORES
Os
elementos
maiores
são
bastante
utilizados
na
caracterização
litogeoquímica de rochas. Com estes é possível construir diagramas de variação
interlementares, os quais permitem compreender melhor os processos envolvidos na
geração dessas rochas e na identificação de sua evolução. Como os dados
petrográficos evidenciam uma origem ígnea para as litologias do complexo, serão
utilizados diagramas químicos para classificação deste tipo de rocha.
V.2.1 – CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA
Para a classificação da nomenclatura química das rochas do Complexo IbicuíIpiaú, utilizou-se o diagrama TAS, que relaciona os teores de K2O + Na2O versus
SiO2. A delimitação seguida para os diagramas foi sugerida por Middlemost (1985).
A distribuição das amostras no TAS (Fig. 5) mostra que a maioria se
posicionou no campo dos granodioritos. É possível perceber um certo alinhamento,
o que assinala o crescimento de álcalis com decrescimento de sílica. Entretanto,
duas amostras, de todas analisadas, caíram em campos distintos; uma sendo
classificada como gabro (amostra 437) e outra como diorito (amostra 497).
Neste mesmo diagrama, as rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú mostram-se com
tendência sub-alcalina, o somatório de álcalis (K2O + Na2O) para os termos mais
evoluídos ficam em torno de 6%.
45
Tabela 2: Dados litogeoquímicos das rochas do Complexo Ibicuí-Ipiaú.
Amostra
Fácies
SiO2
TiO2
Al2O3
Fe2O3
MgO
CaO
MnO
Na2O
K2O
P2O5
PF
Total
Mo
Zr
Y
Th
Sr
Ba
Ni
Cr
V
Zn
Cu
Pb
Li
Co
Cd
Hf
Sc
La
Ce
W
497
438
204
47
134
Biotita Gnaisses
598
104-A
721
Gnaisses
437
Horblendito
62,11
0,53
17,51
5,85
2,61
5,84
0,08
4,48
1,29
0,19
1,64
102,13
67,57
1,13
12,95
6,37
0,78
3,29
0,10
2,83
3,91
0,34
0,33
99,61
67,65
1,17
13,02
6,78
0,83
3,02
0,11
2,67
3,94
0,35
0,57
100,10
67,74
0,54
15,61
4,36
1,56
4,16
0,05
4,44
1,33
0,18
0,56
100,53
68,00
0,90
13,07
5,65
0,56
2,66
0,08
2,60
4,28
0,24
0,59
98,63
68,71
1,01
14,02
5,24
1,27
2,30
0,06
2,89
3,44
0,26
0,97
100,18
67,33
0,67
14,74
4,88
1,37
3,29
0,04
4,01
2,40
0,19
0,72
99,64
67,85
0,46
16,02
2,99
1,19
3,01
0,02
5,91
1,14
0,15
0,32
99,05
49,93
1,31
6,50
13,16
15,31
10,98
0,27
0,82
0,25
0,11
0,90
99,52
<3
<3
5
<5
811
605
<3
70
77
71
10
<3
14
16
<3
<8
10
17
37
< 10
<3
<3
51
14
372
2205
<3
133
26
115
<3
15
5
12
<3
<8
20
118
244
< 10
<3
43
61
11
339
2054
<3
62
12
129
<3
<3
11
11
<3
<8
24
138
259
< 10
<3
26
7
15
437
665
<3
74
42
68
<3
28
14
10
<3
<8
7
61
110
< 10
<3
41
57
17
341
2072
<3
80
20
101
<3
17
6
<8
<3
<8
20
55
245
< 10
<3
122
31
55
249
985
<3
118
44
74
<3
24
11
14
<3
<8
14
165
340
< 10
<3
<3
16
46
349
1316
<3
81
12
77
<3
20
13
9
<3
<8
4
229
408
< 10
<3
32
4
8
501
586
<3
111
33
31
14
<3
6
<8
<3
<8
4
26
43
< 10
<3
33
21
<5
29
124
555
658
167
103
33
<3
7
69
<3
<8
19
21
41
< 10
47
Para a classificação das rochas segundo sua alcalinidade, foi utilizado o
diagrama de séries magmáticas de K2O versus SiO2 (Fig. 6). A delimitação seguida
para estes diagramas foi sugerida por Peccerillo & Taylor (1976). As amostras
ficaram amplamente distribuídas no diagrama, abrangendo dos campos toleítico ao
cálcio-alcalino alto K, e assinalam um considerado crescimento de K2O em relação à
SiO2, evidenciando assim uma evolução do teor alcalino.
Ainda abordando a classificação de alcalinidade, as amostras também foram
lançadas no diagrama ternário AFM (Fig. 7), que segue delimitação sugerida por
Irvine & Baragar (1971). Neste, as amostras ficaram distribuídas nas séries toleíticas
e cálcio-alcalinas, sendo sua maioria posicionada no campo cálcio-alcalino. A
amostra
437,
o
horblendito,
mostra-se
deslocada
das
demais
amostras,
comportamento também observado no gráfico anterior (Fig. 6).
A classificação, segundo a relação Al2O3, Na2O, K2O e CaO, também obtida
através do diagrama de Shand (1943), onde a proporção dos óxidos reflete a
natureza dos minerais ferromagnesianos (Fig. 8). Neste diagrama, a maioria das
amostras posicionou-se no campo metaluminoso. A amostra 598 exibiu alto teor de
alumínio, posicionando-se no campo peraluminoso, sendo esta a que possui os mais
altos teores de sílica da fácie biotita gnaisse. A amostra 437, também se posiciona
no campo metaluminoso. No entanto, esta apresenta valores muito baixos de Al2O3
(6,5%) e altos de CaO (10,9%), os quais fazem com que a razão Al2O3/(Na2O +
K2O + CaO) seja muito baixa e, por isso, a amostra não é exibida no diagrama.
51
V.2.2 – DIAGRAMAS DE VARIAÇÃO
Para avaliar a evolução química das rochas, utilizaram-se diagramas de
variação binária tipo Harker. Nele o óxido de silício foi usado como índice de
diferenciação, pois apresenta variação nas amostras analisadas.
A partir dos diagramas binários óxido-óxido apresentados (Fig. 10), foi observado
que existem correlações positivas entre SiO2 e os óxidos de Na2O, K2O, e P2O5, o
que assinala um fracionamento destes óxidos durante a evolução do magma.
Observam-se correlações negativas entre com óxidos de TiO2, Al2O3, MgO, CaO e
FeOT.
V. 3 - ELEMENTOS TRAÇOS
Os resultados analíticos destes elementos são utilizados de forma semelhante
ao dos elementos maiores, sendo também construídos diagramas binários de SiO2
versus elementos traços (Fig. 11).
O horblendito é a rocha que apresenta os mais elevados valores de Cr (658
ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm), se diferenciando das demais litologias. Este
comportamento, também é observado nos elementos maiores, pode sugerir que esta
amostra tem origem diferente das demais.
As amostras do fácies gnaisse, apesar de possuírem conteúdos de silício
muito semelhantes, mostram valores de elementos traços muito diferentes. Em
alguns casos com, por exemplo, La e Ce, estas diferenças podem estar associadas
aos conteúdos de minerais acessórios.
O fácies biotita gnaisse mostra valores muito variados de elementos traços, e
este conjunto apresenta os valores mais altos de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr (811
ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm).
VI. Conclusões
55
Os estudos realizados nas rochas pertencentes ao Complexo Ibicuí-Ipiaú,
que afloram nas proximidades do município de Potiraguá, sul do Estado da Bahia
evidenciaram que:
ƒ
Estas litologias podem ser agrupadas em três tipos faciológicos: biotita
gnaisse, gnaisse e anfibolito. Estas rochas são predominantemente
leucocráticas e no diagrama QAP a maioria das amostras posicionou-se
nos campos dos monzogranitos e granodioritos.
ƒ
As rochas são geralmente bandadas, com textura faneríticas média a
grossa. Os conjuntos gnáissicos apresentam uma mineralogia comum
composta de quartzo, andesina, feldspato alcalino pertítico, biotita,
diopisídio, epídoto, clorita, carbonato, apatita, titanita, minerais opacos e
zircão. O anfibolito e composto por essencialmente honblenda, e como
acessórios minerais opacos, sendo denominado de hornblendito.
ƒ
Do ponto vista químico, estas rochas classificam-se, principalmente, como
granodioritos, ocorrendo uma rocha diorítica e outra gabróica. Elas são
metaluminosas, e apresentam-se distribuídas entre as séries toleítica,
cálcio-alcalina e cálcio-alcalina alto K.
ƒ
As diversas unidades mostram valores de sílica pouco variados entre 62 a
67%, excluindo-se o horblendito. Esta amostra tem os mais elevados
valores de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm), se diferenciando
das demais litologias. O fácies gnaisse, possui os mais altos valores de
La (229 ppm) e Ce 408 ppm).
O fácies biotita gnaisse mostra os
conteúdos mais altos de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr (811 ppm), Ba
(2205 ppm) e Zn (129 ppm).
Referências
57
ALMEIDA F. F. O Cráton do São Francisco. Revista Brasileira de Geociências, v.7,
n.4, p.349-364, 1977.
ANUÁRIO, IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.
IBGE Cidades. 2006. Disponível em: <www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php>.
Acesso em: 30 mar. 2008.
BARBOSA J.S.F. Constituition Lithologique et metamorphique de la région
granulitique du Sud de Bahia (Brasil). 1986. Ph.D. Thesis Pierre et Marie Curie
University, Paris, França.
BARBOSA, J. S. F & SABATÉ, P. Colagem Paleoproterozóica de Placas Arquenas
do cráton do São Francisco na Bahia. Revista Brasileira de Geociências, n.33
(1-suplemento), p.33-47. 2003.
BARBOSA, J.S.F. & SABATÉ P. Archean and Paleoproterozoic crust of the São
Francisco Cráton, Bahia, Brazil: geodynamic feature. Pre Reasear. v. 133. p. 127. 2004
BARBOSA, J. S. F, CORREA-GOMES, L.C., MARINHO, M.M, SILVA, F.C.A.
Geologia do segmento sul do orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Revista
Brasileira de Geociências, 33(1-suplemento): p.33-47. 2003.
CRUZ FILHO, B. E. Relatório Técnico das Folhas Itapetinga, Potiraguá, Itarantim e
Pau Brasil. 2005. 24 f.
DALTON SOUZA, J et al. Geologia e recursos minerais do Estado da Bahia. In:
Sistema de Informações Geográficas – SIG e Mapas, versão 1.1. Salvador:
CPRM, nº. 1, 2003. CD-ROM.
FUJIMORI, S. Rochas alcalinas do sul do Estado da Bahia. Notas preliminares e
estudos do DNPM. Rio de Janeiro, p.141.
INDA, H.A.V.; BAR BOSA, J.S.F. Texto Explicativo para o Mapa Geológico do
Estado da Bahia. Salvador: SME/CPM, 1978. 137 p.il. 1 mapa, escala
1:1.000.000.
IRVINE, T.N., BARAGUAR, W.R.A. A guide to the chemical classification of the
common volcanic rocks. Canadian Journal of Earth Sciences, v. 8, p. 523548, 1971.
LE MAÎTRE, R.W. et al. Recommendation of the IUGS, subcomisíon of the
systematic of igneous rocks. Blachwell sc.: Oxford, 19p. 1989
LIMA, M. I. C. et al Projeto RadamBrasil – Folha SD. 24 Salvador. In: Brasil.
Departamento Nacional da Produção Mineral, Rio de Janeiro. Levantamento
de Recursos Naturais, n. 24. Rio de Janeiro, 1981. p. 25-192.
58
MARTINS, A.A.M. & SANTOS, R.A. Folha Ibicaraí. In: Programa de Levantamentos
Geológicos Básicos do Brasil. MME/SMM/CPRM, Brasília. p. 192, 1997.
MASCARENHAS, J. F. Evolução geotectônica do Pré-Cambriano do Estado da
Bahia. In: Inda H.A.V. (ed)Geologia e Recursos Minerais do Estado da Bahia:
Textos básicos. SMECPRM, v.2. p.57-165, 1979.
MENEZES, R.C.L. Geologia e Petrografia do maciço nefelina-sienítico Rio Pardo, sul
do estado da Bahia. 2003. Trabalho de Final de Graduação – Instituto de
Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
MENEZES, R.C.L. Petrografia e geoquímica do maciço nefelina-sienítico Rio Pardo,
município de Potiraguá, sul da Bahia. 2005. Dissertação (mestrado) – Instituto
de Geociências, Universidade Federal da Bahia.
MIDDLEMOST, E.A.K. The basalt clan. 1985. p. 337-364. Earth Sci. Rev.
MORAES FILHO, J.C.R. et al. Projeto Itapetinga – Canavieiras: Salvador: CPRM,
2006, 68p. Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil.
MORAES FILHO, J.C.R. Região de Itapetinga, sul da Bahia (borda SE do Cráton do
São Francisco): Salvador: CMPM, 2007, 72p. Série Arquivos Abertos; 27.
PECCERILLO, A. & TAYLOR, S.R. Geochemistry of Eocene calc-alkaline volcanic
rocks from the Kastamonu Area, Northern Turkey. Contrib. Mineral. Petrol.,
58:63-81.1976.
PEDREIRA, A.J. Evolução sedimentar e tectônica da Bacia Metassedimentar do
Grupo Rio Pardo: uma síntese. Revista Brasileira de Geociências, v.29, n.3, p.
339-344. 1999.
RENNÉ, P.R., ONSTOTT, T.C., D’AGRELA FILHO, M.S., PACCA I.G., TEXEIRA W.
40
Ar/39Ar dating of 1.0 Ga magnetizations from São Francisco and Kalahari
Cratons: tectonic implications for Pan-African and Brasiliano Móbile Belts. Earth
and Planetary Scienci Letter, 101, n. 1, p. 349-366, 1990.
ROSA, M.L.S. et al. Síntese geocronológica dos maciços alcalinos da Província
Alcalina do Sul do Estado da Bahia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 41., 2002. João Pessoa. Anais: 505. João Pessoa: SBG, 2002.
ROSA, M.L.S. et al. Idade (Pb-Pb) e aspectos petrográficos e litogeoquímicos do
complexo alcalino Floresta Azul, sul do estado da Bahia. Revista Brasileira de
Geociências, v.33, n.1, p. 13-20, 2003.
59
ROSA, M.L.S. et al. Idade Pb-Pb e aspectos petrológicos da mineralização em
sodalita azul no Maciço Nefelina-Sienítico Itarantim, Sul do Estado da Bahia.
Revista Brasileira de Geociências, v. 34, n. 3, p.347-354, 2004.
ROSA, M.L.S. et al. Magmatismo neoproterozóico no sul do Estado da Bahia,
Maciço Sienítico Serra das Araras: Geologia, petrografia, idade e geoquímica.
Revista Brasileira de Geociências, v. 35, n. 1, p.111-121, 2005.
ROSA, M.L.S. et al. Neoproterozoic anarogenic magmatism in the southern Bahia
Alkaline Province of NE Brasil. Journal Lithos, n.97, p. 88-97, 2007.
SHAND, S.J. Eruptive rocks: their genesis, composition, classification and their
relation to ore deposits. 1943. 488 f. 4a Ed., London.
SILVA FILHO, M. A. et al. Projeto sul da Bahia. Salvador: CPRM, 1974, v. 1, p. 72.
Convênio DNPM/CPRM. Silva Filho et al. 1974
SOUTO, P.G. Geologia e petrografia da área de Potiraguá - Bahia, 1972, 56 f. Tese
(Doutorado) – Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo.
STRECKEISEN, A. Plutonic rocks - classification and nomenclature recommended
by the IUGS (Subcommission he Systematics of Igneous Rocks). Geotimes,
1976. 26-30 p.
Anexos
61
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
47 / 2102
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
2102
Longitude
408383
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8283591
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
73
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicuí - Ipiaú
Gnaisse
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
LP
Brita Pó
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
x
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, ETR= Elementos Terras Raras,
Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha de cor cinza escura, anisotrópica com estrutura gnáissica incipiente marcada por faixas descontínuas
de concentrações minerais máficos e félsicos milimétricas. Apresenta textura ineqüigranular e granoblástica
granular a decussada, cristais predominantemente xenoblásticos e limites curvos entre os grãos. Apresenta
ainda, com freqüência, conjunto de fratutras preenchidas por carbonato. Amostra composta essencialmente por:
quartzo, feldspato, carbonato, biotita e minerais opacos.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Quartzo
Andesina
Diopsídio
Biotita
Hornblenda
Carbonato
Microclina
Apatita
Minerais opacos
Zircão
%
35
32
10
5
4
4
4
3
2
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
Q (A+P) M
49
45
6
100
Q
A+P
M
TOTAL
38
39
23
100
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Quartzo
Ocorre como cristais xenoblásticos que, por vezes, concentra-se em agregados que tendem a apresentar
formas ocelares. O tamanho dos cristais varia de 0,36 mm até 0,73 mm, com predomínio de indivíduos com 0,61
mm. Ora apresentam limites irregulares com plagioclásio, biotita e minerais opacos; ora limites embaiados
quando em contato com outros cristais de quartzo. Exibem extinção ondulante fraca a difusa.
Andesina (35% An)
Apresenta-se como cristais frequentemente xenoblásticos, com tamanho variando de 0,36 mm a 0,77 mm.
Seus contatos são, geralmente curvos com cristais de quartzo, biotita e microclina. É possível perceber em
alguns dos cristais alterações de processos de saussuritização e sericitização. É freqüente a presença de
geminações segundo as leis Albita, Albita-Carlsbad e Albita-Periclina.
Diopsídio
Ocorre como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,21 mm a 1,1 mm. Existe uma predominância
dos cristais com tamanhos em torno de 0,21 mm, embora perceba-se uma população de maiores com tamanhos
compreendidos entre 0,77 mm e 1,10 mm. Seus contatos são retos e curvos com quartzo e biotita. Nota-se
produtos de uralitização.
62
Biotita
Apresenta cor castanha, com pleocroísmo variando de amarelo a castanho escuro. Os cristais são
xenoblásticos a subidioblásticos. Os seus tamanhos variam de 0,40 mm até 0,71 mm. Os contatos são retos
com os cristais de biotita e curvos com minerais opacos e o quartzo. Apresenta inclusões de minerais opacos
(0,52 mm e 0,55 mm) xenoblásticos, normalmente em seu centro, além de cristais de apatita e zircão. Em vários
locais da lâmina os cristais apresentam fraturas preenchidas por minerais opacos. Localmente observa-se a
presença de cloritização e, por vezes, já observa-se cristais de clorita em suas periferias.
Hornblenda
Apresenta-se com cor verde e pleocroísmo variando de incolor a verde. Ocorre como cristais subédricos e
anédricos com tamanhos não superiores a 0,1 mm. Mostra-se intimamente associado ao diopsídio.
Carbonato
Ocorre preenchendo fraturas de cristais de biotita, quartzo e andesina. Essas fraturas possuem espessuras
que variam de 0,0924 mm até 0,1540 mm.
Microclina
Apresenta-se como cristais xenoblásticos a subidioblásticos. Seus tamanhos variam de 0,4004 mm a 0,4312
mm. Seus contatos são irregulares com cristais de quartzo e plagioclásio. Mostra-se localmente geminado
segundo as leis Albita-Periclina e em alguns deles a geminação está encurvada, exibindo kink.
Apatita
Ocorre como cristais subidioblásticos a xenoblásticos, predominando subidioblásticos. Seus tamanhos variam
de 0,03 mm a 0,06 mm.
Minerais Opacos
Apresentam-se sob a forma de cristais xenoblásticos. Possuem tamanhos que variam de 0,22 mm a 0,36 mm.
Seus contatos são curvos com cristais de quartzo, biotita e plagioclásio. Nota-se em alguns cristais franjas de
biotita.
Zircão
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos, predominando faces arredondadas. Apresentam-se, por
vezes, bordas de reação com cristais de biotita. Seus tamanhos variam de 0,06 mm a 0,12 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita Gnaisse Granodiorítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
11/03/08
Data da Última Revisão
20/03/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
63
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
134 / 2166
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
Longitude
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
2166409541
2166
8276151
Nº do Ponto
409541
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
262
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Gnaisse
Complexo Ibicuí - Ipiaú
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
LP
Brita Pó
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
x
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, ETR= Elementos Terras Raras,
Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha anisotrópica, marcada por bandas com composições distintas e descontínuas. A banda félsica possui
coloração rosa acinzentada, constituída por minerais micacéos e quartzo; e a banda máfica de cor cinza escura
constituída por biotita e minerais opacos. A lâmina é composta essencialmente por quartzo, feldspato e biotita.
Apresenta uma textura granoblástica inequigranular, cristais xenoclásticos e limites curvos e retos.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Quartzo
Microclina pertítica
Plagioclásio
Biotita
Epídoto
Minerais opacos
Allanita
Zircão
%
37
26
18
8
6
3
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
45,70
32,10
22,22
100
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
37,75
44,90
17,35
100
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Quartzo
Ocorre como cristais xenoblásticos e os seus tamanhos variam de 0,15 até 0,77 mm, percebe-se, entretanto
que os cristais ocorrem distribuídos em duas faixas distintas de granulação, a menor varia de 0,15 mm até 0,36
mm. E a maior de 0,52 mm a 0,77 mm. Apresenta contatos retos com cristais de microclina, curvos com biotita e
quartzo; e irregulares com minerais opacos. Diversos cristais exibem extinção ondulante fraca a difusa.
Possuem inclusões de zircão.
Microclina Pertítica
Apresentam-se como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,21 mm a 0,52 mm. Seus contatos são
curvos com cristais de quartzo e biotita.
Plagioclásio
Ocorre como cristais xenoblásticos com tamanhos variando de 0,36 até 0,77 mm e os seus contatos são curvos
com cristais de quartzo e biotita. Alguns dos cristais apresentam-se sericitizados e saussuritizados, alterando
para epídotos. Chama-se atenção para o fato destes cristais não exibirem, devido a sua alteração lamelas
possíveis de se medir a extinção a determinação do teor de anortita não foi possível.
Biotita
Exibe cor marrom, pleocroísmo variando em tons de marrom e tamanhos variando de 0,40 a 0,68 mm. Seus
limites são irregulares com cristais de quartzo, plagioclásio e minerais opacos. Têm inclusões de minerais
opacos (0,27 mm e 0,55 mm). É possível observar cristais cloritizados.
64
Epídoto
Apresenta-se como cristais subidioblásticos, ocorrendo em agregados sobre os plagioclásios alterados. Os
seus tamanhos variam de 0,03 mm até 0,12 mm, e os contatos são irregulares com cristais de quartzo e biotita.
Minerais Opacos
Ocorrem como cristais xenoblásticos e os seus tamanhos variam de 0,277 mm a 0,55 mm. Estes cristais
apresentam contatos retos e curvos com cristais de biotita, quartzo e feldspato pertítico. Em alguns deles notase a presença de pequenos cristais de epídoto circundando opacos maiores, formando feições semelhantes a
coroas.
Allanita
Exibe cor castanha e pleocroísmo variando em tons de castanho, normalmente são xenoblásticos e os seus
tamanhos variam de 0,12 mm a 0,45 mm. Os seus contatos são com os outros cristais de epídoto, os quais
ocorrem bordejando os cristais de allanita. Possuem inclusões de minerais opacos, que variam de 0,02 mm a
0,05 mm.
Zircão
Ocorrem como cristais xenoblásticos, apresentam tamanhos entre 0,06 mm a 0,24 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita gnaisse monzogranítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
27/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
65
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
204 / 2267
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
2267
Longitude
8277613
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
409958
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
506
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Gnaisse
Complexo Ibicuí - Ipiaú
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
x
LP
Brita Pó
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, ETR= Elementos Terras Raras,
Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha anisotrópica marcada por faixas máfica s e félsica, constituindo uma estrutura gnáissica e onde se
observa uma foliação incipiente. Composta essencialmente por quartzo, feldspato e biotita. Possui textura
inequigranular, cristais predominantemente xenoblásticos e limites entre grãos curvos e retos.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Quartzo
Feldspato Alcalino Pertítico
Andesina
Biotita
Epídoto
Minerias Opacos
Alanita
Titanita
Zircão
%
37
27
22
5
4
2
1
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
43,02
31,40
25,58
100
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
36,26
48,02
11,76
96,04
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Quartzo
Ocorre como cristais xenoblásticos que, por vezes, concentram-se normalmente em agregados. Seus
tamanhos variam de 0,38 mm a 0,76 mm. E, os seus limites são, geralmente, curvos e possuem contatos com
cristais de feldspato e andesina. Muitos grãos apresentam extinção ondulante fraca a difusa.
Feldspato Alcalino Pertítico
Ocorre como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,61 mm a 1,38 mm. Seus contatos mostramse curvos com grãos de quartzo e biotita. As lamelas de albita possuem formato variado.
A n d e s i n a ( 3 6 %A n )
Apresenta-se como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,61 mm a 0,92 mm e os seus contatos
são curvos com quartzo, biotita e microclina. É possível perceber em alguns cristais alterações de processos de
saussuritização e sericitização. Nota-se em alguns grãos geminações segundo a lei Albita.
Biotita
Ocorre em palhetas, exibe cor marrom e pleocroísmo variando de marrom a amarelo, e os seus tamanhos
variam de 0,23 mm a 0,76 mm. Exibe contatos ora retos, com outros cristais de biotita, e ora curvos com grãos
de quartzo e dos minerais opacos. Nota-se que alguns cristais estão cloritizados. Por vezes, contém inclusões
de opacos.
66
Epídoto
Ocorre como cristais subidioblásticos a xenoblásticos, normalmente reunidos em agregados sobre os cristais
plagioclásios alterados e nas bordas de minerais opacos. O seu tamanho que varia de 0,06 mm até 0,15 mm e
os seus contatos são irregulares com cristais de quartzo e biotita.
Minerais Opacos
Ocorrem como cristais xenoblásticos, com tamanhos variando de 0,30 mm a 0,69 mm e os seus contatos são
curvos com grãos de quartzo e retos com cristais de biotita. A maioria destes cristais está rodeada por outros
cristais menores de epídoto, formando uma espécie de coroa.
Allanita
Mostra-se xenoblástica e os seus tamanhos variam de 0,15 mm a 0,30 mm. Ela exibe contatos curvos com os
outros cristais de epídoto, que normalmente ocorrem bordejando os cristais de allanita. Possuem inclusões de
minerais opacos, que variam de 0,02 mm a 0,05 mm.
Titanita
Ocorre como cristais xenoblásticos, associados aos minerais opacos. Seus tamanhos variam 0,15 mm a 0,23
mm. Seus contatos se dão com cristais de quartzo, biotita e opacos.
Zircão
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos, predominando faces arredondadas. Seus tamanhos
variam de 0,07 mm a 0,23 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita Gnaisse Monzogranítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
26/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
67
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
438 / 3068
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
3068
Longitude
409580
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8275970
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
896
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicuí - Ipiaú
Gnaisse
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
x
LP
Brita Pó
x
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
SP
X
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr,
Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 – CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha anisotrópica exibindo faixas máfica e félsica descontínuas constituindo uma estrutura gnáissica. Os
seus cristais são xenoblásticos e os limites entre eles são retos e curvos. Exibe textura ineqüigranular e
granoblástica granular e decussada. Sua mineralogia é composta, basicamente, por: quartzo, feldspato,
plagioclásio, biotita e minerais opacos.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Andesina
Quartzo
Feldspato Alcalino Pertítico
Biotita
Epídoto
Minerais opacos
Titanita
Zircão
Allanita
%
40
32
10
8
4
3
1
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
39,02
12,20
48,78
100
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
31,36
49
15,68
96,04
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
A n d e s i n a ( 3 5 %A n )
Apresenta-se como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,61 mm a 0,92 mm, e os seus contatos
são curvos com quartzo, biotita e microclina. É possível perceber em alguns cristais alterações de processos de
saussuritização e sericitização. Nota-se em alguns grãos geminações segundo a lei Albita.
Quartzo
Mostra-se como cristais xenoblásticos, concentrando-se, por vezes, em agregados e faixas. Seus tamanhos
variam de 0,53 mm a 0,92 mm. Apresentam contatos curvos com feldspato e biotita; e reentrantes com outros
grãos de quartzo e feldspato. Diversos cristais exibem extinção ondulante fraca a difusa.
Feldspato Alcalino Pertítico
Ocorre como cristais xenoblásticos, os quais exibem tamanhos variando de 0,62 mm a 1,30 mm. Seus
contatos são curvos com biotita e quartzo, e, também, embaiados com cristais de quartzo.
Biotita
Encontra-se na lâmina com cor marrom e pleocroísmo variando de marrom a amarelo. Os cristais são
subidioblásticos a xenoblásticos e os seus tamanhos variam de 0,38 mm a 0,69 mm. Os contatos são retos com
outros cristais de biotita e curvos com quartzo, feldspatos e opacos. Possuem inclusões de opacos. Nota-se que
os cristais de biotita se dispõem de forma orientada em toda a lâmina.
68
Epídoto
Apresenta-se como cristais subidioblásticos a xenoblásticos. Ocorrem concentrados ao entorno de cristais de
plagioclásio alterados e de minerais opacos. Os seus tamanhos variam de 0,07 mm a 0,23 mm e os contatos
são irregulares com quartzo e opacos.
Minerais Opacos
Ocorre como cristais xenoblásticos, com tamanhos variando de 0,23 mm a 0,38 mm. Seus contatos são
curvos com cristais de biotita e quartzo. Nota-se que alguns grãos são envoltos por pequenos cristais de
epídoto.
Titanita
Ocorre como cristais subidioblásticos, com tamanhos variando de 0,23 mm a 0,38 mm. Apresentando
contatos curvos com cristais de quartzo e andesina. Por vezes, coroam minerais opacos.
Zircão
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos. Apresentam-se, por vezes, bordas de reação com
cristais de biotita. Seus tamanhos variam de 0,06 mm a 0,12 mm.
Allanita
Ocorre com cristais xenoblásticos, exibindo cor castanha e pleocroísmo variando em tons de castanho. Seus
tamanhos variam de 0,12 mm a 0,45 mm. Apresentam contatos curvos com cristais de epídoto, os quais
ocorrem bordejando os cristais de allanita. Possuem inclusões de minerais opacos, que variam de 0,02 mm a
0,05 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita Gnaisse Granodiorítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
27/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
69
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
497 / 3136
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
3136
Longitude
402107
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8290390
Itajú do Colônia SD.24-Y-D-II
Referências do Ponto
1.093
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicui – Ipiaú
Gnaisse
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
LP
Brita Pó
x
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
SP
X
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr,
Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 – CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha de cor cinza, com estrutura anisotrópica e textura inequigranular e granoblástica granular. Os seus
cristais são xenoblásticos e os limites entre os grãos são retos e curvos. Sua mineralogia é basicamente
composta por: plagioclásio, quartzo e biotita.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Plagioclásio
Quartzo
Biotita
Clorita
Epídoto
Minerais Opacos
Apatita
Zircão
%
47
33
8
4
4
2
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
41,25
0
58,75
100
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
31,35
44,65
14,25
90,25
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Plagioclásio
Ocorre como cristais xenoblásticos, com tamanhos variando de 0,38 mm a 1,84. Seus contatos são retos com
biotita e curvos com quartzo. Notam-se cristais com alterações de processos de saussuritização e sericitização;
e geminações segundo as leis Albita e Albita-Carlsbad.
Quartzo
Ocorre como cristais, frequentemente, xenoblásticos e em agragados disformes. Seu tamanho varia de 0,30
mm a 1,92 mm. Apresenta limites irregulares com biotita, plagioclásio e entre si. Alguns exibem extinção
ondulante fraca.
Biotita
Apresenta cor marrom, com pleocroísmo variando de marrom a amarelo. A sua forma varia de xenoblástica a
subidioblástica e seu tamanho varia de 0,61 mm a 1,15 mm. Os contatos ocorrem de forma reta com
plagioclásio e irregulares com quartzo. Notam-se bordas alteradas e inclusões de opacos.
Clorita
Ocorre como cristais xenoblásticos e subidioblásticos. Exibe pleocroísmo variando de verde pálido a verde.
Possui tamanho variando de 0,38 mm a 0,76 mm e os seus contatos são retos com biotita e curvos com
quartzo.
70
Epídoto
Apresenta-se como cristais xenoblásticos a subidioblásticos. Ocorre em agregados sobre os plagioclásios
alterados e nas bordas dos minerais opacos. Seus tamanhos variam de 0,07 mm a 0,23 mm.
Minerais Opacos
Apresentam-se como cristais xenoblásticos, com tamanho variando de 0,23 mm a 0,38 mm. Possuem
contatos curvos com quartzo e biotita.
Apatita
Ocorre como cristais xenoblásticos, predominando subidioblásticos. Seus tamanhos variam de 0,03 mm a
0,06 mm.
Zircão
Ocorrem como cristais xenoblásticos, apresentam tamanhos entre 0,23 mm a 0,76 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita Gnaisse Monzogranítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
27/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
71
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
598 / 2738
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
2738
Longitude
404164
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8277356
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
1313
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Gnaisse
Complexo Ibicuí - Ipiaú
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
x
LP
Brita Pó
x
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr,
Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha anisotrópica marcada por faixas descontínuas máficas e félsicas, constituindo uma estrutura gnáissica e
uma foliação incipiente. Exibe textura inequigranular e granoblástica inequigranular decussada. Seus cristais são
xenoblásticos e os limites entre os grãos são retos e curvos. Sua mineralogia é composta, basicamente, por:
plagioclásio, quartzo, feldspato e biotita.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Plagioclásio
Quartzo
Feldspato Alcalino Pertítico
Epídoto
Biotita
Apatita
Microclina
Minerais Opacos
%
42
32
10
7
5
2
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
37,65
12,94
49,41
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
31,36
50,96
13,72
96,04
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Plagioclásio
Ocorre como cristais xenoblásticos, com tamanhos variando de 0,53 mm a 1,07 mm. Possuem contatos
curvos com cristais de quartzo e microclina. Diversos cristais exibem alterações de processos de
saussuritização e sericitização.
Quartzo
Ocorre como cristais xenoblásticos e seus tamanhos variam de 0,38 mm a 0,92 mm. Possui contatos
irregulares com plagioclásio, feldspatos e quartzo. Exibem extinção ondulante fraca e difusa.
Feldspato Alcalino Pertítico
Ocorre como cristais geralmente xenoblásticos, com tamanho variando de 0,46 mm a 0,84 mm. Apresentam
contatos curvos com biotita e quartzo.
Epídoto
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos, desenvolvendo-se sobre os cristais de plagioclásios
alterados e nas bordas dos minerais opacos. Exibe tamanho que variam de 0,07 mm a 0,15 mm.
Biotita
Apresenta-se com a cor marrom e pleocroísmo variando em tons de marrom. Os cristais são subidioblásticos
a xenoblásticos e possuem tamanhos variando de 0,30 mm a 0,61 mm. Os seus limites são retos e curvos com
outros cristais de biotita; curvos com quartzo e feldspatos. Possuem inclusões de opacos.
72
Apatita
Ocorre como cristais idioblásticos a subidioblásticos. Apresenta tamanho variando de 0,07 mm a 0,23 mm.
Microclina
Ocorre como cristais xenoblásticos e os seus tamanhos variam de 0,69 mm a 0,84 mm. E, os seus contatos
são irregulares com quartzo e plagioclásio.
Minerais Opacos
Ocorrem como cristais xenoblásticos, com tamanhos variando de 0,3845 mm a 0,6921. Possuem contatos
curvos com biotita e quartzo.
6 - NOME DA ROCHA
Biotita Gnaisse Granodiorito
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
27/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
73
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
104-A / 2122
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
2122
Longitude
408398
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8283618
Potiraguá SD.24-Y-D-V
Referências do Ponto
190
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicuí - Ipiaú
Gnaisse
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
LP
Brita Pó
x
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
x
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, ETR= Elementos Terras Raras,
Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha de coloração cinza escura com estrutura anisotrópica, exibindo faixas descontínuas de minerais félsicos
e máficos. Os seus cristais são xenoblásticos e os limites entre os grãos são retos e curvos. Exibem textura
inequigranular e granoblástica granular e decussada. Sua mineralogia é composta, basicamente, por: quartzo,
feldspato, plagioclásio, biotita e minerais opacos.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Quartzo
Andesina
Feldspato Alcalino Pertítico
Moscovita
Biotita
Hornblenda
Minerais opacos
Zircão
Apatita
%
45
30
15
3
2
2
1
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
Q (A+P) M
50
17
33
100
Q
A+P
M
TOTAL
47,37
47,37
5,26
100
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Quartzo
Ocorre como cristais xenoblásticos e os seus tamanhos variam de 0,23 mm até 1,92 mm. Os seus limites são
reentrantes com cristais de quartzo e irregulares com minerais opacos, biotita e andesina. Alguns grãos exibem
extinção ondulante fraca a difusa.
Andesina (35% An)
Apresenta-se como cristais xenoblásticos com tamanho variando de 0,38 mm a 1,30 mm. Os seus contatos
são curvos com grãos de quartzo e retos com cristais de biotita. Observam-se produtos de processos de
saussuritização e sericitização, assim como presença de geminações segundo as leis Albita e Albita-Carlsbad.
Feldspato Alcalino Pertítico
Ocorre como cristais geralmente xenoblásticos, com tamanho variando de 0,30 mm a 1,76 mm, observandose a existência de duas populações. Uma com granulação compreendida entre 0,3 e 0,8 mm e outra, reunindo
os cristais maiores que apresentam granulação variando de 0,92 mm a 1,76 mm. Os seus contatos apresentamse curvos com quartzo e biotita.
M o s c o vit a
Ocorre de forma orientada em quase toda a lâmina. Seus limites são curvos com grãos de quartzo e minerais
opacos. Seu tamanho varia de 0,30 mm a 0,61 mm.
74
Biotita
Encontra-se na lâmina na forma de palhetas com cor marrom e pleocroísmo variando de amarelo a marrom. O
seu tamanho varia de 0,38 mm a 0,92 mm. Seus limites são retos com outros cristais de biotita e curvos com
grãos de quartzo e minerais opacos. Possuem inclusões de minerais opacos em diversos cristais, com tamanho
variando de 0,30 mm a 0,61 mm, além de zircão. É possível observar clorita nas bordas e processos de
cloritização também nas bordas.
Hornblenda
Apresenta-se cor verde, pelocroísmo variando de incolor a verde. Seus cristais mostram tamanhos variando
de 0,23 mm até 0,62 mm. Normalmente é poiquiloblástica, incluindo minerais opacos.
Minerais Opacos
Apresentam-se em cristais xenoblásticos, com tamanhos variando entre 0,23 mm a 0,62 mm. Possuem
contatos curvos com cristais de quartzo e feldspato. Alguns cristais possuem bordas de biotita.
Zircão
Ocorre como cristais subidioblásticos, com tamanho entre 0,15 mm a 0,30 mm. Em alguns cristais
predominam faces arredondadas.
Apatita
Ocorre predominantemente como cristais subidioblásticos com tamanho variado de 0,03 mm a 0,06 mm.
6 - NOME DA ROCHA
Gnaisse Granodiorítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
11/03/08
Data da Última Revisão
29/05/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
75
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
721
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
2890
Longitude
405810
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8278292
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
1535
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicuí - Ipiaú
Gnaisse
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
LP
Brita Pó
x
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, Análises isotópicas (Rb/Sr,
Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha de cor cinza, com estrutura anisotrópica e textura inequigranular e granoblástica granular decussada.
Os minerais apresentam-se xenoblásticos. Ela e constituída essencialmente por plagioclásio, quartzo, feldspato
e biotita.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Andesina
Feldspato Alcalino Pertítico
Quartzo
Microclina
Epídoto
Biotita
Minerais Opacos
Zircão
Titanita
%
30
24
21
10
8
4
1
1
1
PARÂMETROS
QAP
Q
A
P
TOTAL
24,70
40
35,3
100
Q (A+P) M
Q
A+P
M
TOTAL
18,69
48,06
12,46
79,21
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
A n d e s i n a ( 3 2 %A n )
Ocorre como cristais, frequentemente, xenoblásticos com tamanho variando de 0,5383 mm a 0,9228 mm.
Seus contatos são curvos com quartzo e feldspatos. Diversos cristais exibem alteração dos processos de
saussuritização e sericitização.
Feldspato Alcalino Pertítico
Apresenta-se como cristais xenoblásticos, os quais possuem tamanho variando de 0,3845 mm a 0,7690 mm.
Possuem contatos curvos com quartzo e plagioclásio.
Quartzo
Ocorre em agregados como cristais xenoblásticos. O tamanho varia de 0,3845 mm a 0,8459 mm. Exibem
contatos irregulares com cristais de feldstpatos e com outros grãos de quartzo, chegando a ter limites muito
reentrantes.
Microclina
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos. Seus tamanhos variam de 0,6152 mm a 0,9997 mm.
Possuem contatos retos e curvos com cristais de quartzo e plagioclásio.
Epídoto
Ocorre como cristais subidioblásticos a xenoblásticos, dispondo-se em agregados sobre os plagioclásios
alterados. Seus tamanhos variam de 0,0769 mm a 0,1538 mm. Possuem contatos irregulares com cristais de
plagioclásio e opacos.
76
Biotita
Tem cor marrom e apresenta-se como cristais subidioblásticos, exibindo pleocroísmo fraco, variando de
castanho claro a castanho escuro. Seus tamanhos variam de 0,30 mm a 0,84 mm. Os contatos são retos e
curvos com cristais de quartzo e feldspato. Possuem inclusões de opacos.
Minerais Opacos
Ocorrem como cristais xenoblásicos com tamanho variando de 0,38 mm a 0,53 mm. Possuem contatos curvos
com cristas de quartzo e biotita. Por vezes, estão rodeados por pequenos grãos de epídotos.
Zircão
Ocorre como cristais xenoblásticos a subidioblásticos. Apresentam-se, por vezes, bordas de reação
com cristais de biotita. Seus tamanhos variam de 0,06 mm a 0,12 mm.
Titanita
Ocorre como cristais subidioblásticos, com tamanhos variando de 0,23 mm a 0,38 mm. Apresenta contatos
curvos com cristais de quartzo e andesina. Por vezes, coroam minerais opacos.
6 - NOME DA ROCHA
Gnaisse Monzogranítico
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
27/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
77
Nº da Amostra/Laboratório
FICHA DE DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA
Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral
437 / 3067
1 - DADOS SOBRE O AFLORAMENTO
o
N de Campo
Latitude
3067
Longitude
408493
Nº do Ponto
Nome da Folha Geográfica (IBGE)
8275771
Potiraguá SD. 24-Y-D-V
Referências do Ponto
893
Tipo Litológico
Nome do Corpo
Complexo Ibicuí - Ipiaú
Hornblendito
2 - DADOS SOBRE A AMOSTRA
Assinale com um X os diferentes procedimentos de preparação e analíticos efetuados nesta amostra
BRA
LD
x
x
LP
Brita Pó
x
AM AQM AQMe ETR Rb/Sr Sm/Nd Pb/Pb U/Pb
x
SP
x
BRA= Bloco reserva da Amostra, LD= Lamina Delgada, LP= Lâmina Polida, AM= Análise de Minerais, AQM= Análise Química de Maiores, AQMe= Análise Química de Menores, ETR = Elemento Terra Rara;
Análises isotópicas (Rb/Sr, Sm/Nd, Pb/Pb e U/Pb), SP= Separação de Minerais
3 - CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS E MICROSCÓPICAS
Rocha apresentando aspecto isotrópico e cor cinza escura. Seus cristais são xenoblásticos e os limites entre
os grãos são retos e curvos. Exibem textura inequigranular a eqüigranular. Sua mineralogia básica é composta
basicamente por hornblenda.
4 - ANÁLISE MODAL
MINERAIS
Hornblenda
Minerais Opacos
%
97
3
PARÂMETROS
QAP
Q (A+P) M
Q
Q
A
A+P
P
M
TOTAL
TOTAL
5 - DESCRIÇÃO DOS MINERAIS
Hornblenda
Ocorre como cristais subidioblásticos e apresentam pleocroísmo fraco, variando de verde a verde pálido. O
seu tamanho que varia de 0,69 mm a 2,6 mm. Exibe contatos retos entre si e, possuem inclusões de minerais
opacos.
Minerais Opacos
Mostra-se xenoblásticos, com tamanho variando de 0,05 mm a 0,08 mm. Possuem contatos irregulares com
cristais de hornblenda.
6 - NOME DA ROCHA
Hornblendito
7 - HISTÓRICO DA ANÁLISE
Data de Elaboração
20/03/08
Data da Última Revisão
26/06/08
Analista
Sâmia de Oliveira Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO
COMPLEXO IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ,
SUL DO ESTADO DA BAHIA
SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA
Orientadora:
Dra. Maria de Lourdes da Silva Rosa
Co-Orientador:
Dr. Herbet Conceição
Salvador-Bahia
-2008-
16
A
16
Feira de
Santana
-1
BR
BR
-3
24
"!()!
SALVADOR
Milagres
6DOYDGRU
3$6(%$
13o
NP
B
Jequié
Camamu
BR
-
11
6
Travessão
Ilhéus
BR
Itarantim
A
S
Itabuna
Itororó
£READE
%STUDO
0
I N
Itapetinga
-27
M
BA
Encruzilhada
-41
5
Vitória da
Conquista
Canavieiras
0OTIRAGUÉ
A T L Â N T I C O
BR1
BA-001
01
Valença
15o
G E R
A I S
50
17
o
Rodovia Federal
Rodovia Estadual
Porto
Ferry boat
O
ESPIRITO
SANTO
0
C E
A N
O
BR-
101
Porto Seguro
Aeroporto de grande porte
Aeroporto de pequeno porte
100 km
19o
42o
40o
38o
)LJXUD0DSDGHVLWXDomRORFDOL]DomRHYLDVGHDFHVVR
22
Foto 01: Amostra reduzida à fração brita.
Foto 02: Pulverização
utilizando Shater Box.
da
amostra
Foto 03: Amostra pulverizada. Granulação
inferior a 200 mesh.
Foto 04: Análise petrográfica
microscópio binocular.
Foto 05: Colocação de pesa filtros na estufa.
Foto 06: Secar amostra em dessecador.
utilizando
28
R

!
R
R
R
#
%5$=,/
%$+,$
,WDMXtSH
,7$%81$
)ORUHVWD
$]XO
,/+e86
R
R
R
1
,WDMXGR&RO{QLD
"
2
3
$QXUt
,7$3(7,1*$
6HUUDGDV
$UDUDV
"!()!
6DOYDGRU
4
SA
3$6(%$
5
5LR
3DUGR
)DL[D$UDoXDt
#3&
NP
,WDUDQWLP
6
3RWLUDJXi
7
b
0L
a
QD
V*
R
R
HUD
LV
R
8
NP
Ita p e b i
R
)LJXUD 0DSD GD $PpULFD GR 6XO FRP D ORFDOL]DomR GR (VWDGR GD %DKLD >$@ 0DSD GD %DKLD
FRP D ORFDOL]DomR GD 3$6(%$ QR &6) &UiWRQ GR 6mR )UDQFLVFR >%@ 0DSD JHROyJLFR
VLPSOLILFDGRGD3$6(%$VHJXQGR5RVDHWDO>&@&LGDGHV>@OLPLWHLQWHUHVWDGXDO>@IDOKDV
H IUDWXUDV >@ IDOKDV GH FDYDOJDPHQWR >@ VHGLPHQWRV UHFHQWHV >@ PHWDVVHGLPHQWRV
PHVRSURWHUR]yLFRV >@ URFKDV DOFDOLQDV EUDVLOLDQDV GD 3$6(%$ >@ URFKDV
DUTXHDQRSDOHRSURWHUR]yLFDV>D &RPSOH[R,WDSHWLQJDHE 2UyJHQR,WDEXQD6DOYDGRU&XUDoi@
34
3RWLUDJXi
81,'$'(6/,72/Ï*,&$6
¼
0HWURV
/(*(1'$6
%LRWLWD6LHQLWR
'UHQDJHQV
*DEUR$QRUWRVtWLFR
)DOKDV
&RPSOH[R,ELFDUDt
(VWUDGD
&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
3RWLUDJXi
&RPSOH[R,WDSHWLQJD
%LRWLWD*QDLVVH
*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
6XLWH3DX%UDVLO
*UDQLWyLGHV
)LJXUD 0DSD JHROyJLFR VLPSOLILFDGR GD iUHD GH HVWXGR FRP D ORFDOL]DFmR GDV
DPRVWUDVHVWXGDGDV0RGLILFDGRGH0RUDHV)LOKRHWDO
35
Foto 7 – Relevo marcado por serras
mais esparsas.
Foto 8 – Vegetação exibindo porte
arbóreo-arbustivo.
Foto 9 – Rocha gnáissica exibindo
bandamento composicional.
Foto 10 – Dobras abertas.
Foto
11
–
Orientação
mineral
evidenciada por fenoclastos estirados
(augens).
Foto 12 – Presença de veios de quartzo
deslocados.
38
4
>$@
$
%
$
%
$
3
4
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
RF
UiW
LFD
D
0H
ODQ
$3
0H
VR
FUi
WLF
/H
XF
RF
UiW
LF
D
+R
ORO
HX
FR
FUi
WLF
D
>%@
0
)LJXUD>$@1RPHQFODWXUDGDVURFKDVGR&RPSOH[R,ELFXt,SLD~FRPEDVHQRVGDGRVPRGDLV
VHJXQGR RV FULWpULRV HVWDEHOHFLGRV SRU 6WUHFNHLVHQ 4 TXDUW]R 3 SODJLRFOiVLR !
$Q $ IHOGVSDWR DOFDOLQR DOELWD $Q TXDUW]ROLWR $ JUDQLWyLWH ULFR HP TXDUW]R %
iOFDOLIHOGVSDWR JUDQLWR VLHQRJUDQLWR $ PRQ]RJUDQLWR % JUDQRGLRULWR WRQDOLWR TXDUW]RiOFDOLIHOGVSDWRVLHQLWR TXDUW]RVLHQLWR TXDUW]RPRQ]RQLWR TXDUW]R PRQ]R
QRULWRGLRULWRJDEUR TXDUW]R QRULWRGLRULWRJDEUR RV Q~PHURV ¶ ¶ ¶ ¶ H ¶
FRUUHVSRQGHP jV YDULHGDGHV VHP TXDUW]R >%@ 'LJUDPD 4$30 DSOLFDGR jV URFKDV GR
&RPSOH[R,ELFXt,SLD~PLQHUDLVPiILFRV0
39
0
1mm
0
1mm
Qtz
Qtz
Plg
Qtz
Fotomicrografia 01: Cristais de quartzo
Fotomicrografia
agregados em formato ocelar.
segundo a Lei Albita em plagioclásio.
0
0
1mm
02:
Geminação
1mm
Epídotos
Calcita
Fotomicrografia 03: Cristais de epídoto
Fotomicrografia
sobre plagioclásio alterado.
carbonato preenchendo fraturas.
0
1mm
0
04:
Faixas
de
1mm
Hb
Zr
Hb
Fotomicrografia 05: Cristais de zircão
Fotomicrografia
inclusos em feldspatos alcalinos.
subdioblásticos de hornblenda.
06:
Cristais
46
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
)RLG
6LHQLWR
)RLG
0RQ]R
*DEUR
4XDUW]R
0RQ]RQLWR
0RQ]R
'LRULWR
*UDQLWR
*UDQRGLRULWR
'LRULWR
0RQ]R
*DEUR
*DEUR
3HULGRWLWR
*DEUR
)RLG
*DEUR
6LHQLWR
0RQ]RQLWR
'LRULWR
*DEUyLFR
)RLG
0RQ]R
6LHQLWR
.21D2
)RLGROLWR
6L2
)LJXUD'LDJUDPD7$6iOFDOLVYHUVXVVtOLFDSDUDFODVVLILFDomRGHURFKDV
SOXW{QLFDV VHJXQGR 0LGGOHPRVW DSOLFDGR jV URFKDV GR &RPSOH[R
,ELFXt,SLD~
48
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
6pULH&iOFLR$OFDOLQD$OWR.
6pULH&iOFLR$OFDOLQD
6pULH7ROHtWLFD
.2
6pULH$OFDOLQD
6L2
)LJXUD'LDJUDPD6L2YHUVXV.23HFFHULOOR7D\ORUDSOLFDGRjV
URFKDVGR&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
49
)
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
6pULH7ROHtWLFD
6pULH&iOFLR$OFDOLQD
$
0
)LJXUD'LDJUDPD$1D2.2))200J2DSOLFDGRjVURFKDV
GR&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
50
3HUDOXPLQRVR
0HWDOXPLQRVR
3HUDOFDOLQR
$O21D2.2
%LRWLWD*QDLVVH
*QDLVVH
$O2&D21D2.2
)LJXUD'LDJUDPD$O21D2.2YHUVXV$O2&D21D2.2HP
PROHVVHJXQGR6KDQGDSOLFDGRjVURFKDVGR&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
0J2
$O2
7L2
52
6L2
6L2
6L2
. 2
1D2
&D2
6L2
6L2
6L2
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
)H2W
32
6L2
6L2
)LJXUD 'LDJUDPDV UHODFLRQDQGR 6L2 D RXWURV HOHPHQWRV PDLRUHV DSOLFDGR jV URFKDV GR
&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
6U
<
=U
53
6L2
6L2
6L2
&H
/D
&U
6L2
6L2
6L2
%D
=Q
3E
6L2
6L2
6L2
%LRWLWD*QDLVVH
+RUQEOHQGLWR
*QDLVVH
)LJXUD 'LDJUDPDV UHODFLRQDQGR 6L2 D HOHPHQWRV PHQRUHV DSOLFDGR jV URFKDV GR
&RPSOH[R,ELFXt,SLD~
Download

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ASPECTOS